TGI I

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M E I O S R E D E ESCOLHAS



Trabalho de Graduação Integrado I Raquel Pillon Almeida | IAU-USP | 2013



ao percurso e ao encontro.


Não há dúvida de que o jogo da sociedade comparte de certos valores superiores que se a qualquer pessoa, ou jogador, se perguntar a respeito, dentro da lista de duas ou três regras mais importantes, junto ao direito à vida, estaria a liberdade. Dentro do jogo urbanístico essa liberdade está representada pela mobilidade. Uma sociedade é mais livre quanto mais possibilidades e opções diferentes de mobilidade haja que se adaptem ao ritmo de vida dos diferentes grupos sociais e, sobretudo, que estas opções e possibilidades cumpram com a máxima sem a qual a liberdade não existe, e nem mesmo a sociedade, o respeito ao outro e suas diferenças.

objeto para-arquitetônico



Para ganhar este jogo ou ao menos ir avançando para alcança-lo, há que adiantar a jogada, ou pelo menos tentar, por meio da criação de demandas através da oferta de mobilidade e sua irmã gêmea, a liberdade. Ninguém pode ganhar o ‘jogo urbanístico’ sendo a demanda a única razão para que exista a oferta, sem planejamento. Se não se abrem possibilidades de demanda utilizando a cidade como laboratório de ensaios de novos métodos e instrumentos uma cidade sempre irá atrasada, atada por problemas solucionáveis.



“cidades cheias de vida têm essa maravilhosa habilidade, inata, de compreender, de comunicar, de concatenar, e inventar o que será necessário para combater suas dificuldades”

jane jacobs



stephen marshall



“(...) à medida que o universo do pedestre se vai reduzindo a estreitas faixas de passeio dum lado e do outro duma grande artéria, ele que tome cuidado; a segurança e intimidade que encontra no interior transforma-se com demasiada rapidez no desespero dos acossados”

gordon cullen



M O B I L I D A D E U R B A N A A LT E R N AT I VA A AT U A L

CIRCULAÇÃO URBANA HUMANIZADA _CONSEGUIR QUE AS PESSOAS CAMINHEM OU U T I L I Z E M B I C I C L E TA PA R A DESLOCAMENTOS C U R T O S

_ U S O D O TRANSPORTE P Ú B L I C O E M M A I O R E S DESLOCAMENTOS

_LIMITAR O USO DO AUTOMÓVEL NA C I D A D E


O A E


conceito de rede A cidade deve ser concebida por e para as pessoas, potencializando o direito de viver a cidade, pois são elas que desenvolvem e realizam sua existência no espaço público, este que até hoje era entendido como neutro e traduzido como entregue ao meio de transporte mais ‘poderoso’ e invasivo, o automóvel. O conceito de rede previne a segregação por meio da conexão intermodal. A teoria das redes entende o espaço urbano desde uma concepção racional, na qual é a conexão entre dois pontos do espaço o que lhes dá existência, pois ao permitir inter-relações entre eles propicia-se a aparição de atividade em seu entorno. Trata-se portanto de uma concepção dinâmica do território.



estudo de caso calçadões no centro de são paulo




ÁREA


viรกrio principal


av. sテ」o carlos

hing ton

IBGE

Sテグ CARLOS

was luiz




Pesquisa de opinião sobre ploblemas no transporte urbano realizada na cidade de São Carlos pelo Departamento de Transportes da Escola de Engenharia de São Carlos da USP [2007|2008] deixa claro que os principais problemas apontados por seus cidadãos para realização de deslocamentos a pé [44% ! segundo ANTP] ou em bicicleta estão diretamente relacionados a infraestrutura.




MACRO


A bicicleta forma parte do sistema e como tal deve ser incluída como um dos protagonistas ativos da rede intermodal, atuando como meio de transporte barato, rápido e cômodo, com papel de mesma importância que os demais meios e conectando-se a eles. Para isso sua estrutura de ciclovias deve ser pensada em escala macro, para toda a cidade, potencializando e completando assim as características da bicicleta entendida como meio de transporte e não somente como esporte ou lazer.



