Revista Putz!

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O QUE É

PUTZ? Putz é uma palavra da gíria brasileira popularmente utilizada como interjeição com o significado de espanto ou susto. Contrariamente ao calão que lhe deu origem, é uma expressão que não tem nenhuma conotação pesada ou de apreciação negativa. “Putz!” também é uma publicação trimestral especializada em design na cidade de São Paulo, com uma comunicação espontanea, distribuida deforma gratuita e que apropria e explora coisas rotineiras e do cotidiano do morador da cidade de São Paulo. Vitor Raphael Raul Victor Wendel Hilário


EQUIPE VITOR RAPHAEL , RAUL VICTOR, WENDEL HILÁRIO

IO!

R SUMÁ

06 VENDE-SE ARTE

O CIRCUITO DE FEIRAS GRÁFICAS DE SÃO PAULO

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ENSAIO FOTOGRÁFICO LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET, CONSECTETUR ADIPISCING ELIT.

SAY HI TO THE WATER O FOTÓGRAFO CÉSAR OVALLE EM SEU PROJETO REGISTRADO APENAS NO CELULAR


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REDESIGN DE CARTAZES ICÔNICOS DE SÃO PAULO REDESENHANDO CARTAZES CONHECIDOS DA PAISAGEM URBANA

24 AS CAPAS

DA MÚSICA PAULISTANA CONTEÚDO SONORO TRANSFORMADO EM CAPA

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ACONTECE EM SÃO PAULO CONHEÇA AS MAIORES ATRAÇÕES DO MÊS, NA CIDADE DE SÃO PAULO


As feiras de publicações independentes são um fenômeno recente e que cresce cada vez mais no mundo. No exterior, feiras como Libros Mutantes, em Madri, e a NY Art Book Fair, organizada pela livraria Printed Matter juntamente com o MoMA, trazem uma retomada da autopublicação em um mundo onde as grandes editoras cada vez mais fecham suas portas. No Brasil esse movimento é talvez ainda mais impressionante. O número de feiras se multiplica desde 2007, quando a pioneira Tijuana foi organizada em São Paulo pela Galeria Vermelho. 6


FEI RAS GRÁ FI CAS


TINTA FRESCA FEIRA PLANA Após catalisar um importante movimento de popularização da autopublicação e das editoras de pequeno porte no Brasil, a Plana chega a sua sexta edição anual. Já passamos por diversos espaços e centros culturais como a Bienal de São Paulo. A Plana - Festival Internacional de Publicações de São Paulo, acontecerá no próximo ano com o tema “retorno ao nada”. O Festival se propõe a fomentar projetos não só no âmbito da cultura gráfica, mas também inspirando ideias políticas e sociais por meio de debates, conversas e encontros. Para a edição do Nada, foram convidadas quinze editoras que irão organizar coletivamente a programação de palestras, exposições e atividades paralelas à feira junto à curadora da Plana Bia Bittencourt.

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O evento é realizado no Espaço Cultural Porto Seguro além de livros, zines, pôsteres e gravuras além de outros materiais impressos dos expositores, conta com oficinas gráficas onde é possível conhecer de perto técnicas como impressão com carimbos, encadernação, stickers, gravura em metal em quadricromia, impressão em 3D e serigrafia nas oficinas que são oferecidas no evento.


FEIRA DESGRÁFICA O objetivo da Feira Des.Gráfica é dar espaço a quadrinhos e livros de diversas áreas que desenvolvam trabalhos narrativos com experimentação gráfico-visual. Além disso, a feira traz para perto do público as editoras, e também artistas focados na autoralidade e em seus posicionamentos alternativos, que refletem na própria idealização da feira, se diferenciando de outras similares do mesmo setor por seu olhar focado nas múltiplas facetas da narrativa sequencial. A Feira será realizada em parceria com a UgraPress.

AVESSA Arte, ilustração, fotografia, design e mercado editorial independente. A feira Avessa procura reunir tudo isso, com artistas que se aventuram por diversas modalidades artísticas. O evento traz obras de mais de 50 produtores editoriais, além de promover oficinas e minicursos gratuitos. Estarão presentes editoras como: Selo Demônio Negro, Polvilho Edições, Beleléu e Medusa. Os expositores vêm de todo o país; além de participações do México, Argentina, Venezuela e Colômbia.

