Portfólio | Rafaella de Paula

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RAFAELLA M.S.M. PAULA ARQUITETA E URBANISTA


CV

Sou uma arquiteta recém formada, busco atuar no segmento de Arquitetura e Urbanismo. Possuo competência acadêmica para atuar na concepção e no desenvolvimento de projetos em diversas escalas urbanas e com as mais variadas formas de expressão da arte e da técnica. Também possuo experiências internacionais que me proporcionaram um conhecimento diferenciado sobre as formas de concepção, execução e representação projetual, além de uma abordagem não tão acadêmica sobre a prática. Por fim, me considero uma pessoa cabeça aberta, motivada e disposta a aprender.


RAFAELLA MANSO DE SENA MODESTO DE PAULA ENDEREÇO

Rua Três Mosqueteiros, 195 - São Paulo/SP

TELEFONES

(11)97133-6400 (11)2979-8609

E-MAIL

rafaella@modestodepaula.com.br

IDADE

23 anos


FORMAÇÃO ACADÊMICA

01/2012 12/2016

Graduação em Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

01/2009 12/2011

Ensino Médio Colégio Bandeirantes

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

04/2013 08/2014

Consórcio High Tech - Encibra S.A. Estudos e Projetos de Engenharia Estágio Empresa de médio porte do segmento de Arquitetura e Urbanismo Atuação em projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo na criação e desenvolvimento de projetos básicos e executivos; detalhamentos; compatibilidade de projetos complementares; desenvolvimento de layout de pranchas para apresentação; levantamentos de quantidades para orçamento; memoriais descritivos e projetos para aprovação.

EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL

08/2016

Viagem Técnica La Biennale di Venezia di Architettura Exposição Internacional de Arquitetura (Veneza, Itália)

07/2016

Design, Computation and Fabrication Workshop "Hyper Threads" The Architectural Association, AA Visiting Schools e Zaha Hadid Architects, CoDe (São Paulo, Brasil)

10/2015

Design Workshop, Charrette "Transformation through Connection" Technology, KEA

Copenhagen School of Design and

(Copenhague, Dinamarca)

07/2015

Curso "Summer Study Abroad - Architecture" Central Saint Martins College of Arts and Design - University of the Arts London, UAL (Londres, Inglaterra)

01/2015

Curso "Art and Architecture in Florence and Tuscany" Arts, FUA (Florença, Itália)

Florence University of the


FORMAÇÃO EXTRACURRICULAR

03/2016 05/2016

Concurso de Arquitetura para estudantes "Brasil em Veneza 015" Portal Projetar.ORG

01/2016

Curso "Curso de Representação Arquitetônica" { CURA }

07/2015 12/2015

Projeto Voluntariado "Projeto do Mobiliário Infantil Acessível" Assistência a Refugiados no Brasil, Associação Oásis Solidário e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

08/2015

Curso "Gerenciamento de Escritórios de Projeto e Construção" Arquiteto Iberê Moreira Campos no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

04/2015

Palestras "Jardins Verticais - Alternativa para aumentar as áreas verdes em São Paulo" Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, UMAPAZ e 13º Semana de Museus no Auditório Raphael Galvez Dazzani

04/2015

Curso "O Desenho de Croqui e a sua Poética Arquitetônica" Arquitetos Rodrigo Prata e Caio Marçon no Museu Brasileiro da Escultura, MUBE

09/2014 12/2014

Workshop "Atelier Ensaios Urbanos" Parceria entre Instituições de ensino em Arquitetura e Urbanismo e Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano

IDIOMAS

Português

Inglês

Espanhol

INFORMÁTICA

AutoCAD 2D

SketchUp

Rhinoceros

AutoCAD 3D

V-Ray

Grasshopper

Revit

Photoshop

QGIS

Maya

InDesign

Microsoft Office


SUMÁRIO


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18

Obsolescência Programática nas Edificações Trabalho Final de Graduação Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

19

24

Hyper Threads - Pop Up Temporary, Olympic Structure Design, Computation and Fabrication Workshop The Architectural Association

25

28

Brasil em Veneza - Da Rigidez à Sensualidade da Forma Concurso de Arquitetura para estudantes Portal Projetar.ORG

