MASTERPLAN BAIRRO FRAGATA | Carolina Castagno, Julia Cardoso, Juliana Andres e Rafaela Caldieraro

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MASTER PLAN BAIRRO FRAGATA CONEXÃO - INCLUSÃO - MEMÓRIA PELOTAS - RS - BR Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Disciplina de Planejamento Urbano Carolina Castagno Julia Cardoso Juliana Andres Rafaela Caldieraro Profa. Dra. Adriana Portella Profa. Dra. Lígia Maria Ávila Chiarelli

Figura 1.1: Passarela sobre trilhos, símbolo do bairro Fragata. (Fonte: autoras, 2019)


Figura 1.2: Fotografia do Canal Santa Bรกrbara. (Fonte: autoras, 2019)


SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

1.1 Contexto do estudo 1.2 Apresentando a área de estudo

2 CONHECENDO O BAIRRO

2.1 Visita Técnica 2.2 Mapa mental 2.3 Mapeamento participativo 2.4 Fofa 2.5 Conexões Urbanas

3 DIAGNÓSTICO 3.1 Histórico de Pelotas 3.2 Histórico do Bairro 3.3 Caracterização da população 3.4 Infraestrutura existente 3.5 Uso do solo 3.6 Mobilidade urbana 3.7 Áreas verdes, recursos hidricos e vazios urbanos 3.8 Lazer e cultura

4 PROPOSTAS E REFERÊNCIAS DE PROJETO 4.1 Áreas VeArdes 4.2 Gentrificação 4.3 Curso d’água 4.4 Trilho do Trem

5 PROPOSTA DE

DESENVOLVIMENTO 5.1 Estudo de conectividade 5.2 A proposta 5.2.1 Masterplan 5.2.2 Mobilidade urbana 5.2.3 Canal 5.2.4 Posseiros 5.2.5 Trilho do trem 5.2.6 Estação Férrea 5.2.7 Ponto de ônibus 5.2.8 Canteiro Av. Duque 5.2.9 Saúde e educação

6 CONCLUSÃO 7 LISTA DE FIGURAS 8 REFERÊNCIAS

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1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTO DO ESTUDO Epidemiologistas sociais demonstraram como as conexões da comunidade, pertencentes, redes, coesão e capital social desempenham um papel significativo na saúde, bem-estar e resultados de saúde mental de populações e subgrupos. Por outro lado, a falta de conexões, identidade e suporte inerente ao senso de comunidade pode levar a resultados menos positivos. (Bishop, Fisher, Pretty, Sonn, 2007). Fundamentado em princípios de inclusão, integração, memória e conectividade, o trabalho proposto pela disciplina de Planejamento Urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal de Pelotas analisa as possibilidades e intervenções por intermédio da gestão e do planejamento urbano. Desse modo o presente trabalho apresenta-se através de um Master Plan visando a qualidade da cidade de Pelotas, Rio grande do Sul, Brasil, tendo como

enfoque o recorte do Bairro Fragata.

Figura 1.3 : Apropriação do espaço pelos moradores (Fonte: Placeage)

Figura 1.4 : Logo do Projeto Place-Making with Older Adults: Towards Age-Friendly Communities (Fonte: Placeage)

A proposta tem assistência do projeto “Projetando lugares com os idosos: Rumo a comunidades amigas da idade”, seu logo representado pela Figura 1.4, o qual conta como coordenadora Adriana Araujo Portella, sendo um projeto de parceria internacional liderado pela Universidade Heriot-Watt em Edimburgo, no Reino Unido, e pela Universidade Federal de Pelotas, em Pelotas, no Brasil. Por conseguinte, o desafio é como projetar melhores ambientes urbanos que apoiem e promovam o envolvimento social cotidiano e a vida urbana saudável para os idosos, assim como demostra a Figura 1.3. Vê-se que o seu local preferido é a comunidade, nesse sentido existem inúmeros estudos referentes a demonstração da correlação entre o sentimento de comunidade e o bem-estar, sendo essa uma relação positiva (Silva, 2012).

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1.1 CONTEXTO DO ESTUDO Para o desenvolvimento do projeto foi essencial o conhecimento dos moradores, suas opiniões e a situação atual, efetuaram-se também, levantamentos, mapeamentos, visitas, pesquisas e análises participativas. Pois, quando se faz a análise do sentimento de comunidade tendo em vista as localizações geográficas de residência as características morfológicas e físicas dos lugares e as relações psicológicas dos indivíduos em questão elas podem tornar-se um elemento central do constructo. (Chiessi, Cicognani, & Sonn, 2010).

Portanto o trabalho tratou de contemplar todas as gerações, tendo como enfoque a população com mais de 60 anos, pois se os mesmos são bem atendidos garante-se uma cidade que atende a todos e assegura sua integração, criando-se cidades vivas e para as pessoas. Ademais, a memória do bairro, a natureza e sua relação com as pessoas possuem suma importância (Figura 1.5 e 1.6). Levando assim a um resultado de proposta de planejamento para o desenvolvimento e expansão do Bairro Fragata.

Figura 1.5: Canteiro Av. Duque de caxias (Fonte: autoras, 2019).

Figura 1.6: Av. Duque de Caxias (Fonte: autoras, 2019)


1.2 APRESENTANDO A ÁREA DE ESTUDO

O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL O presente trabalho localiza-se no Brasil, no Estado do Rio Grande do sul de identidade cultural diversa herdada de povos imigrantes, foi palco de inúmeras guerras e possui uma rica história, ademais é evidente o orgulho presente emse denominar gaúcho. Ocupa o quinto lugar entre os mais populosos do Brasil, sendo que 85% moram em zonas urbanas (Fonte: IBGE 2010). Possui como lema a frase “Liberdade, Igualdade e Humanidade” (figura8), presente no brasão, que está em sua bandeira (figura 7) e a expectativa de vida dos seus habitantes é superior a 74 anos (Fonte: Estado do Rio Grande do Sul) , uma das maiores do Brasil.Logo, o tema de busca de igualdade, inclusão no meio urbano, também voltada a faixa etária de mais de 60 anos, crescente no Brasil, mostra-se de suma importância.

Figura 1.7

Figura 1.8 Figura 1.7 e 1.8 : Bandeira do Rio Grande do Sul e seu zoom. (Fonte: Estado do Rio Grande do Sul)

A CIDADE DE PELOTAS Através da doação que Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela, fez ao Coronel Thomáz Luiz Osório, das terras que ficavam às margens da Lagoa dos Patos, é que tem-se a primeira referência histórica do surgimento do município, datada de junho de 1758. Tendo em vista a sua história econômica, destaca-se a produção do charque que era enviado para todo o Brasil, e fez a riqueza de Pelotas em tempos já trancorridos. Hoje essa herança histórica faz parte da caracterização da cidade, com seus doces (Figura 9.1), arquitetura ímpar (Figura 1.11 e 1.12) e cultura, que pode ser vista através de seus prédios de influência europeia, muitos já tombados que fazem de Pelotas a capital cultural do interior do estado.

Figura 9: Imagem de divulgação da Fenadoce (Evento cultural anual na cidade). (Fonte: Fenadoce / Divulgação, 2018).

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A CIDADE DE PELOTAS Com população estimada em 343.651 habitantes e densidade populacional de 203,89 pessoas por quilômetro quadrado, 49.794 idosos residem em Pelotas, o que corresponde a 15,17% de sua população.

(Fonte: Trabalho Place-Making with Older Adults: Towards Age-Friendly Communities . )

Cidades mais populosas (Fonte: Prefeitura de Pelotas)

Posição no Brasil

69º

Posição no RS

343 651 pessoas População estimada (2016) 328 275 pessoas Populaçãono último censo (2010)

Figura 10: Mapa do Município de Pelotas com indicações do entorno. (Fonte: Prefeitura de pelotas, edição autoras)

DADOS DEMOGRÁFICOS ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

BRASIL

Figura 1.14: Mapa do Rio Grande do Sul com delimitação de cidades. (Fonte: IBGE)

Área Territorial População Total Figura 1.13: Mapa do Brasil com delimitação de estados. (Fonte: IBGE)

Rendimento mensal por domicílio até 1/2 salário mínimo Escolarização de 6 a 14 anos de idade


A cidade se localiza às margens do Canal São Gonçalo, em uma região plana de baixa altitude, na reagião Sul do Rio Grande do sul a 250 quilômetros de Porto Alegre, a capital do estado, sendo a mesma considerado uma das capitais regionais do Brasil e carinhosamente chamada de “Princesa do Sul”.

Figura 1.11: Catedral São Francisco de Paula. Fonte: Iphae

CIDADE DE PELOTAS

Figura 1.12: Castelo Simões Lopes. Fonte: Gustavo Mansur

BAIRROS DE PELOTAS

BAIRRO FRAGATA

FRAGATA

Figura 1.15: Mapa da cidade de pelotas com delimitação dos bairros (Fonte: IBGE)

Figura 1.15: Mapa dos bairros de Pelotas (Fonte: IBGE)

Figura 1.16: Mapa do Bairro Fragata (Fonte: IBGE)

BR

RS

PELOTAS

FRAGATA

8 510 820,630 km2 (2018)

281 707,151 km2 (2018)

1 609,708 km2 (2018)

1 1,047 km2 (2018)

190 755 799 Hab (2010)

11 329 605 Hab (2010)

328 275 Hab (2010)

75 238 Hab (2010)

31,91% (2010)

18,54% (2010)

32% (2010)

16% (2010)

99,2% (2017)

97,9% (2011)

96,9% (2010) Fonte: IBGE de acordo com o censo do ano apontado.

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CONHECENDO O BAIRRO Neste capítulo serão expostas as perpepções do grupo sobre a área de estudo e os produtos gerados a partir destas, como desenhos e fotografias. Também é tratado o assunto da sintaxe espacial, que carrega ideias essenciais para o desenvolvimento deste trabalho. Visitanto o bairro (figuras 2.1, 2.2 e 2.3), destacaram-se pontos em que trabalharemos sobre, como a falta de segurança, os vazios urbanos, infraestrutura precária e, principalmente, falta de conectividade. O bairro apresenta uma forte relação de vizinhança, que é um ponto positivo a ser explorado. O capítulo a seguir propõe-se a expressar graficamente as fraquezas e pontencialidades dessa área, bem como organizar estes dados de forma que possam ser usados mais tarde no projeto do masterplan.

Figura 2.1: Passarela de pedestres. (Fonte: autoras, 2019)

Figura 2.3: Visita da turma ao CRAS. (Fonte: Adriana Portella, 2019)

Figura 2.2: Escadaria da passarela. (Fonte: autoras, 2019)

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2.1 VISITA TÉCNICA No dia 18 de março de 2019 foi realizada uma visita técnica ao bairro Fragata pelos alunos da disciplina de Planejamento Urbano, com acompanhamento das professoras; após, em aula, foi realizado o mapeamento participativo e discutiu-se o F.O.F.A em grupos. Após esse primei-

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ro contato e pesquisa sobre o bairro, o grupo, sem acompanhamento, decidiu fazer uma nova visita no dia primeiro de maio de 2019, com o objetivo de maior familiarização com o local de projeto, dessa vez traçando um caminho buscando a visualização dos principais pontos definidos previamen-

te pelo grupo – áreas a serem mudadas, elementos importantes para caracterização do bairro, problemáticas e potencialidades. O caminho iniciou pela Av. Duque de Caxias

e terminou no Castelo Simões Lopes, sendo percorrido ora de carro, ora a pé, permitindo a compreensão da experiência do motorista e do pedestre.

