manual_de_radio

MANUAL BÁSICO DE RÁDIO

ANOTACÕES

Caro(a) aluno(a) Mídia Jovem, É com grande alegria que o recebemos neste projeto. Juntos, trilharemos o caminho da educomunicação, participando de oficinas de fotografia, mídia impressa, rádio, vídeo, web e animação. Com as mídias produzidas, revelaremos ao mundo a diversidade e linguagem próprias da juventude sergipana, estampadas em fotografias, fanzines, videoclipes, documentários, radionovelas, etc.

Por outro lado, participaremos da discussão constante de temas pertinentes à formação da cidadania. Vamos pensar no nosso meio ambiente, em questões relacionadas à saúde, direitos humanos, família, sexualidade, cultura da paz, nos direitos e deveres de cada um de nós, além de refletir sobre o campo da comunicação social. As reflexões dos temas abordados em sala de aula direcionarão o nosso trabalho de campo, norteando textos, imagens e sons. É importante que cada um dos que chegarem neste projeto, tenha em mente uma vontade de aprender e também de ensinar. Porque faremos do Mídia Jovem um instrumento de construção social coletiva. E você será o protagonista desta jornada. Portanto, o seu compromisso é fundamental para os frutos deste projeto, honrando um envolvimento direto e contínuo em cada uma das etapas apresentadas.

O Mídia Jovem é um projeto da Secretaria de Estado da Comunicação Social, realizado em parceria com o Instituto Recriando, e conta com o apoio da Oi Futuro e também da Universidade Aberta.

Eloísa Galdino Secretária de Estado da Comunicação Social

2

15

ANOTACÕES

Ecoar o bem falar É só apertar um botão, sintonizar na programação preferida ou ofertada e logo podemos navegar pelas ondas do rádio. Acompanhar os programas matinais, as notícias do dia, deixar-se embalar pelas músicas, orientar-se com a transmissão da hora certa repetida durante toda a programação. Assim o rádio invade o cotidiano das pessoas, numa prática comum de cativar o ouvinte, levando diariamente mensagens para multidões.

E acompanhar a voz que ecoa do pequeno aparelho, tornou-se um hábito cotidiano para muita gente. No Brasil, são mais de 180 milhões de aparelhos receptores, cerca de 10 mil emissoras de rádio AM/FM e mais de 5 mil rádios comunitárias com concessão de funcionamento.

Esta força da comunicação oral mostra que o rádio é um veículo de poder.

Funciona, portanto, como uma rica ferramenta de mobilização social, favorecendo especialmente às classes sociais menos assistidas.

E a informação de qualidade é um direito que deve ser garantido a todas as pessoas, rompendo lacunas da desigualdade social. Em casa, no carro, no avião, por meio do aparelho celular, do computador, é possível dar ouvidos à voz que vem do rádio. E se essa voz traz uma mensagem importante, precisa mesmo ser ouvida.

Nanah Alves Coordenadora geral Secretaria de Estado da Comunicação Social

14

3

LINGUAGEM RADIOFÔNICA comunique-se

1

2

3

4

5

No rádio a gente tem que falar como a gente fala normalmente. Assim, as pessoas entendem melhor o que a gente tá falando;

A linguagem é um conjunto de códigos para estabelecer um processo de comunicação. A linguagem radiofônica utiliza a voz, a música, os efeitos sonoros e o silêncio, que podem ser utilizados de forma isolada (um por vez) ou conjuntamente. Através da audição, o rádio desperta outros sentidos.

Como a gente não pode voltar o que foi falado no rádio, sempre é bom repetir aquilo que se acha que é mais importante. Pode ser repetido na hora, pode ser repetido algum tempo depois do programa;

O rádio mudou muito desde o seu nascimento e hoje utiliza uma linguagem mais próxima do dia-a-dia das pessoas. No entanto, deve ser evitada a utilização de gírias e/ou vocabulários de grupos específicos (termos médicos, acadêmicos ou científicos) que fujam da compreensão de todos.

