Revista Gnosis - 06

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Gnosis Ciência e cultura do homem em busca do ser

Edição 6 - Segundo semestre de 2011

MITOS E VERDADES

2012: As profecias maisa e o ciclo planetário

A Lei do eterno retorno

A repetição incessante dos estados psicológicos como determinante dos eventos da vida

O Número Áureo: a matemática divina na engenharia da criação

Da Música ao Mantra: o efeito do som na psique humana

Cursos Gratuitos de Gnosis: Conheça os endereços de sua cidade


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A OCULAR DA ANTROPOLOGIA GNÓSTICA

ntropologia é a ciência que se dedica ao estudo do Homem. Ao aplicá-la a terminologia “Gnóstica”, abre-se uma nova rama do estudo e do conhecimento da Natureza Humana. De modo diferente dos estudos antropológicos convencionais, a Antropologia Gnóstica não se dedica à observação e análise de objetos passados. Seu ponto de partida são os axiomas, verdades imutáveis, somente apreensíveis na dinâmica íntima do Homem. O processo para apreensão de tais axiomas exige certa capacidade de percepção e cognição. O aparelho sensorial: visão, audição, olfato, paladar e tato, somado ao raciocínio e à lógica aristotélica apresentam-se impróprios para tais desígnios. Em verdade, raciocínio aristotélico e percepção sensorial são característicos da Antropologia Epistêmica, inadequados para a Antropologia Gnóstica. Ainda há que acrescentar que no legado da Antropologia Gnóstica não se encontram teorias, pois mesmo valendo-se de um complexo e amplo vocabulário, os axiomas não se permitem traduções e interpretações. O único meio para conhecê-los é evidenciá-los de forma direta. Para tanto, a Antropologia Gnóstica se atém em transmitir o método para chegar ao conhecimento. O conhecimento em si, quando logrado, torna-se propriedade intransferível de quem o conquistou. Ampliar a capacidade de percepção e desenvolver a capacidade de cognição é o legado da Antropologia Gnóstica. Assim, a beleza da Arte, da Filosofia e da Mitologia dos distintos povos convertem-se em um espelho pelo qual se contempla a dinâmica íntima das grandes verdades da Natureza e do Homem. Direção da AGEACAC

Realização:

Apoio Editorial: Editora Mória - Livros Gnósticos www.moria.org.br

Revista


Gnosis

EXPEDIENTE DIREÇÃO GERAL: Vinícius Pires Dias Teixeira DIREÇÃO ADMINISTRATIVA: Daniel de Queiroz Barbosa DIRETOR EDITOR: Demian Reinhart DIREÇÃO DE ARTE: Rafael Rizzato Ribeiro REVISÃO DE TEXTO: Silvana Aparecida de Freitas Demian Reinhart COLABORADORES: Aline Silveira da Fonseca Gabriela Rosa de Fúcio Glauber Fonseca Silveira Eduardo Garcia Ávila Lima Luis Henrique Aspahan Brandão Pablo João da Costa Renato Abritta Zacarias Simone Rocha de Queiroz Vinícius Audino

Revista Gnosis nº6 2º Semestre de 2011 Tiragem: 33.000 exemplares

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Sumário Geral

4 A Lei do Eterno Retorno 7 Os sons na nossa vida 10 2012 Mitos e Verdades 14 Elementoterapia 16 O Número Áureo 18 Curso de Gnosis 19 Conferências Públicas


METAFÍSICA

Revista

A Lei do Eterno Retorno “O fim é igual ao princípio mais a experiência do ciclo”. Samael Aun Weor

Ilustração do Baghavad Gita

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Muitas pessoas relatam ter passado pela sensação de reviver algo que a princípio nunca lhes havia acontecido, mas que de alguma forma lhes pareceu familiar. Cientistas sugerem que essa experiência, conhecida como déjà vu, poderia estar associada a falhas cerebrais relacionadas aos diferentes tipos de memória, ou seja, já se haveria passado pela mesma experiência, no entanto essa não deixou registros na memória recente, apenas na de longo ou médio prazo, conferindo a sensação de que o evento já ocorreu. Dessa maneira, podemos afirmar que toda lembrança está baseada em algo que realmente aconteceu, em algum momento a cena foi vivida, mesmo que isso tenha ocorrido antes do próprio nascimento, em uma existência anterior. Pode-se entender melhor isso se adentrarmos na explicação dos antigos sábios, que de forma alguma refuta a explicação científica, senão que a complementa ao utilizar-se da perspectiva da metafísica e da observação natural, construindo a base do que se chamou de Lei do Eterno Retorno.

A expressão dessa Lei pode ser verificada na Natureza e no Cosmos. Nosso Planeta sempre retorna ao seu ponto de partida e então mais uma vez celebramos o Ano Novo. As quatro estações passam para logo regressar na mesma sequência. A noite retorna após o dia, o dia volta a aparecer depois da noite. O ser humano, após viver anos sob o sol, deve experimentar a morte e posteriormente nova vida, encarnado agora em um novo corpo. A Lei do Retorno fundamentaria o que se chama na Índia de Tras-

migração das Almas, isto é, a reincorporação dos princípios anímicos em um novo corpo material. Semelhante idéia pode ser encontrada no Livro Egípcio dos Mortos, na escola grega do matemático Pitágoras (onde recebeu o nome de metempsicose), com Platão e seus ensinament o s


