Mobilidade Urbana e sua aplicação para cidade de Uberlândia
Ranieslley Medeiros Rosa Acadêmico do curso Arquitetura e Urbanismo Faculdade Pitágoras Uberlândia
Introdução
Para a elaboração deste relatório foram considerados os problemas urbanísticos relacionados à mobilidade na cidade de Uberlândia no que diz respeito ao transporte público e ao trânsito da cidade. Atualmente a cidade conta com uma frota de ônibus e BRT’s para a locomoção da população além do sistema de terminais de ônibus da cidade. Apesar do transporte público não ser de todo ruim e o sistema de terminais estarem bem posicionados podemos observar que nos horários de pico usar o transporte público da cidade pode ser sofrível. Isso porque são poucos ônibus para atender uma demanda alta de pessoas que precisam se locomover pela cidade. A situação fica pior pela manhã (por volta das 06:00 e 07:00) além do fluxo grande de carros pela cidade temos um grande número de pessoas se deslocando para seus trabalhos pelo transporte público além dos estudantes. São poucos ônibus para atender a grande quantidade de pessoas que precisam se locomover. Praticamente em todos os horários é observável pessoas “comprimidas” contra as portas dos ônibus devido a superlotação. Além disso, os ônibus disputam espaço com uma quantidade crescente de carros que transitam pela cidade. A curto prazo isso não chega a ser um grande problema. Mas se pensarmos a longo prazo, a situação pode ser caótica. Além disso, o processo de industrialização da cidade, o crescimento populacional dentre outras demandas, fazem com que a mobilidade urbana de Uberlândia se tornar um ponto de atenção importante para garantir o crescimento organizado, e se possível sustentável para a cidade.
Capítulo 1
- O que é mobilidade urbana?
Mobilidade urbana é a condição que permite o deslocamento das pessoas pela cidade é também os meios utilizados pela população para se deslocar dentro do espaço urbano. Para se avaliar a mobilidade urbana em uma cidade é necessário levar em conta os seguintes fatores:
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A organização do território da cidade; Fluxo de transporte; Meios de transportes utilizados;
Na mobilidade urbana além dos meios de transporte são considerados os itens de acessibilidade como rampas, elevadores para cadeirantes, dentre outros. Como as cidades têm perdido a “fluidez” na mobilidade urbana, o tema tem sido amplamente discutido na atualidade. Com isso temos o conceito de Plano de Mobilidade Urbana, que nada mais é que um conjunto de diretrizes que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável e que garante uma qualidade de vida positiva. Atualmente as cidades possuem autonomia para criarem os seus próprios planos de mobilidade urbana para garantir o direito de ir e vir dos seus cidadãos sem agredir o meio ambiente. Essas propostas têm como objetivo garantir a acessibilidade, segurança, eficiência na mobilidade e qualidade de vida. Além disso, um plano de mobilidade urbana propicia o dinamismo econômico, além de inclusão social e preservação do meio ambiente. Se tratando desse último ponto, a Mobilidade Sustentável tem como foco o tipo de transporte utilizado no sentido de criar estratégias eficazes para amenizar os impactos causados pelos combustíveis fósseis. Além da sustentabilidade no plano de mobilidade urbana temos também as questões relacionadas com a acessibilidade. Atualmente, pessoas com deficiência passam um terço de seu tempo se locomovendo, seja a pé ou em cadeiras de rodas sem poder usar o transporte público, assim os planos de acessibilidade têm crescido nas cidades a fim de viabilizarem a locomoção desses cidadãos. Com isso, observamos em Uberlândia uma oportunidade de melhoria em seu plano de mobilidade. Atualmente temos ônibus e BRTs como meio de locomoção. Considerando o crescente de veículos particulares, o que tem contribuído para o início dos congestionamentos pela cidade e além disso considerando que o deslocamento de trabalhadores e estudantes pela cidade tem crescido vertiginosamente, pudemos observar que o transporte público de Uberlândia não tem sido suficiente para a fluidez de locomoção adequada aos cidadãos.Além disso considerando que temos na cidade apenas ônibus e BRT’s, verificamos que estes, por usarem combustível fóssil nada contribuem para um ambiente urbano mais sustentável. Considerando ainda os conceitos de Acessibilidade, podemos observar que o que temos na verdade não são ônibus acessíveis e sim adaptados, pois o cadeirante não tem a mesma fluidez de locomoção que uma pessoa sem deficiências.