Para o ouvinte entender melhor o que se fala no rádio, a linguagem deve ser direta, com frases curtas e sem muito floreio. Ir direto ao assunto; A entonação é muito importante na locução do rádio. As coisas mais importantes devem ser faladas de forma pausada, para serem melhor entendidas. Assim como a voz pode subir de volume; Os sentimentos não devem ser escondidos no rádio. A locução pode transparecer raiva, ironia, amor, solidariedade. Os sentimentos fazem parte da vida.

INTERNET FONTES UTILIZADAS PARA ESTE MANUAL: - Trilha apaixonada e bem humorada do que é e de como fazer rádios comunitárias – Dioclécio Luz - Histórias pra gente acordar. Guia de orientação para a produção de programas de rádio com crianças e adolescentes no contexto do semiárido. – ONG Catavento e UNICEF - Rádio: O veículo, a história, e a técnica – Luiz Artur Ferraretto

CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO SIMPLICIDADE – Traduza o difícil. Sempre que usar siglas explique-as. Exemplo: “ECA, que significa Estatuto da Criança e do Adolescente”.

NATURALIDADE – Não use voz empostada, seja você mesma (o).

CUMPLICIDADE/INTIMIDADE – Fale como se estivesse conversando diretamente com as pessoas: “Você que está me ouvindo”, “Você que está trabalhando agora”...

RITMO – Evite espaços em branco. Se as palavras acabarem, coloque música, uma vinheta, uma campanha... (o silêncio só cabe se for proposital, como um recurso para um tema que está sendo abordado).

SABER OUVIR: É importante saber respeitar diferentes opiniões e abrir espaço para uma comunicação democrática.

CLAREZA E OBJETIVIDADE: Construa frases curtas e diretas.

Isso facilita a compreensão.

MANUAL DO BÁSICO DE RÁDIO

Edição de Texto André Souza Arte e Diagramação Pedro Wilson Coordenação Nanah Alves www.se.gov.br

educom-socioambiental.blogspot.com ondajovem.terra.com.br saofranciscovivo.blogspot.com www.acaoeducativa.org.br www.agencia.se.gov.br www.agenciaugauga.org.br www.agendha.org.br www.aic.org.br www.ana.gov.br/ www.andi.org.br www.asabrasil.org.br www.aucuba.org.br www.bocc.ubi.pt (Biblioteca Virtual) www.caritasbrasileira.org www.cdjbc.org.br www.cipo.org.br www.comcultura.org.br www.cnip.org.br/ www.cptnac.com.br www.eca.usp.br/ www.educapaz.org.br www.escoladegente.org.br www.institutorecriando.org.br www.irpaa.org www.midiaindependente.org www.midiativa.org.br www.mma.gov.br www.moc.org.br www.multirio.rj.gov.br www.oficinadeimagens.org.br www.plantasdonordeste.org www.pnud.org.br www.portalgens.com.br/ www.redevivafavela.com.br www.resab.org www.soudapaz.org www.unicef.org.br www.uol.com.br/aprendiz www.usp.br/educomradio www.webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/ind ex.php

Blogs Musicais umquetenha.blogspot.com sombarato.blogspost.com forroemvinil.blogspot.com www.miscelaneavanguardiosa.com/portugues/ www.acervoorigens.blogspot.com/ www.loronix.blogspot.com/ abracadabra-br.blogspot.com/ www.capsuladacultura.com.br/blog/

Ferramentas de Busca www.google.com (ou.com.br) www.wikipedia.org

4

13

PAUTA

ROTEIRO O roteiro é o texto guia do programa. É o que diz como será o programa. Você tem que escrever o roteiro para que possa se guiar quando estiver no ar.

Leia o roteiro quantas vezes forem necessárias, até que o texto seja compreendido. Mas não precisa ficar preso somente ao texto, faça uma pesquisa detalhada sobre o assunto a ser tratado. Leia muito sobre esse assunto e você vai ter tanta coisa pra falar sobre ele que não vai precisar ficar preso somente ao roteiro.

