Parana Rural - 02 by Rafael Rizzato Ribeiro

Ano 1 | Edição 2 | Setembro e Outubro de 2012 R$ 9,90

PREMIO NEW HOLLAND

Fotógrafo da Revista Paraná Rural recebe 1º lugar no premio New Holland.

AGRICULTURA

Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013.

PROFETAS DO APOCALÍPSE

O que o mundo não previa está para acontecer e como isso inﬂuenciará a agricultura brasileira.

COM VISÃO NO FUTURO, ELE CRIOU NO PASSADO, O QUE É HOJE UMA FAZENDA MODELO PARA O MUNDO.

Editorial • Capa om autoconhecimento, perfil empreendedor e criatividade, flexibilidade com uma visão para a evolução coletiva, onde segue aprendendo com suas experiências Uma pessoa visionária com idéias inovadoras e grande capacidade de negócio, que acredita que o modelo atual pode ser melhorado Um administrador com política de diligência, prudência e compromentimento diplomático e cooperativista por excelência Este é Ibrahin Faiad

A EVOLUÇÃO DO

AGRONEGÓCIO

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Conteúdo Fernando e Sorocaba estimulam jovens a permanecer no campo �� 6

Pecuária

Ibrahim Faiad - O diplomata do campo ��8 Bem estar para animais de produção ��16 Orquestra paranaense de viola caipira da FAG ��18 O Cedro Australiano e o Eucalípto ��21

Agricultura Ministro comemora maior safra de grãos da história ��26 Saiba um pouco mais sobre a Canola, uma das culturas do inverno ��28 A revolução do tomate ��30 Termina a colheita de feijão no Paraná ��32 O exército das formigas ��34 Plano agrícola e pecuário: 2012/2013 ��36 A colheita ��37 Os novos e velhos desafios do produtor rural ��38 O financiamento Agrícola ��42 Espigão Azul - A história da comunidade São Sebastião ��44 Setor agroquímico revê crescimento para 5% em 2012 ��46 Safra de milho cai 102 milhões de toneladas no EUA ��50 Profetas do Apocalipse ��54

Equinos CCOCT realiza ultima etapa em Cascavel ��56 Tambor e Baliza ��58 Manejo Profissional ��60

Tecnologia A importância da Tecnologia de Aplicação para o sucesso do Campo ��64 Produtividade surpreende produtores que optam por milho Coodetec ��66 Planeta faminto - Demanda mundial de alimentos ��68 Tecnologia na agricultura ��74 Evento: Dia de campo - IAPAR ��76

Avicultura Aves ��82

Suinocultura O bem estar suíno ��84

Psicultura Que tal investir na Piscicultura? ��88

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Fernando e Sorocaba estimulam jovens a permanecer no campo A música sertaneja foi repaginada e passou a atrair milhões de jovens para shows de duplas famosas em todo o País. Agora, uma das principais delas está tentando transferir esse sucesso para o trabalho no campo. Desde fevereiro, todos os shows de Fernando e Sorocaba começam com um vídeo que estimula os jovens a trabalhar com o agro e a permanecer no campo. “Nossa campanha usa o bom momento da música sertaneja para atrair o jovem, dizer que ele deve ter orgulho de trabalhar no campo”, diz Sorocaba. “As pessoas tinham vergonha de dizer que gostavam de sertanejo, mas essa nova linguagem atrai cada vez mais gente”, completa. Com raízes fincadas no campo, a dupla se preocupa com o futuro do agro brasileiro. Sorocaba é formado em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina. Foi na cidade paranaense que ele começou a tocar com Fernando, que viveu no campo até os 15 anos. “A nova linguagem revigorou a música sertaneja, mas ela não deixa de falar do meio rural, agora com uma pitada urbana que cria uma relação entre o homem do campo e o da cidade”, explica Sorocaba. Chamada de Bravo, Bravo!, a iniciativa tem o patrocínio da Minerthal, empresa de suplementos para a alimentação animal. “A continuidade do negócio rural de nossos clientes e a atração de mão de obra qualificada para o setor são dois problemas importantes”, diz Fernando Schalch Júnior, responsável técnico da Minerthal. Foram as mesmas preocupações que levaram Fernando e Sorocaba a idealizar a campanha e buscar a parceria da empresa. “Queremos atrair o jovem a botar a mão na massa”, diz Fernando. “Com a tecnificação cada vez maior da agropecuária, precisamos de gente que goste de fazer as coisas de forma moderna e com consciência ecológica”, completa Sorocaba. Se repetirem com a atração dos jovens do campo o sucesso que tiveram renovando a música sertaneja, Fernando e Sorocaba podem colocar seus nomes também na história do agro nacional. Depois de Victor, da dupla com Léo, Sorocaba é o artista que mais arrecada com direitos autorais de suas músicas no Brasil. 6

Campanha da dupla valoriza o meio rural para garantir a sucessão familiar nas fazendas.

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Ibrahin Faiad O diplomata do campo

• Por: Soraia David M. Rosa da Silva s árabes são conhecidos historicamente por suas inúmeras contribuições para o mundo ocidental no que diz respeito à navegação, comércio, astronomia, números e artes em geral. Dotados de incrível perspicácia para os negócios, era de se esperar que tivessem êxito em qualquer lugar do mundo onde resolvessem se aventurar. A história de Ibrahin Faiad não é diferente, quando seu pai saiu do Líbano rumo ao Brasil em busca de dias melhores. O pequeno Ibrahin teve uma infância modesta, porém feliz junto com seus sete irmãos em Wenceslau Braz, cidade do norte paranaense localizada a 295 quilômetros de Curitiba. Dividido entre os afazeres da escola, de casa e os trabalhos que fazia para ajudar nas despesas da família, aos sete anos de idade começou a fazer pequenos “bicos” como leiteiro, auxiliar de padeiro, engraxate e auxiliar de contínuo - responsabilidade que agregou logo cedo e que levaria para o resto de sua vida tornando sua principal característica e chamando a atenção de empreendedores financeiros, do agronegócio e de líderes políticos da esfera estadual e federal. O agropecuarista que ficou conhecido por tirar do vermelho uma das mais importantes Cooperativas do Brasil, a Coopavel, esboça um sorriso tímido ao se lembrar dos sonhos de menino enquanto nos recebe em um organizado escritório na sede da fazenda Iguaçu-Star Milk, em Céu Azul.

Ibrahin Faiad tirou a COOPAVEL do vermelho, foi Secretário Chefe de gabinete no Governo Lerner, além de já haver assumido a Secretaria de Política Agrícola Nacional. Devo explicar aos leitores, que Ibrahin Faiad conserva a gentileza e a boa educação nos gestos mais simples. Um cavalheiro. Não é à toa que seu nome é respeitado nos diversos segmentos da sociedade; ele é um desses raros homens que deveriam ser clonados para que as futuras gerações não percam o referencial de integridade, competência e comprometimento com a coisa pública. Depois de nos servir pessoalmente o café, acomoda-se para mais

Paraná Rural uma das inúmeras entrevistas que concedeu ao cooperativa, segundo o agropecuarista, já se enlongo da vida. cerrou, mas lembra-se de quando assumiu com a missão de socorrer associados e produtores que A carreira no Bamerindus o procuravam em casa, pedindo ajuda. As difiA pedido da mãe, ainda menino Ibrahin conculdades encontradas, o estado caótico da cooseguiu uma vaga no extinto Banco Bamerindus, perativa, foram enfrentados com muito trabalho, vaga disputadíssima. “Auxiliar de contínuo era organização e um modelo de gestão que elevaria uma missão - talvez a menos nobre de todas as a Coopavel ao nível das grandes cooperativas do carreiras bancárias - porque era trabalho externo, país, com a ajuda de Dilvo Grolli e de Salazar Bartinha que buscar refrigerantes para os mais gradureiros, ex-prefeito de Cascavel. “Uma coisa que vi ados, levar duplicatas para aceite, mas tudo aconque tínhamos de mudar rapidamente era a atuateceu muito rápido”, conta Ibrahin que começou ção da cooperativa. Ela precisava ser, além de resua carreira bancária precocemente. Aos 15 anos ceptora, processadora dos alimentos produzidos de idade, foi promovido ao cargo de contador do no campo. Isso iria dar fôlego e valorizar a produBamerindus. Em seguida o presidente do banco, ção agrícola”, lembra Faiad. Avelino Vieira, enviou o jovem bancário para Foz do Iguaçu. Em março de 1956 Ibrahin chegou à O papel de destaque no Governo do região, vindo para Cascavel em outubro do mes- Estado mo ano. “Tudo era muito difícil, só havia um hoEm 1998, o então governador Jaime Lerner, de tel que era habitável, o hotel Americana, que fica- passagem por Cascavel em direção a Salto Caxias, va onde é hoje o Banco do Brasil, na avenida que onde iria encontrar-se com o ministro das Minas leva o mesmo nome. O dono, seu Fabrício Vieira e Energias da época, pediu que Ibrahin fosse ao de Melo, era um homem muito austero, talvez te- seu encontro. O pedido foi direto – queria Faiad nha tido problemas com algum representante de em seu governo. Ibrahin via com muita simpatia laboratório da época, pois submetia os hóspedes a atuação de Lerner, com quem se relacionava por a uma triagem para serem aceitos, porque ele não conta do trabalho no banco quando morava em admitia viajantes de laboratório. Tornamo-nos Curitiba e em respeito ao governador viajou para muito amigos, mas isso aqui era uma terra sem a capital com o objetivo de aprofundar a conversa lei, um mundo inóspito mas não tive escolha, vim iniciada no oeste. Inicialmente Ibrahin tentou dee fiz tudo o que pude. Valeu a pena tudo, todos os clinar do convite, mas Lerner não aceitou sua resacrifícios e toda a dedicação. Ao longo de minha cusa. Disposto a ajudar o amigo e o Paraná, assucarreira no Bamerindus pude dar minha contri- miu o cargo de Secretário Chefe de Gabinete, mas buição e aprender também, o banco me ensinou com prazo marcado para entrar e sair do governo. muito. Se tivesse um filho gostaria que trabalhas- O que ele não esperava era o envolvimento que se antes em um banco, para depois descobrir sua teria com a política interiorana, principalmente vocação, porque ali se aprende tudo”, relata. no setor agrário. Ibrahin havia morado seis anos em Londrina e em Paranavaí, conhecia o Paraná A era Coopavel como poucos e por onde havia passado tinha deiUma década. Esse foi o tempo que Ibrahin xado amigos. Seu papel de diplomata do campo Faiad presidiu a Cooperativa de Cascavel e onde foi determinante no governo Lerner para tomar fez amigos para o resto da vida. Mais amigos. Deas decisões certas e mostrar para o homem do pois, foram mais seis anos na vice-presidência. campo e sociedades rurais que o conheciam, “que Hoje garante que a única relação que mantém o governador era um homem de bem que não adcom a Coopavel é afetiva, embora por insistência mitia badernas e que seu lado, era o lado de quem do amigo e atual presidente da cooperativa, Dilvo produzia, de quem trabalhava”. Faiad cita o nome Grolli, Ibrahin faça parte do conselho da Credide Saul Raiz, ex-prefeito de Curitiba que o ajudou Coopavel para não perder o vínculo. O ciclo na neste período. 9

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Ibrahin Faiad - O diplomata do campo Quando Ibrahin estava pronto para deixar o governo como havia projetado, viu-se envolvido em outro desafio da administração Lerner, que por determinação do Banco Central, deveria montar a Agência de Fomento. “Quando vi do que se tratava, percebi que era algo extraordinário, pena que até hoje ninguém entendeu. Não entenderam o objetivo da Agência de Fomento. O próprio nome já diz – fomento! Ali se ajuda a costureira, o produtor rural, enfim se ajuda o pequeno empresário. Tinha uma dotação, que com a desestatização do Banestado, o Banco Central reservou 100 milhões para esta agência; na época era muito dinheiro. Montei a agência dos meus sonhos. Assumi como presidente e o Pedrinho Furlan, de Toledo era o vice-presidente. O Dal Pra de Paranavaí compôs a diretoria, onde montamos uma estrutura fantástica. Esse foi nosso papel ao estruturar a Agência de Fomento do Paraná para apoiar o pequeno produtor rural”, relembra.

se você pegasse hoje a trinta dias, valia quase que o dobro porque a inflação chegava a 70% no mês e não havia condições, a não ser que renovassem a frota e isso, se fossem viabilizadas verbas com subsídios para renovação”, conta. Ibrahin foi consultado, então, pelo sucessor do ministro Francisco Turra do Ministério da Agricultura do Abastecimento, Marcos Vinícius Pratini de Moraes, que ao assumir, quis saber a opinião de Ibrahin sobre a questão agrária no país. A resposta do ex-presidente da Coopavel foi pronta, elencando três situações que deveriam ocorrer: a queda da correção monetária, um “câncer” que o Ministério da Fazenda não queria sequer ouvir falar, a criação do seguro de produção e a renovação de frota que estava por acontecer, mas que por ser extremamente dispendiosa, ninguém pensava em renovar. “Das três coisas, só ficou o seguro para trás, infelizmente. Fizemos um projeto extraordinário, pegamos quatro ou cinco resseguradoras internacionais, de grandíssimos portes para entrar conosco neste projeto, mas esbarramos numa barreira intransponível em Brasília, um lobby fantástico, do IRB - Instituto de Resseguros do Brasil. Nessa nova mentalidade de seguros para o Brasil, o IRB deixaria de existir, o resseguro seria feito pelas resseguradoras internacionais que iriam bancar os riscos. Isso não evoluiu, lamentavelmente. Essa foi minha história em Brasília, minha contribuição para a agricultura. Saímos de uma produção de 60 milhões de toneladas para 170 milhões, programando uma produção de 180 milhões de toneladas. Tudo isso graças à renovação de mentalidade, de frota, de queda da correção para ser feita a produção. São coisas que não aparecem, ficam nos bastidores da política, mas nunca quisemos holofotes ou exposições exacerbadas. O que valeu a pena nisso tudo foi ter tido a oportunidade de colaborar”, revela.

A contribuição na agricultura nacional Nesse meio tempo, com a participação consolidada de Ibrahin no governo do estado, Jaime Lerner o convidou para uma conversa em Londrina, durante uma exposição agropecuária. “Desconfiei que houvesse algo mais e de fato, tinha razão. O governador me disse que em Brasília a conversa era de que o Paraná ficaria com a Secretaria de Política Agrícola e perguntou o que eu achava disso. Respondi que achava excelente, porque lá era onde tudo poderia ser feito pela agricultura. Listei cinco nomes para levarem à Brasília, mas nenhum foi aceito. Até que pediram que eu assumisse o cargo na capital federal. Entendi que poderia contribuir e aceitei”, conta Ibrahin. Uma das maiores batalhas do agropecuarista enquanto estava à frente da Secretaria de Política Agrícola, versava sobre o seguro de produção para os produtores. “Este era um dos três objetiA fazenda do futuro vos que eu tinha. O primeiro era ressuscitar a froA fazenda da qual estamos falando se localita de máquinas que estava toda sucateada, intei- za em Céu Azul a 40 quilômetros de Cascavel, ramente financiada com correção monetária que com 1.100 hectares - em sua totalidade cobertos 10

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pela pecuária de leite, reflorestamento, plantio de trigo, milho, canola e soja. Impossível não se impressionar com o rigor da organização, da limpeza e tecnologia com as quais os trabalhos são realizados ali desde 1985. A administração da fazenda Iguaçu - Star Milk fica por conta de Mário Sossela Filho, o Marinho, cunhado de Ibrahin e que no dia da entrevista estava na Alemanha em busca de novidades sobre biodigestor, outra tecnologia desenvolvida na fazenda, responsável por 70% da energia ali consumida. Faiad cita Lavoisier (Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma) ao explicar como o esterco do curral é bombeado a um biodigestor. O gás convertido é levado em um gerador de 140 KVAs. A energia excedente em horários de menor consumo é repassada, em paralelo, para a Copel. O abastecimento da fazenda provém de duas fontes paralelas que se complementam. Assim, ao mesmo tempo em que a fazenda gera excedentes para a Copel, ela recorre à estatal para se abastecer nos picos de demanda, com muitos aparelhos ligados. Essa alternância (os técnicos chamam de paralelo) depende da necessidade do momento. “É uma das primeiras plantas no Brasil onde o biogás é convertido em energia elétrica, é um processo extraordinariamente sofisticado, e existem poucos em funcionamento no Brasil. Para você fazer o gás é

Biodigestor: outra tecnologia desenvolvida na fazenda, responsável por 70% da energia ali consumida... O gás convertido é levado em um gerador de 140 KVAs 11

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Ibrahin Faiad - O diplomata do campo