29

36

Operação Urbana Consorciada Água Branca 9º Semestre Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

37

42

Transformation through Connection - Jörd Garden Design Workshop, Charrette Copenhagen School of Design and Technology

43

46

Regent's Canal Intervention Summer Study Abroad Central Saint Martins College of Arts and Design

47

52

Projeto Institucional e Espaço Livre de Uso Público e Semi-Público 7º Semestre Centro Universitário Belas Artes de São Paulo


01

07

INSTITUIÇÃO

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

EXECUÇÃO

Trabalho Final de Graduação -10º Semestre

DATA

08/2016 - 12/2016

ORIENTADOR

Ricardo Ruiz Martos

ELABORAÇÃO

Individual

PROJETO

Aplicação da Técnica de Desmonte

LOCALIZAÇÃO

São Paulo, Brasil


OBSOLESCÊNCIA PROGRAMÁTICA NAS EDIFICAÇÕES "COMO ARQUITETOS DEVEMOS CONTINUAR IGNORANDO O FINAL DA VIDA ÚTIL DE UMA EDIFICAÇÃO? OU DEVEMOS TENTAR PREVER UMA CONTINUIDADE EM SEU CICLO DE VIDA?" Atualmente, a cidade pode ser vista como um “organismo vivo” em constante transformação, com novas demandas e fluxos todos os dias. As edificações, por sua vez, necessitam cada vez mais de mecanismos projetuais que possibilitem essa alteração no tempo. Caso contrário, muitas se tornarão ociosas, subutilizadas ou até mesmo fechadas, devido a mudança do programa de necessidades das edificações, a chamada Obsolescência Programática. Dessa maneira, o presente estudo buscou uma abordagem crítica a respeito da vida útil das edificações, com a finalidade de evidenciar a importância de se projetar pensando no futuro. Assim, evidencia-se a necessidade do planejamento desde a sua concepção, por meio de diretrizes e técnicas construtivas que incorporem o conceito do desmonte ao final de sua vida útil, possibilitando o reuso desses materiais, ou seja, introduzindo-os novamente no ciclo de vida de uma nova edificação. Essas soluções reforçam os conceitos de flexibilidade, mutabilidade, sustentabilidade e adaptabilidade. Inicialmente, foi desenvolvido o projeto de uma escola técnica, localizada na Subprefeitura do Jaçanã/Tremembé, Zona Norte de São Paulo, entre as ruas Adauto Bezerra Delgado e Baquio Preto. O terreno possui uma área de aproximadamente 7.825,00 m², enquanto, o projeto possui 2.150,00 m² de área construída. O projeto é constituído por módulos de 8,40m x 8,40m e a modulação, por sua vez, é de 1,20m x 1,20m. É fundamental ressaltar a utilização de materiais com ligações solidarizadas não permanentes (aparafusadas e pregadas) e ligações não solidarizadas (encaixes e apoios), além de estrutura metálica, drywall, painéis wall, telhas zipadas, entre outros materiais industriais, ou seja, produtos de fácil separação, que possibilitem a reutilização, e ocasionem a menor interferência possível no meio ambiente. Após um determinado tempo, 30, 50 ou 100 anos, provavelmente ocorrerá a Obsolescência Programática da edificação, devido às mudanças nas demandas da sociedade, que variam no tempo e no espaço, em função de alterações de faixa etária, escolaridade, composição familiar, aspectos econômicos, entre outros. Dessa forma, faz-se necessária uma adaptação e flexibilidade por parte da arquitetura, possibilitando o desmonte da escola técnica e a reutilização da sua estrutura para a construção de um novo produto arquitetônico onde necessário. Enfim, esse novo projeto arquitetônico pode ser constituído de apenas um módulo de 8,40m x 8,40m ou até 30 módulos, variando de acordo com essa nova demanda do futuro. Conclui-se que a edificação deve ser adaptável, flexível e mutável para atender ao máximo as novas necessidades dos usuários no tempo. 08