Capítulo 2
- Por que falar sobre mobilidade Urbana?
Conforme estudos do instituto FGV, a frota de carros no Brasil cresceu 400% em dez anos. Em contrapartida, o crescimento do uso de transportes alternativos e coletivos não apresentou esse mesmo crescimento.
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Os índices populacionais nas cidades brasileiras têm crescido consideravelmente, logo as questões relacionadas à mobilidade urbana se tornaram desafios para as gestões das cidades no Brasil. Entre as décadas de 50 e 60 o chamado “paradigma do automóvel”, muito discutido pelos especialistas em mobilidade urbana, criou cidades inteiras com o deslocamento pensado para o uso do transporte motorizado individual sendo um grande exemplo a cidade de Brasília. No entanto, observamos na atualidade que este padrão de mobilidade é um fracasso, isso por que temos nas grandes cidades longos engarrafamentos além da poluição causada por esses automóveis. Em cidades como São Paulo, o grande fluxo de carros gerou problemas tão grandes que instituiu na cidade o rodízio entre carros com base no número da placa. Porém essa lei se provou ineficaz. Isso porque alguns cidadãos compraram um segundo carro com número distinto para poder transitar pela cidade. Com isso podemos destacar como problemas na mobilidade urbana: ● ● ● ● ●
Sobrecarga nos espaços; Limitação de fluxo; Aumento nos acidentes de trânsito; Pequena oferta de mobilidade alternativa; Poluição nas cidades.
Essa situação é agravada pelo impulso da indústria automobilística no Brasil. Porém com mais automóveis nas ruas temos o aumento nos acidentes de trânsito onde muitas vezes temos indivíduos em plena capacidade produtiva o que por sua vez aumenta a pressão sobre a Previdência nos casos de morte e invalidez. Deve-se ainda destacar o aumento da emissão de gás carbônico na atmosfera e o aumento da poluição sonora causada pelo excesso de veículos e contribui para o estresse no corpo, irritabilidade e cansaço. Além disso, devemos destacar o descarte dos materiais não utilizados como pneus e peças em desuso que contribuem para a poluição dos rios. Um dos desafios da mobilidade urbana no Brasil devido a opção pelo modelo rodoviarista com ênfase no uso de ônibus e veículos particulares está no fato de termos uma malha ferroviária escassa e um potencial hidrográfico pouco explorado. Esses problemas acarretam não apenas o transporte de passageiros, mas também no transporte de cargas, isso por que esse modelo é mais caro e acaba encarecendo os produtos que chegam ao consumidor. Não podemos deixar de destacar ainda que o uso de caminhões para o transporte de produtos, o que tem gerado uma série de polêmicas e problemas no país quando falamos do roubo de carga, do tombamento de caminhões nas estradas de péssimas condições de tráfego. Esse crescente aumento do uso de transportes privados e a crescente necessidade de locomoção nas cidades se devem ao fato da grande industrialização dos centros urbanos. Uberlândia não é diferente, hoje temos a concentração das indústrias no Bairro Industrial, o que exige um grande deslocamento pela cidade nos horários de pico. Assim esse relatório, além de apontar o perfil da mobilidade urbana de Uberlândia tem como objetivo indicar uma solução que seja adequada as necessidades da cidade e que garanta a longo prazo a plena fluidez na locomoção da população perante ao crescimento da malha urbana.
Capítulo 3
- Como garantir a mobilidade urbana em Uberlândia?
