Revista Integração Ed. 103

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REDE LA SALLE

9 777198 239918

ISSN 1982-3991

00103

ANO XXXVIII - MAIO DE 2009 - N.º 103

Matéria de capa:

Formando pessoas

com conteúdo 06453 - La Salle Integração 103 Capa.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 Capa.cdr terça-feira, 26 de maio de 2009 14:51:03

Entrevista com os professores doutores Mary Rangel e Edgard Hengemüle Alunos da Rede La Salle são premiados em feira na USP As intenções EDUCATIVAS e a tipologia dos CONTEÚDOS


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Expediente

Editorial À primeira vista, pode parecer estranho a abordagem do tema de capa – Formando Pessoas com Conteúdo, por ensejar uma visão reducionista acerca do conteudismo em sala de aula. Além do mais, por trás do império do domínio de conteúdo, ou até da simples memorização, pode estar também a ideia discriminatória de só se valorizar aquele que é competente, as melhores cabeças. Claro que no comum da vida se estuda, se trabalha, se cria patrimônio, se busca o viver bem. Não que tudo isto não seja relevante. Há outras dimensões a serem valorizadas. O conhecimento, em si, não é o fim último. Sabemos que a pessoa humana é um ser histórico que vai se articulando nas suas escolhas livres, ao longo de sua vida. Em certo sentido, vai se tornando pessoa, vai se personalizando, ampliando sua visão de vida para além da simples competência. Sua vida é programática, projetiva. E a escola pode ser parceira nesta caminhada. Por isso a educação é um processo lento, exigente e libertador. A escola propõe o domínio competente de habilidades biopsicossociais e cognitivas. Tem seus parâmetros curriculares, abordagens interdisciplinares, seu sistema de avaliação e exige resultados. Quem não alcança os objetivos programáticos é convidado a repetir a série. Todavia, a missão da escola transcende à simples competência utilitarista do saber fazer, das melhores cabeças. Na escola, o aluno também é convidado a ser, a exercitar a capacidade criativa de pensar, a vivenciar valores (paz, justiça, respeito, amizade, solidariedade,...) e, sobretudo, a construir o seu projeto de vida. Todo este horizonte de educação integral não prescinde a meta de dominar conteúdos, resolver problemas, da participação construtiva do aluno no processo de aprendizagem, com comportamentos morais e éticos, e no nosso caso – Rede La Salle – sob a orientação cristã e lassalista. Daí o presente número da Integração, além de suas já tradicionais seções, trabalhar o empolgante tema do domínio dos conteúdos, do estudo sério, do saber competente, da experiência do aprender e ensinar. Afinal, vai-se para a escola para quê? Deixemos aos nossos articulistas o tratamento desta pauta “Formando Pessoas com Conteúdo”. E a nós, leitores, uma ótima reflexão contextualizada. Fraternalmente em Cristo e La Salle, boa leitura a todos! Irmão Ivan José Migliorini

ANO XXXVII – Nº 103 MAIO DE 2009 A Revista Integração o orgão oficial de comunicação das Comunidades Educativas das Províncias Lassalistas de Porto Alegre e de São Paulo (Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de 2.500 exemplares e circulação quadrimestral. Província Lassalista de Porto Alegre Diretor Presidente Marcos Antonio Corbellini Diretor Administrativo Jardelino Menegat Diretor de Educação e Pastoral Paulo Fossatti Diretor de Formação Paulo Lari Dullius Diretor Secretário João Angelo Lando Província Lassalista de São Paulo Presidente Paulo Petry Vice-Presidente Arno Francisco Lunkes Tesoureiro Waldemiro José Schneider Secretário Provincial Israel José Nery Revisão João Angelo Lando Comissão Editorial Ivan José Migliorini João Angelo Lando Ana Paula Diniz Adriana Beatriz Gandin Tiago Schmitz Jornalista Responsável Hugo Bruno Mombach 4065 DRT-RS Redação e Expediente Setor de Marketing da Rede La Salle Rua Honório Silveira Dias, 636 Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150 Fone: +55 (51) 3358-3600 Fax: +55 (51) 3343-2322 marketing@lasalle.edu.br Editoração Roberto Monte Maior de Oliveira Foto da Capa Raul Crebs Campanha Publicitária Agência Integrada Os artigos são de responsabilidade dos seus respectivos autores.

02 06453 - La Salle Integração 103 02 Editorial.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 02 Editorial.cdr terça-feira, 26 de maio de 2009 14:58:57


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Sou Lassalista

Índice

Depoimentos de alunos, professores e colaboradores lassalistas sobre sua vivência na Rede La Salle

Cultura Porto Alegre - A Capital dos Gaúchos

Eventos 10. Nenhum de Nós fez show exclusivo para calouros do Unilasalle 11. Rede La Salle oferece Cursos Gratuitos em Estrela 12. Reinaugurada biblioteca do La Salle Santo Antônio 13. Páscoa Solidária e Pré-missão Jovem foram um sucesso 14. La Salle Dores na XII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica 15. Reformas e mais atrativos no La Salle Instituto Abel

25 anos 16. La Salle Sobradinho completa 25 anos

São João Batista de La Salle Escola De La Salle: O que aprender?

Rede 18. Colégio La Salle em Lucas do Rio Verde inicia suas atividades 19. Proposta Educativa Lassalista em Vídeo e em Quadrinhos

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Capa

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Formando pessoas com conteúdo

Diário de Classe Breves relatos de atividades desenvolvidas nos Colégios Lassalistas

Artigos 42. As intenções Educativas e a tipologia dos Conteúdos 43. Dinamização da Biblioteca 44. A influência da Espiritualidade no ambiente de trabalho 46. La Missión Lasallista compartida 47. Sinto-me em casa 48. O Bom Educador e a Qualidade na Educação 50. Una aproximación práctica a la Experiencia de Aprendizaje Mediado 52. Conceitos interrelacionados

Formação, Pessoa e Conteúdo

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Experiências 20. Vem que tem cultura! 21. FEBRACE - Alunos são premiados em evento na USP 22. Contadores de História 23. Nossa adaptação escolar 24. Fazendo da Geometria uma arte em sala de aula 25. Ler é preciso, é fundamental 26. Reflexões sobre a Aula de Artes 27. Curso de Formação de Professores

Entrevista 05 Os conceitos de

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Canal Aberto Comunicação e Resultados O que funciona para o quê?

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Nossos Ícones Indica uma página na internet ou um e-mail.

06453 - La Salle Integração 103 03 Indice.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 03 Indice.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 08:13:03

Referências bibliográficas ou mesmo indicações de leituras que digam respeito à matéria em pauta.


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Revista Integração

Mil novecentos e antigamente...

Edição de 1979 trouxe temas relevantes Confira alguns trechos das principais notícias e artigos da Revista Integração nº VIII, publicada em abril de 1979. ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO No artigo do Ir. Antônio Puhl, intitulado “ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE ESCOLA COMO UMA EMPRESA EDUCATIVA”, já se repensava a organização administrativa das escolas. “A escola é uma empresa educativa e como tal deve organizarse. Tem o seu sistema de apoio estruturado em vista de sua atividade-fim. A própria organização é atividade-meio em vista de suas finalidades educacionais...O administrador, especialmente o administrador escolar, deixou de ser o engenheiro que entende do arranjo mais adequado às peças do sistema escolar para ser expert na aplicação das ciências do comportamento à dinâmica de sua organização. Daí nasce a sua responsabilidade pela motivação humana no trabalho e a liderança de grupos e pessoas... A escola não pode, pois, fechar-se sobre si mesma, mas deve abrir-se para o meio ambiente. Deve, por outro lado, preparar-se para esta abertura a fim de assimilar e transformar as informações vindas do mesmo em novos impulsos para o seu crescimento (p. 19 a 21). EDUCAÇÃO PARA A CONSCIÊNCIA No artigo de Olírio Bertuol, em principal destaque na Revista, o assunto era a educação. “Os enlatados, a televisão, o mundo já feito e muitos outros componentes de nossa sociedade sempre serão um empecilho neste nosso trabalho. Qual a criança de nossas escolas que não deixa encher seus ouvidos pelos valores presentes em nosso mundo secularizado e pluralista? Ou, quantas delas trazem convicções já bem firmes, ouvidas em frente à televisão? ... Em meio a todas as atividades escolares, cabe ao professor e coordenadores a melhor metodologia que venha a construir consciência e a criar juízos de valor (p. 4 a 9). VIDA FAMILIAR O papel da família na educação foi o assunto escolhido por Frei Renato Schmith em seu artigo “VIDA FAMILIAR E EDUCAÇÃO”. “Em nossos dias, como em tempos passados, ouvimos dizer: a família vai mal, os jovens são impossíveis, não dá pra aguentar esse professor, esta velharia... E o tema educação continua como principal nos cursos, nos congressos, nos simpósios, na pesquisa, nos livros e nas revistas. Inventam-se teorias e se faz o brinquedo de usar a pessoa humana para testar seu acerto ou seu erro. De outro lado, na medida em que cresce a consciência da dignidade da pessoa humana, vêm nascendo os Serviços Especializados no campo da Educação. A luta da verdadeira escola é não aceitar a transferência da responsabilidade dos pais, e a dos Serviços Especializados a de não favorecer a omissão dos professores” (p. 10 a 13).

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VIII ENCONTRO DAS CELS “Realizou-se em Garibaldi, nos dias 10 e 11 de novembro do ano passado o VIII Encontro das Comunidades Educativas Lassalistas. O objetivo do encontro era planejar o trabalho a ser realizado nos Colégios ao longo de 1979. Por esse motivo, cada Comunidade Educativa foi convidada a enviar dois representantes. Responderam ao convite onze, constituindo-se o grupo de 23 pessoas, entre diretores, coordenadores e administradores” (p. 25). TRICENTENÁRIO DO INSTITUTO “No próximo ano, o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs (Irmãos Lassalistas) comemorará o tricentenário de sua fundação” (p. 31) . COLÉGIO SANTO ANTÔNIO “Após três dias de reuniões pedagógicas com os Serviços Educativos e Corpo Docente, as aulas foram iniciadas para os três turnos no dia 05 de março... O quadro de pessoal do Colégio, em 79, é composto de 07 Irmãos, 01 sacerdote, 04 coordenadores educativos, 02 médicos, 22 professores de 1º grau, 25 professores de 2º grau, 20 funcionários, 471 alunos de 1º grau e 310 alunos de 2º grau”. Naquela época a Revista trazia as seguintes editorias: EDITORIAL | EDUCAÇÃO | CATEQUESE | LASSALIANISMO | ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR | EXPERIÊNCIAS | NOTÍCIAS | COLÉGIO

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06453 - La Salle Integração 103 04.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 04.cdr terça-feira, 26 de maio de 2009 15:14:04


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Entrevista

Ir Edgard Hengemüle e Professora Mary Rangel responderam questões relacionadas àa formação, àa pessoa e ao conteúdo.

Os conceitos de

Formação, Pessoa e Conteúdo A Revista Integração conversou com importantes educadores da Rede La Salle que debateram o assunto. Como o mundo contemporâneo mudou as maneiras de pensar a educação e como as Instituições Lassalistas respondem a estas mudanças sem esquecer o foco na formação da pessoa são alguns dos objetivos desta entrevista realizada em Porto Alegre. Confira!

Por Raquel Guimarães Jornalista Como as metodologias utilizadas em sala de aula e a didática dos professores tornam a educação eficiente na formação de estudantes preparados para os desafios do mercado de trabalho e da vida em sociedade? Para tratar sobre as complexidades deste assunto, a Revista Integração entrevistou o Irmão Edgard Hengemüle, que já foi Provincial da Província Lassalista de Porto Alegre, e a Professora Doutora Mary Rangel, que atua no Colégio La Salle Instituto Abel e Faculdade La Salle RJ. A proposta da entrevista com os dois educadores foi de debater os conceitos de formação, pessoa e conteúdo, a partir de métodos de ensino e aprendizagem em sala de aula. Como o mundo contemporâneo mudou as maneiras de pensar a educação e como as Instituições Lassalistas respondem a estas mudanças, sem esquecer o foco na formação da pessoa são alguns dos objetivos do bate papo para fortalecer e nortear a atuação da Rede em todos seus âmbitos educativos. Irmão Edgard Hengemüle é mestre em Educação e lecionou História da Educação na PUC/RS e no Unilasalle Canoas. Também participou de estudos de especialização sobre La Salle em Roma, foi integrante de várias direções provinciais, na função de Coordenador do Setor de Educação e Pastoral da Província. Nos últimos anos, tem se dedicado principalmente à tradução das Obras Completas de La Salle (17 obras, em 14 volumes). Hengemüle atua ainda como correspondente brasileiro da “Rivista Lasalliana”, editada na Itália. Autor de: “La Salle, uma leitura de leituras” (traduzido ao espanhol e francês) e “Educação lassaliana: que educação?” (traduzido ao espanhol, recém lançado em Bogotá), a partir de setembro próximo estará em Roma, atuando como coordenador do Departamento de Pesquisa do Instituto Lassalista. A Professora Mary Rangel, do La Salle Instituto Abel de Niterói-RJ e da Faculdade La Salle RJ, é Doutora em Educação, com Pós-Doutorado na área de Psicologia Social. Também é professora titular da Universidade Federal Revista Integração • Maio 2009

05 .ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 05 - 07.cdr sexta-feira, 29 de maio de 2009 13:48:55

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Entrevista Fluminense, professora titular da área de Ensino-Aprendizagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e membro de corpo editorial da Revista Conhecimento & Diversidade. Mary tem vasta experiência na área de Educação, com ênfase em ensinoaprendizagem, atuando principalmente nos temas relativos a fundamentos, princípios e práticas pedagógicas.

tanto quanto os aspectos que orientam os programas, os planos de ensino e o tratamento metodológico do conteúdo, preservando-se o vínculo indissociável de sua relação com valores de fé, vida e convivência. Integração - Qual a importância do conteúdo no processo de formação das pessoas?

Integração - Quais os conceitos e a forma como vocês definiriam a formação, a pessoa e o conteúdo? Como esses conceitos se interrelacionam? Irmão Edgard - Primeiro precisamos definir a quem queremos formar. Em segundo lugar, preciso saber a que processo submeter a pessoa, ou a que processo a pessoa se entrega para fazer-se mais pessoa, que seria a formação. Terceiro, para realizar este processo de formar a pessoa, existe o conteúdo com que se faz a formação. E quarto, o conjunto de coisas que são os métodos, as técnicas, as atividades, os recursos, os materiais utilizados e que poderiam corresponder ao como formar a pessoa. O básico, porém, é o conceito de pessoa que queremos formar, porque de acordo com o conceito de pessoa que você tem, o ideal de homem e de mulher que você faz, você vai pensar o processo formativo, selecionar os conteúdos e usar os recursos. Exemplos da história da educação podem ser lembrados, como o caso de Esparta, que tinha como ideal de homem o soldado. O conteúdo básico, portanto, são os exercícios físicos e a forma é a disciplina militar. Atenas, num primeiro momento, na época antiga, tem uma visão integral da pessoa e esta visão eles formam mediante dupla seleção de conteúdos: a arte e a ginástica, entendida não simplesmente como exercício físico, mas como a beleza do desenvolvimento total da pessoa. Na época da cristandade, o ideal de homem é formar um discípulo de Jesus Cristo. Por isto, o fundamental do conteúdo é a religião. No tempo do humanismo o ideal de homem é o homem como homem, realizado na antiguidade clássica. Hoje, com a tecnologia, o homem dentro das várias classificações, falaríamos sobretudo do “homo faber” - o homem que faz. Por isto a importância hoje em termos de conteúdo, das ciências, porque não existe tecnologia sem ciência. A tecnologia nada mais é do que a ciência aplicada. E a formação profissional, que sempre existiu mas em novas bases. A tendência hoje mais forte é a tecnológica, a qual tem que ser humanizada.

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No nosso tempo, pensamos numa educação que também esteja atenta à informatização, ao desenvolvimento científico. O contexto social traz à educação o apelo por novos conhecimentos, mas não é uma nova educação. A educação nunca deverá ser desvincular da sua essência, que é a formação de valores Mary Rangel - Pós-doutora em Educação e professora da Faculdade La Salle-RJ

Mary - Formação, pessoa e conteúdo são interrelacionados e desse modo são concebidos e praticados na escola lassalista. Formação é processo; pessoa é motivo e motivação; conteúdo é meio da proposta educativa inspirada em La Salle. O conteúdo é e sempre foi, historicamente, essencial ao processo de formação educativa. Conteúdo é conhecimento, e conhecimento é objeto do ato educativo de ensinar e do processo educativo de aprender. Pelo e para o ensino-aprendizagem do conteúdo organiza-se e sistematiza-se o currículo escolar. O conhecimento oferecido no currículo tem origem no conhecimento científico, organizado, sistematizado, sequenciado no currículo escolar, em níveis de elaboração cognitiva compatíveis com os níveis de escolaridade dos alunos (pessoas a quem o conhecimento se destina) e as possibilidades do seu desenvolvimento. O desenvolvimento humano envolve aspectos orgânicos, cognitivos, sociais, psicológicos, relacionais. Entretanto, o que eleva esses aspectos e lhes confere significado humano e sensível é a espiritualidade, e a espiritualidade é valor que distingue e identifica a escola lassalista. Assim, a pessoa, motivo e motivação da escola, é vista na sua integralidade; o seu processo de formação, portanto, é necessariamente integral,

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06453 - La Salle Integração 103 05 - 07.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 05 - 07.cdr terça-feira, 26 de maio de 2009 15:39:07

Mary - A formação da pessoa requer, necessariamente, conteúdo. Conteúdo é conhecimento e conhecimento é indispensável à própria realização e desenvolvimento da pessoa a quem se destina a formação educativa. Hoje, a sociedade caracteriza-se como da informatização e da tecnologia. Assim como tivemos a sociedade agropecuária, a sociedade industrial, temos hoje a sociedade da informatização, que agiliza a produção, a pesquisa e a circulação e atualização do conhecimento. Contudo, a questão fundamental não é apenas a da concepção do conteúdo, mas, principalmente, a atenção à sua finalidade. Na proposta lassalista, o conteúdo incorpora e assume a finalidade de formação integral do ser humano, ou seja, nos seus aspectos cognitivos, sociais e espirituais. É também interessante perceber que nas próprias Diretrizes Curriculares, nos próprios textos normativos da educação, apresenta-se, literalmente, a proposta de formação integral do ser humano. Esse mesmo sentido orienta a integração dos níveis de escolaridade e a compreensão do processo de ensino-aprendizagem como processo contínuo e cumulativo. Irmão Edgard - La Salle, há 300 anos, não emprega a expressão educação integral, mas ele usa outros termos, que no fundo dizem a ideia de educação integral. Melhor, ele usa práticas, como por exemplo a atenção à pessoa como um todo, a conjugação entre a prática e a teoria; sempre chegar à prática mas com fundamentação teórica. Ele falava que é preciso formar ao mesmo tempo o cristão e o cidadão. Nós temos uma inspiração para a educação integral, que vem do nascimento das escolas lassalistas. Hoje em dia, nós continuamos com esta preocupação da educação integral. Integração - Formação é mais do que o ensino em sala de aula. O que é formação na visão e experiência de vocês? Irmão Edgard - Formação é, em primeiro lugar, desenvolver as potencialidades da pessoa; ajudar a pessoa a ser aquilo para o que ela é chamada, e ser sempre mais pessoa. A formação também depende dos tempos. Em épocas de certezas e de uniformidade, em épocas de ritmos lentos, a formação era, de certa forma, uma conformação. Era tomar a forma pré-concebida de pessoa e ir se aproximando dela. Em tempos novos, que são tempos de mudanças rápidas, tempos de incertezas, em tempos de pluralismo, nós temos


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Entrevista que considerar a formação mais como um processo educativo. A educação hoje como um processo, e um processo dinâmico, dura toda a vida. Hoje em dia não existe formação inicial completa se esta formação não desenvolver a convicção, a necessidade de a pessoa formar-se permanentemente; se a formação inicial não ensinar a aprender permanentemente ao longo da sua vida.

poderemos estar acrescentando uma camada significativa de analfabetos, no sentido daqueles que não dominam a linguagem, os códigos da tecnologia e, consequentemente, as possibilidades de seu uso.

Mary - Numa sociedade que se caracteriza como da informação é importante perceber o que distingue informação de formação. Informar conteúdo é não só transmitir conteúdo, mas também aplicar esse conteúdo em exercícios de desenvolvimento do raciocínio. Formar é usar o conteúdo e o raciocínio para o desenvolvimento de valores de vida e convivência, de fraternidade e de solidariedade. Assim, a formação educativa, referenciada em princípios que orientam a proposta lassalista, compromete-se com o aprofundamento da relação entre saberes e condutas, orientadas por princípios morais, éticos e cidadãos, e inspiradas na perspectiva de transcendência. Por isso, consolidam-se na proposta lassalista de formação integral do ser humano, o princípio e projeto de educar para a construção de uma sociedade igualitária e fraterna, movida por valores de justiça, acolhimento, colaboração e solidariedade, assim como de preservação do meio ambiente natural e ecológico. Enfim, uma formação fundamentada em critérios de valorização da vida.

Irmão Edgard - Talvez a formulação mais completa foi a que fizemos no encontro das comunidades educativas em 1978, e que foi utilizada ao longo de anos, pela qual nos propunhamos: “sob a inspiração cristã, promover a qualidade do ensino, a seriedade da formação e o incremento da comunidade educativa”. Nesta formulação nós colocamos o que achamos essencial. A nossa referência última é Jesus Cristo; a qualidade do ensino que é um aspecto no qual as escolas lassalistas em todos os tempos e em todos os lugares sempre se distinguiram; a seriedade na formação, justamente naquele conjunto de elementos que constituem a pessoa humana: formação física, psíquica e espiritual. E a vivência da comunidade educativa, que é um dos elementos certamente muito identificadores da escola lassalista, vivência detrás da qual está o ideal cristão da fraternidade.

Integração - Quais são os principais conteúdos para a formação das pessoas?

Integração - Onde fica mais clara a diferenciação de qualidade da educação básica e da educação superior da Rede La Salle?

Formação é, em primeiro lugar, desenvolver as potencialidades da pessoa; ajudar a pessoa a ser aquilo para o que ela é chamada, e ser sempre mais pessoa. A formação também depende um pouco dos tempos

Irmão Edgard Hengemüle - mestre em Educação e coordenador do Departamento de Pesquisa do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, em Roma

Integração - Estamos em um momento decisivo que vai mudar a forma como pensamos a educação? Como ela será daqui a alguns anos?