Gnosis acerca da doutrina dos renascimentos, bem como com Budha em sua doutrina das vidas sucessivas. Mas talvez tenha sido com o filósofo alemão Friedrich Nietzche que a Lei do Eterno Retorno tenha ganhado mais destaque no ocidente nos últimos tempos. O trecho do livro Assim falava Zarastruta (citado nos recentes livro e filme sobre o filósofo) chamou a atenção do público em geral, no qual se indaga como a pessoa reagiria se ouvisse o seguinte: “Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes e não haverá nela nada de novo...”. Nesse fragmento identifica-se a mecânica das vidas sucessivas que, não obstante o retorno da alma, ainda se processariam em cada renascimento os mesmos dramas e acontecimentos de existências anteriores. Para um melhor entendimento desses fenômenos, fazem-se necessários estudos metafísicos acerca do conceito de tempo e

Mitologia Hindu “Assim como um bezerro encontra sua mãe entre mil vacas, um ato cometido anteriormente encontrará certamente quem o perpetrou... Assim como um homem veste roupas novas neste mundo, deixando de lado aquelas antes usadas, também o eu do homem põe novos corpos, que se acham de acordo com seus atos numa vida anterior.” (Leis de Manu )

dimensões. O filósofo e psicólogo russo Ouspensky, que também publicou sua obra sobre o Eterno Retorno, investigou a existência de planos mais elevados que a terceira dimensão, nos quais a matéria vibraria de forma mais sutil e onde estaria a origem da vitalidade, dos pensamentos, dos sentimentos e dos princípios anímicos. Logo, o corpo físico seria uma espécie de roupa provisória da alma-consciência, citada assim nos livros sagrados hindus e que foi ratificado pela Teosofia e escolas gnósticas. Posteriormente, o cientista Albert Einstein teceu os parâmetros para a física da quarta coordenada e definiu a relatividade do tempo e sua característica circular. Ora, se o tempo se assemelha a uma curva fechada, o que nele aconteceu voltará a se repetir em uma ou ou-► 5


METAFÍSICA

Marca D'água: Serpende de Oroboros

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Revista

escravidão ao passado, visto que esse no motra escala. Segundo os pitagóricos “se os momento dado se converterá em futuro, constivimentos celestes e outros são os mesmos, o tuindo-se assim uma espécie de infortúnio o que ocorrerá antes e o que ocorrerá depois qual exigiria um esforço consciente para se também são os mesmos, aplicando-se a repoder extinguir. petição”. Isso se chama lei da recorrência, ou Ao realizar uma retrospecção atenta da seja, a repetição de eventos em cada retorno. forma de atuar, Como bem desentir e pensar, finiu Samael Aun perceberia-se em Weor: “De acordo O símbolo do Oroboros vem uma única vida a com a sábia lei de recorrência, tudo desde o Hermeticismo do antigo atuação da lei da na vida volta a Egito, cerca de 1600 a.C.; esteve recorrência, onde ocorrer tal como já presente entre os Fenícios, os um determinado se verificou dentro filósofos gregos e na mitologia tipo de problemádo círculo vicioso nórdica, dentre outros. Repre- tica torna a ocordo tempo, somada senta o ciclo interminável das coi- rer de tempos em às conseqüências sas, origem de seu nome, “o devo- tempos na vida de uma pessoa. São boas ou más da rador da cauda”. principalmente ação”, isto é, tudo se as característirepete em espirais cas psicológicas mais elevadas ou inconscientes da mais baixas, acompanhadas de suas consequexistência anterior que induzem a este fato. ências, sejam elas um castigo (espiral descenO ser humano possui uma marcada tendêndente) ou uma recompensa (espiral ascedencia à repetição de comportamentos durante a te). Essa é a curva da vida, assim definida por vida, e ao se agir sempre da mesma forma os Pitágoras e representada graficamente pelo resultados tendem a ser os mesmos, em uma símbolo do infinito (∞) e pelo Oroborus, a espiral mais profunda. serpente que morde sua própria cauda. Portanto, é importante buscar o exercício Nas Artes, o Bolero composto por Maurice da observação de nossas atitudes externas, Ravel ilustra bem a questão da recorrência. emoções e pensamentos, aliado à mudança Trata-se de uma composição de movimento de comportamento frente aos padrões de reúnico com melodia uniforme e repetitiva, vaação, constitui o que se necessita para vencer riando apenas na sua intensidade crescente essas leis e modificar o destino já programado e progressiva, o que remete à Espiral e suas durante tantas vidas, possibilitando exercer o oitavas. Porém, ao chegar no final de tantas verdadeiro livre-arbítrio e minimizar os efeirepetições, seu desfecho torna-se caótico. tos dessas leis sobre nossas existências.• Ao analisar, do ponto de vista humano, a incessante repetição em cada renascimenAline Silveira da Fonseca to da alma traz consigo a mecanicidade e a


