A OCULAR DA ANTROPOLOGIA GNÓSTICA Os Homens diferem-se dentre uma variedade incontável de aspectos. Fibras musculares, tons de cabelos, olhos, pele, corpo, que fazem com que cada ser humano seja digno de ser chamado de “indivíduo”, ou seja, alguém ao qual nenhum outro se igualará. De maneira análoga, para o campo que está mais além da classificação fenotípica, no universo íntimo do Homem o mesmo fenômeno é observado. Cada indivíduo possui uma forma singular de perceber, entender, sentir, pensar, que o tornará único e insuperável dentro de suas características inatas. Todavia as características inatas se encontram apenas em forma germinal no Ser Humano. Há que desenvolvê-las! O mais natural é que as ânsias íntimas sejam caladas pelo sentido comum, fazendo com que a existência humana se esgote em uma escravidão silenciosa. Conhecer e desenvolver as características inatas e permitir que sejam elas quem determinem a expressão humana, traz como resultado homens e mulheres espontâneos, naturais e livres. Livres de seus próprios condicionamentos e capazes de expressar a beleza de seu Íntimo, em uma palavra, Autorrealizados. Este é o campo ou matéria na qual se ocupa a Antropologia Gnóstica. Direção da AGEACAC
Realização:
EXPEDIENTE DIREÇÃO GERAL: Vinícius Pires Dias Teixeira DIREÇÃO ADMINISTRATIVA: Daniel de Queiroz Barbosa DIRETOR EDITOR: Demian Reinhart DIREÇÃO DE ARTE: Pablo João da Costa Rafael Rizzato Ribeiro PROJETO GRÁFICO/ARTE FINAL: Rafael Rizzato Ribeiro REVISÃO DE TEXTO: Isadora Freitas Robalinho COLABORADORES: Demian Reinhart Eduardo Garcia Isadora Freitas Robalinho Marcelo Ferracini Pablo João da Costa Vinícius Audino Volnei Reis Isabel Damian Revista Gnosis nº11 1º Semestre de 2014 Tiragem: 15.000 exemplares
Fale Conosco: Envie seu email com sugestões e críticas para: direcao@ageacac.org.br
Sumário Geral
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Medita Brasil Aprenda a Meditar
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Viva Melhor, Elimine seus Traumasl
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O Desvendar do Tempo
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Os Cavaleiros Templários
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As Plantas e suas Propriedades
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A Realidade da Existência
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Curso de Gnosis
Projeto Medita Brasil
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az, Harmonia, Equilíbrio. Palavras que, embora ainda não tenham sido esquecidas, parecem ter perdido seu significado para a sociedade atual. Estresse, Depressão, Ansiedade, Frustração. Estas sim são grandes realidades conhecidas no caótico cotidiano de nossas vidas. Todas elas sintomas de uma mesma enfermidade: o Vazio Interior. Caro Leitor, olha um instante para dentro de ti e responde sinceramente: Já haveis sentido um vazio em seu interior? O tempo passa acelerado e nós estamos sempre, freneticamente, buscando anestesiar-nos com uma ou outra emoção passageira, seja o carro novo, a promoção no emprego, a viagem, o programa favorito, etc... Mas após tudo isto, sempre volta a mesma sensação de vazio... Por quê? O homem se esqueceu de si mesmo, de forma tão profunda, que passou a buscar fora o que só pode encontrar dentro de si, por isso, a autêntica Felicidade parece ter fugido de nós.
Revista
Mas na prática, o que realmente é Meditação?
Mais que uma técnica como muitos podem pensar, a Meditação é um “estado” de consciência. Um “estado” de mente passiva, aberta, receptiva e consciência, ativa. Se observarmos nossa mente, percebemos que estamos continuamente pensando, seja no passado (memórias) ou no futuro (desejos, expectativas). Na Meditação, o objetivo é esgotar o processo do pensar, chegando ao ‘não pensar’; mantendo a atenção fixa em um ponto (concentração) lograremos um silêncio mental muito especial, com o qual é possível vivenciarmos o momento presente. “Se estás comendo, coma. Se estás vestindo-te, veste-te; se estás andando pela rua, anda, anda, anda; mas não penses em outra coisa, faz unicamente o que estás fazendo, não fujas do que estás fazendo, não fujas dos fatos, nem os encha de tantos significados, símbolos, sermões e advertências. VivaA Meditação como uma chave para a os, sem alegorias; viva-os com mente receptiva de felicidade instante a instante”. Ensina-nos Dr. Samael Aun Weor Conhecer-nos, explorar-nos, reencontrar-nos e re- em sua obra Revolução da Dialética. conectar-nos conosco mesmo, são chaves para se combater essas enfermidades do cotidiano, e o remédio O objetivo e a prática da Meditação para tal chama-se Meditação, cujo próprio significado Este estado de contínuo “agora” é o objetivo, e para é “voltar-se para o centro”, “voltar-se para dentro de alcançá-lo existem inúmeras técnicas: algumas comsi”. Embora a palavra Meditação nos remeta de imedia- binadas com o movimento, como na Yoga ou Tai Chi to ao Oriente, existem dados históricos comprovando Chuang; outras em repouso. Há ainda técnicas que se que ela é tão antiga quanto à humanidade, desenvol- utilizam de mantras, orações ou músicas; enquanto vendo-se em várias culturas, como os Maias, Astecas, outras apenas utilizam as funções biológicas como foco Incas, Egípcios, Hebreus, entre outros. Na Índia é de concentração, como a respiração ou batimentos carDhyana, cuja prática intensa leva ao Samadhi (êxtase). díacos, por exemplo. Mas todas elas possuem pontos Na China é conhecida como Ch'anna, e no Japão, Ch'an em comum, passos, que devemos seguir para alcançar (Zen).
