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A OCULAR DA ANTROPOLOGIA GNÓSTICA
expressão de um povo é a resultante de valores que cada um de seus indivíduos é capaz de assimilar. Das relações entre os indivíduos surge um organismo social com vida própria que é o objeto de estudo da Antropologia. O contato com organismos sociais diferentes promove no investigador um choque cultural, um confronto frente aos valores que dirigem sua existência, o que pode conduzi-lo à construção de uma identidade própria, autêntica. Infelizmente, tal possibilidade tem se perdido na postura etnocêntrica e imediatista de rechaço ao que lhe é diferente e identificação com o que lhe é igual. Adotar uma identidade cultural fundamentada em afinidades e rechaços é sinal inconfundível da incapacidade de identificar o que lhe é agregado, internalizado desde os primórdios de sua formação humana e que, portanto, não lhe são próprios. Estruturar metodologicamente tal percepção subjetiva tem conduzido os estudiosos a um olhar preconceituoso às culturas do passado, sustentado na ótica unilateral do desenvolvimento tecnológico que classifica as culturas antigas em posições inferiores da escala de Desenvolvimento Antropológico. Tal percepção é própria de uma cultura que só entende como conhecimento o epistemológico, adquirido por meio da observação do mundo exterior. Contudo, frente à ótica do conhecimento dos mundos internos, anímicos ou psíquicos do Homem e da Natureza, campo de abrangência do Conhecimento Gnóstico, a posição na escala de desenvolvimento dos povos poderia até mesmo inverter-se. Portanto, a Antropologia Gnóstica vai mais além de uma percepção relativista. Esta é capaz de absorver de forma ampla o conhecimento de povos como Egípcios, Caldeus, Persas, Tibetanos, Astecas, Maias, Incas entre outros. Em um passado, a este passo se opunham os dogmas religiosos, hoje se opõem os dogmas científicos do meramente material e tangível. Direção da AGEACAC
Realização:
Revista
Gnosis
EXPEDIENTE DIREÇÃO GERAL: Vinícius Pires Dias Teixeira DIREÇÃO ADMINISTRATIVA: Daniel de Queiroz Barbosa DIRETOR EDITOR: Demian Reinhart DIREÇÃO DE ARTE: Pablo João da Costa Rafael Rizzato Ribeiro ARTE FINAL: Rafael Rizzato Ribeiro REVISÃO DE TEXTO: Simone Rocha de Queiroz COLABORADORES: Douglas Aparecido Remonatto Isadora Freitas Robalinho Ivan Jesse Martins Karoly Vieira Jardim Ramos Lucas de Souza Bach Pablo João da Costa Raul Marcelo Oliveira Vinícius Audino Wagner da Silva Marcarini Revista Gnosis nº7 1º Semestre de 2012 Tiragem: 34.000 exemplares
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Sumário Geral
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Prana, a Vida contida no Ar Os Mistérios da Câmara Nupcial Afinidades Psicológicas Os Mistérios do Antigos Nórdicos As Percepções da Realidade
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Eros, Filos e Ágape Curso de Gnosis
METAFÍSICA
O Mahavantara e o Pralaya são o fluxo e refluxo da vida em sua gigantesca expressão absoluta.
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s Hindus afirmam que no ritmo cósmico da Criação existem dois grandes movimentos: o Mahavantara e o Pralaya. Esse é o fluxo e refluxo da vida em sua gigantesca expressão absoluta. O desdobramento dessa lei em todas as dimensões e esferas resultam no que os chineses reconhecem como o equilíbrio das forças complementares (Yin/Yang). Assim, de par em par, o Universo vai se construindo desde o “macro” até o “micro”. Como assevera Hermes Trismegisto: “Assim como é em cima, é embaixo”, dentro de nosso organismo humano expressa-se o fluxo e refluxo universal da própria vida através da inspiração e da expiração. Os orientais
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Revista
asseveram simbolicamente que quando inspiramos nascemos e quando exalamos morremos. Esse ritual da vida e da morte, contido no minúsculo e quase imperceptível ato de respirar, indica todo o mistério da relação do homem com o insondável. A respiração em seu caráter “involuntário” nos ordena a viver, e respiramos sem perceber que o estamos fazendo. Esse “ato”, em sua estrutura fisiológica, permite os complexos processos de perfusão pulmonar, viabilizando a limpeza sanguínea e levando a vida para os rincões mais distantes de nosso corpo físico. Sem o sangue arterial e limpo a necrose mata a vida em qualquer parte do corpo. Porém respirar relaciona-se apenas com a fisiologia? Deve ser apenas um ato mecânico? De acordo com a Gnosis e fundamentado nas tradições espirituais antiquíssima dos orientais, afirmamos que não. A respiração é um poderoso recurso para controlar a mente, as emoções, aumentar o nível de vitalidade, o potencial energético, ampliar a circulação sanguínea cerebral, melhorar a saúde e mais ainda, regenerar a vida. Contudo, o que vem a ser o Prana? Inicialmente pensamos em ar, entretanto esse termo que tem suas raízes na Índia, também é conhecido na China como Chi, entre os japoneses como Ki, e alguns referem-se ao Prana como Energia Vital. Pranam (pra=antes + an= viver, respirar): antes da vida respirar? O que significaria isso? No Upanishad, com as antigas escrituras Hindus, compreenderemos melhor. Prãna = “Sopro de vida, a energia vital universal que permeia o cosmos”. Isso confirma Paracelso em sua Chave da
Gnosis Alquimia: “A universalidade das coisas se sustentam no ar e pelo ar, o Ar provém do Bem Soberano e existiu anteriormente à todas as criaturas”. O Prana (Ar) como fonte de vida tem sua origem em todas as tradições religiosas, em Gênesis (cap 2, vers 7) diz: “então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Deus concede a vida, como atributo, através do ar, e a forma como utilizaremos essa força e energia ao longo de nossa existência terrena fará a diferença entre uma vida cheia de vigor e saúde ou doentia e apagada. Reside na respiração o domínio da chama que impulsiona a própria vida. Diz um sábio: “Prana é o grande alento. Prana é a vida que palpita em cada átomo como palpita em cada sol. O fogo arde por Prana; a água flui por Prana; o vento sopra por Prana; o sol existe por Prana; a vida que temos é Prana...”.