18 mil litros de leite por dia na Star Milk, um número que se incorpora entre os cinco maiores produtores do Paraná e os vinte do Brasil

fácil, basta pegar um tambor, fechá-lo e ali terá o gás para usar em lamparina. Mas ter o gás e fazer a conversão para a energia elétrica é outra coisa”, explica. Mas o maior destaque na exploração da terra é a produção de leite, com a aplicação de adequados conceitos de gestão e de manejo coordenados por Marinho e o médico veterinário Sandro Luiz Viechinieski, gerente da leiteria. Pode-se dizer que a história da fazenda se confunde com o desenvolvimento agroindustrial da região, que teve início para a produção agrícola no início dos anos 60 e só foi mecanizada a partir da década de 70, produzindo culturas nada parecidas com as de hoje. Adquirida em 1973, a Iguaçu, por exemplo, era conhecida pelo cultivo de café e hortelã, aos modos primitivos e num solo ainda sem preparo. Ao assumir a propriedade de 1.100 hectares, Ibrahin 12

implantou sua mecanização gradativamente. Pergunto ao agropecuarista se a fazenda é o grande projeto de sua vida ao que responde, invariavelmente na terceira pessoa (atitude verbal que indica sua modéstia quando o assunto é o sucesso da propriedade que se tornou modelo de gestão e produção no Brasil e no mundo). “Sem dúvida alguma é um dos projetos mais interessantes que desenvolvemos. Pode não ser o maior porque maior mesmo é o projeto de vida em si; o resto é detalhe. Mas sem dúvida alguma faz parte da minha vida. É um projeto que começou sem muitas pretensões. De repente começamos a sentir a obrigação de que isso se tornasse um pólo divulgador de tecnologia e acabou acontecendo, porque na medida em que tínhamos necessidade de colaborar na mudança do modo de pensar do pequeno e médio produtor, tínhamos que atualizar e corrigir os rumos de nosso projeto”, conta Faiad ao reportar o mérito de modelo de pecuária de leite da Star Milk ao amigo Mário Viechnieski, responsável pela inserção da fazenda no rol das maiores bacias leiteiras do país ao convencer Ibrahin sobre as mudanças no setor. Deu certo. Em seguida a Star Milk tornou-se parceira da USP, através do professor Paulo Machado, catedrático de Medicina Veterinária, quem deu assistência no início do projeto. “Contamos também com a DeLaval, multinacional de insumos para o projeto de leite. Com isso veio a tecnologia, talvez a mais avançada do mundo, pois querendo fincar raízes aqui no Brasil como expoente na fabricação de implementos de lactação, a DeLaval começou a trazer modernidades, as quais aceitamos porque queríamos esta tecnologia. Daí a ideia de criar o Simpósio Internacional Star Milk, que com a ajuda de outras multinacionais possibilitaram a vinda de professores dos EUA, Argentina, Alemanha e do Brasil para que o evento se tornasse um pólo de divulgação de tecnologia na área da produção

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de leite. Foram feitos três eventos, com a prática feita na fazenda e as aulas teóricas em Toledo e Cascavel. Com a crise na Europa não fizemos este ano, mas estamos nos preparando para 2013. Há uma multinacional que deseja assumir o evento, tamanha a credibilidade que o Simpósio conquistou lá fora. Mas queremos reformular, ajustar o Simpósio para sua realização”, completa Ibrahin. Interrompemos neste ponto a entrevista, para acompanhar pela janela, a rigorosa assepsia que é feita diversa vezes ao dia nos locais onde as vacas são ordenhadas. Cerca de mil vacas holandesas produzem respeitáveis 18 mil litros de leite por dia na Star Milk, um número que se incorpora entre os cinco maiores produtores do Paraná e os vinte do Brasil. Ibrahin conta que as ordenhas são feitas diariamente às 8, 13 e 20 horas. Todos os animais possuem um chip de identificação e ficam em um local climatizado, com som ambiente, inteiramente confortável. Coisa de primeiro mundo. A Iguaçu Star Milk tem cerca de 40 colaboradores, onde todos residem com suas famílias e contam com atendimento de uma psicóloga, filha de Marinho, que desenvolve terapia de apoio às famílias.

O reconhecimento Ibrahin Faiad recebeu, no ano de 2000, o título oficial na qualidade de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Militar do Exército Brasileiro e em 2011 o prêmio Pinheiro, a mais alta comenda dada a determinados segmentos do Paraná pelo governo do Estado, por se destacar na área da agricultura. Este ano, o agropecuarista será agraciado com o título de Cidadão Honorário de Cascavel, título que ainda lhe será entregue e que contará com a presença de amigos de longa data, como Jayme Canet Jr ex-governador do Paraná, que faz questão de estar presente. Experiente na política, Ibrahin se mostra confiante no que diz respeito ao trabalho de Beto Richa à frente do governo do Estado, mas mantém-se prudente levando em consideração o período em que viveu na pele os desafios dos cargos assumidos em Curitiba e Brasília. “Quando o Beto Richa me pediu ajuda em sua campanha, é claro que o ajudei. Fui amigo de seu pai, meu conterrâneo de Wenceslau Braz e acabei assumindo a coordenação do comitê regional, junto com o Maurício (Magal). Fiz isso para ver o Paraná mudar, pois estávamos com uma década de atraso”, explica. Beto Richa deixou claro que queria Ibrahin Faiad em seu governo, mas o agropecuarista recusou. “Minha contribuição já havia 13

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Ibrahin Faiad - O diplomata do campo sido feita. A experiência que tive em Curitiba e Brasília não foi fácil. Ficar em um cargo público é difícil, principalmente para quem tem a intenção de fazer as coisas muito certas”, desabafa. Sobre a situação da agricultura no Brasil, Ibrahin insiste no seguro de produção como solução para os produtores. “Não tem muito segredo já que tínhamos formulado paralelo ao seguro, uma cédula de produção. Então vinha no bojo desta cédula o tal do seguro com garantia de empresas internacionais. A Resseguros da Suíça, a ProAgro, que é uma empresa mexicana muito forte, a Colônia Resseguros da Alemanha, todas estavam propensas a se estabelecer no Brasil. Seu custo não iria ultrapassar 2,5%; hoje se paga 7% , 8% pra cobrir a cédula do banco - não para cobrir a produção. E a cédula produção que eu idealizei, era o que você fez com o financiamento e o que você ia ganhar, ou seja, o seguro iria cobrir as duas coisas. Não caberia alguém me dizer que isso seria difícil, ou que teria muito ‘malandro’ no meio – de fato sempre tem – mas hoje, com a disposição tecnológica que existe é possível rastrear o Brasil inteiro em questão de segundos. Se alguém pleitear uma indenização em qualquer lugar do país, é só investigar via satélite que será possível identificar todo o histórico da área monitorada para verificar se choveu granizo ou se houve estiagem, sem margem de erros. Tudo isso fundamentado, seriamente organizado. Mas infelizmente as pessoas competentes não entenderam ou não quiseram entender”, relata. Aos 74 anos de idade, o menino que fôra um pouco de tudo nessa vida e que um dia sonhou comprar um pedaço de terra para os pais, pode dizer que chegou lá. Nos dias de hoje, o sonho de Ibrahin Faiad se resume em ver felizes as pessoas que ama, referindo-se em especial à esposa e companheira de uma jornada, Sueli Faiad. De volta à sede, nos despedimos do descendente de libaneses responsável pela produção do “petróleo branco” (que abastece, entre outras, a Nestlé de Araçatuba, Coopavel e Brasil Foods) com a sensação de lição apreendida. Passar uma 14

manhã com Ibrahin Faiad é uma verdadeira aula de gestão, tecnologia, política e principalmente de filosofia. Dizem que os árabes do deserto, os chamados tuaregs, têm profundo respeito e se sentem responsáveis pelas pessoas que os visitam. Ibrahin Faiad nos passa esta impressão. É como um anfitrião que acolhe e deseja que sua visita fique à vontade. E consegue. Na Star Milk é impossível não sentir-se acolhida e inserida num mundo incrivelmente programado para dar certo.

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Bem estar para animais de produção

“Animais criados e abatidos de forma humanitária geram produtos de muito melhor qualidade”

• Por Ana Carolina Marques Pita de Souza - Academica de Medicina Veterinária (FAG) Bem-estar animal refere-se ao que o próprio nome revela, visar a ausência de dor e sofrimento, assim como, considerar necessidades quanto a fisiologia, comportamento, nutrição e manejo dos animais. Sabendo que existem várias espécies de animais envolvidas, e que cada uma delas tem suas particularidades específicas dependendo do aspecto que poderá vir a ser analisado. O que contribui para sistemas de criação sustentáveis e para uma maior segurança das fontes alimentares dos humanos. Atualmente, a preocupação com o Bem-estar animal tem uma importância crescente na cadeia de produção. A população e os governos estão exigindo um nível maior de preocupação com o tratamento que os animais destinados ao consumo humano recebem desde seu nascimento até seu abate. Apesar de muitos países utilizarem novas normas de abate humanitário e de Bem-estar animal como forma de protecionismo de mercado, impondo novas regras a cada ano para comprarem produtos de outros países como o Brasil, sabe-se que essa preocupação a respeito do assunto tem reflexos positivos na qualidade final dos produtos. Porém, um apontamento muito discutido entre a

Medicina Veterinária Legal é a questão da senciência, que na verdade se trata de um contexto caracterizado pela intuição humana. Ou seja, cada produtor ou proprietário interpreta seu respectivo animal da maneira que seus sentimentos se manifestarem. Com a evolução da Medicina Veterinária, do entendimento do comportamento animal e da fisiologia envolvida com o estresse pré-abate nós podemos dizer com certeza que animais criados e abatidos de forma humanitária geram produtos de muito melhor qualidade. Isto é, o correto manejo dos animais sem sofrimento e sem estresse desnecessário reflete diretamente na qualidade sanitária, qualidade do produto e também com o comprometimento ético dos produtores, fiscais e indústrias que trabalham com os produtos de origem animal. Animais resignados e com manejo deficiente sempre serão menos produtivos do que animais criados com padrões nutricionais, de manejo e sanitários melhores. Recentemente, o mercado tem se modificado em razão dessas normas relacionadas ao Bem-estar e a todas as provas científicas quem vêm mostrando a interação entre esses fatores e a qualidade do alimento. Nos primórdios, eram comumente realizados métodos de abate que hoje são considerados inaceitáveis, porque não havia a mínima preocupação com os animais. Isso não se deve a imoralidade ou crueldade humana, mas sim a limitação de conhecimento. Nesse ponto, entra a participação da Medicina Veterinária atuando com pesquisa, orientação e fiscalização de toda a cadeia produtiva derivada de alimentos originados a partir de animais. Contudo, é possível afirmar que todos os esforços tem o intuito de melhorar a qualidade de vida dos animais, aumentar sua produção e satisfazer econômica, sanitária e eticamente à população em geral. Portanto, a função do médico veterinário é bastante abrangente e se faz altamente eficiente no que se refere desde suprir as necessidades básicas de cada animal conforme seu perfil e agregar valores que façam com que a área de produção animal seja cada vez melhor, tendo em vista o aumento constante da demanda por alimentos no mundo.

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Orquestra paranaense de viola caipira da FAG

Uma orquestra legitimamente “caipira”, porém com muito bom gosto, afinação e amor por esse estilo que é tão brasileiro: “a música sertaneja”.

o ano de 2001 na cidade de Campinas-SP, o professor Evandro Rogério Roman[1], ( atual Secretário de Esportes do Paraná; em uma de suas etapas de seu doutorado na Unicamp, teve a grata surpresa - durante um período de almoço - no restaurante universitário, de assistir a 18

Ricardo Denchuski - Regente da orquestra

Paraná Rural apresentação da Orquestra Paulistana de Viola Caipira, a qual, divulgava seu trabalho de música raíz perante o público presente. A partir daquele momento ímpar, Roman idealizou uma Orquestra de viola caipira em sua terra natal, onde aquela sonoridade lhe ecoava tão familiar, resgatando lembranças ocorri- Ingegrantes da Orquestra das ao longo de sua vida. Retornando a Cascavel, expôs o projeto a autoridades da área que não só entenderam a proposta de tal projeto, como o encamparam, viabilizando toda a estrutura necessária para o início da Orquestra Paranaense de Viola Caipira FAG . Com orientações precisas, Roman passou a formar uma equipe de orientadores e coordenadores do projeto. Foi convidado a assumir a coordenação administrativa do projeto Crystian Cleyton Fernandes da Silva, que passou a trabalhar em prol da formação de recursos humanos para o projeto. Como a Viola Caipira é um instrumento musical muito popular, e de pouco material sistematizado, o coordenador administrativo da OPVC-FAG, Crystian, teve um certo grau de dificuldade em conseguir um músico, que fosse ao mesmo tempo violeiro-professor-regente para a Orquestra, porém, após muita procura encontrou tal profissional que obtinha o perfil profissional desejado para o projeto. Foi então, que músico e pedagogo Ricardo Denchuski, aceitou o desafio, e começou a laboriosa tarefa de formar violeiros e cultivar concomitantemente nossa música raíz. A OPVC, em sua totalidade, é constituída hoje, por alunos do Curso de Viola Caipira do projeto, que tem como norma principal, o fato de todos os que desejem ingressar na Orquestra, estarem recebendo aulas do instrumento. O curso visa, a formação do violeiro, apto e pronto a recorrer às dez cordas da viola, atuando tanto em carreira

solo, como em duplas caipiras, assim como instrumentista acompanhante de cantores caipiras, sertanejos ou da nossa MPB como um todo. Portanto, a OPVC-FAG possui hoje em sua formação, estes amantes da viola caipira e da música raíz, tendo os mais variados profissionais e diferenciados níveis sociais dentro dela, e ainda, faixas etárias diversas (ambos os sexos), indo desde crianças de 10 anos de idade, passando por vários adolescentes, jovens, adultos, e diversos senhores da terceira idade. O projeto teve seu início em outubro de 2001, sendo o lançamento oficial da OPVC-FAG no dia 05 de dezembro de 2002, desde então realizando diversas apresentações, em Cascavel e região, emocionando a todos que assistem, e ouvem suas performances. Podemos destacar dentre as inúmeras apresentações da OPVC as que possibilitaram um merecido reconhecimento deste projeto, e simultaneamente lhe deram uma maior projeção ao nível nacional e internacional.

Mais informações: www.paranaviola.com.br Shows: Crystian Fernandes (45) 9962 0809 19

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O Cedro Australiano e o Eucalípto

O Cedro Australiano cedro australiano (Toona ciliata) pertence a família Meliaceae, mesma família do nosso cedro (Cedrela fissilis), e ocorre naturalmente na Índia e Malásia e Norte da Austrália, desenvolvendo-se em área com precipitação anual entre 800 e 1.800 mm, e altitude de 100 a 1.500 m. A faixa de temperatura vai de 26 ºC até mínimas absolutas pouco abaixo de 0 ºC, embora não tolere geadas severas. Pode alcançar cerca de 50 m de altura e 2,0 m de diâmetro. Seu tronco é retilíneo, às vezes bifurcado, apresentando sapopemas baixas, assimétricas e pouco desenvolvidas. A espécie adaptou-se muito bem no Brasil, onde encontrou ótimas condições para o seu desenvolvimento vegetativo e para a produção de madeira, sobretudo na Região Sudeste e parte do Centro-Oeste e Nordeste. O cedro australiano é exigente em solos, necessitando de elevada fertilidade, com boa drenagem, profundos e eutróficos. Não é recomendado o plantio em solos argilosos compactados e nem em solos arenosos pobres, a menos que esses solos sejam preparados para receber a cultura. Pela pouca tolerância a solos ácidos, é necessária a correção em casos de baixo valor de pH. Diferentemente do cedro (Cedrela fissilis) e do mogno (Swietenia macrophylla), plantas nativas do Brasil, o cedro australiano não é atacado pela broca Hypsipyla grandella, praga que causa danos à gema apical das plantas, responsável pelo insucesso de muitos plantios das espécies anteriormente citadas. Nos plantios da região Oeste do Paraná foi observado o ataque do pulgão lanigeo (Eriosoma lanigerum) na parte área da planta, provocando o encarquilhamento das folhas e sua posterior queda, embora não sendo constatado nenhum prejuízo quanto ao desenvolvimento da planta. Em relação a doenças não há registro que mereça destaque.