Gnosis
nossa meta; são eles: relaxamento, mente quieta, concentração, meditação, êxtase; na Índia: asana, pratyara, dharana, dyana e samadhi respectivamente. “É necessário colocar o corpo na posição mais cômoda (Asana); indispensável pôr a mente em branco antes da concentração (Pratyara); urgente saber fixar a mente em uma única coisa (Dharana); assim chegamos ao êxtase (Samadhi). Essa disciplina esotérica da mente deve empapar completamente a nossa vida cotidiana.” Samael Aun Weor.
Estudos revelam: Os potenciais benéficos da meditação são muitos. Atualmente, ela tem sido muito utilizada na área da saúde, com intuito de ajudar aos pacientes a melhorar os estados de humor, ansiedade e depressão; também para fortalecer a função imunológica, pressão arterial, reduzir crises epilépticas, melhorar a capacidade de suportar a dor crônica, reduzindo o consumo de
Benefícios da Meditação: • Relaxamento profundo • Redução do estresse • Redução da ansiedade • Promove o autoconhecimento • Estímulo da concentração • Facilidade no aprendizado • Equilíbrio emocional • Combate a depressão e estados negativos • Recupera simplicidade e espontaneidade • Confere alegria de viver e paz interior
Saúde e Bem Estar
medicamentos, dentre outros. (Dados do Centro Norte Americano de Medicina Complementar e Alternativa -NCCAM, 2006). A prática da Meditação tem atraído o interesse científico nesta década, principalmente pelos avanços na medicina, que oferecem um entendimento maior sobre os mecanismos neurobiológicos nela envolvidos. (KOZASA, 2007). Com o avanço da tecnologia, técnicas de neuro-imagem permitiram aos cientistas visualizar com clareza o que, como e com qual intensidade o estado meditativo muda no cérebro, causando alterações em todo organismo (ANGELOTTI, 2007), demonstrando que a meditação, embora seja uma técnica simples, é forte o suficiente para promover uma alteração na atividade neurológica. Pesquisas revelam que a meditação atua no sistema nervoso autônomo, conduzindo a um estado de relaxamento profundo, reduzindo os níveis do hormônio cortisol, promovendo um bem-estar físico e mental. (DESHMUKH, 2006); (PACE, 2009).
A Meditação no âmbito da Ciência e da Mística Com a crescente popularidade da meditação no ambiente hospitalar, devido a seus benefícios médicos e psicológicos, e em razão dos excelentes resultados obtidos com pacientes, hoje, há um significativo interesse em aplicá-la de forma laica, em outros segmentos, como por exemplo no contexto escolar, maximizando o potencial de aprendizagem, aprimorando as capacidades individuais e melhorando as relações sociais dos alunos, sejam esses crianças, adolescentes ou adultos. Estudos comprovam o aumento considerável nos níveis de aprendizado e, posteriormente, das notas ►
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Revista
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Os benefícios são infinitos, por isso este é, portanto, o momento de conhecer-nos, reencontrar-nos, reconectar-nos com nossa mais profunda realidade, como panaceia universal para reequilibrar-nos e preencher aquele vazio perpétuo por uma rica vida interior, que nos preencherá de alegria, harmonia e paz.
MeditaBrasil dos estudantes após a realização da prática de meditação dentro do contexto educacional. (GREENBERG E HARRIS, 2011) Embora seja uma ciência, a meditação também possui seu aspecto místico e religioso, pois põe o Ser humano em contato com sua profunda realidade, fazendo-nos reencontrar com uma parte eterna de nós mesmos, que sempre foi e sempre será, que não é outra senão Deus, que sempre esteve ali, porém esquecido, ocultado pelo véu dos nossos pensamentos e emoções desequilibradas. Por isso, ela sempre foi praticada pelos místicos de todas as religiões, e seu êxtase supremo foi sempre a Gnosis, ou o conhecimento direto da Divindade em si mesmo.
Para tanto, a AGEACAC lança o Medita Brasil, apresentando ao público, gratuitamente, os benefícios e a técnica da meditação. O Projeto Piloto foi realizado com grande sucesso em 2013 no estado de São Paulo, com dezenas de palestras sobre o tema e atingindo um público de mais de 1.300 pessoas. Em 2014, o projeto se expandirá a nível nacional, no período de 21 de Março a 21 de Abril. Participe! Conheça as várias técnicas de meditação, e descubra como esta poderá ajudá-lo a melhorar sua qualidade de vida! Faça sua pré-inscrição no site:
www.meditabrasil.org Eduardo Garcia
Gnosis
Psicologia
Viva melhor, Elimine seus traumas
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e perguntados sobre os acontecimentos marcantes da nossa vida, geralmente nos lembramos de momentos alegres e positivos, como casamentos, aniversários, boas lembranças, mas também, assaltos, a perda de um familiar, abandonos e brigas, as quais nos geraram sentimentos negativos. Todos estes eventos, causados por situações inesperadas e inevitáveis, quando não são compreendidos, podem tornar-se traumas.