Portanto há que saber controlar essa força em nós e isso o podemos fazer através dos Pranayamas, que é a Ciência do controle da respiração. Uma técnica muito utilizada para esse fim é o Pranayama Egípcio. É importante compreendermos que existe uma estreita relação entre a respiração e as emoções. Se estivermos atentos, poderemos observar que os pensamentos provocam emoções e essas resultam muitas das vezes em uma “ação física” que pode ser desastrosa para a nossa vida. Que homem e que mulher desejará ser um títere das circunstâncias, desejará ser apenas uma vítima dos eventos cotidianos? Para evitarmos isso deveremos nos dedicar disciplinadamente à ciência do trabalho espiritual. Necessitamos despertar e eliminar dentro de nós as debilidades e vícios, e com a força advinda desse trabalho poderemos realizar uma profunda transformação em nossa vida. • Raul Marcelo Oliveira
Prática do Pranayama Egípcio 1. Com o dedo indicador da mão direita feche a narina esquerda para que inale o ar somente pela narina direita, até encher os pulmões. 2. Feche agora também a narina direita, usando o polegar. Retenha o ar por alguns momentos. 3. Abra agora a narina esquerda e comece a exalar o ar lentamente somente por essa narina. 4. Esvaziados os pulmões, comece a inalar agora somente pela narina esquerda, lentamente. Quando os pulmões estiverem cheios, feche ambas as narinas. 5. Retenha o ar nos pulmões por alguns segundos. 6. Abra a narina direita e comece a exalar o ar lentamente, até esvaziar os pulmões. Estes seis pontos formam um Pranayama completo. Repita por quantas vezes desejar. 5
ANTROPOLOGIA E METAFÍSICA
Revista
Os Mistérios da Câmara nupcial "Há décadas a cultura ocidental vem sendo sacudida em suas crenças religiosas com as descobertas sucessivas de papiros e escrituras dos primórdios cristãos" "Do céu, o Pai lhe enviou o seu homem, que A descoberta dos códices de Nag Hammadi é o irmão dela, o primogênito. Então o noivo (um grupo de textos antigos encontrados em desceu até a noiva (...) E ela se purificou na uma urna), no Alto Egito cerca de sessenta câmara nupcial (...) anos atrás, provocou Pois desde que aquele alguns debates sobre os fascinantes mistérios do "É da água e do fogo que a alma e o espírito matrimônio não é como cristianismo primitivo. vieram a vida. É da água, do fogo e da Luz o matrimônio carnal, Uma das questões mais que o filho da câmara nupcial [veio a vida]. aqueles que forem intrigantes para os O batismo é o prédio "sagrado". A redenção ter relações sexuais um com o outro serão estudiosos é o mistério é o "sagrado do sagrado". O "sagrado do satisfeitos com aquela do "sacramento da mais sagrado" é a câmara nupcial. O Câmara Nupcial", descrito batismo inclui a ressurreição e a redenção: a relação sexual. E como sendo uma obrigação, redenção acontece na câmara nupcial. especificamente no Evangelho de Filipe como Aquele que foi ungido possui tudo. Possui a deixarão para trás um meio para alcançar ao ressurreição, a luz, a cruz e o Espírito Santo. o aborrecimento do O Pai o ofereceu isso na câmara nupcial." desejo físico e virarão Cristo. suas faces um do Esses mistérios Trechos do Evangelho de Filipe outro[...] Mas assim também estão presentes que estiverem unidos no evangelho "A Exegese um com o outro, da Alma" assim como no eles se tornarão uma única vida (...) Esse Evangelho de Tomé, Evangelho dos Egípcios, matrimônio os colocou juntos novamente e a Hipótese dos Arcontes e muitos outros. alma foi unida ao verdadeiro amor dela (...)" 6
Gnosis
A Exegese da Alma Apesar das referências explícitas às relações conjugais nos textos de Nag Hammadi, alguns estudiosos insistem em interpretar esses textos com o dogma cristão oficial, vendo o sacramento da Câmara Nupcial como uma união alegórica. Em todo caso, a descoberta de que o cristianismo tem em suas raízes o ato sexual como algo sacro (sagrado e poderoso) e que o próprio Jesus o tenha praticado como um sacramento e um caminho espiritual, ainda que possa soar assustador para muitos de nós, é uma evidência que amplia sobremaneira a apreensão da mensagem cristã. É obvio que em uma sociedade tradicional que foi levada a pensar que o sexo é algo pecaminoso, nada mais conveniente que atribuir a Jesus a condição de celibata. Contudo não é apenas o dogma do sexo como sinônimo de pecado o que não permite-nos uma apreensão de um Jesus como um homem normal. Perceber Jesus como um homem que um dia teria sido como qualquer outro, e que por um trabalho espiritual chegou à Cristificação destruiria a imagem de Jesus divinal desde a concepção, inumano, intocável e inatingível. Devemos ainda observar que a datação por