Gnosis

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Os sons na nossa vida

Som em seus vários aspectos é sempre o desencadeamento de uma força que se converte em ação, seja como um fenômeno da natureza, ou como um fenômeno sensível presente em nossas vidas. Misteriosamente, a manifestação de uma força em movimento sempre se desdobra em uma manifestação do Som, como uma energia a qual não se pode saber ao certo se é o resultado ou o agente do movimento, sabendo-se apenas que sempre coexiste com ele nas suas diferentes formas. Analisando profundamente a natureza do Som, vemos que ele é na realidade um Princípio do Universo e, portanto, também deve ser compreendido em suas íntimas relações com a consciência do homem em todos os aspectos em que apareça no mesmo como verbo, como música e como influência dentro de sua psique. Neste sentido, torna-se importante compreender também como, na dinâmica fenomenal da natureza intrinsecamente permeada de Sons, o silêncio de tal maneira torna-se algo abstrato. Porém, em uma percepção não apenas relativa, o silêncio sintetiza o estado potencial das forças que não se converteram em manifestações, sendo que o que está manifesto está permeado de sons, sem que possamos saber se ele é sua causa ou seu efeito. Na tradição budista temos uma verdadeira reflexão sobre o significado íntimo do silêncio da consciência, advindo de um profundo estado de meditação. O silêncio, como um aspecto do princípio universal do som, é um fenômeno cheio de significados para a compreensão da consciência do homem. Entendendo as criações da natureza como divinas e o Som como um de seus princípios, podemos entender melhor a razão pela qual se diz no Gênese Hebraico que no Princípio era o “Verbo de Deus”. De fato, isso quer também nos dizer que no homem o som se exprime particularmente como parte de seu Ser, pois ele é o único dentro da natureza que possui uma linguagem, que possui o dom da palavra, o Verbo. O Verbo é parte da consciência humana, portanto, o som como aspecto de verbo ou de música, produz efeitos concretos e substanciais no mundo psíquico do Microcosmo Homem.

SAÚDE

“Os homens distinguem-se uns dos outros por sua consciência, assim como as estrelas por sua luz.” – diz o Mestre Samael Aun Weor. A Consciência, como força primordial do que há de mais íntimo no homem como Ser, quando é manifestada em Verbo,►

Significado esotérico das Sinfonias de Beethoven •1ª SINFONIA: O “Gênese Psicológico”. Produz moti-

vação para todo o empreendimento. •2ª SINFONIA: A “Ternura”. Eleva-nos aos sublimes estados de contemplação, tolerância, nobreza e ao sentido da caridade. •3ª SINFONIA: A “Busca do Equilíbrio”. Terapia para estados de nervosismo, incerteza, desânimo, descontrole, pessimismo. •4ª SINFONIA: A “Sinfonia do Amor”. Terapia para estados de ódio, vingança e egoísmo. •5ª SINFONIA: O “Destino do Homem”. Organiza a psique de modo que possamos orientar-nos fundamentalmente, dirigindo nossas ações em função do Real Ser. •6ª SINFONIA: A "Sinfonia da Heurística”. Permite a que a inteligência própria da essência humana tenha campo para solução de problemas. •7ª SINFONIA: A “Exploração de nosso Subconsciente”. Ao escutá-la somos motivados a praticar a auto-análise. •8ª SINFONIA: A “Emancipação Psicológica”. Devemos escutá-la para motivar-nos à mudança, à transformação e à transvalorização. •9ª SINFONIA: A “Sublimidade”. Suas notas nos remontam às escalas supra-conscientes da pura religiosidade.

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SAÚDE: OS SONS NA NOSSA VIDA

Esfínge Egípcia

ou seja, em palavras ou em música, produz um movimento carregado de certa força, de certo potencial e significado, que reflete profundamente dentro da Consciência Humana imprimindo-lhe um resultado dentro da sua psique. Isso quer dizer que sabemos o quanto as formas do Som estão ligadas à compreensão e aos estados da nossa Consciência, expressando os seus mais altos e profundos valores. Porém, esses também podem se expressar sem os valores da íntima compreensão, refletindo outros estados de consciência que podem ser negativos. Sabendo desse imenso poder, dessa profunda compreensão dos efeitos do movimento do Som em nós, as Culturas Serpentinas valeram-se disso para todos os efeitos. As canções, rituais e danças sagradas guardam uma profunda sabedoria e com eles fecunda-se a terra, agitam-se os guerreiros e curam-se os enfermos. Como exemplo, temos nos períodos áureos egípcio, persa, caldeu, helenista, tibetano, entre outros, o importante uso que essa sabedoria desempenhou. Está escrito que Herófilo, médico de Alexandre Magno, regulava a tensão arterial segundo a escala musical que correspondia com a idade do paciente. Os Derviches Dançantes Sufis logram um maravilhoso nível anímico mediante danças e cantos. Recordemos a mitologia de Orfeu, que arrancava melodiosas notas de sua lira, com as quais acalmava aos monstros do inferno, e a sábia expressão de Platão quando afirmou que a música é a medicina da Alma. Dentro das grandes tradições religiosas, autênticos cultivadores das faculdades esotéricas, sabiam do enorme potencial espiritual do uso dos princípios do Som, como a prática das foháticas notas do mantra enquanto meio específico para chegar ao fundo ultra-sensível da Meditação. O Infra-Som e as Enfermidades Nos aspectos que seguem os Princípios do Som em suas manifestações em relação à Consciência Humana, entendemos por infrassom aqueles ritmos e composições que despertam psicologicamente sentimentos e estados de consciência de sentimentalismos, ira, euforia ou desejos morbosos de tipo sexual. O in-

