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2.2 Categorias, gêneros e formatos: Game Show

maior nessa esfera, negócio que mostra, por meio das exorbitantes cifras, que, ano após ano, uma empresa de TV produz e movimenta muito dinheiro.

2.2 Categorias, gêneros e formatos: Game Show

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A indústria audiovisual buscou uma estruturação dividida em três níveis: categorias, gêneros e formatos. Elas são classificadas e identificadas a partir da definição de suas produções. Nessa classificação, podemos considerar que uma categoria pode abranger vários gêneros e um gênero abrange também vários formatos. Assim, os formatos criaram cada vez mais definições e particularidades, para que seja fácil identificar a classificação de cada produto dentro da TV.

As categorias podem ser separadas dentro do audiovisual em cinco pilares, sendo: entretenimento, informação, educação, publicidade e outros. Essa definição é feita a partir do elemento predominante dentro da produção, ou seja, a sua finalidade como destaca Aronchi de Souza:

O estudo do gênero dos programas exige a compreensão de desenvolvimento da televisão sob vários aspectos, inclusive o tecnológico. A identificação dos recursos para produção de um gênero permite escolher a tecnologia de áudio, os efeitos especiais no vídeo, o uso de equipamentos, enfim, as aplicações técnicas adequadas às várias produções, em canais diferentes. Com as informações sobre o desenvolvimento histórico de cada gênero, com a abordagem conceitual e técnica dos recursos utilizados e também dos resultados alcançados no vídeo, chega-se a um perfil de produção em televisão, para compreender melhor o planejamento, a organização, a criação e a implantação e a criação de programas. (ARONCHI, 2004, p.30)

Na visão de Bruno Tavares (2018) não há um consenso sobre a classificação dos gêneros na televisão. Diferentes estudos acadêmicos classificam os gêneros apenas por elementos comuns encontrados nas poucas categorias definidas.

O intuito desse projeto não é profundar-se nesta questão, nem tampouco discutir qual classificação é a correta. O objetivo é permitir a identificação dos produtos televisivos, em especial do game show, o qual o projeto criado pertence. Na obra Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira, Aronchi (2004, p. 92) apresenta os 37 gêneros distribuídos em cinco categorias como segue quadro a seguir:

Quadro 1: categorias e gêneros dos programas na televisão brasileira

Tabela 1- Reprodução da divisão de Souza sobre categorias e gêneros

Com o aprimoramento e investimentos em produções para a televisão, houve a necessidade de filtrar ainda mais essa classificação que muitas das vezes era “genérica” não tendo uma definição exata sobre o que se tratava o programa, qual sua dinâmica, sua identidade. Como bem entende Tavares (2018), considerando o formato o DNA da produção, ele materializa o modelo de um programa de TV que pode ser reproduzido no seu país de origem ou em vários países, representa sua existência legal, protegendo seus investidores e proprietários de plágios.

O surgimento dos formatos, dentro do mercado televisivo, mudou os padrões de comercialização, a importação e exportação de programas, que se utilizavam de duas maneiras: os produtos “enlatados”, que vinham produzidos e fechados, apenas para exibição por parte de quem comprou, como eram os exemplos das telenovelas, desenhos animados, filmes e etc.

Já o segundo como os formatos de roteiro, que permitiam com que os compradores produzissem seus produtos e fizessem adaptações, porém tendo previsto em contratos, regras rígidas que garantiam a identidade do programa. No Brasil, a primeira experiência que se tem como exportação de um formato de programa foi na década de 1970, com o programa infantil “Vila Sésamo”. A Sesame Street, nome original do formato norte-americano, criado pela Children’s Television Workshop, foi um grande investimento para a TV brasileira na época, custando um investimento de US$ 1 milhão (MARIA, 2000) para a Fundação Padre Anchieta, que na época administrava a TV Cultura de São Paulo e a TV Globo.

O licenciamento de formatos de programas é considerado uma indústria bilionária. A cada ano, aumenta o número de emissoras e canais de TV que procuram incluir em sua programação, formatos que já foram testados e que deram certos em outros países. A FRAPA, que é uma associação internacional formada por mais de 100 empresas da indústria do entretenimento, define formatos da seguinte maneira:

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