09

ETAPAS DO PROCESSO CONSTRUTIVO DA ESCOLA TÉCNICA


768,50 768,35

RU AA

IAM

OP

OL ÔB

O

01

769,52

02

768,50

RUA ADAUTO BEZERRA DELGADO

01

03

04

AQ AB U R

UIO

ETO

PR

LEGENDA : 01. PEDAGÓGICO 02. VIVÊNCIA 03. SERVIÇOS 04. ADMINISTRAÇÃO

IMPLANTAÇÃO PELO TÉRREO SEM ESCALA

10


11

PERSPECTIVAS EXTERNAS DA ESCOLA TÉCNICA


CORTE PERSPECTIVADO DO MÓDULO

12

0,150 0,553 0,417 0,055 2,750

0,055 0,417 0,987

0,204




15

ETAPAS DO PROCESSO DE OBSOLESCÊNCIA PROGRAMÁTICA E DE DESMONTE


MÓDULO EXPLODIDO

16


6 m²

5 - 70, DULO

Ó

01 M

Remontagem de possíveis edifícios, a partir da reutilização dos materiais provenientes do desmonte da escola técnica, possibilitando variações projetuais de acordo com as novas necessidades dos usuários no tempo, devido a flexibilidade e adaptabilidade dos módulos. 17


²

,24 m

282 LOS -

ÓDU

04 M ²

,68 m

11 S-2 O L U D

Ó

03 M

LO

ÓDU

02 M

²

12 m

41, S-1

. "O SISTEMA CONSTRUTIVO DEVE SUPERAR A VIDA ÚTIL DO EDIFÍCIO" (Fernando Laterza)

18


02

19

INSTITUIÇÃO

The Architectural Association, AA Visiting Schools

EXECUÇÃO

Design, Computation and Fabrication Workshop

DATA

07/2016

ORIENTADOR

Zaha Hadid Architects, CoDe

ELABORAÇÃO

Grupo

PROJETO

Pavilhão Temporário para Olimpíadas

LOCALIZAÇÃO

Rio de Janeiro, Brasil


HYPER THREADS - POP UP TEMPORARY, OLYMPIC STRUCTURE

O objetivo geral do workshop foi explorar o desenho assistido por computador (Computer Aided Design, CAD) a fim de contribuir com a criatividade arquitetônica e responder questões de desempenho espacial e material. O seu enfoque se deu nas técnicas do design contemporâneo, na expressão criativa, na tecnologia de softwares e na fabricação robótica, ou seja, baseou-se na pesquisa inovadora. Dessa maneira, o curso constituiu-se de dois momentos. Primeiramente, se tornou necessário tanto a exploração como a racionalização de um processo multi-etapas que visou como produto final um Pavilhão Temporário para Olimpíadas, ou seja, um “Pop-up Temporary”. Para isso, se tornou necessário explorar conceitos e métodos de design baseados na física, na integração de formas e estruturas, em sistemas computacionais de otimização para a fabricação robótica e na adaptação aos meios, as técnicas e aos conhecimentos locais. Por fim, todos os participantes do workshop tinham como meta desenvolver uma instalação paramétrica, ou seja, projetar e construir um protótipo na escala 1:1 a fim de reforçar o conceito de “aprender fazendo”. Dessa maneira, utilizamos métodos de ferramentas de design, técnicas e análises de programas como Maya, Rhinoceros e Grasshopper. Também aprendemos a programar os Robôs da Yaskawa com plug-ins especiais em Maya e Grasshopper, além de utilizar as impressoras 3D e de corte à laser (CNC fresa/ router). 20