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Revista frassom, reflete projeções do infraconsciente humano, que é um aspecto da psique totalmente envolto pelos desdobramentos do Eu Psicológico. Esta relação, observada até de maneira empírica, levou os cientistas a realizarem investigações, nos últimos 35 anos, que demonstram que certos tipos de som, no caso o infrassom, atingem profundamente um organismo, transpassando-o e afetando-o seriamente no âmbito da saúde física, psicológica e mental, podendo afetá-lo em suas funções endócrinas, cardiovasculares, em seu equilíbrio hormonal e até mesmo em seu aparelho reprodutor. Num efeito grave, há até mesmo pessoas que sofrem a destruição maciça de células nervosas devido ao impacto causado por um som aterrador, ficando em deplorável estado de saúde. Neste sentido, o Som, considerado ainda como um fator e caráter ambiental e social, pode também ser um desencadeador de enfermidades psíquicas individuais e coletivas, desequilíbrios nervosos e emocionais, neuroses e outros tipos de consequências nas pessoas que tenham tais propensões. Ademais, verifica-se também que a exposição contínua a sons desarmônicos pode até mesmo causar a perda da sensibilidade auditiva, sendo ainda o principal fator de origem do estresse. Podemos avaliar o quanto é importante essa compreensão para nós hoje, especialmente levando em consideração o tipo de ambiente em que vivemos nas


Gnosis grandes cidades modernas, expostos a todos os tipos de desequilíbrios e poluição sonora. A Música e o Ultra-som Por outro lado, muitos psiquiatras e psicólogos têm empregado certos tipos de música para fazerem explorações no intrincado estudo da mente, depois que muitos outros tipos de estímulos fracassaram. Verifica-se que o emprego de outros tipos de influência sonora pode ter o efeito contrário, e ser um fator de cura de enfermidades e de traços de desequilíbrio psicológico. A música pode ser de grande auxílio para o relaxamento físico e mental e o despertar de estados de consciência mais elevados, estimulando a autocompreensão. Os sons que possuem este efeito sublime na Consciência são os Ultra-sons, um tipo capaz de sensibilizar a consciência para estados mais elevados de apreensão. Distintas Culturas Serpentinas usaram essa sabedoria para estimular seu desenvolvimento social, cultural e dos seus indivíduos. Tive-

ram nas realizações artísticas de suas músicas, do canto e da dança, valores e estados sublimes para induzir ao Êxtase e à Contemplação. A música erudita em geral representa um tipo de música em que estão presentes vibrações do próprio modus operandi para nos transladarmos aos estados da Supraconsciência do Ser. Por tudo isso, torna-se importante refletirmos sobre o poder que o som possui em nossas vidas, por ser um princípio universal da natureza, selecionando o que ouvimos em vez de nos influenciarmos facilmente por estímulos sonoros desarmônicos e desequilibrados. Certas músicas eruditas, por exemplo, podem permitir uma reorganização em nosso universo psicológico e mental por sua sensível capacidade de despertar-nos para elevados estados de inspiração, assim como também a prática dos mantras, do canto e da meditação, conduzindo-nos a um gradual avanço até o equilíbrio com o infinito.

Renato Abritta Zacarias

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ANTROPOLOGIA

Revista

2012 Mitos e Verdades

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PEDRA DO SOL

ivre de temores, dogmas e pré-conceitos, vamos discorrer sobre algumas das mais conhecidas e polêmicas profecias apocalípticas, formuladas por um povo, que erigiu uma das maiores e mais organizadas civilizações que já existiram sobre a face da terra, os Maias. Emergindo das vorazes selvas mesoamericanas, os Maias, assim como os Olmecas, começaram a formar seu povo há mais de 5000 anos, porém, seu período clássico, marcado pelo esplendor e grande apogeu de sua civilização, só se iniciaria por volta do ano 325 d.C., desaparecendo por fim, misteriosamente, por volta de 830 d. C., ainda que até hoje sejam encontrados seus descendentes. O conteúdo de suas profecias está, em sua maioria, descrito nos Livros Chilam Balam, e no Códice de Dresden, o mais elaborado códice Maia, bem como uma importante obra de arte, que tratam, não do apocalipse como o entendemos, mas de vários fenômenos naturais, históricos e astrológicos que determinam ascensão e queda das civilizações. Se ousarmos compreender as profecias Maias, antes urge sondar os vastos campos de sua mente, buscando elucidar sua forma de pensar à respeito do tempo. Diferente de nossa civilização atual, que traça uma linha do tempo, os Maias tinham um conceito cíclico do mesmo, vislumbrando-o de uma forma esférica. Tal conceito formulou-se através da observação astrológica dos ciclos planetários, visto que eles eram grandes astrônomos, e está rigorosamente embasado em leis naturais, como as do Eterno Retorno, da Recorrência, da Evolução e da Involução. 10

1) Haab: Calendário Solar. Tem 360 dias divididos em 18 meses de 20 dias, mas um curto período de cinco dias. Seus cálculos são tão avançados que ele é 4 segundos mais preciso que o calendário usado hoje. 2) Tzolkin: Calendário Lunar. Possui 260 dias, que consistia em 13 números (meses) combinados em 20 dias (13x20=260). Um Tzolkin tem a duração da gravidez da mulher, desde a concepção até o parto. É um calendário ajustado ao biorritmo humano. 3) Calendário de Contagem Longa: Sistema central do conceito Maia de extensão de sua civilização no tempo. A contagem longa é um calendário vigesimal não repetitivo, utilizado por várias culturas da Mesoamérica. Abrange um segmento grande de tempo de 5.125 anos com um ponto definido de início e término: de 11 de agosto de 3114 a.C. a 21 de dezembro de 2012.