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Figura 2.4: Percurso. (Fonte: aplicativo Strava, 2019)

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Fig. 2.5: Canteiro da Av. Duque de Caxias - uso não é bem definido, há carros estacionados, pessoas caminhando; faltam caminhos. (Fonte: autoras, 2019)

Fig. 2.6: Via da Duque de Caxias originalmente projetada para ser uma pista de ônibus, mas que pelo tamanho insuficiente não é utilizada para este fim. (Fonte: autoras, 2019)

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Fig. 2.7: Canal Santa Bárbara. Atualmente age como uma barreira na cidade, carecendo de tratamento na água e construção de pontes. (Fonte: autoras, 2019)

Fig. 2.8: IFSul. Parte essencial do Fragata, tem seus canteiros desocupados, exceto durante a semana quando há lanchonetes. Área comum de assaltos. (Fonte: autoras, 2019)

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Fig. 2.9: Parada Pelotas-Rio Grande. Pavimentação precária, falta de mobiliário - infraestrutura não condiz com o movimento e importância do lugar. (Fonte: autoras, 2019)

Fig. 2.10: Trilhos do trem que hoje representam uma barreira na área; o trem não transporta passageiros e não há tratamento adequado no entorno. (Fonte: autoras, 2019)

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Fig. 2.11: Passarela e prédio da estação férrea. A estação foi desativada em 1982 e o prédio restaurado em 2014, hoje abriga serviços à comunidade. (Fonte: autoras, 2019)

Fig. 2.12: Castelo Simões Lopes. Localizado na entrada da cidade, é um icônico prédio histórico de Pelotas; atualmente está sendo restaurado. (Fonte: autoras, 2019)

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2.2 MAPA MENTAL do local que tiveram maior importância na memória do grupo através de diferentes símbolos e traçados. A representação simplificada adotada buscou fazer com que seu

assunto (Fragata) fosse inteligível para terceiros sem explicação adicional. Esse exercício permite ao grupo definir, mais tarde, suas diretrizes de projeto.

Scanned with CamScanner

Com base na visita técnica foi desenvolvido em grupo um mapa mental à mão (Figura 2.13) de forma objetiva e simples, sistematizando as informações das impressões

Figura 2.13: mapa mental. (Fonte: autoras, 2019)


2.3

MAPEAMENTO PARTICIPATIVO

No dia 23 de maio de 2019 foi realizado em sala de aula o mapeamento participativo, uma dinâmica em grupo que consiste em apontar pontos de maior influência (po-

sitiva ou negativa) da região trabalhada, como instituições públicas, áreas verdes, transporte etc. - elementos que afetam o cotidiano do morador e que devem ser lembra-

Figura 2.14: mapeamento participativo em aula. (Fonte: Adriana Portella, 2019)

dos pelo grupo no momento de desenvolver as propostas de masterplan. A partir deste exercício foi realizada a tabela F.O.F.A.

Figura 2.15: mapeamento participativo em aula. (Fonte: Adriana Portella)

Figura 2.16: resultado do mapeamento. (Fonte: Fernando Valente, 2019)

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2.4 F.O.F.A Seguido ao mapeamento participativo, foi realizado o exercício F.O.F.A - acrônimo para Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Realizar esta análise traz à tona os aspectos mais importantes

Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças

sobre as partes internas e externas da área de intervenção projetual (potencialidades a serem exploradas e possíveis dificuldades a serem enfrentadas), permitindo que escolha-se, assim, quais rumos

devem ser tomados durante o desenvolvimento do masterplan; é uma forma de tentar assegurar que o projeto supra as necessidades dos usuários.

FATORES INTERNOS POSITIVOS PONTO

ESTRATÉGIA

Av. Duque de Caxias

Criação de um parque linear; utilizar corredor de ônibus para ciclovia

IFSUL

Trem

Guanabara / passarela / estação férrea

Ponto de ônibus para Rio Grande

Criação de um espaço para eventos no canteiro central para integração entre alunos e população local Requalificar o espaço do trilho por meio de paisagismo que respeite a memória cultural Melhorar conexões e acessos. Uso público no entorno da estação com proposta paisagística Realocação para canteiro central, nova estrutura

NEGATIVOS PONTO

ESTRATÉGIA

Trem

Desativação do trilho existente e criação de rua. Criação de um novo trajeto adjacente à estrada Pelotas-Rio Grande

Transporte público

Criar pontos de ônibus dentro do bairro, aumentando rota interna

Canal

Tratamento/requalificação do entorno

Posseiros

Regularização e realocamentos mínimos por meio de diálogo com a população

Déficit de áreas verdes

Arborização das vias

Canteiros Saldanha Marinho

Melhorar paisagismo e atribuir uso


Clube Ferroviário

Estádio

Melhoria na pavimentação, no mobiliário urbano e nas conexões existentes Incentivo à criação de programas para crianças

Passarela

Requalificação para acessibilidade

Castelo Simões Lopes

Melhoria nas conexões e incentivo de criação de programas turísticos

Pavimentação precária

Qualificar a pavimentação do interior do bairro

Conexão com a Av. Duque de Caxias

Aumentar os acessos à Duque pelo interior do bairro

Insuficiência de ciclofaixas

Criação de novas rotas

FATORES EXTERNOS POSITIVOS PONTO

ESTRATÉGIA

Ligação RG e Capão do Leão

Melhorar infraestrutura para suportar fluxo constante

Praça Cipriano Barcelos

Novo projeto paisagístico que diminuia a densidade da massa de árvores, por consequência melhorando a segurança

Proximidade com o Centro

Promover mais ligações e qualificar ligações existentes, por meio de prolongamentos de ruas que ligam o bairro ao Centro

NEGATIVOS PONTO

ESTRATÉGIA

Paradas centro-bairro

Desafogar a Floriano por meio de locação de novas paradas

Inexistência de ciclofaixas

Criação de novas rotas

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2.5 CONEXÕES URBANAS Sintaxe espacial é uma teoria que foi desenvolvida na University College London pelo professor Bill Hillier em conjunto com a professora Julienne Hanson e colaboradores nos anos 1970. O objetivo é entender a integração dos espaços, a configuração do traçado da cidade e as interações sociais que ocorrem no local através de medidas

quantitativas que permitem um melhor entendimento do sistema urbano. Citando o site da pesquisa (spacesyntax. net): “A sintaxe espacial é uma abordagem baseada na ciência e centrada no ser humano que investiga as relações entre o layout espacial e uma série de fenômenos sociais, econômicos e ambientais. Esses fenômenos incluem pa-

drões de movimento, consciência e interação; densidade, uso da terra e valor da terra; crescimento urbano e diferenciação social; segurança e distribuição de crime.” O conceito de sintaxe espacial foi utilizado na realização deste trabalho por meio do programa Depthmap, analisando os mapas viários da cidade de Pelotas.

CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE ESPACIAL: LINHAS AXIAIS São as maiores linhas retas capazes de cobrir todo o sistema de espaços abertos de um determinado recorte urbano (HILLIER; HANSON, 1984)

INTEGRAÇÃO

CONECTIVIDADE

(...) mede o quão “profunda”, ou distante, uma linha axial está de todas as outras linhas do sistema (HILLIER et al, 1993). Considera que todos os eixos diretamente conectados a uma determinada linha estão a um passo topológico dela.

Conectividade de uma linha axial é a quantidade de linhas que a interceptam. Linhas com alta conectividade tendem a ter um papel importante, uma vez que potencialmente promovem acesso a um grande número de outras linhas axiais.

A partir do mapa gerado no depthmapX, a análise é realizada pela observação da variação de cores que acontece conforme a conectividade das vias. Quanto mais azulada, menos conexões existem; quanto mais avermelhada, mais conectada é a via.

Figura 2.17: mapa axial. (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019)


Fig. 2.19: Zoom da fig. 2.18

Fig. 2.18: Mapa de integração global - veículos (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019)

Fig. 2.21: Zoom da fig. 2.20

(Fig. 2.20) Mapa de integração local - veículos (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019)

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Fig. 2.23: Zoom da fig. 2.22

Fig. 2.22: Mapa de integração global - pedestres (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019)


Fig. 2.25: Zoom da fig. 2.24

Fig. 2.24: Mapa de integração - pedestres (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019)

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DIAGNÓSTICO DO BAIRRO EstecapítuloabordaassuntosreferentesaosdadosdobairroFragatarecolhidospelosalunosdadisciplinadePlanejamentoUrbano daFaculdadedeArquiteturaeUrbanismoemPelotas. Foram analisadas informações como o histórico do bairro, dados demográficos dos moradores do Fragata, a infraestrutura existente, uso do solo, mobilidade urbana, áreas verdes, recursos hídricos, vazios urbanos, atividades destinadas ao lazer e cultura presentesnolocalestudado. Assim, foram divididos grupos com aproximadamente 5 alunos, cadagrupocom2tópicosdeabordagemdestinadosaodiagnósticodobairro.

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3.1 HISTÓRICO DE PELOTAS LINHA DO TEMPO | ANOS RELEVANTES

1736

Os Portugueses são obrigados a abandonar as posições ocupadas em Montevidéu se fixando na região (ACERVO NEAB, 2019).

1758

Parte da região onde surgiria o município de Pelotas, foi doada por Gomes de Freire de Andrades ao coronel Thomás Luis Osório. (ACERVO NEAB, 2019).

1768

Dona Francisca, sua viúva, vendeu as terras ao Capitão Mor Manoel Bento Rocha, foi então que a área foi dividida em sete estâncias: Feitoria, Pelotas, Monte Bonito, Santa Bárbara, São Tomé, Pavão e Santana (ACERVO NEAB, 2019).

1780

Manoel Carvalho de Souza vendeu uma fração ao português José Pinto Martins. Retirante do Ceará, Pinto Martins estabeleceu se a margem direita do rio Pelotas. Favorecido pela criação do gado, começou a fabricar a carne do sertão, originando as Charqueadas (ACERVO NEAB, 2019).

1806

Outra fração de terra foi adquirida ao Capitão Mor Antonio Francisco dos Anjos. Charqueador conhecido pelo apelido de “Fragata”, por possuir uma embarcação daquela espécie. Daí se originou o nome do arroio e do bairro (ACERVO NEAB,

2019).

1812

Padre Felício fundou a freguesia de São Francisco de Paula. Nesse mesmo ano, Antônio dos Anjos doou terrenos para a construção de uma igreja matriz. Começaram a surgir residências ao redor da igreja (ACERVO NEAB, 2019).


1815 1830

Foram traçadas as primeiras ruas da cidade (ACERVO NEAB, 2019),

A freguesia é elevada a categoria de vila (ACERVO NEAB, 2019).