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O ponto principal para garantir um plano de mobilidade urbano para a cidade é primeiramente oferecer para a população uma modalidade de transporte público que atenda as necessidades da cidade. Uma maior gama de opções também se faz necessária. Por isso levantamos logo abaixo os tipos de transportes públicos existentes atualmente. ●
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Metrô: Este modal comporta entre 60 mil até 80 mil pessoas por hora em todos os sentidos. Atualmente o maior sistema de metrô do Brasil é o de São Paulo. Os desafios deste transporte estão em sua implementação, mais especificamente na instalação de seus trilhos. Como Uberlândia não foi estruturada para receber um sistema de metrô, implementá-lo em meio a cidade poderia trazer alguns inconvenientes. Trem: Muito similar ao metrô, os trens têm a capacidade de transportar 50 mil pessoas por hora por sentido. Assim como o metrô, o trem pode trazer inconvenientes em sua instalação. VLT: Este transporte pode ser movido por tração elétrica ou por diesel, o VLT é um transporte de média capacidade podendo transportar entre 30 mil a 40 mil pessoas por sentido. Possui alguns inconvenientes em sua instalação, porém tem menor impacto que no caso do metrô e do trem. Monotrilho: funcionam como os trens, metrôs e VLTs porém com uma diferença, estes se movem sob um único trilho paralelo geralmente suspenso. Transporta em média 15 mil a 20 mil pessoas por hora. BRT: este meio de transporte já existe em Uberlândia nas linhas interterminais. BRT (Bus Rapid Transit) são ônibus, geralmente articulados com capacidade maior que a dos ônibus comuns (15 mil até 20 mil por hora por sentido). Geralmente esses veículos circulam em corredores de ônibus. Ônibus: também em uso em Uberlândia, o ônibus é o meio de transporte mais difundido no Brasil tem capacidade de transporte de 10 mil pessoas por hora por sentido.
Com tudo o que foi exposto até o momento, consideramos que o desafio em garantir a fluidez do transporte em Uberlândia deve seguir os seguintes pilares: 1. Sustentabilidade: O transporte deve ajudar a cidade a garantir um ambiente livre de poluição sonora e no ar; 2. Acessibilidade: deve ser de fácil utilização por todos independente de suas condições se valendo do menor número de adaptações possíveis. Logo um cadeirante por exemplo terá acesso ao transporte da mesma forma que uma pessoa sem deficiências. 3. Fluidez: o sistema de transportes deverá garantir a fácil locomoção dos cidadãos pela cidade no menor tempo possível; 4. Segurança: o transporte deve garantir a segurança de seus usuários; 5. Conforto: ligado também ao pilar da segurança, o conforto deve garantir que os usuários o utilizem com conforto. 6. Alternativo: este pilar diz que o uso do transporte público ao invés do veículo particular seja mais viável ao povo. Com isso se espera que o uso do transporte público seja o meio preferido dos cidadãos e assim por consequência diminui o número de carros na cidade e consequentemente a redução da poluição sonora e do ar. 7. Autossuficiente: este pilar informa que o transporte deve ser auto suficiente ou pelo menos dependa menos possível de outros meios de transportes. Aqui nos referimos à greve dos caminhoneiros onde a falta de diesel fez os ônibus “rodarem” em rodízios afetando as atividades do dia-a-dia da cidade (inclusive o meio comercial). Assim o transporte não deve garantir que estes tipos de crises não o afetem ou se o fizer que o impacto seja mínimo. Com o que sabemos sobre os tipos de transporte existentes juntamente com os pilares que consideramos importantes para um sistema de transporte eficaz.
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Capítulo 4
- Porque falar de sistema de transporte público em planejamento urbano?
