Comandos Linux - Parte 1

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Comandos Linux


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 Comandos Unix/Linux  Comandos – Comandos para manipulação de diretórios – Comandos para manipulação de ficheiros


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 Todos os comandos estão descritos no manual online que acompanha quase todas as distribuições do linux  Estes manuais contêm uma descrição dos comandos/programas e detalhes sobre o modo de utilização das opções, documentando também os parâmetros utilizados em alguns ficheiros de configuração


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 A utilização do manual é feita da seguinte forma: man [secção] [comando/ficheiro]

 Secção: é a secção do manual que será aberta; quando omitida, mostra a primeira secção do comando encontrada;  Comando/ficheiro: comando/ficheiro que deseja pesquisar;


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 Teclas de navegação nas páginas do manual: – q - sai da página do manual; – PageDown ou f / PageUp ou W - muda de página (25 linhas acima/abaixo) – (k)/(e) – 1 linha acima/abaixo – r – atualiza o ecrã – p ou g – início da página – h – ajuda sobre as opções da página do manual – s – guarda (por exemplo: /tmp/ls)

 Exemplo: – man ls


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 Os comandos são ordens dadas ao sistema operativos para executar uma determinada tarefa  Cada comando tem uma função específica, pelo que se deve conhecer a sua função de forma a escolher o mais adequado para determinada tarefa, exemplos: – ls – mostra os ficheiros de um diretório – cd – para mudar de diretório


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 Um comando aceita opções e parâmetros  Opções – as opções são utilizadas para controlar a forma como o comando será executado, exemplo: – ls –l – ls --all

 Parâmetros – identificam o caminho, a origem, o destino, a entrada-padrão ou a saída-padrão, que será passado ao comando, exemplo: – ls /media /media: é o parâmetro passado ao comando ls


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 Existem dois tipos de comando: – Comandos internos: localizados dentro do interpretador de comandos e não no disco. São carregados com o interpretador na memória RAM. Quando executa um comando o interpretador verifica primeiro se se trata de um comando interno. Exemplos (cd, exit, echo, bg, fg, source, help) – Comando externos: são comandos que estão localizados no disco. Os comandos são procurados no disco usando o path e são executados logo que sejam encontrados


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 A Prompt representa o aviso apresentado na linha de execução de comandos

 A Prompt do utilizador root é identificada pelo símbolo # e a dos restantes utilizadores pelo símbolo $  Utilizando as setas (,) pode-se recuperar os comandos digitados anteriormente  As imagens do ecrã podem ser recuperadas utilizando as teclas SHIFT PgUp/PgDown


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 Outros atalhos: – Backspace: apaga um caráter à esquerda do cursor – Del: apaga o caráter acima do cursor – CTRL+A: move o cursor para o inicio da linha de comandos – CTRL+E: move o cursor para o fim da linha de comandos – CTRL+U: apaga o que estiver à esquerda do cursor. O conteúdo apagado é copiado para utilizar com o CTRL+Y – CTRL+K: apaga o que estiver à direita do cursor. O conteúdo apagado é copiado para utilizar com o CTRL+Y – CTRL+L: limpa o ecrã e também o texto que estiver a ser digitado na linha de comandos – CTRL+Y: coloca o texto que foi apagado na posição do cursor


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 O interpretador de comandos também conhecido por shell é o programa responsável por interpretar as instruções enviadas pelo utilizador e os seus programas ao kernel  Executa comandos lidos do dispositivo de entrada padrão (teclado) ou de um ficheiro executável  É a principal ligação entre o utilizador, os programas e o kernel  O Linux possui diversos tipos de interpretadores de comandos (bash, ash, csh, tcsh, sh. Etc.)


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 Os comandos podem ser enviados para o interpretador de forma: – Interativa: os comandos são digitados na prompt e passados ao interpretador de comandos um a um. Neste modo, o computador depende do utilizador para executar uma tarefa e ou o próximo comando – Não interativa: neste modo, o computador executa os comandos de acordo com um script criado previamente pelo utilizados. A ordem de execução dos comandos é a definida na rotina do script


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 O shell bash permite ainda completar os nomes dos comandos, basta pressionar a tecla TAB após digitar os carateres iniciais do comando  O comando é completado e acrescentado um espaço  No caso de o comando não ser encontrado o interpretador de comandos emite um beep  Exemplo: – ech [TAB] – exi [TAB] – sour [TAB]


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 Login: entrada no sistema através da introdução do nome do utilizador e da password  Logout: saída do sistema que também pode ser feita utilizando os comandos CTRL+ALT+DEL, ou quando o sistema é reiniciado ou desligado


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 Os carateres especiais são recursos utilizados para especificar um ou mais ficheiros ou diretórios do sistema de uma só vez  São três os caracteres especiais em Linux Caráter

* ? []