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Gnosis

O Calendário Maia Os Maias criaram o calendário mais exato existente na Terra. Complexo e preciso, são na verdade, três calendários que interagem entre si, como engrenagens perfeitas, possibilitando a exatidão de suas previsões astrológicas. São eles Haab, Tzolkin e o de Contagem Longa. Os dois primeiros eram combinados, como duas engrenagens formando o chamado calendário circular, com duração de 52 anos. Os dias e os meses só se repetiriam a cada 52 anos. A contagem longa é dividida em: 13 partes de 394 anos, chamadas baktuns; 260 partes de

aproximadamente 20 anos (19,7 anos), chamadas katuns; 20 partes de grupos de 13 katuns (13x19,7 = 256 anos), referido como “contagem de curta duração”. As Profecias do Chilam Balam, estão associadas aos Katuns. Cada um dos 13 tem um “destino” específico a ele associado, o qual deriva da projeção futura da Lei da Recorrência, a partir da recordação de acontecimentos passados. Já as previsões relativas a 2012 e suas catástrofes naturais, são retiradas em sua maioria, das influências astrológicas, principalmente do Sol e Vênus, previstas no Códice de Dresden.

O Livro Sagrado de Chilam Balam e os 13 Katuns Os livros de Chilam Balam (Sacerdote Jaguar) são coleções de textos da época pós conquista espanhola, nos quais houve uma mescla de tradições cristãs e maias. As influências dos 13 katuns são indicadas em vários desses livros, geralmente como uma descrição dos acontecimentos históricos que ocorreram durante os ciclos anteriores. Torna-se claro, portanto, que os maias esperavam que a história se repetisse a partir da Lei de Recorrência. Tais profecias foram extraídas dos livros Chilam Balam das cidades de Chumayel e Mani e do Códex Pérez. Dentre elas, descrevemos as que se referem aos últimos Katuns, nosso período atual: 12º Katun - (2013 – 2032): “Os maias regressarão a Cuzamel, que é o assento deste Katum. Nem pouco nem muito será seu pão. Nem pouca nem muita será sua água. Esta é a palavra de Deus. Ressoará por algum tempo o templo de seus deuses. Este é o fim da pa-► 11


ANTROPOLOGIA

Calendário Maya

lavra de Deus.” Segundo o Chilam Balam, este katun traz o fim da “palavra de Deus”, por isso têm sido associado às profecias apocalípticas de todas as religiões, coincidindo ainda, com o fim do calendário Maia de Contagem Longa, que termina em dezembro de 2012. 13º Katun – (2033 – 2052): “Se volteará o Sol, se volteará o rosto da Lua; baixará o sangue pelas árvores e pelas pedras...”. “Será a origem da morte pelo caráter vingativo ao sair da Lua, e ao entrar a Lua cheia acontecerá a vingança total. Também os astros bons luzirão sua bondade sobre os vivos e sobre os mortos”. O Chilam Balam, deixa claro portanto, que os Maias não previam o Fim do Mundo para 2012, mas sim, situações difíceis para a humanidade. Indica que nessa época contemplaríamos a queda de todos os sistemas da sociedade. Vivemos inseridos em um conjunto de sistemas (econômico, político, educacional, industrial, religioso, tecnológico, etc.) criados por nossa atual sociedade, realmente dignos de admiração tamanha sua complexidade. Embora estes nos brindem relativo conforto, nos fazem extremamente dependentes, a ponto de pensarmos ser impossível a vida sem eles. Porém quando os levamos a uma análise mais profunda, contemplamos sua extrema fragilidade. A eletricidade, por exemplo, é a coluna vertebral da nossa sociedade. Se esta falha, advém um caos generalizado e em consequência cairão todos os outros sistemas.

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Cosmologia Maia – Embasamento da Profecia sobre 2012 Os Maias acreditavam que o Sol (Kinich-Ahau) é um ser vivo interligado com toda a galáxia. Sabiam, por meio de seus avançados cálculos astronômicos, que o mesmo culmina um giro ao redor de Alcione, estrela central da constelação das Plêiades, a cada período de aproximadamente 26.000 anos. Do ponto de vista terráqueo, o Sol parece percorrer as 12 Constelações Zodiacais, originando o fenômeno do Ano Sideral e da sucessão das Eras Astrológicas. Nesse trajeto, de acordo com os Maias, o Sol passa por cinco grandes ciclos, cada um com cerca de 5.125 anos (mensurado por seu calendário de Contagem Longa) e segundo seus cálculos, estaríamos no final do quinto e último ciclo (por isso os Maias intitulavam-se “Os Filhos do 5º Sol”), sendo que todos os quatro anteriores terminaram em catástrofes, e o último (cerca de 26.000 anos atrás), associado ao dilúvio universal, descrito não somente na bíblia cristã, mas também em muito outros livros sagrados de vários povos, período relacionado inclusive, com a submersão do lendário Continente Atlante.