O que um trauma causa em nossas vidas Resultado de vários traumas, são os complexos, tanto o de inferioridade (quando cremos que somos incapazes ou piores do que as demais pessoas), quanto o de superioridade (ao crer que de todos, somos sempre os melhores). Ambos complexos são barreiras para alcançarmos o objetivo de nossa vida: a Felicidade; pois esta é incompatível com as limitações psicológicas que nos geram medos e preconceitos.
Como nascem os traumas Os traumas podem ser gerados desde a gestação, onde a mãe se comunica diretamente com o bebê, e tudo que ela sente inevitavelmente o bebê recebe. Na
infância, com situações cotidianas, os traumas são adquiridos, tais como o exemplo: “Filho, se você não comer tudo, o bicho papão vai te pegar”, e a criança vendo e não olhando nada diferente, ficará com medo de tudo que não possa ver, tal como: medo do escuro ou assustar-se com filmes ou histórias de fantasmas, na adolescência não ficar sozinho em casa e na fase adulta, o medo da solidão. Os traumas nos geram prejuízos com resultados visíveis, como medos, inseguranças, desconfianças e até doenças como a claustrofobia. Também existem resultados ocultos, aos quais podem comprometer o nosso futuro, como: pessoas insatisfeitas no trabalho, que continuam por não acreditar que são capazes de conseguir outro local, quando iniciamos vários projetos de vida e não concluímos nenhum, também por vícios como o tabagismo que podem ser por trauma. Todos merecemos ser felizes, termos harmonia e paz, e isto só é conquistado se eliminarmos traumas que marcaram a nossa existência através do autoconhecimento, sabendo o que temos de positivo e negativo. A psique humana é fascinante e deve ser descoberta, pois possuímos todas as capacidades de trabalhar sobre ela, de lapidar-nos e sermos melhores a cada dia. Isabel Damian
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Filosofia
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Revista
O desvendar do Tempo
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que tudo teria um esde os primórdios um assunto que muito começo e um instiga o Homem, o qual procura sempre desfim, e tudo seria vendá-lo, e sempre tê-lo sob seu controle, é o organizado em ciTempo. Aqui,neste mundo tridimensional de Euclides, clos. Porém, através o tempo cumpre um papel estruturador, mas ao mesda história desta mimo tempo, devorador. tologia, demonstramAo longo da história ele foi estudado por filósofos, -nos outra sabedoria: artistas, escritores, e até foi tema de músicas e obras Cronos devora seus filhos, e o que consegue salvar-se, magistrais. Para Platão, o Tempo foi necessário para estruturar com ajuda de sua mãe, torna-se Deus e é o imortal o caos e tem relação com a origem cosmológica. O filó- Zeus. sofo explica que este é apenas das sensações, ou seja, O Tempo para Voltaire deste mundo físico, podendo ser experimentado através dos Na Obra Zadig, ou La Destinée(O Destino), sentidos de percepde 1747, de François Marie Arouet – mais coção, pois para o Ser nhecido por Voltaire – o grande filósofo do (o que para Platão Iluminismo propõe reflexões filosóficas, é a parte divina em sociais e políticas através dessa história cada ser humano) o oriental, além de tratar também sobre este tempo não existe, e sim assunto, dando uma definição muito toa Eternidade. O divino está cante e profunda sobre o tempo. Nela, um acima desta parte meramente tridimendos personagens, o grande mago do Reino sional, ao mesmo tempo tão importante para de Babilônia, propôs alguns enigmas aos o Homem. candidatos a trono de Rei, a fim de que o ganhador governasse juntamente com a raiCronos, Organiza e Devora nha Astartéia. Seria esta – a Resolução dos O interessante é que através da mitologia Enigmas – a Fase Final aos candidatos que grega, a qual remonta um passado longínquo, o passaram pela fase de combates na arena. tempo nos é mostrado também como um Deus Descreve a obra: organizador, o Deus Cronos, do qual vem a palavra “O grande mago propõe primeiro a seguinte questão: Cronologia (organização do tempo). Isto quer dizer
Gnosis
— Qual é, de todas as coisas do mundo, a mais longa e a mais curta, a mais rápida e a mais lenta, a mais divisível e a mais extensa, a mais negligenciada e a mais irreparavelmente lamentada, que devora tudo o que é pequeno e que vivifica tudo o que é grande? Disseram uns que a chave do enigma era a fortuna, outros a terra, outros a luz. Zadig disse que era o tempo. “Nada é mais longo — acrescentou ele, — pois que é a medida da eternidade; nada é mais curto, pois que falta a todos os nossos projetos; nada mais lento para quem espera; nada mais rápido para quem desfruta a vida; estende-se, em grandeza, até o infinito; divide-se, até o infinito, em pequenez; todos os homens o negligenciam, todos lhe lamentam a perda; nada se faz sem ele, faz esquecer tudo o que é indigno da posteridade, e imortaliza as grandes coisas”. A assembléia deu razão a Zadig. "