Mary - Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio propõem conteúdos para o desenvolvimento de competências e da aplicação contextualizada do conhecimento. As questões das provas para o acesso ao ensino superior, que atualmente prioriza o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), avaliam competências, a exemplo da interpretação, da argumentação, da análise crítica, previstas nos conteúdos de todas as áreas do conhecimento.

Mary - Não estamos num momento decisivo que vá mudar a forma como pensamos a educação e como ela será daqui a alguns anos. A educação é pensada para o seu tempo, mas preservando valores fundamentais que transcendem a temporalidade. Essa é a essência axiológica da educação. O que pode mudar na educação são algumas questões próprias de cada época. Por isso, pensamos, hoje, numa educação que também esteja atenta à informatização, ao desenvolvimento científico e tecnológico, às condições atuais de acesso ao mercado de trabalho. O contexto social traz à educação o apelo por novos conhecimentos, mas não muda a sua natureza e compromisso de formação humana.

Integração - A mídia discute questões como os valores da sociedade, e os compromissos da família e da escola na formação de crianças e jovens. Como vocês acham que a educação lassalista se posiciona neste processo?

Integração - O mundo da tecnologia de comunicação também tem seu impacto na sala de aula. É possível atender à necessidade de formar pessoas com conteúdo sem deixar de estar atento às questões tecnológicas?

Mary - A educação lassalista responde a esta sociedade que apela por questões morais e éticas. Está centrada em valores e com uma identidade que vem do seu Fundador. É uma educação orientada pelo princípio da inerência entre conhecimento e valores.

Mary - Não é possível desconsiderar as questões tecnológicas na formação atual, nos processos e nos recursos de ensinoaprendizagem, na dinâmica das aulas. É preciso considerar, também, que se não prepararmos o aluno para o mundo informatizado, nós

Irmão Edgard - Os conteúdos importantes são os conteúdos funcionais; aqueles que são mais apropriados para ajudar a formar aquela pessoa, aquela sociedade, que nós achamos que deva ser o ideal de pessoa e de coletivo.

Integração - Sobre as atuais discussões em relação à seleção para o ingresso na educação universitária,como as escolas devem se preparar para esse novo modelo? Mary - A seleção do aluno para o ensino superior, já desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, vem acompanhando uma tendência de integração dos conteúdos, na sequência dos níveis da escola básica e, de modo especial, no Ensino Médio. O que nós temos hoje, em 2009, é a consolidação dessa tendência, na prioridade do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como forma de acesso do aluno à educação superior, considerando os conteúdos e o desenvolvimento de competências previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O princípio da integração está presente, inclusive, porque o ENEM unifica o processo de seleção. No momento, o ENEM será utilizado como forma de acesso à educação superior de uma maneira opcional pelas Universidades. Entretanto, nós estamos observando que, progressivamente, mesmo aquelas Universidades que estavam resistindo ao sistema, por desejarem elaborar as suas próprias provas de seleção, estão aderindo ao ENEM. O que as escolas devem ter presente é que, nos Parâmetros Curriculares Nacionais encontram-se os conteúdos e competências que serão objeto de avaliação. Os PCNs não são apenas indicativos pontuais; eles são estudos fundamentados, que oferecem referências necessárias ao currículo e ao processo de ensino-aprendizagem das escolas básicas. Revista Integração • Maio 2009

06453 - La Salle Integração 103 05 - 07.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 05 - 07.cdr terça-feira, 26 de maio de 2009 15:39:09

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Sou Lassalista

Força jovem e cristã

transformando as relações

Ela participa da Pastoral da Juventude Estudantil Lassalista e afirma que este foi um dos momentos marcantes como estudante da Rede La Salle e, também, para sua vida. Para a aluna do Colégio La Salle Peperi, de São Miguel do Oeste-SC, Carolina Erbes, os grupos de jovens representam um grande diferencial da escola. “Participar dos grupos de jovens e representar a escola em encontros de formação e planejamento, como a Equipe de Jovens Missionários Lassalistas, foi de enorme importância para moldar o que sou e faço hoje”. Conforme ela, seus ideais de vida e atividades, bem como a concepção que tem da Rede, foram transformados de tal maneira que moldaram um novo jeito de ser e agir. “Ser Lassalista é ser força jovem e cristã independente do lugar em que você está e com quem, transformando as relações com todos, sendo tudo fonte de felicidade e amor”, destaca. Carolina acredita que os estudantes lassalistas devam fortificar e lutar pelo ideal de um mundo melhor através da educação, amor verdadeiro e incondicional a todos. “Precisamos pensar e agir criticamente, não sendo mais um fruto moldado pelo sistema, mas fazendo a diferença. Ser Lassalista é motivo de imenso orgulho e responsabilidade na transformação de cada um de nós e do mundo”. Carolina se define como uma pessoa observadora,

Preocupado com as questões atuais da sociedade

atuante e que procura sempre entender o mundo que a cerca. “Sou muito alegre e receptiva às coisas que julgo realmente valerem a pena, valorizando e prezando muito a família, amigos, natureza e o bem viver de todos”. A aluna, que estuda no La Salle Peperi desde os cinco anos, afirma que procura se dedicar aos estudos, família, comunidade e em suas ações do cotidiano mantém contato com Deus, no amor e respeito à vida. “É nestas dimensões, fé, fraternidade e serviço, que nós, jovens e lassalistas, devemos guiar nosso jeito de ser, não sendo somente um estudante atrás exclusivamente de matéria escolar para vestibular e vida profissional”.

Amor pela instituição e respeito pelas pessoas Guilherme Sant'Anna Menezes, aluno do La Salle Santo Antônio/RS

“Ser um exemplo de aluno lassalista é estar preocupado com as questões atuais da sociedade”, destaca o aluno do Colégio La Salle Santo Antônio, Guilherme Sant´Anna Menezes. Sobre suas características, o estudante se considera calmo, paciente, positivo e de bem com a vida. “Às vezes muito teimoso também”, conta. Entre os fatos marcantes vivenciados dentro do Colégio, Guilherme destaca a participação no Grupo de Jovens há cerca de três anos e a presidência do Grêmio Estudantil, sob sua gestão até o final de 2009. De seus 16 anos, 12 foram vividos no La Salle. Dentre os aprendizados que obteve, o estudante afirma que ser lassalista hoje significa ter uma educação de qualidade, respeitando as diferenças e se envolvendo em projetos sociais para ajudar o próximo. “É atuar na sociedade pensando no seu bem-estar e no bem-estar dos outros”, considera.

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Carolina Erbes é aluna do Colégio La Salle Peperi/SC

Ter amor pela instituição, respeito por todos, amizade com os colegas e determinação nos Henrique Feistauer, aluno estudos. Para o aluno do Colégio do Colégio La Salle Canoas/RS La Salle Canoas, Henrique Feistauer, estas são as características de quem estuda na Rede La Salle. Aluno Lassalista desde os três anos, hoje aos 16 ele acredita que ser lassalista nos dias atuais é ter conhecimento e mente sábia para lidar com as questões do dia a dia. Henrique se define como uma pessoa determinada, responsável e independente. “Gosto muito do La Salle, aqui fiz muitas amizades e tenho respeito pelos professores. Sou dedicado e procuro me determinar nos estudos e em sala de aula”. Já no 3º ano do Ensino Médio, o estudante se prepara para a formatura e relata que um dos momentos marcantes na escola foi o Campeonato Esportivo da cidade de Canoas, onde a Instituição costuma se destacar. “Foi uma experiência muito gratificante pela luta e garra com que nós enfrentamos os adversários e adversidades nas partidas”.

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Cultura

Porto Alegre

A Capital dos Gaúchos Profª. Angela Gallicchio Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

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Colégio La Salle Dores desenvolve um projeto especial com os alunos do 3º ano e 3ª série do Ensino Fundamental para estudar a história de Porto Alegre. Os estudantes aprendem, de forma multidisciplinar, aspectos da história, da geografia e da cultura da Capital Gaúcha e sua influência no Rio Grande do Sul. O projeto está em andamento desde 2006 e abrange diversas atividades, como visitas turísticas, leitura de livros, pesquisa na internet, construção de maquetes e painéis, interpretação de textos, além de encontros com os autores de livros e músicas de sucesso sobre a Capital. Ao longo do ano, os alunos ainda produzem um livro digital, em formato de CD, contendo todas as pesquisas realizadas individualmente, além de um clipe sobre a cidade, e um Jornal Falado. Nosso objetivo é que eles conheçam Porto Alegre, mas também que façam um paralelo entre a cidade antiga e a atual, observando as mudanças históricas e culturais. Na semana de aniversário (26/3) de Porto Alegre deste ano, os alunos escreveram cartas com recados de amor e carinho pela cidade. O projeto é desenvolvido pelas professoras Angela, Ana Maria Motta, Cristiane dos Santos Amandio e Miriam Rocha. Saiba Mais Porto Alegre é a sexta porta de entrada de visitantes estrangeiros no país. Entre os principais pontos turísticos da cidade estão a estátua do Laçador (na entrada da cidade), a Usina do Gasômetro e o recém inaugurado Museu Iberê Camargo. O pôr-do-sol do Guaíba também é outro ponto de destaque turístico da capital gaúcha. Os parques mais frequentados são o Parque Moinhos de Vento, o Parque Farroupilha (da Redenção) e o Parque Marinha do Brasil. Estão em construção, atualmente, em Porto Alegre, novos centros de cultura, como o Multipalco, anexo ao Theatro São Pedro, que será um dos maiores complexos culturais do Brasil. A cidade é considerada o terceiro pólo cultural do país. Um ônibus turístico, em funcionamento desde janeiro de 2003, e que já teve mais de 180 mil visitantes, circula pelos pontos históricos e culturais da cidade. O passeio dura cerca de 80 minutos, tem 28 km de extensão e conta com guia especializado e sistema de áudio em três línguas: português, inglês e espanhol. Mais informações podem ser encontradas na página da Linha Turismo. Porto Alegre também pode ser apreciada do lago Guaíba, através de passeios nos barcos Cisne Branco, Noiva do Caí e outros. Saindo de diferentes lugares e com diferentes trajetos, os barcos oferecem uma vista pouco usual da cidade. Sendo um dos principais centros de negócios do Mercosul, Porto Alegre atrai eventos e congressos, trazendo à cidade milhares de turistas. Possui dezenas de centros de convenções, destacando-se o da Federação das Indústrias do Estado (FIERGS), localizado na zona norte, e que possui um teatro e modernas instalações para convenções e exposições; o Centro de Eventos da PUC; e o Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael.

Revista Integração • Maio 2009

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Eventos

Nenhum de Nós fez show exclusivo para calouros do Unilasalle Por Raquel Guimarães Assessora de Imprensa do Unilasalle Canoas/RS

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ais de 5 mil pessoas assistiram, no Centro Poliesportivo La Salle, ao show exclusivo que a Banda Nenhum de Nós fez para a comunidade acadêmica do Unilasalle Canoas. A apresentação foi o presente de boas vindas aos calouros no início de um novo semestre. Em mais de uma hora de show, a banda apresentou hits que fazem parte dos 20 anos de sucesso da Nenhum de Nós. A banda mostrou antigos e novos sucessos, em espetáculo que manteve o público no ginásio até o último minuto da apresentação. Nascida dentro de uma universidade, a banda Nenhum de Nós fez, pela primeira vez, um show num campus universitário. Os apresentadores de rádio Luciano Potter, da Atlântida, e Márcio Paz, da Pop Rock, fizeram a abertura do espetáculo e a apresentação da banda. Um fato curioso é que alguns integrantes do grupo são ex-alunos da Rede La

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Salle, egressos do Colégio La Salle Dores, de Porto Alegre. Trote Solidário Durante o início do ano letivo, os acadêmicos também foram convidados a participar de uma atividade na área de Responsabilidade Social. Grande parte dos alunos contribuiu para a campanha do "Trote Solidário” com doações de alimentos. Aqueles que participaram da campanha receberam um adesivo referente ao curso em que estão matriculados no Unilasalle. O posto de arrecadação das contribuições ficou localizado no saguão do Prédio 1. Toda a arrecadação foi encaminhada à Associação Comunitária Criança Feliz, do bairro Mathias Velho, que atende 90 crianças e participa do Projeto Cidadania na Praça, apoiado pelo Unilasalle.

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Nascida dentro de uma universidade, a banda Nenhum de Nós fez, pela primeira vez, um show em um campus universitário.


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Rede La Salle oferece Cursos Gratuitos em Estrela Por Setor de Marketing da Rede La Salle

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o dia 03 de abril, a Rede La Salle deu mais um passo importante para a abertura de uma de suas novas unidades de Educação Superior. A solenidade de abertura dos Cursos Temporários em Estrela-RS iniciou por volta das 19h e contou com a presença de colaboradores, convidados e comunidade local.

Na programação do evento foi apresentado um vídeo institucional da Rede. Em sua fala de abertura, o Diretor da futura Faculdade e Diretor Administrativo da Rede La Salle, Ir. Jardelino Menegat, agradeceu o esforço de todos para tornar a Instituição uma realidade.

“Em nome da Rede La Salle, que está presente em 11 Estados do Brasil e em 85 países, quero expressar meu agradecimento a todas as pessoas que estão colaborando para que a Faculdade La Salle se torne realidade”. Menegat destacou ainda o tripé da Educação Superior que é desenvolvido através do ensino, da pesquisa e da extensão. “Hoje estamos oficializando o início da extensão universitária com os cursos temporários. Logo mais estaremos iniciando os cursos de graduação e de pós-graduação, assim desenvolvendo o ensino”, salientou. O diretor lembrou aos presentes que, como unidade da Rede La Salle, não está entre os objetivos construir uma universidade em número de alunos. “Queremos uma grande universidade em termos de qualidade, pois La Salle é sinônimo de seriedade e de qualidade, e Estrela e região merecem uma universidade de qualidade”. Depois da abertura oficial, foi oferecido um coquetel de confraternização aos presentes. Participaram no evento mais de 200 pessoas entre autoridades, funcionários, comunidade, imprensa e participantes dos cursos.

Cursos Temporários Durante o primeiro trimestre do ano, a comunidade do Vale do Taquari terá a oportunidade de participar de diferentes atividades de aperfeiçoamento profissional e pessoal. A Rede La Salle está promovendo cursos temporários gratuitos nas áreas de Informática Básica; Informática para Melhor Idade; Comunicação e a Nova Língua Portuguesa; e Educação, Família e Cidadania. Com duração de 30 horas, cada curso será ministrado por profissionais da área e quem obtiver mais de 75% de frequência, receberá o certificado de participação. Além dos cursos gratuitos, a população de Estrela terá acesso à internet e consulta local ao acervo da Biblioteca Universitária.

Revista Integração • Maio 2009 06453 - La Salle Integração 103 10 15.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 10 15.cdr terça-feira, 26 de maio de 2009 17:28:24

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Reinaugurada biblioteca do La Salle Santo Antônio Por Carolina Reque Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

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Colégio La Salle Santo Antônio apresentou à comunidade educativa antoniana a nova Lassalleoteca, que faz parte da REDEBILA - Rede de Bibliotecas Lassalistas. O evento de reabertura aconteceu no dia 29 de abril, na presença do Diretor Administrativo da Província Lassalista de Porto Alegre, Ir. Jardelino Menegat; da Assessora Educacional da Rede La Salle, Profª Maria Regina Coronet Laner; da Coordenadora da REDEBILA, Cristiane Pozzebom; do Diretor do Colégio La Salle Dores, Ir. Olavo José Dalvit, além de representantes da APAMECOSA, Diretoria e membros do Conselho de Pais Representantes, Diretoria do GESA, Equipes Diretiva e Pedagógica e Colaboradores do Colégio. O espaço disponível foi praticamente dobrado, com uma nova sala para as crianças, duas salas de estudo e trabalhos em grupo, novos computadores ligados à internet, iluminação adequada, e sistema de circulação de ar e climatização. Além do espaço físico, a biblioteca recebeu investimentos em seu acervo, aumentando o número de livros disponíveis e atualização dos títulos. Outra novidade é a instalação de um sistema de segurança, com todos os livros recebendo um chip que evitará o desvio de obras da Lassalleoteca e permitirá um maior controle quanto aos empréstimos e devolução. Para facilitar ainda mais o acesso às obras, o Colégio La Salle Santo Antônio adquiriu um terminal de consulta REDEBILA. Lassalleoteca O nome da Biblioteca do Colégio La Salle Santo Antônio foi escolhido por meio de um concurso realizado em 2001, durante a XIX Feira do Livro do Colégio.

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A autora deste nome foi Thaís Menegat Cansan, aluna da 6º série naquela ocasião. Como objetivos a Lassalleoteca busca planejar, organizar e coordenar os serviços oferecidos além de fomentar atividades de estudo, pesquisa e leitura em seus ambientes e na comunidade escolar. A Lassalleoteca atende alunos do Colégio La Salle Santo Antônio desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, professores, funcionários, pais, Irmãos Lassalistas, usuários da Rede La Salle, da REDEBILA e comunidade em geral. Mais informações A biblioteca ocupa uma área total de 245m², distribuídos em: - Ambiente de leitura, destinado ao estudo individual (46,09m²) com 7 mesas, dispondo um total de 42 lugares; - 2 salas de estudo em grupo (21,34m²) com capacidade para 8 usuários (cada); - Espaço para o acervo (52,58m²); - Área infantil Arco-íris do Saber (28,77m²); - Área de processamento técnico (10,16m²); - Recepção com atendimento e terminais de pesquisa (34,97m²); - Áreas de circulação e rampas de acesso a portadores de necessidades especiais (21,09m²); - Acervo com mais de 20.000 itens em diversos tipos de materiais informacionais e em todas as áreas do conhecimento; - Hemeroteca com periódicos correntes: Veja, Ciência Hoje, Ciência Hoje das Crianças, Aventuras na História e Nova Escola; - Área com materiais de referência (dicionários, enciclopédias, outros); - Setor de novidades e aquisições.

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Eventos

Páscoa Solidária e Pré-missão Jovem foram um sucesso Por Cilene Bridi Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre

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urante o final de semana que marcou a passagem da Páscoa, a Rede La Salle desenvolveu atividades marcantes com seus alunos. Uma delas, a Páscoa Jovem, aconteceu em seis regiões da Província Lassalista de Porto Alegre (Brasília, Santa Catarina, Cerro Largo, Pelotas, Manaus e Região Metropolitana de Porto Alegre).

Participaram cerca de 120 jovens que vivenciaram a experiência da Páscoa de Jesus, através de reflexões, prática comunitária e momentos fortes de oração comunitária e pessoal, fazendo com que o grupo assumisse compromissos concretos

em suas vidas. Devido à organização de cada região, em alguns lugares a Páscoa Jovem aconteceu de 3 a 5 de abril e em outros, de 09 a 11 de abril. No retiro da Região Metropolitana de Porto Alegre, os jovens foram ao encontro da Equipe de Jovens Missionários Lassalistas (Panela Velha) na tarde da Sexta-feira Santa, e participaram e interagiram na Via Sacra da Comunidade Santa Marta, em São Leopoldo. Pontos marcantes dessa experiência foram a abstinência do almoço de sexta-feira, as vigílias noturnas e o comprometimento com um mundo melhor através da ação coletiva. Pré-Missão Jovem De 08 a 11 de abril, mais de 20 jovens da equipe de jovens missionários lassalistas (Panela Velha) estiveram hospedados nas casas das famílias da comunidade Santa Marta. As atividades realizadas na Pré-Missão foram intensas, como atendimento às crianças, participação nas celebrações da comunidade, visitas às famílias, reunião com o grupo de mulheres para a criação da cooperativa de economia solidária, momento

de retiro pessoal e avaliação dos três anos de missão no local. Sendo o terceiro ano da equipe nesta comunidade, há um clima de despedida no ar, pois no próximo Natal será a última vez que a Missão será naquela região. Durante o ano de 2009, a equipe missionária estará acompanhando a criação de um grupo de economia solidária em parceria com a comunidade e com o Centro de Assistência Social La Salle, de Canoas - RS, para a formação de lideranças que possam dar continuidade ao processo iniciado na comunidade. A equipe de Jovens Missionários se alegrou com a grande quantidade de chocolates arrecadados na campanha do chocolate das Comunidades Educativas Lassalistas. Esses chocolates foram distribuídos durante a missão e fez a diferença na Páscoa de tantas crianças vítimas do sistema excludente em que vivemos. Revista Integração • Maio 2009

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La Salle Dores na XII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica Por Raphaela Donaduce Flores Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

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o ano em que completamos quatro séculos das primeiras observações telescópicas do céu, feitas por Galileu Galilei, alunos de diversas turmas e idades do Colégio La Salle Dores se mobilizam para participar da XII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e com Furnas Centrais Elétricas S/A, que promoverá atividades em diversas escolas do país. O objetivo é envolver os jovens na ciência, mostrando as contribuições desta área para o conhecimento humano. O La Salle Dores proporcionará diversas atividades multidisciplinares relacionadas ao tema para os mais de 350 alunos inscritos. Serão realizadas Noites Astronômicas, quando os educandos permanecerão na escola observando os planetas; concursos de desenho; construção de foguetes, relógio solar e estelar; visita ao Planetário, entre outras.

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A Olimpíada culmina com uma prova, que será aplicada em todas as escolas participantes, no dia 15 de maio. Os alunos que obtiverem as melhores notas em nível nacional serão convidados a participar da Olimpíada Internacional de Astronomia, junto de estudantes de diversos países, e da Olimpíada Latino-americana, que será realizada no México. Envolver os alunos do La Salle Dores neste projeto é uma forma de promover o conhecimento através de dinâmicas alternativas, que fogem da maneira tradicional de ensinar. E a resposta dos alunos está sendo excelente, afirma o diretor do Colégio, Irmão Olavo José Dalvit. O Colégio oferece, ainda, aulas preparatórias para a realização da prova. Os conteúdos são disponibilizados no site do Colégio (www.lasalle.edu.br/dores) e, semanalmente, são ministradas aulas sobre os assuntos.

