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DIA 25 DE MAIO
QUINTA-FEIRA
No dia seguinte, 25 de maio, a peregrinação começou com visita a Tabgha, onde Jesus multiplicou os cinco pães e dois peixes. Na reflexão, expôs-se a necessidade da nossa participação na realização dos milagres do Senhor em nossas vidas: “A matéria prima do milagre é a adesão do homem ao plano do Senhor”, explicou Vinícius. Na Igreja da Multiplicação, há um mosaico do século VI, onde figuram os peixes e a canastra com pães, diante do altar, mas, nele vemos apenas quatro pães representados. Embora se desconheça as intenções do mosaicista que compôs a gravura, os Monges Beneditinos, responsáveis hoje pela Igreja, explicam que para encontrar o quinto pão é necessário olhar para o Altar, onde está Jesus, o Pão Eucarístico.
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Na sequência, o grupo visitou o Primado de Pedro, onde se passaram os fatos do capítulo 21 do Evangelho de São João. Na Igreja construída em pedra basáltica, uma espécie escura de origem vulcânica e típica da região, há uma rocha clara, chamada desde o século IV de Mensa Christi, a mesa de Cristo, onde a tradição afirma que Jesus preparou os peixes para alimentar os apóstolos. Ali, os peregrinos puderam estar no Lago de Genesaré, vivendo a emoção de entrar nas águas onde Pedro pulou do barco para ir com Jesus, declarando seu amor pelo Mestre. A Santa Missa foi presidida pelo Padre Jorge Luiz em uma área externa anexa à Igreja das Bem Aventuranças, com visão privilegiada do Lago de Genesaré.
Partindo da Igreja das Bem-aventuranças, os pró- ximos locais visitados foram as ruínas de Cafarnaum, onde os peregrinos visitaram a casa de Pedro, a igreja construída sobre ela e as ruínas de uma sinagoga da mesma época de Jesus.
Após o almoço, o grupo de peregrinos realizou a travessia do Mar da Galileia. O presidente da RCC no estado de Goiás, Klaus Newman, ministrou um momento de reflexão, convidando os irmãos a entregarem seus medos a Jesus, em uma atitude de confiança em seu cuidado. A oração foi conduzida por Daniel Pio, presidente da RCC no estado de Minas Gerais, concluindo que os medos são vencidos pela presença do Senhor.
Deixando a Galileia, o dia foi concluído com uma visita ao Deserto da Judeia. Nesse local, Padre Jorge Luiz explicou sobre a passagem pelo tempo de aridez. Disse que o deserto não é destino, mas passagem. “Mesmo no deserto há provisão do Senhor para cada um de nós, não estamos desamparados, mesmo que ali sejam apresentadas nossas fraquezas, a Palavra do Senhor nos ampara”, afirmou o sacerdote.
A sexta-feira, 26 de maio, começou com a visita à cidade antiga de Jerusalém, entrando pela Porta das Ovelhas, por onde eram levadas as ovelhas para o sacrifício no Templo. Jesus passou por ela para chegar ao Calvário, como ovelha levada ao matadouro. A primeira visita foi à Igreja de Santa Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora. Conhecida por uma acústica única, os peregrinos brasileiros entoaram a canção
“Maria de Nazaré”, saudando a Virgem Maria.
Na sequência, o grupo foi às ruínas das piscinas de Betesda, onde na época de Jesus costumava ficar um grande número de pessoas doentes e “inválidas”: cegos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas, a tradição dizia que, de vez em quando, descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitada as águas, era curado de qualquer doença que tivesse. Vinícius Simões disse que Jesus é quem move as águas, quem muda a nossa sorte, e conduziu uma oração pedindo a cura do Senhor na vida de cada irmão presente.
Em seguida, a Via Sacra foi realizada em atitude de oração e reflexão. Os peregrinos fizeram a experiência de pisar as mesmas pedras que Jesus pisou no caminho para o Calvário. Ao final das 14 estações, o grupo entrou na Basílica do Santo Sepulcro, local em que Jesus foi sepultado e onde está a pedra onde seu corpo repousou. Eles também visitaram o Calvário, local onde a cruz foi fincada e a rocha ao lado, onde há evidências do terremoto narrado pelo Evangelho de São João. Ali também passaram por diversos locais de sofrimento do Senhor, narrados nas Sagradas Escrituras. Poucas palavras foram ditas na Basílica, para uma experiência única e pessoal.
Ainda na sexta-feira, os peregrinos visitaram a Igreja do Pater Noster, onde Jesus ensinou a oração do Pai Nosso. Uma reflexão foi realizada pelo presidente da RCC no estado do Rio de Janeiro, Claudio Silva, que deu grande ênfase às palavras do Senhor: “Vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais”. Na sequência, o local visitado foi a Basílica da Agonia, onde Jesus suou sangue, e a tradição aponta uma pedra onde o Senhor teria parado para orar.
Ao lado da Igreja, ainda no Horto das Oliveiras, há uma árvore com mais de dois mil anos, onde os peregrinos puderam parar para orações particulares. A última parada foi na Capela Dominus Flevit, ou seja, “o Senhor chorou”. Ali, onde as lágrimas escorreram no rosto de Jesus, quando via Jerusalém (Mt 23, 37), foi construída uma capela em formato de lágrima, com um vitral de visão privilegiada da Cidade do Altíssimo. Houve um momento para oração pessoal.