A Utilidade do Tempo Então, vê-se através da história, da filosofia e das artes que o homem sempre busca demonstrar o tempo como algo que lhe escapa às mãos, como as areias numa ampulheta, mas ao mesmo tempo, é de grande importância, pois é nele que tudo ocorre. Nos dias de hoje, o tempo não pode ser confundido com lucratividade e acabar, por isso, sendo dono de nossas escolhas, de nossos instantes. O Homem deve entender, neste tempo que lhe resta, o porquê de sua existência, o porquê de sua vida, e tratar de despertar consciência, atingindo esta parte divina que Platão nos fala, que não é do tempo, dando sentido a tudo que lhe rodeia, inclusive a este tempo, ao instante que ele vive, deixando de
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lado as coisas vãs e sem importâncias, buscando o que é intenso e duradouro, para que ao fim deste Tempo, leve consigo o que vale a pena. Não deve ser, o Tempo, portanto, o Senhor de nossas vidas. Mas devemos utilizar dele para que nos façamos donos de nossas escolhas e atitudes, estando presentes na vida e sabendo que um dia este findará. Isadora Freitas Robalinho
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Revista
Mitologia
Os Cavaleiros Templários Os Cavaleiros Templários, denominação pela qual a humanidade conheceu a “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, fundada em 1118 d.C. pelo Rei Balduíno II de Jerusalém, foi uma Ordem de caráter militar composta por monges cristãos e idealizada Hugues de Payens. Conta a História que a principal motivação da ordem era proteger os viajantes que peregrinavam para a cidade onde Cristo havia vivido seu drama. Os fatos históricos que fazem com que os Templários estejam ainda hoje muito vivos na memória da humanidade são a rápida expansão da ordem, iniciada por apenas 9 cavaleiros e que chegou aos milhares; a capacidade militar e sucessos em batalhas, sendo considerada os flagelo dos mulçumanos; o súbito prestígio concedido pelos Papas; a rápida expansão econômica da ordem, fazendo-a reunir mais riquezas que os reis de sua época; sua extinção e súbito desaparecimento; o conteúdo das confissões tidas como hereges e que levaram-lhes à fogueira; a ligação com conteúdo dos Manuscritos do Mar Morto e sua ligação com ordens esotéricas que floresceram na Europa e no mundo a partir do século XVII. Em síntese, o que assombra os estudiosos acerca do tema dos Templários é o imenso poder que possuíam, expresso tanto no campo de batalha, como no campo político e econômico. Com a descoberta do Pergaminho de Cobre entre os Manuscritos do Mar Morto, cujo conteúdo indicava a localização dos tesouros escondidos pelos Judeus com a destruição do Templo de Jerusalém pelos
romanos, nos anos 70 d.C., e posterior descoberta que no local indicado no Pergaminho de Cobre haviam apenas artefatos Templários, associou-se a ideia deste imenso poder com um mistério divino, uma relíquia ou um artefato que fora apoderado pela ordem muitos séculos antes que viesse a tona o Pergaminho de Cobre e lhe conferira poderes inesgotáveis.
O sucesso militar O sucesso militar pode ser explicado pela conjunção da disciplina religiosa, do treinamento militar e da inspiração de servir com a própria vida aos propósitos divinos. Os templários eram considerados uma elite entre os próprios monges, o que lhes dava uma percepção de força especial da divindade. Morrer em batalha era a maior glória para um templário, seguindo os passos do próprio Cristo que havia morrido pela humanidade. Jamais abandonavam o campo de batalha, jamais desertavam, e ainda que a desvantagem fosse 3 para 1 não batiam em retirada. Esta postura levara-os ao sucesso já nas primeiras batalhas e rapidamente foram conhecidos como o flagelo
Gnosis
dos mulçumanos. Todavia já na primeira década de existência, alcançaram um prestígio incomum para época. Tal exaltação inicia-se com o concílio de Troyes, França, em 1129, 11 anos após a sua formação. Somase para contribuir com a atmosfera de mistério o fato de que não existem registros do que foi tratado neste concilio, apenas que Hugues de Payens consegue a benção do Papa Honório II aos Templários e que a partir daí a Ordem foi exaltada e poderes sem precedentes lhes foram concedidos tais quais imunidade das lei e regulamentações e taxas de cada nação, tornando-a uma força autônoma. Acredita-e que já neste momento os Templários eram possuidores das relíquias escondidas nas ruínas do Templo de Salomão e que este foi o motivo de tal prestígio. Com os privilégios de movimentação financeira, os
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Templários formaram um sistema econômico muito parecido com as práticas bancárias de hoje, ainda que primitivos. A eles lhes era permitido emprestar dinheiro cobrando jurus, uma prática proibida na época sob o pecado de usura e simonia. Neste período, financiaram a construção de inumeráveis Igrejas no estilo gótico, entre os séculos XII e XIII, dentre as quais se destaca o Templo de Londres. A presença de gárgolas, figuras demoníacas e ameaçadoras que adornavam a faxada dos templos góticos, alimentam ainda mais o ar de mistério que envolvem os Templários.