Gnosis “A profecia Maia para 2012 baseia-se em um alinhamento astronômico. Em dezembro de 2012, o sol do solstício vai se alinhar com o centro de nossa galáxia. É um raro alinhamento cósmico. Acontece uma vez a cada 26.000 anos” diz o pesquisador da cultura Maia John Major Jenkins, autor do livro Maya Cosmogenese 2012. No final de um ciclo de aproximadamente 26.000 anos a Terra e o Sol alinham-se (da perspectiva da Terra) com o centro da Via Láctea provocando

geralmente um evento solar de grandes proporções, o que acelera a mudança dos polos magnéticos da Terra (fenômeno natural), podendo trazer grandes catástrofes naturais. Isso não significa que o Planeta e a humanidade serão destruídos, mas sim, que o mundo e a sociedade como atualmente conhecemos po-

derão transformar-se drasticamente. A ciência já começa a reconhecer sinais que indicam mudanças iminentes: modificações significativas nos campos magnéticos, terrestre e solar e alterações climáticas dentre outros.

O Ressurgimento de um período Áureo O Seguinte texto extraído do Chilam Balam diz: “Ao final do último Katun haverá um tempo em que estarão imersos na escuridão, mas logo virão os homens do Sol trazendo o sinal futuro. Despertará a Terra pelo norte e o poente, o Itza despertará.” Embora o calendário Maia de Contagem longa termine em dezembro de 2012, eles não afirmavam que o mundo chegará ao fim, mas sim que um novo período se iniciará. É o momento em que nosso Sistema Solar sairá da noite para o amanhecer galáctico, o início da formação da 6ª raça planetária, que viverá em uma Terra transformada. Estes, segundo os Maias, serão “os Filhos do 6º Sol”. Portanto, segundo eles, 2012 não é um fim, mas a oportunidade de um novo começo, à partir do conhecimento e da transformação de nossa própria realidade. Esta idéia concorda com uma sabedoria que se apresenta de forma universal em todas as culturas que povoaram nossa Terra. Ponto ainda importante a ressaltar é que tal transformação necessitará de um grande esforço individual, consciente e voluntário, com exigência para uma humanidade que habitará um período áureo, no qual, como relata o Chilam Balam, o despertar se verá pelo norte e pelo poente. • Eduardo Garcia Ávila Lima ► 13


Revista

NATUREZA E SAÚDE

Elementoterapia,

Herança de uma Sabedoria As enfermidades se originam pelo desequilíbrio em nosso comportamento emocional, mental e psicológico e pela desarmonia do sistema de vida que todos levamos...

Plantas medicinais e Homeopatia

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esvelar os mistérios da Criação e de si mesmo, aprimorar-se física, mental e espiritualmente é, desde os primórdios da humanidade, o que persegue o homem que se move por idéias solares. Paralelamente a essa busca, cresce o conhecimento relacionado aos diferentes métodos de cura e origem das enfermidades. Os povos antigos, à medida que aprofundavam seu conhecimento acerca da Natureza Humana, compreendiam a relação que existe entre o homem e as forças do Cosmos. Desta forma, a aquisição não se restringia apenas a uma área específica e isolada do conhecimento, e sim resultava de maneira integrada, cuja abrangência estendia-se até os limites da percepção Humana. Quando compreendido sob o prisma do Som, por exemplo, cada órgão era relacionado à vibração de uma nota musical ou um conjunto de notas que produzia uma harmonia específica. Submetido o organismo a tais vibrações, este se sanava ou nele eram desenvolvidas determinadas potencialidades. Nos templos Orientais do Himalaia à Índia, os mantras e seus tons precisos produziam o êxtase da adoração, a cura das 14

enfermidades e dirigiam os mortos nos rituais funerais. No império Macedônico, Herófilo regulava a pressão arterial segundo a escala musical que correspondia à idade de cada paciente.

Homem, um Mapa Astrológico Relacionado com o espaço sideral, o homem era desenhado segundo o mapa astrológico dos povos antigos. Cada constelação, estrela, planeta ou corpo celeste eram vistos como agrupamentos nervosos, sistemas de fluxo de fluidos, tecidos ou órgãos. O Homem e o Cosmos eram entendidos como um só. O equilíbrio biológico estava para o Homem na mesma proporção que os astros estão para a Natureza. Desse conhecimento derivou grande parte da medicina chinesa e o conhecimento acerca das plantas e suas propriedades curativas. Uma vez que cada vegetal é entendido


Gnosis como a condensação de determinadas forças cósmicas, o Microcosmo homem pode ser curado e equilibrado mediante a dose exata de tais princípios potencializados nas plantas. Assim, os chineses mapearam as principais linhas energéticas do organismo, estabelecendo sua medicina tradicional. A medicina Ayurvédica dos Hindus está fundamentada no equilíbrio energético oriundo de tal percepção. Paracelso, astrólogo e médico medieval, exprime que cada planta, vegetal ou animal possui um ânima, uma essência, um princípio cósmico que peregrina dentro de uma escala evolutiva desde organismos mais simples até o Homem. Esse conhecimento concorda assombrosamente com a Roda do Samsara dos Tibetanos e os Mistérios Egípcios do Arcano 10, sendo o homem a resultante última das equações celestiais. As culturas serpentinas jamais conceberam o homem por partes, mas sim integrado e relacionado a toda a Natureza. Os Incas da América pré-hispânica, por exemplo, entenderam que o seu ambiente tem a mesma importância que seus órgãos internos. Perceberam a mata, os riachos, as montanhas como órgãos vitais externos de seu próprio organismo. Para eles cada animal que lhe serviu de caça, cada planta que lhe serviu de alimento e o córrego de águas do qual bebeu converteram-se nele mesmo, sendo o local de seu nascimento e crescimento tão vital como as batidas de seu próprio coração. Esse é o sentido dos Puccariscas, a alma do Inca, a terra natal da qual ele é a resultante última.