Ele é cultivado com o objetivo de fornecer madeira de alta qualidade para serrarias e indústrias moveleiras. Podendo ser utilizada para fabricação de compensados, aglomerados, móveis, esculturas, entalhes em portas e janelas, fabricação de lápis e instrumentos musicais. Sua madeira é similar à madeira dos cedros brasileiros, tendo as mesmas qualidades e sendo utilizadas para os mesmos fins. Apresenta coloração avermelhada brilhante, com bonitas figuras, são fáceis de trabalhar e apresenta moderada resistência a cupins com durabilidade mediana. Sua densidade é aproximadamente de 0,33 a 0,60 g/cm³. Segundo o Engenheiro Florestal Anderson Pezzatto, atualmente as florestas implantadas com a espécie são produzidas em monocultura ou consorciadas com banana, palmeira real, coqueiro, leguminosas herbáceas, testada com café, cacau e utilizada em diferentes modelos de sistemas agroflorestais ou silvipastoris. Nos plantios puros, recomenda-se espaçamentos de 2 x 2 m, 3 x 2 m, 3 x 3 m, ou até mesmo 4 x 4 m. Quanto aos sistemas silvipastoris, os estudos apontam para linhas com distâncias de 15 a 30 m, e de 2 a 6 m uma planta da outra na linha. Ambos os sistemas de produção é fundamental aplicar programas de poda e desbaste para condução dos plantios e obter uma madeira de qualidade superior. Em outras regiões do mundo, outras partes da planta também são utilizadas, como as flores, que podem produzir corantes. Na Índia, as folhas são usadas como forragem para o gado bovino. A casca é adstringente e energética, recomendada no tratamento de disenterias. Sua decocção serve para lavar feridas e úlceras e também para combater a febre, existindo na Ásia estudos que apontam substâncias com características antibacteriana, antifúngica e auxiliando no combate ao câncer. Sua essência é utilizada na indústria de cosméticos e perfumaria. A planta pode ser 21

Paraná Rural utilizada, também, na arborização de parques, jardins e avenidas e seus frutos e madeira em artesanatos. A sua produção esperada é de 250 a 300 m³/ha aos 20 anos, dependendo das condições locais e nível tecnológico adotado. Já o valor da madeira apresenta muitas variações, relatos apontam para valores entre R$ 400,00 a R$ 1.200,00 por m³ em estados como São Paulo e Minas Gerais. A expectativa é de que esses valores se confirmem também no mercado regional, podendo assim, consolidar o cultivo de cedro australiano como uma cultura rentável. Eucalípto O eucalipto é uma planta originária da Austrália e algumas ilhas da Oceânia, onde estimativas recentes apontam para mais de 800 espécies, distribuídas nas mais diferentes de clima e solo. A introdução do gênero no Brasil ocorreu por volta do início do século XIX. Embora tenha se tornado o principal gênero florestal a ser plantado no país devido a sua ótima adaptação, desde sua chegada tem sofrido reiteradas críticas devido sua relação com o ambiente onde está implantado. Por outro lado, deve-se destacar que o problema não se trata da espécie e sim da relação homem x espécie. Hoje se sabe que muitas das afirmações em relação ao eucalipto não passam de mitos, e que o seu cultivo pode na maioria das vezes oferecer benefícios em diversos pontos, como por exemplo: sua eficiência no aproveitamento da água, necessita menos água para produzir; sua raiz não ultrapassa 2,5m de profundidade, não chegando aos lençóis freáticos, estando condicionado ao regime hídrico que as outras espécies florestais estão; seus efeitos no solo são benéficos, afetando positivamente a drenagem, aeração, estrutura, capacidade de armazenamento de água, entre outros e; o eucalipto é eficiente na absorção de gás carbônico, sendo que um hectare consome de 10 a 12 toneladas de carbono por ano. Atualmente a legislação permite o plantio de essências florestais exóticas como o eucalipto 22

em reserva legal como uma espécie facilitadora para a recuperação do ambiente. De acordo com Anderson Pezzatto, Engenheiro Florestal do Instituto Emater, todas as cadeias produtivas agrícolas em alguma fase utilizam madeira, seja na produção, transformação, acondicionamento ou transporte, o que faz o seu plantio promover um grande número de benefícios, gerando inúmeros empregos diretos e indiretos, recolhimento de impostos, investimentos em infra-estrutura, implantação de novos negócios e principalmente, possibilita a diversificação nas propriedades rurais. Normalmente os plantios são executados com espaçamentos variando entre 2 x 2 m, 3 x 2 m e 3 x 3 m, resultado do objetivo pretendido para uso da madeira e nível de investimento. O que vai facilitar a obtenção de resultados positivos no cultivo florestal de eucalipto é um planejamento detalhado de todas as fases do empreendimento, que vai desde a escolha da espécie até as operações de manejo a serem adotadas. Um ponto importante a ser observado é a qualidade das mudas a serem plantadas, pois, além de resistirem às condições adversas encontradas, como secas, elevada insolação, baixa fertilidade do solo, pragas, doenças, etc, devem ser capazes de se desenvolver e poder mostrar todo seu potencial em relação aos objetivos para os quais foram produzidas. Quanto ao potencial de produção da região Oeste, é comum se obter produtividades entre 60 a 70 m³/ha/ano, em alguns casos até mais, dependendo da tecnologia utilizada.

RENASEN Nº PR-01742/2006

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foto: Sergio Sanderson

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Ministro comemora maior safra de grãos da história

foto: Cesar Machado / Agrostock

• Fonte: MAPA lém de comemorar o resultado recorde da safra de grãos 2011/2012, que alcançou 165,9 milhões de toneladas, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, acredita que o Brasil poderá alcançar o índice histórico de 170 milhões de toneladas de produção ainda este ano. A previsão foi feita durante a divulgação do 11º levantamento de safra realizado nesta quinta-feira, 9 de agosto, em Brasília. O estudo realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta um crescimento de 1,9% em relação à safra 2010/2011 – quando a produção atingiu 162,8 milhões de toneladas – e significa 3,1 milhões de toneladas a mais no volume total. Mendes Ribeiro creditou os resultados “surpreendentes” principalmente ao desempenho do milho 2ª safra, que cresceu 71,7% ou o equivalente a 16,10 milhões de toneladas sobre a última safra, alcançando 38,56 milhões de toneladas. Nos últimos 10 anos, a área com o cereal “safrinha” cresceu 112% e a produtividade 41,6%. “A safrinha virou safrão. Alcançamos um número extremamente significativo e isso nos permite fazer previsões bem otimistas e a rever o planejamento para a próxima safra. Talvez cheguemos aos 170 milhões de toneladas ainda este ano”, acredita Mendes Ribeiro.

Para o secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, a produção poderia ter sido 12% maior – 178 milhões de toneladas – caso não tivessem ocorrido duas estiagens, nas regiões Sul e Norte do país, durante esta safra. Na opinião dele, o Brasil está colhendo a maior produção da sua história em razão do aumento da área cultivada e, principalmente, aos investimentos feitos em tecnologia. “Através de uma genética fortalecida e de uma pesquisa qualificada estão surgindo novas variedades e instrumentos de conservação de solo e de manejo, o que tem demonstrado que o nosso país é de primeiro mundo na questão da produção agrícola”, analisa ele. Cana-de-açúcar registra crescimento Durante o anúncio da produção de grãos, a Conab também apresentou os dados do 2º levantamento da safra de cana-de-açúcar para a temporada 2012/13. Os números apontaram um aumento na produção de cana-de-açúcar de 6,5%, com uma recuperação da produtividade média das lavouras de 4,3%, que passará de 560,36 milhões de toneladas na safra passada para 596,63 milhões t na nova safra. A área plantada também apresenta uma pequena elevação passando de 8.356,1 mil hectares para 8.527,8 mil ha. “Já existem créditos de programas para renovação de canaviais para repor as perdas decorrentes das condições de clima. O Mapa está acompanhando para identificar a demanda. Com base nelas e levando em consideração os fatores climáticos podemos estimar a safra seguinte”, disse o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles. Para a produção de açúcar espera-se um aumento próximo de 8,41%, passando de 35,97 milhões de toneladas para 38,99 milhões de t. A produção total de etanol deve crescer 22,76 bilhões de litros para 23,49 bilhões, representando um crescimento de 3,21%.

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Saiba um pouco mais sobre a Canola, uma das culturas do inverno • Vanessa Stefanello lhar para o céu e tentar adivinhar o que se aproxima, será sol ou chuva? Precisa-se de chuva para a plantação não morrer, precisa-se de sol para a plantação não apodrecer e assim, nessa constante dependência do clima é que os produtores rurais ao redor do mundo acabam vivendo. Nessa estação, porém, em que os agricultores da região oeste e de todo o estado do Paraná plantaram principalmente milho e trigo, a preocupação aumenta ainda mais, pois é nessa época que o frio chega e junto dele a temida geada que ao longo das décadas sempre trouxe grandes prejuízos ao homem do campo. Mas enquanto diversos produtores desses cereais acabam tendo perdas por causa do rigoroso frio, um outro grupo pode dormir sossegado e nem precisa levantar cedo para ver se a geada atingiu suas produções. Por quê? Porque eles plantaram canola. Esse cereal que a cada ano, tem maior área cultivada por todo o Brasil, como do período de 1980 à 1997 que teve uma área colhida de 11.400 hectares e aumentou de 2002-2007 para 32.300 hectares, tem total resistência à geada. Segundo o engenheiro agrônomo Antenor Mezzon, as vantagens em se plantar a canola está na questão do clima e da economia, “A vantagem é que ela tolera o frio e também não depende muito de tratamento. O gasto é menor pois o agricultor só irá gastar com semente e fertilizantes”, explicou o agrônomo. José Ludovico tem uma área de 25 alqueires plantada com a oleaginosa, já são dois anos investindo nessa cultura, que plantou por dois motivos, “ Primeiro por causa da geada, do clima, depois por não precisar usar fungicida ou inseticida, então acabo ajudando até mesmo os vizinhos que moram perto e não saem prejudicados com o veneno que poderia ir em suas casas”, disse

foto: Cesar Machado / Agrostock

“A vantagem é que ela tolera o frio e também não depende muito de tratamento. O gasto é menor pois o agricultor só irá gastar com semente e fertilizantes” - engenheiro agrônomo Antenor Mezzon

Paraná Rural o agricultor. Apesar de ano após ano, haver mais produtores plantando a canola em suas terras, o Brasil não é autossuficiente. Nas prateleiras dos supermercados os derivados da cultura ainda tem um custo alto.De acordo com Mezzon, o problema maior está na questão da colheita, “Se dá um período muito prolongado de chuva ou vento na época da colheita a canola acaba debulhando com muita facilidade. Outro problema é a maturação desuniforme. Enquanto tem plantas já abrindo os cachos outras estão atrasadas, então se for esperar uniformizar essa parte, vai prejudicar a outra que já está pronta para ser colhida”, explicou Antenor. Um outro problema é a falta de incentivo por parte do governo, pois não há uma pesquisa de desenvolvimento de variedades adaptadas para cada região e também a própria tecnologia da cultura é ainda pouco difundida pelo país. Apesar disso, o preço da semente paga aos agricultores é considerado bom, pois é baseado no valor da soja. Mas você sabe onde a canola é utilizada? Ela começou a ser usada nesses últimos anos para a produção de biodiosel porque seus grãos tem cerca de 38% de óleo.Também na fabricação de rações por conter de 34 a 38% de proteína, além de claro, servir para a nossa alimentação através do óleo de cozinha. Segundo a nutricionista Karen Silva, os benefícios para a saúde são grandes, “A canola é rica em ômega 3 e em vitamina E, previne doenças cardiovasculares e ajuda diminuir o colesterol ruim que é o LDL, aumentando o HLD”, explicou Karen que ainda diz que a semente é consumida principalmente na forma de óleo sendo usada em diversos alimentos, “ Pode ser utilizada em varias preparações como na salada, alimentos cozidos, frituras e panificação. O recomendado é que depois de ser utilizada em frituras, o óleo seja descartado porque ele passa por um processo de transformação com o aquecimento e se transforma em óleo tóxico”.

Nota Rápida

Sabe aquela vontade louca de comer um ovo frito? Infelizmente, na hora de preparar esta deliciosa iguaria ele se espatifa no chão. Além de ficar com fome, você ainda tem que limpar o estrago. Veja uma dica para se livrar da meleca: • Jogue sal sobre o ovo e espere alguns minutos. Utilize uma vassoura para limpar o estrago. O sal dissolve as lipoproteínas do ovo que ajuda a solidificar sua consistência, facilitando a limpeza. 29

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A revolução do tomate

uando se fala em tomate bate uma dúvida. Ele é uma fruta ou um legume? Segundo especialistas, botanicamente é um fruto, por possuir ovários e sementes de uma planta florífera, porém por ter menos açúcar ele acabou sendo utilizado para os fins culinários que conhecemos: saladas, molhos para macarronadas, etc... e acabamos o considerando como um legume. Porém, hoje em dia, pelo menos na cidade de Braganey, no oeste do Paraná, o tomate está se transformando em produtos diferenciados. Através do “Projeto do Tomate“ desenvolvido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR campus Toledo, com apoio técnico de professores e coordenação da professora Janesca Alban Roman, e que envolveu estudantes de graduação e profissionais recém-formados, os produtores de tomate de Braganey, maior produtor do legume do oeste paranaense, puderam encontrar novas alternativas para o tomate não comercializado. Sendo aqueles que devido a problemas climáticos ou por apresentarem manchas e defeitos não são aceitos pelo mercado consumidor. O projeto visa minimizar as perdas pós-colheita, criando alternativas para a utilização desses tomates tendo como principal objetivo a valorização da agricultura familiar por meio de alternativas para diminuir desperdícios e aumentar a produtividade dos produtores daquela cidade. Depois de algumas reuniões, foi criada a Associação dos Produtores de Tomate de Braganey -ASTOB no ano de 2009, que hoje conta com 10 famílias associadas. As esposas dos produtores participaram de treinamento sobre boas práticas de fabricação de alimentos e cursos para aprendizagem das receitas dos produtos a base de tomate que foram desenvolvidas na Universidade. No dia 14 de Dezembro do ano passado foi inaugurado o Centro Comunitário de Produção “Sabores de Tomate”, instalado em uma escola rural desativada na comunidade de São Joaquim, sendo reformada e adaptada pela Prefeitura da cidade. 30

foto: Sérgio Sanderson

Até pouco tempo atrás ele só era servido como salada ou em molhos, hoje se fazem, geléias, salgadinhos, etc. “Os equipamentos para o processamento do tomate foram adquiridos com recursos do projeto da UTFPR, por meio do programa “Universidade sem Fronteiras” e também por outro projeto da Eletrobrás, com um investimento total de R$ 80 mil”, explicou Graziela Bragueto, integrante do projeto e nutricionista responsável. Com o investimento foram adquiridos

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equipamentos para o processamento de tomate como o desidratador, despolpadera, mexerola, fogão industrial, panelas, forno industrial, geladeira, liquidificador, batedeira e cilindro que servem também para a produção de outros alimentos como os de panificação, de outras geléias, massas, etc... Atualmente diversos produtos de tomate estão sendo feitos, como: »» Geléia de tomate com Cravo e Canela »» Geléia de tomate com pimenta »» Doce de tomate com Coco »» Tomate em calda »» Bala de tomate »» Trufa de tomate »» Massa de tomate »» Salgadinho de tomate »» Salgadinho de tomate e pimenta »» Salgadinho de tomate e condimentos »» Tomate seco com azeite de oliva »» Patê de tomate seco Ao longo do projeto muitas dificuldades foram encontradas e também superadas até a constituição do centro comunitário, dentre elas a desistência de

algumas famílias por quererem lucro rápido e por não acreditar que o projeto se tornaria realidade. Em contrapartida outras famílias acreditaram e puderam ver o projeto tornar-se realidade como Rosenilda Peregrino Povaluck, “Foi uma novidade, nunca imaginei que o tomate servia para tantas coisas e além do mais, tudo fica uma delícia”. O casal Donizeti e Marinete Bini também é associado, o marido foi quem contou sobre o interessante projeto para a esposa que ficou totalmente desacreditada, “Jamais pensei que se podia fazer tantas coisas, meu marido até chegou em casa com balas de tomate, mas continuei nem dando muita bola, só depois,quando fomos fazer é que vi realmente que era verdade e que ele não serve só como salada”,respondeu Marinete. Os produtos do projeto de tomate são vendidos na Varanda Colonial de Corbélia-APRACOR (Associacão dos produtores rurais de Corbélia) e nas diversas feiras e exposições que ocorrem pela região e país. Mas o grupo pretende alçar voos maiores, partindo para vendas em mercados de outras cidades também. 31

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Termina a colheita de feijão no Paraná “Hoje ainda é a melhor coisa para plantar no inverno, o trigo a chuva estraga tudo, o milho esta dando bastante ardido e o que mais rende é o feijão “ - Produtor Derli Meneguetti

o final do mês de julho terminou a colheita de feijão no Paraná que se dividiu em três safras. O estado teve 475,422 hectares plantados que gerou segundo estimativa da SEAB (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná)668,871 toneladas da leguminosa. No oeste foram colhidas cerca de 58.399 toneladas. A cidade de Corbélia maior produtora de feijão da região com 8.000 hectares, produziu em torno de 20.000 toneladas. No oeste 80% do feijão plantado foi o de cor e 20% preto. A primeira safra que aconteceu em maio teve menor área plantada e juntamente com a estiagem, a produtividade em comparação ao ano passado foi pequena, de 533,603 toneladas 10/11 foi para 341,560 toneladas 11/12. E o clima acabou atrapalhando também a segunda safra que diferentemente da primeira teve um pouco mais que o dobro da área plantada nesse período. No ano passado foi 170,992 hectares 10/11 para 223,456 hectares 11/12. A produtividade passou de 277,502 toneladas 10/11 para 321,433 toneladas 11/12. E a chuva que atingiu principalmente a época da colheita fez com que muitos produtores tivessem perdas, 32

foto: Sérgio Sanderson

Paraná Rural “A maioria do pessoal colheu uma média de 70 sacas por alqueire quem colheu antes daqueles 15 dias de chuva conseguiu pegar até R$ 180,00 a saca, agora quem colheu depois desse período teve a qualidade do grão afetada e o preço caiu para R$ 100,00 mais ou menos, porém mesmo assim deu um lucro bom” explicou José Murilo Caliman, engenheiro agrônomo. Segundo o agrônomo os riscos em se plantar feijão na safra de inverno está na questão principalmente do excesso de chuva no período da colheita, diferentemente do milho que é mais resistente, além de que a cultura é bastante sensível, “Se der uma semana de chuva durante o período da colheita em uma média de 20 graus para cima ele já começa a brotar na vagem e estraga, a lavoura é mais sensível às doenças sendo que tem que fazer tratamentos mais vezes” disse Murilo que ainda explica que isso acaba elevando o custo de produção do feijão que gira em torno de R$ 5.000 por alqueire somando insumos, plantio, tratos culturais e colheita, mas que o grande benefício em se plantar a leguminosa está no bom preço que girou em torno de R$ 70,00/80,00 a saca. Para Derli Meneguetti, produtor de feijão do município de Corbélia,que teve problemas com a estiagem na primeira safra e na segunda com a chuva, o feijão continua sendo a melhor opção para esse período, “Hoje ainda é a melhor coisa para plantar no inverno, o trigo a chuva estraga tudo, o milho esta dando bastante ardido e o que mais rende é o feijão se for ver no grosso modo. É difícil produzir, o maior problema são as intempéries climáticas, mas se conseguir é o que mais dá lucro, disse o produtor que plantou 120 hectares de feijão. A terceira safra teve um pouco a mais de área plantada do que ano passado, de 6.027 hectares 10/11 foi para 6.323 hectares aumentando a produção de 4.175 para 5.878 toneladas. 33