carbono 14 indica que alguns códices de Nag Hammadi, como o Evangelho de Tomé, são possivelmente anteriores aos evangelhos canônicos do Novo Testamento, o que significaria dizer que estes evangelhos, censurados pela igreja, podem contar mais sobre o início do cristianismo e toda sua diversidade do que os quatro evangelhos contidos na Bíblia.
O Legado da Câmara Nupcial Mary Sharpe, professora da Universidade de Cambridge nos EUA e especialista em Teologia e História das Religiões, em sua tese intitulada “Sexuality and the Sacred in Gnostic Literature”, afirma que o "sacramento da Câmara Nupcial", mencionados nesses evangelhos apócrifos, faz referência sim à união sexual carnal de um casal, mas não como um ritual de fertilidade e muito menos para produzir a prole física. O Sacramento da Câmara Nupcial parece ser antes de mais nada um segredo, um
"E haviam três que andavam com o Senhor: Maria, sua mãe, sua irmã e Madalena, aquela que era chamada sua companheira. E a companheira do Salvador era Maria Madalena. Cristo amou Maria mais do que todos os discípulos, e costumava beijá-la frequentemente na boca. Os demais discípulos se ofendiam com isso e expressaram seu descontentamento. Eles disseram "Por que você a ama mais do que a nós?". O Salvador respondeu-lhes, "Por que eu não vos amo como a amo?". Grande são os mistérios do matrimônio, pois sem ele o mundo não existiria. (...) pense no relacionamento pois ele é sagrado (...)" Evangelho de Filipe 7
ANTROPOLOGIA E METAFÍSICA
mistério que mostra uma concepção imaculada do sexo, resultante de um amor divinal. Esta concepção levaria ao tão procurado segundo nascimento do qual Jesus fala a Nicodemos quando o que se nasce é o Cristo Interior, o Filho do homem. "Se há uma qualidade oculta no casamente de mácula, o que de mais existe no casamento imaculado é um verdadeiro mistério. Os mistérios da verdade são revelados, mas em tipo de imagens. A câmara nupcial, entretanto, permanece oculta. É o Sagrado do Sagrado. Mas os mistérios daquele matrimônio são consumados no dia e na luz. Nem esse dia nem sua luz jamais se põem. Se alguém se tornar um filho da câmara nupcial, ele receberá a luz." (Evangelho de Filipe)
Aperfeiçoamento Individual Antes de mais nada, os mistérios da Câmara Nupcial nos relembram o poder de criação que nossa energia sexual possui, pois quando um casal está unido ele tem poder de criar como Deus, e dar vida a outros seres humanos. Os mistérios da Câmara Nupcial indicam que essa energia poderosa deve ser usada também para nosso cami-
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Revista nho espiritual. "Todos estarão vestidos de luz quando entrarem no mistério do sagrado abraço. Este sagrado abraçar oferece retorno ao estado edênico em que Adão e Eva ainda não tinham sido levados" (Evangelho de Filipe) A aparente incompatibilidade existente entre o "sagrado" e a "sexualidade" estão expressos de uma maneira universal num dualismo que é evidente na maioria dos escritos espirituais e filosóficos. O segredo da união destes dois polos aparentemente opostos em um só ato, nas palavras de Samael Aun Weor: guarda a chave da Auto-realização, o grande tesouro gnóstico escondido no fundo de todas as religiões arcaicas, os mistérios do Maithuna, constituído na união do homem e da mulher sem mácula. "É necessário compreender o que são as imaculadas concepções, é necessário saber que só com o Matrimônio Perfeito nasce o Cristo no coração do homem." Samael Aun Weor • Douglas A. Remonato
Gnosis
PSICOLOGIA
Afinidades Psicológicas
São as Afinidades Psicológicas que nos fazem gostar de alguém sem um motivo aparente ou ainda não suportar a presença de determinado tipo de pessoa ou pessoas, sem que exista um porquê. Ainda sobre os fenômenos que envolvem a questão, estão as situações nas quais mesmo antes de se ter algum tipo de contato ou conversa com uma pessoa que se acaba de conhecer, ou seja, apenas com uma primeira impressão, já existe um posicionamento favorável ou contrário em relação a ela.