O fim da Ordem dos Templários No ínicio do século XIV, a ordem dos Templários está em seu auge. Por esta época o reinado da França se encontra profundamente endividado sob a direção de Felipe IV, o Belo, tendo como principal credor os Templários. O Belo aproveita a visita do grão-mestre Templário Jaques de Molay à França e decreta a prisão de todos os templários, sob a acusação de heresia. Em uma sexta-feira, 13 de Outubro de 1307, mais de 100 templários são presos em Paris e a partir daí começam as torturas que resultam em 127 acusações contra os Cavaleiros Templários. Sete anos depois, 69 Cavaleiros Templários são queimados vivos, incluindo seu grão-mestre. Subtamente desaparece a Ordem em toda a Europa e, junto com ela, suas riquezas. Especulações apontam para a migração dos Templários para a Suíça, formando o poderoso sistema bancário que impera hoje no mundo. Todavia, por além dos fatos históricos, permanece o Mistério da origem do poder dos Templários. Nas confissões registradas, ainda que a grande maioria seja fraudulenta e mentirosa, extraída após anos seguidos de torturas, aparecem alguns elementos que até então eram desconhecidos pela humanidade. O principal ►
Revista
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entre eles é a presença de uma figura, um mistério, um ídolo que era cultuado pelos templários e cujo nome era Baphomet. Obviamente os inquisitores, cumprindo as ordens do Rei da França, associaram esta figura à Satan, atribuindo à ordem um caráter tenebroso. O Mistério permaneceu incólume durante séculos. Apenas em 1818, um Barão de Viena, Joseph Von Hammer-Pürgstall, por meio da obra “Misterium Baphometis revelatum seu Frates militiae Templi”, reafirma que o ídolo dos templários tinha como nome Baphomet e ressucita a temática publicamente. Em tal publicação o Barão afirma que o significado deste nome é “Batismo da Sabedoria”, união dos vocábulos gregos, Baphe e Metis. O Tema ganha importância quando é referenciado por Karl Jung. O psicanalista suíço analisa a questão e traduz o nome dividindo-o em duas partículas cujas traduções seriam “tintura” e “inteligência” ou “reflexão”. A inteligência teria um significado bastante diferente do qual se atribui nos dias atuais, que é associada ao processo do raciocínio. Para as antigas tradições, a inteligência é um atributo divino, conhecida nas antigas tradições cristãs como IEW ou JEU, e que conferiria às pessoas a capacidade de observarem a si mesmas, ou seja, ver imparcialmente a dinâmica dos pensamentos, sentimentos e instintos e sua relação com os diversas circunstâncias e com a memória. Desta forma o possuidor de tal atributo teria pleno domínio de si mesmo e poderia eleger voluntariamente estados de ânimo e adequá-los aos diferentes eventos. Neste sentido, as duas palavras inteligência e reflexão convergem em seu significado. 'Tintura', por sua vez, figura nos textos alquímicos da época como transmutação ou transformação. Adentrar no tema da transmutação ou
transformação alquímica nos remete ao tema da sexualidade. Aqui a teoria Jungiana converge com as especulações acerca do Santo Graal, como relíquia cuja posse mantinham os Templários.
O Santo Graal Rezam as tradições esotéricas que o Santo Graal foi o cálice utilizado por Melquisedeque, gênio da Terra, ao entregar o pão e o vinho à Abraão, quando este regressava após a derrota dos Reis de Sodoma e Gomorra, contra os quais tinha lutado. Este cálice teria ficado sob a posse da Rainha de Sabá, quem submeteu ao Rei Salomão à inúmeras provas antes de entregá-lo. A sagrada relíquia ainda teria sido a mesma que Jesus Cristo utilizou na última ceia e com a qual José de Arimatéia recolheu o sangue do Adorável no Monte das Caveiras. Mais que um objeto ou implemento, existe um profundo mistério que nele está encerrado. No Santo Graal estão os atributos que entrega o Senhor do Mundo, Melquisedeque, ao seu servo que regressa da batalha, personificado no mito por Abraão; a tentação sexual, drama expresso pelas duras provas a que Salomão foi submetido pela rainha de Sabá; o corpo do Cristo, quem é o Caminho, Verdade e a Vida; e o sangue do Cristo, o que lava os pecados do mundo. Ainda soma-se, convenientemente, a interpretação de que San Greal deve ser entendido como Sangue Real, indicando que o mistério tem uma íntima relação com Maria Madalena quem, segundo os Manuscritos do Mar Morto,
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que estão guardados àqueles que buscam ao tesouro. Recordemos ao Velocino de Ouro dos Mistérios gregos, custeados por um dragão que lança fogo e enxofre e a bela Frida, Valquiria Maior dos mistérios Nórdicos, imortalizada nas obras de Richard Wagner. O tesouro guardado pelo dragão, a donzela prisioneira do demônio, as Igrejas Góticas adornadas por gárgulas, convergem no profundo significado da palavra Bafomet e sua relação com a Sabedoria. Bafomet é o que se escreve e se lê; Sophia é seu significado, que está oculto, como nos sugere a Cifra Atbash. O que se vê não é a verdade. O real é o que está oculto. Idéia também presente na cultura Indiana com o mito da Deusa Maia; na cultura Egípcia com mito da Deusa Maat; na sabedoria socrática, com o Mito da Caverna e que seria mais um dos mistérios dos Templários. A Sabedoria não se encontra no que se pode observar, e sim no mundo das intenções, volições, sentimentos, instintos, que são invisíveis porém são a causa de tudo o que é visível. Desafortunadamente, a ausência de registros escritos das práticas religiosas e cultura da Ordem, à semelhança do que se observa com relação a essência da Sabedoria Nórdica e Celta, levaram a percepções distorcidas e ao surgimento de diversas correntes esotéricas e espiritualistas nos séculos XVIII e XIX cuja essência em pouco ou nada coincidem com a Ordem dos