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O exército das formigas Meia lua

Saúva cabeça de vidro

Saúva Limão

As formigas cortadeiras, especialmente as saúvas, causam grande transtornos à agricultura, constituindo-se em sério problema para certas culturas. Além dos danos em si, há os gastos do agricultor na compra de inseticidas e outros produtos para controlar e eliminar os ninhos dos insetos. Veja abaixo algumas dicas de como controlar as principais espécies Formiga meia lua (Acromyrmex landolti landolti) São formigas cortadeiras cujos formigueiros são pequenos e geralmente de poucos compartimentos (panelas). As operárias variam muito de tamanho, mas geralmente são bem menores que as saúvas. Comumente, encontram-se variações individuais na proporção dos espinhos do tronco e da cabeça em espécimens pertencentes à mesma colônia. A caracterização taxonômica realizada com base na proporção forma dos espinhos do tronco, o tipo de esculturação tegumentar e disposição dos tubérculos no gáster são sinais facilmente visualizados nas operárias máximas. Danos: Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são consideráveis. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas. Controle: Pode-se fazer arações profundas nas panelas e a eliminação de poáceas (gramíneas) nativas, pois as formigas as usam para a criação do fungo que sustenta a colônia. O controle químico deve ser dirigido, visando a eliminação

Paraná Rural da rainha. Podem ser usados formicidas liquefeitos, iscas granuladas, pó ou através de termonebulização. A isca granulada dispensa o uso de aplicadores, já que as próprias formigas as carregam para o ninho. Culturas afetadas : Algodão, Arroz, Milho, Soja, Trigo Saúva limão (Atta sexdens rubropilosa) A saúva Atta sexdens rubropilosa constitui uma séria praga em sistemas agrícolas e florestais. Ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná. Os ninhos são grandes e formados por várias câmaras. São insetos sociais, com várias castas. Danos: As formigas operárias causam grande desfolha principalmente em plantas jovens, sendo consideradas pragas secundárias em culturas estabelecidas. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas. Em áreas de reflorestamente e pomares recém implantados, causam grandes danos, bem como em viveiros de mudas. Controle: Pode-se fazer arações profundas nas panelas e a eliminação de poáceas (gramíneas) nativas, pois as formigas as usam para a criação do fungo que sustenta a colônia. O controle químico deve ser dirigido, visando a eliminação da rainha. Podem ser usados formicidas liquefeitos, iscas granuladas, pó ou através de termonebulização. A isca granulada dispensa o uso de aplicadores, já que as próprias formigas as carregam para o ninho. Culturas afetadas: Abacate, Abacaxi, Abóbora, Abobrinha, Acelga, Aipo, Álamo, Alcachofra, Alface, outras culturas Saúva cabeça de vidro Saúva de vidro (Atta laevigata) A saúva Atta laevigata constitui uma séria praga em sistemas agrícolas e florestais. Ocorre em todo o país. Os ninhos são grandes e formados por várias câmaras. São insetos sociais, com

várias castas. Danos: Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são consideráveis. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas. As formigas operárias causam grande desfolha principalmente em plantas jovens, sendo consideradas pragas secundárias em culturas estabelecidas. Em áreas de reflorestamente e pomares recém implantados, causam grandes danos, bem como em viveiros de mudas. Controle: Pode-se fazer arações profundas nas panelas e a eliminação de poáceas (gramíneas) nativas, pois as formigas as usam para a criação do fungo que sustenta a colônia. O controle químico deve ser dirigido, visando a eliminação da rainha. Podem ser usados formicidas liquefeitos, iscas granuladas, pó ou através de termonebulização. A isca granulada dispensa o uso de aplicadores, já que as próprias formigas as carregam para o ninho.

A EVOLUÇÃO DO

AGRONEGÓCIO

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Plano agrícola e pecuário: 2012/2013 Mais crédito, mais renda »»Principais objetivos

aportados, 34% a mais do que foi aplicado na safra anterior. Redução da alíquota do seguro rural em 10 pontos percentuais. Cobertura pelo Proagro em • Garantir a segurança alimentar • Regionalizar as políticas de apoio ao produtor, até R$ 300 mil. com foco nas realidades locais Colhendo resultados • Aumentar o volume de crédito ao produtor e »»Apoio à comercialização reduzir os custos financeiros Para dar suporte à Política de Garantia de Preço • Ampliar a cobertura do Seguro Rural e do ProMínimo (PGPM), o orçamento proposto para 2013 agro é de R$ 5,4 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões para aqui• Apoiar o cooperativismo e incentivar a agrisição de produtos e manutenção dos estoques e R$ cultura de baixa emissão de carbono (Programa 3,1 bilhões para equalização de preços. ABC)

Taxas de juros atrativas »»Medidas de incentivo à produção

Mais segurança para o produtor »»Ampliação da cobertura do seguro rural e Proagro

• Redução das taxas de juros Aporte de R$ 267 milhões, 5,5% a mais de re• Programa Nacional de Apoio ao Médio Producursos para a concessão da subvenção em relação à tor Rural – Pronamp • Apoio à pecuária bovina, caprina, ovina e su- safra anterior, com expectativas de atingir: • Área segurada: Mais de 6 milhões de hectares. ína • Importância segurada: aproximadamente R$ 8 • Cooperativas agropecuárias bilhões. Investimentos que chegam no • Número de apólices contratadas: mais de 60 mil. campo

»»Volume de recursos

R$ 93,9 bilhões de juros controlados mais R$ 21,3 bilhões de juros livres, total de R$ 115,2 bilhões

Recursos ao alcance do produtor »»Mais crédito

Os R$ 115,2 bilhões para o finaciamento rural representam um crescimento de 7,5% em comparação à safra passada. Os recursos oferecidos dividem-se em: Custeio e comercialização R$ 86,95 bilhões Investimento R$ 28,30 bilhões Redução da taxa de juros de 6,75% para 5,5% ao ano para custeio e comercialização, Pronamp de 6,25% para 5%, Investimento de 6,75% para 5% e Capital de giro para cooperativa de 9,5% para 9%.

Plantando sustentabilidade »»Incentivo à agricultura sustentável

O Governo destina R$ 3,4 bilhões para financiamento do produtor, além disso reduz a taxa de juros, de 5,5% para 5% ao ano. Fortalecimento do Programa ABC para melhor atender ao seu objetivo, entre eles a recuperação de pastagens degradadas. Apoio à implantação de Sistemas Orgânicos de Produção. Fica contemplada com financiamento todos os investimentos necessários à implantação desses Sistemas.

A vez das cooperativas »»Incentivo ao cooperativismo

25% a mais. Redução dos juros. Maior disponibilidade de recursos e limites de financiamentos Beneficiando todos os setores para o seguimento, passando dos atuais R$ 4 bi»»Incentivo ao médio produtor lhões para R$ 5 bilhões, tanto para o Procap-Agro Programa Nacional de Apoio ao Médio Produ- e Prodecoop. tor Rural (Pronamp): R$ 11,15 bilhões de recursos 36

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A colheita foto: Cesar Machado / Agrostock

Diversas são as causas de perdas e o seu conhecimento é fundamental para o planejamento da lavoura

colheita é um procedimento agrícola em que o produtor deve planejar todas as fases, de forma a integrar a colheita ao sistema de produção, de forma a que o grão apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido as várias etapas, desde a implantação da cultura, até a colheita, o transporte e o armazenamento dos grãos têm de estar diretamente relacionadas. A soja está pronta para ser colhida quando atinge o estádio R8, e o início da colheita nesta fase evita perdas na qualidade do produto. Diversas são as causas de perdas e o seu conhecimento é fundamental para o planejamento da lavoura e para que se evitem tais perdas. Fatores como o mau preparo do solo, que promovem desníveis no terreno e oscilações na altura de corte durante a colheita, semeadura em época não indicada, que promove baixa estatura ou acamamento nas plantas, cultivares pouco aptas à região, presença de plantas invasoras, que promove alta umidade na área por maior tempo, e retardo na colheita são

fatores indiretos de promoção de perdas. A subestimação da importância econômica e a conseqüente falta de monitoramento (avaliação com metodologia adequada) durante todos os dias da colheita, são as principais causas das perdas, uma vez que esta operação deveria ser realizada com base nesse monitoramento. A má regulagem e operação da colhedora, na maioria das vezes, são causadas pelo pouco conhecimento do operador sobre regulagens e operação adequada da colhedora. O trabalho harmônico entre o molinete, a barra de corte, a velocidade da operação, e as ajustagens do sistema de trilha e de limpeza é fundamental para a colheita eficiente. Com relação as diversas causas de perdas ocorridas em uma lavouras de soja, as fontes podem ser definidos da seguinte forma: a) perdas antes da colheita - causadas por deiscência ou pelas vagens caídas ao solo antes da colheita; b) perdas causadas pela plataforma de corte que incluem as perdas por debulha, as por altura de inserção e as por acamamento das plantas que ocorrem na frente da plataforma de corte; c) perdas por trilha, separação e limpeza - em forma de grãos que tenham passado através da colhedora durante a operação. 37

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Os novos e velhos desafios do produtor rural Uma lavoura, para que se obtenham os melhores resultados em termos de produtividade, deve ser planejada visando a funcionalidade e operacionalidade das máquinas e equipamentos • Por Rui Prado (Produtor rural e presidente do Sistema Famato) ou brasileiro e não desisto nunca!”. Nas últimas semanas pensei muito neste dito popular. Eu e o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, estivemos em Juína, Aripuanã, Alta Floresta e São José do Xingu para falar diretamente com os produtores rurais sobre alguns dos principais desafios do agronegócio brasileiro. Encontramos pessoas que, embora vivam em municípios distantes e ainda carentes de infraestrutura, têm uma surpreendente força de vontade para trabalhar. Coincidentemente, realizamos o primeiro Ciclo de Palestras com o exministro num mês em que comemoramos duas datas importantes: o Dia do Produtor Rural (25 de julho) e o Dia do Agricultor (28 de julho). Paolinelli é responsável pela implantação da Embrapa no Brasil e pela transformação do país, que passou de importador a exportador de alimentos. Até a década de 1970, por exemplo, importávamos 90% do trigo, 50% do leite e 30% da carne. Hoje, produzimos e consumimos nosso leite, carne, soja, milho, entre outros produtos agropecuários. O Brasil sempre teve uma forte vocação agrícola e, como todos os brasileiros, os produtores rurais não tiveram medo de enfrentar esse “território desconhecido”, com todas as suas adversidades

“S

como a malária, falta de energia elétrica, de estradas, de saúde, saneamento básico e de telefonia. Neste ciclo de palestras detivemos nossa atenção em dois pontos. Um deles foi a busca por conhecimento, porque foi por meio da pesquisa científica e da informação que nós, produtores rurais, desenvolvemos a melhor agricultura tropical do mundo. Após muita dedicação, estudo e tecnologia, aprendemos a manejar o bioma cerrado para produzir alimentos com qualidade e sustentabilidade. Hoje, infelizmente, existe o risco de vivermos o apagão da mão de obra no campo, pois apenas 17% população brasileira vive e trabalha na zona rural. Atualmente, produzimos soja e milho em grande escala neste clima tropical que ninguém apostava. Mato Grosso é líder na produção nacional de soja, milho segunda safra, algodão, boi e girassol. Alysson Paolinelli acredita que o Brasil terá o próximo grande “corn belt” (cinturão do milho) do mundo. Mato Grosso fará parte disso, assim como o leste do Pará, Maranhão, Piauí, noroeste da Bahia, Tocantins, Paraná e Goiás. A notícia é ótima, mas ainda temos que superar alguns desafios. Além do conhecimento, outro desafio muito discutido nas palestras foi a necessidade urgente de pavimentação das estradas e a implantação de outros modais para o escoamento da produção. As rodovias não asfaltadas atrasam a economia do estado, mas geram outro prejuízo maior: os acidentes. Estamos perdendo capital humano nessas estradas em péssimas condições de tráfego. Para se ter uma ideia do quanto ainda temos de chão para evoluir, dos 100 mil km de estradas vicinais de Mato Grosso nenhuma é asfaltada. Dos 27 mil km de rodovias estaduais, apenas aproximadamente 7 mil km foram asfaltados. E dos 7,5 mil km de estradas federais, somente cerca de 3,5 mil km são pavimentados. Em uma região com nossa

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importância no cenário mundial de alimentos temos menos de 8% de estradas asfaltadas. É muito pouco!!! É um absurdo! Principalmente por que pagamos o Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) – imposto criado especialmente para este fim – que deveria trazer mais desenvolvimento econômico para o país, mais dignidade para seus habitantes irem à escola, ao médico, ao trabalho e ao lazer. Embora essas constatações nos deixem indignados, não podemos desanimar. Nos quatro municípios que visitamos vimos claramente este sentimento, mas reconhecemos também o brilho no olhar e a disposição de continuar trabalhando por este país que é o celeiro do mundo. Parabéns Produtor Rural! Parabéns Agricultor! Parabenizo todos que, com muita garra e coragem, ajudaram a construir o Brasil. Somos e continuaremos líderes na produção sustentável de alimentos, pois está em nossa essência agradecer ao final de cada jornada a vida presente e abundante nos campos. Embora as origens das perdas sejam diversas e ocorram tanto antes quanto durante a colheita, cerca de 80% a 85% delas ocorrem pela ação dos

mecanismos da plataforma de corte das colhedoras (molinete, barra de corte e caracol), 12% são ocasionadas pelos mecanismos internos (trilha, separação e limpeza) e 3% são causadas por deiscência natural. Para avaliar as perdas durante a colheita, recomenda-se a utilização do copo medidor de perdas. Este copo correlaciona volume com massa, permitindo a determinação direta de perdas em sacas.ha-1 de soja, pela simples leitura dos níveis impressos no próprio copo. As perdas serão mínimas se forem tomados alguns cuidados relativos à velocidade adequada de operação e pequenos ajustes e regulagens desses mecanismos de corte e recolhimento, além dos mecanismos de trilha, separação e limpeza. O teor de umidade está relacionado diretamente com a resistência dos grãos ao dano mecânico, sendo a faixa de umidade de 12 a 15% a ideal para a colheita em função da cultivar utilizada. Para a maioria das cultivares de soja, a colheita pode ser iniciada com umidade de 13%. Todavia, em regiões onde se verificam condições climáticas adversas antes do processo de 39