1835

A vila é elevada a categoria de cidade. O deslocamento na cidade se dava entre o maior centro de interesse da população (a praça da igreja) e o canal São Gonçalo, importante na economia da região. Ao mesmo tempo que se conciliava a expansão da zona sul, as estradas para leste e norte marcavam um novo sentido das expansões, caracterizando a importância progressiva dos atuais eixos rodoviários (ACERVO NEAB, 2019).

1880

A cidade ocupava toda a área situada entre o banhado do São Gonçalo ao sul, a atual Av. Bento Gonçalves ao norte, o arroio Santa Bárbara ao oeste e o banhado do Pepino a leste (ACERVO NEAB, 2019).

1884

Implantação da linha ferroviária Rio Grande-Bagé (ACERVO NEAB, 2019). Inauguração da Estação Ferroviária (ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS, 2017).

1911

A população atingia 62.701 habitantes (ACERVO NEAB, 2019).

1913

Pelotas possuia sete praças, quatro avenidas, cinquenta e cinco ruas e 6.620 prédios (ACERVO NEAB, 2019).

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3.2 HISTÓRICO DO BAIRRO O bairro Fragata era a antiga estância onde foi construída uma estrada, um caminho para facilitar o transporte dos produtos provenientes das colônias. Desde então, foram surgindo armazéns que comercializavam tais produtos. O fragata, dessa maneira, teve seu crescimento urbanístico através de armazéns secos e molhados, basicamente de alimentos e de bebidas, que se instalaram pela região (OLIVEIRA, 2007). Ao longo do tempo foram surgindo mais estabelecimentos comerciais, casas e condomínios habitacionais. Nas últimas décadas, o bairro passou a ser um dos maiores e mais populosos bairros de Pelotas. O Fragata possui, de fato, a estrutura de uma cidade. A composição conta com, além da artéria principal, vários sub-bairros, entre os principais estão: Cohab-Fragata, Vila Gotuzzo, Guabiroba, Passo do Salso, Virgílio Costa, Verona, entre outros.

LINHA DO TEMPO | ANOS RELEVANTES

1779

Foram transferias as terras ao Capitão-Mor Antônio Francisco dos Anjos, passando a ser conhecidas como Estância do Fragata. Situava-se entre o Arroio Santa Bárbara e o atual Clube Campestre. A Estrada Real foi implantada nessa área que serviria viajanter das fronteiras de Jaguarão e de Bagé. (OLHARES SOBRE PELOTAS, 2016). Originou-se, então, o Passo do Fragata: a "porta de entrada" da cidade. Produtos diversos vinham das colônias em direção à tablada e eram vendidos nos arredores da Praça das Carretas (atual Camelódromo).

1855

Inaugurado no dia 23 de novembro de 1855 na estrada do Fragata, o Cemitério São Francisco de Paula surgiu por conta do surto de cólera na cidade e pela necessidade de um novo cemitério - os enterros ocorriam nas proximidades das igrejas, costume nocivo para proliferação de doenças (POVOADORES DE PELOTAS, 2017)

1884

A Estação Férrea de Pelotas foi inaugurada no ano de 1884. Os trens carregavam passageiros até 1982, após isso existiu trens mistos até 1990, quando passaram a ser apenas de carga No início do século XX, durante a administração de Augusto Simões Lopes, foi construída a Avenida Bernardo Souza, atual Saldanha Marinho. Esta avenida possuía atividades essencialmente comerciais.


1910

Em 1910, Augusto Simões Lopes loteou a área onde existiu a charqueada, formando o primeiro loteamento privado de Pelotas. O loteamento se chamou Bairro Dr. Augusto Simões Lopes ou Villa da Graça. As obras começaram em 1914. A primeira leva de casas do Bairro Dr. Simões Lopes foi distribuída em fita ao longo da Avenida Brasil (principal via do loteamento) e se tornou uma (ACERVO NEAB, 2019).

1916

Em 1916, em uma rua transversal foram construídas mais 10 casas para trabalhadores. O loteamento, em sua criação, se destacou por sua rede elétrica completa. Além disso, havia a intenção de levar uma linha de bonde para o bairro mas nunca foi feito (ACERVO NEAB, 2019).

1922

Em 1922 foi inaugurado o Castelo do Simões Lopes, principal edificação do bairro (MOREIRA, Regina da Luz, 1934)

1927

Em 1927 foi construída a passarela que conecta o Bairro Simões Lopes a Estação Férrea (ACERVO NEAB, 2019).

1950

Em 1950 foi feita a segunda etapa do loteamento do Bairro Dr. Simões Lopes. Essa nova etapa possuia um traçado mais orgânico com ruas curvas e, juntamente com ele foram realizadas obras de calçamento no bairro (OLHARES SOBRE PELOTAS, 2016).

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3.3

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO Fonte: Censo IBGE 2010 Prefeitura de Pelotas

FAIXA ETÁRIA

PESSOAS POR DOMICÍLIO

Total de pessoas: 74.349

Total de domicílios: 26.117

16%

Faixa etária dos 0 aos 19 anos

28%

Faixa etária dos 20 aos 59 anos Faixa etária dos 60 anos acima

56%

19%

28%

4% 7% 16%

Figura 3.1: gráfico faixa etária

26%

Domicílios com 6 ou mais moradores Domicílios com moradores

5

Domicílios com moradores

4

Domicílios com moradores

3

Domicílios com moradores

2

Domicílios morador

1

com

Figura 3.2: gráfico número de pessoas/domicílio

A maior parte da população do Fragata é constituída por pessoas com idades compreendidas entre os 20 e 59 anos.

A maioria dos domicílios presentes no bairro Fragata é formada por 2 moradores, correspondendo a 28%.

ALFABETIZAÇÃO | JOVENS

ALFABETIZAÇÃO | ADULTOS

Faixa etária 5 a 19 anos Total de pessoas: 20.828

Faixa etária 20 a 59 anos Total de pessoas: 41.868 Não-alfabetizadas Alfabetizadas

Não-alfabetizadas

2%

Alfabetizadas

30%

70%

98%

Figura 3.5: gráfico alfabetização dos jovens

Figura 3.6: gráfico alfabetização dos adultos

No bairro, a maioria da população com idades de 5 a 19 anos são alfabetizadas, mas com uma diferença gritante entre as porcentagens.

No bairro, a maioria da população com idades de 20 a 59 anos são alfabetizadas, constituíndo 98%.


RENDA MENSAL | DOMICÍLIO

HOMENS X MULHERES

Total de domicílios: 26.117

Total de pessoas: 74.349

2% 13%

18%

Domicílios com +5 salários mensais

Mulheres

Domicílios com 2 até 5 salários mensais

Homens

Domicílios com meio até 2 salários

67%

47%

53%

Domicílios com até meio salário

Figura 3.3: gráfico da renda mensal/domicílio

Figura 3.4: gráfico homens x mulheres

No Fragata, a grande maioria dos domicílios recebe de meio até 2 salários mínimos, correspondendo a 67% do valor total.

o No Fragata, a maioria da população é constituida por mulheres, com um percentual de 53%.

ALFABETIZAÇÃO | IDOSOS

ALFABETIZAÇÃO | FRAGATA

Faixa etária mais de 60 anos Total de pessoas: 11.653

Totais na região de trabalho Total de pessoas alfabetizadas: 65.706 Não-alfabetizadas Alfabetizadas

14%

86%

Figura 3.7: gráfico da alfabetização dos idosos

No bairro, a maioria da população com idades com mais de 60 anos são alfabetizadas, constituíndo 86%.

Não-alfabetizadas

11%

Alfabetizadas

89%

Figura 3.8: gráfico da alfabetização no Fragata

Este gráfico analisa a população total alfabetizada no bairro, resultanto em uma porcentagem maior que a porcentagem total da cidade, que é de 89%.

29


3.4

INFRAESTRUTURA EXISTENTE

SAÚDE O bairro Fragata é bem atendido em termos de saúde pública, (Prefeitura de Pelotas,2013) contando com 7 UBS (Unidade Básica de Saúde), 2 CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), 1 ambulatório e 2 hospitais próximos. No mapa a seguir (figura 3.9), foram demarcadas as estações destinadas ao atendimento de saúde pública com ícones de cores diferentes, numerados a partir da lista a seguir. A área evidenciada com círculos indicam o raio de influência de cada unidade, o qual deve ter, no máximo, 1 km (PITSS, Adrian. 2015). UNIDADE 1. CAPS Castelo 2. CAPS Fragata 3. CAPS Canguru 4. CAPS Porto 5. CAPS Centro 6. UBS Fraget 7. UBS Pam - Fragata 8. UBS Simões Lopes 9. UBS Dom Pedro I 10. UBS Virgílio Costa 11. UBS Cohab Fragata 12. UBS Cohab Guabiroba 13. UBS Darci Abuchaim 14. Hospital Santa Casa da Misericórdia 15. Hospital Beneficiência Portuguesa 16. Hospital Escola da UFPel 17. Ambulatório Central FAMED

30

ENDEREÇO Rua Lobo da Costa, 1959 Av. Duque de Caxias, 342 R. Andrade Neves, 1229 R. Félix Xavier da Cunha, 457 R. Gen. Osório, 1153 Rua 3, 81 - Vila Real Av. Pinheiro Machado, 168 Av. Viscondessa da Graça, 107 R. Ulysses Batinga, 749 Rua Epitácio Pessoa, 1291 Rua Paulo Simões Lopes, 230 Rua Arnaldo da Silva Ferreira, 352 R. Paulo Simões Lopes, 236 Praça Piratinino de Almeida, 53 R. Andrade Neves, 915 R. Prof. Dr. Araújo, 538 R. Alm. Guilobel, 373


13 10

11

12 6 7 2

17

9

16 1 8

14

3 15

5 4

Ambulatório

UBS

Hospital

CAPS

Raio de influência máximo: 1 km (PITTS, Adrian)

Figura 3.9: mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à saúde no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

31


32

3.4

INFRAESTRUTURA EXISTENTE

EDUCAÇÃO O bairro é bem atendido em termos de educação (Prefeitura de Pelotas,2019), contando com 10 escolas de educação infantil, 14 escolas de ensino fundamental, 9 escolas de ensino médio, 2 campus da UFPel (medicina e engenharia industrial madeireira) e um Instituto Federal de Educação (IFSul). No mapa a seguir (figura 3.10), foram evidenciados os institutos destinados à educação por meio de ícones com cores diferentes, numerados a partir da lista a seguir. A área evidenciada com círculos indicam o raio de influência de cada unidade: 3 km para escolas de ensino médio, 1,5 km para escolas de ensino fundamental, 300 m para escolas de ensino infantil (PITSS, Adrian. 2015). 1. E.T.E. Professora Sylvia Mello 2. E.E.E.B. Osmar da Rocha Grafulha 3. E.E.E.M. Adolfo Fetter 4. Colégio Tiradentes 5. E.E.E.M. Simões Lopes 6. IFSul 7. Col. Municipal Pelotense 8. E.E.E.M. Cel. Pedro Osório 9. E.M.E.M. Nossa Senhora de Lourdes 10. E.E.E.F. Fernando Treptow 11. E.M.E.F. Dr Brum Azeredo 12. E.M.E.F. Dr Alcides de Mendonça Lima 13. E.E.E.F. Dr Ottoni Xavier 14. E.M.E.F. Dona Mariana Eufrásia 15. Escola Luterana Emanuel - Ensino Fundamental 16. E.E.E.F. Visconde De Souza Soares 17. E.M.E.F. Nossa Senhora de Lourdes 18. E.E.E.F. Dr Armando Fagundes

