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APRESENTAÇÃO

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Problematização

Problematização

de hoje dos programas de rádio sobre futebol, o esporte favorito dos brasileiros. Toma-se como base de análise e objeto de estudo o Programa “Esporte 9”, da Rádio 9 de Julho (AM 1600 kHz, de São Paulo/SP). Esse programa, ainda recente e pouco conhecido no cenário nacional, estreou no início de 2019 e, desde então, utiliza-se de redes sociais com o objetivo de que seu público participe e interaja mais diretamente com o apresentador Alex Müller, na medida em que são dadas e comentadas as notícias pelos repórteres setoristas dos principais clubes paulistas.

Cada vez mais abrangentes nos meios de comunicação, as redes sociais movimentam bastidores de notícias, debates sobre polêmicas do momento, além de sátiras e os mais diversos comentários sobre o que ocorre no Brasil e no mundo. E, não só no rádio, como também na TV, elas ganham cada vez mais força nos programas, sendo eles famosos ou não. São utilizados muito frequentemente, por exemplo, o YouTube (tanto na transmissão via plataforma streaming, como no seu chat de comentários), o WhatsApp, o Facebook e também o Instagram, com suas transmissões ao vivo cada vez mais populares e comuns entre os brasileiros.

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Terminadas todas as suas pesquisas e análises, esse trabalho resulta como produto final, um Podcast imersivo, com meia hora de duração e divididos em dois episódios de 15 minutos cada um, onde os temas abordados são inicialmente a Música e o Futebol, duas paixões nacionais.

APRESENTAÇÃO

Pioneiro entre os meios de comunicação, o Rádio foi perdendo audiência ao longo do tempo com a chegada da TV e, principalmente, da internet e também dos podcasts. Outrossim, mesmo o futebol sendo uma paixão nacional, além de ser o assunto favorito de discussão nos programas esportivos há décadas, tornou-se necessário que as emissoras de rádio inovassem para acompanhar os avanços tecnológicos dos últimos anos e, consequentemente, aumentar a quantidade de ouvintes. Atenções voltadas especialmente para o público mais jovem, nesse caso, pertencente à chamada “Geração Z” (nascidos entre 1997 e 2010), que possui bem menos contato com o aparelho de rádio em si do que as demais

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

gerações e que pouco escutam as estações AM e FM.

Segundo afirma Gambaro:

Algumas emissoras de rádio segmentadas, especialmente na audiência mencionada, vêm implementando mudanças em suas grades de programação, com vistas muitas vezes a atender novas demandas e promover a fidelização de um público que parece escapar entre os dedos. Isso não quer dizer, no entanto, que as estratégias adotadas sejam realmente eficazes ou mesmo inovadoras: parece haver muito mais continuidades do que experimentações em direção a algo inovador. Ainda assim, mesmo que as estratégias sejam tímidas, vale a pena observar como as diferentes empresas estão explorando um mercado tão importante para o veículo rádio (2016, p. 230).

Por outro lado, tratando-se especificamente de programas sobre futebol ou mesmo das transmissões ao vivo das partidas, a idade é um mero detalhe dentre os ouvintes. O autor que vos fala, por exemplo, é fã de rádio (AM e FM) desde os 9 anos de idade e ouve programas dedebate esportivo (especialmente aqueles que ocorrem logo após as transmissões dos jogos) desde a pré-adolescência, no início dos anos 2000.

Apesar de hoje em dia haver transmissões dos jogos de futebol e dos programas de debate via YouTube, sites das emissoras e outras plataformas streaming (no caso, somente áudio ou apenas com a imagem de dentro da cabine onde estão os locutores e comentaristas), ainda é possível afirmar que o rádio não perdeu o seu charme. Portanto, vale destacar que:

Com o surgimento da televisão e, posteriormente, da internet, as previsões pessimistas sobre o futuro do rádio se tornaram mais recorrentes. Contudo, o rádio tem conseguido resistir aos anúncios apocalípticos exatamente por conta das características particulares que possui e que ainda tornam as emissoras radiofônicas bastante diferentes dos demais meios de comunicação de massa (MAGNONI & RODRIGUES, 2012, p. 1).

Eis, então, uma mescla de tradição com inovações tecnológicas no meio radiofônico. Uma das motivações deste trabalho é fazer um comparativo jornalístico da evolução dos programas de futebol e suas transmissões no rádio em meio à era digital com o que era num passado nem tão distante assim, baseando-se exatamente num programa contemporâneo, relativamente novo e de linguagem jovial e interativa.

Dessa forma, definindo o Programa Esporte 9 (objeto de estudo escolhido), o apresentador Alex Müller retrata quais são suas principais características e peculiaridades, perante os demais programas esportivos de rádio:

Não digo diferencial, porque parece que eu inventei a pólvora, mas a minha intenção quando criei o projeto do “Esporte 9”, foi de, entre áspas, homenagear o rádio raiz, sabe?… Além de resgatar a notícia, de resgatar a informação, de valorizar o repórter, até por eu ter sido durante 16 anos

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