21

EXPLORAÇÃO DA FORMA - MODELAGEM DO PAVILHÃO TEMPORÁRIO PARA OLIMPÍADAS


MAQUETES FÍSICAS E ELETRÔNICA DO PAVILHÃO TEMPORÁRIO PARA OLIMPÍADAS

22


23

EXPLORAÇÃO DA FORMA - SIMULAÇÃO DO PROTÓTIPO ESCALA 1:1


FABRICAÇÃO DO PROTÓTIPO ESCALA 1:1

24


03

25

INSTITUIÇÃO

Portal Projetar.ORG

EXECUÇÃO

Concurso de Arquitetura para estudantes

DATA

03/2016 - 05/2016

ORIENTADOR

Não autorizado

ELABORAÇÃO

Grupo

PROJETO

Pavilhão brasileiro para a Bienal de Veneza

LOCALIZAÇÃO

Veneza, Itália


BRASIL EM VENEZA - DA RIGIDEZ À SENSUALIDADE DA FORMA

A proposta do concurso consiste no projeto de um novo pavilhão brasileiro para a Bienal de Veneza. O pavilhão que representa o Brasil, atualmente, foi projetado no ano de 1963 pelos arquitetos Enrique Mindlin e Giancarlo Palanti. Sua arquitetura possui características marcantes, como a questão da geometria e da simetria rigorosas, evocando o teor clássico do entorno, e também sua fachada, que utiliza materiais e técnicas características da arquitetura paulista da década de 1960, ou seja, Rino Levi. Entretanto, o edital do concurso reforçava que o edifício deveria ser um símbolo nacional de fácil reconhecimento, tanto para estrangeiros quanto por brasileiros, ou seja, deveria ser icônico para os visitantes, funcional para os usuários e que permitisse as mais diferentes formas de arte expostas. Além disso, esse novo pavilhão deveria ser o porta voz da futura arquitetura brasileira para o mundo. Outro ponto importante a ser ressaltado é a questão da localização do terreno, uma vez que se encontra em um local estratégico, em frente do Rio del Giardini, ou seja, em frente à ponte que liga as duas partes dos jardins, permitindo, portanto, um visual amplo e que pode ser visto de todos os lados, pelos cidadãos ou turistas que estejam passando pelo canal, sem necessariamente entrar na Bienal. Em relação ao programa de necessidades, este é subdividido em três setores principais. Primeiramente, o acesso que conta com o hall de entrada, recepção, escritório para um funcionário e dois sanitários públicos P.N.E. O setor destinado as galerias, é dividido em três salas de exposições, a área externa, a sala para exibições maiores e a sala para exibições menores. Por fim, a área técnica, que engloba o depósito de mobiliário e a sala de equipamentos (HVAC, automação). Todos esses setores contabilizam uma área construída de 485,00 m². O partido arquitetônico desse projeto traduz alguns conceitos básicos como criar uma arquitetura social para o futuro, que possa ser mais humana e otimista, com a utilização de recursos naturais e materiais do local, reforçando questões relacionadas ao meio ambiente e a sustentabilidade. Sendo assim, o novo pavilhão reforça em sua forma, a identidade arquitetônica do país, ou seja, a ortogonalidade presente nas construções brasileiras e as curvas das regiões montanhosas e das ondas do mar em sua fachada. Quanto ao sistema construtivo, reforça-se o concreto das vigas e dos pilares esbeltos remetendo ao método tradicional de nossas construções, além do uso da madeira brasileira, recurso natural importantíssimo para o país. 26


01

02

03

04

05

06

07

08

Da rigidez a sensualidade da forma O novo pavilhão do Brasil em Veneza traduz em sua LEGENDA

forma a identidade arquitetônica do país, incorporando a

01. Pavilhão elevado 50 cm do solo sobre pilotis. 02. Vegetação rasteira. 03. Espelho d’água. 04. Seixo rolado. 05. Pilar de concreto. 06. Laje cogumelo. 07. Placas duplas de madeira de espessura de 1,5 cm com enchimento de lã de vidro, 4 cm de espessura, estruturadas por caixilhos metálicos. 08. Elemento de fachada composto de placas laminadas coladas de madeira, peroba rosa, com forma orgânica, criando ondulações irregulares, remetendo às curvas brasileiras.

ortogonalidade presente nas construções brasileiras em sua estrutura e as curvas das regiões montanhosas, do corpo feminino e das ondas do mar carioca, em sua fachada. O pavilhão foi elevado do chão e recebeu um grande espelho d’água sob ele, fazendo referência às palafitas amazônicas, às casas dos pescadores e à simplicidade do povo brasileiro. O uso predominante da madeira brasileira evidencia este recurso natural, importantíssimo para o país. O concreto das vigas e pilares esbeltos remete ao método

PERSPECTIVA DO ACESSO PRINCIPAL

tradicional de nossas construções e o vidro incorpora luz

VISUAIS

natural para dentro da edificação de maneiras inusitadas, seja por um rasgo na laje, um friso próximo ao chão ou uma grande abertura para o jardim interno. A sustentabilidade está presente no projeto por meio de vidros fotovoltaicos transparentes nas aberturas do teto, da ventilação cruzada melhorando a eficiência térmica

FLUXOS

estruturadas por caixilhos, que podem ser desmontadas fa-

100 m²

O pavilhão se integra harmonicamente com o entorno, mantendo diálogo de gabarito e de proporções, porém se

200 m²

35 m²

cilmente, sendo um recurso renovável.