Simpatia e Antipatia As Afinidades Psicológicas fazem parte de um conjunto de processos psíquicos involuntários e inconscientes, ou seja, não percebemos tais fenômenos ocorrendo ainda que determinem grande parte de nosso comportamento. O grande responsável por tais processos é o estado psicológico do ser humano, que cada dia, de forma mais intensa, perde o controle de sua mente e de seus processos mentais em virtude da identificação com o mundo e com as circunstâncias de todos os tipos. Cada pensamento emitido por nós gera uma determinada onda no espaço, a qual é propagada, gerando uma vibração. Esta vibração cria uma atmosfera ao redor da pessoa, que é o que a caracteriza e, por afinidade vibratória, faz com que os indivíduos busquem se relacionar uns com os outros, movidos por uma força invisível que se chama “afinidade”. Isto é muito fácil perceber em nossa sociedade: os amantes das festas gostam de conversar e conviver com pessoas que tem os mesmos gostos e forma de pensar; o mes-
mo ocorre com todos os tipos de pessoas, tais como músicos, artistas, políticos, religiosos, desportistas, etc. Desta forma atraímos ou repelimos situações, pessoas e eventos ao longo da vida. Podemos sintetizar em um provérbio da sabedoria popular: “Me diga com quem andas e te direi quem és”. Pois as relações que possui uma pessoa são a exteriorização da sua forma de pensar, sentir e agir em sua vida. Finalizamos com uma frase do grande sábio Hermes Trismegisto: “Assim como é em cima é embaixo, assim como é dentro é fora, assim como é no macrocosmo é no microcosmo homem.”• Ivan Jessé Martins
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ANTROPOLOGIA
Revista
O Segredo dos antigos nórdicos "A mitologia germânica é nórdica. A Sabedoria vem do Norte..., o berço da humanidade está no Norte... A Sabedoria oculta veio do Norte à Lemúria, e da Lemúria passou à Atlântida." Samael Aun Weor
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inda que o Livro Sagrado dos Povos Germânicos, os Eddas Alemão, tenha seu primeiro registro em língua escrita no século X d.C, a Sabedoria Nórdica deve ser considerada a raiz do conhecimento esotérico da humanidade. Um breve olhar acerca dos mitos nórdicos assombra os religiosos e estudiosos de qualquer latitude, frente ao conteúdo valorativo de suas narrativas que convergem com os princípios religiosos que vão desde o Egito até os Cristãos Primitivos. Foram estes últimos que, assombrados com a transcendência do Mito de Odin registraram os Eddas Poéticos em 1056. A imagem mais relacionada aos nórdicos é a dos guerreiros Vikings – do escandinavo, relativo a 'vig' - batalha . Estes, moldados pelas tormentas de ar, pelos mares furiosos e tempestades de gelo, se tornaram os mais hábeis navegadores de sua época que, somada a carac10
terística combativa própria dos filhos de Odin, resultou em terror para os povos europeus entre os anos de 793 a 1066. Com seus Navios Dragões, povoaram o nordeste da Rússia, Groelândia, Islândia e chegaram até mesmo às Américas, dirigidos por Érick o Vermelho, 500 anos antes das navegações portuguesas e espanholas. Estabeleceram reinados entre os povos germânicos, sendo estes os principais responsáveis pela transmissão e difusão da Sabedoria Nórdica. Mas não apenas de guerreiros se compunham os Nórdicos. Certamente, haviam entre eles os que amavam a terra, a agricultura, a forja dos metais e que cultuavam outros Deuses como Thor e Freya. De fato, historiadores contemporâneos atribuem aos Nórdicos grande responsabilidade na formação da Europa, que vão desde a tecnologia de navegação à formação estrutural das cidades européias. Os clichês que apresentam os nórdicos como selvagens e ignorantes não são mais que fruto da imaginação sensacionalista surgida em meados do século XX e que em muito pouco ou nada retratam uma realidade. As raízes da Cultura Nórdica, nas palavras de Samael Aun Weor, se perdem na noite dos séculos e originam-se da Ilha Sagrada do Norte, a misteriosa Thule, situada no que hoje é o círculo Polar Ártico. A tradição oral fez com que a Mitologia Nórdica atravessasse os séculos, sendo uma herança divina de imenso valor.
