U R B A N O S
Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Artes e Arquitetura Trabalho de Conclusão de Curso II Orientador: Flávio Araújo Aluna: Raquel Braga Goiânia, Novembro, 2018
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Perder-se significa que entre nós e o espaço não existe somente uma relação de domínio, de controle por parte do sujeito, mas também a possibilidade de o espaço nos dominar. (...) Modificar lugares, confrontar-se com mundos diversos, ser forçados a recriar continuamente pontos de referência é regenerante em um nível psíquico. .
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CARERI (2013)
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i n t r o d u รง รฃ o
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p a r t i d o a r q u i t e t ô n i c o c o n s i d e r a ç þ e s fi n a i s
b i b l i o g r a fi a
i n t r o d u c ao
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O MONOPÓLIO DOS BLOCKBUSTERS
O histórico do cinema de rua está relacionado com a urbanização das cidades e os ideais de progresso do inicio do século XX. Com o início do êxodo rural entende-se o processo do provinciano ao cosmopolita. (SANTORO, 2004). A partir da década de 1960, no entanto, com o mais tarde do videocassete, o cinema de rua entra em desuso. Onde prevaatividade isolada e individual. Mais tarde, o cinema é retomado com a construção de shoppings e complexos comerciais. Com novos investimentos e avanço
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A DEGRADAÇÃO DOS CINEMAS DE RUA .
O cinema se compõe como uma plataforma para transmissão de histórias. Em Goiânia a inauguração da primeira sala é realizada em 1936 com o Cine Teatro Campinas. A partir dele surgem outros ao longo dos anos como o Cine Popular, Cine Santa Maria, até os mais recentes Cine Ouro, Capri e Astor. A atividade de ir ao cinema se constituía por ser coletiva, ocupando os espaços públicos e fomentando as relações sociais. . Ainda assim, observa-se a degradação dos edifícos de cinema de rua que ainda resistem no Centro de os que ainda não fecharam as portas necessecitam de reformas estruturais, atualização da programação e incentivos públicos. Os edifícos que se destacam são o Cine Cultura e o Cine Goiânia Ouro, ambos localizaddos dentro de Centros Culturais no setor Central. .
O trabalho a seguir tem como objetivos a pesquida exploratória, levantamento e análise de Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC2). Compondo portanto, a parte teórica do projeCultural Municipal Goiânia Ouro.
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j u s t i f
tecnológico nascem as salas Multiplex. No entanto os shopping centers criam barreiras na conexão cinema-cidade. Distanciam-se das ruas, assim como, da cultura urbana. Constituem-se em ambiNa década de 1990 a instalação desses novos circuitos multiplex e a retomada da construção das salas de cinema teve forte investimento de capital estrangeiro. Os complexos são construídos com as novas tecnologias e maior investimento. No entanto, devido ao alto investimento, as salas são focadas em conteúdos com intuito
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O CINECLUBISMO
Os cineclubes agem como uma ferramenta nao somente de
também possibilitam um campo para experimentação de novos artistas e produtores. Goiânia inicia com a atividade de cineclubes na década de 1970 com o Cineclube Antonio das Mortes. Caracterizando-se como expoente da cultura fílmica Goiana. Existente até hoje, é e fomentador de debates, abrindo assim, espaço para outros cineclubes. Atualmente criou-se a união de cineclubes goianos. A associação que administra grande parte dos eventos e festivais.
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de arrecadação de bilheteria, ou seja, Enquanto os circuitos alternativos e mentais perdem espaço de exibição. O contexto atual de Goiânia é marcado pelo funcionamento somente do Cine Cultura para a comercial. Além desse cinema, a outras possibilidades para a exibição por eventos atrelados a à Universidade Federal de Goiás (UFG) ou através das mostras e eventos em parceria com o governo municipal.
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A PRODUÇÃO E O PÚBLICO NACIONAL
O contexto do cinema brasileiro infelizmente ainda é marcado pelo elitismo, falta de diversidade e o baixo incentivo para novas produções. Um contexto, no entanto, que tem presenciado mudanças nos últimos anos como explicita Cacá Diegues (membro do Conselho Superior de Cinema): )
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País. (...)Uma das principais características do cinema produzido no Brasil é a sua diversidade. Temos co, com sucesso enorme de bilheteria, quanto o respeito de críticos, com produções que são muito bem recebidas em festivais dentro e fora do Brasil. ,
O cineclubismo em nosso país tem cumprido o importante papel Hollywood funciona como uma ca. (...) Os cineclubes brasileiros vêm indústria pela parceria entre companoferecendo às novas gerações subsídihias privadas e o governo. Leis de os para a avaliação mais aprofundaincentivo promovem as produções que .
”
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geram empregos e possivelmente lucro
A pesquisa inicia-se a partir da compreensão dos edifícios de cinemas de rua no Centro de Goiânia, com intuito de analisa-los no contexto urbano e suas intereações com o tecido urbano. Assim, o projeto é norteado, na intenção de retomar a prática do cinema de rua, conectando atividades culturais e a rua através das pessoas. .
ra” e a Temática como “A arte, o cinema e a cidade”.O projeto também terá como prosposta a a reestruturação de vazios urbanos, assim como a revitalização de espaços degradados, conectando os novos locais culturais através da cidade e incentivando a ocupaçao da mesma por meio de uma rota fílmica - cultural. . .