Significado Substitui um ou mais carateres

Substitui apenas um caráter Sequência de um ou mais carateres pertencentes ao conjunto


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 Na listagem são apenas mostrados os ficheiros do diretório /bin que começam com a letra g  Tendo o * depois da letra g substituído um conjunto variável de carateres


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 Na listagem são apenas mostrados os ficheiros do diretório /sbin cujo segundo caráter é a letra c  Tendo o ? antes da letra c substituído exatamente um caráter e o * depois da letra c substituído um conjunto variável de carateres


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 Na listagem são apenas mostrados os ficheiros do diretório /sbin cujo nome possui apenas 3 caracteres  Tendo os ??? substituído exatamente três carateres


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 ls [opções] [path]: mostra a listagem dos ficheiros contidos num diretório Opções

Descrição

-a ou --all

Lista todos os ficheiros de um diretório, incluindo os ocultos

-A, --almost-all

Lista todos os ficheiros de um diretório, incluindo os ocultos com exceção do diretório atual e o nível anterior

-B, --ignore-backups Não lista os ficheiros que terminam com ~[Backup]

--color=PARAM

Mostra os ficheiros em cores diferentes, de acordo com o tipo de ficheiro, onde PARAM: Never- nunca lista a cores(o mesmo que não usar o parâmetro --color); Always- lista a cores de acordo com o tipo de ficheiro; Auto- lista a cores apenas a listagem que estiver num terminal.

-d, --directory

Lista os nomes dos diretórios em vez dos conteúdos


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Opções

Descrição

-f

Não classifica a listagem

-G,--no-group

Oculta a coluna de grupo do ficheiro

-h,--human-readable Mostra o tamanho dos ficheiros em kBytes, Mbytes e Gbytes -H

O mesmo que –h, mas usa unidades de 1000 em vez de 1024 para especificar kBytes, Mbytes e Gbytes

-l

Usa o formato longo para listagem de ficheiros. Lista as permissões, data de modificação, donos, grupos, etc.

-n

Usa a identificação de utilizador e grupo numérico em vez dos nomes

-L, --dereference

Lista o ficheiro original e não o link referente ao ficheiro

-o

Usa a listagem longa sem donos dos ficheiros (mesmo que lG)

-p

Inclui um caráter no final de cada ficheiro; útil para identificar um diretório na listagem

-R

Lista diretórios e subdiretórios recursivamente


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 Uma listagem feita com o comando ls -l é mostrada da seguinte forma:

drwx------

São as permissões de acesso ao ficheiro liveuser. O primeiro (da esquerda) indica que se trata de um diretório, se não tiver um d é um ficheiro normal. Caso se trate de um diretório, mostra a quantidade de subdiretórios que contém (25), no caso de um ficheiro aparece 1.

liveuser

Nome do dono do diretório liveuser

liveuser

Nome do grupo a que o diretório liveuser pertence

4096

Tamanho do diretório (em bytes)

Nov 22 14:43

Data da criação/última modificação do ficheiro

liveuser

Nome do diretório


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 cd [diretório] – change directory mudar de diretório (para entrar num diretório é necessário ter permissão de execução)  Exemplos: – – – – –

cd ou cd~ (retorna ao diretório home do utilizador) cd / (vai para o diretório raiz) cd – (retorna ao diretório acedido anteriormente) cd .. (sobe um nível na hierarquia dos diretórios) cd ../[diretório] (sobe um nível na hierarquia dos diretórios e entra imediatamente no diretório especificado [diretório])


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 pwd – print working directory, mostra o nome e o caminho do diretório atual


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 mkdir [opções] [path/diretório]– make directory, cria um diretório path

Caminho onde o diretório será criado

diretório

Nome do diretório que será criado

--verbose

Mostra uma mensagem para cada diretório criado. As mensagens de erro serão mostradas mesmo que esta opção não seja usada.

 Exemplos: – mkdir /tmp/teste (cria um diretório em /tmp com o nome de teste) – mkdir /tmp/teste /tmp/teste1 /tmp/teste2 (cria os diretórios teste,teste1,teste2 no diretório /tmp)


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 rm [path/diretório]– remove directory, remove diretórios e ficheiros (para remover num diretório deve ter permissão de escrita e este deve estar vazio) path

Caminho onde o diretório que será removido

diretório Nome do diretório que será removido

 É necessário que esteja um nível acima do(s) diretório(s) que será(ão) removido(s)  Para remover diretórios não vazios deve-se utilizar o comando:

rm -r


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 Por exemplo, para remover o diretório /tmp/teste deve-se encontrar o diretório /tmp e executar o comando:

– rm teste  Para remover o ficheiro /tmp/config.conf deve-se encontrar o diretório /tmp e executar o comando:

– rm config.conf  Ou caso o utilizador não esteja no diretório /tmp pode usar o caminho absoluto:

– rm /tmp/config.conf


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 cat [opções] [diretório/ficheiro]– mostra o conteúdo de um ficheiro binário ou texto diretório/ficheiro

Localização do ficheiro que deseja visualizar o conteúdo Opções

-n, --number

Mostra o número das linhas enquanto o conteúdo do ficheiro é apresentado

-s, --squeeze – blank

Não mostra mais que uma linha branca entre um parágrafo e outro

-

Lé a entrada-padrão

 Exemplos:

– cat /tmp/tree.txt  O comando cat trabalha com ficheiros de texto, para trabalhar com ficheiros compactados com gzip poderá usar o comando zcat


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 tac [opções] [diretório/ficheiro]– mostra o conteúdo de um ficheiro binário ou texto por ordem inversa  more [diretório/ficheiro]– permite visualizar o conteúdo de um ficheiro com paragens, página a página


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 rm [opções][path][ficheiro/diretório]– remove e apaga ficheiros, podendo também apagar diretórios vazios ou que contenham ficheiros path

Localização do ficheiro que deseja apagar. Se omitido, assume que o ficheiro se encontra no diretório atual

ficheiro/diretório

Nome do ficheiro a ser apagado

Opções -i, --interactive

Pergunta antes de remover; ativada por padrão

-v, --verbose

Mostra os ficheiros à medida que são removidos

-r, --recursive

Usado para remover ficheiros em subdiretórios. Esta opção também pode ser utilizada para remover subdiretórios

-f, --force

Remove os ficheiros sem perguntar


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 O comando rm deve ser utilizado com cuidado uma vez que os ficheiros e diretórios apagados não poderão ser recuperados  Exemplos: – rm teste.txt (apaga o ficheiro teste.txt no diretório atual) – rm *.txt (apaga do diretório atual todos os ficheiros com extensão .txt) – rm *.txt teste.novo (apaga do diretório atual todos os ficheiros com extensão .txt e o ficheiro teste.novo) – rm –rf /tmp/teste/* (apaga todos os ficheiros e subdiretórios do diretório /tmp/teste incluindo o subdiretório teste)


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 cp [opções][origem][destino]– copia ficheiros da [origem] para o [destino] origem

Ficheiro a ser copiado. Podem ser especificados mais de um ficheiro utilizando o caráter especial *

destino

O caminho ou nome do ficheiro onde será copiado. Se o destino for um diretório, os ficheiros de origem serão copiados para dentro do diretório. Opções

-i, --interactive

Pergunta antes de substituir um ficheiro existente

-v, --verbose

Mostra os ficheiros enquanto são copiados

-r

Copia ficheiros dos diretórios e subdiretórios da origem para o destino. É recomendável usar –R em vez de -r

-R, --recursive

Copia ficheiros e subdiretórios (como a opção -r) e também os ficheiros especiais FIFO e dispositivos

-f, --force

Não pergunta, substitui todos os ficheiros caso já existam.


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 Exemplos: – cp teste.txt teste1.txt (copia o ficheiro teste.txt para teste1.txt) – cp teste.txt /tmp (copia o ficheiro teste.txt para dentro do diretório /tmp) – cp * /tmp (copia todos os ficheiros do diretório atual para /tmp) – cp /bin/* (copia todos os ficheiros do diretório /bin para o diretório em que nos encontramos no momento) – cp –R/bin /tmp (copia o diretório /bin e todos os ficheiros /subdiretórios existentes para o diretório /tmp) – cp –R /bin/* /tmp (copia todos os ficheiros do diretório /bin e todos os ficheiros/subdiretórios para /tmp)


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 mv [opções][origem][destino]– move ou muda o nome de ficheiros e diretórios  O processo é semelhante ao cp mas o ficheiro de origem é apagado origem

Ficheiro / diretório de origem

destino

Local onde será movido ou para onde será mudado o nome do ficheiro / diretório Opções

-i, --interactive

Pergunta antes de substituir; é o padrão

-v, --verbose

Mostra os ficheiros que estão a ser movidos

-f, --force

Substitui o ficheiro de destino sem perguntar


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 O comando mv copia um ficheiro da origem para o destino mas, após a cópia, o ficheiro de origem é apagado  Exemplos: – mv teste.txt teste1.txt (muda o nome do ficheiro teste.txt para teste1.txt) – mv teste.txt /tmp (move o ficheiro teste.txt para /tmp) – mv teste.txt teste.new (se o ficheiro teste.new já existisse, copia o ficheiro teste.txt por cima do existente teste.new e apaga teste.txt após terminar a cópia)


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 SÁ, João Paulo, CARVALHO, Rui, CORREIA e SILVA, Teotónio, Sistemas Operativos, 1ª Edição, Porto Editora, 2010.


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