19. E.M.E.F. Dr Balbino Mascarenhas 20. E.E.E.F. Nossa Senhora Aparecida 21. E.E.E.F. Dr Francisco Simões 22. Col. Municipal Pelotense 23. Col. Municipal Pedro Osório 24. Escola Freinet - Educação Infantil 25. Escola Espaço Educar - Educação Infantil 26. Escola Reino Azul - Educação Infantil 27. E.M.E.I. Graciliano Ramos 28. E.M.E.I. Zola Amaro 29. E.M.E.I. Anita Malfati 30. E.M.E.I. Darcy Ribeiro 31. Lar da Criança - Escola Infantil 32. E.M.E.I. Monteiro Lobato 33. Só toquinhos - Educação Infantil 34. IFSul 35. UFPel - Engenharia Industrial Madeireira 36. UFPel - FAMED - Faculdade de Medicina


19 18

30

3

29 17

28 16

15

14

2

13 1

4

12 27

10

7

36

26 11

21

24 34 6 33 20 31 25 5 32

Faculdade

Ensino Fundamental

Ensino Infantil

22 8 23 9

35

Ensino Médio

Figura 3.10: mapa sobre a infraestrutura destinada a educação no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

33


34

3.4

INFRAESTRUTURA EXISTENTE

PAVIMENTAÇÃO É possível analisar através do mapa abaixo (figura 3.11), que existem algumas ruas sem pavimentação dentro dos sub-bairros como Simões Lopes, Padre Réus e Gotuzzo, assim como as ruas que conectam o bairro Simões Lopes com a Duque de Caxias. A pavimentação em asfalto se restringe à Av. Duque de Caxias e a Av. Brasil (que conecta à saída para Rio Grande). O bairro possui pavimentação em pedra em quase todo o Simões Lopes e algumas outras ruas de maior importância.

Área estudada

Asfalto

Pedra

Anti-pó

Figura 3.11: mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à pavimentação no Fragata (Fonte: Place Age, 2019. Edição das autoras)


ILUMINAÇÃO A distribuição de energia elétrica na zona de estudo é feita em sua totalidade pela CEEE (Prefeitura de Pelotas, 2019). A manutenção da rede de iluminação pública é de responsabilidade do departamento da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Infraestrutura - SSUI (Prefeitura de Pelotas, 2019). Analisando as imagens abaixo (figuras 3.12 e 3.13), nota-se a necessidade de modernização da iluminação de ruas, pois ela acontece de modo escasso, gerando um ambiente inseguro a noite.

Figura 3.12: Av. Duque de Caxias (Fonte: Autoras, 2019).

Figura 3.13: Av. Brasil (Fonte: Autoras, 2019).

35


36

3.4

INFRAESTRUTURA EXISTENTE

O SANEP é responsável pelo sistema de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação de resíduos sólidos e drenagem urbana (SANEP, 2019).

ABASTECIMENTO DE ÁGUA O abastecimento nas zonas estudadas se dá por reservatórios abastecidos pelas E.T.A.s Moreira e Santa Bárbara. Esta estação foi construída com o objetivo de reforçar o abastecimento de água potável da cidade, aproveitando as águas da barragem construída com o fechamento do Arroio Santa Bárbara (SANEP, 2019). No mapa a seguir (figura 3.14), foram demarcados o percurso das adutoras em azul e seus respectivos reservatórios com o ícone “reservatórios”. Quanto ao Fragata, é possível analisar que o abastecimento passa pela Av. Duque de Caxias e pela zona norte do bairro, assim como a localização de seus 3 reservatórios, enquanto a parte sul - compreendendo o Simões Lopes não os apresenta. Não existem estações de tratamento de água no bairro.

LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO | ESGOTO Implantada visando minimizar a carga poluidora dos efluentes de esgotos. Apenas os resíduos do Coletor Geral 2 - Zona Fragata são tratados através desta lagoa de antes de serem lançados no Arroio Santa Bárbara e daí ao São Gonçalo (SANEP, 2019). No mapa (figura 3.14), os coletores de esgoto foram evidenciados pela linha marrom, passante pelas parte norte e sul do bairro, incluíndo Simões Lopes. No Fragata, se localiza uma estação de tratamento de esgotos e 4 estações elevatórias, todas na parte norte.

DRENAGEM DA ÁGUA Os canais de drenagem, no mapa a seguir (figura 3.14), foram evidenciados por linhas amarelas, verdes e laranjas. Eles se localizam principalmente no Simões Lopes e na parte norte do Fragata.

COLETA DE LIXO Analisando o bairro a seguir (figura 3.14) , todo o bairro possui coleta de lixo orgânico convencional. Somente a Cohab Guabiroba é atendida pela coleta conteinerizada, demarcada no mapa por uma área amarela e um ícone representando o tipo de coleta. Apenas, a Cohab Guabiroba, o Gotuzzo e a Cohab Fragata possuem coleta seletiva, evidenciada no mapa por um perímetro branco e um símbolo do tipo de coleta, deixando as regiões do cemitério, Padre Réus e Simões Lopes desatendidas .


Figura 3.14: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante ao abastecimento de água, coleta de esgoto, drenagem da água e coleta de lixo no Fragata (Fonte: Sanep, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Reservatórios Casas de bombas Estações de tratamento de esgotos Região abrangida com coleta seletiva Adutoras Canais de drenagem Coletores de esgoto Estações elevatórias de esgoto Região abrangida com coleta conteinerizada

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38

3.5 USO DO SOLO BAIRRO FRAGATA | SIMÕES LOPES

O uso do solo é, em maioria, residencial, como é possível observar no mapa abaixo (figura 3.15). Os comércios, serviços e zonas mistas concentram-se ao longo da Av. Duque de Caxias.

Figura 3.15: Mapa sobre o uso do solo no bairro Fragata (Fonte: Place Age, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA UBS Hospitais Escolas municipais Escolas estaduais CAPS Ambulatórios Áreas verdes Residência unifamiliar Comércio e/ou serviço

Indústria, galpão e/ou oficina Misto 1: comércio e/ou serviço e residência unifamiliar Misto 2: indústria, galpão e/ou oficina e residência unifamiliar Edifício residencial Edifício comercial e/ou serviços Edifício misto: comercial e/ou serviços e residencial Serviços públicos Outros Sem informação


COMPARAÇÃO FRAGATA-CIDADE Analisando o mapa a seguir (figura 3.16) sobre o uso do solo no bairro Centro em Pelotas, podemos afirmar que a zona central da cidade apresenta um caráter residencial-comercial, enquanto o bairro Fragata apresenta um uso do solo mais residencial que comercial, possuindo um uso misto e heterogêneo.

Figura 3.16: Mapa sobre o uso do solo na cidade de Pelotas, com foco nos bairros Fragata, Centro e Navegantes (Fonte: Place Age, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA UBS Hospitais Escolas municipais Escolas estaduais CAPS Ambulatórios Áreas verdes Residência unifamiliar Comércio e/ou serviço

Indústria, galpão e/ou oficina Misto 1: comércio e/ou serviço e residência unifamiliar Misto 2: indústria, galpão e/ou oficina e residência unifamiliar Edifício residencial Edifício comercial e/ou serviços Edifício misto: comercial e/ou serviços e residencial Serviços públicos Outros Sem informação

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3.6 MOBILIDADE URBANA ANÉIS VIÁRIOS Em laranja (figura 3.17), foi demarcado o maior e mais periférico anél viário de Pelotas, que exerce uma função de conexão de importantes vias de circulação de veículos para evitar que o tráfego afete vias de menor escoamento. Em seguida, demarcado em bege, o anél viário que se forma ao redor do bairro Centro e Porto. Este último, gera uma importante conexão entre as três zonas estudadas. Em preto, foi demarcado o eixo Leste-Oeste, importante para o deslocamento latitudinal em Pelotas, conectando diretamente o Fragata com o Centro, Navegantes e Laranjal, embora este último não apresentado no mapa abaixo. Em marrom, o eixo Norte-Sul, não muito relevante para as áreas Simões Lopes e Navegantes, pois exerce o papel de conector unicamente para a zona central de Pelotas. Se utilizando dos números 1, 2, 3 e 4, foram evidenciadas as vias mais importantes para a conexão das três áreas de estudo.

1

4 2

3

Figura 3.17: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a pavimentação em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA 1 R. Saturnino de Brito 2 R. Conde de Porto Alegre 3 R. Garibaldi 4 Av. Arthur de Souza Costa

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Anél viário 1 Anél viário 2 Eixo Norte-Sul Eixo Leste-Oeste Áreas estudadas | Simões Lopes, Centro, Navegantes


HIERARQUIA VIÁRIA O mapa a seguir (figura 3.18) ilustra a hierarquia viária de Pelotas, com um recorte mais aproximado para a melhor análise das conexões existentes entre os 3 bairros - evidenciados por meio de um círculo cinza. Em laranja, foram demarcadas as vias arteriais, importantes para o trânsito rápido entre regiões, e se concentram no eixo Leste-Oestre de Pelotas. Quanto às conexões com o bairro Fragata, existem duas possibilidades de percurso entre o bairro e a zona central, embora as mesmas não se aproximem tanto do Simões Lopes quanto se aproximam da outra área estudada, o bairro Navegantes. Quanto ás vias coletoras, evidenciadas em bege, se concentram no eixo Norte-Sul de Pelotas, mais presentes na zona central. Quanto ao Simões Lopes, escasso em conexões de tais vias, acaba sendo segregado do resto da cidade, pois as opções de locomoção até o bairro

Figura 3.18: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a hierarquia viária em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Vias arteriais Vias coletoras Áreas estudadas | Simões Lopes, Centro, Navegantes

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3.6 MOBILIDADE URBANA TRANSPORTE PÚBLICO A partir da análise feita no mapa abaixo (figura 3.19), o bairro apresenta uma boa conexão com o Centro de Pelotas. Porém, são poucas as opções de linhas de ônibus dentro do Fragata, fazendo com que os moradores tenham que se movimentar a pé na maioria dos casos, além do transporte público. Além disso, mesmo existindo uma linha que ligue o Fragata e o Centro de forma direta, a mesma se localiza somente na Avenida Duque de Caxias, obrigando as pessoas com domicílios mais afastados da zona da Avenida a caminhar longas distâncias, em pavimentações nem sempre acessíveis com percursos não seguros. No mapa (figura 3.19), são apresentadas as linhas Interbairros-Lindoia, Padre Reus, Fragata-Centro.