Abaixo dois modelos de roteiros utilizados em rádio: ROTEIRO DESERTIFICAÇÃO BLOCO ABERTURA

DATA:______________

TÉCNICA TOCA VINHETA DE ABERTURA

HORÁRIO:______________________

OFF – Sonora (Narração) LOC 1 BOM DIA / A PARTIR DE HOJE ESTE SERÁ O SEU ESPAÇO DE INFORMAÇÃO SOBRE O SEMI-ÁRIDO / AQUI VOCÊ VAI CONHECER TODAS AS RECENTES DISCUSSÕES SOBRE A CONVIVÊNCIA COM O CLIMA / COMBATE À DESERTIFICAÇÃO / EDUCAÇÃO AMBIENTAL / E AS EXPERIÊNCIAS QUE SÃO EXEMPLO NO SERTÃO SERGIPANO // VAMOS OUVIR AGORA O PRIMEIRO CAPÍTULO DA NOSSA RADIONOVELA, “BOCA DA MATA” E EU VOLTO LOGO EM SEGUIDA COM MÚSICA E INFORMAÇÃO PRA VOCÊ OUVINTE / ATÉ JÁ //

DESCE SOM

RADIONOVELA

SOBE SOM 1° CAP RADIONOVELA

MÚSICA

SOBE SOM “RIACHO DO NAVIO”

LOC 1 DAQUI A POUCO VOCÊ CONFERE COMO ESSA HISTÓRIA TERMINA / E AGORA VAMOS FICAR COM UM SUCESSO DO REI DO BAIÃO / RIACHO DO NAVIO //

ROTEIRO DESERTIFICAÇÃO TÉCNICA – VINHETA DE ABERTURA LOC1 BOM DIA / A PARTIR DE HOJE ESTE SERÁ O SEU ESPAÇO DE INFORMAÇÃO SOBRE O SEMI-ÁRIDO / AQUI VOCÊ VAI CONHECER TODAS AS RECENTES DISCUSSÕES SOBRE A CONVIVÊNCIA COM O CLIMA / COMBATE À DESERTIFICAÇÃO / EDUCAÇÃO AMBIENTAL / E AS EXPERIÊNCIAS QUE SÃO EXEMPLO NO SERTÃO SERGIPANO // VAMOS OUVIR AGORA O PRIMEIRO CAPÍTULO DA NOSSA RADIONOVELA “BOCA DA MATA” E EU VOLTO LOGO EM SEGUIDA COM MÚSICA E INFORMAÇÃO PRA VOCÊ OUVINTE / ATÉ JÁ // TÉCNICA SOLTA CD CAPÍTULO 1 DA RADIONOVELA LOC 1 DAQUI A POUCO VOCÊ CONFERE COMO ESSA HISTÓRIA TERMINA / E AGORA VAMOS FICAR COM UM SUCESSO DO REI DO BAIÃO / RIACHO DO NAVIO // TÉCNICA SOLTA CD MÚSICA RIACHO DO NAVIO – LUIZ GONZAGA

Agora que já conhecemos como funciona e como se faz um programa de rádio, é hora de pôr em prática tudo que aprendemos!

12

!

A pauta é um roteiro que traz os principais assuntos ou temas que merecem ser abordados em um programa de rádio. Ela contém um resumo do que deve ser apurado (levantado/pesquisado) na reportagem e indicações básicas como: pessoas que devem ser ouvidas (envolvidas no assunto, especialistas sobre o tema...), um meio de contato com essas pessoas (telefone, endereço) e um resumo do assunto a ser tratado.

A pauta pode sugerir pontos que devem ser tratados na reportagem, perguntas básicas e possibilidades de abordagem. A pauta é a “semente” da matéria. É importante dizer que a pauta é uma orientação, uma base para o trabalho do(a) comunicador(a), para que ele compreenda o encaminhamento que deve ser dado à matéria.

fique ligado

1

Todo mundo deve participar da escolha do assunto;

O que é e o que não é uma pauta?

Tudo o que for relevante para a sociedade pode ser uma notícia. O que deve ser avaliado é a importância dos assuntos para a escolha do que irá ser pautado e depois noticiado. O texto de uma pauta deve ser informativo, preciso e direto. As opiniões vão ilustrar as informações e dados concretos.