ESTUDO VOLUMÉTRICO

ÁREAS

destaca por sua concepção arquitetônica contemporânea.

70 m²

80 m²

do edifício, e de vedações com placas duplas de madeira,

Área técnica Acesso Galerias

PERSPECTIVA DA GALERIA EXTERNA

+6,50

+4,50

+0,50

CORTE TRANSVERSAL - ESTUDO DA VENTILAÇÃO CRUZADA ESC: 1/125


Bienal de veneza, leste da ilha de veneza, ITALIA

-0,30

+0,50

0,00

PLANTA DO TÉRREO ESC: 1/200

+6,50

+4,50

PLANTA DE COBERTURA ESC: 1/200

PERSPECTIVA DO DETALHE DA FACHADA

VIDRO FOTOVOLTAICO TRANSPARENTE

CORTE LONGITUDINAL - ESTUDO DA INSOLAÇÃO ESC: 1/125

PRANCHA DO CONCURSO SEM ESCALA

28


04

29

INSTITUIÇÃO

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

EXECUÇÃO

Projeto de Arquitetura e Urbanismo - 9º Semestre

DATA

02/2016 - 06/2016

ORIENTADOR

Celso Minozzi, Denise Pessoa e Leonardo Loyola

ELABORAÇÃO

Individual

PROJETO

Estudo Preliminar do Plano de Urbanização

LOCALIZAÇÃO

São Paulo, Brasil


OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA O estudo a seguir possui duas vertentes de projeto, primeiramente uma requalificação urbana de uma área degradada e sem função social, ou seja, a elaboração de um Plano de Urbanização, e a seguir, o desenvolvimento do projeto de Edifícios Residenciais que serão implantados na área em estudo. Ambas as propostas têm como objetivo a aproximação da população com o rio, através de um sistema de áreas verdes, da adoção de fruição pública e permeabilidade espacial, ou seja, uma renovação ambiental e social. A proposta para esse estudo de Plano de Urbanização se localiza entre as subprefeituras da Casa Verde e Lapa, nos distritos da Barra Funda e do Limão, entre as avenidas Marquês de São Vicente, Marginal Tiête e Viaduto Júlio de Mesquita Neto. O terreno possui uma área de aproximadamente 155.426,21 m², no qual prevê a implantação de equipamentos sociais, como o território CEU esportivo, educacional, cultural e múltiplo uso, além da unidade básica de saúde (UBS), e também equipamentos administrativos, como o Centro de Gerenciamento e Monitoramento Integrado (CGMI). Prevê ainda a implantação de Habitações e de Habitações de Interesse Social (HIS) em edifícios de uso misto, cujo pavimento térreo possa ser utilizado por comércio ou serviços. Por fim, abrigará um parque com áreas verdes, espaços de permanência e lagos para retenção de água. Todos esses equipamentos serão destinados não só aos moradores do local, mas sim, a toda a população do entorno. Portanto, esse projeto visa a reconfiguração urbanística e paisagística das várzeas e áreas de proteção permanente dos cursos de água existentes. Em relação as edificações habitacionais, buscou-se criar um movimento ritmado a partir da alteração das profundidades das varandas, e resgatar o verde para a margem do Rio Tietê com aplicação da vegetação em toda a sua extensão. Além disso, com a variação de gabaritos dos edifícios, tornou-se possível a aplicação da cobertura verde em todos os níveis, criando, portanto, espaços estáticos para os moradores. Esses conceitos foram inspirados em projetos de arquitetos com Mario Cucinella, Emilio Ambasz e Ken Yeang. Ademais, foram inseridas tanto as fachadas ativas em todo o perímetro do projeto, aumentando a interação do passeio público com as atividades desenvolvidas no térreo, quanto os pátios internos, estes últimos formados pelos próprios edifícios com o objetivo de expandir as áreas permeáveis e de permanência. Em suma, este projeto baseou-se na diversidade e integração de usos como habitação, comércio e serviços, equipamentos sociais e áreas verdes, a fim de criar um ambiente seguro e agradável para a circulação de pedestres e para o convívio social dos moradores. 30