Figura 3.19: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante o transporte público no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Linha Interbairros-Lindoia Linha Padre Reus Linhas Fragata-Centro | Via Av. Duque de Caxias Trilho do trem


CICLOVIAS O bairro apresenta escassez em ciclovias, tendo uma única localizada na Avenida Duque de Caxias - apresentada no mapa abaixo (figura 3.20). A falta de percursos destinados ao trânsito de bicicletas acarreta pouca conectividade entre as várias subzonas do Fragata, além de obrigar as pessoas, mais uma vez, a se locomover a pé em condições desfavoráveis ao pedestre. Além disso, é possível observar através do mapa (figura 3.20), que a presença de ciclovias nos bairros não ajuda na conectividade entre bairros na cidade de Pelotas, pois os poucos trajetos destinados ao trânsito de bicicletas não são inteiramente conectados, dificultando a locomoção daquela população que se utiliza principalmente de bicicletas para a própria movimentação - conclusão feita a partir das visitas realizadas pelas autoras.

Figura 3.20: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante às ciclovias em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Ciclovias em Pelotas Áreas estudadas | Simões Lopes, Centro, Navegantes

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3.6 MOBILIDADE URBANA ESTRADAS Abaixo (figura 3.21), foram demarcadas as áreas estudadas Simões Lopes, Centro e Navegantes, e a estrada Br 471. Com o auxílio do mapa, é possível observar a proximidade da estrada com o Simões Lopes, e que a mesma tangencia todo o bairro Fragata no eixo Oeste, enquanto as outras zonas de estudo se localizam de forma mais afastada.

Figura 3.21: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a existência de estradas em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Estrada BR 471 Áreas estudadas | Simões Lopes, Centro, Navegantes


ZOOM | SIMÕES LOPES De modo geral, a zona estudada apresenta baixa qualidade em sua mobilidade urbana. Analisando o mapa abaixo (figura 3.22), é possível observar escassez de conectividade entre o Simões Lopes e o resto do bairro Fragata, a existência de uma única via arterial próxima assim como uma única ciclovia. O trilho do trem, demarcado em tracejado claro, representa um limite forte para o local estudado, fazendo com que ele seja segregado não só do resto da cidade como do próprio bairro.

Figura 3.22: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a mobilidade urbana no Simões Lopes (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Via arterial Via coletora Ciclovia Estrada Trilho do trem

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3.7 ÁREAS VERDES, RECURSO ÁREAS VERDES A partir da análise feita no mapa (figura 3.23), o Fragata apresenta poucas áreas verdes, as mesmas pouco distribuídas pela área do bairro. Elas são o Canteiro Av. Duque de Caxias, a Praça Piratinino de Almeida, o terreno do Castelo Simões Lopes, a praça Coronel Pedro Osório, praça Piratinino de Almeida, e o terreno do SESI Pelotas. O restante das áreas demarcadas na cor verde são vazios públicos, áreas verdes demarcadas pela Prefeitura de Pelotas. A má distribuição das áreas verdes pelo bairro causa uma alta densidade de moradias e áreas pavimentadas, gerando aridez, elevação de temperatura e pouca absorção de água da chuva, além de forçar os moradores do Fragata a percorrerem maiores distâncias para desfrutar de praças ou parques, escassos na região. Além disso, a alta densidade de residências na zona estudada acarreta uma má conectividade entre as vias, diminuindo fortemente as possibilidades de aberturas de novas ruas a fim de melhorar a mobilidade urbana dos moradores.

RECURSOS HÍDRICOS | CANAL SANTA BÁRBARA Área estudada é dividida pelo canal Sta. Bárbara, que deságua no Canal São Gonçalo. No passado, foram feitos projetos de canalização e construção da barragem do arroio como função de regularização de enchentes e captação de água. Hoje, o leito do canal é deslocado respeito ao ponto natural, que cruzava mais ou menos onde se localiza a avenida Saldanha Marinho. É um curso d’água de importante significado para a cidade de Pelotas, porém seu potencial não é aproveitado devidamente, pois as zonas próximas ao canal ainda sofrem com alagamentos e as margens são ocupadas por moradias irregulares - demarcadas no mapa (figura 3.23) pelo ícone de “casa”.

VAZIOS URBANOS Evidenciados em laranja (figura 3.23), se encontram os vazios urbanos - terrenos sem área construída - no bairro Fragata. É possível notar que os mesmos são mais afastados da Avenida Duque de Caxias, e apresentam uma grande área de terreno.


OS HÍDRICOS, VAZIOS URBANOS

1

6 7 3

2

5

4

Figura 3.23: Mapa sobre as áreas verdes, cursos de água e terrenos AEIA no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA 1. Canteiro Av. Duque de Caxias 2. Praça Piratinino de Almeida 3. Castelo Simões Lopes 4. Praça Coronel Pedro Osório 5. Praça Piratinino de Almeida 6. SESI Pelotas 7. Canal Santa Bárbara

Áreas verdes públicas Cursos de água Áreas Especiais de Interesse Ambiental Posseiros

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3.8 LAZER E CULTURA Analisando o mapa abaixo (figura 3.24), o bairro Fragata são presentes poucos pontos destinados ao lazer. Um deles é a Avenida Duque de Caxias, onde se concentram as principais atividades ofertadas ao bairro. Além dela, o Clube Ferroviário e o Degrau Eventos são locais destinados a abrigar eventos, enquanto o Estádio Getúlio Vargas é focado no lazer esportivo. Destinados às atividades culturais, são presentes a Estação Férrea, o Castelo Simões Lopes, o Bloco Bafo da Onça, a antiga passarela do samba e a Orquestra Estudantil de Pelotas.

1 2 7 5 8

4

3

6

Figura 3.24: Mapa sobre a os pontos de lazer e cultura presentes no Simões Lopes (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA EVENTOS PARA LAZER 1. Av. Duque de Caxias 2. Degrau eventos 3. Clube Ferroviário 4. Estádio Getúlio Vargas

EVENTOS CULTURAIS 5. Antiga passarela do samba 6. Estação Férrea/Passarela 7. Orquestra estudantil de Pelotas 8. Castelo Simões Lopes


1 Figura 3.25: Av. Duque de Caxias (Fonte: autoras, 2019).

3 Figura 3.27: Clube Ferroviário (Fonte: autoras, 2019).

5 Figura 3.29: Passarela do Samba (Fonte: autoras, 2019).

7 Figura 3.31: Orquestra estudantil (Fonte: autoras, 2019).

2 Figura 3.26: Degrau Eventos (Fonte: autoras, 2019).

4 Figura 3.28: Estádio Getúlio Vargas (Fonte: autoras, 2019).

6 Figura 3.30: Estação Férrea (Fonte: autoras, 2019).

8 Figura 3.32: Castelo Simões Lopes (Fonte: autoras, 2019).

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ANÁLISE DE REFERENCIAL PARA O PROJETO Nesse capítulos trazemos algumas referências de projetos urbanisticos que irão nortear nossas propostas de Masterplan do bairro Fragata. Os projetos foram escolhidos visando as fortalezas e fraquezas de nosso local de estudo, podendo propor resoluções adequadas e funcionais.

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4.1 ÁREAS VERDES Segundo Gehl, no livro “Cidade para Pessoas”, o urbanismo está diretamento ligado as politicas públicas de saúde. As facilidades da vida moderna, em poder resolver tudo por um “click” tornam o homem cada vez mais sedentário. Com isso, as áreas verdes do século XXI tem o desafio de vencer essas facilidades e tirar a população dessa nova zona de conforto, necessitanto ser convidativas e inovadoras.As áreas verdes tem um papel cada vez mais importantes no meio urbano e na vida da sociedade.

PARQUE KLYDE WARREN DADOS DE PROJETO

Escritório: The Office of James Burnett Localização: Dallas, TX, EUA Ano do projeto: 2012 Área: 5,2 hectares

O Parque Klyde Warren foi construído sobre a Freeway Woodall Rogers entre as ruas Pearl e St. Paul, no centro de Dallas, e busca servir como um local central de encontro para os moradores e visitantes de Dallas, para desfrutar o coração da cidade. O parque inclui um palco para espetáculos, restaurante, parque para cães, parque infantil, um grande gramado, instalações de água, uma área para jogos e muito mais. Além disso, está planejado para ser um centro de atividades com quatro a cinco eventos por dia.

VIVACIDADE

IMPACTO AMBIENTAL

IMPACTO SOCIAL

Segundo os projetistas, “o parque foi concebido como uma série de salas ao ar livre que estão em constante mudança e que são fascinantes para os visitantes.” Essa divisão de espaços e balanço entre cheios e vazios torna o parque atrativo e gera movimento na área. O parque “sequestra” 8,391 toneladas de CO2 por ano por meio de árvores recém-plantadas . Temperaturas de verão foram reduzidas no parque entre 1 a 9°F (17,22 a 12,77 ºC) em comparação com a temperatura média do parque durante a semana de observações. O Klyde Warren Park - incluindo seus gramados, plantações e superfícies de cascalho - tem mais de 50% permeável, em comparação com a rodovia 100% impermeável que ele cobre. Recebeu mais de 1 milhão de visitantes no primeiro ano. Melhorou a qualidade de vida de 90,9% dos 224 usuários do parque pesquisados, principalmente pela redução do estresse, proporcionando um lugar para estar ao ar livre e melhorando o senso de lugar da área. Promove uma vida saudável para 86,3% dos usuários do parque pesquisados. 69% dos entrevistados também concordaram que o parque aumenta sua participação em atividades ao ar livre. Contribuiu para um aumento de 61% no número de passageiros no bonde M-Line, que conecta o centro e a parte alta da cidade.


Figura 4.1: área da rodovia antes da criação do parque. (Fonte: The Office of James Burnett, 2011.)

Figura 4.2: área da rodovia após a criação do parque. (Fonte: The Office of James Burnett, 2011.)

4.2GENTRIFICAÇÃO

Quando se fala na requalificação ou revitalização de uma área da cidade, um processo que se deve sempre cuidadar é o da gentrificação. A gentrificação ocorre quando áreas antes pouco valorizadas e sem atrativos passam por processos de transformação (sejam essas transformações urbanas, arquitetonicas ou outras) e seu valor econômico e seu status social aumentam. Essa nova área requalificada atrair uma nova camada social e, por consequência, acaba expulsando a população local, seja pelo aumento do preço do aluguel ou por remoções decorrentes do projeto escolhido. Para que o mesmo não venha a ocorrer devido as propostas trazidas pelo grupo, fomos atrás de referências de projetos que nos ajudem a criar novos espaços requalificados, sem trazer prejuizos para a população que ali reside.

O CASO DE PARIS Para tentar combater o processo de gentrificação nos bairros centrais da cidade a câmara de Paris, presidida por Anne Hidalgo, divulgou, em dezembro de 2014, uma lista de 257 endereços - 8.021 apartamentos - determinando que, caso algum desses imóveis fosse vendido pelo proprietário, o mesmo deveria oferecê-lo em primeiro lugar à autarquia, a quem foi atribuída a responsabilidade de estipular o valor da venda. O plano parisiense consiste em quando alguns dos apartamentos de for colocado à venda, por lei, deverá ser oferecido ao governo metropolitano. O apartamento será vendido pelo preço de mercado. No entanto, o preço oferecido seria decidido pela prefeitura, e não pelo vendedor. Se o proprietário recusar a oferta, pode apelar a um juiz independente e pedir nova oferta ou tirar a propriedade do mercado. O que o proprietário não pode fazer é vender o apartamento a um terceiro sem antes oferecê-lo à prefeitura. Após a compra, a câmara de Paris converterá o imóvel em habitação subsidiada destinada a pessoas de baixo ou médio rendimento. A autarquia parisiense anunciou ainda a construção, ao longo de seis anos, de 10 mil novas unidades habitacionais por ano, das quais 70% habitações subsidiadas.