i c a t i v a s : lucro para a cidade. O Brasil por mais que realize produções de boa renomados internacionalmente, ainda não possui uma indústria necessidade do incentivo governamental não está apenas relacionado cidade e a economia, mas também (quiça razão mais importante), uma abertura para experimentação. Com o aumento de editais, novos criadores são incentivados a experimentar com temas e gêneros diversos. . Moraes (2017) indica que a aumentar no Brasil em 2016 e bater recordes de público. Dentre as razões, destaca-se o aumento de incentivos públicos para produções culturais no país. . O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) foi criado em 2008, a partir do recolhimento da Condecine – tributo pago para veiculação, produção, licenciamento e distribuição de obras audiovisuais que é revertido para o próprio setor. Na prática o que ocorre é que parte do lucro das empresas de tele comunicações encaminha-se para o governo gerando assim, editais para as então gerido pela ANCINE (Agência Nacional do Cinema), que distribui o dinheiro captado pelas empresas nesses editais e se caracteriza como o principal recurso público para produções audiovisuais no país atualmente (como está indicado no . Em Goiânia existe a Lei Goyazes. Caracterizada pelo Programa Estadual de Incentivo à Cultura de Goiás e fomentado portanto, pela
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Fonte: ANCINE (2016)
Secretaria de Estado de Educação, obetivo geral obetivo geral Cultura e Esporte. (SEDUCE). A lei obetivo geral CONEXÃO COM O circulação de mercadorias e Serviço (ICMS). Em 2018, o governo disponibilizará R$ 10 milhões
CINEMA E A CIDADE
Visualizando o contexto do cinema atual no Brasil e especialmente em Goiânia torna-se
os espaços focados para tais ativiLei Goyazes, onde podem concorrer dades. Mantendo as parcerias com projetos de todos os municípios programas públicos e incentivando goianos. (O POPULAR, 2017). todo o público goiano para a ativiDentre os projeto contempdade de ir ao cinema, e ao mesmo lados por este programa estadual tempo, experienciando a cidade. para o audiovisual destacam-se: O cinema de calçada; Casa Fora de O que O que faltafalta em Goiânia em Goiânia são são Casa; Rodada de Estudos Audio-justamente justamente condições condições físicas físicas e e O que falta em Goiânia são visuais (REAU); Festivais como oestímulo estímulo governamental governamental parapara o esurgo surgjustamente condições físicas Festcine, Goiânia Mostra Curtas,imento de novos de novos núcleos núcleos deo discussão de discussão estímuloimento governamental para surgMorce-Go Vermelho - Goiás Horror imento de novos núcleos de discussão Film Festival e Trash. Percebe-secontinuidade continuidade a uma trabalho um trabalho iniciado iniciado assim, um aumento nos eventospor por cineclubes cineclubes históricos históricos seja seja parapara continuidade a um trabalho iniciado culturais relacionados ao cinemaocupar ocupar novos novos espaços espaços eseja iniciar e para iniciar novas novas por cineclubes históricos atualmente na capital do Estado.formas formas de debates de debates (BENFICA, (BENFICA, E. E. ocupar novos espaços e iniciar novas Abrindo a necessidade de espaçosLEAO, LEAO, B). B). . . .. .. formas de debates (BENFICA, E. estruturados para sedia-los. .. LEAO, . B). .. .
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página 03 -base teórica
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base teórica #01 A CIDADE TÁTICA De acordo com (COSTA,2016), urbanismo tático surgiu “a partir do termo ‘pioneiros espaciais’– cidadãos que se engajam em práticas socioespaciais – iden-
desuso e procuram reinventa-los.” O termo “tático” portanto, surge do contexto da proposição de ideias estratégicas para situações a curto prazo, porém explicitando o potencial para um planejamento a longo prazo. Seriam medidas tomadas a partir de pessoas ou grupos que habitam os locais com potencial de reinvenção, tomando a características de um “urbanismo cidadão”. . As medidas táticas portanto podem surgir de materiais simples e do reaproveitamento de objetos. Desde a reutilização de pneus e pallets como mobiliário urbano, até o uso de tinta para sinalização de trânsito. Áreas ociosas tem um grande potencial para o urbanismo tático, onde podem ser propostos novos
novos espaços de convivência e instalaçõe artísticas. . A atenção para esses novos movimentos torna-se relevante a medida que entende-se que não é possível projetar mudanças sozinho. Além da execução de propostas arquitetônicas e urbanísticas em si serem ações coletivas, a proposta de intervenções nas cidades, sejam elas construtivas ou não, também precisam ser debatidas e discutidas pretendem coloca-la em ação mas também pela comunidade existente. Todos os envolvidos na ocupação desses espaços podem participar na tomada de decisões. É importante destacar que nem todas as propostas urbanas precisam necessariamente prédios construídos e permanentes. A transitoriedade e efemeridade das relações humanas na cidade são carac-
B AS E S T E O R I C AS
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base teórica #03 A CIDADE E O CORPO
Ficamos dependentes da visão em detrimento dos outros sentidos como explicita Pallasma (2011). No entanto, pensando na temática de cinema, uma produção audiovisual, faz-se necessário a investigação desses conceitos para a proposta projetual. Assim, pode-se pensar em uma arquitetura capaz de integrar tanto o Áudio (som) quanto o visual (plasticidade). E ir mais além, utilizar de técnicas para que todo o corpo seja capaz de perceber as obras arquitetônicas e a cidade. E assim, projetar uma arquitetura capaz de produzir experiências e não somente espectadores. . A arquitetura compõe-se, assim como todas as expressões humanas, de metáforas para o corpo. Só assim podemos nos estruturar e
nos encontrar dentro da cidade. Nossa conexão com o urbano
.
de propostas.