VOLUMETRIA DOS EDIFÍCIOS COBERTURAS VERDES

FRUIÇÃO PÚBLICA FRUIÇÃO

PARCELAMENTO DO SOLO SETOR RESIDENCIAL INSTITUIÇÕES

ÁREAS VERDES E REGIME DE ÁGUAS PARQUES E ÁREAS VERDES LAGOS DE RETENÇÃO

SISTEMA VIÁRIO RUA DE INTERLIGAÇÃO RUAS DE ACESSO RESTRITO

31

DIAGRAMAS CONCEITUAIS DO PLANO DE URBANIZAÇÃO


MA R

GIN

AL

TIE

CEU PLAYGROUND

CEU

BOSQUE NATIVO

CEU

723,00

PRAÇA CÍVICA

PONTE JÚLIO DE MESQUITA NETO

UBS

CGMI

AV. MA RQ

UÊS DE

IMPLANTAÇÃO PELO TÉRREO SEM ESCALA

SÃO VIC

ENTE SETOR RESIDENCIAL 32


CIRCULAÇÃO VERTICAL

33

ALTERAÇÃO DE GABARITO

PERMEABILIDADE


QUALIDADE AMBIENTAL

DIAGRAMAS CONCEITUAIS DO EDIFÍCIO RESIDENCIAL

CORTE LONGITUDINAL - EDIFÍCIO RESIDENCIAL SEM ESCALA

34


PLANTA DA COBERTURA E DO PAVIMENTO TIPO - EDIFÍCIO RESIDENCIAL SEM ESCALA

35

CORTE COM ESTUDO DE INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO - EDIFÍCIO RESIDENCIAL SEM ESCALA


CORTE AMPLIADO DA FACHADA - EDIFÍCIO RESIDENCIAL SEM ESCALA


05

37

INSTITUIÇÃO

Copenhagen School of Design and Technology

EXECUÇÃO

Design Workshop, Charrette

DATA

10/2015

ORIENTADOR

Erik Heijligers, Herman Bailey e Mattias Esig

ELABORAÇÃO

Grupo

PROJETO

Soluções para a Gestão de Resíduos

LOCALIZAÇÃO

Copenhague, Dinamarca


TRANSFORMATION THROUGH CONNECTION - JÖRD GARDEN O Charrette teve como premissa reunir estudantes de diversas instituições de ensino ao redor do mundo, durante uma semana, a fim de explorar possíveis soluções a uma questão apresentada. Dessa maneira, os oitenta estudantes foram divididos em grupos multidisciplinares para elaborar estudos sobre as possíveis soluções para a gestão de resíduos em áreas que apresentavam esse tipo de deficiência. Atualmente, a questão da gestão de resíduos é um assunto de relevância para as grandes cidades. Portanto, a questão base desse Workshop era “Como poderíamos criar soluções para o lixo, que sejam tanto viáveis como atraentes, a fim de minimizar o desperdício e maximizar o envolvimento dos usuários? ”. Desse modo, os grupos precisavam apresentar como produto final um projeto para o pátio interno entre os edifícios, uma intervenção digital, uma marca visual e uma estratégia de comunicação para comercializar a solução para outras áreas que também necessitassem desse incentivo. Após a realização de uma pesquisa com os moradores dos edifícios sobre a estrutura do sistema de coleta de lixo, constatamos que era quase inexistente e muito precária. Portanto, era necessário, primeiramente, pensar um modo de incentivar e reeducar essas famílias de classe média sobre a importância da gestão de resíduos. Dessa forma, desenvolvemos o chamado “Jörd Garden”, na mitologia grega significa o Deus da Terra, um sistema que abrange tanto uma plataforma de tecnologia e atividades comunitárias, como urban farming, rain system e workshops, para incentivar a consciência da coleta e reciclagem como também requalificação do pátio interno entre os edifícios, a partir de áreas destinadas ao esporte e a convivência. O elemento essencial do Jörd Garden é o Sistema de Reciclagem Selecionada, ou seja, assim que a pessoa jogar o seu lixo na lixeira, esta detectaria o tipo de material que o compõe e encaminharia para o container correto (papel, vidro, plástico e metal), em outras palavras, seria um sistema inteligente de reciclagem o qual detecta, destina e armazena o lixo. A fim de incentivar esse processo, foi desenvolvido um aplicativo de celular entre os moradores que mostra o quanto os seus vizinhos estão reciclando, isto é, cria um jogo entre eles, uma espécie de “competição da reciclagem”. Em complementação, foi desenvolvido um sistema de luzes no pátio interno que demonstram a partir de cores, como o Sistema de Reciclagem Selecionada está sendo executado, de maneira eficiente ou precária. Por fim, o Jörd Garden é um sistema que poderia ser implantado em outras áreas que também apresentem problemas com a gestão de resíduos, tornando assim, a competição entre os edifícios cada vez mais abrangente, com a conscientização sobre a coleta e a reciclagem. 38