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4.3 CURSO D’ÁGUA

Curso d’água são grandes marcos no desenho urbano de uma cidade, podendo influenciar esse de maneira positiva ou negativa. A partir de projetos bem realizados, os cursosd’água podem trazer grandes beneficios para um determinado local, criando ambientes agradaveis que promovam lazer e bem-estar para a população.

PROJETO ÁGUA CARIOCA DADOS DE PROJETO

Escritório Dutch Studio Ooze (Alemanha) Local: Rio de Janeiro Ano: 2012 – 2017

Projeto criado pelo escritório alemão Dutch Studio Ooze visando o tratamento de esgoto doméstico a partir da utilização de sistema de tratamento de esgoto natural. A ideia veio a partir da necessidade da despoluição da Baía do Guanabara, onde diversos rios que atravessam a cidade do Rio de Janeiro e recebem diretamente o esgoto doméstico, desaguam. Um plano piloto foi criado no Sitio Burle Marx e diversas propostas, em diferentes escalas, foram propostas junto das comunidades de diferentes localidades da cidade do Rio de Janeiro.

PARQUE ESPONJA DADOS DE PROJETO

Escritório: Dlandstudio (EUA); Local: Brooklyn, NYC, EUA. Ano: 2015

O projeto consiste na criação de um parque linear a beira do Canal Gowanus, em NYC, para promover a despoluição do mesmo. Isso será feito a partir da criação de diques cobertos de terra, pedras e plantas drenantes, que filtrarão a água poluída do canal.

Figura 4.3: corte esquemático explicativo do projeto. (Fonte: The Office of James Burnett, 2011.)


4.4 TRILHO DO TREM

Os trilhos de transporte ferroviário no Brasil são de uma época onde a população dependias dos mesmos para se locomover de uma cidade a outra. Esses, que uma vez ficavam fora do perímetro urbano, hoje passam no meio das cidades, criando barreiras fisícas e isolando áreas que acabam marginalizadas pelo difícil acesso.

O CASO DE ARAÇATUBA - SP Em Araçatuba, os trilhos na área urbana já foram um problema: cortava de um lado os pecuaristas e empresários da época, do outro lado todos os demais trabalhadores. Então, a cidade foi se espremendo ao redor da ferrovia, tornando a passagem do trem perigosa para todo mundo. “Acidentes eram constantes e o trem atravancada o percurso dos carros” – afirma o ex-prefeito de Araçatuba, Domingos Andorfato. “Além da preocupação com as crianças de não atravessarem a linha, trepidava demais as casas, o que gerava rachaduras, o apito muito alto e os veículos atravessando a linha do trem. Era um grande movimento” – comenta a aposentada Odemilde Gilda de Araújo, moradora de uma casa situada perto da linha do trem No início da década de 1990, finalmente começaram as obras de remoção dos trilhos que cruzavam o município. No projeto também estava prevista a transferência da estação da região central, para uma área isolada.

O CASO DE CURITIBA Por diversos cruzamentos com ruas ao longo de seu trajeto, o ramal Curitiba-norte é alvo de críticas constantes por parte da população, principalmente pelos diversos acidentes com automóveis e pelo putam espaço com os trilhos. Acidentes com pedestres ou veículos são comuns e as reclamações dos moradores sobre o barulho das composições é frequente neste trecho. Atualmente a proposta mais aceita e oficialmente aprovada propõe que a ferrovia siga paralelamente ao traçado dos Contornos rodoviários Norte e Sul, interligando o ramal para Rio Branco do Sul diretamente com a estrada de ferro em Araucária. Nesta proposta, a ferrovia percorreria a Cidade Industrial de Curitiba, favorecendo seu uso pelas mais de 450 indústrias instaladas na região. O utra vantagem deste traçado refere-se a existência de menos conflitos e rejeição da ferrovia pela população, uma vez que a área não possui densa ocupação residencial ou de comércios e serviços. A região, pelo contrário, dispõe de áreas para instalação de pátios de transbordo e terminais intermodais. Com a desativação do ramal Curitiba - Rio Branco do Sul, a prefeitura vê a oportunidade de reorganizar o território fragmentado pelo traçado ferroviário. Basicamente, a desativação da ferrovia possibilitaria a ampliação de avenidas, a complementação do sistema viário em algumas regiões da cidade e a implantação de um binário com a avenida Anita Garibaldi, na região norte da cidade.

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PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO DO BAIRRO De acordo com as análises e estudos de referências, foram efetuadas propostas de desenvolvimento e crescimento urbano apresentadas no capítulo a seguir, tendo em mente uma qualidade de vida da população e escolhas que permitem a vida na cidade de Pelotas de forma agradável, tendo como enfoque o Bairro Fragata.

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5.1

ESTUDO DE CONECTIVIDADE

As decisões e intervenções propostas tiveram enfoque no recorte do Bairro Fragata, analisado a hierarquia viária de maneira a reconhecer sua falta de conectividade com o restante da cidade e considerando a existência do canal santa bárbara e o trilho de trem, os quais hoje representam barreiras. Isso com o objetivo de melhora de conectividade não só com toda a cidade e principalmente com o bairro centro, que denota importância comercial, mas também em seu interior. Desse modo foram propostas ampliações de vias, as quais eram interrompidas pelo canal, aprimoramento e consolidação de ruas já existentes como a rua paralela ao canal e a criação de uma ao lado dos trilhos com conexão com a Rua Leito da via Férrea, tratada de forma a respeitar os trilhos existentes. Essas mudanças são representadas graficamente na figura 5.1. Para esse estudo foi utilizado o software Depthmap e o conceito de sitaxe espacial, já comentados anteriormente, de maneira a observar o comportamento atual na escala global com os mapas de integração de carros (Figura 5.3) e pedestres (Figura 5.8) e local com os mapas de integração de carros (Figura 5.11) e pedestres (Figura 5.15). Por conseguinte, as propostas foram realizadas em comparação com as atuais, por meio de testes e da visualização de melhora das conectividade representadas pela mudança de coloração das linhas, em que quanto mais avermelhada sua conexão é acentuada e quanto mais azulada demostra o oposto, chegando-se assim a um resultado para conexão de veículos global (Figura 5.5) e local (Figura 5.9) e a um de pedestres global (Figura 5.13) e local (figura 5.17) para a proposta do masterplan.

PROPOSTAS DE MODIFICAÇÃO

LEGENDA Novas vias Vias duplicadas

Continuação de vias Ruas pavimentadas

Figura 5.1: Mapa de modificação viária e seu respectivo zoom. (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras.)


Figura 5.2: Zoon figura 5.3

Figura 5.3: Mapa de integração global existente - veículos

Figura 5.4: Zoon figura 5.5

Figura 5.5: Mapa de integração global proposta - veículos

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Figura 5.6: Zoon figura 5.7

Figura 5.7: Mapa de integração global existente - pedestres

Figura 5.9: Mapa de integração global proposta - pedestres

Figura 5.8: Zoon figura 5.9


Figura 5.10: Zoon figura 5.12

Figura 5.11: Mapa de integração local existente - veículos

Figura 5.12: Zoon figura 5.13

Figura 5.13: Mapa de integração local proposta - veículos

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Figura 5.14: Zoon figura 5.15

Figura 5.15: Mapa de integração local existente - pedestres

Figura 5.17: Mapa de integração local proposta - pedestres

Figura 5.16: Zoon figura 5.17


ZOOM NA ÁREA MAIS AFETADA PELA PROPOSTA MAPAS LOCAIS ATUAL

Figura 5.18: Mapa de integração local existente - veículos - área mais afetada

Figura 5.19: Mapa de integração local existente - pedestres - área mais afetada

PROPOSTA

Figura 5.20: Mapa de integração local proposta - veículos - área mais afetada

Figura 5.21: Mapa de integração local proposta - pedestres - área mais afetada

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5.2 A PROPOSTA CONCEITO O projeto surge com um enorme respeito ao local, suas individualidades, memória, moradores e principalmente considera as análises e estudos efetuados anteriormente para melhores tomadas de decisões, visando uma cidade conectada, verde e inclusiva, tendo enfoque em atender a população idosa, o que dessa forma torna a cidade capaz de proporcionar uma qualidade de vida que abrange todas as idades.

“A nível socio-cultural e de conforto psicológico, o homem necessita se identificar com um território e um grupo social imediato à sua residência. Toda cidade deve ser um conjunto perceptível de partes conformando um todo coerente.” (DEL RIO, 1955, p.119). Logo é evidente a importância do bairro e da comunidade possuir sua própria identidade local, suas histórias e características.

O Bairro Fragata possui uma imageabilidade mantida e reforçada pelo masterplan a partir do tratamento do canal, dos trilhos do trem, da passarela, da estação ferroviária, da Av. Duque de Caxias e ainda o respaldo à elementos que garantem essa imagem já constante no repertório coletivo, como o Castelo Simões Lopes, a forte presença do Ifsul, o Clube Ferroviário, entre outros.

MEMÓRIA

QUALIDADE DE VIDA

INCLUSÃO

INTEGRAÇÃO

VIVACIDADE

RESPEITO


CIDADE PARA PESSOAS

CONECTIVIDADE

ÁREAS VERDES

CIDADE AMIGA DA TERCEIRA IDADE

O planejamento tem como principal ponto o alcance de congruência, eficiência e acesso de todos, sendo o direito de ir e vir e o deslocamento facilitado importantíssimo para uma apropriação da cidade e seu uso pelas pessoas, principalmente de pedestres, garantida a acessibilidade mesmo em situações de dificuldade física e o uso de transporte público, de maneira harmoniosa, em que a oportunidade de uma vida comunitária e pública seja convidativa. Assim consideram-se grandes objetivos físicos-ambientas levando em conta a relação com as arquiteturas existentes, visualidades, a imagem do bairro, os espaços públicos, além das relações com o ambiente natural de modo a alcançar uma vitalidade e respeito ao mesmo , criando áreas verdes de qualidade, com as propostas de parques, arborização e despoluição, além do canal que ganha uma faixa transitável agradável e área de lazer as quais vão de encontro com a colocação de Alexander “Quando corpos de água naturais ocorrem cerca de assentamentos urbanos, trate-os com grande respeito. Sempre preservando uma faixa de terra comunitária imediante junto à água”. (1977, p.137)

ACESSO

Acesso: possibilidade de alcançar outras pessoas e todos os lugares do assentamento.

CONGRUÊNCIA

Congruência : capacidade da forma e dos espaços apoiarem ações, comportamentos e atividades sociais e humanas.