Gnosis
A Mitologia Nórdica Qualquer datação da origem da mitologia nórdica não passará de mera especulação. Os Eddas são frutos do trabalho arqueológico de monges cristãos que, buscando recolhimento espiritual nas Terras do Gelo (Ice Land, Islandia), registraram os poemas épicos dos povoados que estabeleceram assentamento por aquela região. Portanto é um erro relacionar a data destes documentos à origem da Sabedoria Nórdica. Ragnarök, o Apocalipse Nórdico Nesta Mitologia, também se destaca as narrativas do Ragnarök que significa literalmente “O destino final dos Deuses”. O Ragnarök é explicado ou mencionado em vários poemas relacionados ao Edda poético, em particular no Völuspá, e na parte do Edda em prosa chamada Gylfaginning. No Ragnarök encontramos a causa da Degeneração Humana e o caminho que se deve trilhar para recuperar valores humanos e espirituais. Metafísica Nórdica Os Nórdicos conheciam as Dimensões Superiores da Natureza. Em sua Mitologia, nos
falam de Nove Mundos ou Dimensões. Uma das grandes máximas da Sabedoria é que tudo que existe dentro também existe fora e que tudo que há em cima há embaixo. Baseado nisto, podemos comprovar que as Dimensões Superiores da Natureza existem em nosso interior e que para cada dimensão da natureza o homem possui um corpo ou veículo para nelas se desenvolver.
Os noves Mundos Nórdicos Asgard Midgard Jotunheim Vanaheim Alfheim Musphelhein Svartalfheim Nidavellir Niflheim 11
ANTROPOLOGIA
Yggdrasil Representação da Árvore do Conhecimento
Yggdrasil é a Árvore da Vida da Kabala, é a expressão das dimensões superiores e inferiores da Natureza. Nas suas raízes, que se espalhavam pelos Nove Mundos, as profundas estão situadas em Nifheim, os mundos subterrâneos, vivo simbolismo das Regiões Inferiores da Natureza. O tronco era Midgard, o mundo físico, o Malkut da Kabala Hebraica. A parte mais alta, que se dizia tocar o Sol e a Lua, chamava-se Asgard "A Cidade Dourada", a terra dos Deuses, o Olimpo Grego, e Valhala ("O Salão dos Mortos"), local onde os guerreiros eram recebidos após terem morrido, com honra, durante as batalhas (a maior batalha que o ser humano deve travar é contra sua natureza infra-humana: o Ego).
O Mito de Odin, o Sacrifício pela Sabedoria e as Runas Desde seu nascimento, Odin sentiu-se ávido por alcançar a sabedoria. Descobriu que nas raízes de Yggdrasil encontrava-se um poço, custeado pela cabeça da Deusa Mimir, o qual conferia sabedoria para aqueles que bebessem de sua água. 12
Revista Mimir era uma Deusa que havia sido decapitada e impôs a Odin a condição de sacrificar um de seus olhos, entregando-a, para beber da água do poço. Odin não hesita, entrega um de seus olhos para adquirir a sabedoria e conhece coisas inefáveis, explendores restritos aos ávidos buscadores da verdade. O que lhe é dado a conhecer o impele a querer mais: m a i s conhecimento, mais sabedoria. Pendura-se de cabeça para baixo na Árvore Yggdrasil, ato rodeado de um profundo simbolismo e alcança as sagradas Runas. Segue o texto do Hávamál (As palavras do Altíssimo), do segundo manuscrito dos Eddas: “Sei que estive pendurado naquela árvore que o vento açoita, balançando-me durante nove longas noites,
Gnosis ferido pelo fio de minha própria espada, derramando meu sangue por Odín, eu mesmo, uma oferenda a mim mesmo; atado à árvore cujas raízes nenhum homem sabe para onde se dirigem. Ninguém me deu de comer, ninguém me deu de beber. Contemplei o mais profundo dos abismos, até que vi as runas. Com um grito de raiva agarrei-as, e depois caí desfalecido. Nove terríveis canções do glorioso filho de Bolthor aprendi e um trago tomei do glorioso vinho servido por Odrerir. Obtive bem-estar e também sabedoria. Saltei de uma palavra a outra palavra, e de um ato a outro ato...”
A escrita rúnica é antiquíssima. Os historiadores afirmam que esta existe há mais de doze mil anos. “As Runas são a escritura divina. Lembremos que a Swástica é uma Runa. As letras hebraicas não são mais do que modificações das letras rúnicas.” Samael Aun Weor A Sabedoria das Runas foi deixada aos homens por Odin, para que investigassem, para se divinizar e para obter um sábio aconselhamento quando necessário. Assim como os Heróis Solares, Odin se submete ao supremo Sacrifício, a Morte, para entregar à humanidade uma Sabedoria Divina e ressuscita glorioso e imortal. À semelhança do Osíris Egípcio, Rei da Região dos Mortos, Odin é o Pai dos Mortos Gloriosos. Morte, Ressurreição e Sacrifício são três fatores que estão em substância em toda saga solar. Indicam três fatores inerentes da transformação do homem vulgar em divino, Rei Glorioso triunfador das terríveis batalhas, que em um sentido esotérico, fazem alusão à batalha na própria natureza interna do Homem: “...ferido pelo fio de minha própria espada, derramando meu sangue por Odín, eu mesmo, uma oferenda a mim mesmo...”. De seu trono, estabelecido no Vahala, contempla os nove mundos. É já o senhor da Sabedoria e da Guerra... • Vinícius Audino
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PSICOLOGIA
Revista
As Percepções da realidade A divergência existente entre o real e a percepção humana da realidade evidencia que o homem necessita desenvolver seu aparelho psíquico.