As principais bases teóricas para a realização do trabalho são caracterizados pela compreensão e relação entre sociedade e cultura, indivíduo e arquitetura assim como, corpo e cidade.
cidade
com
marcas,
logotipo
urbanas.
e .
a apropriação dos espaços da cidade com o corpo, antagonistas das ceno-
humana.
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Todos os sentidos, incluindo a visão, são extensões do tato; os sentidos são especializações do tecido cutâneo, e todas as experiências sensoriais são variantes do tato e, portanto, relacionadas à tatilidade.” (PALLASMA 2011). .
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Além da rua como um meio de comunicação social é possível observa-la também como uma extensão do corpo. Para (BRITTO, 2008) a relação de cidade e corpo é de resistência. A experiência corporal é uma reação à espetacularização das cidades contem porâneas. Tal processo de espetacularização é a composição de uma
cidade e expressa essa interação em sua corporalidade. Dessa forma, as experiências corporais são ferramentas de luta contra o espetáculo da cidade neoliberal. . Portanto através do entendipossível propor espaços que de fato conectem a cidade com o corpo, evocando a memória e a experiência sensorial. . .
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A cidade existe por meio de minha experiência corporal. A cidade e meu corpo se complementam e se mora em mim (PALLASMA 2011).
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página 04 -base teórica
base teórica #02 O LABIRINTO E A DESCOBERTA
Careri (2013) discorre sobre o caminhar desde o nascimento da humanidae. Atualmente o homem pós moderno não necessita mais da caça, mas ainda assim, necessita da arte. A crise da sociedade pós moderna faz com que a humanidade questione sua identidade. Dessa forma, um caminho que traz a busca pela arte e pela cultura também se torna um ato de sobrevivência. Tornando-se necessário o ato de percorrer a cidade, entrando em contato com a cultura local e despertando os sentidos.
“ ”
O caminhar, mesmo não sendo uma construção física de um espaço implica uma transformação do 2013).
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Assim, buscou-se entender as conexões entre as expressões culturais nas ruas, abertas ao público em contraste com os eventos em edifícios fechados. Resgatou-se o impacto na atividade de ir ao cinema e da discussão em comunidade assim como, das ativi-
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base teórica #04 CENTROS CULTURAIS
Milanesi explicita em seu livro “A casa da invenção” a característica genérica do termo centro municípios agregam prédios antigos com certo valor histórico e transformam em casas culturais genéricas. Podendo estar ligada a um modismo ao invés de compreender o entorno e a necessidade de qual equipamento cultural seria mais apropriado. A falta de manutenção e a descontinuidade administrativa dos centros culturais se torna uma realidade setores ditos como prioritários. O resultado são de prédios abandonados em que a população não compreende o uso. As vezes com um arquitetura rebuscada que as
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Ruas impessoais geram pessoas anônimas, e não se trata da qualidade estética nem de um efeito emocional místico no campo da arquitetura (JACOBS, 2000). .
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entre nós e o espaço não existe somente uma relação de domínio, de controle por parte do sujeito, mas também a possibilidade de o espaço nos dominar (CARERI, 2013). .
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dades culturais de caráter coletivo. Evidenciando as necessidades humanas de acesso à cultura e a cidade. Portanto, a pesquisa busca Culturais, a contextualização das práticas de urbanismo tático pessoas não entram espontaneacentro cultural é a relação que se estabelece em seu interior, entre as pessoas, incluindo aí seus dirigentes. . O centro Cultural portanto não é algo que pode ser fabricado externamente e importado. A cultura de vitrine é estéril exatamente porque não há participação do público local em sua elaboração. Os centros culturais são ferramentas capazes de construir as vozes da cidade. . Levando em consideração os três verbos propostos, Milanesi dispõe uma recomedação aos centro de cultura deveconsiderar os três elementos essenciais: área de acesso aos conhecimentos, espaços para a convivência e discussão,
Sadler (1999) expõe os ideais sobre cidade do arquiteto Aldo van Eyck em oposição ao funcionalismo excessivo do movimento moderno. Para Eyck a projetação deveria partir da ideia da “Claridade do Labirinto”, ou seja, substituindo a hierarquia de usos rigorosas com uma ordem multiuso. A claridade do Labirinto permitiria portanto, a liberdade de escolha do uso da cidade e dos edifícios para o indivíduo possibilitando a descoberta destes espaços e locais. O trabalho de Eyck, de acordo com u Rosa (2013) indica usos e livre para apropriação além de subverter e Assim o atual projeto buscará envolver os principais conceitos de descoberta e experiência que podem ser propiciados através do caminhar sobre a cidade, explorando novos equipamentos e intervenções urbanas culturais. . aplicáveis em Goiânia, os impactos entre a arquitetura e os corpos ato de percorrer a cidade, incentivando as sensações do corpo, da . descoberta e da surpresa.
responsável na integração desses elementos e na forma como esses espaços se relacionam. . A cultura é essencialmente da cidade. . “Os três verbos conjugados num centro de cultura são: informar, discutir e criar”: .
informar centro criar
discutir
Produção a partir da Base Teórica de (MILANESI, 1993). .
página 05 - estudo de caso 01
z o e t r o p e c i n e m a Criação de um cenário cultural Ficha Técnica ARQUITETOS: ADH LOCALIAÇÃO: Blaye, França ÁREA: 1100,0 m2 ANO DO PROJETO: 2013 CLIENTE: Prefeitura de Blaye TIPO: Edifício Público O projeto localiza-se na pequena cidade de Blaye. Uma comuna na região sudoeste da França. Em cidade. Foi realizado pelo escritório ADH em um terreno de 1100 m2. O projeto toma partido do estilo cinetir tal pensamento oferencendo espaços confortáveis, onde as pessoas podem passar o tempo antes e depois la American Zoetrope. . O programa conta com duas salas, uma como 280 lugares, e a outra com 120, e um café que integra-se com a avenida principal da cidade. O edifício possui caráter publico e é coordenado pelo município. ..