39

ÁREA DE INTERVENÇÃO


ÁR CONV EA DE IVÊN CIA

ATIVIDADES COMUNITÁRIAS

LAZER

DIRETRIZES PROJETUAIS

40


41

IMPLANTAÇÃO COM AS SOLUÇÕES PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS SEM ESCALA


ESTRATÉGIAS ADOTADAS COMO SOLUÇÕES PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS

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06

43

INSTITUIÇÃO

Central Saint Martins College of Arts and Design

EXECUÇÃO

Summer Study Abroad - Architecture

DATA

07/2015

ORIENTADOR

Juliet Quintero e Julika Gittner

ELABORAÇÃO

Individual e Grupo

PROJETO

Room on the Regent's Canal

LOCALIZAÇÃO

Londres, Inglaterra


REGENT'S CANAL INTERVENTION

O objetivo desse curso, de maneira sucinta, era explorar tanto a arquitetura quanto o planejamento urbano de Londres, através de seu desenvolvimento econômico, social, cultural e urbano, ou seja, das fases de sua história, a fim de conceber uma intervenção arquitetônica para a cidade. Para isso, se tornou fundamental observar as particularidades de cada edifício, de lugares ou até mesmo de situações através de recursos fotográficos, de desenhos à mão e de modelagens. Dessa maneira, essas pesquisas, observações individuais e explorações contribuíram para a formação de uma base de diretrizes projetuais que, no futuro, formarão uma série de propostas de intervenção. Esse estudo de um mês se baseou em três fases, inicialmente “exploring”, em seguida “designing” e por fim “making/presenting”. Na primeira etapa, a finalidade era explorar, ou seja, descobrir o ambiente construído em Londres, pesquisar tanto sobre as vias navegáveis quanto sobre o planejamento urbano, observar a arquitetura contemporânea em East London e visitar terrenos para possíveis intervenções. Entretanto, era fundamental documentar essas explorações através de fotografias com diferentes enquadramentos, modelagens com argila e esboços à mão livre. Já na segunda etapa, o essencial era o brief do projeto, em outras palavras, o desenvolvimento do projeto individual. Foi determinado o Regent’s Canal como o local para a intervenção, e como o produto a ser projetado, um “Room”, ou seja, um espaço público que propiciasse aos ocupantes um sentimento de estar e permanecer. Dessa maneira, foi necessário inicialmente elaborar um levantamento da situação existente do local, para a partir de então, iniciar o desenvolvimento da intervenção espacial através de um processo de desenhos, esboços, modelagens e colagens. A terceira etapa, por sua vez, se baseou na preparação da exposição final do curso, realizada em grupo, a fim de elaborar uma estratégia que pudesse representar toda a extensão da área de intervenção urbana, a qual abrangeu as propostas arquitetônicas individuais para o “Room”, ou seja, a construção de uma estrutura que representasse a área de intervenção de todos os projetos. Além disso, preparamos o stand com todos os materiais de exploração, como as fotografias, as modelagens, os esboços, as colagens, entre outros. Dessa maneira, expandimos a capacidade de comunicar ideias e conceitos através da representação visual, como também, de desenvolver conceitos de pesquisa em soluções de design criativo. 44