Templários, ainda que reclamem para si a herança de sua Sabedoria. Melhor que interpretemos os símA busca pelo Tesouro bolos templários fundamentando-nos na essência do Cristianismo Primitivo que reforçam a necessidade do “Mistério”, se tornaria a característica principal da Despertar, o serviço desinteressado à Humanidade e a Ordem. O Segredo que em si mesmo é a chave de todo consubstanciação do amor no Matrimônio Perfeito. o poder apenas entregue a valorosos cavalheiros. Em Vinícius Pires mitologia comparada encontramos os terríveis perigos foi a esposa de Jesus. Adorar à mulher, para o pensamento cristão da época, era profundamente herege, oposto ao mistério descoberto pelos Templários nas ruínas do templo de Salomão e que abalaria toda a estrutura da Europa Medieval, uma descoberta que justificaria tantos privilégios concedidos em troca do silencio, como sugerem grande parte dos estudiosos do tema. Esta dedução é reforçada com a teoria que a palavra Baphomet é uma mensagem codificada. Quando aplicamos o sistema de codificação do alfabeto hebraico utilizando a Cifra Atbash, a palavra Bafomet se converte em Sophia, divindade grega personificada pela figura feminina, análoga à alma humana e simultaneamente um dos aspectos femininos de Deus. Recordemos que o Mistério do Graal não se reduz apenas à força sexual ou à mulher. Nele ainda está contido o sentido de profunda religiosidade e o triunfo sobre a tentação. Como poderia o Sexo, a Religiosidade e o Triunfo sobre a Tentação convergir em um mesmo ato? A resposta está na tintura a qual se refere Jung quando analisa a palavra Bafomet. A tintura ou transmutação dos alquimistas, unida à “reflexão” ou “inteligência”, dão forma à palavra Bafomet. No mistério do Bafometo estaria contida a chave do poder dos Templários.
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Revista
Medicina Natural
Plantas e suas propriedades
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os tempos não muito antigos, as pessoas tinham um conhecimento amplo das plantas e suas propriedades curativas. Estavam mais integradas com a Natureza e seus mistérios, entendiam o poder curativo das plantas e as respeitavam como seres vivos que são. Hoje em dia, podemos utilizar esse conhecimento das plantas e suas propriedades curativas para nos curar de doenças que em sua sintomatologia podemos percebê-las, como por exemplo os sintomas iniciais de gripe: ardência dos olhos e uma leve fadiga muscular; após isso, virá o restante dos efeitos, como febre alta, mal estar, sensação de fraqueza, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, etc. Com o conhecimento das plantas e suas propriedades curativas, a pessoa pode interromper a ação do vírus em seu período inicial, impedindo que prossiga e combatendo-o, deixando-nos livres da gripe. Por exemplo, o Alho, de todos os vegetais medicinais, é o mais extraordinário, pois é o primeiro em ação depuradora, microbicida, desinfetante, revulsivo, tonificante, vermífugo, anticatarral, antirreumático, contra as congestões, pressão e hipertensão, contra as
hemorragias, diabetes, infecções internas e externas, contra colites, os males do peito, o câncer, a tosse; muito especial nas feridas e em mil coisas mais de anormalidades no organismo. Para se eliminar o vírus da gripe em sua ação inicial, se deve comer cru, um dente alho antes de dormir e, na parte do dia, deve-se ingerir alimentação rica em vitamina “C”, podendo ser encontrada em grande quantidade no óleo de peixe, na luz solar, no leite, no kiwi e etc.
Os comprimidos Os comprimidos que utilizamos comumente para tirar nossas dores estão sendo feitos à base de ácido acetilsalicílico que cientificamente está comprovado ser o produtor mais efetivo de câncer, principalmente do fígado. Está claro que nestas coisas não podemos ser radicais, em casos de necessidade devemos nos utilizar da medicina oficial, porém se o caso não é grave, é melhor evitá-la.
Classificação sintética das plantas Plantas Ricas em minerais. Exemplo: Cavalinha, pitanga, palmito, espinafre, mostarda, couve flor, alfavaca, banana, abacaxi, abacate e agrião. Plantas depurativas são aquelas que têm o poder de expulsar do sangue toda substância tóxica ou venenosa. Exemplo: jacarandá-mimoso, cavalinha, raiz de pita, salsaparilha, chapéu de couro, pariparoba e unha de gato e etc. Plantas febrífugas são aquela que têm o poder curar a febre, resfriados e expulsar do corpo os vírus que
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curativas as causam. Exemplo: Verbena, losna, alecrim, eucalipto, limão, alho, cebola, guaco, folhas e flores de laranjeira e etc. Plantas diuréticas são aquelas que têm o poder de aumentar a urina, fazer expulsar as toxinas que se encontram nos rins e na bexiga. Exemplo: Cavalina, cabelo de milho, grama comum, semente de mutumba, suco de limão, suco de melão, alfavaca, ramas de pinho, eucalipto, flores de sabugueiro, borragem. Plantas antinervosas e calmantes são aquelas que regulam o sistema nervoso e retirando as toxinas causadoras do desequilíbrio funcional do organismo. Exemplo: Flores de Amapola, folhas de laranjeira,
tinturas de valeriana, folhas de tília. Plantas laxantes são aquelas que têm o poder de facilitar os processos dos intestinos devido a dificuldade que encontram em digerir certas combinações de alimentos que causa prisões de ventre, intestino preso e etc. Exemplo: Azeite de amêndoas, óleo de castor ou rícino, folhas de sene, ruibarbo, aloe vera e etc. Parafraseando um autor renomado nestas ciências naturais, finalizo dizendo: “Queira Deus e a Divina Providência que todo ser humano nesta época compreenda o valor que tem a saúde e aproveite todos os sistemas que a Mãe Natureza nos dá para prevenir e curar a dor”. Volnei Reis
Sintomatologia e plantas que curam.
