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Figura 21. Linha do Tempo do Movimento LGBTQIAP

e doença. Expressões como “peste gay” espocaram e persistiram, mesmo depois de constatado que o vírus poderia ser transmitido a qualquer pessoa”. E por fim, a 3ª onda, que ocorreu na década de 1990, onde o ativismo voltou a florescer, promovendo uma diversificação dos vários sujeitos dos movimentos na atual designação LGBTQIAP+, assim como a formação das atuais grandes redes regionais e nacionais de organizações, e consagração das Paradas do Orgulho LGBTQIAP+. No início dos anos 1990, nasce o New Queer Cinema, um movimento independente que rejeita a heteronormatividade e propõe filmes com temáticas ligadas à representação de pessoas LGBTQIAP+. As obras deste período eram reflexos principalmente da crise de AIDS nos anos 1980, entre outras coisas. Os movimentos antes marginalizados, passam a ganhar um espaço na tela, mesmo que ainda pequeno, com Tatuagem (2013), Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014), e Tea For Two (2018), tendo restante dos filmes produzidos por este viés ainda “escondidos” e invisibilizados por parte do público. No passado, os personagens queer retratados em obras audiovisuais eram normalmente “assexuados em cena”, nunca tendo um par romântico, ou um final que não terminasse em tragédia. De acordo com Jayme, este cenário só passou por mudanças meio recentemente

Foi mudar nos anos de 2010, quando o audiovisual começou a mostrar personagens queer com mais naturalidade, e foi nesta década que ocorreu o primeiro beijo entre mulheres, e também o primeiro beijo entre homens, que ocorreu em pleno horário nobre da rede Globo, no qual o beijo entre os personagens não só foi comemorado pelo público, como também gerou torcida pelo beijo. (JAYME. 2020).

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De acordo com Jayme na década de 2010 “também se teve um personagem transexual, que teve sua transição acompanhada pela telinha, e pudemos ver como as pessoas aceitaram isto.” De acordo com o ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais) o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas queer e também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo. Nas telas, o povo queer era apenas “representado” por homens gays com trejeitos afeminados, utilizados a forma de serem ridicularizados, ou colocados como vilões, tendo suas sexualidades questionadas, além de qualquer personagem que não se adequasse a uma “caixinha” não tinha direito a um final feliz, ou nem mesmo era sujeito a situações comuns

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