IDENTIFICAÇÃO VIAS


N

avenida sem canteiro central rua mĂŁo Ăşnica rua mĂŁo dupla avenida com canteiro central amplo av|rua com margem ampla margem de rio ampla via exclusiva pedestre


AÇÕES IMPLANTAÇÃO


N

subtrair uma faixa de estacionamento aproveitamento do canteiro central aproveitamento da margem compatibilização com via de pedestre



ciclofaixa ciclovia segregada junto à via ciclovia segregada em calçada ciclovia segregada em terreno limpo

TIPOLOGIAS N

90 KM

90KM


ciclofaixa _mesmo nível da circulação do tráfego motorizado _não possui separador físico do tráfego lindeiro _incluída no mesmo projeto de drenagem de toda a via



ciclovia segregada junto à via _elemento separador da via onde circulam os veículos motorizados _mesmo nível da via lindeira da qual esteja separada por elemento físico _incluída no mesmo projeto de drenagem de toda a via



ciclovia segregada em calçada _estar no mesmo nível do passeio de pedestres _não possuir separador físico do tráfego lindeiro de pedestres _ter mesmo projeto de drenagem de todo o passeio _ter pavimento diferente daquele utilizado no passeio _ter sinalização independente da via de autos





ciclovia segregada em terreno limpo _afastada da margem da via principal em pelo menos 0,80 m _projeto de drenagem independente do projeto da via principal _diretriz paralela ou não coincidente com a da via marginal mais próxima _construída sobre terreno virgem ou sobre terreno sem destinação à circulação de pedestres ou de veículos






MICRO


Através dos calçadões o pedestre recupera sua autonomia e reivindica o espaço urbano de escala humana, acessível, justa e equilibrada. As possibilidades de intercâmbio, de sociabilização e de experimentação do espaço público aumentam e levam a uma apropriação cívica do território não individualizado onde o pedestre volta a ser o principal atuante.



intervenção



pedestrianização de áreas antes ocupadas por vias e estacionamentos de automóveis [aprox. 15400m2]


450 vagas estacionamenro retiradas bolsão estacionamento estacionamento subterrâeo reativado

calçadão



praรงas



institucional



comercial

comĂŠrcio alimentĂ­cio bares, lanchonetes e restaurantes roupas, acessĂłrios, outros





pago exclusivo

ESTACIONAMENTO PRIVADO






desvios do autom贸vel




452 vagas retiradas





av. s達o carlos


A implantação do VLT [veículo leve sobre trilhos] reafirma o novo perfil proposto para a principal avenida da cidade, onde a prioridade está no pedestre e usuário de tranporte público. Como mais um articulador do espaço físico urbano está conectado aos demais meios, e representa maior comodidade também por unir as viagens dos dois sentidos, norte e sul, em uma única via.



VLT

INTERMODAIS

3 KM


rodoviária

r. carlos botelho r. xv de novembro

pç. santa cruz

LINHAS

ÔNIBU

S

pç. coronel salles

N

pç. itália






alteração do fluxo de automóveis no eixo sul > norte apoiada em incremento do tranporte público







bibliografia


ANELLI, Renato Luiz Sobral. Plano de conformação da base da metrópole: redes de mobilidade paulistanas. Porto Alegre: Marca Visual, 2011. ANELLI, Renato Luiz Sobral. “Calçadões paulistanos – em debate o futuro das áreas de pedestres do centro de São Paulo”. Arquitextos060. São Paulo: Portal Vitruvius, maio 2005. <http://www.vitruvius. com.br/revistas/read/arquitextos/05.060/457>. CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana, São Paulo: Martins Fontes, 1983. EMURB ruas de pedestres. São Paulo: Empresa Municipal de Urbanização, janeiro de 1979. HERCE, Manuel. Sobre la movilidad en la ciudad: propuestas para recuperar un derecho ciudadano. Barcelona : Reverté, 2009. JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. MEYER, Regina Maria Prosperi. Mobilidade viária versus contexto urbano. In Urbanismo: dossiê São Paulo – Rio de Janeiro, pp. 163-176. Campinas: Oculum Ensaios, 2004. SEIXAS, Alexandre Rodrigues. A cidade e a mobilidade na era do automóvel: a obra de Colin Buchanan (1958-1966). São Carlos: tese de doutorado, IAUUSP, 2010. VILLAÇA, Flávio. Reflexões sobre o centro de São Paulo. In Urbanismo: dossiê São Paulo – Rio de Janeiro, pp. 21-35. Campinas: Oculum Ensaios, 2004. PROGRAMA BRASILEIRO DE MOBILIDADE POR BICICLETA – BICICLETA BRASIL, Ministério das Cidades. Caderno de referência para elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades. Brasília: Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, 2007. Memorial do projeto de pedestrianização no centro de Sevilha, La Piel Sensible. Sevilha: TrB Arquitectos, José Carlos Mariñas, 2004, (arquivo pdf). Associação Nacional de Transportes Públicos: <http://www.antp.org.br/website/> Ciclismo São Carlos: <https://sites.google.com/a/ciclismosaocarlos.org.br/www/> Vá de Bike: <http://vadebike.org/>



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