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Alunos do Ensino Fundamental e Médio se encontram no turno inverso ao das aulas para estudar astronomia. A participação foi maior do que esperávamos conta o Irmão Éder Polido, idealizador e coordenador do Projeto no La Salle Dores. Matheus Galló Amaro, estudante do segundo ano do Ensino Médio, está adorando participar da Olimpíada. “Tenho muita curiosidade sobre o assunto e é uma forma diferente de aprender sobre os astros e o universo”. Para Faúsa Nedel, mãe de Arthur Nedel, do terceiro ano, o projeto foi recebido com muito entusiasmo. “Meu filho e seus colegas estão tomando gosto pela observação científica, descobrindo um mundo de aventuras, que é o mundo do conhecimento”.


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Eventos

Reformas e mais atrativos no Páscoa Solidária e Pré-missão La Salleforam Instituto Jovem um Abel sucesso Por Verônica Lins Assessora de Comunicação e Marketing do La Salle Instituto Abel - Niterói/RJ

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entro do processo de modernização e ampliação de espaços do prédio que abriga as turmas do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio, o La Salle Instituto Abel Niterói começou o ano em grande estilo, inaugurando uma biblioteca novinha em folha. Com o dobro do tamanho da antiga, a Biblioteca La Salle já é um sucesso. Prova disso foram os 3 mil empréstimos registrados em apenas três meses de funcionamento, superando o número de todo o ano de 2008. Os gêneros mais procurados são aventura e suspense, e os campeões são os alunos do 4º ao 7º ano do Ensino Fundamental. Ocupando 500m2 do 2º e 3º andares, a biblioteca tem espaços personalizados (como salas de dinâmicas de leitura e de criação textual com palco para alunos do 1º ao 5º ano), salas para estudos individual e em grupo e até um anfiteatro com 54 lugares e área para cadeirantes. Há também internet wireless no 1º e 2º pavimentos e estantes móveis e articuladas que proporcionam a otimização do espaço, garantindo ainda facilidade e agilidade na

consulta às mais de 7 mil obras de um acervo bem diversificado. Além de materiais didáticos, há romances, livros infantis e literatura em geral, gênero mais procurado pelos estudantes do Abel. Recorrendo ao que há de mais moderno, o projeto arquitetônico resgatou a fachada principal do prédio de 1955, reinstalando a réplica do chafariz original na Avenida Roberto Silveira e substituindo as janelas de alumínio por enormes vidraças. E mais: o projeto priorizou também ações voltadas ao meio ambiente, com o uso de lâmpadas ecologicamente corretas na iluminação da fachada, um show na noite de Niterói. A ideia da direção da escola é desenvolver parcerias com instituições como as de Terceira Idade, para que este espaço de última geração, assim como outros já existentes, sejam utilizados por projetos das áreas educacional e cultural. Irmão Arno Lunkes, Diretor do La Salle Instituto Abel Niterói, fala sobre mais esta novidade. “Vamos buscar parcerias para oferecer este espaço tão repleto de recursos, lembrando que a interação com outros segmentos é apenas uma das frentes

que o Abel adotará este ano dentro do processo de reformulação e modernização. Tudo em prol de difundirmos cada vez mais a identidade de nossa escola. E a nova biblioteca tem um papel muito importante neste cenário, já sendo usada para a multiplicação de ações voltadas ao d e se n v o l v i m e n t o de um proc es s o de aprendizagem cada vez mais prazeroso e inovador que vem envolvendo toda a escola. Professores de diferentes disciplinas mantêm contato permanente, em busca do planejamento de projetos criativos que levem turmas à biblioteca nos horários de aulas. E há muito mais... Outras ideias, mais pesquisas, novos contatos. Aguardem.”, anuncia Irmão Arno. Revista Integração • Maio 2009

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25 anos

La Salle Sobradinho completa 25 anos Por Ir. Raymundo Zandomeneghi Colégio La Salle Sobradinho/DF

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o dia 20 de fevereiro de 2009, o Colégio La Salle Sobradinho-DF comemorou 25 anos de sua fundação na região. Na data, alunos, familiares, funcionários e Irmãos Lassalistas participaram de um louvor especial em comemoração ao aniversário da Instituição. A história do Colégio começou no segundo semestre de 1980, quando os Irmãos Lassalistas que trabalhavam no Colégio La Salle do Plano Piloto-DF, prevendo que em começo de 1984 deveriam retirar-se e devolver a escola à Província Lassalista de São Paulo, estudaram a possibilidade de abrir um Colégio em uma das cidades satélites de Brasília. Com as autorizações dos Superiores, o Diretor, Irmão Raymundo Giasson e demais Irmãos, começaram a ver qual cidade satélite tinha mais necessidade de uma escola e apresentasse possibilidades. Naqueles anos, Sobradinho era a localidade que mais se desenvolvia e oferecia condições. O Administrador de Sobradinho daquele tempo era o Padre Jonas Vettoraci que acolheu a ideia e deu todo o apoio, pedindo que os Irmãos abrissem um Colégio que fosse um marco importante para a cultura da região, um colégio católico que trouxesse o desenvolvimento para toda a região e pudesse receber ao menos uma parte dos milhares de jovens que, diariamente, se deslocavam para o Plano Piloto em busca de colégio de alto nível. Com tal apoio foi fácil localizar um terreno de 10 mil m², na Quadra 14, perto do Centro Comercial. Adquirido o espaço, foram feitas as plantas do prédio, calculando-se espaço para 1 mil alunos. Durante os anos de 1982 e 1983, foi realizada a construção. Em janeiro de 1984 os Irmãos já passaram a morar nas dependências da instituição. No dia 20 de fevereiro de 1984 iniciaram as aulas do Colégio La Salle de Sobradinho. Os primeiros Irmãos a trabalhar no Colégio foram: Raymundo Giasson, Diretor, e Ivo Gomes, Orientador Pedagógico e Professor. Logo em 1984, iniciou-se com o Primeiro e Segundo Graus e 419 alunos frequentaram a escola. Quatro anos depois já eram 710 e, 7 anos depois, em 1990, eram 1175 alunos. Hoje, em 2009 a Instituição educa cerca de 1100 alunos.

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Alunos produziram homenagens aos Colégio! Redação Fazer 25 anos é ser adulto. Adulto é o Colégio La Salle, com os méritos de uma escola que se propõe a transmitir conhecimentos e formação a seus alunos. Neste ano, nosso La Salle comemora seu Jubileu de Prata: são 25 anos de serviço à cidade de Sobradinho, do DF. Sinto-me feliz e realizada em fazer parte desta instituição, como aluna do 2º Ano do Ensino Médio. Estudar no La Salle é a maior experiência de minha vida. Aqui tenho minha segunda família, amigos verdadeiros, professores qualificados, coordenadores maravilhosos e um Diretor competente. Aqui aprendi a ser mais humana, mais guerreira e principalmente que a humildade e o esforço são primordiais em nossa vida. Parabéns, La Salle, pelos teus 25 anos!

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Ana Carolina da Costa Ferreira - Turma 201

Poesia “La Salle, espaço que aprendi a amar!” Vinte e cinco anos é muito tempo Com viagens e passeios eu aprendi E que voa como o vento! Que a base da vida é sorrir! Muitas histórias aqui eu vivi, Orgulho de ser Lassalista sempre terei! E muita emoção senti! E o que vivi aqui, não esquecerei! Meu amor maior, minha paixão, O La Salle toma conta do meu coração! Faz parte de minha história! E vai estar sempre em minha memória! Pâmela Gonçalves – Turma 82


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São João Batista de La Salle

Escola De La Salle

O que aprender? Irmão Edgard Hengemüle

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om relação ao conteúdo desenvolvido por La Salle e seus cofundadores em suas várias instituições educativas, o que sabemos detalhadamente é o referente ao ensino elementar, recolhido no Guia das Escolas Cristãs. Para aquilatar a ação de La Salle neste domínio, importa iniciar sabendo que, no programa de ensino primário do século XVII francês, o essencial residia nos conteúdos religiosos repassados aos alunos. O restante era desenvolvido rudimentarmente, quando não oferecido como forma de atrair as crianças à doutrina cristã. Deste restante, o que mais atenção merecia era a leitura. A escrita nem sempre era incluída no programa desenvolvido. Menos frequente ainda era o ensino das contas. E o canto, quando usado, o era como apoio ao ensino religioso. Os historiadores da educação reconhecem que La Salle contribuiu para que esse programa, que era rudimentar, impreciso e flutuante, evoluísse para outro mais rico e estabelecido com mais rigor. A seleção, caracterização e desenvolvimento dos conteúdos, na prática lassaliana, obedeciam à vontade de preparar os alunos a bem viver conforme sua condição, o que incluía o aprendizado e o exercício de disposições e habilidades visando a uma vida digna, pelo exercício de um emprego exercido honesta e competentemente; de atitudes e práticas de relacionamento nos diversos segmentos da sociedade; e de conhecimentos, modos de ver, motivações e vivências para dar sentido e direção à vida, e sentido e direção determinados. Quanto à sua caracterização, os conteúdos lassalianos eram, em primeiro lugar, essenciais. Tratava-se de adquirir instrumentos básicos para garantir o referido bem viver: o vernáculo, incluindo a leitura e a correta pronúncia (ortoepia); a escrita em várias modalidades; a aritmética, a urbanidade; e a religião. Em segundo lugar, ao interior dessas disciplinas, não se tratava de ensinar qualquer coisa, mas um programa adequado às condições e necessidades da clientela de

Os conteúdos lassalianos eram, em primeiro lugar, essenciais. Tratava-se de adquirir instrumentos básicos para garantir o referido bem viver: o vernáculo, incluindo a leitura e a correta pronúncia (ortoepia); a escrita em várias modalidades; a aritmética, a urbanidade; e a religião. pobres e artesãos que frequentava majoritariamente a escola lassaliana, um programa cujo domínio tivesse serventia para a vida. Um conteúdo útil: A leitura era iniciada não pelo latim, mas pelo francês, a língua de uso social dessa clientela. No penúltimo nível dessa matéria, lia-se o livro de urbanidade: ao mesmo tempo, portanto, em que se aprendia a ler com mais perfeição, também se tomava conhecimento dos modos de portar-se como convém em sociedade. E no nível terminal da leitura, eram lidos manuscritos de vários patamares de dificuldades, os chamados registros, aprendizado fundamental num tempo em que praticamente todos os documentos eram escritos a mão. A ortografia aprendia-se copiando conscientemente textos corretamente escritos. Mas, novamente, o que se copiava não era qualquer coisa, porém coisas que depois seriam úteis na vida cidadã e profissional. Da mesma forma, toda aula de catecismo o professor era convidado a concluí-la deixando para os alunos a indicação

de alguma pista prática para a sua vida cristã. A isso se poderia acrescentar que alguns dos conteúdos dados eram avançados para os padrões do ensino elementar do tempo. Na escrita, por exemplo, se aprendia não apenas a grafia, mas também a caligrafia, a arte de escrever “na sua perfeição”, como se dizia então. Nas contas, além das quatro operações, ensinavam-se outros elementos que seriam de serventia para o futuro profissional dos alunos. E, finalmente, haveria que destacar que os conteúdos eram progressivos, com pormenorizada definição dos níveis de aprendizagem, identificação clara dos elementos a dominar em cada um deles como pré-requisitos para passar ao nível seguinte; e que eram dosados, com cálculo da matéria a dar cada vez, para não sobrecarregar, ou embaralhar a mente das crianças, como diz o Guia das Escolas. Em síntese, um conteúdo adequado, de qualidade e racionalmente organizado. Revista Integração • Maio 2009

06453_17 La Salle Integração.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453 - La Salle Integração 103 17.cdr segunda-feira, 25 de maio de 2009 21:39:10

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Composição 175 lpi a 45 graus

Rede La Salle

Colégio La Salle em Lucas do Rio Verde inicia atividades Por Ir. Lauro Bohnenberger e Ir. José Kolling Direção do Colégio La Salle Lucas do Rio Verde/MT

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Direção da Província Lassalista de Porto Alegre, atendendo ao apelo do XI Capítulo Provincial e à celebração do Centenário da Presença Lassalista no Brasil, se propôs, no ano de 2007, a buscar novos lugares para a expansão da missão no Brasil. Entre estas frentes elegeu-se Lucas do Rio Verde - MT, por apresentar possibilidades de expansão tanto no Ensino Básico como na Educação Superior. Em abril de 2007 iniciaram-se as tratativas com a Prefeitura para a instalação de um estabelecimento de ensino em Lucas do Rio Verde. Em um primeiro momento, foi realizada uma visita dos Diretores de Administração e Educação para avaliar possibilidades e condições da nossa presença. No dia 03 de outubro de 2007, em reunião do Conselho Administrativo, conforme preceitua o Estatuto da Sociedade Porvir Científico, o Senhor Diretor Presidente apresentou a proposta de criação de uma nova mantida, sob a denominação de COLÉGIO LA SALLE, na cidade de Lucas do Rio Verde - MT, sendo aprovada por unanimidade pelos Conselheiros. Em 06 de novembro de 2007 houve o lançamento da pedra fundamental e a apresentação do projeto arquitetônico para a comunidade luverdense. Em 01 de abril de 2008 iniciaram as obras do novo Colégio. Em novembro de 2008, procedeu-se à seleção dos profissionais que iriam compôr o quadro funcional do novo estabelecimento. Foi organizado também um curso de 70 horas de formação pedagógica e lassalista, neste período, aos selecionados. No dia 09 de fevereiro de 2009, iniciaram as aulas com 260 alunos matriculados. O Colégio oferece Educação Básica da Educação Infantil ao Ensino Médio. Como obra mais nova da Rede La Salle, buscamos expressar nossa fidelidade ao carisma lassalista, assumindo a “escola em pastoral” como princípio inspirador, a fraternidade, o serviço e a fé como identidade cristã-lassalista. Por que Lucas do Rio Verde? Localizada no coração de Mato Grosso, a cidade possui uma posição geográfica estratégica, condições privilegiadas de clima, relevo, solo, hidrografia e outros recursos que têm contribuído para, em pouco tempo, torná-la um dos maiores pólos de desenvolvimento do país. O projeto de expansão prevê um grande crescimento na área industrial, agrícola e habitacional em virtude das obras nas rodovias e novos parques tecnológicos que serão implantados nos próximos anos.

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Evolução da construção entre abril de 2008 e abril de 2009. O Colégio iniciou suas atividades em janeiro.


Composição 175 lpi a 45 graus

Rede La Salle

Proposta Educativa Lassalista em Vídeo e em Quadrinhos Por Setor de Marketing da Rede La Salle

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om o objetivo de apresentar a Proposta Educativa e o Projeto Pedagógico, a Direção de Educação e Pastoral da Rede La Salle desenvolveu, em parceria com o Setor de Marketing, um vídeo com edição de fotos e imagens que retratam o tema. O material destaca a missão e visão lassalista e os níveis de atuação no Brasil envolvendo desde a Educação Básica, as Obras Assistenciais até a Educação Superior. Para o desenvolvimento do material, foram selecionadas imagens das instituições das Províncias Lassalistas de Porto Alegre e de São Paulo e o roteiro foi desenvolvido pelas áreas educacionais das duas Mantenedoras. Em um dos trechos, o vídeo enfoca as quatro dimensões do ser humano. “A ideia central da Proposta Educativa Lassalista nos permite ver a pessoa na sua integralidade. Por isso, a Rede La Salle trabalha as quatro dimensões do ser humano: a relação consigo, com o outro, com a natureza e com Deus”. Recursos de áudio, como locução e uma trilha alegre e suave, acompanham o material. Cada instituição da Rede deve receber uma cópia em DVD que pode ser reproduzida para utilização em eventos, entrevistas de matrícula e demais momentos importantes. O material também estará disponível para download no Portal. Revista em Quadrinhos Cauê, Pedro, Gabriela, Iara, Júnior, Kói, Jéssica e Janaína são os personagens principais da revista em quadrinhos Juventude Lassalista, organizada pela Direção de Educação e Pastoral da Rede La Salle. A publicação traz como tema principal a ideia central da Proposta Educativa Lassalista que permite ver a pessoa na sua integralidade, trabalhando as quatro dimensões do ser humano: a relação consigo, com o outro, com a natureza e com Deus. A história, construída pelo ilustrador Alessandro Maciel e com o acompanhamento da Assessoria Educacional da Rede La Salle, apresenta o dia a dia de um Colégio La Salle, onde os alunos de uma turma de 7ª série são convidados a escreverem uma redação sobre a Proposta Educativa Lassalista. No decorrer das páginas, os estudantes passam por algumas situações adversas e recebem ajuda dos professores e amigos. “Graças ao que Iara me ensinou consegui me acalmar e entender que nervosa e sozinha não iria fazer nada direito”, afirmou uma das personagens na história.

Primeira edição da Revista em Quadrinhos, desenvolvida pelo artista Alessandro Maciel, abordou a Proposta Educativa e o Projeto Pedagógico Lassalista.

PROAVI Conforme dados do Programa de Avaliação Institucional 2008 (PROAVI), a Proposta Educativa Lassalista ainda é pouco conhecida. O objetivo da publicação da Revista é uma resposta a isso, traduzindo em linguagem simples a Proposta da Rede La Salle. Além da publicação impressa, em fevereiro foi lançado o Vídeo da Proposta Educativa Lassalista para apresentá-la aos familiares e colaboradores das Comunidades Educativas.

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T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_18-19_Rede_Roberto.cdr segunda-feira, 25 de maio de 2009 19:01:02

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Vem que tem cultura!

Tiago Pavinato Klein Professor de História da Escola La Salle Pão dos Pobres - Porto Alegre/RS

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randes centros urbanos concentram, em geral, grande quantidade de cinemas, museus, teatro, shows, passeios históricos e turísticos, entre outras coisas que são fonte de entretenimento e conhecimento para uma parcela da população. Agora, se olharmos para camadas mais pobres e periféricas da sociedade, este acesso acaba sendo bastante restrito, ou quase inexistente. Questões financeiras, de transporte, entre outras, são limitantes. A escola, porém, pode propiciar este acesso. O La Salle Pão dos Pobres é uma escola próxima da região central de Porto Alegre. Seria extremamente fácil realizar atividades de inclusão cultural, sendo necessário apenas um pouco de investimento e dedicação. Como piloto da idéia, alguns alunos foram assistir a uma peça teatral no Campus Centro da UFRGS e participaram do Salão de Iniciação Científica da mesma universidade. O grande interesse dos alunos gerou a ideia de um projeto permanente.

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Deste modo, iniciamos um grupo cultural no terceiro trimestre de 2008. Orientado pelos professores Tiago, de História, Giovanni, de Ensino Religioso, contando ainda com a participação da professora Rafaela, de Educação Artística, a proposta era justamente sair da escola: conhecer, participar e refletir sobre a vida cultural de Porto Alegre e do RS. As atividades do grupo são semanais, e muitas saídas interessantes aconteceram. Como exemplos, visitamos a exposição Transfer, sobre arte urbana, no Santander Cultural. Na semana seguinte, realizamos estudo e debate sobre grafite e pichação. O grupo foi à Câmara dos Vereadores, na abertura de exposição de Maio de 68, além de ter um bate-papo com uma vereadora sobre o trabalho desempenhado por eles. Ainda participou de uma sessão da Câmara, numa tarde em que o debate estava quente, sobre o projeto do Pontal do Estaleiro. Em visita à Prefeitura, participou de um projeto sobre educação patrimonial. No cinema, o grupo foi assistir “Mandela, a luta pela liberdade”, realizando um debate sobre apartheid e

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06453_20-27 Experiencia Roberto.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_20-27 Experiencia Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 09:26:03

racismo. Na Feira do Livro, participou de contação de histórias com textos de Eduardo Galeano. E, como grande encerramento do ano, um dia em Bento Gonçalves, acompanhando a epopéia da imigração italiana, com passeio no trem Maria Fumaça. O grupo, desde o início, pautou-se por um projeto democrático: as decisões eram realizadas em conjunto com os alunos participantes. O nome do grupo (Vem que tem cultura), as regras de convivência e participação foram decididas pelo grupo. Resolvemos criar o endereço de blog http://vemquetemcultura.blogspot.com , mantido pelos alunos e professores, que é um diário das atividades e espaço de reflexão dos alunos. Em 2009, o grupo está reiniciando as atividades e novas propostas de produção cultural estão surgindo. Como local de fomento ao debate, ao universo cultural, a um outro olhar sobre a cidade, o grupo Vem que tem cultura está se consolidando como um importante espaço dentro da escola.


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FEBRACE

Alunos são premiados em evento na USP Por Eloísa de Ávila Diretora do Colégio La Salle Carazinho/RS

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criativo projeto que oportuniza formas alternativas e econômicas de geração de energia, desenvolvido por estudantes do Colégio La Salle Carazinho, foi um dos destaques da etapa final da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Criatividade e Inovação (FEBRACE), realizada na USP, em São Paulo. Foram inscritos mais de mil projetos, sendo 280 selecionados para a final. No último sábado, dia 21 de março, o projeto lassalista recebeu a distinção Bartolomeu de Gusmão, oferecida pela Associação Brasileira de Aeronáutica. Além disso, os alunos receberam uma quantia em dinheiro, que deverá ser retirada em livros como forma de incentivo aos pesquisadores. A equipe também foi convidada a apresentar o trabalho na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia que acontece entre os dias 15 e 18 de setembro, em Recife-PE. O Colégio La Salle, de Carazinho, foi a única instituição particular do Rio Grande do Sul a ser premiada. Conheça o Projeto Criar um dispositivo, viável economicamente, para produção de energia mecânica, focado na segurança de pedestres e praticidade, aproveitando a força que as rodas dos veículos exercem sobre o pavimento. Este foi o objetivo do trabalho realizado pelos estudantes do Colégio La Salle Carazinho, Felipe Moraes do Nascimento, Gabriel Severo e Piero Lunelli, orientados pelo professor de Física, Dirceu Cristiano Pauletto. Através de um protótipo chamado Sonoenergizador, a ideia é voltada para a busca de formas alternativas de produção de energia elétrica

em pequena escala utilizando o movimento produzido pelos automóveis, nos redutores de velocidade (rampas ou cocurutos) previamente preparados, para movimentar um pequeno gerador de eletricidade, o qual fornece carga a um acumulador de força (bateria) e ao final, essa bateria alimenta lâmpadas e pequenos motores elétricos. A iniciativa é tão interessante que despertou o interesse do maior supermercado de Carazinho em adotar o experimento em seu estacionamento de veículos. Saiba Mais A Maior Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) acontece com o objetivo de promover a criatividade e a inovação dos estudantes brasileiros. É uma feira anual para estudantes do último ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio e Técnico. Escolas públicas e particulares de todo o Brasil podem participar. A FEBRACE 2009 será a sétima edição do evento, que é organizado pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP – Universidade de São Paulo. Todos os estudantes e professores que participam da FEBRACE recebem ao final do evento um certificado de participação. Além de medalhas e troféus para os melhores projetos de cada categoria, os estudantes também podem receber equipamentos (computadores, aparelhos de dvd, scanner, câmeras fotográficas, palm tops, calculadoras), certificados de diversas organizações em várias áreas científicas e algumas empresas, e demais prêmios concedidos com apoio de nossos parceiros.