O partido busca uma forma arquitetônica que possa ser facilmente reconhecida, um ícone para a cidade. Portanto não pretende se misturar no contexto urbano e sim, o destaque, iniciando um diálogo com a cidade para iniciar uma cena cultural urbana. O prédio torna-se um tributo à história do cinema. É baseado em uma analogia com o zootropo, um mecanismo desenvolvido do século XIX por Willian Horner que consiste em uma estrutura circular onde através de buracos recortados o espectador vivência uma imagem em movimento a partir do mecanismo circular. Assim a geometria do lobby é planejada a partir desse conceito. O espaço em cilindro também compõe a recepção do cinema e segue até a galeria que leva às salas de projeção. Os espaços portanto são formados a partir de uma qualidade amigável e familiar, onde as pessoas da cidade de Blaye podem toma-las e ocupa-las. . O edifício é construído em estrutura metálica e as salas de projeção são revestidas por placas metálicas que feitas para absorção de som.
Destaques do projeto •Conexåo entre a rua e o edifício. •Criaçao de um marco cultural.
página 06 -estudo de caso 01
Utilização de vidros conectando a rua com o edifíco. Imagem de um zootropo SALA 2 119 LUGARES
Micro perforated plate (MPP) para isolamento acústico SALA 2 119 LUGARES
OS
B VA LA
SALA 1 289 LUGARES
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BAR RECEPÇÃO
SALA 1 289 LUGARES
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CIRCULAÇÃO VERTICAL
SERVIÇO
SOCIAL
ÁREA CULTURAL (CINEMA E ARTE)
PLANTA PAV. 1
Concreto exposto Vidro aplicado permitindo a cenxão com o Revestimento de placas metálicas
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p r a c a d a s a r t e s
Ficha Técnica ARQUITETOS: Brasil Arquitetura LOCALIAÇÃO: Av. São João, 281 Centro São Paulo - Brasil ÁREA: 28.500.0 m2 ANO DO PROJETO: 2012 TIPO: Complexo Cultural - Educacional
O projeto da praça das artes realizado pelo escritório Brasil dade doa compreensão do local de implantação. O Centro Cultural se localiza em uma área urbanizada central, estando restringida aos desenhos de lotes que se encontram até o centro da quadra. Dentre os edifícios pré existentes na quadra se encontram o Conservatório Dramático e Musical, e o Cine Cairo. Tendo a necessidade portanto, do diálogo entre edifícios históricos e o novo projeto. Os escritório não somente revitalhistóricos como também os intregou com os novos blocos. Vinculando os usos por toda a quadra, incentivando a permeabilidade e a descoberta pelo pedestre.
O programa foi norteado pelas atividades de dança e música. “As atividades musicais são representadas pelas orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório, pelos corais Lírico e Paulistano, pelo Quarteto Municipal de Cordas, pela Escola Municipal de Música e pela Sala de Concertos do antigo Conservatório Dramático e Musical. As atividades de dança são representadas pelo Balé da Cidade e pela Escola de Bailado. Além destes organismos, o conjunto abriga um Centro de Documentação, a Discoteca Oneyda Alvarenga, galeria de exposições, áreas administrativas, de convivência, restaurantes, cafés e estacionamento em dois níveis de subsolo. . O projeto teve como objetivo da compilação de diversos usos tanto educacionais quanto culturais e cia da região. Dessa maneira, a praça das artes tem o caráter público oferecendo diversas atividades culturais à população e incentivando o convívio coletivo. O bloco de edifícios se compõe no sentido de dentro para fora da quadra, possibilitando int-
página 08 - estudo de caso 02
-egração e permeabilidade na formação de um praça interna cercada pelas construções da cidade. . Em termos de merterialidade, o conjunto é constituído por vidro e concreto pigmentando na cor ocre. Fazendo dessa forma um diálogo com os edifícios pré existentes ainda que permitindo a distição entre velho e novo.
Destaques do Projeto • Restauro e integração entre edifícios antigos e novos. • Programa cultura- artístico. • Espaços de convivencia e conexão com a rua e a quadra.
” página 09 - estudo caso 03
Painel metálico que cria uma pele no pavimento superior. Dependendo da quantidade de luz diferentes efeitos.