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través dos tempos, estudiosos das diversas áreas do conhecimento, notadamente da filosofia, psicologia, biologia e neurologia, têm se questionado acerca da validade das percepções que temos da realidade. Afinal, o que é o Real? Tais questionamentos conduzem a evidenciar que o ser humano percebe apenas uma fração do real e não é capaz de perceber os fenômenos tais como são. O homem é dotado de um instrumento de cognição chamado de aparelho psíquico, que abarca os cinco sentidos, uma memória visual, emocional, mental, etc, e que permite uma interpretação das percepções, porém o fruto de sua cognição não necessariamente converge com o real. Desta forma, podemos fazer uma clara diferenciação entre o que é o Real e o que é o fruto da percepção humana. Immanuel Kant, em sua Crítica da Razão Pura, diz que não é possível conhecer a coisa em si (O Real) e sim para si (as percepções). Porém este grande filósofo de Konigsberg aclara que esta limitação é exclusiva do conhecimento empírico, aquele cuja base é a percepção dos sentidos (posteriores à experiência). Quanto às percepções que não estão fundamentado apenas nos cinco sentidos, estas sim podem conduzir à realidade a qual ele chama de conhecimento puro, que não depende dos sentidos ordinários (anteriores a experiência). 14 14
O Desenvolvimento do aparelho psíquico A divergência existente entre o real e a percepção humana da realidade evidencia que o homem necessita desenvolver dentro de si áreas de seu aparelho psíquico que permitirão a captura da real natureza dos fenômenos ou, utilizando termos orientais, a Talidade. Trata-se de um mergulhar dentro de outras dimensões inerentes ao cosmos até então não percebidas pela consciência ordinária do homem. Tais dimensões não são exclusividade apenas das obras dos grandes poetas e filósofos de todos os tempos, a exemplo de Dante Alighieri e sua magna obra a Divina Comédia, e sim são já demonstradas nas mais sofisticadas equações físicas e matemáticas, que estruturam universos paralelos coexistentes e inter-relacionados. Afortunadamente, grandes sábios da China, Pérsia, Grécia, México, Tibet, Egito, entre outros, deixaram à humanidade um grande legado ao entregar chaves para adquirir estados superiores de consciência e conhecer a realidade fenomenal. Uma delas é a Meditação, que abre as portas da percepção normalmente não acessíveis. Através da meditação podemos desenvolver o sentido maravilhoso da intuição. A intuição nos dá a capacidade de compreender sem o processo da comparação, lógica aristotélica, raciocínio e opção. É por meio desta faculdade de cognição que podemos penetrar na realidade das coisas, usando as palavras de Kant, conhecer a 'coisa em si'. Os cinco sentidos, os conceitos, idéias, dogmas, tradições, etc, como meio de conhecimento da realidade não são apenas insuficientes mas constituem obstáculos para a percepção do real, sendo urgente o desenvolvermos do aparelho
Gnosis psíquico. Ainda outras técnicas nos permitem ampliar nossa percepção, entre as quais se incluem a mantralização e o desdobramento astral que foi amplamente difundido no Egito dos Faraós. Este último consiste em despertar a consciência nas horas de sono. Nos instantes em que nosso corpo físico descansa, a consciência move-se no mundo astral ou mundo de KA, como diriam os antigos Egípcios. Quanto a mantralização, a sábia combinação de algumas letras entoadas com harmonia e concentração, esta faz com que zonas do nosso corpo vibrem por ressonância e despertem capacidades que promovem a percepção extra-sensorial. As Drogas e o aparelho psíquico Segundo a definição, as drogas são substâncias que ao serem ingeridas pelo corpo produzem alterações em suas funções físicas e também psíquicas. Tais alterações, ao invés de desenvolverem o aparelho psíquico, o degeneram. Algumas correntes de pensamento imaginam que o efeito das mesmas é sublime, produzem sensações transcendentais, sensibilizam as percepções conscientes, etc., no entanto, as