Quadrinho explicativo também foi desenvolvido pelos estudantes para detalhar o projeto

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T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_20-27 Experiencia Roberto.cdr segunda-feira, 25 de maio de 2009 19:33:18

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Contadores de História Alunos são incentivados a ler e contar histórias na escola

Por Andréia Vargas e Sônia Maria da Silva Fraga Escola La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS

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projeto “Ler é Viver” foi desenvolvido na Escola Fundamental La Salle Esmeralda, na biblioteca “Raio de Luz”, coordenado pela bibliotecária Andréia Vargas e sua auxiliar Carolina Mascarello, buscando aliar qualidade e quantidade de leituras de livros, sendo os alunos incentivados a apresentarem as histórias lidas utilizando as técnicas vistas na Hora do Conto.

O estudante inscrito no projeto deveria ler o maior número possível de livros, preencher uma ficha de leitura, apresentar seu trabalho à turma e submeter-se à avaliação dos colegas e da professora, observando os diferentes aspectos característicos de um bom leitor e contador, como a escrita, entonação de voz, apresentação dos recursos confeccionados e criatividade.

Este trabalho contou com o apoio de toda a Comunidade Educativa, principalmente dos pais que prestigiaram, com sua presença neste evento.

Nosso objetivo foi que o aluno, pelo exemplo da profissional na área da contação de histórias, tivesse a compreensão dos requisitos e necessidades que caracterizam um contador, a fim de que, posteriormente, executasse esta função frente às demais turmas da Escola.

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Após, mediante data marcada, conforme regulamento do concurso, apresentar-se a uma banca julgadora para ser avaliado. Os recursos apresentados foram variados e confeccionados com materiais de sucata, como teatro com roupa característica dos personagens da história contada, técnica da TV com caixa de papelão, avental de feltro, varal, cavalete e outros recursos.

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As apresentações seguiram um cronograma que teve duração de uma semana. Durante este período, muitos estudantes que não haviam se inscrito no concurso de leitura manifestaram interesse em participar do mesmo, tal foi o entusiasmo demonstrado pelos colegas e o interesse despertado pela apresentação das histórias. Notável foi o esforço e o empenho das responsáveis pela biblioteca no sentido de encorajar e auxiliar os alunos mais tímidos e inseguros para que todos fossem incluídos na atividade. Este trabalho contou com o apoio de toda a comunidade educativa, principalmente dos pais , que prestigiaram com sua presença este evento da Escola, além de incentivar o gosto pela leitura do aluno e seus familiares.


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Nossa adaptação escolar Por Sonára Beatris Teixeira Pochmann Professora da Educação Infantil do Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

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hegou o início de mais um ano letivo. Surpreendo-me cada vez mais com a astúcia da criançada e com o desenrolar da nossa profissão. Quando falo em “astúcia”, refiro-me à criatividade, à curiosidade e à inquietação afloradas da meninada ao chegarem à escola. Quanto à profissão, ressalto o compromisso com o saber pedagógico, com o educar e o cuidar, vinculado a uma sociedade mistificada pelo poder da mídia e pela tecnologia de ponta, na qual os valores sociais, morais e culturais confundem-se em meio a tanta “modernidade”. Esse tema poderá ser bastante aprofundado para somarmos e ampliarmos conhecimentos com outros profissionais, porém, prefiro ater-me à adaptação escolar, problema que vivenciei com os meus pequenos em sala de aula na Educação Infantil, há poucos dias. Segunda-feira, dois de março de dois mil e nove. Lá estava eu, ansiosa e com os nervos à flor da pele, pronta para enfrentar aquela meninada, e os pais inseguros e aflitos rodeados por choros e gritos que ecoavam nos corredores e nas portas das salas. Conquistar a confiança de todos não é tarefa fácil. Mesmo com experiência em sala de aula em cada recomeço escolar bate uma sensação de incerteza, de medo e de angústia, em relação a nossa profissão e aos desafios que ela nos propõe. Sofremos sempre junto com as crianças, e com os familiares, o rompimento e a separação no final de ano. A adaptação escolar, quando bem sucedida, permitirá no decorrer do ano letivo uma boa aprendizagem e um bem social favorável aos

educandos e aos educadores, caso contrário, ficará marcada para a vida toda. Recordo-me que algum tempo atrás, trabalhei com uma turma da Creche e, mais da metade da turma chorava muito no período da adaptação; só me restou naquele momento, então, chorar também. A adaptação não acontece num passe de mágica, precisa-se de muita paciência, criatividade e bom senso com os educandos. Muitos planejamentos feitos no início podem não dar certo. Cabe aos educadores, conhecer a realidade familiar de cada aluno, abrir novos caminhos para construir os laços afetivos e explorar outros recursos facilitadores deste processo adaptativo. A escola torna-se a segunda casa, estruturada, organizada e planejada com amor, com limitações e construções. Antes de iniciar as aulas com as crianças fiz uma entrevista com as famílias, e neste bate-papo gostoso, pude conhecer um pouco de cada um e, ao mesmo tempo, transmitir segurança, acolhimento e abordar a proposta de trabalho. Tudo é muito imprevisível nas primeiras semanas de aula, temos que observar atentamente o que iremos propor de atividades, favorecendo um vínculo afetivo e prazeroso nesta extensa construção. Outro fator importantíssimo nesta conquista foi a criatividade do educador. Brincadeiras, pracinha, pátio, bolas, brinquedos, balões, faixas coloridas com os nomes das crianças, massinha de modelar, argila, guaches e outros materiais atrativos delimitaram o início desse novo ambiente escolar. A construção da rotina,

também foi enfatizada, respeitando o diálogo e as obras artísticas de cada criança. Na Educação Infantil, a rotina tem como finalidade auxiliar a criança na organização e estruturação de noções de tempo e espaço. Nada mais é do que uma sequência de atividades que distinguem os diferentes momentos da tarde, tornando o ambiente, desconhecido até então, mais familiar possibilitando ainda a compreensão de que nossas atividades acontecem numa sucessão de tempo. As crianças precisam de tempo para se acostumarem com o seu novo ambiente, com os brinquedos que este oferece, com os materiais pedagógicos, com os coleguinhas e com os professores. Nunca podemos esquecer que para elas tudo é novo, e o novo precisa ser descoberto com muita tranquilidade e paciência. Desprender-se do conteúdo programático é fundamental, agir somente com serenidade, valorizando momentos de afeto, compreensão e amor, consolidará a construção de novos saberes porque terá adquirido, na figura do professor, um amigo. Assim, em meio a tantos momentos lúdicos, a fantasia, a criatividade e as surpresas, a angústia daqueles rostinhos foi dando lugar a enormes sorrisos, gargalhadas e choros para permanecerem na escola. Esta grande alegria é que nos motiva a cada início de ano e, digo mais, não é fácil a missão de educar, mas quando acreditamos no nosso potencial e gostamos daquilo que estamos fazendo, as dificuldades, por maiores que sejam, são superadas.

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06453_20-27 Experiencia Roberto 23.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_20-27 Experiencia Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 11:40:05

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Fazendo da Geometria uma arte em sala de aula Por Cristina Cruz

Professora de Matemática do Colégio La Salle Esteio/RS

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xistem várias formas de trabalhar geometria. A professora de matemática Cristina Cruz do Colégio La Salle Esteio optou em fazer com os alunos da 6ª série trabalhos práticos, como: composição geométrica e construção de esculturas e maquetes. A geometria é um tema permanente em nosso cotidiano; estudar área, perímetro, altura, entre outros termos, pode não ser tão simples, por isso a professora conciliou a teoria com a prática. Os alunos confeccionaram, em círculos de isopor, composições com figuras geométricas (polígonos) e para definir bem as formas geométricas fizeram colagem sobre as figuras utilizando materiais diversificados. A dedicação dos alunos surtiu efeito; além de reforçar os principais polígonos e seus elementos, compreenderam melhor a área das figuras planas e definiram também os elementos de uma circunferência. Tudo isso de maneira descontraída, coletiva e criativa. Outro trabalho desenvolvido pela professora nessa mesma linha foi a construção de maquetes e esculturas, utilizando caixas de

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vários tamanhos e formatos, possibilitando aos alunos observar melhor arestas e faces dos poliedros e identificá-los em várias arquiteturas que antes passavam despercebidas pelos alunos. Através destes trabalhos, os alunos vivenciaram o conteúdo teórico na prática, definiram elementos da geometria, reconheceram figuras geométricas transportando-as para sua realidade e fizeram arte, com trabalhos lindíssimos e criativos. Saiba Mais A palavra geometria é composta de duas palavras gregas: geos (terra) e metron (medida). Esta denominação deve a sua origem à necessidade que, desde os tempos remotos, o homem teve de medir terrenos. Ano após ano o Nilo transbordava do seu leito natural, espalhando um rico limo sobre os campos ribeirinhos, o que constituía uma bênção, a base de existência do país dos Faraós, que na época se circunscrevia a uma estreita faixa de terra às margens do rio. A inundação fazia desaparecer os marcos de delimitação entre

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06453_20-27 Experiencia Roberto 5.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_20-27 Experiencia Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 11:46:01

os campos. Para demarcarem novamente os limites existiam os "puxadores de corda", os "harpedonaptas" que baseavam a sua arte essencialmente no conhecimento de que o triângulo de lados 3, 4, 5 é retângulo. As construções das pirâmides e templos pelas civilizações egípcia e Babilônica são o testemunho mais antigo de um conhecimento sistemático da Geometria. A Geometria como ciência dedutiva apenas tem início na Grécia Antiga, cerca de sete séculos antes de Cristo, graças aos esforços de muitos notáveis predecessores de Euclides, como Tales de Mileto (640 - 546 a.C.), Pitágoras (580 - 500 a.C.) e Eudoxio (408 - 355 a.C.). Platão interessou-se muito pela Geometria e ao longo do seu ensino evidenciou a necessidade de demonstrações rigorosas, o que facilitou o trabalho de Euclides. Euclides (323 - 285 a.C.) deu um grande contributo para a Geometria escrevendo o livro "Elementos" que é constituído por 13 volumes. Este livro estabeleceu um método de demonstração rigorosa só muito recentemente superado.


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Ler é preciso, é fundamental Por Helena Maria Maciel Jaeger Bibliotecária do Colégio La Salle Canoas/RS

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o mundo moderno as novas tecnologias oferecem inúmeros atrativos virtuais, onde a imagem prevalece à palavra escrita. Apesar desses atrativos há pessoas que lêem porque gostam. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura, realizada em 2008 pelo Instituto Pró-Livro, há diversas motivações para se ler. A primeira é o prazer, seguida de atualização cultural, exigência escolar, motivos religiosos e atualização profissional. A magia e o gosto pela leitura só se adquirem lendo. E este hábito começa em casa, a família é a grande incentivadora deste processo. Ler para os filhos é um estímulo de prazer, ensina a ter gosto pela leitura, a conhecer outras culturas, pessoas e lugares. Conforme Celso Antunes “o amor pela leitura começa em casa e a leitura diária, mesmo de jornais, envolvendo histórias curtas, textos leves, notícias ou desenhos animados estimulam a linguagem”. O ato de ler é um processo complexo de compreensão, de entender o mundo a partir da capacidade que o homem tem de interação com outros indivíduos, através da escrita. Vale lembrar que desde o início o homem já fazia o registro de seus feitos, suas histórias. As imagens pintadas (pintura rupestre) nas paredes das cavernas demonstram a necessidade do homem de se comunicar e deixar para os outros “lerem” a sua história.

Essa necessidade é inerente ao ser humano. Assim como a curiosidade da leitura e interpretação destes registros. É de conhecimento de todos que o contato manual e visual com os livros é positivo no processo de formação do hábito de ler. Para tanto, faz-se necessário que os livros estejam disponíveis, em especial nas bibliotecas escolares e no ambiente familiar. A leitura no âmbito familiar fortalece os laços de amizade na família, pois ler em conjunto é também uma forma de afetividade, de partilha de momentos de emoção, carinho e amor. No âmbito escolar a leitura deve ser responsabilidade de todos os profissionais da educação, responsáveis pelo processo instrucional do ato de ler e escrever. Nos ambientes escolar e familiar a escrita e a leitura devem estar sempre presentes, nas mais variadas formas, como: livros, gibis, jornais, revistas, catálogos, bula de remédio, panfletos etc. As pessoas que gostam de ler têm mais chances de usufruir o conteúdo oferecido na Internet do que aqueles que não têm contato com a leitura. Além de adquirem discernimento e capacidade de interpretação das informações que estão disponibilizadas na internet e na mídia virtual e impressa. Segundo Elisabeth Serra, da Fundação Nacional do Livro Infantil “nunca houve tanto livro impresso como agora. A internet tem

possibilitado a divulgação imediata do que está sendo publicado, facilitando o acesso ao que já existe”. O indivíduo que lê amplia suas relações profissionais, familiares e consequentemente suas relações com o mundo. O gosto pela leitura constrói-se através de um longo processo que, para desenvolver as potencialidades, faz-se necessário propor atividades diversas e diferenciadas para a formação do leitor. A utilização da literatura como recurso pedagógico pode ser enriquecida pelo educador. A escola preocupada com a formação do leitor deve reservar espaços para promover vivências de leitura. Um destes espaços é a biblioteca escolar que deve estar incluída na rotina do aluno. A biblioteca deve ser utilizada pelos educadores para planejar e executar atividades de estímulo ao gosto pela leitura. O Manifesto em Defesa da Biblioteca Escolar (março 2009) enfatiza que a “biblioteca escolar apresenta-se como um Centro de Aprendizagem cuja função pedagógica está relacionada à ação em prol da leitura, do incentivo à criação do gosto de ler...” Assim, é neste espaço que os alunos adquirem a possibilidade de tornarem-se leitores críticos e usuários dos diversos recursos informacionais oferecidos pela biblioteca. Portanto, ler é necessário e tudo de bom.

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06453_20-27 Experiencia Roberto 25.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_20-27 Experiencia Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 11:52:25

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REFLEXÕES SOBRE A AULA DE ARTES Por Miriam Walber Viana

Professora do Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

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a disciplina de Artes pode fazer toda a diferença na vida de um estudante. Por isso, escolher os conteúdos e os projetos é uma grande responsabilidade. O estudante que vive a experiência artística de uma forma desafiadora e criativa leva para a sua vida um grande diferencial de conhecimento, de articulação, de vivência. Falo da experiência artística como um todo: artes visuais, teatro, música; falo de preparar alunos e alunas para enfrentar a vida, cursos universitários, seleção de empregos. Mas, para isso, a aula de Artes precisa ser de qualidade. E uma boa aula de Artes precisa do manuseio de materiais, de movimento, de sons, de música, de cheiro, de tato, de estudo e de brinquedo. Ou seja, de vida! Cor, luz, linhas, formas, sons, silêncio, gestos, sentimentos, imaginação, criatividade, conhecimento, sensibilidade, alegria e magia. Precisamos também de tintas, pincéis, lápis coloridos, argila, papéis, cola, sucatas, voz, corpo, tecnologia; de desafios e de pesquisas. Esses são os instrumentos de que dispõem os alunos e alunas para desacomodar, provocar discussões e compor suas obras,

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através das quais apresentam a sua visão e interpretação de mundo. Isso professores e professoras de Artes precisam saber fazer, independente da metodologia que adotam. Sei que é difícil, sei que nosso tempo é pequeno (um período semanal na maioria das escolas) e também sei que temos muitas turmas. Podemos entender esse “difícil” como um fardo a carregar ou como um desafio a enfrentar. Dependendo da nossa escolha, poderemos nos divertir e colher bons frutos ou sofrer e ficar estagnados. Quanta coisa podemos ganhar e quanto podemos crescer nesta construção conjunta com nossos estudantes! Mas não posso deixar de ressaltar outro aspecto importante: para quem observa a aula de Artes apenas do ponto de vista do resultado, que pode ser uma pintura, um desenho, uma escultura, uma instalação, uma dança ou um teatro, talvez seja difícil compreender toda a dinâmica e profundidade que aquilo representa. Há que se entender que para cada unidade há um foco de estudo, atividades paralelas, discussões, pesquisas. Os projetos da aula de Artes desenvolvem habilidades de ver a essência e não apenas a

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aparência, de interpretar, de fazer análise crítica, de estabelecer posicionamentos e de apontar soluções. Não se chega a um resultado sem um processo. Mas é importante que haja um resultado e que ele seja interessante. O estudo é a base e a produção artística é o topo, a superação. Esta produção pode ter os mais diversos objetivos: encantamento, provocação, questionamento, inquietação. Os trabalhos podem ter uma beleza estética explícita ou aquela beleza subjetiva, ligada mais ao significado da obra e as reflexões que ela nos provoca. Não importa. Que o processo leve a um resultado. E que seja um bom resultado. Não queremos que nossos alunos e alunas enfrentem e se destaquem na vida? Que sejam excelentes profissionais? Que tenham sucesso? Pois bem, comecemos na nossa aula. Só mais uma coisinha: não deixemos de prestar atenção ao que nossos alunos e alunas nos dizem, nas críticas e elogios que fazem. Uma avaliação dos projetos e atividades em conjunto com os estudantes só nos faz crescer.


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Curso de Formação de Professores Por Ir. Clovis Trezzi Centro de Educação Popular La Salle - São Paulo/SP

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oje em dia são um pouco raros os cursos de Formação de Professores na Modalidade Normal em Nível Médio (antigo curso de Magistério) no Brasil. De maneira muito especial, depois que foi promulgada a Lei 9394/96, mais conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, esses cursos começaram a diminuir em quantidade e em muitos locais até mesmo a desaparecer. No Centro Educativo e de Assistência Social La Salle, o curso mantém-se firme, tendo iniciado em 2009 um novo grupo de 81 alunos, divididos em duas turmas. A primeira turma iniciou em 2004. Era um grupo de alunos que estudavam pela manhã. Os postulantes de primeiro ano também faziam o curso. Com duração de dois anos, a primeira turma formou-se no final de 2005. Em 2006, iniciaram-se duas novas turmas, dessa vez já com mais de 80 alunos. Estas formaram-se no final de 2007. No ano de 2008 o curso não funcionou, e em 2009 reiniciamos, conforme referido acima.

Um dos grandes diferenciais do curso de formação de professores é o fato de ser oferecido gratuitamente. Atende a pessoas do Bairro Vila Guilhermina, um bairro da periferia da Zona Leste de São Paulo, e arredores. Apesar de ser gratuito, a qualidade é excelente. A seleção dos professores foi muito criteriosa, sendo que todos possuem habilitação específica na área de formação de professores. Um dos grandes questionamentos que muitas vezes o público faz ao curso é a crença de que a partir de 2010 quem não tiver curso superior não vai mais poder atuar como professor(a). Porém, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é muito explícita: “é admitida, como formação mínima para o exercício do Magistério na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal” (Lei 9394/96, artigo 62). Assim sendo, o curso tem todo o amparo legal para funcionar.

O grande objetivo do curso é preparar professores para atuarem em escolas de Educação Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental, aumentando com isso o número de educadores preparados e capacitados especificamente nesses níveis de ensino. Os alunos aprendem como fazer para trabalhar com crianças, especialmente dentro das diversas Metodologias (Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia). Têm, ainda, aulas de Didática, Língua Portuguesa, Estrutura e Funcionamento do Ensino, Sociologia da Educação, Psicologia da Educação, Educação Especial e Informática, sempre visando preparar não só tecnicamente, mas de maneira especial, humanamente os futuros professores. A contribuição social do curso é enorme. A procura é sempre muito grande, existem desde agora pessoas procurando pela nova turma que deve iniciar em 2011. Por ser um curso gratuito, atende também às pessoas de baixa renda, ajudando-as assim a irem em busca do seu ideal de vida.

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Formando pessoas com conteúdo

O papel da Rede La Salle na construção de uma sociedade mais justa para todos

Tiago Schmitz Jornalista – Setor de Marketing da Rede La Salle Revisão de Conteúdo: Ir. Cledes Casagrande

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A educação sistemática, como a conhecemos em nossos dias, origina-se da preocupação das diversas sociedade em educar as novas gerações. Ela nasce, historicamente, naqueles povos que souberam organizar o processo formativo e socializador dos novos indivíduos sociais, tendo como fundamento uma concepção de humanidade, de pessoa e de sociedade que se almejava formar. Esse é o caso da civilização grega, berço da nossa cultura ocidental, da qual herdamos um vasto saber cultural, a democracia e a universidade. Ao priorizar o conhecimento, a sabedoria e a formação de um ideal de ser humano, há mais de 2500 anos, os gregos se tornaram protagonistas de um desenvolvimento cultural sem precedentes. Formar as novas gerações continua, ainda hoje, a tarefa e o desafio das famílias, da escola e da sociedade em geral. Tal formação pressupõe, necessariamente, um conceito de ser humano, um conceito de humanidade e de sociedade. Conforme a época e o lugar, esses conceitos sofrem transformações , como vem ocorrendo no mundo contemporâneo, que atribui maior ênfase às relações entre as pessoas, à centralidade do conhecimento e à competência de gerir informações e resolver as situações problemáticas que se apresentam.

conhecimento e da informação em sala de aula e o papel do professor na atualidade.