de tijolo original que foi
PA L A Z Z O Ficha Técnica ARQUITETOS: AZPML, DFN Dario Franchini LOCALIAÇÃO: Via Dottor Giovanni Varesi 1, 6600 Locarno, Suíça ÁREA: 6500.0 m2 ANO DO PROJETO: 2017 CLIENTE: PalaCinema Locarno SA (Prefeitura de Locarno) TIPO: Edifício Público O projeto consiste na requaliLocarno, Suiça para a nova sede do festival de cinema. A proposta para o Palazzo del Cinema de Locarno buscou construir uma estrutura física que consistiria em uma identidade urbana para o festival de cinema da cidade aproveitando a estrutura pré existente do Palazzo Scolastico e a Piazza Remo Rossi. Por para a criação de uma nova identidade para Locarno. . O festival ainda não possui sua realização. No entanto, possui reconhecimento internacional. o antigo Palácio Scolastico de cunho institucional para a criação de uma
D E L
sede que comportaria todas as necessidades do festival. O antigo palácio já se qualassim já era um objeto arquitetônico que representava a memória coletiva dos habitantes da cidade. Dando um novo uso para o edifício, diretamente ligado com a cultura local é uma maneira de conecta-lo ainda mais à população criando De acordo com a visão do arquitetos, o projeto cuidadosamente foge das tendências atuais em que arquitetura de domínio público se põe de maneira a salvar áreas urbanas através de gestos extravagantes. Assim, a escolha da apropriação do Palácio também teve questões econômicas e sustentáveis. O ícone da cidade estava servindo apenas para algumas reuniões comunitárias e certos projetos escolares. Havia ainda um espaço com potencial não sendo totalmente utilizado. A reutilização do edifício que já se apresentava quase sem uso busca criar integrando também o público com a praça logo em frente e ainda mantendo espaços para discussões e reuniões que possam ser utilizadas pela comunidade. . Na imagem a seguir é
C I N
possivel visualizar a estrutura do que foram realizadas no projeto. A novos espaços internos que comportassem o novo programa propost. . tivos
principais
do
projeto:
1. Economia dos recursos através da reciclagem de um edifício urbano. Em tempos de crise e falta de recursos energéticos foi de extrema importância para os arquitetos reutilizar o Palácio ao invés de construir um novo complexo a partir do zero. A reciclagem urbana se torna então uma estratégia mais adequada para essa intervenção. O festival de Locarno sempre possuiu a característica de ter atividades ao ar livre. Assim busca-se a revitalização da Praça Remo Rossi como um espaço público associando-se com a nova função do Palácio. . 2. Consolidação e um rebranding da identidade pública do Palazzo del Cinema di Locarno. É a intenção capitalizar tanto na visibilidade tanto na apreciação pública formada pelos espaços compostos entre o Palácio e Praça. Trazendo de volta o
página 10 -estudo de caso 03
N E M A
d i
l o c a r n o
urbano, não somente através da espacialidade física ícone da cidade. . Em relação a sua estrututa e forma, foi decidido manter a antiga estrutura pela questão do reaproveitamento energético do edifício, mas também foram aplicadas novas estruturas atualizando a tecnologia através da materialidade metálica. O objeedifício com o antigo Palácio. Adicionado uma nova estrutura em seu centro. Dessa forma o edifício cria uma nova presença não se limitando apenas a estrutura pré existente. . A nova estrutura então é colocada no espaço do centro do Palácio contendo o novo programa com 3 salas de cinema e as atividades complementares nas extremidades do edifício como depósitos, escritórios, arquivo, banheiros e salas de reunião. A área do terraço é revestida com placas metálicas interativas criando um novo elemento formal de reconhecimento do edifício como sede do festival. ..
CONEXÃO COM A PRAÇA REMO ROSSI E A CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
Destaques do Pojeto reciclagem urbana •Conexão entre a comunidade e o edifício. •Preservar as questões históricas, sócio culturais.
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pรกgina 15 - diretrizes: a rota urbana
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1
1 CINEOURO 2 CINECULTURA 3 CINEASTOR 4 CINERITZ
2
LEGENDA:
AROTA
ESTACIONAMENTOSPRIVADOS
ZONASDECONVERGENCIA
r o ta u r b a n a
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página 17 - proposta teórica
diretriz #02 CINE CULTURA
O Centro Cultural Marieta Telles foi inaugurado em 1936 com a função de conter a sede da Secretaria Geral do estado. O projeto de Attílio Corrêa Lima faz parte do conjunto arquitetônico tombado da praça cívica que ocorreu em 1980. O edifício então passa ser o Centro cultural assim como a sede da AGEPEL (Agência de Cultura Pedro Ludovico Teixeira). E em 1990 passa por reformas para acomodar a biblioteca e o cinema. Parte do tombamento arquitetônico relaciona-se com a art déco. . Atualmente o edifício continua mantendo a característica de Centro cultural, possuindo uma biblioteca, uma gibiteca, um museu da história de Góias e uma sala de cinema (Cine Cultura). Alem de compor a parte cultural, o edifício também é sede da SECULT Goiás (Secretaria de Estado da Cultura), antiga AGEPEL. O atual programador do Cine Cultura, Fabrício Cordeiro em entrevista para o Jornal O Popular em 2017 contou sobre as
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o projeto CINE OURO
Centro Municipal Cultural Goiânia ouro nasceu na década de 1970. Foi construído dentro Galeria ouro na Rua 3 no setor central onde originalmente funcionava apenas como cinema com a capacidade de 700 lugares. No decorrer dos anos foi dividido para a construção do teatro. Em 2006 a prefeitura inaugura o Centro Cultural com o objetivo de “democratizar o acesso da população aos bens culturais, e fomentar o talento local em todas as suas formas de manifestação”. O Goiânia Ouro passou a possuir o teatro com capacidade para 291 pessoas, o cinema com capacidade para 217 pessoas, o Café Cultura, uma loja para artistas e o espaço Prosa e Verso. O cinema foi atualizado tecnologicamente com a tecnologia
cinema como a necessidade de renovação tecnológica. A falta de um equipamento atualizado e a estrutura de somente uma sala cinema.