Fontes para as pautas: As fontes são as origens da notícia, os locais ou pessoas que podem dar informações relevantes para a comunidade.

A fonte pode ser: Oficial – representantes do governo, instituições, escolas, etc.

2

A escolha do assunto traz um pouco da história de cada um, de sua vida;

3

Escolher um assunto que tenha a ver com a comunidade;

4

O assunto deve ter relação com questões que as crianças e adolescentes achem importantes;

5

Eventual – qualquer pessoa da comunidade.

Documental – consulta a arquivos, livros, documentos, etc. É importante que o(a) comunicador(a) confirme os dados passados pela fonte, que cheque a veracidade das informações que vai transmitir e que não se baseie em uma única fonte.

6

Um assunto grande pode ser dividido em vários assuntos menores; Se não der pra falar sobre todos os assuntos menores, escolha os mais importantes para discutir no programa.

5

REPORTAGEM

EXCLUA DA RÁDIO

Reportagem é a apuração (levantamento de informações) para se construir a matéria. Pode ser feita por telefone ou com a presença da pessoa, ao vivo ou gravada.

BOTE A BOCA NO TROMBONE

O (A) repórter precisa colher, elaborar e transmitir as informações. Também é preciso ter curiosidade, observação e senso crítico. O(A) repórter não possui um comportamento neutro, como qualquer outra pessoa, mas deve buscar a isenção. Ou seja, ouvir os dois lados de um fato.

VIVA A DIVERSIDADE! VIVA A DIFERENcA! Diálogo entre gerações

Como as pessoas com mais idade podem contribuir com o programa?

Mas não se esqueça!

ENQUETE

1 Ouvintes Qual é o seu público? É gente rica ou pobre? Homens ou mulheres? Em que trabalham?

Não esqueça: o ouvinte escuta o que lhe interessa.

2

3

4

6

Linguagem O povo brasileiro é um povo de várias línguas e muitos sotaques.

O jeito de cada um se exprimir é o jeito da pessoa se comunicar.

Não imite o sotaque alienígena para se mostrar avançado. Fale como sua gente, a gente da comunidade. Use o bom humor.

Leitura de texto Quando for ler um texto, não apenas leia o texto. Faça com que ele ganhe vida, dê energia às palavras escritas. Um texto lido fica chato, sem graça, monótono e artificial.

Música Identifique na região artistas, músicos e compositores. Toque as músicas de gente da região, da sua cidade, do seu estado, do Brasil. Toque música de qualidade. Ela tem que estar ligada à cultura da região, aí incluindo o folclore e artistas locais. É seu dever divulgar a cultura local.

1 A enquete é uma pesquisa feita com o público em geral (ou públicos específicos) em torno de algum tema escolhido previamente. Geralmente se apresenta em forma de pergunta como: “O que você acha dos serviços de transporte urbano da sua cidade?”

2

Simulação: Você conhece o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA? Sim – Dos 30 entrevistados, 12 pessoas afirmaram conhecer o ECA. Não – 18 disseram que não conhecem o ECA. Conclusão: Esse resultado aponta que ainda há muita desinformação sobre os direitos das crianças e adolescentes, pois mais de 50% dos entrevistados não têm conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente.

3

Falando sobre as coisas que aconteceram quando a gente nem era vivo ainda. Às vezes, as coisas do presente são explicadas pelo que aconteceu lá atrás;

Programas policiais – Este é um programa de mau gosto que só mostra o ponto de vista da polícia. Além do mais ele não passa de uma exibição e promoção da violência. Não é para promover a paz e nem a solidariedade entre as pessoas, e muito menos para resolver os problemas associados à segurança. Ao invés disso, faça um programa sobre direitos humanos.

Resumo de novela – Rádio séria e que se preocupa com a cultura do povo não perde tempo com isso. Resumo da novela e futricas dos artistas e da TV são culturas do inútil, não nos serve, não nos deixa mais sabido, nem inteligente.