Ter um transporte público estruturado e bem pensado não é pensar em meios de transportes apenas, é pensar também nos equipamentos urbanos que os auxiliarão e no seu impacto no dia-a-dia da população. Além disso acreditamos que quando um sistema de transporte público é eficaz em acordo com os pilares que estabelecemos como essenciais, garantimos a qualidade de vida do povo, além de termos uma cidade com um trânsito mais confortável a população. Detalhando em acordo com os pilares estabelecidos temos por início que um transporte sustentável garante para a população um ambiente urbano menos poluído. Ambientes poluídos garantem um futuro mais equilibrado onde tecnologia e meio ambiente andam juntos sem grandes prejuízos para ambas as partes. Além disso, muitas doenças de nosso século possuem relação ou foram intensificadas com a poluição do ar e do meio ambiente. Também devemos considerar que a diminuição da poluição sonora diminui a tensão e o stress. Falar em sustentabilidade é falar também do pilar Alternatividade, isso porque se o transporte público é eficaz e viável ao povo diminuindo a quantidade de carros particulares o que contribui na diminuição da poluição sonora e do ar. Sob o pilar da Acessibilidade, garantimos a diminuição da desigualdade social, além de melhorarmos a qualidade de vida daqueles cidadãos que possuem alguma limitação, não limitada às deficiências, mas também as pessoas de mais idade. Com a fluidez temos um transporte mais rápido para a população. Isso implica em mais horas de sono para os trabalhadores pois atualmente acordasse muito cedo para poder garantir a chegada ao local de trabalho sem atrasos e prejuízos ao trabalhador. A melhoria nesse quesito garante trabalhadores mais descansados e consequentemente mais produtivos. Em seguida é impossível falarmos de segurança sem falarmos de conforto e vice versa isso porque atualmente temos muita superlotação nos ônibus nos horários de pico. Além de ser uma situação desconfortável e de certo modo indigna as pessoas, as superlotações podem ser perigosas pois dependendo da situação mecânica do veículo as portas podem se abrir causando uma tragédia de grandes proporções. Por fim, um transporte autossuficiente previne os impactos em momentos de crise. Este ano tivemos a paralisação dos caminhoneiros em todo o território nacional. Este momento em nosso país levou nosso grupo a refletir sobre uma verdade da atualidade: somos reféns dos combustíveis fósseis. Os impactos foram grandes durante a paralisação pois muitos trabalhadores não puderam seguir para seus trabalhos, muitas escolas e universidade encerraram as aulas, hospitais entraram em estado de alerta, supermercados ficaram quase sem mercadorias, dentre outros problemas. Ter um transporte público autossuficiente ou que utilize uma fonte de combustível alternativa poderia ter minimizado estes impactos, garantindo que as funções do dia-a-dia dos cidadãos não sofressem impactos ou se ocorresse que fossem minimizados. É por isso que acreditamos que pensar em transporte público é pensar em planejamento urbano.
Capítulo 5
- Possíveis soluções
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Considerando os pontos anteriormente levantados propomos a implementação do sistema de transporte com 3 tipos de modais: Metrô, VLT e ônibus elétricos. Em um sistema circular e cruzado na malha urbana conforme esquema abaixo:
Em resumo, o sistema de metrô seria instalado nos arredores da cidade próximo às ferrovias. Os VLT’s, por possuírem maior capacidade de transporte iriam “cruzar” a cidade nas avenidas, Nicomedes, João Naves e Rondon Pacheco levando um número maior de pessoas, nos pontos de interseção dos sistemas os ônibus elétricos distribuiriam a população para as partes mais “internas” dos bairros. Em razão dos investimentos realizados pelo governo federal nas construções feitas para sediar a Copa do Mundo no Rio de Janeiro, entrou-se na discussão sobre os tipos de modais que atendem a população, ficando centralizados no VLT e no BRT. O VLT é um transporte que causa menos impactos ambientais se comparado aos outros meios comuns. Trata-se de um sistema de ferrovia de superfície que utiliza a energia elétrica para seu funcionamento. Podendo ter tamanhos variados, o VLT atende bem a demanda por transportes nas cidades. O VLT é mais caro para implantar que o BRT, porém se considerarmos que, conforme informado no capítulo 3 os pilares Sustentabilidade e Acessibilidade são importantes para o funcionamento adequado do sistema de transporte da cidade, o VLT é o mais adequado pois atende os critérios que adotamos. Além disso se comparado com a frota de BRTs que Uberlândia já possui verificamos que de acordo com os pilares de eficiência do transporte público: 1. Sustentabilidade: É mais leve que um BRT o que proporciona menor consumo de “combustível” (no caso energia elétrica). Além disso, como o VLT é leve o mesmo promove um menor desgaste da via.