VVVV Existe o projeto da criação do Circuito Cultural Pedro Ludovico Teixeira. A iniciativa é do Governo de Goiás e da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) e tem como objetivo a institucionais construídos ao redor e dentro da praça cívica. A proposta tem como objetivos a restauração e musealização do déco, tombados como patrimônio arquitetônico nas três esferas públicas: federal, estadual e municipal. . A proposta para o Centro Cultural Marieta Telles Machado é para transforma-lo em um Centro Audiovisual. Incluindo a construção de uma galeria coberta interligando museu, cinemas, café e casa de espetáculos. . DCP (Digital Cinema Package), que é a transmissão do cinema digital. Atualmente o Centro encontra-se de portas fechadas. Foi reaberto para a sexta edição do FestCine em 2017, porem não continuou com a programação. Desde de 2010 o Centro vem passando por reformas e atualmente o café, a biblioteca e a loja foram desativados. O último evento realizado caracterizou-se pelo Canto de Ouro no começo do ano com a utilização do teatro. Já as salas de cinema encontram-se sem programação marcada para a retomada das atividades. Diferentemente do Cine Cultura que encontra-se na praça cívica em um edifício tombado e de importância histórica, O Goiânia Ouro sendo regido pelo município, encontra-se dentro de uma galeria comercial no edifício Goiandira, de caráter privado. .
O prédio continuará sendo sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), Cine Cultura (com duas salas), além de espaços destinados ao Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). Ganhará ainda laboratórios e sala de exposições para mídias digitais, sala de concertos e de exposições, além de uma cafeteria. A proposta deste trabalho não difere do projeto Circuito Cutural. Propõe a expansão de seu programa, transformando o edifício completamente em cultural. Utilizando de empenas cegas do edifício como áreas livre, envolvendo áreas externas da praça no uso do Centro, assim como das áreas verde. A ocupação do edifício pretende manter os usos originais, reutilizando os espaços. O setor Coletivo encontra-se no acesso principal do edifício, integrando o lobby com as demais atividades. O setor Cultural-Artístico situa-se ambos no térreo quanto no segundo pavimento na área central do edifício. O setor de Educação localiza-se no o Setor de História e Patrimônio do térreo. .
“
A alma precisa de suas imagens e, quando não as encontra, elabora substitutos; cartazes de rua e humana espontaneamente deixa sua marca (HILLMAN, 1993). .
”
página 18 -proposta teórica
c e n t r o c u lt u r a l d a i m a g e m e s o m legenda: cultura + arte
projeção de
educação coletivo história +patrimonio
área para cinema aberto
Ficha Técnica FUNCIONAMENTO: Normal SUPERVISOR: Fabrício Cordeiro O CENTRO: Cine Cultura (88 assentos); Biblioteca; Gibiteca; Museu da imagem e som. PROBELMAS: Última reforma realizada em 2005. Falta de exposiçao ao centro e necessidade de atualizaçao tecnologica e estrutural. POTENCIAL: Localização em um meio que passará por reformas culturais; Público em crescimento; centro da praça cívica. DIRETRIZES: Revitalização do Centro; expansão dos usos; acrescímo de uma sala de cinema (de encontro com as propostas governamentais); incorporaçao de cafés e áreas de convivência. Uma das principais potencialidades na quadra do Goiânia Ouro se caracteriza pelo Beco da Codorna, um
Ficha Técnica
partir da tendência de urbanismo tático em 2015 formando a partir de uma ação primeiramente estudantil e mais tarde expandida para artistas, coletivos, moradores e associações. Dentre as expressões artísticas e atividades realizadas estão: apresentações musicais, feirinhas gastronômicas, espetáculos de teatro e dança. Atual-
FUNCIONAMENTO: Parado SUPERVISOR: Luís Antônio Gomes O CENTRO: Sala de cinema (217 lugares); Teatro (291 lugares) e o café (desativado) PROBELMAS:Diversas reformas por questões estruturais. Falta de constância na programação. POTENCIAL: Localização no centro, perto de outros equipamentos culturais. DIRETRIZES: Revitalização do Centro; expansão dos usos a partir da conexão com o Beco da Codorna; criaçao de um centro de artes (cênicas, cinematográ-
Goiânia dedicada à arte urbana,. É também sede da . O Beco já realizou eventos como Cine Codorna para se discutir a produção audiovisual em espaços ponto gastronômico.
“ ”
elementos da quadra.
..
O beco cria uma convergência entre diferentes linguagens que a arte urbana contempla, com artistas atuantes já há algum tempo ao lado de outros mais novos. É uma ação de arte contemporânea que faz com que pensemos em como nos relacionamos com a cidade em que vivemos (...) É preciso que mais espaços da cidade cumpram com a função social por meio de ações de arte e cultura, não só no Centro, mas que projetos assim se espalhem pelas periferias. O poder público precisa conhecer a sua própria cidade, o que não acontece em Goiânia (Artista visual Mateus Dutra). .