FEIRA MIOLO(S) Miolo(s) é um evento anual de arte gráfica organizado pela Lote 42 e Biblioteca Mário de Andrade. Os principais objetivos são expor e estimular a produção de editoras, coletivos e artistas contemporâneos. Além de ser uma oportunidade para conhecer publicações, durante a feira o público pode conversar com os próprios produtores. Durante a Miolo(s), a Biblioteca Mário de Andrade, a principal biblioteca pública de São Paulo, aceita doações destas publicações independentes, passando assim a democratizar o acesso destas obras que normalmente ficariam de fora do grande circuito comercial


PONTO DE VISTA DO COTIDIANO F O T O G R A F I A S: W E N D E L H I L Á R I O E R A U L V I C T O R A LV E S

O conceito desse projeto fotografico é explorar e se apropriar de imagens do cotidiano retratando a nossa volta através do ponto de vista comum, buscando utilizar o campo de visão do próprio fotógrafo para tornar o invisível, visível para todos!



COTIDIANO URBANO


Em uma cidade com mais de 11 milhões de habitantes, rostos desconhecidos passam rápido, centenas de borrões entre carros, motos e ônibus passam agressivos. As luzes da cidade mostram novos olhares com cores vibrantes. São Paulo se move a cada instante.




/// O i

Hola

Ciao

Salut Hallo

Namaste Hej

Hi Aloha


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REDESENHANDO CARTAZES CONHECIDOS DA PAISAGEM URBANA PAULISTA

Como dar um novo visual as icônicas frases que pertencem ao cotidiano urbano do paulistano? O estúdio Verso apropriou-se de três cartazes muito comuns nas paisagens de São Paulo e repaginou cada um deles criando algo mais bonito e refinado. O projeto leva o nome de Subverso e traz as frases “Compro Ouro” , “Trago a pessoa amada” e “Pare de fumar fumando” acompanhadas de ilustrações incríveis que dão um acabamento criativo aos cartazes. A ideia é mostrar como o design e a arte fazem a diferença através da transformação destes cartazes tão conhecidos e até mesmo banais. 20


TRAGO A PESSOA AMADA DE VOLTA | STUDIO VERSO 21


COMPRO OURO | STUDIO VERSO 22


PARE DE FUMAR FUMANDO STUDIO VERSO 23


A

pesar da constante evolução tecnológica ter balançado a industria fonográfica nos dias atuais proporcionando o fácil consumo de música por meios digitais e também simplificando a produção musical por diversos artistas independentes. Há algo que ainda acompanha a música, seja fisicamente ou digitalmente;

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a capa do disco ainda é uma peça gráfica de vital importância no campo da música. A capa deve ser uma embalagem apropriada para o conteúdo que ela carrega portanto não só um objeto de caráter puramente estético, ela por si só deve traduzir o conceito do disco servindo como uma extensão ou até mesmo um desfecho da obra.


Conteúdo sonoro trasformado em imagens atraentes Sabemos que uma capa deve transmitir e comunicar visualmente o que o disco expressa através dos sons, das palavras cantadas, dos temas abordados. Um disco que discute e explora temas de SP deve expressar um ponto de vista da cidade, um vislumbre muitas vezes subjetivo em sua composição mas com uma visão sobre a

cidade e sobre o disco. Nas próximas páginas selecionamos algumas capas de discos do cenário musical brasileiro que têm musicas claramente inspiradas em SP. A ideia aqui é analisar algumas delas e estabelecer uma relação entre música, design e São Paulo.

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Tom zé // Todos os olhos Durante época da ditadura era muito comum os militares barrarem diversas capas de disco que eram mais subversivas, a ideia da peça surge como uma afronta à censura da ditadura. Originalmente a ideia era fotografar um ânus feminino com uma

AUGUSTA, ANGÉLICA E CONSOLAÇÃO FAIXA INDICADA

bola de gude no centro, no entanto a foto que foi para a capa do disco é na verdade da bola de gude sob a boca com uma leve maquiagem, é uma capa que ainda gera muita polêmica e contradição.