A Cura nas diversas culturas Como o homem é um universo em miniatura com todos os planetas e constelações dentro de si, quando algum órgão deste corpo se desequilibra ou se desarmoniza, semelhante a um corpo celeste que sai de sua órbita, aparece fisicamente

uma enfermidade e, no âmbito mental e emocional, uma enfermidade psíquica. Mediante esse conhecimento, os antigos médicos e magos da Pérsia, Egito, Tibet, Índia, eram capazes de predizer que tipo de enfermidade uma pessoa sofreria no futuro analisando o momento de seu nascimento e a correspondente conjunção astrológica. Entendiam ainda que as forças curativas são auto-conscientes e dirigiam-lhes súplicas, conjurações e orações por meio de procedimentos ritualísticos. Lembremos os grandes rituais Egípcios no processo de mumificação que utilizavam aromas e unguentos sagrados para embalsamar o corpo; os cristãos que sempre utilizam perfumes, incensos e extratos vegetais em seus rituais; os astecas e maias que sempre ritualizavam frente à natureza para suas colheitas, entre diversas outras manifestações culturais do oriente ao ocidente que expressavam o conhecimento do manejo da magia da natureza e do cosmos. Hoje cada vez mais o homem tem buscado os métodos naturais como fonte de cura e qualidade de vida. São diversas as técnicas e terapias naturais que nos equilibram a mente, emoções e principalmente nossa parte física. Logra-se assim uma correta relação entre mente e espírito. Porém, é fundamental que não esqueçamos, à semelhança dos povos antigos, que mais além da parte física existe uma parte anímica, consciente e inteligente, que necessitamos também manejar para nosso proveito. A utilização consciente de tais inteligências e forças geratrizes traduzem-se na Elementoterapia, ciência própria do Gnosticismo Universal que permite ao indivíduo beneficiar-se da grande Mãe Natureza e das forças siderais para os mais diversos fins, sobretudo na cura das enfermidades. •

Luis Henrique A. Brandão 15


Revista

ANTROPOLOGIA E CIÊNCIA

O Número Áureo

N Concha de Fibonacci

as diferentes dimensões da Natureza, a criação exige equilíbrio perfeito quanto às proporções entre suas substâncias primordiais. No mundo subatômico, o desequilíbrio entre as cargas resulta em caos desastroso. As moléculas são muito exigentes quanto às condições para que resultem as reações adequadas. Na dimensão dos organismos biológicos, muitas vezes pequenas variações são o suficiente para que a vida se cesse. A Natureza ensina suas leis silenciosamente por meio de suas criações repletas de harmonia. Harmonia essa visível a qualquer olhar, porém nem sempre compreendida. Dentre as matemáticas divinas das quais se utiliza a Natureza para suas criações está a relação áurea. Trata-se de uma constante matemática manifesta nas distintas dimensões do Cosmos. Aparece na geometria do som, no crescimento das folhas, na geometria do caracol dos caramujos, no crescimento e desenvolvimento dos vegetais, na proporção entre abelhas fêmeas e machos em qualquer colméia. No corpo humano, dá a harmoniosa proporção da altura em relação ao umbigo, do ombro à ponta do dedo, a medida do cotovelo à ponta do dedo, o tamanho dos dedos em relação à dobra central até a ponta, a estética e beleza da face, entre outras. Dentro das culturas serpentinas observa-se um profundo respeito e um esforço para que as 16

manifestações da arte e da sabedoria sejam construídas fundamentadas em tal relação. No Antigo Egito é evidente o cuidado em guardar a proporção áurea na construção dos hieróglifos e das pirâmides. O olho de Ra, o escaravelho, o desenho de pés, braços e mãos e até mesmo a escrita dos papiros fundamentam-se na relação áurea. Na Grécia Antiga, os pitagóricos fizeram dessa relação seu símbolo imortal por meio do pentagrama. Contudo, na construção da estrela pentagonal, os pitagóricos não conseguiram exprimir como quociente entre dois números inteiros a razão existente entre o lado do pentágono regular estrelado (pentáculo) e o lado do pentágono regular inscritos numa circunferência. Quando chegaram a essa conclusão ficaram muito espantados, pois essa ideia era muito contrária a toda lógica que conheciam e defendiam. Surgia assim o primeiro número irracional. Um paradoxo, uma vez que se apresenta em toda a criação. Muitas outras manifestações culturais ao longo da história dos povos guardam relação com o número áureo. Dentre elas finalizamos nossas citações com as obras Renascentistas de Leonardo Da Vinci, onde se observa evidente a relação áurea na Monalisa e no Homem Vitruviano.