A Proposta Educativa da Rede La Salle está centrada na formação integral para a vida. Esta formação inclui as dimensões epistemológica - conhecimento científico e cultural, ética - cuidado de si e do outro, estética - sensibilidade e espiritual -sentido de vida. A Revista Integração, nesta edição, quer ampliar a discussão sobre os conceitos de formação, de pessoa e de conteúdo para demonstrar que o estudante lassalista é educado para construir uma sociedade que promova a justiça, a liberdade, a fraternidade, a solidariedade, a igualdade, a democracia, a participação e o respeito às diferenças. Desse modo, coloca em debate o papel histórico da educação e da escola, a necessidade atual da gestão do

Atualmente, as notícias dos telejornais, o trânsito de todas as manhãs, as informações sobre o uso de um novo aparelho, uma técnica para não errar o uso da crase, tudo isso merece nossa atenção e nos exige respostas prontas, que vão além daquelas aprendidas nas classes escolares. De modo equivocado, até algum tempo atrás, a educação era identificada somente com a transmissão de informações e a aquisição de determinados conhecimentos científicos. Hoje, com as novas tecnologias e o início da chamada Sociedade da Informação, sabemos que uma aprendizagem só é formativa na medida em que opera transformações na constituição daquele que aprende, de modo que

Uma construção social e intencionada A educação constitui-se em um processo de formação sistemática, integral e consciente do humano. A noção de Paidéia, ou a formação do homem grego, já entendia que mediante a educação a comunidade humana conserva e transmite a sua peculiaridade física e espiritual às novas gerações. Foram os gregos que estabeleceram, pela primeira vez, de modo consciente, um ideal de cultura como princípio formativo. A educação grega nasce marcada pelo aspecto social, pois não se tratava de uma propriedade individual, mas de algo que pertence à essência da comunidade. Desta forma, toda educação é resultado da consciência viva de uma cultura e de normas que regem uma comunidade humana, quer se trate da família, de uma classe ou de uma profissão, quer se trate de um agregado mais vasto, como um grupo étnico ou um Estado. Assim, a educação participa na vida e no crescimento da sociedade, tanto no seu destino exterior como na sua estruturação interna e no seu desenvolvimento espiritual.

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Revista Integração • Maio 2009

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Capa seja capaz de atuar, de modo criativo, a partir das informações e dos conhecimentos acumulados. O processo do aprender não ocorre de modo egocêntrico. De acordo com a escritora Marilena Chaui, “o movimento do conhecer é, pois, um movimento cujo corpo é a linguagem; graças a ela, compartilhamos com outros os nossos conhecimentos e recebemos dos outros os conhecimentos”. Para a autora, a inteligência humana, como atividade mental e de linguagem, pode ser definida como a capacidade para enfrentar ou colocar diante de si problemas práticos e teóricos, para os quais encontra, elabora ou concebe soluções, seja pela criação de instrumentos práticos - através das técnicas, seja pela criação de significações através das ideias e conceitos. Trata-se de um processo eminentemente intersubjetivo, partilhado e participativo, visto que necessita da participação do outro (colega, pais, professores,...).

formação deve ser compartilhado e não partilhado”. Sobre as novas tecnologias, Moretto acredita ser inevitável que o educador contemporâneo saiba usá-las em favor da educação. “A tecnologia é instrumento e meio para aumentar a rapidez da informação e aumentar o processo de interação entre o professor e o aluno, gerando uma relação pedagógica”. Desta forma, o professor passa a ser o mediador do processo de formação. “Não podemos fazer da tecnologia apenas um disfarce da educação na escola”, aconselha. O Papel do Professor

Em sua época, São João Bastista de La Salle queria que seus mestres fossem profissionais competentes e dedicados ao magistério, comunitários em seu espírito e vivência, além de humanos e exemplares. Hoje, a compreensão e atualização do carisma deixado por La Salle é desafio cotidiano de todos os educadores lassalistas. Estes compreendem que Conhecimento e Informação formar pessoas com conteúdo, vai muito além da educação formal. Para a Conhecer é dar sentido ao mundo e professora lassalista Janice Rodrigues “Na verdade a escola está interpretar a realidade. É descobrir formas Gomes, a formação de pessoas com para nela poder agir. Quando falamos em mudando o seu paradigma. conteúdo é uma tarefa, além de árdua, conhecimento, podemos designar não só o Ela precisa sair do paradigma recompensadora e gratificante, pois é ato de conhecer, mas também o saber desta forma que podemos perceber os da acumulação das informações adquirido e acumulado. Durante a bons resultados de todo o trabalho de uma realização do XIII Fórum Permanente de para o paradigma da gestão etapa. “Cada vez mais a convivência em Educação Lassalista, realizado no dia 16 de sala de aula exige um conjunto de práticas, da informação. Precisamos maio, o mestre em didática Vasco Moretto posições e métodos diferenciados”. Na alertou professores e colaboradores da fazer o aluno pensar e não opinião de Janice a troca de saberes e o Rede La Salle sobre a necessidade atual de apenas reproduzir. É uma intercâmbio de conhecimento são gerir as informações em sala de aula. “Na constantes. “Ele se faz presente a cada caminhada do processo de verdade a escola está mudando o seu aula, a cada leitura de um texto ou em meio paradigma. Ela precisa sair do paradigma acumulação das informações, a um debate. Cabe ao professor da acumulação das informações para o proporcionar ambiente adequado para tal para o processo de significado paradigma da gestão da informação”. Para troca”. Ela acredita que o professor deve das informações” ele, esse caminho é extremamente ser o agente incentivador do diálogo, da importante. “Precisamos fazer o aluno Vasco Moretto - Mestre em Didática reflexão e do debate. “Instigar a pensar e não apenas reproduzir. É uma curiosidade, saber ouvir o que o aluno tem a caminhada do processo de acumulação dizer, transmitir confiança necessária para que o jovem sinta-se à das informações para o processo de significado das informações”. vontade em expôr o que pensa e o que sabe é essencial para o Conforme Moretto, tudo é conteúdo e as disciplinas de sala de aula desenvolvimento pleno da educação”. Já o professor lassalista são importantes, mas é fundamental que o professor transforme tais Cláudius Jardel Soares, especialista em Educação Ambiental e conteúdos em métodos para que o aluno pense. “O conteúdo de sala mestrando em educação, acredita que a educação precisa ser de aula, na verdade, o esquecemos, mas lembramos daquilo que nos desenvolvida de maneira interdisciplinar e transversal. “Precisamos faz pensar”. Ele enfatiza que o ensino em sala de aula deve ser um buscar a inclusão de atitudes e valores que busquem aperfeiçoar a ensino formador, onde o professor aborda todos os aspectos do qualidade. Para isso, compete aos educadores a adaptação de suas desenvolvimento cognitivo do sujeito, mas também o social, o metodologias, interagindo com toda a comunidade escolar nas suas individual e o relacional. “Precisamos relacionar os conteúdos com a atividades e indo ao encontro das carências do dia a dia desta vida atual, fazendo com que os alunos sejam cidadãos. O processo de comunidade”, analisa. No sentido contextualizado, o professor avalia

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Capa que a palavra educação aponta para uma construção mútua de Proposta Educativa e o Projeto Pedagógico da Rede La Salle, na saberes, uma relação do ser humano com o mundo que o rodeia e pessoa considera-se o seu conteúdo e o seu processo. “O com outros seres humanos. “A educação almeja a formação de conteúdo é aquilo que caracteriza seu ser enquanto imagem e pessoas a partir da troca com outras pessoas e com o mundo, por semelhança de Deus. Os processos são a dinâmica relacional meio dos processos em que a coletividade seja pensada de forma usada para viver e expressar o conteúdo. Em geral captamos mais fundamental para a saudável qualidade diretamente o processo do que o conteúdo. de vida e permanência de todos no Em questão de prioridade, importa estar A educação almeja a formação planeta Terra”. Para Soares, pelo fato do mais atento ao conteúdo”. ambiente escolar ser o local singular de pessoas a partir da troca das aprendizagens, ele deve favorecer a Rede La Salle se propõe a oferecer uma com outras pessoas e com o mundo, Aeducação formação integral do aluno. “Os saberes integral e integradora, que por meio dos processos em adquiridos através da vivência de prepara não só para o domínio das diversas diferentes experiências não devem ser habilidades da vida, mas que dá uma que a coletividade seja desprezados pelos educadores, uma unidade, um direcionamento e um sentido pensada de forma fundamental vez que isso propicia uma quebra entre à vida com as suas variadas dimensões. as relações escola e vida, aprendizado para a saudável qualidade de vida Para enfrentar os novos desafios da informal e formal”. Ele acredita que a Proposta insiste na e permanência de todos na Terra” sociedade, considerar esses saberes dos alunos necessidade de uma educação que forme Claudius Soares por meio de diversas disciplinas, seria integralmente, num mundo fragmentado; Professor Lassalista estimular o início de um processo de que busque alternativas de desenvolver, a reflexão a respeito do meio ambiente, um tempo, a criatividade e a solidariedade, revelando que fazemos parte de um todo num mundo competitivo e empreendedor; “Cada vez mais a convivência e que o universo não existe somente por que forme para os valores humanos e causa dos seres humanos. “Desta em sala de aula exige um cristãos, num mundo do imediato e do forma, construiremos, significativa e relativo; e que exercite linguagens que conjunto de práticas, posições coletivamente, uma nova maneira de permitam a comunicação, num mundo e métodos diferenciados. entender o espaço em que vivemos e de globalizado. Tal educação tem presente as agir sobre ele. Isto não significa que o mudanças culturais, científicas e Cabe ao professor proporcionar educador não deva partilhar saberes tecnológicas, e o meio em que as pessoas científicos, mas que necessita ter ambiente adequado para tal troca” vivem, com suas possibilidades e limites. Janice Rodrigues Gomes entendimento que o aluno, apesar de Toda essa intenção educativa serve para Professora Lassalista ainda não ter adquirido essa forma de que o aluno lassalista seja formado para conhecimento, é portador de um saber ser protagonista na sociedade. Conforme a que é resultado da vida em sociedade e Proposta Pedagógica Lassalista, “a da cultura”. sociedade que almejamos deve ser organizada em função da pessoa, respeitada em sua condição e dignidade, e ordenada por valores ético-morais. Uma sociedade em que sejam respeitados os Educação como processo integral direitos das pessoas aos bens necessários para uma vida digna”. Tanto o ideal grego de formação, quanto os conceitos e teorias atuais consideram a educação um processo integral, progressivo REFERÊNCIAS CONSULTADAS e contínuo para o crescimento das pessoas e das comunidades. Esse é o ideal que a Educação Lassalista procura assegurar, WERNER, Jaeger. Paidéia - A Formação do Homem Grego. Ed. juntamente com as habilidades e competências próprias de cada Martins Fontes. São Paulo, 2003. etapa formativa. Para a Rede La Salle, estes valores são CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática. São Paulo, 2004. responsáveis por uma formação humana e cristã de qualidade, ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. conquistada no reconhecimento dos processos de humanização, Filosofando, Introdução à Filosofia. Ed. Moderna. São Paulo, na preocupação com a pessoa e na excelência acadêmica. “A 2003. Educação Lassalista forma para a vida enquanto sinônimo de Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. Ed. preparação para o mercado de trabalho, para o enfrentamento Moderna, São Paulo, 2007. criativo diante das adversidades que a vida apresenta, na Revista Educação, edição 137 capacidade para posicionar-se sadiamente junto às adversidades Proposta Educativa e Projeto Pedagógico Lassalista, 2008. do tempo presente”, destaca o Diretor de Educação e Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre, Ir. Paulo Fossatti. Conforme a

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A Educação Lassalista e a Formação de pessoas com Conteúdo Ir. Paulo Fossatti Diretor de Educação e Pastoral - Província Lassalista de Porto Alegre/RS

FORMAÇÃO A Proposta Educativa Lassalista ocupa-se em formar para a vida. Esta compreensão vai além da educação formal. Procura assegurar, juntamente com as habilidades e competências, próprias de cada etapa formativa, valores responsáveis por uma formação humana e cristã de qualidade. Esta qualidade se reconhece nos processos de humanização, na preocupação com o tornar-se pessoa, empreendimento inacabado e que se estende por toda a vida, e na excelência acadêmica. Forma para a vida enquanto sinônimo de preparação para o mercado de trabalho, para o enfrentamento criativo diante das adversidades que a vida apresenta, na capacidade para posicionar-se sadiamente junto às adversidades do tempo presente. FORMAÇÃO INTEGRAL DA PESSOA Quando aponta para a formação integral, além de referir-se às dimensões do físico, psíquico e espiritual-racional, a concepção lassalista de formação procura educar as potencialidades da pessoa expressas no afeto, na inteligência e na vontade em sua totalidade. Além disso, oferece meios para que cada pessoa, à imagem e semelhança de Deus, possa integrar, em seu projeto de vida, tais dimensões e potencialidades. Essa formação integral se efetiva nos seguintes princípios: antropológicos, epistemológicos, ético-morais, teológico-pastorais, administrativos e pedagógicos. FORMAÇÃO DE PESSOAS COM CONTEÚDO Para a Pedagogia Lassalista, não basta a pessoa ser “boa gente” . É necessário também ser eficiente, eficaz, competente no que faz. Ou seja, a preparação para a vida, para o mundo do trabalho e para a administração dos problemas do cotidiano é preocupação singular desta forma de educar. Nesta concepção, a formação de pessoas garante conteúdos emergentes dos princípios acima enunciados. Vejamos: Antropológicos: Jesus Cristo - referencial para o ser, o viver e o relacionar-se; pessoa - unidade na diversidade: três níveis (físico/psíquico/espiritual) e três potencialidades (afeto/inteligência e vontade); formação Integral - a partir da sua originalidade, cultura e realidade atual; educação de pessoas conscientes, livres, responsáveis, solidárias, participativas e transcendentes. Epistemológicos: o conhecimento é social e historicamente construído; processo explicativo/científico (verdades universalmente válidas); construção dialética; intuição fenomenológica; compreensão hermenêutica e dialogicidade entre os agentes construtores de conhecimento.

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Ético-Morais: o ato educativo é: meio privilegiado para o ser ético; processo educativo para a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade, a sensibilidade, a criatividade e o respeito à diversidade; escola, lugar de inclusão e integração das pessoas; vida comunitária e cidadã. Teológico-Pastorais: crença na pessoa enquanto imagem e semelhança de Deus; Jesus Cristo como referencial para o ser, o viver e o relacionar-se; pessoa como ser de relações e espírito de fé, zelo, fraternidade e serviço. Administrativos: diálogo entre os setores: pedagógico, pastoral e administrativo; planejamento, desenvolvimento e avaliação participativos; gestão participativa; responsabilidade social e cumprimento dos princípios éticos e legais, e viabilidade e sustentabilidade econômico-financeira da instituição. Pedagógicos: produção e apropriação do conhecimento; capacidade humana de aprender continuamente e conhecimento do educando e de seu percurso histórico. Tendo por base os princípios acima expostos, justifica-se o investimento em estrutura, em tecnologias e em pessoas para que a Rede La Salle continue respondendo com criatividade e responsabilidade em sua missão de educar pessoas com conteúdo.

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Aulas Multidisciplinares

PENSE em Manaus O La Salle Manaus foi uma das 1.507 escolas selecionadas pelo IBGE para fazer parte da mostra da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar - PENSE, em parceria com Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância de Saúde e do Ministério de Educação. Foram escolhidas três turmas das nonas séries dos turnos manhã e tarde compostas por alunos entre 14 e 15 anos. Eles responderam questionários sobre alimentação, estrutura familiar, condições de vida, violência, tabagismo, saúde bucal, acidentes, consumo de álcool e drogas. O objetivo é traçar o perfil das condições de vida do estudante brasileiro. O questionário inclui perguntas sobre o número de pessoas que vivem na residência, se já fez uso de tabaco, álcool e com qual frequência, entre outras. Os estudantes também foram pesados e medidos. Segundo o IBGE, a PENSE dará subsídios para a implantação do Sistema de Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção à Saúde dos Adolescentes, do Ministério da Saúde. Além disso, direcionará as políticas públicas voltadas para os jovens e os futuros investimentos nesta área. Os dados individuais coletados (nomes dos alunos e das unidades de ensino) pelo IBGE para elaboração da pesquisa serão utilizados exclusivamente para fins estatísticos, portanto, não serão identificados e nem divulgados.

As professoras Rosanete Longaray Mahl e Elissiane Konzen, de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, no intuito de levar os alunos da 7ª série do Colégio La Salle Esteio além do processo de aprendizagem lírico-gramatical, optaram por fazer uma aula interdisciplinar utilizando a música “Don't Worry, Be Happy” como instrumento de motivação para aprendizagem. Os alunos, ao perceberem que a música estava relacionada com a aula, logo se interessaram em questionar alguns estrangeirismos que identificaram. Ao longo da aula os alunos debateram, contextualizaram, traduziram, cantaram e no encerramento fizeram uma encenação em forma de dança. “Percebemos no decorrer da aula que todos se envolveram no processo ensinoaprendizagem, pois quando os mesmos estão motivados, conseguimos torná-los mais perceptíveis ao aprender e temos um aluno ativo e interativo no seu processo de aprendizagem”, destacam as professoras.

Colégio La Salle Manaus/AM

Colégio La Salle Esteio/RS

Conscientização Ambiental Na tentativa de alertar sobre as consequências do uso indiscriminado de recursos naturais do planeta e da destruição do meio ambiente, o Colégio La Salle Dores investe na conscientização ambiental através do projeto “A Busca da Sustentabilidade”. Desta forma, alunos do 3º ano do Ensino Médio são estimulados, na disciplina de Biologia, a pesquisar alternativas ecologicamente corretas para situações do dia a dia. “Desde que o projeto foi lançado, no ano passado, muitas ideias surgiram, como construção de casas de bambus, reciclagem de papel, compostagem, produção de detergentes à base de óleo de cozinha, coleta de água da chuva, entre outras”, conta a professora de Biologia e autora do projeto, Márcia Bobsin. Os alunos se reúnem em grupos, escolhem um tema, realizam uma pesquisa e, depois, desenvolvem uma maquete, mostrando o funcionamento do projeto, a viabilidade, aplicabilidade, o custo econômico e a sua importância ambiental para os demais colegas. “Depois deste trabalho, eu passei a dar mais atenção às questões do meio ambiente”, revela Thiago da Rocha Lima, que se formou no terceiro ano no Ensino Médio em 2008. Neste ano, o La Salle Dores pretende colocar em prática algumas das alternativas apresentadas pelos estudantes.

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS www.revistaintegracao.com.br 06453_33-41_DiariodeClasse Roberto 33.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_33-41_DiariodeClasse Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 13:03:36

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Musicalização no Colégio O Colégio La Salle Caxias, através de sua Equipe de Educação Musical, está promovendo, de março a novembro, o Curso de Formação Inicial em Musicalização para professores dos Colégios La Salle Caxias e La Salle Carmo. A iniciativa tem como objetivo proporcionar vivências em música e movimento, instrumentalizando para o trabalho de iniciação musical na Educação Infantil e nas séries Iniciais do Ensino Fundamental. Ao longo de nove encontros, os educadores terão a oportunidade de realizar atividades musicais relacionadas à percepção do ambiente sonoro, parâmetros do som, desenvolvimento rítmico através do corpo, jogos, danças e improvisação, técnicas de sensibilização e relaxamento, trabalho da voz como instrumento expressivo e exploração de canções folclóricas e populares infantis. As aulas acontecem na Sala de Música do Colégio La Salle Caxias e são ministradas pelas professoras Cristiane Ferronato e Denise Tomazzoni Lucca. Desde março de 2008, o Colégio implantou o ensino de música no currículo, adequando-se à lei que tornou obrigatória essa matéria em todas as escolas do país.

Colégio La Salle Caxias/RS

Encontro das Escolas Católicas

Exposição Corpo Humano Os alunos e alunas das turmas de 6ª e 7ª série do Colégio La Salle Santo Antônio visitaram a exposição Corpo Humano - real e fascinante. Com a orientação dos monitores da exposição e acompanhados pelos professores do Colégio, os alunos e alunas puderam conferir 16 corpos e 225 órgãos verdadeiros, e aprender um pouco mais sobre o funcionamento do corpo humano e seus sistemas. O espaço foi dividido em nove setores para representar cada sistema do ser humano: Esqueleto, Sistema Muscular, Sistema Nervoso, Sistema Respiratório, Sistema Digestivo, Sistema Urinário, Sistema Reprodutor, Sistema Circulatório e O Corpo Tratado. A experiência, inédita, foi bastante apreciada pelos estudantes, pois foi um momento de unir o conhecimento adquirido em sala de aula à visualização dos órgãos, tecidos e sistemas do corpo humano. A exposição, realizada no Barra Shopping Sul, já passou pela Inglaterra, Coréia do Sul e México, além de contar com exibições paralelas nos Estados Unidos e Holanda, e foi vista por mais de 450 mil pessoas em São Paulo e 220 mil no Rio de Janeiro.

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

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Entre as comemorações da Semana de La Salle, os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental do La Salle Instituto Abel realizaram um projeto sobre globalização e diversidade cultural homenageando o ano da França no Brasil. As pesquisas foram iniciadas com material vindo da França quando os alunos fizeram um paralelo entre Reims, ontem e hoje, e a cidade de Niterói nos dias atuais. As equipes de Artes, Serviço Religioso e professoras regentes serviram de base para que os alunos desenvolvessem o projeto. Como resultado, grande criação artística e inovação foram apresentadas para ressaltar a importância da cidade de Reims e sua cultura atemporal, norteando, assim, um trabalho de conscientização do processo educativo e cultural dos países onde encontramos a presença lassalista. Nossos alunos vivenciaram o milagre destes países férteis em criatividade, desfrutando mais uma vez, da luz que La Salle nos deixou na educação. O maior destaque do projeto foi a importância para toda família lassalista deste país-mãe do nosso fundador, São João Batista de La Salle.

Colégio La Salle Instituto Abel - Niterói/RJ

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06453_33-41_DiariodeClasse Roberto 34.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_33-41_DiariodeClasse Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 13:51:39


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Gentileza gera Gentileza

Blitz Viva em Canoas A 1ª ação do Núcleo Vida Urgente La Salle foi realizada no dia 02/04. Com sol ou com chuva, a regra foi salvar vidas. Munidos de panfletos, bandeiras e adesivos os alunos que são voluntários do projeto, procuraram sensibilizar as pessoas sobre o problema do trânsito. O desafio da equipe era grande: fazer com que motoristas e pedestres parassem para receber panfletos, produzidos pelos próprios alunos. Neles continham frases como: “Preste atenção no trânsito. É a sua vida e a do outro que está em jogo” e “Você prefere atravessar com segurança ou não caminhar mais? Use a faixa de segurança”. O trânsito, mais do que uma questão de secretarias de transporte ou segurança é uma questão de educação. O Vida Urgente é muito mais do que uma campanha de trânsito é um programa de valorização da vida, é com este pensamento que atos como este são desenvolvidos no Núcleo do colégio. A BLITZ VIVA, como foi chamada a ação, obteve uma aceitação boa perante as pessoas que passavam pelo local. Mais de 600 panfletos foram distribuídos. O desejo com este tipo de ação, é que ocorra uma mudança de comportamento, cultura e humanização no trânsito.