Descrição da sintomatologia ................Plantas e produtos naturais • Sistema nervoso...........................................Salvia, manjerona, menta, valeriana, melissa, camomila. • Fígado...........................................................Boldo Chileno, chicória, dente de leão, cavalinha, alecrim. • Rins..............................................................Grama comum, salsaparrilha, cabelo de milho, cana da índia. • Pâncreas ......................................................Camomila, hortelã menta, aneto, tanchagem, pariparoba. • Dores de cabeça...........................................Pétalas de rosas, flores de amapola, folhas de tília. • Má Digestão .................................................Boldo chileno, alfavaca, alecrim, mastruz, Chá verde, jasmim. • Impurezas no sangue...................................Chapéu de couro, cabelo de milho, menta, alcaçuz. • Gripes e sistema pulmonar..........................Alho, guaco, folhas de laranjeira, flores de laranjeira, kiwi, mel, pólen. • Fraqueza corporal e ossos fracos..................Ginseng, gengibre, agrião, espinafre, aspargos, todas as sementes e rebentos, couve flor, brócolis, guaraná, levedo de cerveja, ovos.
* Métodos de utilização: Através de chás, temperos, tinturas, respirações, banhos, extratos e etc.
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Filosofia
Revista
A realidade da existência.
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uem em momentos de reflexão já se questionou acerca da realidade da vida? Quem mesmo na infância já não se perguntou se sua existência no mundo não poderia passar de um simples sonho? Esse é um tema filosófico que sempre instigou o homem a encontrar respostas para sua experiência no mundo, o porquê de tantos sofrimentos e da incapacidade que temos de conservar por muito tempo aquilo que queremos ou gostamos, e a resposta de que talvez possa existir algo maior por trás de tudo o que somos e do que percebemos.
Um paralelo na história
projetado. Pitágoras com sua observação deu-se conta de que as matemáticas estão por trás do tear que a natureza exerce sobre os seres e tudo o que existe, provando isso através de padrões numéricos que percebeu por trás das formas existentes. Posteriormente Platão ensinou através de uma alegoria, que vivemos como que acorrentados dentro de uma escura caverna, vendo somente as sombras que se projetam contra uma parede, acreditando que essas sombras são a única e autêntica realidade existente. Essas sombras representam as percepções que chegam através dos sentidos. Platão fez uma distinção entre o mundo sensível aos sentidos e o que chamou de mundo das idéias, uma dimensão acessível através de um estado de consciência que chamou de Nous, o conhecimento direto, o grau mais alto do saber para os filósofos. Semelhantemente na cultura hindu, ao mundo visível é dada a característica de ilusão (Maya), que nos mantém absortos em desejos e sofrimentos que fazem esquecer-nos de nossa natureza autêntica e original. Para essa cultura, por trás do que podemos perceber com os sentidos e com a mente está o Akash, o mundo das causas, uma região que concentra todo o conhecimento do universo: de tudo o que foi, é e será. Uma biblioteca inesgotável onde se registra eternamente os valores de todas as ações de cada ser, que resultam em seu Karma, ou seja, as consequências que passa em vida.
Pitágoras, na Grécia Antiga, percebeu que por trás do mundo visível aos sentidos encontram-se valores numéricos. Para ele, cada ação ou movimento que fazemos aqui gera um valor que passa a fazer parte de uma equação que determinará os eventos futuros de nossa existência. Nesse contexto as realidades da vida são na verdade esses próprios Números, e o mundo sensível aos sentidos seria apenas a roupagem que A causa da ilusão eles utilizam para se manifestar, como uma tela onde Sidharta Gautama, o Buda histórico, ensinou que o resultado das equações é a causa do sofrimento humano encontra-se no eu.
Gnosis
Explicou que esse elemento é uma forma ilusória constituída por um conjunto de Skandas ou agregados que não são reais em si mesmos. Esse eu é formado por idéias, pensamentos, sentimentos, etc., desprovidos de permanência ou constância, semelhante a bolhas que aparecem para logo desaparecer no cenário da vida, portanto desprovidos de existência real. Semelhantemente, Filolau, discípulo de Pitágoras, disse que nossa Essência, a verdadeira realidade, encontra-se presa no eu como em uma tumba, por isso é incapaz de perceber a realidade objetiva.
