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4. ASPECTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS

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7. REFERÊNCIAS

7. REFERÊNCIAS

REFERENCIALTEÓRICO-METODOLÓGICO

O atual estudo tem como foco apresentar e levar maior visibilidade e análise para a saúde da mulher na mídia televisiva, mostrando como esse assunto é pautado somente quando relevante para venda de alguma marca. Segundo um artigo postado em 2009 pelos alunos Mariella Silva de Oliveira, Lucia Helena Costa Paiva, José Vilton Costa e Aarão Mendes Pinto-Neto (SAÚDE DA MULHER NA IMPRENSA BRASILEIRA: ANÁLISE DA QUALIDADE CIENTÍFICA NAS REVISTAS SEMANAIS. - 2009 - PÁG, 13): “ A mídia não deve se limitar a ser somente ferramenta para lazer, mas ser também porta-voz para reivindicar a preocupação social pelos temas de saúde.’’. Através dessa citação, é notável que os autores apontam de forma coerente a seleção de temas que a mídia realiza para levar aos grandes telejornais, revistas impressas ou portal de notícias, levando em consideração que todos os canais de comunicação possuem um grande alcance de público. Talvez não fosse necessário haver esse tipo de exclusividade, visto que a saúde da mulher pode, e é, um tema rico em informações e com um grande público de massa. O rumo da pesquisa e os métodos de estudo para a mesma tiveram como função levar essa visão ampla de que é necessário saber lidar com a informação e a comunicação para que assim haja uma notícia de qualidade para quem atua nesses meios de comunicação. Foi analisado o programa de revista televisiva semanal Fantástico, e, embora haja um grande número de temporadas (41 temporadas), foi muito difícil encontrar entrevistas e reportagens a respeito da saúde da mulher fora do mês de outubro, que é o mês da visibilidade do câncer de mama.

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A partir disso, podemos notar que o jornalismo tem deixado de cumprir certas funções sociais pouco a pouco, pois se a informação deixou de estar ao lado da comunicação, temos aí uma falha no processo, e é através dessa falha que enxergamos o descaso midiático com a saúde e o corpo da mulher. O processo de estudo foi iniciado com o uso de método netnográfico, através de grupos de mulheres presentes na rede social Facebook e com questionários realizados

no Google Forms. A abrangência de aplicação do estudo não delimitou o recorte geográfico em uma cidade, mas aceitou respostas de todas as regiões do País. Por outro lado, o estudo direcionado às reportagens veiculadas pelo Fantástico analisou um recorte de janeiro de 1995 a dezembro de 2020. Também foi realizada pesquisa bibliográfica em portais de cunho informativo e servidores com embasamentos em dissertações, teses, artigos e livros com aprofundamento comunicacional e sobre teorias relevantes para a comunicação e informação. Também foram utilizadas reportagens relacionadas ao tema e debates em mídias como Instagram. Entrevistas sobre a saúde da mulher e a falta de informação também foram estudadas. Todos os materiais utilizados para pesquisa tiveram em comum o objetivo de apresentar a solução do problema apresentado. Uma das principais bases do estudo foi o livro escrito por Sonia Hirsch, Só Para Mulheres, (1995). Ainda como fundamentação teórica, utilizamos Dominique Wolton (2010).

No primeiro momento, foi realizada uma leitura para conhecimento geral da obra e a partir disso foi realizada uma pesquisa de análise e construção de conteúdos para serem apresentados de forma coesa no decorrer do projeto. Tendo como objetivo uma simplicidade na linguagem para o documentário, foram realizadas entrevistas com profissionais da área da saúde, jornalistas especializados em política e saúde e, claro, mulheres que vivenciam e sofrem com os obstáculos impostos quando trata-se de sua saúde. Entre essas mulheres, estão aquelas que usufruem do SUS - Sistema Único de Saúde - e as que usufruem da Rede Privada de Saúde, para que assim seja feita uma comparação entre ambos sistemas. Conforme o estudo bibliográfico foram vistos argumentações dos próprios autores, ora conflitiva e ora repetitiva, mas nada que de grande forma mudasse o objetivo de estudo e conclusão. Por se tratar de um estudo com embasamentos teóricos e prático para a produção de um documentário, foi necessária muita análise e recorte para que nada de ligeira e extrema importância fosse descartado, levando em consideração que todas as obras se intercalam e formam uma maneira de pensar muito complementar.

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