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Os novos e velhos desafios do produtor rural colheita, uma das opções para a melhoria da qualidade da semente de soja é a colheita um pouco antecipada, ou seja, quando o teor de umidade estiver na faixa de 15 a 18%. Para tal, o produtor deve levar em consideração a necessidade e disponibilidade de secagem, o risco de deterioração, o gasto de energia na secagem e o preço do milho na época da colheita. Uma lavoura, para que se obtenham os melhores resultados em termos de produtividade, deve ser planejada visando a funcionalidade e operacionalidade das máquinas e equipamentos envolvidos na colheita. Desta forma, as áreas devem ser divididas de forma a facilitar a movimentação da colhedora e do escoamento dos grãos colhidos. Alguns fatores estão relacionados e devem ser levados em conta, quando se espera a obtenção de uma boa colheita: - Regulagem adequada das máquinas colhedoras; - O teor de umidade do grão e a qualidade do grão colhido. Com relação à qualidade do grão colhido, a pesquisa tem mostrado que os índices de danos são menores quando os grãos estão com umidade entre 12 e 15% e quando são colhidos em rotações menores. Além disto, a velocidade de trabalho a ser utilizada para a colhedora deve ser determinada em função dos níveis de perdas aceitáveis durante a realização da operação de colheita. Quando a colheita é realizada com teores mais elevados de umidade, aumenta-se a possibilidade de incidência de danos mecânicos latentes, enquanto que, para teores mais baixos, os grãos estão suscetíveis ao dano mecânico imediato. A secagem natural da soja no campo traz benefícios no sentido de economizar energia na secagem artificial, mas, à medida que as plantas de soja secam, diminui a concorrência com as plantas invasoras, aumentando a incidências destas. Este fato traz inúmeros problemas para a operação de colheita mecânica, como, por exemplo, o 40

embuchamento das colhedoras com plantas invasoras, impedindo que as máquinas tenham bom desempenho. Como evitar perdas Na grande maioria dos casos, as perdas nas operações de corte podem ser minimizadas se forem tomados os seguintes cuidados: a) troque as navalhas quebradas, alinhe os dedos das contra-navalhas substituindo os que estão quebrados e ajuste as folgas da barra de corte; b) opere mantendo a barra de corte o mais próximo possível do solo, quando as plataformas não apresentam controle automático de altura de corte; c) use velocidade de trabalho entre 4 a 5 km h-1; d) use a velocidade do molinete cerca de 25% superior à velocidade da máquina combinada; e) a projeção do eixo do molinete deve ficar de 15 a 30 cm à frente da barra de corte e a altura do molinete deve permitir que os travessões com os pentes toquem na metade superior da planta, preferencialmente no terço superior, quando a uniformidade da lavoura assim o permitir. As perdas na trilha podem ser eliminadas tomando-se os seguintes cuidados: a) confira e/ou ajuste as folgas entre o cilindro trilhador e o côncavo; b) ajuste a velocidade do cilindro trilhador, que deve ser a menor possível, evitando danos às sementes, mas permitindo a trilha satisfatória do material colhido; c) mantenha limpa e desimpedida a grelha do côncavo; d) mantenha limpo o bandejão, evitando o nivelamento da sua superfície pela criação de crosta formada pela umidade e por fragmentos da poeira, de palha e de sementes; e) ajuste a abertura das peneiras; f) ajuste a velocidade do ventilador. José Luis da Silva Nunes Eng. Agrº, Dr. em Fitotecnia

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O financiamento Agrícola

financiamento da atividade agrícola é representado basicamente pelo Crédito Rural, que é uma linha de crédito que é disponibilizada ao produtor, cooperativa ou empresa rural para custeio, investimento e comercialização de produtos agrícolas. Esta linha de crédito estimula os investimentos, garante o valor de custeio da produção e comercialização e, conseqüentemente, fortelece o setor rural. Outro benefício decorrente do financiamento agrícola é que este propicia o desenvolvimento de tecnologias que irão promover a melhoria da produtividade e o aumento da produção. Exigências e Garantias Para a liberação de crédito as instituições financiadoras exigem garantias de pagamento, que podem variar de acordo com a situação do tomador do financiamento, tais como penhora de produção, bens imóveis, hipoteca comum ou qualquer outro bem permitido pelo Conselho Monetário Nacional. Estas exigências variam de acordo com a instituição financiadora, sendo que, normalmente, algumas exigências são comuns as diversas instituições, como a idoneidade do tomador, a elaboração de planos ou projetos com orçamentos, a capacitação de execução e um cronograma de desembolso e reembolso do valor tomado. A liberação do crédito normalmente se dá de 42

acordo com o cronograma financeiro do projeto. Pagamento O pagamento (à vista ou parcelado) é realizado após um período de carência, que varia de acordo com cultura ou criação e a atividade realizada e é programado de acordo com a capacidade de receita durante as épocas de produção. As taxas de juros utilizadas no crédito rural são, em geral, mais baixas que em financiamentos de outras modalidades e são determinadas pela instituição financiadora. Modalidades de Financiamento Custeio: destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos como aquisição de bens e insumos, suplemento do capital de trabalho, além de atender às pessoas dedicadas à extração de produtos vegetais. Investimentos: destina-se às aplicações em melhorias, a aquisição de bens ou de serviços, cujo resultado será observado na melhoria das condições de produção a longo prazo. Comercialização: destina-se a assegurar ao produtor ou cooperativas os recursos necessários à colocação de seus produtos no mercado, podendo compreender a pré-comercialização, os descontos de Nota Promissória Rural e o Empréstimo do Governo Federal (EGF).

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Espigão Azul A história da comunidade São Sebastião A região de Espigão Azul, inicialmente uma densa floresta formada por enormes araucárias e outras espécies nativas, foi ocupada por colonos vindos de outra regiões do Estado do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A comunidade nasceu às margens do caminho que dava acesso ao Rio das Antas, antiga estrada Cascavel-Toledo. A princípio, as missas e orações eram realizadas na casa do senhor Pedro Stirmer. Em 1960 foi construída uma capela que pertencia à paróquia Santo Antônio, Diocese de Toledo. Foi nessa oportunidade que recebemos a primeira visita pastoral de Dom Armando Círio, que celebrou conosco na comunidade. Com a abertura de uma nova estrada, a PR 486, de Cascavel a Jota Esse, e a doação de um terreno às margens desta rodovia, foi construída uma pequena capela em madeira. A partir de 1965, passamos a pertencer à Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Em 1975, a comunidade deu início à construção de uma nova capela mais ampla e em alvenaria, tendo como pároco o Pe. Luiz Parola. Com a criação da Paróquia Santo Inácio de Loyola, no ano de 1980, no bairro Brasmadeira, a comunidade São Sebastião passou a pertencê-la devido a sua proximidade. Após o asfaltamento da rodovia, muitas coisas mudaram. Foi instalado o distrito administrativo de Espigão Azul, o que trouxe muitas melhorias para a comunidade. Hoje contamos com um amplo salão de festas, churrasqueiras, a capela passou por reformas e foi ampliada de modo a proporcionar bem estar e aconchego aos visitantes. Nossa comunidade conta com duas tradicionais festas: a Festa do padroeiro São Sebastião, que acontece sempre no mês de janeiro; e a Festa do Agricultor e do Motorista, que se realiza no mês de julho. Também durante o ano promove vários eventos em conjunto com a APM e Associação de Veteranos, onde as famílias se reúnem para passar 44

momentos de muita diversão e alegria. Padroeiro SÃO SEBASTIÃO São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança, São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé. Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar tanto agradaram ao Imperador que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio. Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiuse traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã e a socorrer os aflitos e perseguidos. O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte. À noite, algumas mulheres foram ao lugar da execução para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe

Paraná Rural sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Já restabelecido, Sebastião, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado. Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma. São Sebastião foi sepultado em 20 de janeiro de 287. E no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Com a trasladação dos restos mortais a epidemia cessou e São Sebastião passou a ser venerado como protetor dos empestados. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro. Oração a São Sebastião Glorioso mártir São Sebastião, vós que derramastes vosso sangue e deste vossa vida em testemunho da Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, alcançai-nos do mesmo Senhor, a graça de sermos vencedores dos nossos verdadeiros inimigos. Protegei, com a vossa poderosa intercessão, os filhos desta Terra. Livrai-nos de toda epidemia corporal, moral e espiritual. Fazei que se convertam aqueles que, por querer ou sem querer, são instrumentos de infelicidade para os outros. E que o justo persevere na sua fé e propague o amor de Deus, até o triunfo final. São Sebastião, Advogado contra a Epidemia, a Fome e a Guerra, rogai por nós. (Rezar o Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai).

21ª Festa do Padroeiro

Espigão Azul, 22 de Julho de 2012

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Setor agroquímico revê crescimento para 5% em 2012 foto: Cesar Machado / Agrostock

• SÃO PAULO (Reuters) Por Fabíola Gomes setor de defensivos agrícolas revisou sua perspectiva de crescimento de 3 para 5 por cento, acima do faturamento histórico de 8,48 bilhões de dólares registrado no Brasil em 2011, impulsionado pelo cenário de preços firmes para a soja e milho, disse o diretor -executivo da associação que reúne a indústria. Inicialmente, a expectativa era de um crescimento entre 2,8 e 3 por cento, alinhado com o PIB brasileiro e a renda agrícola, de acordo com as projeções de consultores do setor. “Olhando a renda agrícola brasileira, este horizonte vinha se concretizando, agora o sentimento na indústria já aponta para 5 por cento nas vendas”, disse nesta quarta-feira (8) Eduardo Daher, diretor-executivo da Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal). Uma seca severa nos Estados Unidos provocou perdas irreversíveis nas lavouras de milho do país e danos à soja, o que elevou os preços dos grãos a níveis recordes na bolsa de Chicago. “Quando a cultura (agrícola) vai bem e a relação de troca favorece, os produtores cuidam melhor das lavouras. Foi assim com o milho e se vê com a soja também”, ressaltou. Ele acrescentou que é a mesma situação vista no setor de adubos, outro insumo essencial para o cultivo. A soja, principal cultura de exportação do Brasil, responde por cerca de 45 por cento das vendas de defensivos. Em segundo lugar, vem o milho com 11 por cento no acumulado deste ano, seguidas por cana, algodão e café. Juntas, as cinco culturas representam mais de 80 por cento das vendas de agroquímicos no Brasil.

Antecipação O executivo observou que os produtores, especialmente de Mato Grosso, procuraram antecipar 46

Paraná Rural as compras para o primeiro semestre, mas que ainda não é possível dimensionar o quanto isso representa no ano. Segundo ele, este fenômeno para o setor agroquímico ganhou força especialmente no segundo trimestre deste ano. “O produtor, principalmente de Mato Grosso, percebeu que dólar, fertilizantes e defensivos é a mesma coisa”, disse referindo-se à antecipação de compra como forma de se proteger das oscilações de preço no segundo semestre, perto do plantio de verão, quando tradicionalmente são feitas as compras de insumos. O reflexo desta demanda mais firme no primeiro semestre é o aumento dos preços dos defensivos, mas Daher pondera que este incremento não é muito forte, uma vez que o setor conta com grande oferta de produtos genéricos, a valores mais baixos. Preocupações O Brasil é tradicional exportador de soja, mas diante de uma perspectiva de quebra de mais de 90 milhões de toneladas na safra norte-americana de milho, o país começa a ser visto como alternativa para tradicionais compradores dos EUA, como a China e até o México, observou o executivo. Daher, que já foi diretor-executivo da associação que reúne a indústria de fertilizantes (Anda), avalia que neste cenário o setor agrícola tende a sofrer com o gargalo logístico. A soja e o milho utilizam as mesmas vias de escoamento, e o fluxo maior gera filas nas rodovias até nos portos e aumento do tempo de espera dos navios, que trazem os insumos que serão utilizados no cultivo da nova safra. Nesta época do ano, o Brasil já escoou a maior parte da soja que colheu na última safra, e agora as exportações de grãos devem se concentrar no milho. Alguns integrantes do setor acreditam que o Brasil poderá exportar um recorde de cerca de 15 milhões de toneladas de milho neste ano, mas os gargalos logísticos estão entre as dificuldades enfrentadas pelo setor para realizar as exportações.

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Safra de milho cai 102 milhões de toneladas no EUA

Entrar com máquinas para colheita nesta ocasião não é favorável • Fonte: Folha de S. Paulo Mauro Zafalon e São Paulo, SP, 13 de Agosto de 2012 - Uma safra que começou bem, mas que termina muito mal. O clima favorável fez os norte-americanos anteciparem o plantio de milho neste ano. O aumento de área para 39 milhões de hectares indicava uma supersafra de 376 milhões de toneladas. Vão colher apenas 274 milhões. O clima quente que assola as áreas de produção de grãos dos Estados Unidos vai forçar os norte-americanos a abandonar 900 mil hectares de área plantada. Não compensa entrar com as máquinas no campo para efetivar a colheita em 600 mil hectares de milho e em 300 mil de soja. Essa quebra tão acentuada na produção de

milho traz um dilema para os norte-americanos: vão ter de optar entre produzir combustível ou carne. O milho não será suficiente para as duas atividades, segundo Fernando Muraro, da AgRural. Balanço das safras Na safra 2011/12, os Estados Unidos consumiram 127 milhões de toneladas de milho para produzir etanol. Nesta safra, vão pisar no freio e consumir 114 milhões. O setor de ração também terá dificuldade para obter milho. Além de pagar mais, deverá utilizar apenas 104 milhões de toneladas, 10% menos do que no ano passado. A produção de soja também está sendo afetada pela seca e deverá ficar em apenas 73,3 milhões de toneladas, volume bem inferior aos 87,2 milhões previstos inicialmente. A queda de produção nos Estados Unidos abre caminho para as exportações brasileiras, uma vez que os norte-americanos estão entre os líderes na venda externa de grãos.

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“O clima quente que assola as áreas de produção de grãos dos Estados Unidos vai forçar os norte-americanos a abandonar 900 mil hectares de área plantada” Os novos dados divulgados ontem pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam safra mundial de 849 milhões de toneladas, abaixo da estimativa de julho, quando a previsão era de 905 milhões. Já a safra mundial de soja cai para 261 milhões de toneladas, abaixo dos 267 milhões previstos no mês passado. A queda de safra dos Estados Unidos traz séria preocupação para o país: os estoques disponíveis no final de safra serão suficientes para apenas 21 dias de consumo. Efeito safra O aumento de ritmo na colheita de cana-de-açúcar no centro-sul elevou a oferta de etanol e derrubou os preços do produto, segundo acompanhamento semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Recuo O litro do álcool hidratado foi negociado a R$ 1,0332 na porta das usinas nesta semana, valor 1,8% inferior ao da anterior. No mesmo período, o anidro caiu para R$ 1,2439, com recuo de 1,41%. Estáveis O preço do etanol parou de cair e ficou estável para os consumidores nesta semana nos postos de abastecimento da cidade de São Paulo. Nos últimos 30 dias, no entanto, houve queda de 2,24%. Reação O mercado já havia absorvido a quebra de safra de milho anunciada pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os preços recuaram 2,23% ontem em Chicago. A cotação da soja subiu 0,89%.

A EVOLUÇÃO DO

AGRONEGÓCIO

www.revistaparanarural.com.br 51

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Profetas do Apocalipse

Por: Francisco Graziano Neto: Xico Graziano, nasceu em Araras/SP Engº Agrônomo (ESALQ/USP, 1974), Mestre em Economia Agrária (USP, 1977), Doutor em Administração (FGV/SP, 1989), foi professor da Unesp/Jaboticabal (1976-92). Presidiu a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (1972-73).

cabou a Rio+20. Afora as frustrações advindas da falta de ousadia, esquentar o tema do desenvolvimento sustentável foi o grande mérito da conferência. Jamais tantas notícias socioambientais se destacaram no mundo. Por outro lado, a profusão de discursos criou uma espécie de Torre de Babel ecológica. Todos falam, mas poucos se entendem. Haverá tempo para salvar o planeta? Começa pela arrogância humana a série de controvérsias que permeia o recente debate ambiental. Querer “salvar o planeta” exibe uma soberba incomparável na história da humanidade. Tal ideia, absurda, radicaliza a visão antropocêntrica, creditando ao ser humano uma prepotência acima de 54

qualquer outra atribuída a ele, dono do universo e dos planetas. Imagine. Na Idade Média, o Iluminismo deu força à razão. O intelecto, alimentado pela ciência, livrou o homem do desígnio divino, subjugado pela natureza bruta. Seu destino começou a ser moldado com ajuda da tecnologia, representando, ao sair das trevas medievais, passo fundamental da civilização. Floresceu o humanismo. Mas a evolução tecnológica combinada com a explosão populacional gerou, séculos depois, um crescimento econômico agressivo aos recursos naturais. O homem, que pensava tudo poder, começou a sofrer as consequências da destruição de seu próprio habitat. A crise ambiental lhe ofereceu

Paraná Rural pílulas de humildade que, ingeridas com mínima visão holística, fizeram bem à humanidade. Surgiu o conceito do desenvolvimento sustentável. Na abertura da Conferência da ONU no Rio de Janeiro, o vídeo Bem-vindo ao Antropoceno retomou, noutro nível, esse debate filosófico. Vai esquentar a discussão. Quem propõe substituir a atual era geológica do Holoceno - que vige desde o último período glacial, há 12 mil anos - pela nova denominação assume que as atividades humanas se sobrepõem às forças cósmicas. Representa a maior das ousadias da mente humana. E, talvez, o pior dos equívocos. Tem sido terrível perceber a queda na compreensão de que o perigo ecológico ronda a civilização humana, não o planeta Terra. Até então a dubiedade, elementar, permanecia quase que restrita às salas de aula, afetando principalmente crianças, estimuladas pelo idealismo dos mestres a defenderem o meio ambiente. Nestes dias, porém, pulularam campanhas e matérias jornalísticas dando dicas de como “salvar o planeta”. Uma bobagem inigualável. Os problemas ecológicos afetam, e comprometem, isso, sim, o futuro da humanidade. A pressão sobre os recursos naturais, se continuar aumentando, trará reveses na qualidade da existência humana. Em certas partes do mundo, populações padecem com a falta de água potável, sofrem com a poluição da atmosfera, amargam com a desertificação. O planeta nem liga. Basta uma dose de insignificância humana para perceber a diferença. Esconde-se, aqui, um lamentável engano. O ambientalismo começou a tratar o gás carbônico (CO²), conhecido na biologia e na agronomia como o “gás da vida”, como um vilão planetário, responsável pelo efeito estufa da Terra. Ora, a absorção do CO² através dos estômatos das plantas permite realizar a fotossíntese, processo vital que transforma energia solar em energia química, base dos carboidratos e proteínas vegetais. Libera, ademais, oxigênio no ambiente. Entrou na moda “neutralizar” as emissões de CO² à busca de um certificado de boa conduta ambiental. Noutro dia, um ônibus circulava nas ruas da capital paulista entupindo a atmosfera com fumaça preta, embora ostentando logo acima do sujo escapamento um lindo dizer: “carbono neutro”.