Colégio La Salle Canoas/RS

Pensando em resgatar as atitudes gentis e cordiais, as turmas das as 4 séries do Colégio La Salle São João estão desenvolvendo o Projeto Gentileza. A iniciativa tem como objetivos principais desenvolver e construir valores, incentivar comportamentos positivos e conhecer a história do Profeta Gentileza, apelido pelo qual ficou conhecido José Datrino, homem que entre as décadas 60 e 90 do século passado se tornou popular no Estado do Rio de Janeiro por pregar palavras de bondade, amor e respeito. As crianças foram convidadas a definir a palavra gentileza e a partir das definições são incentivadas a multiplicar as boas atitudes. Há o momento no qual elas repetem os gestos de gentileza indicados pela professora, como abraçar o colega ao lado, distribuir sorrisos e palavras de carinho e, até mesmo, um gostoso cafuné. A sensibilização das crianças ao tema foi promovida através do clip da música Gentileza, de Marisa Monte. Dentro dessa proposta os alunos criaram um mural onde são expostos cartazes com frases que remetem à reflexão e convidam os demais a pôr em prática esse tipo de atitude. O Projeto Gentileza começou a ser desenvolvido este ano e faz parte do Projeto Convivências, que promove o bom convívio entre todos.

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

Informática Básica A cerimônia de formatura dos 28 alunos participantes do Curso Básico de Informática, em Esteio, aconteceu na noite do dia 20 de abril, no auditório do Colégio La Salle. Prestigiaram o evento cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos dos participantes. Organizado pela Instituição, em parceria com o Centro de Assistência Social La Salle, de Canoas, a atividade foi oferecida aos integrantes da Associação de Atendimento a Crianças e ao Adolescente (AACRA). Segundo o coordenador de Ensino do Centro de Assistência, Giovane Martins da Costa, este projeto marca um momento importante, pois oportuniza um grupo de pessoas a conhecer mais sobre a informatização, que move muitos setores da sociedade. “Um povo se constrói através da educação, tendo os pais um papel fundamental na formação da criança”, afirma. A presidente da AACRA, Miguelina Salazar, falou da satisfação da entidade em ajudar na qualificação profissional dos alunos e mostrar que a vida possui diversos desafios que devem ser superados a cada dia. “Além de lembrar que é sempre tempo de aprender e de apresentar a potencialidade de cada um, montando um futuro promissor”, destaca.

Colégio La Salle Esteio/RS www.revistaintegracao.com.br 06453_33-41_DiariodeClasse Roberto 35.ps T:\CLIENTES\La Salle Provincia\06453 -La Salle_Revista Integração 103\25-05-2009\06453_33-41_DiariodeClasse Roberto.cdr quarta-feira, 27 de maio de 2009 15:40:31

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Posso te ensinar Uma maneira diferente de se promover a troca de experiências e aprendizagem está sendo desenvolvida no Colégio La Salle Dores. Através do projeto “Eu Aprendi e Posso te Ensinar”, os alunos assumem o lugar dos professores e são desafiados e transmitir algum conhecimento a seus colegas e professores. O objetivo é a construção de um novo aprendizado, colocando o estudante em uma posição diferente da tradicional, ampliando os horizontes através da troca de experiências e das diferentes visões de mundo. Desenvolvido para alunos do 2º ano do Ensino Médio, o projeto exige que eles aprendam a realizar alguma atividade prática com um familiar ou amigo, para depois ensinar a seus colegas, multiplicando o conhecimento adquirido. Com isso, possibilitamos inúmeros momentos de grande significado, sob o ponto de vista da construção de uma cidadania consciente. “A ideia é valorizar os saberes nem sempre contemplados pelo currículo tradicional e socializar o conhecimento, ampliando horizontes”, explica o idealizador do projeto, professor Fábio Guadagnin. Após ministrarem a aula, os estudantes ainda entregam um relatório escrito, aprofundando o que foi ensinado, o que aprenderam e a opinião sobre a socialização do conhecimento adquirido.

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

Páscoa em Cerro Largo

Retiro de Educadores No sábado, dia 21 de março, os educadores do Colégio La Salle Niterói realizaram seu primeiro retiro de 2009. Quem fez a reflexão inicial foi a Professora Aline Maria, que trouxe para dividir com o grupo a Letra da música "Azul da Cor do Mar”, de Tim Maia. Logo após, os educadores assistiram ao filme "Antes de Partir", que retrata a vida de dois homens com câncer terminal e que decidem viajar pelo mundo juntos, realizando os últimos desejos de suas vidas. Nesse espírito, os educadores foram convidados a fazer as suas próprias listas, respondendo algumas perguntas sobre posturas que precisariam rever, mudar; valores/qualidades/características que são peculiares de cada educador/a. E, ainda, foram convidados/as a listar algumas metas pessoais para 2009. Estas respostas foram colocadas em latinhas que cada educador preparou para o retiro preocupando-se com sua decoração externa, e a transformou no reflexo de si mesmo. Uma latinha era diferente da outra, com fotos pessoais, da família e palavras que tivessem algum significado. E assim que as listas ficaram prontas, todos se dirigiram até a grande figueira e ali participaram da Missa Celebrada pelo Padre Rogério. Depois, os educadores confraternizaram em almoço de integração e puderam desfrutar dos ambientes da Quinta São José.

Celebrações, atividades em sala de aula e brincadeiras marcaram a passagem da Páscoa no La Salle Medianeira. Nas séries iniciais, a confecção de cestas e a realização de trabalhos sobre os símbolos pascais deixou os estudantes no espírito da festa. Na quinta-feira Santa aconteceram celebrações na Igreja Matriz para os estudantes do turno da manhã e, na capela, à tarde. Após a reflexão religiosa, os estudantes da Educação Infantil e Séries Iniciais participaram da Caça ao Ninho, organizada pela Animação Pastoral. Os professores e funcionários do Colégio confraternizaram no dia 4, quando também realizou-se uma celebração especial na capela da escola seguida de um coquetel no salão de eventos. Páscoa Jovem - O significado religioso da data que lembra a ressurreição de Cristo foi vivido com especial intensidade pelos grupos da PJEL, que participaram da Páscoa Jovem e que tem por objetivo compreender o significado da experiência humana da morte e da vida, através da experiência pascal de Jesus Cristo. Durante o evento, foi realizada uma missão, que levou os jovens a desenvolverem ações na comunidade. A atividade foi na Vila Fraternidade, em São Leopoldo, e envolveu estudantes de diversos colégios da Rede La Salle.

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS

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Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS


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Diário de Classe

Matemática na Prática

Encontro de Coros No final do ano passado, o Colégio La Salle Caxias promoveu o 1º Encontro de Coros Infanto-Juvenis Lassalistas, que contou com a participação do Coro Infanto-Juvenil La Salle Carazinho, regido por Suani Sonntag Kohn, do anfitrião, Coro Infantil La Salle Caxias, e do grupo convidado, Coro Infanto-Juvenil de Veranópolis, ambos sob a regência de Cristiane Ferronato. No Auditório da Instituição, os três grupos mostraram suas habilidades vocais e cênicas e emocionaram o público cantando uma música final em conjunto. De acordo com os organizadores do evento, a intenção é que a cada ano o encontro seja realizado em uma cidade diferente. Portanto, em 2009, o evento será sediado pelo Colégio La Salle Carazinho, no segundo semestre, em data a ser confirmada. Os coros das Escolas da Rede La Salle interessados em participar do 2º Encontro de Coros Infanto-Juvenis Lassalistas podem entrar em contato pelo e-mail direcao@lasallecarazinho.com.br.

Para que haja compreensão do conteúdo que está sendo trabalhado em sala de aula não é suficiente que o professor explique a matéria. O aluno precisa fazer (ser ativo) para entender, para dar significado ao que está aprendendo. Por isso, na matemática são desenvolvidas atividades que fazem a relação conteúdo x dia a dia, e entre as atividades propostas estão saídas a campo. Foi o que aconteceu no dia 15 de abril com as turmas 16A e 16B do Colégio La Salle Canoas. Acompanhados pela professora Acimone, eles foram até o Supermercado Unidão, do Canoas Shopping, para fazer uma pesquisa de preço e medições reais sobre os 13 produtos da cesta básica. A experiência foi muita boa, pois os estudantes aprenderam na prática o que vem sendo trabalhado em aula.

Colégio La Salle Caxias/RS

Colégio La Salle Canoas/RS

Conhecendo Porto Alegre Os alunos da 3ª série do Colégio La Salle São João tiveram uma semana de programação especial em comemoração ao aniversário de Porto Alegre. A 3ª série, durante o ano letivo, estuda a capital. Indo ao encontro do programa curricular, os alunos desenvolveram, entre os dias 23 e 27 de março, várias atividades alusivas aos 237 anos da cidade. Segunda-feira, 23, foi o dia reservado para o passeio virtual pelo site www.portoalegre.rs.gov.br. Na terça, 24, os alunos tiveram uma aula de música na qual puderam trabalhar com a letra de Porto Alegre é Demais, de José Fogaça. Na quarta-feira, 25, os pequenos fizeram um mapa de Porto Alegre utilizando gravuras dos lugares que mais gostam na capital. Na quinta-feira, 26, dia do aniversário, na aula de artes, os alunos fizeram uma representação do Laçador, símbolo da cidade, em EVA. A semana foi encerrada com um passeio no ônibus panorâmico da Linha Turismo, pela Zona Sul. A rota passou por mais de dez bairros e contemplou pontos turísticos como o Calçadão de Ipanema e o Santuário Mãe de Deus, no alto do Morro da Pedra Redonda, que oferece uma vista de 360 graus dos morros e da cidade. Bela oportunidade para aproximar os alunos da cidade onde moram.

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS www.revistaintegracao.com.br

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Clube da Árvore em Cerro Largo Estudantes da 5ª, 6ª e 7ª séries, integrantes do Clube da Árvore do La Salle Medianeira, estão ajudando a embelezar a praça da Matriz da cidade de Cerro Largo. Eles se comprometeram a cultivar flores e mudas de árvores para distribuí-las na quadra em frente à escola, contribuindo para que a praça esteja sempre florida e bem cuidada. A primeira etapa do projeto A Praça Mais Bela, que é realizado em parceria com a Prefeitura e tem o apoio da Direção do Colégio, foi executada no sábado, dia 14. Os estudantes levaram as mudas até os canteiros ao longo da calçada, previamente preparados por funcionários municipais. Sob a orientação da professora Marisa Both, eles plantaram mudas de flores e árvores que foram cultivadas na escola, aprendendo a preservar o meio ambiente. “O projeto pretende desenvolver a consciência ambiental, incentivando atitudes de cooperação e conservação do ecossistema, além de ajudar a embelezar um dos nossos maiores patrimônios”, justifica a professora. O Clube da Árvore é um projeto oferecido aos estudantes das séries finais do Ensino Fundamental. Eles participam como voluntários das atividades realizadas no turno inverso ao das aulas. O cultivo das mudas a serem plantadas é feito em um miniviveiro no pátio da escola.

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

Atividades Astronômicas

O Corpo e a Mente Os alunos da Escola La Salle Esmeralda, desde o ano de 2008, estão tendo aulas teóricas de Educação Física. Preocupados com a questão de repassarem para os alunos assuntos relativos à qualidade de vida, melhorias na alimentação, busca de uma melhor qualidade de sono e também trabalhar a importância da hidratação e cuidado com a água, os professores Luciano Coimbra e Andréa Navarro trazem para o cotidiano dos alunos de 5ª a 8ª séries, assuntos relativos à teoria da Educação Física. Eles ressaltam que é importante trabalhar não só o corpo, mas também a mente dos alunos e ampliar os conhecimentos deles com relação aos assuntos vistos em aula. Dentro do cronograma proposto pelos professores, estão presentes aulas de leitura, elaboração de questionários, temas para casa e, para os alunos de 7ª e 8ª séries, um conhecimento mais aprofundado sobre sedentarismo e atividade física, o que engloba a parte de nutrição e cálculo de IMC (Índice de Massa Corporal). A aceitação por parte da direção, professores e alunos é muito boa e todos já estão acostumados a verem as aulas de Educação Física com um novo olhar.

As 100 Horas da Astronomia caracteriza-se como o maior evento mundial de divulgação da ciência astronômica já organizado na história da humanidade. Esse grande movimento, que faz parte das comemorações do Ano Internacional de Astronomia (AIA 2009), iniciou-se dia 2 de abril a nível mundial. No Brasil a programação aconteceu nos dias 4 e 5 de abril com um amplo número de atividades desde observações públicas até atividades interativas on-line em diversas cidades do país. Em Pelotas a programação aconteceu no dia 4 de abril no Parque Nova Cascata e foi coordenada pela UFPel em parceria com o IF-RS (antigo CEFET). Participaram deste evento o Ir.Alexandre e as professoras das 4ª séries: Cristiane, Maria das Graças, Maria de Lurdes e Rita, tendo como objetivo uma melhor capacitação dos professores em vista da realização da XII Olimpíada Brasileira de Astronomia na Escola. O Evento contou com oficinas, palestras e vídeos sobre astronomia. Devido ao mau tempo, as observações astronômicas ficaram para uma outra data. Também no dia 1 de abril, o Irmão Alexandre e as professoras Cristiane e Rita, foram até o campus da Universidade Federal de Pelotas, onde participaram de uma atividade astronômica organizada pela professora Virgínia, do curso de Física.

Escola La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS

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Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS


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Grupo de Mães

Atividades no Dia da Água No dia 23 de março, os alunos da Educação Infantil do Colégio La Salle Niterói aprenderam que “sabendo usar a água, ela nunca vai faltar”. Com uma atividade muito criativa, os alunos aprenderam brincando onde eles usam a água. E ela serve para muitas coisas, como: cozinhar, tomar banho, beber... é por isso que é preciso saber economizá-la.

Os Serviços de Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional da Escola La Salle Hipólito Leite, que mais diretamente tratam de questões com as famílias, sentiram necessidade de proporcionar momentos de encontro com as mães dos alunos, como forma de valorizar potenciais e habilidades já construídos e proporcionar novas aprendizagens. As atividades de integração estão acontecendo com a criação do Grupo de Mães, tendo o intuito de facilitar as relações, orientando-as para seu crescimento pessoal e para o desenvolvimento dos seus filhos nas mais adversas etapas, proporcionando momentos de espiritualidade e entretenimento. O artesanato é uma das formas de integração oferecidas, pois além de ser uma terapia, uma ocupação e um trabalho, segundo a equipe da Escola, fazer artesanato é lutar por um mundo melhor, é transformar. O envolvimento da família é importante para as ações que acontecem na Escola, além de contribuírem para a autoestima e o consequente progresso no desenvolvimento do aluno.

Como economizar a água: No banheiro *Feche a torneira ao escovar os dentes e ao fazer a barba. *Não tome banhos demorados. *Mantenha a válvula de descarga do vaso sanitário sempre regulada e não use o vaso como lixeira ou cinzeiro. * Conserte os vazamentos o quanto antes. Na cozinha *Antes de lavar pratos e panelas, remova bem os restos de comida e jogue-os no lixo. *Mantenha a torneira fechada ao ensaboar as louças. *Deixe de molho as louças com sujeira mais pesada. *Só ligue a máquina de lavar louça quando estiver cheia. Na lavanderia *Não fique lavando a roupa aos poucos. Deixe-a acumular e lave tudo de uma vez. *Mantenha a torneira fechada ao ensaboar e esfregar as roupas. *Deixe as roupas de molho para remover a sujeira mais pesada e utilize esta água para lavar o quintal. *Só ligue a máquina de lavar roupa quando estiver cheia.

Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS

Escolas Católicas

Nas torneiras *Não deixe a torneira pingando. Sempre que necessário, troque o "courinho". A perda por vazamento em torneiras é muito grande.

Em um grande encontro na Unilasalle-RJ, as Escolas Católicas de Niterói debateram, no início do ano letivo, uma série de temas que enriquecem não só teoria como prática. Um exemplo foi a palestra sobre dinâmica em sala de aula, ministrada pela Dra. Elvira Souza Lima, da Universidade de São Paulo. O encontro contou também com a participação do Provincial, Irmão Paulo Petry, além de diversas personalidades da área de educação. O encerramento do evento ficou por conta da missa solene celebrada pelo Bispo Auxiliar de Niterói, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, auxiliado pelos vigários das escolas católicas e por membros das escolas presentes nas leituras e procissões.

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS

Colégio La Salle Instituto ABEL - Niterói/RJ

No jardim, quintal e calçada *Evite lavar o carro durante a estiagem. Se necessário, use um balde e pano, mas nunca a mangueira. *Não use a mangueira para limpar a calçada. Use uma vassoura. *Prefira o uso de regador ao da mangueira para regar as plantas.

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Projeto Indo às Compras O educador que deseja um bom aproveitamento de seus educandos nos saberes de matemática, pode valer-se do cotidiano e dos conteúdos historicamente acumulados conforme as experiências vivenciadas pelo grupo. As situações do dia a dia podem servir de base para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessários para a construção dos conceitos matemáticos. A 4ª série, turma 42 da professora Roberta Menna Barreto, da Escola La Salle Esmeralda, está trabalhando com o projeto Indo às Compras, no qual as crianças têm o contato com diferentes materiais que envolvem números, cálculos e situações diárias como encarte de supermercado, contas de luz, de água, notas fiscais e cédulas próprias. Esses materiais são ricos em informações e trabalham muito com a realidade dos alunos, que convivem diariamente com o sistema monetário. É também uma forma de adquirir contato com as diferentes linguagens matemáticas. Percebe-se que muitos alunos que normalmente apresentam dificuldades em matemática, quando trabalham com os encartes ou com sua “própria moeda” não encontram dificuldade para calcular, trabalhar com troco, exercitando corretamente a habilidade de compra e venda. A partir desse projeto os educandos perceberam ainda que a matemática é uma ciência usada diariamente e isso faz com que eles a valorizem e a apreciem dentro e fora da sala de aula.

Escola La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS

Atividades de Formação

Recreio Cultural A Escola La Salle Pão dos Pobres tem oportunizado espaços de incentivo e apresentações de manifestações artísticas dos educandos. Nessas ocasiões, entram poesias, músicas e interpretações de canções conhecidas. As apresentações são realizadas em datas especiais, como no aniversário da Escola. Elas fizeram tanto sucesso que a Escola destinou os recreios das quartas-feiras para que os alunos pudessem expressar seus dons musicais. Para melhor se organizar e valorizar a todos, os interessados se inscrevem junto ao Serviço de Coordenação de Turno, que organiza as apresentações.Temas como a convivência na Escola, a amizade, o conhecimento e a vida cotidiana dos adolescentes tornam-se letras de músicas empolgantes. Quem quiser conferir, sinta-se convidado, todas as quartas-feiras, no recreio cultural do La Salle Pão dos Pobres.

Escola La Salle Pão dos Pobres - Porto Alegre/RS

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No mês de janeiro e fevereiro iniciou no Centro Educacional La Salle mais uma etapa do Curso de formação de professores, atividade que os Irmãos se dedicam a mais de 30 anos no norte do País. Os 64 alunos, vindos de diversos municípios do interior do Maranhão, se destacam pela liderança exercida em suas comunidades. A contribuição dos Irmãos Lassalistas na formação dos alunos ao longo dos anos modificou significativamente a forma de entender o processo de ensino-aprendizagem no Maranhão. Outro fato marcante é a contribuição dada pelos leigos de nossas escolas que contribuem não somente na formação mas também na vida destes alunos, servindo de espelho e incentivo para a missão de educar. Na opinião dos alunos Raqueline e Romário, no Curso se aprende “que um professor não deve carregar na bagagem apenas conteúdos, mas, junto com ele criatividade, mais compromisso, mais amor e planejamento, que são fundamentais à boa aprendizagem do aluno”, demonstrando desde já preocupação e atenção ao processo que vivenciam. Ao final de cada etapa se percebe o quanto cada um destes jovens se sente motivado e autoconfiante para fazer a diferença na sociedade. É o que dá sentido a este projeto de formação humana e cristã.

Centro Educacional La Salle - Presidente Médici/MA

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Educação Superior Bicentenário da morte de Haydn O Consulado Geral da Áustria no Rio de Janeiro, em parceria com os Institutos Superiores de Ensino La Salle - RJ e ao Parthenon Centro de Arte e Cultura homenagearam o bicentenário da morte do compositor austríaco Joseph Haydn, com concertos e exposições.Presente no primeiro reinado de Leopoldina no Brasil, Haydn influenciou a música sacra de nosso 2° reinado. O programa incluiu uma exposição, cedida pelo Ministério de Assuntos Exteriores da Áustria, sobre a vida e a obra do compositor, no dia 05 de maio, 19h, na Galeria de Arte La Salle com a abertura da organista Regina Lacerda. No dia 12/05, 19h, o quarteto de cordas Cappobianco executou obras de Haydn no Parthenon, Centro de Arte e Cultura regado à gastronomia austríaca.

Desenvolvimento Sustentável Como equacionar a necessidade de criar produtos e serviços a partir de uma concepção sustentável? Esta é a pergunta que o Curso Superior de Tecnologia de Design de Produto do Unilasalle Canoas tentou responder durante o Seminário de Design para o Desenvolvimento Sustentável, realizado nos dias 6 e 7 de abril. O seminário foi criado com a proposta de apresentar e discutir experiências em design sustentável. A ideia foi mostrar o que o meio acadêmico vem fazendo, através de projeto UFRGS; o que a iniciativa privada vem fazendo, através da apresentação do case do escritório de criação Gueto Design, e o que vem sendo feito no terceiro setor, com a apresentação da experiência do CRC-CESMAR, o primeiro centro de recondicionamento de computadores da América Latina. O evento, que acontecerá anualmente, deverá ser utilizado como forma de divulgar o curso do Unilasalle, e de aproximar a comunidade acadêmica da vivência empresarial. Design de Produto, um dos cursos tecnológicos do Unilasalle, está focado exatamente da questão da sustentabilidade como forma de diferenciação.