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2. Acessibilidade: O VLT possui piso baixo e se instalado de modo a possuir um vão muito mínimo entre calçada e veículo, propicia acessibilidade fácil para pessoas com deficiência (principalmente para cadeirantes). 3. Fluidez: como é um veículo sobre trilhos isolado em um corredor exclusivo, o VLT alcança grandes velocidades chegando em menos tempo ao seu destino. 4. Segurança: com maior capacidade de acomodação de passageiros, o VLT estabelece a diminuição ou até mesmo a extinção das superlotações que nos horários de pico ocorrem com frequência. Situações como essas podem ser perigosas aos usuários em caso de falha mecânica das portas. 5. Conforto: ainda sobre o caso das superlotações, com maior capacidade os passageiros poderão desfrutar de uma viagem mais confortável sem se “apertarem” nos ônibus. 6. Alternativo: sendo mais rápido e mais confortável o VLT pode ser uma alternativa mais viável para usuários de transporte particular principalmente se considerado a atual crise que enfrentamos com os constantes aumentos das refinarias de petróleo. 7. Autossuficiente: O VLT é movido a eletricidade, isso já significa que em uma possível “Crise do petróleo” não afetaria o uso dos VLTs. No entanto vale ressaltar que com o uso de energia elétrica no VLT, é necessária uma fonte de energia que seja renovável. Em nossas pesquisas descobrimos que a Algar começou uma fazenda de energia fotovoltaica chamada Alsol (além de outras empresas que têm investido nessa tecnologia na cidade). Vale ressaltar que atualmente a Algar possui contrato com a prefeitura através da empresa Comtec. Essa empresa é a administradora dos terminais de ônibus da cidade e pertence ao grupo Algar. A ideia aqui em mencionar o grupo é que o contrato poderia ser estendido com o fornecimento de energia renovável para o abastecimento dos VLTs (assim como os ônibus elétricos dos quais falaremos mais a seguir). Além do custo de implementação é importante destacar a necessidade de um sistema de drenagem eficaz nas vias, pois conforme observamos em casos como no Rio de Janeiro, em alguns pontos onde ocorrem alagamentos nos períodos de chuva, os VLTs ficam inoperantes devido ao seu piso baixo. Assim temos o seguinte esquema:
Além dos VLTs pensamos para cidade de Uberlândia um meio de transporte sobre trilhos que possa ter um longo alcance com uma rápida mobilidade e maior capacidade para passageiros que o primeiro modal destacado. Por se tratar de uma cidade com índices de crescimento populacionais cada vez maiores a cidade de Uberlândia se expande de maneira muito rápida fazendo-se necessária um planejamento efetivo que consiga acompanhar e proporcionar uma mobilidade urbana de qualidade para os moradores, com isso deve se pensar em transportes cada vez mais efetivos e que consiga suprir as necessidades de sua população. O metrô circular serviria como um meio de locomoção para distâncias maiores já que sua forma arredondada iria envolver a cidade por fora priorizando assim os bairros mais distantes e a zona industrial da cidade melhorando a eficiência para quem necessita percorrer
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longos caminhos para chegar ao trabalho, esse meio além de ser rápido também vai influenciar no trânsito interno principalmente nas principais vias da cidade que sofrem com o sobrecarregamento de veículos nos momentos de horário de pico onde a maioria das pessoas estão voltando ou indo para o trabalho causando congestionamentos e demora no tempo de locomoção, essa diminuição no volume de carros também irá disponibilizar alternativas diferentes para locomoção aos pedestre dando a oportunidade para que as pessoas tenham mais meios de chegarem ao seu destino priorizando assim o transporte público pela eficiência. Outro ponto seria a vantagem de ser um meio mais ecológico valorizando e tornando Uberlândia uma cidade mais sustentável por ser movido a eletricidade os efeitos causados pelo metro são bem menores comparados a massa de veículos que circulam, esses que são um dos grandes poluidores urbanos, movidos em sua grande maioria pelos derivados do petróleo os número de veículos cada vez maiores faz com que a falta de escolha por meios de transporte alternativos e públicos torne