Licença para poluir. A teoria do aquecimento global anda crescentemente contestada pelos cientistas “céticos”. Veremos qual o fim dessa polêmica. Em qualquer hipótese, porém, é inaceitável considerar o gás carbônico no capítulo da poluição. Esse absurdo conceitual embaralha a mente das pessoas e alivia a barra dos verdadeiros poluidores. Há quem acredite, por exemplo, ser o arroto bovino mais danoso à atmosfera que o escapamento dos automóveis. Risível. O caldo das novas formulações está criando uma charada indecifrável. Sem entender direito dos assuntos, as pessoas tendem ao repeteco dos chavões, onde tudo se mistura, se confunde, se banaliza na vontade de, orgulhosamente, ajudar a “salvar o planeta”. Que ninguém duvide: graves ameaças ecológicas afetam a civilização humana. O conflito entre a população, que continua crescendo, e os finitos recursos planetários tende ao colapso. O avanço tecnológico auxilia, constantemente, na superação dos obstáculos. Mas, como diria o caboclo do interior, o buraco é mais embaixo. Em algum momento deverá haver radical modificação no modo de vida. Por que algumas sociedades tomam decisões desastrosas? A intrigante pergunta faz Jared Diamond nos capítulos finais de Colapso, seu famoso livro. Na resposta, obviamente, se encontram variadas razões. Nem sempre foram capazes de diagnosticar corretamente seus problemas. Muitas vezes seus líderes foram imediatistas, não estadistas, que olham longe. Jamais, porém, aconteceu de as sociedades pregressas apostarem no atraso para vencer seus desafios. O dilema civilizatório atual somente se resolverá na base do conhecimento aliado ao convencimento, uma mistura de liderança visionária com educação ambiental. A solução passa longe do vandalismo demonstrado pelo MST ao destruir, no último dia da Rio+20, o stand da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Atitude fascista. Pior. Espanta perceber a atração de certo ambientalismo - aquele messiânico - por esse viés autoritário. Urge distância desses (falsos) profetas do apocalipse. 55

Equinos CCOCT realiza ultima etapa em Cascavel A competição atrai amantes de cavalos de todas as idades e de varias cidades do Paraná e outros estados.

o mês de junho a cidade de Cascavel recebeu a sétima e última etapa do CCOCT “Circuito Costa Oeste do Cavalo de Trabalho”. A 13° edição do campeonato que começou em setembro do ano passado e terminou naquele mês teve cerca de 400 inscritos sendo eles de várias cidades do Paraná além de outros estados. Hoje as competições são realizadas em vários municípios paranaenses, além de cidades de Santa Catarina e Mato Grosso. As provas realizadas são a de “Baliza” e a de “Tambor”. Na primeira o cavaleiro montado em seu cavalo tem que passar por seis balizas

fotos: Calan Sanderson

dispostas longitudinalmente e não pode derrubar nenhuma, se isso acontecer, ele tem uma penalidade de cinco segundos, ganha consequentemente quem fizer em menor tempo. Coisa semelhante é o que acontece com a outra prova, três tambores são colocados na arena e o competidor tem que contorná-los num percurso pré-determinado, derrubando algum deles também tem o mesmo tempo de penalidade. Segundo Rogério Diniz Siqueira, presidente do CCOCT, qualquer pessoa pode começar a participar das competições, “ Qualquer um pode participar mas a primeira coisa é que goste de cavalo, uma outra

Paraná Rural coisa é que até determinada etapa a pessoa pode correr com o cavalo da hípica,da escolinha que ele treina,mas depois vai chegar um momento em que as regras não irão permitir que ele corra com cavalos de terceiros” O campeonato tem várias categorias: »» Aberta Junior »» Aberta Sênior »» Amador »» Amador Principiante »» Amador Máster »» Feminino »» Jovem A,B e C »» Baby »» Infantil »» Jovem Principiante B e C »» Potro do futuro Trazendo oportunidade para pessoas de todas as idades participarem, de crianças até adultos, profissionais ou amadores. Camila Andressa Grando de 16 anos da cidade de Toledo participa das competições já há dois anos, ela treina todos os dias em uma associação da cidade, “A gente treina bastante as vezes chegamos meio nervosos mas damos uma aquecida antes de correr e vamos nos acalmando, contou a competidora que sagrou-se como a grande campeã dessa edição nas categorias tambor e baliza Jovem Principiante C José Roberto Aoki Figueredo, 18 anos, de Cascavel, é outro exemplo, ele também ficou campeão na categoria baliza –Jovem C e em terceiro lugar no tambor –Jovem C. Desde 2006 começou a montar e ao decorrer dos anos começou a tomar mais gosto por cavalos chegando a participar de campeonatos, “Nunca pensei que participaria de campeonatos, mas evolui muito rápido e hoje treino em uma haras que fica em Santa Tereza, uma, duas vezes por semana porque como faço faculdade não tenho tanto tempo agora,” disse o cavaleiro que ama cavalos e que quer continuar nesse meio por toda a sua vida.

Expovel: Prova de Tambor e Baliza Cascavel, 30 de Junho de 2012

fotos: Calan Sanderson

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Tambor e Baliza fotos: Calan Sanderson

Um esporte sob medida para quem gosta de emoção

mim 4.00m

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mim 4.00m

27.50m

PARTIDA

mim 25.00m

CHEGADA

1 18.30m

18.30m

A prova de Três Tambores é uma modalidade onde se compete mulheres e homens, sem discriminação de idade, conta com grande participação de crianças. Prova de velocidade, na qual cavalo e cavaleiro percorrem um percurso onde estão dispostos, de forma triangular, três tambores. Quando o focinho do cavalo cruza a fotocélula, os competidores partem em direção ao primeiro tambor, que pode ser da esquerda para a direita, contornando os três tambores sempre perfazendo um ângulo de 360º. Cada tambor derrubado acrescenta cinco segundos ao tempo final do competidor. Vence a prova quem fizer o percurso no menor tempo. A prova de Seis Balizas é uma modalidade onde agilidade e velocidade são fundamentais. È 58

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6.50m 6.50m 6.50m 6.50m

CHEGADA PARTIDA mim 25.00m

90.00m 90.00m

6.50m

mim 6.50m

uma prova aberta a participação de homens, mulheres e crianças. O percurso consiste na colocação seqüencial de seis balizas, distantes 6,5 metros uma da outra. Cavalo e cavaleiro tem que partir em linha reta até a primeira baliza e contorná-la, passando a costurar as demais balizas em alta velocidade até a última, retornar fazendo o mesmo movimento até a primeira baliza, contorná-la e voltar em linha reta paralela às balizas em direção ao ponto de partida, finalizando a prova. Cada baliza derrubada acrescenta cinco segundos ao tempo final 40.00m do competidor. Vence quem fizer o percurso da prova no menor tempo.

A EVOLUÇÃO DO

AGRONEGÓCIO

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Equinos

Manejo Profissional foto: Cesar Machado / Agrostock

Sistema de criação ntigamente, o sistema predominante de criação era o extensivo. A éguada era mantida em grandes extensões de pastos nativos. As crias permaneciam ao lado de suas mães até o parto subsequente, quando eram forçosamente apartadas pelas mães. Em muitas fazendas, até mesmo o reprodutor era mantido com as éguas a campo, em sistema de monta natural. As taxas de fertilidade eram boas, com economia de mão de obra, mas os reprodutores sofriam muitos acidentes. Como as pastagens eram nativas, os animais passavam por graves deficiências nutricionais, o que afetava, principalmente, o crescimento e a reprodução. Não havia o hábito de suplementar os animais durante os meses de estiagem e os piores pastos eram destinados aos equinos. As terras de cultura eram destinadas às lavouras, gado de leite e/ou gado de corte. A primeira evolução no sistema extensivo foi o manejo de dividir os animais nos pastos de acordo com cada categoria: potros, potras, éguas paridas, éguas solteiras, éguas gestantes. A estação de monta foi adotada, concentrando as cobrições, e parições, na segunda metade da primavera e durante todo o verão. Quanto maior o fotoperíodo, mais fértil tende a ser a égua. As éguas gestantes eram mantidas nos melhores pastos. E para poupar a égua parida, os potros passaram a ser apartados em grupos, por volta dos 6 meses de idade. Mas os criadores antigos eram muito resistentes quanto à necessidade de suplementar os animais

A primeira evolução no sistema extensivo foi o manejo de dividir os animais nos pastos de acordo com cada categoria: potros, potras, éguas paridas, éguas solteiras, éguas gestantes

durante o período seco, como medida preventiva da perda de peso, e para manter a éguada prenhe em bom estado. Quando não havia como evitar estes gastos extras, nos casos de animais muito magros, alguns criadores utilizavam silagem, cana picada, ou rolão de milho. Com o avanço dos estudos na área de nutrição equina e do melhoramento genético das raças, possibilitando a produção de cavalos de maior valor, o sistema de criação extensiva foi substituído pelos sistemas intensivo e semi-intensivo. No primeiro os animais são mantidos em confinamento, saindo das baias apenas para exercícios. No segundo, os animais são mantidos confinados nas baias durante o dia e soltos à noite. Outras alternativas são soltar durante o dia e prender a noite, mantendo os animais sob vigilância, ou soltar apenas parte do dia, manhã ou tarde. Outra característica do presente é que um grande numero de haras são montados em áreas pequenas, o que inviabiliza o sistema extensivo de criação. Ainda assim, a recomendação é para prender somente os animais destinados às exposições e vendas. Garanhões devem ser mantidos em baia anexa a piquete. Éguas devem ser mantidas em piquetes. O confinamento onera a criação; gera estresse mental, tornando os animais inquietos, nervosos; afeta negativamente a fertilidade, pela inibição do fotoperiodo; desenvolve animais obesos, de baixa resistencia, prejudicando o desempenho funcional. O melhor sistema é o semi -intensivo.

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foto: Cesar Machado / Agrostock

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A importância da Tecnologia de Aplicação para o sucesso do Campo possível aplicar com “gotas médias e finas” que são • Por Jeferson Luís Rezende cada safra o campo se defronta com pro- as que conseguem atingir o baixeiro. Atualmente temos tecnologia de aplicação disblemas de diversas origens na condução do trato cultural, dentre os quais, as ponível para trabalhar com Volumes de Vazões aplicações fitossanitárias que demandam cada vez menores, máquinas adequadas, e produtos auxiliares – ADJUVANTES – que minimizam perdas por mais conhecimento e informação. Com o advento das doenças na Soja, e mais re- evaporação/deriva/fotodecomposição. Além disso, centemente no Milho, a tecnologia de aplicação há uma gama de Pontas (Bicos), e Atomizadores vem ganhando destaque, por conta da necessidade disponíveis no mercado para atender as especificide se realizar a adequada cobertura sobre a área fo- dades dos tratamentos. Recomendamos como melhor espectro de gotas, lhar da planta, sempre considerando o rendimento entre 200um e 250um. da máquina/qualidade da Gotas deste tamanho operação/proteção amos aviões são ferramentas cobrem adequadamente biental. Ao longo dos anos eficazes, que conseguem a planta; não são suscetíveis ao efeito “guaracompanhamos diversos executar a missão da-chuva”; dificilmente experimentos e ensaios plenamente, desde que escorrem, mesmo na a campo, que objetivam conhecer as peculiaridaestejam devidamente presença de orvalho; e não são tão sensível a des e as possibilidades de ajustadas e o Operador, ou deriva. uso dos vários modelos o Piloto seja treinado para o De maneira geral, de pulverizadores, e quais seriam os melhores estrabalho Volumes de Vazões entre 10 litros por hectare pectros de gotas para os até 20 litros por hectare para os fungicidas, estão tratamentos. É possível elencar algumas considerações que dentro da “janela positiva” que preconizamos como muito boa. As primeiras aplicações de fungicidas podem ser levadas em conta pelo produtor rural. Primeiro, que tanto as máquinas rebocadas com V.V de 10 L/ha, indo para 15 L/ha ou 20 L/ha, como os autopropelidos, e os aviões são ferramen- conforme a evolução da planta = o seu fechamento. tas eficazes, que conseguem executar a missão ple- Passando para Volumes um pouco maiores, ou não, namente, desde que estejam devidamente ajustadas de acordo com a necessidade, e as condições operae o Operador, ou o Piloto seja treinado para o tra- cionais: temperatura – UR – vento. Temos casos na região de Guarapuava, onde balho (conheça o equipamento em uso e as formas produtores de Batata, uma cultura que tradicionalde usá-lo). Segundo, que os Volumes de Vazões podem ser mente pulverizam com Volume de Vazão bastante uma estratégia importante, interessante para ser alto, entre 150 L/ha e 300 L/ha, e até mais, nos tratausada em favor da Operação: menores Volumes de mentos tratorizados; trabalham, com sucesso, com Vazão propiciam maior rendimento, menor consu- Vazão de 20 litros por hectare na aplicação aérea! Na Soja e no Milho, muitos produtores trabamo de combustível, e, maior concentração de ativo dentro Tanque. Além disso, consegue-se manter lham com V.V 15 L/ha. Isso levando em conta a toum padrão regular de tamanho das gotas, e mais: é pografia da região, que é mais dobrada; além dos

Paraná Rural obstáculos existentes: mata – postes de luz – casas, que dificultam o voo e exigem uma operação mais pontual. É óbvio que para pulverizar com Volumes mais baixos, necessariamente deve ser observado o tripé: Pontas ou Atomizadores & Máquina ajustada – Condição Ambiental – Piloto. Respeitadas estas condições, o tratamento ocorrerá dentro da normalidade, e terá o sucesso esperado. Outro ponto bastante importante, relacionado à escolha das Pontas, diz respeito ao uso de modelos que não geram gotas muito grossas, e as que não geram gotas muito finas. Gotas com espectro inferior a 100um são muito voláteis e de alto risco para deriva-evaporação-fotodecomposição. O ideal é produzir “gotas finas – médias”, que são indicadas para aplicações em fases da cultura que seja necessário atingir o baixeiro, porém, sem correr o risco de perdas exageradas por deriva. O uso de ATOMIZADORES, que geram as boas gotas é uma opção. Pontas cônicas, para outros casos específicos. É oportuno ressaltar que com um bom espectro de gotas, com uma aplicação uniforme, se obtém a eficácia do tratamento. Mais importante do que o Volume de Vazão (ou a Taxa de Aplicação), é o tamanho das gotas e a sua uniformidade. Gotas muito finas são suscetíveis à deriva e as condições climáticas: temperatura – umidade relativa. Por isso, o caminho mais seguro é aplicar com gotas finomédias, com um espectro entre 200um e 250um; e, sempre fazendo uso de um bom adjuvante. Lembrem-se de que os óleos já não são mais a melhor opção, e que entre eles existem diferenças substanciais, que podem interferir numa aplicação. Hoje o mercado tem disponível, adjuvantes sintéticos, a base de álcool, que são muito eficientes e ainda, demandam de pouca logística de armazenagem e transporte. Como é possível observar, Tecnologia de Aplicação é um tema extenso, complexo, e de grande importância para o trato cultural; que precisa ser lembrado, e conhecido por todos que labutam no campo. Consulte sempre seu Engenheiro Agrônomo para definir os melhores parâmetros.

foto: Cesar Machado / Agrostock

FOTOS ILUSTRANDO A MATERI

Tecnologia

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Produtividade surpreende produtores que optam por milho Coodetec foto: Sergio Sanderson

Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola

CD 384Hx mostra, mais uma vez, potencial produtivo e garante resultados satisfatórios no Paraná e Rio Grande do Sul A produção de milho no Brasil, por mais uma vez, está surpreendendo. Houve aumento de área e a produção apresentará mais um recorde. A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec, em mais uma safra, ajuda o produtor a colher bons resultados. Em Três Barras do Paraná/PR, o produtor Geraldo Tomazi, colheu 346 sacas por alqueire. “Nas duas vezes em que plantei o CD 384Hx colhi bem. Me surpreendi com a produtividade de agora, tendo em vista que é segunda safra.” O híbrido CD 384Hx é indicado para safra e safrinha, tem alto potencial produtivo, resistência ao acamamento, qualidade de grão e proteção contra lagartas. Conforme Tomazi, em lavouras vizinhas, o milho caiu. “Na minha propriedade, com o CD 384Hx, isso não ocorreu. Além de todas as outras características, o milho tem boa resistência ao acamamento. Já comprei semente para a próxima safra.” A colheita da família Motoyama, de Ubiratã/ 66

PR, também passou das 300 sacas por alqueire na safrinha. “Aqui na região, o principal concorrente registrou cerca de 20% de grãos germinados. Com o CD 384Hx, não tivemos problemas e colhemos 326 sacas”, comentou Lúcio Mikio Motoyama. A excelente qualidade de grãos do híbrido CD também agradou os Motoyama. No Rio Grande do Sul, o híbrido de milho da Coodetec também recebeu elogios, mesmo em longos períodos sem chuva. O médico veterinário, Evandro Augusto Bordignon, acompanhou a produção e colheita de uma área em Colorado/RS. “Apesar da estiagem as plantas se mantiveram verdes. Posso afirmar que o CD 384Hx tem excelente sanidade foliar e potencial produtivo expressivo. Eu não tinha visto, nesta safra, lavoura de milho com esse potencial. Esse milho é muito bom.” CD 316 também vem com tecnologia Herculex*I Outro híbrido da Coodetec, que vem na

Paraná Rural foto: Sergio Sanderson

próxima safra com a tecnologia Herculex*I, é o CD 316. Este milho é superprecoce e possui alto potencial produtivo, além de excelente sanidade foliar e tolerância ao acamamento. Com a tecnologia Herculex*I, o híbrido terá proteção contra as principais lagartas da cultura (cartucho e broca da cana). Ainda estão em andamento estudos de controle para as seguintes pragas: lagarta elasmo, lagarta rosca e lagarta da espiga. Os produtores de milho aguardam ansiosos pelo lançamento da semente no mercado. Edvaldo da Silva, de Juranda/PR, plantou a versão convencional do híbrido. Comparando com o resultado do principal concorrente, o rendimento foi de 20 sacas a mais por alqueire .“Colhi 270 sacas por alqueire. Excelente produtividade. Agora quero plantar a versão Hx e melhorar ainda mais essa produção, deixando a lavoura longe do ataque de lagartas.” Sobre a Coodetec A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec é uma empresa que pertence a 185 mil agricultores filiados a 32 cooperativas no Brasil, que juntas somam um faturamento anual de R$ 30 bilhões. Os produtores, além de contar com um fluxo contínuo de produtos e tecnologias de ponta, têm a oportunidade de apontar suas demandas para definição das linhas de pesquisa.