45


PROCESSO DE EXPLORAÇÃO, DESENVOLVIMENTO DO PROJETO E EXPOSIÇÃO FINAL

46


07

47

INSTITUIÇÃO

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

EXECUÇÃO

Projeto de Arquitetura e Paisagismo - 7º Semestre

DATA

02/2015 - 06/2015

ORIENTADOR

Iracy Sguillaro, Lauresto Esher e Mario Biselli

ELABORAÇÃO

Individual

PROJETO

Escola de Ensino Fundamental Integrada à Praça

LOCALIZAÇÃO

São Paulo, Brasil


PROJETO INSTITUCIONAL E ESPAÇO LIVRE DE USO PÚBLICO E SEMI-PÚBLICO

O objetivo desse projeto era a implantação de um edifício institucional integrado à um espaço livre de uso público e semi-público, ou seja, uma praça. Dessa forma, foi desenvolvido o projeto de uma escola de ensino fundamental, localizado na Subprefeitura da Lapa, bairro da Barra Funda, entre as ruas do Bosque, Cônego Vicente Miguel Marino, dos Americanos e Cruzeiro. O terreno, em si, já possuía um espaço livre de uso público, a Praça Nicolau de Moraes Barros. Como ela estava degradada e pouco frequentada, um dos pontos fundamentais do projeto era revitaliza-la, para futuramente integrá-la com o projeto de uma escola de ensino fundamental. Outra questão no tocante ao terreno, é que em seu entorno estão localizados os trilhos da CPTM, ou seja, uma barreira física que gera grande concentração de ruído pela movimentação diária dos trens, dessa forma o projeto arquitetônico e paisagístico deveria criar mecanismos projetuais que o amenizassem. O terreno, por sua vez, possui uma área de aproximadamente 18.150,00m², enquanto, o projeto possui 3.704,00m² de área construída. O programa arquitetônico é constituído pelo setor pedagógico, o qual abrange as salas de aula, laboratórios e biblioteca; pelo setor administrativo, composto pelas salas de diretores, professores, coordenadores, atendimento, almoxarifado e secretaria; pelo setor social, com o auditório e galpão de atividades recreativas; e pelo setor esportivo formado por uma quadra poliesportiva coberta e por arquibancadas; com o intuito de atender em média de 460 a 500 alunos por turno. Em relação ao partido arquitetônico adotado, sua premissa era integrar a construção com as áreas públicas ou semi-públicas, ou seja, com a praça, criando um design único para a escola com a finalidade de enriquecer a relação das pessoas com a vegetação. As referências projetuais para a elaboração da conceituação “The Landscape over The Building”, foram obras como o Phoenix Museum of History e o Glory Art Museum (Emilio Ambasz); Complesso Olivetti (Roberto Gabetti & Aimaro Isola); Centro de Informações de Complexo Petroquímico (Biselli & Katchborian Arquitetos Associados). Dessa maneira, tornou-se possível reconstruir a paisagem degradada da Praça Nicolau de Moraes Barros integrando-a completamente com a Escola de Ensino Fundamental, já que a vegetação “abraçou” a edificação, ou seja, se tornou a cobertura. Portanto, quando avistada de uma certa distância, não é possível identificar um edifício, e sim, uma pequena elevação no terreno plano, em outras palavras, dois morros. 48


49


CROQUIS DA CONCEITUAÇÃO DO PROJETO

CORTE LONGITUDINAL - SETOR ESPORTIVO E SETOR PEDAGÓGICO SEM ESCALA

50


51


PERSPECTIVA AÉREA, CORTE DA PRAÇA E PERSPECTIVA DO PÁTIO INTERNO

CORTE LONGITUDINAL - SETOR ADMINISTRATIVO E SETOR PEDAGÓGICO SEM ESCALA

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OBRIGADA,

RAFAELLA MANSO DE SENA MODESTO DE PAULA TELEFONES

(11)97133-6400 (11)2979-8609

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