página 19 - proposta teórica
p r o p o s ta pa r a q u a d r a 2 1
guera av.anhan ACESSO
N RUído rua9
ACE
A partir do levantamento destaca-se portanto a presença do Centro Cultural Municipal Goiânia Ouro e do Beco da Codorna na quadra 21. Norteando as principais decisões para a intervenção do local. Ressalta-se que o Beco é também um ponto de permeabilidade, criando um acesso ao interior da quadra, e assim na possibilidade de criação de um ponto de encontro e convergência de fluxos para o local. . Em relação as vias, a quadra é cercada pelas ruas 3 e 9 e avenidas Tocantins e Anhanguera. A avenida Anhanguera caracteriza um ponto de confluência do transporte coletivo, integrando a áreas da cidade e consequentemente facilitando acesso do público ao Centro. A avenida, por possuir fluxo constante de veículos motorizados e o corredor de ônibus, é também responsável pela área que gera maior quantidade de ruído para o interior da quadra. Pelo estudo da carta solar de Goiânia verifica-se também que é a fachada que possui a maior insolação da quadra. As calçadas da quadra possuem uma média de cinco metros de largura, propiciando uma ambiência agradável para caminhar, ainda que possuindo pontos específicos de descuido, como buracos e canteiros de árvores degradados, e a falta de acessibilidade de forma completa. . O uso do solo caracteriza-se sobretudo como comercial, seguido por serviço, dois edifícios mistos, onde o térreo é utilizados como comercio e os pavimentos seguintes para residência multifamiliar, e por fim um edifício institucional apresentado pelo Banco do Povo. Pelo uso exposto, a quadra possui constante movimentação de pessoas durante o horário comercial. É importante destacar o edifício do Banco do Povo pelo fato de que é um projeto do arquiteto modernista Silas Varizo. O prédio se encontra com uma fachada descaracterizada do projeto inicial mas no entanto permanece com a sua estrutura. Dessa forma propõe-se a conservação de sua estrutura, agregando-a ao projeto proposto. Dessa forma, por não haver outro projeto com valor histórico- cultural propõe-se manter os dois edifícios residenciais multifamiliares – edifício Anhanguera e edifício Goiandira – e a demolição dos demais edifícios que ocupam a quadra atualmente. Assim, através das demolições propostas, a área para intervenção do projeto caracteriza-se por 11.616,00 metros quadrados. Por fim, é importante destacar que o traçado da quadra também faz parte do projeto de Atílio Correa Lima e deve ser preservado.
750 av. toc ant ins
751
rua3
ACESSO
752
N
,00M2 6 1 6 . 1 1 = rvençao e t n i a r áreapa 5 10
20
via coletora
uso do solo comércio serviço misto institucional
CESSO
gabarito 1 pav. 2 pav. 3 pav. acima de 5 pav. 5
10
20
manter / demolir demolir manter reutilizaçao da estrutura
praça cívica
RUA
3
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via arterial
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LEGENDAS mapa das vias
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ERA U G N A H A V. A N página 20 - proposta teórica
página 21 - programa de necessidades
p r o g r a m a
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n e c e ss i d a d e s Educação O setor de Educação tem apresenta espaços para oficinas, laboratórios e studios tanto cinematográficos, quanto para dança e fotografia. O objetivo é a criação de espaços que possam promover aulas para comunidade a menor custo. Espaços que possibilitem parcerias com escolas municipais, estaduais e privadas para jovens, assim como uma programação para adultos e idosos. O setor de educação possibilita englobar os três aspectos do centro cultural de MILANESI (1993): Informar, Discutir e Criar. . Salas de aula
-ograma de eventos cullturais com parceria governamental como “Grande Hotel Vive o Choro”, que ocorre todas as dextas-feiras no Centro. O espaço ainda possui a capacidade de variar a quantidade de espectadores assim como da possibilidade de abertura para a praça central da quadra. . Salas para exposição Teatro Cinema Ateliês
Laboratórios de informática Ateliês Studio de Dança
Cultura + Arte O setor de Cultura e Arte tem os aspectos de criar e discutir. A proposta tem como a criação de espaços para concertos musicais; a preservação e extensão do teatro e do cinema; espaço para sede de festivais que tradicionalmente já acontecem no Cine Ouro como “Goiânia Mostra Curtas” e o “Festcine”; ateliês que promovam parceria com artistas locais (preferencialmente de arte urbana e grafite) e consequentemente espaços para exposições de arte. Propõe-se a criação de três salas de cinema e um teatro multiuso. Com o objetivo de atender o cron-
Coletivo O setor Coletivo tem como aspecto criar mas sobretudo, discutir. É o setor que promove a integração entre a comunidade, os artistas, os apresentadores e os funcionários. É a exemplificação da característica de debates e conversas impulsionadas pela proximidade dos cinemas de rua com o tecido urbano. . Desse modo, são propostos espaços para Coworking, possibilitando a integração com produtoras privadas de conteúdo audiovisual com o setor público. . Através de entrevistas realizadas com profissionais e estudantes na área do audiovisual em Goiânia, percebeu-se uma concentração dos mesmos envolvidos nos projetos que ocorrem na cidade. O público geral fica exclui-
-do da grande parte dos eventos e festivais por desconhecimento e dificuldade de associar-se ao meio. Assim, a importância no setor Coletivo está inclusão de todo o grande público não somente o meio audiovisual, mas também nas artes visuais, na música e no teatro. Além de possibilitar uma aproximação entre as produtoras de conteúdo da capital, incentivando a produção local. Além dos espaços para Coworking são propostos um café/bar; alimentando a vida noturna da quadra–; e lojas comerciais, mantendo o uso predominante atual e possibilitando um espaço para comercialização de produtos realizados no Centro nos ateliês e oficinas. . Em relação aos fluxos do programa, pretende-se estrutura-lo a partir do setor Coletivo, que integra os demais possibilitando como ponto de convergência encontro. . Coworking Laboratórios de edição Laboratórios de fotografia Áreas multiuso Restaurantes/ bares/ café Praça interna (área do Beco) Lojas Comerciais
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Ocupação da quadra As características principais para a ocupação do terreno se apresentam para proporcionar permeabilidade à quadra; garantir os acessos por todos os lados da quadra; preservar os edifícios multifamiliares assim como, o edifício modernista; e por fim, respeitar o caráter de horizontalidade presente atualmente na quadra, propondo um projeto que respeite a escala do pedestre (Croqui 5). . . Tendo portanto como diretriz do projeto a integração dos equipamentos culturais pelo Setor Central através da rua, propões-se uma conexão direta com a Vila Cultural Cora Coralina e Teatro Goiania, que localizam-se lindeiros à quadra 21 (Croqui 1). Assim, busca-se explorar a abertura e permeabilidade da quadra, mantendo o elemento de descoberta e surpresa existente no Beco, provocando curiosidade para a ocupação do espaço (Croqui4). vv Foram estudados algumas possibilidades para setorização da quadra. Primeiramente a divisão dos setores conectados pelas circulações, convergindo para o interior da quadra e ligados pelo setor coletivo (Croqui 3). Outra possibilidade tem como a implantação do setor cultural no interior da quadra, visto que possui os espaços com maior precaução para o conforto acústico –cinemas, teatros, studios cinematográfico–. (Croqui 2). Desse modo, a partir desse setor, loca-se o restante dos setores de maneira expandida, ocupando as áreas periféricas da quadra. .