drogas produzem no usuário um estado de psicodelia, ou seja, estado no qual a pessoa se põe em contato com suas percepções mais negativas e infraconscientes. Tais substâncias desatam na psique do usuário percepções que guardam íntima relação com os desejos insatisfeitos, instintos negativos, emoções desregradas, entre outras. São estas as mais baixas expressões da consciência humana. As drogas, tais como a maconha, a cocaína, o álcool, dentre outras, além de causarem dependência, eliminam qualquer possibilidade de conjunção com as práticas citadas anteriormente para o desenvolvimento do homem, visto que destroem fundamentalmente o nosso organismo, principalmente os sistemas endócrino, nervoso e cerebral que se relacionam com o bom funcionamento de nosso aparelho psíquico. Realidade x Subjetividade Aqui temos as duas faces dos métodos de alterações dos estados psíquicos e, por conseguinte, alterações da percepção humana: de um lado estão as técnicas milenares de meditação, desdobramento astral e vocalizações; de outro, o uso de drogas e entorpecentes. A primeira conduz à ampliação da capacidade de percepção, a segunda, à redução e distorção. Enquanto uma conduz à realidade a outra conduz à subjetividade e alucinação. Uma tonifica o cérebro, sistema nervoso simpático e parassimpático, fortalece o sistema imunológico e desperta capacidades latentes. A outra torna demente a mente sã e degenera os órgãos espantosamente. Em síntese, uma conduz à vida e a outra conduz à morte, incompatíveis pela própria natureza. • Wagner da Silva Marcarini
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Revista
PSICOLOGIA
Eros, Filos e Ágape
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odemos observar ao longo da história da humanidade, em todas as formas de arte, a busca sempre constante por expressar, definir, exaltar e até mesmo compreender a este sentimento ou algo misterioso que se chama ‘Amor’. Os gregos utilizavam mais de uma terminologia para designar ao amor, sendo três muito importantes: Eros, Filos e Ágape.
Eros
Eros é o termo que se traduz em amor erótico ou sexual, é ao mesmo tempo um deus no panteão grego. Esta divindade do amor, foi mencionada na Teogonia de Hesíodo, e este lhe atribuiu o papel unificador e coordenador dos elementos da criação, sendo portanto definitivo no processo de passagem do Caos para o Cosmos. Eros, o mesmo cupido, une em matrimônio o homem e a mulher, para que estes dois possam completar-se um no outro, e consubstancializar o amor através da união sexual. Este sentimento de amor erótico, no sentido mais transcendental da palavra, só pode ser encontrado no leito nupcial dos esposos, por isso Eros une os casais...
Filos
Temos ainda o termo Filos que também significa amor, porém já se trata de uma distinta forma de amor, que seria o amor de amigos. Daí vem o termo filosofia que significa amor à sabedoria, ou amigo da sabedoria. Esta forma de amor deve estar também presente entre esposos, porque permite uma relação de confiança, respeito e companheirismo. Eros é o sentimento que nos leva a despir o corpo para o ser amado, enquanto Filos nos leva a despir a alma, para que haja uma verdadeira comunhão. Este amor de amigos, no coração puro, se estende a todos os seres da criação. 16
Ágape
Já Ágape é a expressão mais exaltada e sublime do amor. Foi sempre utilizado nos textos cristãos como significação do amor de Deus, o amor desinteressado, indistinto e incondicional. Esta forma de amor faz com que o ser humano vá muito além de sua natureza inferior e busque divinizar-se. Faz-nos ver além dos defeitos alheios, conectando-nos assim com a virtude de cada um. E ainda, nos move a querer abandonar os nossos próprios defeitos e imperfeições. Como descreve em 1 Coríntios 13: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. O amor sempre foi a maior busca da consciência humana, ainda que muitos nem o suspeitem. Todos dizem que buscam a felicidade, mas felicidade é apenas outra palavra para dizer amor. Alguns querem veementemente a sabedoria, Hermes Trismegisto dizia: “Te dou amor, dentro do qual está contido todo o summum da sabedoria”. Quando uma pessoa é religiosa, ela busca encontrar a Deus: nas Sagradas Escrituras Bíblicas está escrito que “Deus é amor”...
Gnosis No fundo íntimo, cada ser humano sofre em maior ou menor nível, porque dentro de si há muitos espaços vazios de amor, espaços onde o que reina é exatamente a antítese desta força.