O aumento do potencial produtivo das cultivares de trigo e soja, e dos híbridos de milho da Coodetec, safra após safra, se deve aos trabalhos de pesquisa e melhoramento genético, desenvolvidos para cada região produtora do Brasil e Paraguai, de forma específica. A sede da Coodetec fica na cidade de Cascavel, no Oeste paranaense, onde funciona uma rede complexa de ensaios e um departamento de pesquisa estruturado, com modernos laboratórios de melhoramento genético, biotecnologia, fitopatologia, qualidade de sementes e solos. Outros Centros de Pesquisa da Coodetec estão localizados em Palotina/PR, Goioerê/PR, Rio Verde/GO e Primavera do Leste/MT.

Imprensa COODETEC Andrelise Daltoé|Fernanda Benedito BR 467, Km 98 – Cascavel PR|CEP 85813-450 45 9973 2487 45 3321 3529 www.coodetec.com.br 67

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Planeta faminto Demanda mundial de alimentos foto: Sergio Sanderson

• Por Gustavo Salton e Marlon Fagundes Salvati e acordo com o diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, o mundo precisará aumentar a produção agrícola em 60%. Tanto na produção para consumo humano quanto na destinada a biocombustíveis, para suprir a necessidade de 9,3 bilhões de pessoas que deverão habitar o planeta até 2050. Aumentar a produção em 60% nas próximas quatro décadas é um desafio e tanto para a agricultura mundial. Ao mesmo tempo é um enorme incentivo a produzirem mais e com sustentabilidade. A FAO ainda prevê que a pressão de compra fará com que os preços dos alimentos continuem a subir

em um futuro próximo. Para atingir esses objetivos até 2050, empresas do ramo agrícola terão um papel fundamental no aumento da produtividade em um mesmo espaço físico, pois, espera-se que quase toda a expansão da produção, decorra de ganhos de produtividade de 90% (em uma mesma área). Somente o resto dos 10% seria um real acréscimo na expansão na área cultivada. Quando falamos em aumentar a produtividade ou a produção de alimentos, em um mesmo espaço de área, alguns questionamentos nos vêm à tona. Como fazer isso acontecer? No ano de 2011, a Basf publicou um vídeo chamado: “Um Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira”. O vídeo compila diversas fontes, onde mostra que no período de 1976 a 2010, a área plantada de grãos e oleaginosas aumentaram 27%, enquanto a produção aumentou 213%. Ou seja, a produtividade aumentou 2,5 vezes! Isso mostra um gigantesco avanço tecnológico. Odacir Klein também afirmou, em palestra online recentemente pela Dupont Pioneer, que o mundo demanda de mais alimentos e alimentos de mais qualidade. Também citou que a agroenergia é um fator que deve ser levado em consideração, onde o Brasil é um grande produtor de biocombustível com a produção da cana-de-açúcar. Afirmou também, que em uma espiga de milho ou em uma saca de soja, existe mais valor agregado do que em um tablet (dispositivo eletrônico da moda). Num primeiro momento essa afirmação pode parecer absurda, mas Odacir explica que se considerarmos toda a cadeia econômica que é movimentada, como indústria de máquinas, logística, biotecnologia e alguns outros indiretos, isso pode ser confirmado. Mostra também que as commodities estão crescendo de preço enquanto equipamentos ditos de valor agregado, os preços estão caindo, devido à violenta concorrência desses mercados. Você sabe qual é a estimativa da quantidade de alimentos que uma pessoa normal consome por dia? Segundo a compilação do vídeo da Basf “Um Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira II”, um brasileiro consome em média 2kg quilos de alimentos

Paraná Rural por dia, um chinês consome 2,1kg e um norte-americano ingere 2,9kg de alimentos por dia, ou seja, analisando a população desses três países juntos, que somam 1,85 bilhões de pessoas, e levando em consideração três refeições diárias, só hoje, já consumiram quatro milhões de toneladas de alimentos, ou seja, em um mundo com 9,3 bilhões de pessoas, precisaríamos de 27,9 bilhões de refeições por dia. De acordo com a FAO, um terço dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados. Segundo estudo elaborado entre agosto de 2010 e janeiro de 2011 pelo instituto sueco SIK, 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano. Essa quantidade equivale a mais da metade de toda a colheita de grãos no mundo. O estudo ainda afirma que os países emergentes desperdiçam aproximadamente a mesma quantidade de alimentos do que os países ricos, no entanto seguem um padrão diferente de desperdício. Nos países em desenvolvimento a maior parte dos alimentos é perdida durante o processo de produção e transporte, já nos desenvolvidos, a maior parte do desperdício acontece quando dos alimentos já foram comprados pelos consumidores. Segundo a consultoria Andrade & Canellas, o Brasil é o país que tem mais espaço livre para expandir sua fronteira agrícola. São 200 milhões de hectares de terras agricultáveis fora de áreas de preservação ou com relevo, em segundo lugar está a Rússia com 100 milhões. Em resumo o agricultor brasileiro usa apenas 9% do seu território, e hoje é, o terceiro maior exportador mundial de produtos agro, primeiro exportador em produtos como: café, suco de laranja, açúcar e carne bovina, e segundo lugar em produção de milho e soja. Isso representa 22% do PIB nacional, mantendo 69,4% da sua vegetação nativa, contra 0,3% da Europa. Dados como estes, cada vez mais mostram que o país tem um grande potencial para atender a essa demanda alimentícia nas próximas décadas. O professor Dr. Marcos Fava Neves da USP (Universidade de São Paulo) afirma que hoje já somos líderes mundiais na produção de diversos produtos agrícolas, como carne bovina, suco de laranja e soja, amanhã, o Brasil poderá ser o celeiro do mundo, e por consequência, parte da solução do problema da fome no mundo. Não adianta existirem grandes unidades de processamento de alimentos sem a matéria-prima para

foto: Sergio Sanderson

serem processados. Esse primeiro pilar (acompanhamento do produtor), fazer com que ele produza mais, tem que estar bem estruturado, com o auxílio de uma empresa séria, dando todo o suporte para que os produtores consigam os melhores desempenhos em suas lavouras em todos os âmbitos, técnicos, mercadológicos ou climáticos, indicando as melhores sementes, fertilizantes (agricultura de precisão), melhores produtos, a melhor assistência técnica, logística e uma orientação de mercado. Isso tudo nos mostra porque o agricultor moderno precisa cada vez mais buscar novas tecnologias e empresas sérias para os auxiliarem nesse novo desafio e deixá-los aptos para que possam ser inseridos nessa nova realidade e poder participar desse grande acréscimo de produtividade que se desenha dia a dia. Esses ganhos se devem a uma diversidade de fatores tais como, clima, biotecnologia, manejo e conservação de solos, manejo das culturas, genética, proteção de sementes e cultivos contra pragas, plantas daninhas e doenças, monitoramento de lavouras, logística, desperdícios, mercado, catástrofes climáticas, agricultura de precisão, tecnologias de 69

Tecnologia maquinários, tecnologia de aplicação, previsão do tempo, entre outras, e acaba exigindo uma eficiência em todas as fases da cadeia produtiva, ou seja, um acompanhamento desde antes do plantio até depois da colheita. Para isso empresas nacionais e multinacionais tem investido em pesquisas e soluções, para cada vez mais estarem agregando produtividade para os agricultores. Hoje a Condor Agronegócios, juntamente com seus parceiros, vem auxiliando o empresário rural a fazer a sua parte, produzindo mais e com mais tecnologia. Inserida numa região que propicia o cultivo de Soja, Milho, Trigo, Feijão entre outras culturas, com filiais na região Oeste do Paraná, a Condor Agronegócios conta com profissionais do mais alto gabarito, e auxilia o agricultor do oeste paranaense a se desenvolver cada vez mais e a estar proporcionando uma agricultura com maiores ganhos de produtividades, eficiência e qualidade. Os profissionais da Condor Agronegócios estão aptos a oferecer o melhor do mercado no ramo do agronegócio somado a ética e respeito ao agricultor. “Seriedade e Compromisso com o Agricultor” é

Paraná Rural para a empresa a sua essência! A parceria, a confiança e a dedicação, para com os seus clientes e parceiros, é à base do seu sucesso. Atender as necessidades, indicar as melhores práticas agrícolas, ética profissional, equipamentos de última geração, melhoria contínua, fornecedores reconhecidos e comprometimento com seus colaboradores, são alguns pilares desse sucesso. A Condor nasceu da terra, dentro do campo. “É uma empresa de agricultores para agricultores”. Dar toda condição para que o agricultor possa produzir mais é um compromisso da empresa para com o nosso cliente. O mundo está olhando para agricultura com olhos famintos, e o Brasil, como sabemos, é a bola vez. Inúmeras matérias de revistas, sites, jornais, periódicos e artigos científicos, vêm mostrando que o país em breve se tornará o celeiro do mundo. Diversos setores precisam melhorar, mais o país já está apto a atender em 40% da necessidade adicional de alimentos segundo, vídeo lançado pela Basf. Mas para isso se concretizar, todos devemos fazer nossa parte.

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Tecnologia na agricultura

Dois grandes separadores de grãos situados á frente dividem a colheita em quantidades prefixadas de modo a não sobrecarregar o complexo debulhador em pouco menos de 40 minutos 74

• Fonte: D-books Desde tempos antigos a agricultura tem sido fatigante, e muitas vezes ingrata, transformação do terreno sujeita as incertezas das estações e azares do tempo. As condições meteorológicas representam até hoje uma variável difícil de controlar, e cuja a previsão é muito genérica e aproximativa, mas no trabalho da terra verificou-se progresso graças ao desenvolvimento da mecânica. A colheitadeira - debulhadeira é movida por um motor a explosão comum, colocado no capô atrás do motorista ou tratorista. A tomada de força que move a não só as rodas, mas também todos os mecanismos da máquina, funciona por meio de uma polia vertical. O motor movimenta também a bomba hidráulica para o servo comando da dobadoura, uma espécie de rastelo que conduz o produto da colheita até o batedor. Dois grandes separadores de grãos situados á frente dividem a colheita em quantidades prefixadas de modo a não sobrecarregar o complexo debulhador em pouco menos de 40 minutos, com apenas 1 homem a dirigi-la, executa operações que antes requeriam mais de 30 horas de trabalho e fadiga. Da preparação do terreno á semeadura, da irrigação á colheita, o conjunto de operações agrícolas necessárias para conseguir o produto desejado segue um percurso que exige o uso de diversas máquinas, cada uma com sua tarefa distinta. Algumas máquinas são bastante complicadas do ponto de vista mecânico, como a colheitadeira de tubérculos, cuja forma lembra um animal de pescoço comprido. É constituída por armação metálica na qual são montados os dispositivos que se destinam a ceifar, reunir, trinchar e carregar a forragem.

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Evento: Dia de campo - IAPAR

• Local: IAPAR-Estação Experimental de Santa Tereza do Oeste, na PR 163, km 188. a abertura do evento, às 14 horas, aconteceu também o LANÇAMENTO DO 22º CONIRD – Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, que será realizado em Cascavel (pela primeira vez numa cidade do interior), de 4 a 9 de novembro, sob o tema: “Cooperação e Inovação para o desenvolvimento da Agricultura Irrigada”. O evento é de grande importância para o país e para o mundo, pois vai discutir a disponibilidade e o uso da água na agricultura. O Congresso está sendo realizado em parceria com o Iapar e A ABID – Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem No lançamento houve coletiva para a imprensa e distribuição de materiais: Estavam presentes Presidente do Iapar: Dr. Florindo Dalberto Secretário da Agricultura e do Abastecimento do PR: Norberto Ortigara Presidente da ABID: Helvécio Saturnino Presidente da Coopavel: Dilvo Grolli Pesquisadores do IAPAR: Técnicos e estudantes

de toda a Região: O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) promoveu uma tarde de campo sobre integração lavoura e pecuária, dirigida a produtores, técnicos e estudantes. Compareceram em torno de 200 participantes. As apresentações técnicas foram conduzidas por pesquisadores do Iapar e especialistas da Coopavel e da Emater, que abordaram opções de forrageiras de inverno para integração lavoura e pecuária; novas cultivares de aveia forrageira e aveia granífera, adubação e plantas melhoradoras de solo e consórcio de gramíneas e leguminosas. Entrevistas: »»Dr. Elir De Oliveira - Pesquisador IAPAR / Programa de produção animal Revista Paraná Rural: Dr. Elir - o trabalho de hoje parece ser grandioso, queríamos que passasse para os nossos leitores de forma sucinta a importância deste dia de Campo. Dr. Elir: No trabalho de hoje nós vamos enfocar principalmente o SISTEMA DE INTEGRAÇÃO DA LAVOURA E PECUARIA, mostrando as opções que nós temos de Inverno, o Paraná, a região Oeste tem um clima dominante frio no Inverno,

Paraná Rural risco de geadas todos os anos, um inverno frio, mas que tem chuvas abundantes também, apesar de que estamos numa estiagem de mais de 40 dias neste período, mas o importante e a gente mostrar as alternativas tecnológicas que nós estamos disponibilizando para a Integração da Lavoura e Pecuária, então normalmente a produção de leite e produção de carne, cai nesse período quando você trabalha só com plantas tropicais e perenes, e nós temos novos cultivares de aveia sendo lançados, tanto graníferas e aveias de ciclos bastante precoces, outras leguminosas que devem ser consorciadas com aveia, aveias com ciclos bastante tardios que estamos lançando agora no mercado, então isto é importante que a assistência técnica com os produtores tome conhecimento para começar a demandar estes materiais para chegar até os produtores parceiros do IAPAR para a produção de sementes. Revista Paraná Rural: Hoje estamos contando com a presença de várias autoridades e representantes, porque este trabalho é de grande importância para o Paraná e para toda a nossa região, queremos que justifique: Dr. Elir: Ele é de grande importância porque hoje nós temos poucas opções de inverno para os nossos agricultores, o trigo esta aí com toda a dificuldade, as vezes a melhor política para o governo é importar o trigo, então sobra muito pouco para o agricultor, além do milho safrinha e da soja, estes dois binômios aí, que na verdade são duas monoculturas, e com a integração da lavoura e pecuária, permite que você ganhe dinheiro com o leite ou com a carne com muito mais segurança, e com maior rentabilidade e segurança do que você plantar milho safrinha na área toda, então hoje nós estamos tendo uma adesão muito grande de integração lavoura e pecuária, muitos filhos de produtores, pecuaristas que estão assumindo a propriedades, como futuros administradores das fazendas e das empresas rurais estão partindo para a Integração da Lavoura e Pecuária, porque é o caminho da sustentabilidade do meio rural. Revista Paraná Rural: Nós agradecemos e desejamos muito sucesso ao IAPAR e seus Pesquisadores...

