Perfil
Nome Artístico: Raymond Depardon Data de Nascimento: 06/07/1942 Nacionalidade: França Versão original com legenda em português.
Criança solitária, Raymond Depardon tirou suas primeiras fotografias na fazenda familiar. Com 16 anos chega a Paris, onde torna-se assistente do fotógrafo Gilles Foucherand. Este é logo associado à agência Delmas, que envia Depardon à África para seguir a expedição SOS- Sahara em 1960. O jovem retornou com uma reportagem muito marcante no momento da sua sua publicação no Paris- Match, depois cobriu as guerras da Argélia e do Vietnã. Em 1966 foi cofundador da mitica agência Gamma, pela qual partiu em reportagem no Tchaud, no Biafra ou ainda em Praga: O filme consagrou a imolação do estudante Jan Palach, tornando-se aliás seu primeiro curta metragem em 1969. Herdeiro do cinema direto, cujo os líderes tem por nome Richard Leacock ou Pennebaker, Depardon seguiu Giscard no momento de sua campanha de 1974, no entanto o Presidente esperou 28 anos para autorizar a difusão deste
Filmografia Como diretor e roteirista: Un l’homme sans l’occident (2002) Deserts (1999) Paris (1998) Bolivie (1997) Muriel Leferle (1996) Malraux (1996) A propose de Nice, la suite (1995) Lumière et compagnie (1995) Montage (1994) Cathagene (1991) Contre l (1974) Um Presidente Em Campanha (1975) Quoi de Neuf au Garet (1997) 10ème Chambre, Instants d´Audience (2004) Profils Paysans : Le Quotidien (2004) Profils Paysans : L’approche (2000) Délits Flagrants (1994)
documentário, que ele havia contudo encomendado. Autor de diveros curtas metragens que percorreram o mundo, o cineastra dirigiu em 1980 seu segundo longa, Numéros zéro, sendo inserido de súbito na redação do Matin de Paris. Paciência, descrição, atenção de todos os instantes: tais são as regras de ouro do cineastra que se fez testemunha do cotidiano das fotografias da imprensa ( Reportes, Cesar de melhor documentário em 1982) ou de uma equipe de policiais (Faits divers), e se introduz dentro das instituições também fechadas no universo hospitalar (asilo psiquiátrico de San Clemente, o serviço de Urgences do l’Hôtel- Dieu) ou a justiça (Délits flagrants, 1994) que lhe proporcionou um segundo César. Em 1985, “Empty Quarter, une femme en Afrique” é a primeira incursão de Raymond Depardon na ficção. O continente negro, sobre o o qual ele porta um olhar ao mesmo tempo amoroso e inquieto (Afriques: comment ça va avec la douleur ?) Em 1996 inspirou ao documentarista dois outros filmes de ficção: La Captive du desert (1989), rodado na Nigéria com Sandrine Bonnaire dentro do papel de François Claustre, arqueólogo sequestrado através dos Toubous, depois Un homme sans l’Occident (2002). Reencontra-se nestas obras diletantes o gosto de Depardon pelo cinema contemplativo como novamente testemunha Paris, reflexão sobre o seu trabalho que navega entre documentário e ficção. Fotógrafo e cineastra de reputação mundial, Depardon multiplica os mais variados projetos ( filmes, exposições, obras, propagandas, ...) tudo com fidelidade a certas temáticas: afirmou na revista Studio que “ o verdadeiro documentário é finalmente mais perto do teatro”, ele roda em 2004 10ième chambre,instants d’audience, novo estado dos lugares da justiça na França; apresentado com sucesso no Festival de Cannes. Paralelamente a todas essas atividades, este filho de agricultores se lança no fim dos anos 90 em um trabalho que exige muito tempo e esforço, Profils Paysans, panorama em três partes da França rural, que necessita não menos de 10 anos de filmagem.