a população refém dos postos de gasolina e dos preços com valores inacessíveis para grande maioria da cidade. Assim o metrô circulando pelos arredores da cidade seria a solução para que diminuísse o tempo de locomoção dos trabalhadores para as áreas industriais da cidade. Por fim, os ônibus elétricos com certeza são uma grande e promissora proposta para um terceiro modal pois é um meio menos poluente do que os outros modais (incluindo sua versão a diesel). Apesar de seu alto custo se comparado a sua versão a diesel, o ônibus elétrico é também mais durável. O maior desafio em sua implantação está nos gastos elevados de implantação que este modal requer, seja pela aquisição dos veículos seja pela compra de suas baterias que ainda sofrem com a tributação. Outro ponto é que esse modal depende de um sistema de recarga que permita fazê-lo em larga escala. Novamente frisamos aqui a necessidade de uma fonte de energia renovável. A respeito de sua aplicação em nossa solução, o ônibus elétrico seria uma substituição confortável e sustentável em substituição da frota a diesel e no cenário projetado esse modal iria “coletar” a população para levá-los ao interior das 4 zonas divididas pelo sistema de VLT. Essas “zonas” são partes onde as ruas são mais estreitas e de curto alcance inviabilizando por exemplo a implantação do VLT e/ou do metrô. Assim o ônibus elétrico iria realizar a distribuição da população para as áreas mais inacessíveis dos modais apresentados anteriormente. Financeiramente o ônibus elétrico não apresenta grandes vantagens se comparado ao diesel. No entanto, se aplicarmos isso a longo prazo descobrimos que: ●
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O Banco Mundial e o BNDES apoiam projetos que viabilizem a diminuição do aquecimento global. Logo essas instituições facilitam o financiamento para esses casos. A energia elétrica custa menos que o diesel. Segundo nossas pesquisas, a recarga de um ônibus custa 64% menos que o abastecimento por diesel. Além disso as baterias dos ônibus elétricos demonstraram maior eficiência que os motores a diesel sendo mais efetiva a economia ainda se carregada com energia solar (tanto por rendimento quanto por custo de abastecimento); Baterias correspondem a maior parte do custo dos veículos, porém existem bancos que viabilizam a troca das baterias por meio de leasing. Essa modalidade nada mais é que um aluguel com tempo pré-determinado que ao final pode ser renovado para um novo contrato. Essa modalidade pode ser firmada diretamente com o fabricante e constitui uma redução de 60% no custo da aquisição do veículo;
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Capítulo 6
Menor custo de manutenção. Ônibus elétricos possuem menos componentes logo sua manutenção é mais barata pois exige menos revisões que sua versão a diesel. Com baterias arrendadas por leasing esse custo pode cair para a metade. Ônibus a diesel tem tempo médio de 10 anos ao passo que ônibus elétricos duram até 15 anos tendo ainda um custo operacional de 15% a menos que sua versão a óleo. Além disso, podemos contribuir para o aumento da produção nacional. Atualmente temos uma empresa nacional chamada Eletra a qual fabrica esse tipo de veículo (temos também em nosso território a Volvo da Alemanha e a BYD da China) as quais estão dispostas a aumentar a produção se houver demanda pelo ônibus elétrico. Como não poluem o ar, os ônibus elétricos contribuem também para a saúde da população.
- Estudo de caso:
O VLT no mundo
Segundo a UITP (International Association of Public Transport) divulgou que o VLT possui um futuro promissor, isso porque além de não poluir o meio ambiente, o VLT não agride a paisagem urbana, trafega com boa velocidade além de funcionar em quaisquer condições climáticas. Países da Europa e nos Estados Unidos, este modal tem feito parte do dia-a-dia dos cidadãos e tem atendido satisfatoriamente. No Brasil existem 5 projetos de implantação deste modal, porém o mais propenso a sair do papel é o de Goiânia. O projeto desta cidade será implantado seguindo os modelos PPP (Parceria público privado) sendo que a empresa Odebrecht foi a vencedora da licitação. Todos esses projetos estão em fase de estudos, porém acredita-se que no Brasil a tendência é que esse modal se torne popular.