EFICIÊNCIA

Eficiência: relação custo-benefício de criar e manter o assentamento. (DEL RIO, 1955, p.58-59)

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5.2.1

MASTER PLAN

Figura 5.22: Mapa satélite da cidade de pelotas demostrando propostas iniciais (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras.)


ANO UM Entrega do trilho junto á BR e desativação do que hoje implica limitações na cidade. Loteamentos entregues e preparação para realocação. Arborização e qualificação das vias principais. Novas linhas de ônibus implantadas. Construção da UBS junto ao loteamento. Construção da creche junto ao loteamento.

Figura 5.23: Zoom da figura 5.22.

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5.2.1

MASTER PLAN

Figura 5.24: Mapa satélite da cidade de pelotas demostrando propostas do ano cinco. (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras.)


ANO CINCO Ruas abertas e prolongadas garantindo a ligação eficiente, além das ruas mistas criadas. Efetuadas as ciclofaixas. Despoluição do canal concluída. Conclusão das creches, ubs e escolas propostas. Estação férrea e passarela revitalizadas.

Figura 5.25: Zoom da figura 5.24.

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5.2.1

MASTER PLAN

Figura 5.26: Mapa satélite da cidade de pelotas demostrando propostas do ano dez. (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras.)


ANO DEZ Construção dos parques lineares: - Avenida Duque de Caxias - Paralelo ao canal Arborização das vias não consideradas principais.

Figura 5.27: Zoom da figura 5.26.

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5.2.2 MOBILIDADE URBANA As propostas que visam a mobilidade urbana têm como principal objetivo a conectividade sustentável do local, assim deu-se importância para meios de locomoçõa coletiva, com a proposta de uma linha de ônibus nova que interliga os bairros (Figura X), também o uso da bicicleta integrando-a com a cidade para que seu uso possa ser de tranporte cotidiano (Figura X) e por fim gerar um ambiente agradavél para que a caminhada também seja uma opçõa de transporte para todos, sendo a segurança, o calçamento, a iluminação, a arborização, a informação e a acessibilidade colocadas em prática. Tendo em vista esses planos trazer benefícios para os usuários e para o meio ambiente urbano torna-se possível.

Figura 5.28: Mapa sobre a infraestrutura proposta reguardante às ciclovias em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Ciclovias existentes em Pelotas Ciclovias propostas Áreas estudadas | Simões Lopes, Centro, Navegantes


Figura 5.29: Mapa sobre a infraestrutura proposta reguardante o transporte público. (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

LEGENDA Linha Interbairros-Lindoia Linha Padre Reus Linhas Fragata-Centro | Via Av. Duque de Caxias Nova linha proposta

Arborização de vias com espécies nativas e preservação das existentes.

Promover projetos para educação e humanização do trânsito. Informações gráficas nas paradas de ônibus e em pontos mais usados sobre ciclofaixas, rotas e horários, além de informações culturais da cidade.

Iluminação das vias para promover segurança e o uso qualificado também á noite.

Garantia da acessibilidade por meio de passeios com rampas e acesso aniversal, além de onibus preparados para atender todos os públicos

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5.2.3 CANAL A fim de proporcionar um espaço mais saudável para a população do Fragata, foi proposta uma requalificação e despoluição do canal Santa Bárbara. Como mostrado na figura 5.30, serão feitas ruas mistas nas beiras do canal para que haja uma melhor conexão entre Fragata e Simões Lopes, o mesmo atualmente segregado do resto do bairro. Além disso, pontes irão auxiliar na mobilidade de carros, ônibus, ciclistas e pedestres entre as duas zonas separadas pelo Santa Bárbara. Outro ponto importante considerado na revitalização foi a falta de áreas destinadas ao lazer da população, causando uma alta densidade no bairro. Para isso, será construído um parque linear sobre as águas do canal, melhorando a qualidade de vida dos habitantes daquela área.

Figura 5.30: projeção do parque linear sobre o canal Santa Bárbara (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)


5.2.4POSSEIROS Um ponto importante no projeto é a realocação dos posseiros localizados nas bordas do canal Santa Bárbara, os quais foram vítimas da gentrificação - processo de transformação de centros urbanos, o qual promove a segregação de grupos de pessoas de renda mais baixa. Portanto, a fim de melhorar a qualidade de vida dessa parte da população, será construído um loteamento (figura 5.31) em uma área vizinha, atualmente desocupada, para realocá-los de forma mais saudável e segura.

Figura 5.31: mapa sobre a localização do loteamento no bairro Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

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5.2.5 TRILHO DO TREM O atual trajeto do trem passa pelo Simões Lopes, formando uma limitação para a população do local. Portanto, a fim de melhorar a conectividade e a segurança no bairro, será construído um novo trajeto para ele, o qual acompanhará a estrada Br-471. Acompanhando o antigo trilho do trem – que será deixado por questões de conservação e memória - será construída uma rua mista e haverão melhorias na iluminação, pavimentação e mobiliário urbano, priorizando o conforto do pedestre (figura 5.32).

Figura 5.32: projeção das ruas mistas, canteiros e ciclovia no local onde se localiza hoje o trilho do trem (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)


5.2.6 ESTAÇÃO FÉRREA A fim de incentivar a conservação da memória da Estação Férrea, se propõe uma revitalização do prédio e da passarela, também considerada como uma importante conexão e ponto histórico do bairro. Será implantado um elevador na parte externa da passarela para promover acessibilidade. Além disso, foi proposto um melhor desenho para a praça em frente à Estação Férrea para que haja um melhor emolduramento da fachada do prédio, assim como promover um espaço qualificado para abrigar eventos ao aberto e melhorar a área verde presente hoje (figura 5.33).

Figura 5.33: projeção do espaço localizado em frente à Estação Férrea (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)

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5.2.7

PONTO DE ÔNIBUS RIO GRANDE

A fim de promover uma melhor seguranã e conforto para as pessoas que fazem uso do transporte público com destino a Rio Grande, se requalificará o atual ponto de ônibus vizinho ao IFSul, hoje sem uma infraestrutura adequada. A rua (figura 5.34) terá uma nova pavimentação, com a passagem de ônibus demarcada, além de faixas de segurança - hoje inexistentes. Além disso, será construída uma estrutura destinada à espera do transporte, com cobertura, bancos e painéis em vidro para proteção de

Figura 5.34: projeção da requalificação do local onde hoje se encontra o ponto de ônibus destinado aos passageiros que viajam até Rio Grande (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)


5.2.8

CANTEIRO AV. DUQUE DE CAXIAS

Outro ponto importante do projeto é a revitalização do canteiro localizado na Avenida Duque de Caxias. Atualmente tal trajeto apresenta uma situação precária quanto a infraestrutura urbana, provocando insegurança na região e falta de conforto para os usuários. Com isso, serão feitas melhorias na pavimentação, iluminação, mobiliário, consequentemente melhorando a segurança do local (figura 5.35). Em especial, o canteiro localizado em frente ao IFSul (figura 5.36) abrigará uma estrutura destinada a atividades e projetos do Instituto com a sociedade do Fragata, com um enfoque com a população com mais de 60 anos.

Figura 5.35: projeção do canteiro na Avenida Duque de Caxias (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)

Figura 5.36: projeção do canteiro na Avenida Duque de Caxias em frente ao IFSul (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)

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5.2.9

SAÚDE E EDUCAÇÃO

O bairro atualmente é provido de várias estações destinadas aos cuidados da saúde e da educação da população, como visto anteriormente. No entanto, é possível notar o seu adensamento na área mais próxima ao centro da cidade, deixando locais sem auxílio. Portanto, foi proposta a implantação de novos pontos de saúde e de educação para obter uma melhor abrangência das áreas de influência analisadas anteriormente.

SAÚDE No mapa a seguir (figura 5.37), foram demarcadas as estações destinadas ao atendimento de saúde pública, as mesmas com diferentes cores para a marcação das diferentes funções. A área evidenciada com círculos indicam o raio de influência de cada unidade, o qual deve ter, no máximo, 1 km (PITSS, Adrian. 2015).

Pontos existentes

Pontos a serem criados

Figura 5.37: mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à saúde no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

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EDUCAÇÃO No mapa a seguir (figura 5.38), foram demarcadas as estações destinadas à educação, as mesmas com diferentes cores para a marcação das diferentes funções. A área evidenciada com círculos indicam o raio de influência de cada unidade, o qual varia de acordo com seu cargo (PITSS, Adrian. 2015).

Creches existentes

Creches a serem criadas

Escolas existentes

Escolas a serem criadas

Figura 5.38: mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à saúde no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

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6 CONCLUSÃO O projeto surge com um enorme respeito ao local, suas individualidades, memória, moradores e principalmente considera as análises e estudos efetuados anteriormente para melhores tomadas de decisões, visando uma cidade conectada, verde e inclusiva, tendo enfoque em atender a população idosa, o que dessa forma torna a cidade capaz de proporcionar uma qualidade de vida que abrange todas as idades. “A nível socio-cultural e de conforto psicológico, o homem necessita se identificar com um território e um grupo social imediato à sua residência. Toda cidade deve ser um conjunto perceptível de partes conformando um todo coerente.” (DEL RIO, 1955, p.119). Logo é evidente a importância do bairro e da comunidade possuir sua própria identidade local, suas histórias e características. O Bairro Fragata possui uma imageabilidade mantida e reforçada pelo masterplan a partir do tratamento do canal, dos trilhos do trem, da passarela, da estação ferroviária, da Av. Duque de Caxias e ainda o respaldo à elementos que garantem essa imagem já constante no repertório coletivo, como o Castelo Simões Lopes, a forte presença do Ifsul, o Clube Ferroviário, entre outros. Assim consideram-se grandes objetivos físicos-ambientas levando em conta a relação com as arquiteturas existentes, visualidades, a imagem do bairro, os espaços públicos, além das relações com o ambiente natural de modo a alcançar uma vitalidade e respeito ao mesmo , criando áreas verdes de qualidade, com as propostas de parques, arborização e despoluição, além do canal que ganha uma faixa transitável agradável e área de lazer as quais vão de encontro com a colocação de Alexander “Quando corpos de água naturais ocorrem cerca de assentamentos urbanos, trate-os com grande respeito. Sempre preservando uma faixa de terra comunitária imediante junto à água”. (1977, p.137) O planejamento tem como principal ponto o alcance de congruência, eficiência e acesso de todos, sendo o direito de ir e vir e o deslocamento facilitado importantíssimo para uma apropriação da cidade e seu uso pelas pessoas, principalmente de pedestres, garantida a acessibilidade mesmo em situações de dificuldade física e o uso de transporte público, de maneira harmoniosa, em que a oportunidade de uma vida comunitária e pública seja convidativa.