Faculdade La Salle - RJ

Equipe Tetracampeã A equipe de voleibol da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde - MT, com o apoio das empresas SICREDI e FIAGRIL, conquistou o TETRACAMPEONATO ESTADUAL UNIVERSITÁRIO, em Cuiabá, no mês de abril. A Professora Teresa Garcia, técnica, destaca o empenho e a garra da Equipe que por quatro anos se sagra campeã desta modalidade nos jogos universitários. Com este título, tem a vaga confirmada para participar dos JOGOS BRASILEIROS UNIVERSITÁRIOS, que acontecerá em Fortaleza - CE entre os dias 14 e 23 de agosto do corrente ano. O projeto do voleibol, em Lucas do Rio Verde, tem o apoio da Prefeitura Municipal, das Empresas SICREDI e FIAGRIl e da Faculdade La Salle, e alimenta a esperança de muitos jovens luverdenses, e da região, de poder fazer parte desta equipe. É uma forma de formação esportiva que a professora Teresa adotou e desenvolve com muita disposição e sacrifícios.

Unilasalle Canoas/RS

V Jornada de Nutrição No dia 2 de abril, a Faculdade La Salle Manaus realizou a V Jornada de Nutrição, Saúde, Higiene e Esporte na escola estadual Thomé de Medeiros Raposo, situada na zona centro-oeste, no bairro Hiléia. O evento ofereceu aos acadêmicos do primeiro e segundo semestre do curso de Educação Física a oportunidade de vivenciar na prática as atividades relacionadas às disciplinas de Dimensões Biológicas, Esportes Coletivos I, Ginástica Escolar e Expressão Corporal. Segundo Sandra Beltran, professora que coordena o projeto e ministra aulas de Dimensões Biológicas, “esta experiência é fundamental para os alunos de primeiro semestre já que lhes permite identificar se suas expectativas sobre o curso e seu futuro profissional estão de acordo com a realidade e, para os acadêmicos que já participaram, é a reafirmação do desejo pela formação de professores de Educação Física”, afirma. Além da professora Beltran, os professores Wagner de Oliveira, Edilson Silva e Vivian Themea também contribuíram para a realização do evento.

Faculdade La Salle Lucas do Rio Verde/MT www.revistaintegracao.com.br

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Faculdade La Salle Manaus/AM Revista Integração • Maio 2009

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Artigos

As intenções EDUCATIVAS e a tipologia dos CONTEÚDOS Por Neusa Maria John Scheid Vice-diretora do Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

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m reflexões sobre a educação escolar, frequentemente, deparamo-nos com o diagnóstico de que o mundo tem mudado de muitas e significativas maneiras, mas que nossas aulas não refletem plenamente essas mudanças (Schoenfeld, 1989). Além disso, as reflexões ajuízam que tudo que fazemos, ou deixamos de fazer, em sala de aula, incidirá sobre a formação de nossos alunos. De acordo com Zabala (1998), a maneira como organizamos a aula, a metodologia que escolhemos, as expectativas que depositamos, os materiais que utilizamos, cada uma dessas decisões veicula determinadas experiências educativas, e é possível que nem sempre estejam em acordo com o que entendemos ser o sentido e o papel da educação na atualidade. Em relação a essa percepção é importante acrescentar que “todo processo de ensino está fundamentado em uma concepção de aprendizagem, na maioria das vezes implícita, adquirida de modo incidental, no momento em que o docente era um aluno integrado a uma dada cultura de aprendizagem” (Miguez e Curione, 2006, p.11). Os instrumentos de explicitação das nossas intenções educativas são constituídos pelos conteúdos de aprendizagem. Mas, o que são conteúdos? Para Campos e Nigro (1999) tudo o que é passível de aprendizagem é um conteúdo. Assim, além dos conteúdos conceituais (saber sobre), o currículo também se compõe de conteúdos procedimentais (saber fazer) e conteúdos atitudinais (ser). Essa classificação, descrita por Coll e colaboradores (1987), está claramente proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais que orientam os currículos da educação básica brasileira, desde 1997. Os conteúdos conceituais são aqueles que remetem ao conhecimento construído pela humanidade ao longo da história, em todas as áreas. Constituem-se em fatos, conceitos e princípios. Entende-se por fatos as informações pontuais e restritas, como nomes, datas e acontecimentos particulares. No contexto da sala de aula é importante que os fatos sejam propostos em contextos significativos. Em vista disso, Campos e Nigro (1999) recomendam que as atividades que visem à aprendizagem de fatos estejam relacionadas a conteúdos procedimentais, atitudinais e também a conceitos ou proposições conceituais.

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São procedimentais os conteúdos que se referem ao saber fazer e que implicam a aprendizagem de técnicas, métodos e destrezas. Depois de aprendidos, tais procedimentos possibilitam a execução de certas tarefas, razão pela qual podemos dizer que esses conteúdos estão relacionados à aprendizagem de ações específicas. Além de ações específicas em cada disciplina, de modo geral, podem incluir técnicas de estudo, estratégias facilitadoras de comunicação, destrezas manuais, estabelecimento de relações entre conceitos, entre outros. Segundo Campos e Nigro (1999, p. 49) “para promover a aprendizagem de conteúdos procedimentais, são empregadas estratégias que envolvem repetição contextualizada de ações, ou sequências de ações. Os alunos são estimulados a refletir sobre o motivo de realizar certas ações, em vez de apenas executá-las mecanicamente. Ou seja, para que sejam efetivamente aprendidas, as ações devem estar relacionadas a algum problema conceitual que se pretende resolver”. Muitos professores costumam incluir no processo de avaliação da aprendizagem de seus alunos os comportamentos que acreditam favorecer o aprendizado de conteúdos procedimentais e conceituais. Assim, atitudes como prestar atenção em aula, demonstrar respeito pelos colegas e pelo professor, entregar tarefas com pontualidade, possuir e valorizar a organização ao realizar uma tarefa podem ser considerados como conteúdos atitudinais. Porém, essa tipologia de conteúdos não se restringe a tais comportamentos, pois também se refere a sentimentos ou a valores que os alunos atribuem a determinados fatos, normas, regras, comportamentos ou atitudes. A aprendizagem dos conteúdos atitudinais depende muito da postura e das ações do professor. O aluno observa o modo de agir do professor, analisa-o, avalia a sua coerência e adequação e julga-o como uma referência a ser seguida ou não. Logo, as atitudes do professor em diferentes situações podem criar situações nas quais são vivenciados vínculos afetivos entre ele e seus alunos; entre os alunos; e entre todos eles e o conhecimento. Portanto, atividades nas quais professor e aluno são solicitados a demonstrar suas atitudes propiciam a vivência desses vínculos e são as mais efetivas para o aprendizado desses conteúdos.

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No currículo escolar observa-se que a distribuição e a importância dada a esses conteúdos, segundo a sua tipologia, não ocorre uniformemente ao longo dos diferentes níveis de ensino. Na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental nota-se uma prioridade aos conteúdos procedimentais e atitudinais. Já nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio se incrementa o peso dos conteúdos conceituais em detrimento dos procedimentais e atitudinais. A análise da importância relativa dada aos diferentes tipos de conteúdos auxilia na percepção e explicitação das peculiaridades de cada nível de ensino. Além disso, amplia a compreensão que cada professor, ou até mesmo um coletivo de professores, tem em relação ao papel que o ensino deve desempenhar. Para educadores lassalistas, é importante que essa compreensão concorra para uma educação que efetivamente favoreça a formação de pessoas criativas, dinâmicas, comprometidas com a sociedade e com a história, realizadas como seres humanos e abertas ao transcendente, através de uma formação humana, intelectual, técnicocientífica, profissional e cristã (Cf. Regimento Escolar da Rede La Salle). Para que esse objetivo seja alcançado é mister que o professor considere a tipologia dos conteúdos na organização curricular e no desenvolvimento de suas aulas.

OBRAS CITADAS

CAMPOS, M.C.C.; NIGRO, R.G. Didática de Ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999. MIGUEZ, M.; CURIONE, K. Aprendizaje de las ciencias. Montevideo, Unidad de Enseñanza Facultad de Ingeniería Universidad de la República, 2006. SCHOENFELD, A. La enseñanza del pensamiento matemático y la resolución de problemas en Currículum y Cognición. Buenos Aires: Aique, 1989. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.


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Artigos

Dinamização da Biblioteca Por Elaine Pasquali Cavion | Escritora e Especialista em Leitura e Coordenadora do Projeto de Dinamização da Biblioteca do Colégio La Salle Caxias/RS e Claudia Giovana Bressan | Professora Universitária e integrante do Departamento Cultural da Associação de Pais e Mestres

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biblioteca é muito mais do que um local para guardar livros. Ela é o espaço das ideias, da cultura e dos pensamentos que estão registrados no acervo que abriga. Território privilegiado da leitura, a biblioteca configura-se como um espaço dinâmico, gerador de práticas leitoras, onde as pessoas, além de ler, têm a oportunidade de informar-se, discutir, ouvir histórias, divertir-se, emocionar-se. Além disso, a biblioteca, ao contrário do que se pensa, não existe apenas para oferecer suporte pedagógico aos alunos e aos professores, atuando de forma periférica dentro de uma instituição. Ela é o centro de onde devem partir e para onde devem convergir as práticas escolares de construção do conhecimento. Nesse sentido, a biblioteca é vista como ação: da leitura, da pesquisa, dos encontros entre texto e leitor, da promoção e da produção culturais, seja por caracteres ou por outras linguagens. A partir dessa visão, o Colégio La Salle Caxias, em parceria com a Associação de Pais e Mestres, inicia, em 2009, um intenso projeto de dinamização de sua biblioteca, a fim de melhor atender a Comunidade Educativa. Esse processo compreende desde a reformulação do espaço físico, à realização de inúmeras atividades que visam à promoção da leitura e à

formação de leitores, à ampliação e à atualização do acervo até a capacitação dos profissionais que ali atuam. A primeira etapa do projeto de dinamização, com a reformulação do espaço, iniciou durante as férias letivas, período em que a biblioteca do Colégio La Salle Caxias passou por reformas estruturais, a fim de transformá-la em um ambiente que convide o leitor a integrar-se ao mundo da leitura, colocando em destaque o livro e tornando-o mais acessível aos usuários. Isso porque o espaço da leitura também orienta as experiências dos leitores. Diz-se comumente que na leitura de um livro pode-se viajar, criar outros mundos: trata-se do espaço interno, mental. As construções de sentido durante o ato de ler são subjetivas, únicas para cada ser humano, pois envolvem inúmeras leituras simultâneas no tempo e no espaço. Todavia, enquanto se lê, não há dissociação com o meio que proporciona tal leitura, por isso a preocupação também com o ambiente físico da biblioteca, para que seja iluminado, arejado, agradável e funcional, a fim de que as percepções e as associações do leitor com o mundo dos livros sejam gratificantes. Aliado à reformulação do espaço, o projeto de dinamização da biblioteca do Colégio La Salle Caxias visa, ao longo deste ano, alcançar os

seguintes objetivos: incentivar a leitura e a produção de textos, através de atividades como divulgação de livros, contação de histórias, participação na feira do livro, bate-papo com autores, oficinas de mediação da leitura, realização de concurso literário, recital poético, bate-bola literário, enigmas literários; auxiliar pedagogicamente alunos e professores, por meio do atendimento à pesquisa e a solicitações de material didático-literário; ainda, buscar uma maior articulação com a família, promovendo ações como sacolas de leitura e oficinas de contação de histórias para pais; e alcançar uma participação mais efetiva dos alunos em eventos da Leitura,como em abril, no do promovidos Parada na comunidade, a Feira Livro de Caxias do Sul, espaços Colégio Lapara Salleampliar Santo os Antônio de leitura. Essa diversificação de ações propostas, que tornam a biblioteca dinâmica, não é mera “colagem” de atividades. Existe, orientando-as, um eixo norteador chamado mediação de leitura para a formação de leitores. A mediação é uma relação de troca, de aprendizado recíproco, de ampliação de uma percepção individual e do compartilhamento dessa percepção. Por isso, as ações propostas são “tramadas” numa rede que envolve alunos, professores, pais, funcionários, sociedade. Todos como vozes essenciais na construção de um texto vivo na história do Colégio.

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A influência da

ESPIRITUALIDADE

no ambiente de trabalho Por Ir. Jardelino Menegat Diretor Administrativo e Ecônomo Provincial da Província Lassalista de Porto Alegre/RS

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ivemos numa sociedade de consumo e, aparentemente, há pouco espaço para valores espirituais. Somos absorvidos cada vez mais pelos meios de comunicação e vivemos muito em função das novas tecnologias que vão aparecendo. O homem de hoje, apesar de estar envolto neste complexo tecnológico e científico, sente-se envolvido por algo que o transcende. Este caminho que leva à transcendência pode ser denominado de espiritualidade. A espiritualidade, no passado, esteve mais restrita às religiões, às igrejas, aos mosteiros e aos conventos de congregações religiosas. Hoje ela está penetrando campos inesperados, particularmente no mundo das empresas. Insere-se nelas como uma dimensão estratégica, na medida em que dá significado à missão da organização ao trabalho das pessoas. Até pouco tempo, era muito difícil imaginar empresários e executivos participando em seminários e congressos em que fosse abordado o tema da espiritualidade. No entanto, nos dias de hoje, é possível constatar que esses e outros estão buscando também participar em instâncias de natureza de formação humana e espiritual. Ficamos admirados com esse novo fenômeno: a influência da espiritualidade no ambiente de trabalho. Na verdade, a espiritualidade surge como um contraponto ao movimento do individualismo e do hedonismo existente no mundo de hoje. A tensão atual tem feito com que empresários e executivos permaneçam abertos à possibilidade de ajuda, não somente no campo profissional, mas também na dimensão humana e espiritual das pessoas. A angústia, o medo e a incerteza têm sido muito intensos, e a espiritualidade parece mostrar-se como um caminho adequado para a solução de tensões, angústias, medos, incertezas das pessoas dentro das empresas.

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A espiritualidade é um conceito que vem sendo cada vez mais disseminado como diferencial competitivo e como fator de sobrevivência no ambiente organizacional de empresas de todos os portes. As organizações em geral têm sido inundadas por uma onda de mudanças inimagináveis. Empresas com modelos inquestionáveis de excelência profissional hoje atravessam graves dificuldades relacionadas com o bem-estar das pessoas que fazem parte delas e a espiritualidade está sendo vista como um meio de superação de conflitos, de tensões, e como diferencial competitivo.

A espiritualidade no trabalho certamente vai evoluir significativamente neste terceiro milênio, traduzida em muitas ações diferenciadas no mundo organizacional que revolucionarão o jeito de trabalhar e de conviver nas empresas. A maioria das organizações entrou no novo milênio com experiências de programas de mudanças, tais como a qualidade total, o foco no cliente, a redução de níveis hierárquicos, o planejamento estratégico etc. Embora muitas dessas ferramentas tenham dado origem a histórias de sucesso de não poucas organizações, outras não tiveram o retorno correspondente aos investimentos realizados. Esses esforços de mudança talvez não alcançaram o êxito desejado pelo fato de alguns empresários e executivos terem tido dificuldades para sair da “zona de conforto”, isto é, para livrar-se do “velho traje organizacional” e assumir realmente uma nova postura em face de uma organização que exige mais atenção às pessoas do que às estruturas organizacionais.

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1. Espiritualidade Apesar do interesse da administração contemporânea pela espiritualidade, há diferenças no modo de entender o sentido e o significado atribuído ao termo espiritualidade. Alguns autores a definem de forma abrangente, vendo-a como qualquer valor religioso ou ético concretizado na forma de uma atitude da qual decorrem ações humanas. Outros preferem considerá-la como valores específicos, tais como amor, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, responsabilidade, harmonia, bemestar, fé etc. A espiritualidade, no entender da administração contemporânea, não é sinônimo de religiosidade nem de práticas religiosas. Ela tem mais a ver com o mundo dos sentimentos, das emoções e da ética. Enriquece o ser humano com atitudes, comportamentos e práticas dotadas de valores, princípios e normas que reforçam o caráter para tomar decisões justas e honestas. E por isto é que hoje se fala nas organizações sobre a ética nos negócios, ética entendida como um conjunto de valores e regras sociais que distinguem o que está certo e o que está errado, ou seja, indicam quando um comportamento é socialmente aceitável ou não. A espiritualidade ajuda a pessoa a adotar atitudes e comportamentos que conduzem ao bem comum e ao crescimento pessoal e institucional. 2. Espiritualidade nas organizações Quando o assunto da espiritualidade surge no mundo organizacional, alguns empresários e executivos ainda acreditam que esse tema está relacionado diretamente a práticas religiosas e que, caso a estimulem na empresa, poderão surgir sérios conflitos no ambiente de trabalho. No entanto, a prática da espiritualidade nas empresas assume um papel diferenciado, isto é, o papel de ser estimuladora da harmonia, do bem-estar entre as pessoas, da formação de


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caráter e da ética. Hoje, o ambiente organizacional é repleto de disputas, de corridas vaidosas pelo reconhecimento e pelo poder. A espiritualidade pode ajudar a reduzir as relações competitivas e conflitivas entre as pessoas. Infelizmente, ainda existem algumas empresas que têm resistência em relação à espiritualidade no ambiente organizacional. No entanto, quando as empresas vivenciam uma experiência em que a espiritualidade traz para as pessoas e para a organização um bem-estar, ela torna-se parte dos planos estratégicos da organização. Dar liberdade para as pessoas poderem expressar suas idéias e pensamentos é uma forma de estimular a espiritualidade na empresa. A espiritualidade é um processo que leva à transformação das pessoas e da organização, através de um pensar e de um agir dentro da ética e do bem comum. A motivação por algo significativo na empresa pode ser criada por um determinado período; no entanto, ninguém consegue ficar motivado por muito tempo: a motivação precisa de manutenção, de estímulo. A espiritualidade pode ser um processo que ajuda na manutenção da motivação e pode ser aplicada nas horas boas e também nos momentos de dificuldades das pessoas e das organizações. 3. Espiritualidade no ambiente de trabalho A espiritualidade no trabalho é um movimento que está surgindo dentro das empresas. Ela busca estimular as pessoas, as equipes e as organizações a identificar e praticar ações que visam tornar a empresa mais humana, locais onde as pessoas passam a ser o valor mais

importante das organizações. A espiritualidade no trabalho tem implicações diretas na relação da empresa com os clientes, na visão de resultados, na liderança, no gerenciamento de pessoas, na ecologia, na educação, no desenvolvimento e bem-estar físico, emocional e espiritual. A espiritualidade no trabalho é saber conviver com a diversidade generalizada, desde o ponto de vista das ideias até das emoções e dos sentimentos das pessoas. A espiritualidade no ambiente de trabalho faz referência a algo que gera comprometimento nas pessoas com a missão da empresa, com o bem-estar de seus pares e também com o comprometimento com a preservação do meio ambiente. O comprometimento como sinônimo de corresponsabilidade, de dinamismo nas relações interpessoais e de excelência na gestão administrativa. A espiritualidade no trabalho apresenta a possibilidade de ter uma atitude espiritual autêntica e baseada em valores éticos e humanos. Ela pode ser desafiadora e envolvente da mesma forma como é a espiritualidade mais tradicional, monástica ou mística. Ela não pode ser um mecanismo emocional, individualista, usado para fazer com que as pessoas se conformem em trabalhar mais para ganhar menos. Ela desafia a superação do egoísmo e a amar mais profundamente a si, aos outros e a um ser transcendente.

entrou no mundo das empresas. Profissionais de todos os credos têm consultado gurus da espiritualidade, a fim de saber mais sobre gestão, equilíbrio entre vida pessoal e carreira, liderança de equipe etc. A espiritualidade no ambiente de trabalho é sinônimo de harmonia e bem-estar. A espiritualidade no trabalho é um novo jeito de ser e fazer das pessoas e das empresas, com o objetivo de transformar o ambiente de atuação em local onde todos se sintam motivados e entusiasmados com o que fazem e com a empresa em que atuam. A espiritualidade no trabalho certamente vai evoluir significativamente nesse terceiro milênio, traduzida em muitas ações diferenciadas no mundo organizacional, que revolucionarão o jeito de trabalhar e de conviver nas empresas. Sabemos que hoje existem ações isoladas quanto ao fortalecimento da espiritualidade na empresa, mas que tais ações vão ganhando consistência à medida que sempre mais experiências se tornam exitosas. BIBLIOGRAFIA 1.FAVA, Rubens & GILZ, Claudino. Espiritualidade Organizacional. Rio de Janeiro, Brasport, 2008. 2. MOGGI, Jair & BURKHARD, Daniel. O Capital Espiritual da Empresa. São Paulo, Campus, 2009.

Considerações Finais

3. MURAD, Afonso. Gestão e Espiritualidade. São Paulo, Paulinas, 2007.

A espiritualidade foi um assunto restrito aos muros internos das igrejas, dos mosteiros, dos conventos das congregações religiosas, mas, com o passar dos anos, ultrapassou barreiras e

4.VASCONCELOS, Anselmo Ferreira. Espiritualidade no Ambiente de Trabalho. São Paulo, Atlas, 2008.

