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2. APRESENTAÇÃO

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6. REFERÊNCIAS

6. REFERÊNCIAS

APRESENTAÇÃO

O Projeto Social é aquele trabalho executado em instituições sem fins lucrativos, que buscam o desenvolvimento social, econômico e/ou cultural de uma comunidade ou grupo de indivíduos. As escolas de samba vêm fazendo diversos trabalhos sociais, muito além, do período de carnaval.

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O carnaval em si, é uma das festas mais importantes para os brasileiros, levando em consideração a abertura de vagas de emprego e fonte de renda. Durante esse período, é possível verificar nas mídias a redução em números de desempregados. Também, os projetos culturais, sociais e educativos realizados nas agremiações, agregam para o futuro de crianças e jovens de comunidades, levando um outro pensamento de vida. Como menciona a Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), as escolas trabalham para que o Carnaval conquiste cada vez mais visibilidade e respeito, no âmbito sociocultural e histórico, e esteja presente no calendário paulistano para além dos desfiles, a festa se tornou não apenas uma das maiores do país, mas também um setor que impulsiona a economia, gera empregos, estimula negócios e fomenta a cultura. Em São Paulo, o Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Unidos de Vila Maria, é a agremiação com mais trabalhos sociais para a comunidade. São 16 anos com o projeto “Um caso de amor”, tendo como atividades; serviços de saúde (Fisioterapia, Psicologia e Odontopediatria); Cursos Culturais (teatro, danças, capoeira e música); Cursos Profissionalizantes (assentador de piso, pedreiro, encanador; padaria artesanal, corte/costura e modelagem, cabeleireiro, decoração/adereços, áudio e som e fotografia) e Esportes (karatê e Futebol). Da mesma forma, o Departamento Social da Gaviões da Fiel vem trabalhando com a comunidade, diretores e componentes da agremiação, para manter as atividades durante o ano. Em entrevista, o responsável pelo trabalho social da escola, Cristiano Bizarro disse que “ Hoje, são aproximadamente 30 voluntários que fazem parte do dia a dia dos projetos, sendo cinco deles os responsáveis pela comissão e organização”. Como apontou Cristiana Tramonte em seu livro “O samba conquista passagem: as estratégias e a ação educativa das escolas de samba (2001)”. O carnaval se tornou o símbolo de resistência cultural, isenção social e afirmação da negritude, não apenas no período festivo, mas sim o ano todo como mencionam Tubino e Dória (2006): Escolas de samba só aparecem no Carnaval? Não, elas têm vida nos 365 dias do ano, trabalhando em projetos sociais, que são referência para as comunidades, pois fazem desde encaminhamento médico à qualificação profissional, de olho no amanhã de seus moradores da comunidade. (Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.14, p.79, jan./mar. 2006).

Mesmo com diversos projetos sociais voltados para suas comunidades, existe pouca visibilidade nas mídias. Desta forma dificulta que outras pessoas, além dos integrantes das agremiações, saibam e participem dos serviços, sejam eles, como voluntários ou beneficiados. Através disso, após um levantamento de 222 episódios, do programa Profissão Repórter, foi notável a falta de visibilidade do assunto nas mídias televisivas. De 2015 a 2021, houve a exibição de apenas 1 programa com o tema carnaval, sendo ele exibido no dia 15/02/2015, durante o período que ocorre a festa popular. No episódio, é retratado a realidade distintas de seis agremiações diferentes do Rio de Janeiro e São Paulo, dias antes dos desfiles das respectivas escolas. Na primeira parte, mostra o local em que a equipe do programa ficou hospedada, durante 1 mês, acompanhando a rotina de ensaios e confecções de alegorias da Portela. Ainda no mesmo bloco, há a participação de Tatiane Pereira, presidente da Chatuba de Mesquita, escola da quinta divisão do carnaval carioca, onde a mesma, relata o cotidiano difícil da escola, para conseguir doações e recursos para realizar o desfile. Na mesma parte, em São Paulo, Jorge Freitas (Carnavalesco da Rosas de Ouro); Rosivaldo Teixeira (Coordenador de fantasia da Acadêmicos do Tucuruvi) e Vagner Santos (Carnavalesco da Tucuruvi), mostram a rotina maluca de ensaios e barracões das agremiações, dias antes de passarem pela passarela do samba. De volta ao Rio de Janeiro, a reportagem mostra a popular feijoada da Portela, que contou com a presença de mais de 5 mil pessoas e a cruel realidade da Presidente da Chatuba de Mesquita, que com o propósito de levantar alguma quantia para a compra de obra prima, passava de porta em porta para arrecadar alimentos para a realização de uma feijoada. Na segunda parte do programa, Pedro Magoo (Carnavalesco da Nenê de Vila Matilde), faz uma breve passagem pelas alegorias da escola e conta detalhadamente a história do enredo que entrou na avenida naquele ano. Após isso, o bloco é dedicado ao grande dia de desfiles das agremiações de São Paulo, momentos que contam com a participação dos carnavalescos citados acima e integrantes das escolas. Neste momento, o repórter Thiago Jock, passa a ser o entrevistado, depois de pisar a primeira vez no sambódromo do Anhembi como integrante da Acadêmicos do Tucuruvi.

Na terceira e última parte do episódio, mostra o dia do desfile da Portela, com a passagem de Carlos Reis, integrante com a composição mais cara de todo o carnaval do ano de 2015. Além disso, a reportagem acompanha as dificuldades da Chatuba de Mesquita, após um dos ônibus disponibilizados pela Prefeitura do Rio de Janeiro, não comparecer até o local para levar os componentes para o desfile. Por fim, o programa chega ao encerramento, mostrando os resultados das apurações e a colocação de cada escola acompanhada pela equipe naquele ano.

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