Ao invés disso, faça uma radionovela com temas que interessam à comunidade.

Aproximando sua opinião da opinião da juventude, criando a possibilidade de um diálogo entre gerações; Muitos assuntos parecem ter sido feitos para serem discutidos por pessoas mais idosas: plantas medicinais, histórias de trancoso, receitas de comidas, cantigas de ninar, música tradicional, manifestações culturais do lugar. E falar então de como foi que nasceu a cidade, o bairro, o sítio, assentamento, hein?

O resultado final da enquete pode servir como pauta para um debate ou entrevista. No caso do ECA, poderíamos convidar um representante do Conselho Tutelar de uma ONG, Juizado da Infância e da Juventude, entre outros.

11

OS JOVENS MANDAM O RECADO Como deve ser a participação da garotada?

1

2

3

4

5

A participação de crianças e adolescentes deve começar desde a escolha do assunto que o programa vai tratar;

ALGUNS TIPOS DE PROGRAMAS

ENTREVISTA

Serviço – Ofertas de emprego, festas de aniversário de gente da comunidade, reuniões de moradores, encontros, etc. As notas de serviço podem ser encaixadas durante a programação da rádio a qualquer hora do dia. São elas que fazem a integração da rádio comunitária com a comunidade.

A entrevista é uma das formas de se apurar uma notícia. É realizada pelo(a) comunicador(a) (repórter, radialista, apresentador(a), que faz perguntas a um especialista, alguém envolvido em assuntos de interesse para a comunidade: o objetivo é informar o ouvinte sobre determinado assunto, esclarecer, pensando principalmente nas dúvidas de quem o escuta.

Jornal – Noticiários curtos ou de maior densidade.

A participação de adultos pode ser bem-vinda, desde que participem com uma atitude de colaboração mútua, não de imposição;

Debates – É o momento em que os temas que interessam à comunidade podem ser aprofundados.

A atitude de colaboração entre crianças e adultos facilita um diálogo entre gerações, sendo bom para ambos;

Entrevistas – Os programas de entrevista podem ser feitos com autoridades locais ou gente do povo. A escolha deve ser feita sempre baseada no interesse da comunidade.

A curiosidade das crianças e adolescentes é complementada pela experiência dos adultos;

Esportes – Programa que estimule a prática esportiva na comunidade, a prática de esporte faz bem ao corpo, à saúde e à mente. Procure dar visibilidade a todos os esportes e não só ao futebol, como geralmente acontece nos meios de comunicação.

Entre crianças e adolescentes também não pode haver intolerância.

Todos podem participar: negros, brancos, índios, meninos, meninas, magros, gordos, feios para uns bonitos para outros, bonitos para uns feios para outros, falantes, inibidos, danados, quietos... Todo mundo tem vez!

Técnicas de entrevista

1

Campanhas Educativas As campanhas das rádios cidadãs são utilizadas para a mobilização social, para fazer com que toda a comunidade seja sensibilizada sobre determinado assunto. Exemplo: campanha de mobilização pela paz, anti-drogas, pelo uso da camisinha, pelo uso consciente da água, entre outros.

A rádio geralmente direciona toda a programação (ou parte dela) para a mobilização em torno dos temas escolhidos, com reportagens especiais, entrevistados que falem do assunto e chamadas durante a programação.

Um dos recursos mais utilizados nessas campanhas é o spot.

Radionovela – É o formato da novela que conhecemos na televisão, mas que aborda temas ligados ao dia-a-dia das pessoas. Deve possuir conteúdos educativos, que convidem a comunidade à reflexão.

A entrevista não é um debate. O entrevistador não discute o tema da entrevista, ele questiona o entrevistado, mas sem colocar suas opiniões. É importante tirar do entrevistado tudo que for de interesse público;

2

Respeite o entrevistado sem esquecer o objetivo maior que é o de informar;

3

Faça perguntas de forma clara e direta para que todos entendam o que está sendo respondido;

4

Musical – Os programas musicais devem promover o bom gosto, a arte e a cultura na comunidade. Devem valorizar o artista local (cuidado com o artista local que reproduz o mau gosto). O produtor de um programa de música deve estudar, pesquisar, conhecer o tema. Se ele conhece, pode fazer um programa de qualidade sem precisar reproduzir o que está na moda.