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A hora de acordar
A Gnosis contemporânea promove que para acordarmos definitivamente devemos arrancar a ignorância pela raiz, em sua causa, através da aniquilação psicológica do eu. Mas para isso é necessário primeiro refletirmos profundamente sobre o estado em que nos encontramos, para que haja o despertar de uma pequena chispa de luz interior capaz de iluminar nosso caminho para o mundo real. Samael Aun Weor, Filósofo contemporâneo, afirmou com solenidade que “Quando alguém reconhece que está adormecido, é sinal claro de que já começou a despertar", e isso inEncontrando o mundo real dica que quando recordamos de si mesmos, de nossa Para superar esse elemento egóico, Pitágoras ins- essência ou natureza interior que é nossa verdadeira truiu a seus discípulos a terem uma vida reta e benevo- realidade original, iniciamos o caminho de regresso à lente para com os semelhantes, ao passo que deveriam luz primordial. meditar na natureza numérica da existência, a fim de Pablo João da Costa compreender e conquistar uma visão mais desperta da vida. Igualmente, Buda também ensinou que para romper com a percepção ilusória do eu é necessário dedicar-se ao exercício da virtude em benefício de todos os seres, e principalmente praticar uma constante auto-observação plena sobre si mesmo, com a finalidade de perceber a natureza passageira e ilusória do eu. Platão, com sua alegoria da caverna, deixou claro que se passarmos a nos questionar sobre o estado de trevas que nos encontramos, trataríamos de romper com os grilhões da mente e sair dessa escuridão, símbolo de nosso estado inconsciente, para encontrar a luz de um novo mundo.
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Revista
Institucional
Curso de Gnosis
Ciência e Cultura do Homem em Busca do Ser
Quebrando o Labirinto
E
A Jornada da vida e a construção de valores ntre as bibliotecas das
mais conceituadas metrópoles mundiais, ou no discorrer de camadas de páginas de livros épicos e científicos, ou ainda nas redes interligadas da espantosa informática do século XXI... Em discursos ou primorosas conferências... Quem tem encontrado com segurança e inexorável eficácia o caminho prático do equilíbrio, da paz, da liberdade, da sensação única de sentir-se em vibração harmônica com o universo ao simples fechar dos olhos? Quem nunca teve vontade de nada temer, de nada ansiar, de nada perder. Quem tem nos sido apresentado como um arquétipo da sabedoria e, recebido honra, aplausos... é fato que bastaria um comentário negativo, um descaso por parte de seus “súditos”, para que o dito sábio pudesse duvidar de si mesmo, visse ruir seu imagético edifício de honrarias, e revidasse o golpe com a roupagem de seu orgulho ou de sua ira.
A vida, com o seu cotidiano, forma e nos apresenta um campo riquíssimo para a elaboração da resposta de perguntas, como “Qual o sentido da existência?” “Qual o porquê de estarmos aqui?” “Então tudo consistiria nisso... nascer, crescer e morrer?” Entretanto, esse campo é também um ardiloso labirinto por onde centenas de milhões de seres humanos ziguezagueiam em ruas, em cidades, perdidos em suas dores, em suas paixões, em seus medos, em suas teses e antíteses e até em suas passageiras alegrias sem que, em nenhum momento, deem-se conta do real, da prisão decorada de tentadoras belezas em que vivem, sem que se deem conta do instante ou das inúmeras futilidades nas quais têm gasto suas energias vitais. A percepção do óbvio é para poucos. Explorar a lógica do carpe diem requer ubiquidade e disciplina. Não nascemos para sermos escravos do medo ou da opinião alheia. Não existimos para apenas servimos à ditadura da aparência social. Não somos, ou não deveríamos ser, chamados de humanos para apresentarmos um comportamento tão irracional como as guerras, o ódio, a inveja, as traições ou os amores possessivos que conduzem ao sofrimento, ao infortúnio... O labirinto em que estamos não possui saída. Ela não existe. A passagem, ou o caminho, tem que ser aberto diante de cada parede que se verticaliza a nossa frente. O desvio só nos atrasa, só nos engana. Não desviar, mas abrir, derrubar, vencer o obstáculo que se apresenta, extraindo dele a compreensão, a luz e a força necessárias para o próximo embate até que se apresente a claridade total como prêmio por um esforço empreendido, já que nada é gratuito. Entendido está, que todo esse processo é simbólico, é individual e se dá em nosso interior por meio de profundas meditações entre o campo da mente e o do sentir. E como numa
Gnosis
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batalha, armas fazem-se imprescindíveis: percepção – disciplina – vontade – consciência! Por isso, o Curso de Gnosis dá a orientação e as práticas necessárias para o nosso autoconhecimento, não para nos impor o que é certo ou errado, porque isso são conceitos apenas, mas para despertar o que já existe em nós e que, infelizmente, está adormecido. Diante de um fato experimentado e comprovado
por si mesmo, não há falácias ou teorias que possam contestar. A sua reflexão e as suas experiências são os testemunhos, a cada instante, de sua verdade pessoal. Aqui fica o convite e um fraterno abraço a você que sente a necessidade do desafio do entendimento de si mesmo. Marcelo Ferracini
Conferências Públicas
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São Paulo - SP
Projeto Medita Brasil
Diadema - SP
Pelotas - RS
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