A Força do Amor
O amor não é simplesmente um sentimento ou uma virtude humana, ele é a força misteriosa que organiza a todo o universo, é o que faz tudo existir, e é até mesmo o que dá verdadeiro sentido a tudo. É, nas palavras de um sábio, “a força modeladora do universo”. Esta força, ou energia divina, se expressa no gênero humano através das diferentes virtudes como caridade, humildade, pureza, honestidade, sinceridade, altruísmo, etc. O gnosticismo nos ensina que tais virtudes se encontram corrompidas, ou engarrafadas dentro do que em termos gnósticos chamamos ego, que são o oposto de cada uma destas virtudes, portanto atualmente estas virtudes praticamente inexistem dentro de cada um de nós. Necessitamos resgatá-las através de um árduo e heróico trabalho que a Gnosis, como conhecimento d o s
mistérios da natureza humana, nos propõe. Tais defeitos tornam a nossa natureza psicológica egoísta, e portanto, incapaz de amar. Esta força maravilhosa, em qualquer das formas de expressão mencionadas pelos antigos gregos, seja Eros, Filos ou Ágape, não pode ser abarcada em sua forma mais absoluta pelo ser humano em sua atual conjuntura psicológica, apenas podemos sentir lampejos disso que se chama amor. É necessária uma verdadeira regeneração e revalorização de nossa natureza para que possamos realmente encarnar o sentido de amar profundamente. Uma pequena chispa desprendida desta gigantesca fogueira, quando capturada por nós já nos faz sentir uma plenitude indescritível. Quando alguém sente algo do verdadeiro amor, nada lhe falta, nada lhe sobra. O amor nos torna capazes de todos os sacrifícios e martírios, de todos os heroísmos e atos de nobreza. Ele converte o feio em belo, o velho em jovem, o triste em alegre, e ao perverso, ele definitivamente enobrece o coração. O amor, com sua ciência e infinita magia, transforma todas as coisas dando-lhes sua verdadeira originalidade que é o divino. Ele brota através dos destroços mortais para nos dar o sentir da eternidade. Surge como a estrela da esperança na noite escura da humanidade para iluminar o nosso mundo escuro e triste. O amor transforma o deserto da vida humana em um campo verdejante, cheio de abundância, fertilidade e inspiração. Os mestres da humanidade nos exortam ao amor. É melhor amar, nos dizem eles, que acumular na cabeça muitas teorias que não nos conduzirão a lugar algum. O amor é o caminho para o Monte Olimpo, onde se consegue a imortalidade. Dizia Hermes Trismegisto: “Os homens são Deuses mortais, e os Deuses, homens imortais”. • Karoly Vieira Jardim Ramos 17
Revista
INSTITUCIONAL
Curso de Gnosis
Ciência e Cultura do Homem em Busca do Ser Gnosis é uma palavra do Grego que significa “conhecimento”. Diferente de Epistéme, que refere-se ao conhecimento fundamentado no intelecto transmitido por meio de discursos e prédicas, Gnosis é um conhecimento de tipo superior, que se sustenta na vivência e na experiência íntima realizada pela própria pessoa. A Gnosis, em si mesma, é “as excelências de tua própria casa”, conforme axioma imortalizado no Templo de Delphos: “Homo nosce te ipsum” - Homem, conhece a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses. O conhe-
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cimento transcendental do Universo e do Homem, apreensível por meio das faculdades de cognição do Ser, é a Gnosis. Seu emergir e despertar se dá através do Autoconhecimento, ou seja, o desenvolvimento harmonioso das infinitas possibilidades latentes no ser humano. Trata-se da sabedoria secreta, inerente aos grandes Mestres e Instrutores da humanidade, os quais ensinavam os arcanos da Vida em suas Escolas de Mistérios, visando transmitir a seus discípulos o modus operandi para encontrá-los dentro de si mesmos. Sempre esteve, de forma velada, no seio das grandes civilizações, que estudaram e praticaram a Sabedoria Divina. Encontramos seus vestígios e registros na Grécia, Egito, Tibet, Índia, Mesopotâmia, Pérsia e em Escolas de Mistérios como os Essênios, Mistérios de Elêusis, Zoroatrismo, Cátaros, Templários, entre outras. Para conhecer a Gnosis, faz-se necessário um intenso mergulho em nossa própria realidade, nos recônditos mais profundos de nosso Ser, o que nos permite entender qual a finalidade da Gnosis, que é a Auto-Gnosis, ou seja, o Autoconhecimento. Os Quatro Pilares do Conhecimento A Gnosis sustenta-se em 4 colunas, sendo: * Ciência: Investigação e prática de todas as chaves e metodologias que levam ao despertar dos poderes ocultos que o Homem possui, bem como a experimentação e vivência das realidades dos mundos superiores;
Gnosis * Filosofia: Análise contínua pelo Homem do mundo em que vive e do mundo em que anda, visando encontrar as respostas aneladas acerca dos segredos da existência. Ensina a conviver com seu entorno e com todos os demais seres viventes; * Arte: Por meio dos símbolos e das representações, ensina-se a Sabedoria e desperta no interior do Homem sensações sublimes, alimentando atributos espirituais e anímicos, que conduzem à busca contínua pela Sabedoria; * Religião: Literalmente: religare, “voltar a ligar”. Visa que o homem retome sua união completa com o Ser. Nossos Instrutores são voluntários, movidos pelo altruísmo e amor à sabedoria, o que possibilita manter um curso de aproximadamente 15 semanas gratuito em todo território nacional. Participe! •
Revista Gnosis é Marca Registrada A Diretoria da AGEACAC, no intuito de compartilhar esta grande conquista, deixa registrado um público agradecimento a toda equipe que tem sido responsável durante estes anos pela continuidade da Revista Gnosis que, a partir de 2012 passa a ser nossa Marca Registrada outorgada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.
Lucas de Souza Bach
Conferências Públicas
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