Revista – É o programa balaio: tem de tudo um pouco.

Música, debates, entrevistas, reportagens, entre outros.

10

chegou a hora da entrevista

5

Como no rádio a audiência é rotativa, o ouvinte pode estar ligando o rádio naquele momento, não esqueça de lembrar durante a entrevista com quem está falando e sobre que assunto; O(A) entrevistador(a) pode fazer um roteiro com perguntas que acha importante fazer ao entrevistado(a), mas não deve ficar preso ao roteiro.

Deve estar preparado(a) para mudanças no rumo da entrevista, que vão depender das respostas do(a) entrevistado(a). Caso não entenda uma resposta, refaça a pergunta para que o(a) entrevistado(a) possa explicar melhor.

7

Spot-plat-zum Como fazer um SPOT?

1

2

3

8

Spot é um fonograma utilizado como peça publicitária em rádio. Feito por uma locução simples ou mista (duas ou mais vozes). Com ou sem efeitos sonoros e música ao fundo.

Não deve ser confundido com o Jingle que é uma espécie de músicapropaganda.

Cinco objetivos do SPOT: - Interessar; - Informar; - Envolver; - Motivar; - Direcionar; Ao construir um SPOT tenha em mente: Público – Para quem a mensagem é dirigida?

Produto ou serviço – Qual a qualidade a ser promovida?

Redação – Qual o conteúdo do texto e estilo apropriados?

Voz ou vozes – Um ou mais locutores?

Personagens?

BG (Back Ground) – Sons, ruídos e/ou música de fundo.

SPOTS

RADIOJORNALISMO

O spot é geralmente utilizado no rádio quando há muita coisa a ser transmitida em uma só mensagem.

Conteúdo – toda matéria tem forma e conteúdo. O conteúdo é a informação. No conteúdo você relata o fato, considerando que está tirando as dúvidas do ouvinte.

Pense no sujeito, em casa, querendo saber o que está acontecendo. Aí o repórter fala assim:

Em geral, o spot para rádio possui 30 segundos. Por isso, não dá para dizer tudo sobre o tema ou assunto escolhido. Portanto, ao escrever o texto para um spot pense nas características mais importantes: importância do tema do spot para a comunidade, o seu poder de conscientização e mobilização no bairro, preocupação com conteúdos educativos, entre outros. O texto do spot não deve reforçar preconceitos.

Como se faz notícia no Rádio ?

“Hoje pela manhã os sindicalistas se reuniram e decidiram fazer uma greve. Tinha um bocado de gente na reunião”.

1

A notícia tem que falar sobre algum assunto que seja de interesse pra quase todo mundo.

Faltou explicar ao ouvinte:

2

Notícias Quentes – leve algo novo para seu ouvinte.

Podem ser inseridos diálogos entre personagens (como numa rádio-novela) para falar sobre a temática do spot.

3

Procure algo inusitado, a notícia não precisa falar só de tragédia.

FORMATO DO SPOT

4

A notícia se desdobra.

No rádio, por exemplo, o ideal é mudar a voz do locutor no slogan e na assinatura.

5

Todo mundo sempre tem uma coisa importante pra falar. E isso pode virar notícia.

É importante lembrar sempre da responsabilidade pela formação cidadã do ouvinte.

LEAD O quê?

Quem?

Onde?

Como?

Quando?

Por quê?

1) Sindicalistas de que categoria?

2) Manhã? Que horas?

3) Onde se reuniram?

4) Por que decidiram fazer greve?

5) Quais são as reivindicações?

6) Qual a posição dos patrões?

7) “Um bocado de gente” é quanta gente?

Você não precisa ficar aflito tentando responder tudo. Com a prática, as matérias naturalmente responderão tais dúvidas.

O fundamental é você pensar na pessoa (ouvinte) que está em casa querendo saber os detalhes do que está acontecendo.

9