Figura 6.1: trecho do trilho do trem situado aos fundos da Estação Fèrrea (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras)


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7 LISTA DE FIGURAS Figura 1.1: Passarela sobre trilhos Bairro Fragata. Fonte: Arquivo das autoras, 2019. Figura 1.2: Imagem do Canal Santa Barbara. Fonte: Arquivo das autoras, 2019. Figura 1.3: Apropriação da cidade pelos moradores. Fonte: Place Age, 2016-2019. Disponível em: http:/placeagr.org/en/ Figura 1.4: Logo do Projeto Place-Making with Older Adults: Towards Age-Friendly Communities . Disponível em : http://placeage.org/en/. Acesso em Maio, 2019. Figura 1.5 e 1.6: Canteiro da Av. Duque de Caxias. Fonte: Arquivo das autoras, 2019. Figura 1.7 e 1.8: Bandeira do Rio Grande do Sul e respectivo zoom. Fonte: Estado do Rio Grande do Sul Figura 1.9: Imagem de divulgação da Fenadoce . Fonte: Fenadoce / Divulgação, 2018. Disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/ Figura 1.10: Município de pelotas em mapa com indicações do entorno. Fonte: Prefeitura de pelotas. Diponível em http://www.pelotas.com.br/cidade/dados-gerais. Acesso em Maio, 2019. Figura 1.11: Catedral São Francisco de Paula. Fonte: Iphae Figura 1.12: Catelo Simões Lopes. Fonte: Prefeitura de Pelotas. Foto: Gustavo Mansur. Disponível em: http://www.pelotas.com.br/noticia/domingo-no-castelo-simoes-lopes-tematracoes-culturais. Acesso em Maio,2019. Figura 1.13: Mapa do Brasil com delimitação de estados. Edição autoras. (Fonte: IBGE Gerados a partir do softwer Qgis) Figura 1.14: Mapa do Rio Grande do Sul com delimitação de cidades. Edição autoras. (Fonte: IBGE Gerados a partir do softwer Qgis) Figura 1.15: Mapa da cidade de pelotas com delimitação dos bairros, destacando-se com cor o bairro Fragata. Edição autoras. (Fonte: IBGE Gerados a partir do softwer Qgis) Figura 1.16: Recorte do limite da área do Bairro Fragata. Edição autoras. (Fonte: IBGE Gerados a partir do softwer Qgis) Figura 2.1: Passarela de pedestres. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.2: Escadaria da passarela. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.3: Visita da turma ao CRAS. (Fonte: Adriana Portella, 2019) Figura 2.4: Percurso. (Fonte: aplicativo Strava, 2019) Figura 2.5: Canteiro da Av. Duque de Caxias - uso não é bem definido, há carros estacionados, pessoas caminhando; faltam caminhos. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.6: Via da Duque de Caxias originalmente projetada para ser uma pista de ônibus, mas que pelo tamanho insuficiente não é utilizada para este fim. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.7: Canal Santa Bárbara. Atualmente age como uma barreira na cidade, carecendo de tratamento na água e construção de pontes. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.8: IFSul. Parte essencial do Fragata, tem seus canteiros desocupados, exceto durante a semana quando há lanchonetes. Área comum de assaltos. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.9: Parada Pelotas-Rio Grande. Pavimentação precária, falta de mobiliário infraestrutura não condiz com o movimento e importância do lugar. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.10: Trilhos do trem que hoje representam uma barreira na área; o trem não transporta passageiros e não há tratamento adequado no entorno. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.11: Passarela e prédio da estação férrea. A estação foi desativada em 1982 e o prédio restaurado em 2014, hoje abriga serviços à comunidade. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.12: Castelo Simões Lopes. Localizado na entrada da cidade, é um icônico

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prédio histórico de Pelotas; atualmente está sendo restaurado. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.13: mapa mental. (Fonte: autoras, 2019) Figura 2.14: mapeamento participativo em aula. (Fonte: Adriana Portella, 2019) Figura 2.15: mapeamento participativo em aula. (Fonte: Adriana Portella) Figura 2.16: resultado do mapeamento. (Fonte: Fernando Valente, 2019) Figura 2.17: mapa axial. (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019) Figura 2.18: Mapa de integração global - veículos (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019) Figura 2.19: Zoom da figura 2.18 Figura 2.20: Mapa de integração local - veículos (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019) Figura 2.21: Zoom da figura 2.20 Figura 2.22: Mapa de integração global - pedestres (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019) Figura 2.23: Zoom da figura 2.22 Figura 2.24: Mapa de integração - pedestres (Fonte: produção das autoras no programa depthmapX, 2019) Figura 2.25: Zoom da figura 2.24 Figura 3.1: Gráfico faixa etária. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.2: Gráfico número de pessoas/domicílio. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.3: Gráfico da renda mensal/domicílio. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.4: Gráfico da renda mensal em Pelotas. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.5: Gráfico alfabetização dos jovens. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.6: Gráfico alfabetização dos adultos. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.7: Gráfico da alfabetização dos idosos. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.8: Gráfico da alfabetização no Fragata. Fonte: Autoras, 2019. Figura 3.9: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à saúde no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.10: Mapa sobre a infraestrutura destinada a educação no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.11: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à pavimentação no Fragata (Fonte: Place Age, 2019. Edição das autoras) Figura 3.12: Av. Duque de Caxias (Fonte: autoras, 2019). Figura 3.13: Av. Brasil (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.14: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante ao abastecimento de água, coleta de esgoto, drenagem da água e coleta de lixo no Fragata (Fonte: Sanep, 2019. Edição das autoras) Figura 3.15: Mapa sobre o uso do solo no bairro Fragata (Fonte: Place Age, 2019. Edição das autoras) Figura 3.16: Mapa sobre o uso do solo na cidade de Pelotas, com foco nos bairros Fragata, Centro e Navegantes (Fonte: Place Age, 2019. Edição das autoras) Figura 3.17: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a pavimentação em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.18: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a hierarquia viária em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.19: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante o transporte público no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.20: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante às ciclovias em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.21: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a existência de estradas em Pelotas (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)

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Figura 3.22: Mapa sobre a infraestrutura existente reguardante a mobilidade urbana no Simões Lopes (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.23: Mapa sobre as áreas verdes, cursos de água e terrenos AEIA no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.24: Mapa sobre a os pontos de lazer e cultura presentes no Simões Lopes (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 3.25: Av. Duque de Caxias (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.26: Degrau Eventos (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.27: Clube Ferroviário (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.28: Estádio Getúlio Vargas (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.29: Passarela do Samba (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.30: Estação Férrea (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.31: Orquestra estudantil (Fonte: Autoras, 2019). Figura 3.32: Castelo Simões Lopes (Fonte: Autoras, 2019). Figura 4.1: área da rodovia antes da criação do parque. (Fonte: The Office of James Burnett, 2011.) Figura 4.2: área da rodovia após a criação do parque. (Fonte: The Office of James Burnett, 2011.) Figura 4.3: corte esquemático explicativo do projeto. (Fonte: Archdaily, 2013.) Figura 5.1: Mapa de modificação viária e seu respectivo zoom. (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras.) Figura 5.2: Zoon figura 5.3. Figura 5.3: Mapa de integração global existente - veículos. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.4: Zoon figura 5.5 Figura 5.5: Mapa de integração global proposta - veículos. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.6: Zoon figura 5.7 Figura 5.7: Mapa de integração global existente - pedestres. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.8: Zoon figura 5.9 Figura 5.9: Mapa de integração global proposta - pedestres. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.10: Zoon figura 5.12 Figura 5.11: Mapa de integração local existente - veículos. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.12: Zoon figura 5.13 Figura 5.13: Mapa de integração local proposta - veículos. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.14: Zoon figura 5.15 Figura 5.15: Mapa de integração local existente - pedestres. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.16: Zoon figura 5.17 Figura 5.17: Mapa de integração local proposta - pedestres. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.18: Mapa de integração local existente - veículos - área mais afetada. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.19: Mapa de integração local existente - pedestres - área mais afetada. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.20: Mapa de integração local proposta - veículos - área mais afetada. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019) Figura 5.21: Mapa de integração local proposta - pedestres - área mais afetada. (Fonte: produção das autoras depthmapX, 2019)

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Figura 5.30: projeção do parque linear sobre o canal Santa Bárbara (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras) Figura 5.31: mapa sobre a localização do loteamento no bairro Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 5.32: projeção das ruas mistas, canteiros e ciclovia no local onde se localiza hoje o trilho do trem (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras) Figura 5.33: projeção do espaço localizado em frente à Estação Férrea (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras) Figura 5.34: projeção da requalificação do local onde hoje se encontra o ponto de ônibus destinado aos passageiros que viajam até Rio Grande (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras) Figura 5.35: projeção do canteiro na Avenida Duque de Caxias (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras) Figura 5.36: projeção do canteiro na Avenida Duque de Caxias em frente ao IFSul (Fonte: Autoras, 2019. Edição das autoras) Figura 5.37: mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à saúde no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras) Figura 5.38: mapa sobre a infraestrutura existente reguardante à saúde no Fragata (Fonte: Prefeitura de Pelotas, 2019. Edição das autoras)


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8 REFERÊNCIAS PRETTY, G. et al. .Psychological sense of community and its relevance to well-being and everyday life in Australia. The Australian Community Psychologist, [S.L], v. 19, n. 2, p. 6-25, dez. 2007. Chiessi, M., Cicognani, E., & Sonn, C. (2010). Assessing sense of community on adolescents: Validating the brief scale of sense of community in adolescents (SOC-A). Journal of Community Psychology, 38, 276-292. SILVA, A.M.T.F.D. Sentido de comunidade e bem estar em idosos. Dissertação (Mestrado em Temas da Psicologia – Ramo de Psicologia do Idoso) - Universidade do Porto Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. set. 2012. Disponível em: <https://docplayer. com.br/49109043-Sentido-de-comunidade-e-bem-estar-em-idosos-contribuicao-para-aconstrucao-de-uma-escala-de-sentido-de-comunidade-em-idosos.html>. Acesso em: 28 abr. 2019. ACERVO NEAB. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Dados adquiridos através de pesquisas realizadas em abril de 2019 pelos estudantes da disciplina de Planejamento Urbano. OLIVEIRA, Elisabete Porto. Viagem na memória do Fragata: Estudo sobre a história e cultura de um “bairro cidade”. Pelotas; Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de PósGraduação em Artes da Universidade Federal de Pelotas, 2007. ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS. Município de Pelotas. 2017. Disponível em: <http://www. estacoesferroviarias.com.br/rs_bage_riogrande/pelotas.htm>. Acessado em 18 de maio de 2019. POVOADORES DE PELOTAS. Cemitérios de Pelotas. 2017. Disponível em: <http:// povoadoresdepelotas.blogspot.com/2017/08/cemiterios-de-pelotas-fontes-historicas.html>. Acessado em 18 de maio 2019. OLHARES SOBRE PELOTAS. O Bairro cidade. 2016. Disponível em: < https://www. facebook.com/Olharessobrepelotas/posts/-o-bairro-cidade-a-est%C3%A2ncia-santab%C3%A1rbara-passou-em-1817-a-pertencer-a-ros%C3%A1lia-m/1036772236429981/>. Acessado em 18 de maio 2019. MOREIRA, Regina da Luz. Lopes, Augusto Simões. 1934. Disponível em: < http://www.fgv. br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/lopes-augusto-simoes>. Acessado em 18 de maio de 2019. CENSO IBGE 2010. Prefeitura de Pelotas. Disponível em: < https://censo2010.ibge.gov. br/>. Acessado em 18 de maio de 2019.

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