croqui
5
O Goiânia Ouro atualmente possui as atividades do cinema estagnadas, porém apresenta programação para o teatro e música (Projeto Canto Ouro). Além da integração com o Beco da Codorna que expande o programa para artes visuais e urbanas. Assim, a concepção do programa de necessidades surge com objetivo de atender as atividade que já acontecem no local assim como proposição de novas. A setorização inicial é divida em quatro grandes áreas: Educação; Cultura + Arte; Coletivo; e Serviço. ..
croqui
1
croqui
2
LEGENDA:
A proposta inicial do trabalho tem como referência um programa de necessidades que contemple o campo do audiovisual. Ao decorrer das pesquisas e levantamento, no entanto, percebeu-se a necessidade da expansão do programa para enquadrar as necessidades presentes nos edifícios apontados. Diretamente pelo fato de que ambos os cinemas levantados (Cine Ouro e Cultura) localizam-se em Centro Culturais em uma área central, ou seja, possuem responsabilidade ao atendimento da população geral. .
croqui
3
croqui
4
página 23 - partido arquitetônico ..
pa r t i d o a r q u i t e t o n i c o Estudos de forma e disposição dos blocos pela quadra.
Blocos de edifício como galerias abertas para a arte urbana, expondo painéis por toda a quadra
Estudo A
Criação de uma plataforma de convivência elevada sobre a praça no. Aumentando as áreas multiuso
Caráter “fechado” do complexo. Necessodade de abertura criando acessos mais convidativos ao pedestrw
página 24 -partido arquitetônico
Além das considerações apresentadas nos estudos de ocupação do terreno, as principais características norteadoras do partido arquitetônico relacionam-se com a utilização dos blocos de edifícios ra dinâmica onde as circulações são realizadas através de escadas da não somente como passagem, mas como área de permanência, atraves de exposições e zonas de descanso. .
Estudo B
Utilização das empenas cegas para
Abertura da plataforma: transformação em passarela permitindo o percurso e a experiência da caminhada ao redor do blocos. Observando a arte e as pessoas ao redor.
Passarela em trama metálica formada por rampas e escadas instigando as percepções e sentidos do indivíduos
cinema
educaçã
o + arte
teatro
administração
o
..
restaurante
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bloco educacional
bloco teatro + café
bloco cinema
vestiário + restaurante
Blocos de edifícios em pilotis, liberando o térreo para o uso coletiv. Possibilitando o acesso a partir de todos os lados da quadra e a visuzalição geral da praça interna. . . O percurso é realizado partir de rampas, garantindo acessibilidade total para todos os usuários. A rampa principal se caracteriza por ser circular, apoiada em um pilar central e berços nos patamares. O conceito da rampa surgiu garantindo assim, um caráter permeável e acessível o nível de estacionamento. Além disso, a visualizar o complexo e a praça interna como um todo. .
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N
Dinâmica de espaços mais amplos e abertos com espaços mais estreitos, mimicando o caráter de surpresa do beco da Cordorna.
O CAMINHO: Representado com cores, a partir de cada bloco. As rampas e escadas se conectam permitindo o circuito completo de todos os blocos. Propondo assim, uma experiência de caminhar sobre o complexo, vivenciando a conexão com a arte , o coletivo e a arquitetura.
O CAMINHO além de realizar a integração entre os blocos, permite ao longo de seu percurso a visualização dos uma discussão sobre a vivencia da arte e da arquitetura enquanto obras socio-culturais. .
Foram propostos brises no bloco educacional. O bloco foi ventos dominantes. Fabricado pela HunterDouglas, o Stripscreen permite a fabricação nas cores propostas. Além de grar um careater de leveza ao bloco maciço e concreto armado. . Foram dispostos tambem criando guarda-corpos e ambientes com contato com áreas verdes. .
página 27 - partido arquitetônico
transpassa
O projeto portanto, se compõe a partir da distribuição dos usos em edifícios partindo do ponto de convergência da praça central.
verbo.
1. furar de parte a parte; perf rar, penetrar. 2. passar através de, atrabes
ltifamiliar
edifício mu
rampa de integração térreo + s u b s o l o
administração
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restaurante + v e s t i á r i o
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s t ê i + s b l o la e + i t d a u t s a or
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ar
Retomando a citação que dá início ao trabalho, o objetivo da criação de caminhos e percursos tanto na escala urbana (rota fílimica proposta), quanto na escala da quadra (em meio aos edifícios) permite a experiencia de “perder-se”. .
fu-
ssar
O verbo transpassar portanto, sintetiza o a proposta, a medida que busca a penetração da arte, da arquitetura, dos corpos no campo urbano. Permite com que os indivíduos atravessem os espaços, resignificando-os cada um a sua maneira.
os multiusos caminhar perambular .
c i n e m a
liar
feiras polulares bazares artísticos .
tifami
mul edifício
ponto de encontro socialização
shows peças performances
exposições urbanismo tático
parquinho infantil atividades físicas
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descanso devaneios