VAREJO
grupo Maré mansa do letreiro A carvão ao e-commerce Rede de varejo criada há 43 anos no interior do Rio Grande do Norte organiza-se para somar o e-commerce às suas 80 lojas físicas
Foto: Allan Vinícius - AV Filmes
Maré Mansa Maison, no Shopping Cidade Jardim, em Natal-RN: rede trabalha com conceitos e produtos diversificados, mas 70% do negócio está centrado em móveis e eletrodomésticos
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gestão empresarial
Nº 33 OUTUbro DE 2015
rede de lojas Maré Mansa vai navegar nas águas do e-commerce em 2016 para garantir no ambiente digital o mercado bem demarcado e sólido que possui nos cerca de 38 municípios nordestinos onde suas 80 lojas estão baseadas. O intervalo de quatro décadas entre o primeiro ponto de venda e a planejada loja virtual separam realidades com diferenças abissais. A primeira loja, aberta em 1971 ao lado de um cemitério em Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte, tinha 2,20 m de frente por 4 m de fundo e vendia apenas chinelos, Kichutes e Congas expostos em cordas ou sobre caixas. O letreiro era escrito à carvão, porque o comerciante Durval Dantas, à epoca com 29 anos, não tinha dinheiro para fornecer tinta ao letrista (veja na página 33). Um ano depois, no entanto, com bom tino comercial e uma prudência de gastos incomum nos jovens empreendedores, Durval acumulava dinheiro para uma fachada nova, a abertura de uma nova unidade no centro comercial da cidade e para contratar seus primeiros auxiliares. Hoje, o Grupo Maré Mansa possui cerca de 1.300 empregados e centraliza sua administração em Natal. As lojas estão nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará e operam sob seis nomes fantasia, em três nichos de comércio: roupas e calçados; móveis e eletrodomésticos; e automóveis. Segundo a diretora executiva Tayane Dantas, 70% do negócio concentra-se em móveis e eletrodomésticos. Uma fábrica própria de sofás e estofados, localizada