O Número Áureo e a Personalidade Todas essas evidências nos sugerem também a importância fundamental de tal relação nos estudos gnósticos. Se o conhecimento do número áureo permite tantas criações harmoniosas no mundo exterior, o que resultaria se aplicada no mundo anímico, interno ou psíquico, onde se realizam as criações transcendentais que dão ori-


gem aos gênios de todas as épocas? Samael Aum Weor define a chave da genialidade como a relação harmoniosa entre o desenvolvimento da personalidade e da essência humana. Tal relação é áurea. Na personalidade se acumula o conhecimento proveniente das experiências adquiridas na vida eventual. Na essência se expressam os valores inatos da vida espiritual. Na personalidade temos o conhecimento empírico que, como sustenta Aristóteles, advém do “Peripato”, do passo a passo, da peregrinação humana de circunstância em circunstância, eventos sucedidos e precedidos por outros eventos que transcorrem na linha do tempo. Na essência está o inato e o atemporal, o conhecimento que, como sustenta Sócrates e difunde Platão, necessita vir à

Luz, ser parido. Já a personalidade temporal, seu crescimento e desenvolvimento, como nos sugere Rafael

Sanzio em sua pintura “A Escola de Atenas” (ao lado), é a linha horizontal, simbolizada pelo livro carregado por Aristóteles. Platão por sua vez carrega o livro na vertical, símbolo do inato, da essência e do puramente espiritual. Essas duas linhas, portanto, simbolizam duas classes distintas de conhecimentos: o conhecimento da vertical e o conhecimento da horizontal. Da perfeita relação entre essas duas linhas, destes dois traçados, representando também a personalidade e a essência, advêm homens e mulheres geniais. Se surpreendentemente submetermos o traçado vertical à relação áurea e, no ponto de enlace, sobrepormos o traçado horizontal, obteremos como símbolo resultante algo que dispensa explicações. A áurea relação entre os dois mundos, o interior e o exterior, a personalidade e a essência, nos remete extraordinariamente ao dinamismo

revolucionário dos mistérios crísticos de todas as épocas.

Glauber Fonseca Silveira 17

Papiro Rhind

Gnosis


Revista

INSTITUCIONAL

Curso de Gnosis

A

Ciência e Cultura do Homem em Busca do Ser

Gnosis é a Sabedoria Universal plasmada em cada átomo, em cada Estrela, em cada Sol e depositada na Consciência Humana. A sua origem é tão antiga quanto a existência do Universo e do próprio Homem e é Universal, pois abarca o conhecimento de todas as coisas. Esta sabedoria é um funcionalismo natural da Consciência Humana e possibilita o conhecimento do Espírito e da Matéria, do Universo e do Átomo, de Deus e do Homem. É um conhecimento transcendental e transformativo, pois uma vez posto em atividade, possibilita a Transformação Radical e completa do Ser Humano. Podemos afirmar que aquele que pratica e vive este ensinamento se converte em rei e senhor de si mesmo e da criação, transformando-se em um Homem no sentido mais completo da palavra. Permite que o ser humano conduza a sua existência fundamentada nos princípios e leis que deram origem à Criação e ao Próprio Homem. Leva ao Homem cristalizar e desenvolver lhe permite realizar a viajem de regresso à pureza e nobreza perdida ao longo da história desta humanidade Esta sabedoria é a fonte de todo conhecimento humano e tem quatro fundamentos que são a Ciência, a Filosofia, a Arte e a Religião e se sintetiza em três fatores ou princípios que vividos nos levam a exercer a plenitude da Consciência Humana 18

A AGEACAC, como Instituição Gnóstica, nos convida a realizar o Curso de Gnosis que como num autêntico Curso de Autoconhecimento e realizado de forma gratuita e sem distinção de nenhuma espécie ensinando a todos os participantes as técnicas e ferramentas que nos levam a despertar o grandioso caudal de sabedoria que temos em nosso interior que nos permitem conduzir sabiamente nossa existência e ir gradativamente desenvolvendo as infinitas possibilidades humanas. Este curso tem a duração de três meses e aborda as diversas áreas da Sabedoria Gnóstica, a saber: psicologia, filosofia, metafísica, alquimia, biognosis e antropologia. Procure, em sua cidade, nossos cursos ou entre em nosso Site: www.ageacac.org.br

Vinícius Audino


Gnosis

Alguns temas abordados durante o curso: • • • • • • • •

Os mistérios da Vida e da Morte Os Sonhos e seu significado O Despertar da Consciência Os 7 corpos do homem e as dimensões A Essência e a Consciência Evolução, Involução e Revolução Os Chakras e as faculdades psíquicas Os 7 centros da Máquina Humana • Retorno e Recorrência • Os Elementais da Natureza • O Mundo Astral e os Desdobramentos.

Conferências Públicas

Veja Algumas das Cidades onde a AGEACAC ministra conferências:

Cascavel - PR

São José - SC

Campinas - SP

Cursos gratuitos • Outras conferências:

A Máquina Humana e o Bem-estar integral ► Alquimia Desvelada ► O Despertar da Consciência ► Desdobramento Astral ►

Mistérios da Vida e da Morte ► Personalidade, Essência e Ego ► Meditação ►


Conferência Pública : 2012 - Mitos e Verdades A engrenagem cósmica Maia assinala o ressurgimento de um novo Período Áureo precedido por grandes Revolu;óes da Natureza e da Consciência Para saber mais acesse o Site:

www.2012mitoseverdades.net Conferência Pública : Curso de Gnosis O encontro conigo mesmo com a natureza íntima e autêntica de cada quem, exige uma didática revolucionária própria do Conhecimento Gnóstico Para saber mais acesse o Site:

www.CursodeGnosis.net Conferência Pública : Saúde e bem-estar

A repentina mudança na forma de viver torna obsoleto oo organismo humano modelado a milhares de anos pela Natureza. Saiba como utilizar-se da sabedoria milenar do Ocidente e do Oriente para harmoni zar-se nos novos tempos. Para saberr mais acesse o Site:

www.SaudeEBemEstar.in Informe-se pelo site:

www.ageacac.org.br


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