1. INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Padrões de beleza foram estabelecidos há mais tempo do que somos capazes de afirmar com precisão, o que se sabe é que eles sempre estiveram ali, onde a sociedade precisasse se esforçar mais que o necessário para segui-los. Durante os anos esses padrões mudaram, alguns até deixaram de existir, mas sempre há algo ao qual sentimos que devemos seguir para nos encaixarmos. O produto escolhido para este trabalho foi o Instagram, justamente por se tratar da rede social que mais lida com a imagem, facilitando assim, a criação da fantasia de que é necessário um estilo de vida de difícil alcance para ser bem visto nessa rede . O uso desenfreado de filtros nas redes sociais fez o número de pessoas que gostariam de realizar alguma alteração no rosto subir consideravelmente, enquanto isso, quanto mais gente modifica algo em seu corpo e compartilha o feito como uma realização benéfica, mais gente tem interesse em ingressar nesse time. É como desencadear um processo em massa de pessoas insatisfeitas com suas aparências criando a ilusão da vida perfeita após as cirurgias tão desejadas serem realizadas. O Instagram “Movimento Corpo Livre” foi criado justamente para lutar contra os estereótipos impostos pela sociedade e, como forma de ajudar pessoas que de alguma forma se sentem deslocadas ou fora dos padrões. Também com objetivo de incentiva a aceitação, a busca por hábitos saudáveis e a normalização de corpos reais na internet. A ideia desse projeto é facilitar a informação para todas as pessoas, um conteúdo radiofônico em formato de podcast para que pessoas de qualquer classe social possam entender sobre como as redes têm influenciado na vontade de realizar mudanças na aparência e, decidir se realmente necessitam dessas mudanças ou somente uma redirecionar o que está sendo absorvido na internet. A classe social foi propositalmente citada, já que, em algum momento a ilusão de que somente pessoas em melhores condições financeiras realizam cirurgias estéticas, quando na realidade isso não acontece.