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Criolo // Nó na orelha A música de Criolo faz diversas referencias as coisas do cotidiano do paulistano, A melancólica “Não Existe Amor Em SP” é uma ode à maior cidade do país, falando da sua realidade cheia de diferenças e perigos urbanos. Assim como em suas criticas sociais a capa do disco traz um contraste ao trabalhar apenas o preto e o branco. O disco também trabalha com as áreas mais marginalizadas de São Paulo: as favelas e os morros; uma metáfora para isso seria o nome do artista, cortado rente na beirada da arte.

GRAJAÚEX

FAIXA INDICADA

Elza Soares // A mulher do fim do mundo Já nascido clássico, A Mulher do Fim do Mundo soa como um reflexo pessimista da realidade de São Paulo. As cores sóbrias da arte da capa são facilmente justificadas com base nos temas retratados no disco: violência doméstica, sofrimento urbano, transexualidade, negritude, e outros. É interessante como os contrastes sonoros das músicas, que misturam desde samba até rock, geram uma relação de elementos bem definidos, conceito também refletido na capa, criada por Elaine Ramos.

FIRMEZA FAIXA INDICADA


Spotify Code Basta acionar a camera, apontar para o código, que a música aparece imediatamente, pronta para ser tocada.

O Terno // O Terno Ao observar a capa do disco escutando o rock psicodélico do trio paulistano, é quase possvel se ver flutuando como a casa retratada na arte que toma uma

CINZA

FAIXA INDICADA

ótima decisão ao escolher uma pintura e não uma fotografia para representar as músicas do álbum que esboça assuntos mundanos com uma dose lúdica e irreal.

Ouça também:

Demônios da Garoa // Saudosa Maloca Obra mais famosa do mais famoso dos compositores de São Paulo, “Trem das Onze” é talvez o grande clássico entre as canções que homenageiam a cidade A faixa tornou o Jaçanã, bairro da zona norte, conhecido até por quem nunca passou perto de lá.

O TREM DAS ONZE

Sampa

Caetano Veloso

São S P

Filarmônica de Pasárgada

Santa sampa

Vespas Mandarinas

Samuel

Passo torto

FAIXA INDICADA

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A cidade é viva, versátil e em constante movimento. Quem faz da cidade um lugar livre sou eu e você, somos todos nós. A cada minuto, uma nova cidade se apresenta, aqui e agora. Liberte-se dos muros, venha para fora! Quebre a rotina e inspire-se com a beleza das ruas, viva a música, a arte, a comida e o que mais vier.

S Ã O Acontece em

P A U L O


De 29 de setembro a 2 de fevereiro MASP – Museu de Arte de São Paulo

Quem estuda ou é interessado em arte, publicidade, design ou feminismo, já deve ter se deparado algumas vezes com as peças provocadoras do coletivo feminista Guerrilla Girls. Sua coleção de cartazes icônicos produzidos em trinta anos de carreira, que cutucam o mundo das artes levantando debates sobre sexismo e racismo. A mostra no MASP traz uma retrospectiva com mais de 100 desses cartazes.


EXPOSIÇAO Satoyama De 19 de setembro a 12 novembro JAPAN HOUSE São Paulo

A verdadeira gastronomia do Japão é o tema da exposição Satoyama, que mostra um trabalho concebido entre dois importantes nomes da cena gastronômica mundial: o fotógrafo brasileiro Sergio Coimbra e o chef de cozinha Yoshihiro Narisawa. A exposição exibe cerca de 80 fotografias, além de objetos e vídeos com curiosidades e relatos de personagens presentes na trajetória e nas criações do chef durante os três anos de processo em que ele e o fotógrafo Sergio Coimbra percorreram diferentes localidades no Japão para retratar a gastronomia local.


ROBERT FRANK OS LIVROS E OS FILMES De 20 de setembro a 30 de dezembro IMS Paulista

O IMS Paulista apresenta, pela primeira vez no Brasil, Os americanos, de Robert Frank, um dos nomes mais importantes da história da fotografia. A série, com 83 fotografias em cópias da década de 1980, pertence à coleção da Maison Européenne de la Photographie e é uma das poucas séries completas da obra de Frank.



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