Entrevista Presidende do IAPAR »»Dr. Florindo Dalberto Revista Paraná Rural: Qual a importância deste DIA DE CAMPO, que o IAPAR esta promovendo? Dr. Florindo: A importância desta Estação Experimental é importante porque as pessoas podem vir aqui e ver as tecnologias, as práticas, as variedades, os sistemas de produção que podem ser utilizadas para melhorar a produtividade e a produção dos agricultores, este dia é muito importante por causa disto. Revista Paraná Rural: Este sistema de Integração Lavoura e Pecuária, é muito importante também para a nova geração que vem vindo aí, e que possuem uma consciência de autossustentabilidade da propriedade mais aguçada não? Dr. Florindo: A grande palavra de ordem hoje , é a Agricultura conservacionista, é aquela Agricultura que produz bem usando muitos meios naturais e preservando especialmente o meio ambiente , fazendo bom manejo de solo , tendo uma boa produtividade , e provendo uma boa renda para os agricultores, de forma que as novas gerações , possam continuar produzindo , e as pessoas possam ficar no campo , e que os pequenos agricultores se tornem empresários , que a agricultura familiar se torne pequenos empresários, que a gente vai dando os passos à frente , para promover o desenvolvimento no campo e das propriedades... Revista Paraná Rural: Obrigado Presidente, a Revista Paraná Rural aproveita para parabenizar todo este trabalho do IAPAR e seus Pesquisadores sob o seu comando... Entrevista Secretário da Agricultura e Abastecimento »»Norberto Urtigara Revista Paraná Rural: Qual a importância deste DIA DE CAMPO, que o IAPAR esta promovendo? Dr. Norberto: Nós temos o compromisso de transformar este Centro de Pesquisa, no melhor centro de Pesquisa do IAPAR , investimentos para isso tem e terão o nosso apoio , para busca de recursos humanos , busca de recursos financeiros 77

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Evento: Dia de campo - IAPAR

para investimentos, o governo do Paraná sente no dever de fazer investimentos para apoiar com mais intensidade a agropecuária do Oeste do Paraná , a importância deste Dia de Campo, desde o dia que assumi e no mês seguinte, fui conhecer os modelos de integração do estado de Goiás, de Ipameri , integração lavoura - floresta e o que era um cupinzeiro virou fabrica de comida , aqui no Paraná nós já estamos a frente deles inclusive , agora com muito mais área trabalhada nestes modelos de integração graças ao esforço de vários profissionais da Pesquisa , da assistência técnica , difundindo várias integrações da lavoura da pecuária com floresta, cuidando do patrimônio aperfeiçoando os mecanismos de cobertura do solo, fazendo opção de palhada de boa qualidade, produção de comida para a pecuária , o tempo todo , misturando produção de grão com brachiaria , várias formas para cada realidade , este ano mesmo já fomos duas vezes a Chambre com um grupo de pessoas , para ampliar o conhecimento , em Porto Vitoria em qualquer lugar que a gente vai , a gente tenta difundir esta ideia de que é possível fazer , aumentar a velocidade de ganhos , toda a preocupação de plena garantia da conservação ambiental , e mais resultados com o mesmo pedaço de chão O IAPAR trabalha isto muito bem , a EMATER de mãos dadas , ajuda e acompanha a disseminação da tecnologia , contratamos mais de 130 profissionais ,a CEAB , 78

O CENAR , treinando profissionais, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, para melhor domínio deste ferramental , tem programas com dinheiro sobrando com juros de 5%, nós não queremos que o agricultor faça investimentos malucos além da suas possibilidades, são todas propostas que tem assim o local, com pouco gastos . Aproveito para parabenizar os pesquisadores da EMBRAPA, da COODETEC, IAC que trabalham para desenvolver estes modelos, e todos os profissionais que trabalham com a orientação e disseminação técnica, cooperativas, a COOPAVEL, e todos contém conosco, a agricultura e pecuária contam com vocês, vamos cada vez mais desenvolver nossos modelos, nós que temos a chance de abocanhar a parte mais importante da produção mundial de alimentos daqui para frente a vida vai mostrar isto, muito mais agricultores preparados, com o domínio do ferramental aproveitando as oportunidades que o mercado mundial nos oferece, vivemos um bom momento agora, depois de uma fase ruim, perspectivas de bons preços, não devemos fazer loucura, pé no chão, usar o dinheiro de uma boa safra para fazer a valorização do nosso modelo de produzir, acho que todo o mundo tem inteligência, racional e temos a chance de dar a volta por cima, sair de eventuais sufocos da suinocultura, através de uma forma inteligente, ampliando a nossa produção o nosso desempenho, enfim todas as formas econômicas racionais com o perfeito conhecimento a hora de produzir. Entrevista presidente da COOPAVEL »»Dilvo Grolli Revista Paraná Rural: Qual a importância deste DIA DE CAMPO, que o IAPAR esta promovendo? Dilvo Grolli: O IAPAR tem um histórico muito grande ligado a Agricultura e a Pecuária do Paraná, e para felicidade nossa da Região Oeste, o IAPAR tem um centro de pesquisa aqui na Região Oeste, para atender todos os agricultores e pecuaristas aqui da nossa região. É uma dádiva divina, onde os agricultores e

Paraná Rural

pecuaristas podem desfrutar da pesquisa, não somente da pesquisa laboratorial, mas a pesquisa em termos práticos, demonstrando no campo, fazendo o treinamento dos nossos agricultores e pecuaristas. Revista Paraná Rural: Este sistema de Integração Lavoura e Pecuária, é muito importante também para a nova geração que vem vindo aí, e que possuem uma consciência de autossustentabilidade da propriedade mais aguçada? Dilvo Grolli: Existe uma crise no mundo todo onde os filhos não estão mais querendo ficar na agricultura, aqui nós estamos fazendo um trabalho, como o evento de hoje do IAPAR, e eventos como da COOPAVEL (Show Rural), EMATER e outros órgãos que estão demonstrando a viabilidade do campo para a juventude, viabilidade econômica, melhor qualidade de vida, tudo faz com que coloquemos para os jovens, para uma possibilidade de construção de vida não apenas familiar, mas qualidade de saúde, para que isso seja colocado aos jovens, não só aos que estão vivendo no meio rural, mas hoje nos temos um trabalho bem feito, trabalho de conscientização, trazendo pessoas dos centros urbanos para a área rural.

A EVOLUÇÃO DO

AGRONEGÓCIO

Avicultura Aves A taxa de crescimento de produção ... deve alcançar 4,22%, anualmente, nas exportações

as últimas três décadas, a avicultura brasileira tem apresentado altos índices de crescimento. Seu bem principal, o frango, conquistou os mais exigentes mercados. O País se tornou o terceiro produtor mundial e líder em exportação. Atualmente, a carne nacional chega a 142 países. Outras aves, como peru e avestruz, também têm se destacado nos últimos anos, contribuindo para diversificar a pauta de exportação do agronegócio brasileiro. Presente em todo território nacional, a carne de frango tem destaque na região Sul, sendo os estados do Paraná e Rio Grande do Sul os principais fornecedores. A região Centro-Oeste, por ser grande produtora de grãos, vem crescendo no setor e recebendo novos investimentos. Fatores como qualidade, sanidade e preço contribuíram para aperfeiçoar a produtividade no setor. O Brasil buscou modernização e empregou instrumentos como o manejo adequado do aviário, sanidade, alimentação balanceada, melhoramento genético e produção integrada. A parceria entre indústria e avicultores também contribuiu para a excelência técnica em todas as etapas da cadeia produtiva, resultando em reduzidos custos de transação e na qualidade, que atende às demandas de todo o mundo. A taxa de crescimento de produção da carne de frango, por exemplo, deve alcançar 4,22%, anualmente, nas exportações, com expansão prevista em 5,62% ao ano, o Brasil deverá continuar na liderança mundial.

foto: Cesar Machado / Agrostock

Suinocultura O bem estar suíno

bem-estar no manejo pré-abate de suínos não é apenas uma questão de respeito com os animais. Os cuidados também trazem melhores condições de trabalho nas granjas e benefícios econômicos, segundo as recomendações desenvolvidas pela Embrapa Suínos e Aves, como a retirada dos animais das baias, a condução pelo corredor até o embarcadouro, e como deve ser construída a rampa de embarque no caminhão. “A rampa pode ser fixa ou móvel, de madeira, alvenaria ou metálica. É importante que a inclinação seja leve, não ultrapassando os 20 graus, porque os animais têm muita dificuldade para subir ou descer, por isso também é importante ter um piso com estrutura antiderrapante”, recomenda o pesquisador Osmar Dalla Costa, para evitar as lesões. O trabalho desenvolvido por Dalla Costa considera a importância de se preocupar com os animais em todos os momentos prévios ao embarque para os frigoríficos, durante o transporte e até a chegada aos abatedouros. O principal cuidado que o produtor deve ter nas horas anteriores ao embarque é manter os animais em jejum. Isso é importante por questões de bem-estar, mortalidade, economia e qualidade da carne. “O jejum reduz o custo de produção, com a diminuição do consumo de ração nas horas que antecedem o embarque; reduz a taxa de mortalidade durante o embarque, transporte e desembarque e evita a contaminação e condenação da carcaça, que é comum ocorrer quando as vísceras se apresentam cheias, ocasionando rompimento e extravasamento de conteúdo gastrointestinal”, explica o pesquisador. Para o cálculo correto do período de jejum, é preciso programar o embarque dos animais. Em média, são necessárias de 10 a 12 horas de jejum antes do embarque. A densidade de suíno nos caminhões (que não deve ultrapassar 235 kg/m2), o tempo de viagem e o comportamento dos motoristas (evitar manobras bruscas, por exemplo), também são cuidados

foto: Cesar Machado / Agrostock

Isso é importante por questões de bem-estar, mortalidade, economia e qualidade da carne. importantes para o bem-estar do animal. O resultado da adoção das práticas de bem-estar no manejo pré-abate irá se refletir no trabalho dos produtores e das indústrias.

Fotos: César Machado

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Psicultura

Que tal investir na Piscicultura?

Veja o que é necessário para começar a trabalhar nessa área que a cada dia ganha mais espaço no oeste paranaense.

região oeste do Paraná é destaque no próprio estado e em todo o Brasil por ser um grande celeiro agrícola. Baseada principalmente na produção de soja, milho e trigo é que a economia gira, porém muitos produtores estão investindo cada dia mais na diversificação da produção. Uma das apostas é a piscicultura que a cada dia ocupa mais espaço nas propriedades rurais. Ao longo dos anos mais incentivos por parte de cooperativas que começavam a investir pesado na área, foram dados a produtores rurais que mostravam interesse na produção de peixes. A cidade de Nova Aurora é exemplo de crescimento desse meio. O frigorífico lá instalado há 4 anos conta com 150 piscicultores integrados, sendo

que são abatidas por dia, 25 toneladas de peixe, cerca de 40 mil cabeças, seis dias por semana. Segundo Nestor Braun, engenheiro de pesca da cooperativa, a piscicultura tem uma mão de obra leve comparada às outras áreas, mas ao mesmo tempo é muito detalhista e profissional, quem quiser então investir nessa área, tem que ser bastante observador, “O produtor precisa observar muito o peixe, pois ele não vai se mostrar tanto quanto os animais, ele dá sinais e a partir do momento que o produtor consegue ver esses problemas acaba conseguindo minimizá-los rapidamente, o piscicultor precisa ser bastante profissional senão a atividade não rende o que é esperado“, disse o engenheiro. Para que um futuro piscicultor queira começar

Paraná Rural a investir nessa área é necessário que ele tenha retorno que os peixes estão lhe dando e já planeem sua propriedade no mínimo 5.000 metros² de jando a construção de mais um açude. Queixa do preço o produtor não tem, lâmina d’agua, em uma área plana, ou semi-plana, fonte d’água, ou que monte uma estrutura de “Eu não posso reclamar do preço, no último bombeamento de água de rio. Para criar toda a es- lote eu tirei 14.600 quilos, tive uma renda de R$ trutura o produtor conta com a ajuda da coopera- 12.526,00, eles me pagaram 0,89 centavos o quitiva que o assessora em todo o processo, lo”... disse o piscicultor que faz questão de deixar “Ajudamos no licenciamento, fazemos um pro- tudo bem organizado, jeto de encaminhamento ao banco buscando re“A gente sempre está em cima, cuidando, pois curso para fazer a implantação dessa atividade, e tem predadores, todos os dias tratamos, cuido também acompanhamos na obra e fazemos o aloja- também da grama em volta do açude, gosto que mento, isso tudo leva em média de 6 meses a 1 ano, ela fique bem roçadinha, nos dedicamos a isso e a depois disso começa o cultivo“ explicou Nestor cada dia vamos pegando mais o jeito”. que ainda informa que os produtores contam com Todo o processo de cultivo começa com o alovários planos agrícolas como o PRONAF(Progra- jamento que é o preparo do açude, esse procedima Nacional de Formento é realizado a talecimento da Agricada despesca que em cultura Familiar), seguida dará lugar a um novo lote de peixes. que irão ajudá-los na Para fazer o alojamenobtenção de recursos para a construto precisa-se preparar o açude, deixando-o seco ção necessária, sendo em uma semana de sol que o custo que eles para fazer a desinfecção irão ter será somente de fungos e bactérias, com a estrutura que então o produtor faz a sai em torno de R$ preparação do viveiro 50.000,00 por hectaque é colocar cal virgem re. De três a seis anos se o açude tiver larva ou o piscicultor já paga o investimento. algum ovo. Esse é o caso de “Depois se coloAntônio Gerônio dos ca calcário para fazer Santos, do municí“Eu não posso reclamar do a adubação e deixar a pio de Nova Aurora. água verde, com prepreço, no último lote eu tirei Ele já está a três anos sença de plancton, que é nesse meio com dois 14.600 quilos, tive uma renda de um alimento para o peiaçudes em sua proR$ 12.526,00, eles me pagaram xe, pois a tilápia não se priedade e conseguiu alimenta somente de ra0,89 centavos o quilo” produtor. pagar o investimento ção, durante sua vida ela com dois lotes de peise nutre deste plâncton xes, o terceiro já saiu o lucro livre, que é composto por zooplâncton e o fitoplâncton”, “É uma oportunidade nova que a cooperativa explicou Danilo Ribeiro, técnico agropecuário está dando para a gente, então aproveitamos e vaA partir da compra, o produtor recebe alevinos mos investindo aos poucos, pois a área que temos já juvenis de 20 a 50 gramas, também ganha ração é pequena, cerca de sete alqueires e meio, a quan- fornecida pela cooperativa, tem assistência técnitidade de água também não é muita, então vamos ca, um acompanhamento desde o ponto de planedevagar”, contou Antônio satisfeito com o bom jamento, durante o cultivo, além do processo de 89

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Que tal investir na Piscicultura? de lâmina e vamos por mais 20 mil e para o futudespesca que é feito pelo frigorífico. “O acompanhamento é quinzenal, depois de ro sobra mais uns 10 mil metros, temos um bom alojado o peixe, nós fazemos uma visita para ver acompanhamento por parte da cooperativa e todo como está, no décimo quinto dia fazemos a bio- o investimento que fiz já deu para recuperar” disse metria, pesando-o, vendo a conversão se ele está Voss. crescendo ou não, se é necessário aumentar ou não Já Almir Sassi que utiliza toda sua área de proa ração. Observamos também se é preciso fazer dução com milho, soja e aviário, além de arroz, alguma adubação, a qualidade da água, vendo se que só lhe está dando prejuízo, já começou a partia entrada da mesma é bastante ou pouca, sendo cipar de cursos para entrar na piscicultura, que acontece em torno de 5% de renovação dela ao “Ouvi falar que é bem melhor do que trabalhar dia”, disse o técnico. com arroz, além do mais, é melhor partir para a Já o trabalho diário que o piscicultor tem é ver a diversificação porque ficar em uma área só está qualidade da água todos Aerador muito difícil nos dias os dias, inclusive aos de hoje”. sábados e domingos, AERADOR: alimentar os peixes em Com esse aparemédia 3 vezes ao dia, lho chamado aerador sendo que no inverno que tem a função de pode haver diminuição aumentar o nível de da alimentação devido oxigênio na água, ao frio. pode-se dobrar o núNo final de toda a mero de peixes por etapa que leva em torno metro quadrado no de cinco a seis meses no açude. verão e de sete a oito no Um tanque sem inverno, o produtor é aerador, que tenha, remunerado baseado na por exemplo, cerconversão, mortalidaca de 10 mil peixes, de e rendimento de filé, Com esse aparelho chamado pode chegar a 20 mil sendo em média 0,80 aerador que tem a função de se o piscicultor colocentavos por quilo procar essa máquina. duzido. Na piscicultura aumentar o nível de oxigênio na Segundo Danilo, é é feito em torno de um água, pode-se dobrar o número feito um projeto por lote e meio por ano. de peixes por metro quadrado parte dos técnicos e Para Celso Voss que de acordo com o taaposta na diversificação no açude. manho mostra quandos seus quatro alqueitos aeradores precisa res em produção de leite, criação de frango e há ter nos determinados tanques. Além do que, quanmais de 10 anos com peixe, a piscicultura já há alto mais aeradores o produtor tiver, ele terá que ter guns anos devido à presença do frigorífico na retambém uma lagoa de decantação para tratar a gião, está ajudando muito em sua renda tanto que água que depois voltará ao rio, pois quanto mais ele planeja aumentar o número de açudes, peixes por metro quadrado, mais suja e poluída a “Vamos ter mais açudes, temos 10 mil metros água ficará. . 90

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