Copenhagen
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Cityringen é uma linha de metrô completamente nova, construída com os mesmos princípios da rede existente do metrô de Copenhague. Cityringen será um trem subterrâneo de 15,5 km sob o centro de Copenhague, o "quarteirão da ponte" e Frederiksberg. A linha circular terá 17 estações subterrâneas e será inaugurada em julho de 2019. Lisboa
Essa é uma proposta apresentada para um projeto previsto para expansão do metro de Lisboa a ideia consiste em otimizar o tempo de espera e é focada em melhor atender o centro da cidade, apesar de várias críticas por parte de engenheiros que alegam ser uma obra de um custo muito caro de difícil manutenção o projeto segue em análise para viabilidade de implantação na cidade. Transporte sobre trilhos na cidade de Uberlândia
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Para cidade de Uberlândia a ideia de um meio de transporte sobre trilhos que posso ter um longo alcance com uma rápida mobilidade já deve ser levada em conta, por se tratar de uma cidade com índices de crescimento populacionais cada vez maiores a cidade de Uberlândia se expande de maneira muito rápida fazendo-se necessária um planejamento efetivo que consiga acompanhar e proporcionar uma mobilidade urbana de qualidade para os moradores, com isso deve se pensar em transportes cada vez mais efetivos e que consiga suprir as necessidade de sua população. O metrô circular serviria como um meio de locomoção para distâncias maiores já que sua forma de arredonda iria envolver a cidade por fora priorizando assim os bairros mais distantes e a zona industrial da cidade melhorando a eficiência para quem necessita de percorrer longos caminhos para chegar ao trabalho, esse meio além de ser rápido também vai influenciar no trânsito interno principalmente nas principais vias da cidade que sofrem com o sobre carregamento de veículos nos momentos de pico horário onde a maioria das pessoas estão voltando ou indo para o trabalho causando congestionamentos e demora no tempo de locomoção , essa diminuição no volume de carros também irá disponibilizando alternativas diferentes para locomoção aos pedestre dando a oportunidade para que as pessoas tenham mais maneira de chegar ao seu destino priorizando assim o transporte público pela eficiência. Outro ponto seria a vantagem de ser um meio mais ecológico valorizando e tornando Uberlândia uma cidade mais sustentável por ser movido a eletricidade os efeitos causados pelo metro são bem menores comparados a massa de veículos que circulam, esses que são um dos grandes poluidores urbanos, movidos em sua grande maioria pelos derivados do petróleo os número de veículos cada vez maiores faz com que a falta de escolha por meios de transporte alternativos e públicos torne a população refém dos postos de gasolina e dos preços com valores inacessíveis para grande maioria da cidade.
Projeto de implantação de ônibus elétricos em Uberlândia Descobrimos em nossas pesquisas que já existe um projeto similar ao que pensamos, no entanto se trata exclusivamente da frota de ônibus elétricos. Conforme o site do Diário do Comércio, Uberlândia será a primeira cidade do país a possuir ônibus elétrico em sua frota. Essa novidade foi anunciada pelo prefeito Odelmo Leão dia 28 de agosto deste ano. Essa frota será adquirida pela companhia São Miguel, a qual atua no Sistema Integrado de Trânsito da cidade (SIT). Segundo os representantes da empresa, os 8 veículos adquiridos serão da empresa BYD e irão compor o plano de substituição da frota que atualmente atende a cidade. Segundo a São Miguel, os ônibus utilizarão energia 100% renovável pois a empresa irá construir uma fazenda de energia fotovoltaica próxima a empresa. Segundo o site G1 não foram divulgadas quais linhas irão ser substituídas pelo veículo, porém até o momento a empresa está em negociação com o fabricante no sentido de adequar o veículo às normas necessárias para que o mesmo possa circular pela cidade. Segundo o site o representante da São Miguel divulgou ainda que os testes realizados com esse veículo mostraram que o mesmo possui uma autonomia de 280km sendo totalmente recarregado em 3 horas e 30 minutos.
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Capítulo 7
- Conclusão
Diante do estudo realizado, acreditamos que nossa solução para a disposição do sistema de transportes da cidade, assim como as necessidades de adequações da malha urbana, são a longo prazo uma solução que tornará a cidade moderna, sustentável, acessível e auto suficiente. É claro que a implantação do que foi sugerido exige-se estudos minuciosos e planos de implantação que tornem o processo viável, porém mesmo com os desafios desse processo acreditamos que seria o melhor meio de termos uma cidade que servisse a todos.
Referências: https://www.todamateria.com.br/mobilidade-urbana/ https://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/ https://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/conheca-as-diferentes-modalidades-de-tran sporte-publico-urbano/n1238145637694.html https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/diferenca-entre-vlt-brt.htm http://www.fetrans.org.br/site/?p=1238 https://diariodotransporte.com.br/2016/10/31/para-que-veio-o-vlt-uma-analise-sobre-o-veiculo-le ve-sobre-trilhos/ https://www.google.com/amp/s/www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/o-que-e-mobilidade-urba na/amp/ http://www.mobilize.org.br/noticias/9773/futuro-promissor-para-o-vlt-avalia-estudo.html
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