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LA MISIÓN LASALLISTA COMPARTIDA Por Maurilio Suárez | ULSA e Angelina Rojas | Professora da Faculdade La Salle/RJ

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ás de 40 colaboradores laicos de veinticinco universidades lasallistas presentes en diez naciones (Brasil, Colombia, Estados Unidos, España, Francia, Palestina, Israel, Kenia, Filipinas y México), se congregaron para vivir el Programa Internacional de Liderazgo para Universidades Lasallistas, en la Casa Generalizia de los Hermanos de las Escuelas Cristianas, donde, en un clima de fe, fraternidad y servicio, destacados ponentes expusieron a los asistentes en NUEVO ROL de los laicos en la obra educativa lasallista. Juntos y por asociación, los hermanos y los laicos, comprometidos con el ideal del fundador, asumen de manera compartida el seguimiento de cada obra educativa. Destacando la ponencia del Hermano Pedro Gill, donde propuso cinco rasgos básicos de la misión lasallista para la educación superior: 1) Servicio a los marginados y necesitados considerando las nuevas pobrezas; 2) Preparación para el mundo del trabajo; 3) Pensar la educación desde el raciocinio a partir de redes del conocimiento; 4) Pertenencia a una comunidad no a una organización y 5) Interioridad como una vocación a la trascendencia, es decir, una comunidad con vida interior. Las instituciones lasallistas han estado presentes en el tiempo y en el espacio, no sólo por su calidad educativa, sino también porque

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viven permanentemente de un carisma y de una espiritualidad. Por otro lado, el Hermano José Cervantes afirmó que la espiritualidad debería ser: a) una opción fundamental que da horizonte significativo a la propia existencia; b) una experiencia particular de Dios; c) una experiencia liberadora de nuestras inercias y egoísmos y d) una forma comprometida de situarse ante el mundo y ante los demás. Concordamos com el Hermano Thomas Johnson cuando nos dijo: Nuestra mentalidad ha cambiado y hoy vemos cómo las universidades lasalianas juegan un papel cada vez más esencial en la vida de los Distritos y de las Regiones. Del mismo modo, la Asociación Internacional de Universidades Lasalianas y encuentros como éste que vivenciamos representan una creciente conexión entre las universidades lasalianas que reconocen jugar un papel importante en el desarrollo de la misión lasaliana no sólo en sus propios estudiantes, sino en todo el Instituto. Uno de los aspectos más perdurables de la educación lasallista ha sido su capacidad de innovar, por ello, juntos y por asociación, debemos: Trabajar a favor de las nuevas pobrezas y organización actual de la familia. Descubrir de forma individual el llamado para una transformación personal y social en prol de una comunidad educativa en la fe. Conformar redes de colaboración. Actuar y realizar

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acciones diarias acordes con una visión ética de la vida. Ser integrante y constructor de la asociación lasallista.Experimentar transiciones a través de los momentos de cambio. Ahondar en la fe y la razón como base de una espiritualidad lasallista Ser asociado y colega en la misión lasallista. Debemos tener una comunidad educativa de fé. La fe incluye creencias específicas pero en un sentido más amplio, la fe implica la esperanza y la confianza de que Dios estará siempre con nosotros pase lo que pase, y que es voluntad de Dios que todos trabajemos por transformarnos a nosotros mismos y nuestra sociedad. El espíritu del Instituto lasallista es el espíritu de fe y de celo para promover el dinamismo comunitario. Fé en saber que Dios está en medio de nosotros y en medio del trabajo que realizamos. Juan Bautista de La Salle creyó que la obra del Instituto es la obra de Dios y Él la llevaría a cabo. Vayamos juntos en pos del mismo objetivo, juntos con La Salle. VJNC! Por siempre! Por parte de la UNILASALLE-RJ y ULSA asistieron al Programa Internacional de Liderazgo para Universidades Lasallistas, en Roma, Profa. Angelina Accetta Rojas, Dra. Jennie Brand Barajas, el Ing. Maurilio Suárez Ortiz, y la Mtra. Joan Landeros, quien además formó parte del comité organizador del evento, respectivamente.


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SINTO-ME EM CASA Por Rita Maloney | Província Lassalista de LINE - Nova Iorque/EUA traduzido pelo Irmão Arnaldo Mário Hillebrand

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ão me recordo quantos anos eu tinha quando, pela primeira vez, ouvi falar de Deus, mas o que recordo, sim, é que tendo ouvido falar dEle uma vez, sempre me senti interessada em saber mais. Desde menina, ficava encantada ao ouvir histórias da Bíblia judaica, e relatos do Evangelho. À medida que ia crescendo, sempre levei isto dentro de mim. Mas na Igreja me revelaram outra realidade. Fizeram-me saber que os doze apóstolos eram todos homens, e que somente os meninos podiam servir no altar como coroinhas e tornar-se sacerdotes. Na igreja, eu me sentava em uma extremidade da mesa da comunhão, e observava o sacerdote e os coroinhas do outro lado. Comecei a pensar, eles estão mais próximos de Deus que eu. Aprendi a não fazer perguntas para provocar dúvidas, mas escutar e não criar problemas. Assim me afastei da igreja e fui buscar alimento espiritual em outros lugares. Estudei o Talmude com professores judaicos e assisti a conferências de Elie Wiesel. Li poemas do sufi místico Rumi. Estudei com o ministro de Unity, Eric Butterworth, e fiz “Um Curso em Milagres”. Concluí meu mestrado em Sagradas Escrituras na Universidade de Fordham. Mas ainda não me sentia em casa na Igreja. Também sentia saudades, porque quando jovem eu queria tanto à Igreja. Inclusive, agradecida como estava por meus estudos em diferentes religiões, eu não tinha um lar espiritual. No verão de 1985, me perguntaram se eu estava interessada em ensinar religião no Colégio Bishop Loughlin. Eu me candidatei, e fui aceita como professora de religião. Alguns dos meus colegas eram Irmãos. Falava com eles sobre temas referentes à Igreja, temas que me inquietavam e contra os quais eu lutava interiormente. Eles me disseram que também se questionavam muito sobre esses mesmos temas. Comecei a ouvir citações dos escritos de São João Batista de La Salle, que me tocaram as fibras mais

profundas do meu ser. Os escritos lassalianos tratam da espiritualidade dos ensinamentos, e se tornaram sumamente importantes para meu trabalho nas salas de aula. Suas palavras são fluidas e harmoniosas, práticas e místicas, e minha alma se comove quando as leio ou ouço. Também a escola tinha um espírito incontestável: prover os relacionamentos entre professores e alunos, apoiar e atuar em união com os colegas e a administração. A religião era apresentada tomando em consideração as experiências dos alunos. Os alunos eram ouvidos e questionados; não se falava simplesmente a eles. Era esta a Igreja que eu amava, e fiquei sinceramente agradecida pela oportunidade que me fora dada de ensinar religião no Colégio Bishop Loughlin. Aprendi que De La Salle dizia aos seus professores que eram “embaixadores e ministros de Jesus Cristo” na sala de aula, e que seu trabalho como professores era verdadeiramente uma convocação para mover os corações dos seus alunos. Quando li os escritos de La Salle me senti como se já os conhecesse. Nunca cessei de maravilhar-me quanto ao sentido prático e a beneficiência de suas palavras, ao mesmo tempo simples e profundas. Fui convidada a fazer um curso no Instituto Buttimer para estudar a vida, a pedagogia e a espiritualidade de La Salle. Enquanto eu estava no Buttimer, tive a impressão de ter chegado ao meu lar, miha casa. Amava meus professores, a todos os participantes. Era realmente a Igreja pela qual eu ansiava. Não havia restrições quanto a questões e desafios, nem quanto a ser “eu mesma”, com todas as minhas dúvidas, meus temores, minhas ideias e limitações. Após completar o programa de três anos no Buttimer, fui convidada a assistir o Instituto Lassalista de Lideranças. Participei na história lassaliana, e quis fazer parte da Família Lassalista. Contudo, não foi nada fácil quando concluí os estudos. Estava pouco inclinada a formar

parte de uma comunidade de oração com pessoas que estudavam e oravam juntas. Desejava fazer parte de uma comunidade lassalista, para viver o espírito de fé e de zelo com eles, a partilhar a missão lassalista e a vivência dos evangelhos na educação dos jovens. Acredito que estou comprometida no trabalho da missão lassalista. Contudo, tenho maior necessidade de oração, de companheirismo e de estudo permanente. Necessito de sentirme parte deParada uma comunidade maisabril, ampla da Leitura, em no de Irmãos e Colégio de companheiros La Salle Santolassalistas Antônio trabalhando juntos. Estou considerando chegar a ser um membro associado, simplesmente, porque amo o carisma de São João Batista de La Salle e a missão lassalista em todo o mundo. Estimaria dedicar todos os meus talentos e qualidades ao trabalho nesta missão. Todavia, se fosse associada, creio que apreciaria ver algumas estruturas que assegurassem o processo de oração atual, o estudo, e algum aspecto de vida comunitária. Nestes momentos, essa é a luta para muitos de nós que gostaríamos ser associados. Acaso, será a associação somente de leigos que decidem juntar-se? Qual será nosso relacionamento com os Irmãos? Serão todos os companheiros iguais na associação? Estas são algumas das perguntas que faço, mas até agora, tenho muito poucas respostas. REFERÊNCIAS

Rita Maloney é professora de religião desde há mais de vinte anos, no Bishop Loughlin Memorial High School, uma escola confiada aos Lassalistas, em Brooklyn , NY. BUTTIMER INSTITUTE, assim denominado em honra do antigo Superior CHARLES HENRY BUTTIMER, fundado em 1987, para proporcionar um programa completo de formação lassalista para colaboradores leigos. Oferece programas de 3 semanas, durante três verões consecutivos.

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O BOM EDUCADOR E A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO Por Marcos Duarte Professor da Faculdade La Salle/RJ e integrante da Comissão da Missão Educativa Lassalista da PLSP

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interesse pelo assunto que gerou este estudo deve-se ao fato de que, como educador, algumas questões formaramse com a observação e a experiência da prática diária. Na definição do problema a ser estudado, são desenvolvidos os seguintes temas: entendendo a educação; porque dar ao homem cultura; dilemas da educação e a qualidade da educação. Temas que a meu ver, estão diretamente envolvidos com a formação do educador no Brasil. Para chegar ao entendimento do tema apresentado, o título escolhido refere-se à qualidade da educação. E qualificar a educação, é fazer com que ela seja capaz de dar ao homem cultura. Mas que cultura? Nos dias atuais, a palavra cultura é uma palavra um tanto quanto poluída. É usada com múltiplas significações. Hoje, para tudo, o que se nota é a total falta de cultura. Nem se deve confundir cultura com talento ou dotes naturais. Mesmo porque esses dotes naturais, quando existem, precisam de cultura para que possam ser plenamente desenvolvidos. A educação, cujo entendimento é abordado logo na primeira parte deste trabalho, é a conquista da liberdade e da plenitude, mas está sempre cheia de entraves, está sempre sendo suprimida. É aprendendo que se faz cultura, é aprendendo que as pessoas se tornam cultas. Mas como transferir esta cultura através da educação se temos educadores, em sua maioria, totalmente despreparados? Na linha dessa confusão de linguagem, até a qualificação de "intelectual" assume feições equívocas. Intelectuais, não raro, se intitulam como artistas primitivos que, em sua grande maioria, nunca fizeram funcionar a inteligência. Outro equívoco que obscurece a noção da cultura é o "saber especializado", que cada vez mais é o proporcionado pelas universidades. Essa tendência do ensino superior é irreversível. Cabe às universidades formar profissionais; e profissionais cada vez mais especializados. Muito de muito pouco. Isto é, de incultos. Devemos estar atentos para o risco da "deformação especialista". Desta forma, afirma-se que é pela educação e aprendizado que o homem adquire cultura. Cultura é então, o objetivo maior e o fruto da educação e do ensino. É a cultura que descortina o horizonte e apura a capacidade de avaliar, para poder escolher. É a cultura, portanto, que faz do homem uma pessoa livre. É a cultura semeada na educação e no aprendizado do ensino

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fundamental e médio que germinará e com acertiva, formará os nossos mais excelentes professores e educadores. Afirmo, desta forma, que qualificar a educação é fazê-la capaz de dar ao homem cultura, que é plenitude humana, tornando-o pessoa livre. Para isso, já que a universidade é um conjunto de escolas profissionais, tende cada vez mais à especialização e, por outro lado, o homem, para ser homem, precisa de cultura, a tarefa de oferecê-la, que o ensino fundamental e médio sempre exerceu, passa a ser mais decisiva e indispensável nesses níveis de ensino. Se estes níveis não o fizerem, ninguém mais o fará. Nessa direção, podemos afirmar que o vestibular, que cabe avaliar a cultura e não a préespecialização, por enquanto, não só não deve, mas também não pode, em hipótese alguma, ser abolido. O caráter formativo e interdisciplinar que caracteriza as atividades de ensino advindas de professores culturalmente preparados fornece aos educandos os subsídios necessários à formação de pessoas capazes de redimensionar as estratégias de seu desenvolvimento profissional. Numa sociedade democrática, competitiva e sujeita a mudanças bruscas como a nossa, precisamos nos manter à frente dos acontecimentos para que possamos ter domínio sobre nossos destinos. Não restam dúvidas que entre os fatores que contribuem para o sucesso da educação como um todo, existem dois que são indiscutivelmente fundamentais: bons alunos e um quadro de professores qualificados e competentes. Ninguém mais no país duvida da necessidade de mais e melhor educação. Mas, no sentido não apenas de que todos tenham oportunidades e condições de estudar, mas também no de que existam mais formas de oferecer e adquirir educação, inclusive em novos campos do conhecimento e em novas áreas e atividades profissionais. O fato, entretanto, é que o estado brasileiro, ao contrário do que muitos supõem, não gasta pouco com educação. O que acontece na prática são basicamente três coisas. Primeira: boa parte dos gastos públicos no setor termina subsidiando a educação superior de quem menos precisaria de ajuda do estado para financiá-la. Segunda: há uma voragem predatória e criminosa no recolhimento e dispêndio de verbas públicas em educação. Terceira: não existe nenhum tipo de aferição sistemática e confiável da qualidade do ensino fundamental e médio em nível nacional

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que permita comparar o desempenho das escolas pelo aprendizado efetivo dos seus alunos, de modo a corrigir os pontos falhos do sistema. Talvez, com a implantação do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, em 1998, e com a sua constante aplicação, alguma coisa realmente mude, afinal de contas, o ENEM é uma avaliação diferente das avaliações, já propostas pelo Ministério da Educação. Isto porque se dirige a quem deseja conhecer suas possibilidades de enfrentar problemas do dia a dia, sejam eles de natureza pessoal, relacionada ao trabalho, envolvendo tarefas previstas para a universidade e, até mesmo, de relacionamento social. A qualidade da educação, cujo desenvolvimento é descortinado diante de pontos que visam à excelência da educação orientam, de certa forma, a linha do pensamento atual para encontrarmos os métodos ideais de transmissão do ensino. Os métodos de ensino são o resultado da prática e devem ser continuamente ajustados, pois existem muitos talentos desperdiçados em virtude apenas da falta de estímulo e da maneira incorreta de lhe serem apresentados os assuntos. Somente o ensino cuidadoso, planejado, variado e estimulado, preparará o futuro profissional e o encorajará ao desenvolvimento de suas próprias aptidões. Uma orientação adequada tem importância maior, pois facilitará a formação profissional em menor espaço de tempo. Com a nova LDB é possível afastar os que não caminham o bom caminho, separar o joio do trigo e realizar avanços inadiáveis. Mas, são necessárias, ainda, novas medidas. Firmes e criteriosas, porém urgentes e substantivamente inovadoras. Considerações Após esta rápida exposição de motivos e alguns desagravos, resta-me nesta conclusão afirmar que, na atualidade, observa-se uma necessidade imperiosa de um número maior de pensadores sistêmicos e de professores interdisciplinares. As complexidades resultantes de informações produzidas em abundância e de sua circulação com maior rapidez exigem muita versatilidade, interesse e entusiasmo de todos nós. Acho urgente que se estimule o interesse para uma nova forma de busca de solução para os problemas nacionais, imaginando maneiras diferentes de debates, reformulando questões,


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Artigos dando, em suma, caráter amplamente interdisciplinar às atividades extracurriculares. A escola que estamos construindo acha-se completamente distanciada ou em constante conflito com as expectativas atuais. As inovações da reforma do ensino estão se confundindo e se desgastando sem trazer propostas para a adequação do encontro de duas verdades que se arrastam para fugir às mentiras: a escola e o aluno. Mais do que nunca há que se propiciar ambiente e clima favorável para o desenvolvimento da imaginação criadora, para continuar a desenvolver o raciocínio, a cultivar a conceituação, a capacidade de desenvolver idéias abstratas, de ordenar experiências, a partir do sentimento e da intuição. Acredito, veementemente, nos ideais do educador, do verdadeiro educador. Ele vem reagindo e submergindo em todas as dificuldades, sacudindo as poeiras de ideias impostas que nada têm a ver com a nossa cultura e prometendo um verdadeiro milagre pedagógico. Devemos lembrar que foi pela intuição, uma das qualidades mais valiosas da inteligência humana, que, desde a mais remota antiguidade, o homem conseguiu fazer suas construções estáveis, naturalmente tomando como modelo as admiráveis soluções observadas na natureza. O grande profissional do ensino, o verdadeiro professor, se forja somente com o desenvolvimento em alto grau de sua intuição inata, embora não possa prescindir do instrumental necessário à formação fundamental. Não se consegue criar novas concepções para os professores que estão habituados a colher nos livros soluções particulares de problemas já resolvidos por outros, evitando ou contornando pseudodificuldades que podem ser resolvidas simplesmente pela conceituação básica. Sabe-se que, no processo de formação do educador, poucos são aqueles que continuam a estudar com a intensidade desejável depois de graduados; esse estudo, tão necessário, só poderá ser estimulado dando ao futuro diplomado a infraestrutura necessária para implantar a futura cognoscência, alargando-lhe os horizontes e dando-lhe uma visão mais ampla dos problemas. Para atenuar o conflito de gerações, ou de temperamentos é necessário que o bom professor conheça profundamente a sensibilidade dos seus alunos, admire-lhes as virtudes, toque-lhes a alma, e estimule-os ao máximo, com a comunicação de seu próprio entusiasmo. A tarefa do professor é, sobretudo, tornar todos os assuntos acessíveis e atraentes aos jovens alunos sem com isto ser apenas superficial, ao contrário, dando o máximo de profundidade e de realce à sua matéria. O professor deverá trabalhar para convencer os alunos dos méritos de seu aprendizado, através de resultados palpáveis, de modo a incutir-lhes a confiança em si própria. Há, pois a necessidade permanente de preparar profissionais e professores em pouco tempo, em grande quantidade e de alto nível. Não se pode esperar pela revelação de vocações naturais. Para isto, é forçoso melhorar a

qualidade do ensino tanto no nível fundamental, no médio ou universitário. Uma orientação adequada tem importância maior, pois facilita a formação profissional em menor espaço de tempo. Hoje se fala muito em interdisciplinaridade na construção do conhecimento, em diretrizes curriculares nacionais, mas, de uma maneira geral, os professores ficam perplexos diante de todas essas novidades. E essa perplexidade é traduzida basicamente em dois sentimentos. O primeiro diz respeito à necessidade da incorporação das novidades tecnológicas e educacionais. O outro é o sentimento de insegurança, gerado pela falta de base para mexer com todas essas novidades. No geral, os professores sabem que precisam mudar, mas não sabem como. Isso gera angústia, também causada pela percepção de que o mundo muda tão rapidamente que a escola não consegue acompanhar. E com isso tudo, muitas vezes o que acontece nas escolas é a corrida para uma espécie de retórica, mecanismos estereotipados, que valida a mudança, mas que fica apenas no discurso e não tem nenhuma atitude prática em sala de aula. Ou seja, temos um grande descompasso entre a retórica e a prática. Hoje, somos vítimas de um sistema de educação que falha monumentalmente, pois nunca houve no país um projeto sério em favor da educação. Há a necessidade urgente de um movimento sincronizado para que se possa mudar as instituições de formação, e trabalhar forte e progressivamente na educação continuada dos professores que atuam hoje no ensino fundamental e no ensino médio, incentivando as atualizações e especializações; seja pelo ensino presencial ou pelo ensino à distância. Precisamos, basicamente, de formação permanente do educador em serviço e uma ação institucional das unidades formadoras, que estão um tanto quanto obsoletas. Os "imprevistos" de hoje nos estarrecem porque todos eles foram previstos. Os erros vão se acumulando. Livros e mais livros são escritos denunciando e apontando alternativas, mas as pessoas leem, concordam, fazem até passeatas, mas não mudam o comportamento. Que fique claro que na educação, o mais importante não é o propósito, mas sim, o resultado esperado. Na hora em que se fala na reestruturação da Universidade, em programas de ensino a distância, em provão e em Diretrizes Curriculares Nacionais para educação dos jovens e adultos, é preciso contribuir, de algum modo, para a modernização, aproveitando o muito que de bom existe, respeitando a tradição, mas não hesitando em inovar. Inovar radicalmente no que for necessário, mas não pelo simples prazer de mudar, mas mudar para chegar até a colheita dos resultados. Há que se habituar os acadêmicos a determinar as relações entre causa e efeito utilizando meios descritivos e especulativos para análise dos fenômenos investigados. Justifica-se, pois, o estudo histórico, um dos sustentáculos da percepção humanística, como também o estudo

comparativo. Hoje, até mesmo os processos de livre avaliação começam a ser reconhecidos como de feição científica. São também aceitos os processos por ensaio e erro. Devem ser cultivadas também, a verdadeira pesquisa e a verdadeira investigação readaptando-se continuamente a universidade à época em que vivemos. Além disso, a pesquisa deverá ser o centro gerador e o pólo irradiador dos conhecimentos do porvir. Para tanto se faz necessário reconhecer as universidades como centros de excelência com a consequente redução da dependência externa. Estimulando, desta forma, a pesquisa e/ou a divulgação, aperfeiçoando a experiência nacional acumulada. Se medidas urgentes e eficazes não forem tomadas, correr-se-á o risco de ver dissolvidas equipes de alto nível. Este desenvolvimento que se fez também, como se assinalou, a custo de sacrifício de outras áreas, como maior razão, não pode, de forma alguma, sofrer solução de continuidade, pois, do contrário, os prejuízos serão incalculáveis e representarão um retrocesso de dezenas de anos, sem pensar nos efeitos cessantes. De que vale uma nova LDB e uma Década da Educação se esses instrumentos não forem realmente postos em prática em todos os níveis de ensino? As universidades devem ter, pelo menos, a preferência da pesquisa básica e as de quaisquer outras mais intimamente ligadas à pósgraduação. Há que se dar oportunidade aos pósgraduados e aos vocacionados para a pesquisa, já identificados, de ocuparem o seu lugar na universidade, não permitindo que o espaço que a eles deveria ser reservado esteja congestionado por acomodados e incompetentes em benefício, também, da universidade. A luta pela qualidade na educação é um processo que expressa a necessidade da Nação. Somente com a consciência clara de suas responsabilidades sociais, a escola poderá superar as dificuldades e inaugurar novos caminhos. Caminhos que deverão ser abertos por educadores bem formados, bem orientados e decididos a fazer o melhor pela educação, pela cultura, pelo povo e pelo país.

BIBLIOGRAFIA ALMANAQUE ABRIL. São Paulo, Editora Abril, 2008. BOECHAT, Ivone. Escola, Doce Escola. Rio de Janeiro, AFE, 2008. CERVO, Amado Luiz. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 2006. DEMO, Pedro. Princípio Científico e Educativo. 5. Ed. São Paulo, Cortez, 2007. KLUCKHOHN, Clyde. Antropologia - Um Espelho para o Homem. Belo Horizonte, Itatiaia, 1963. OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. 20. Ed. São Paulo, Ática, 2008. REVISTA EXAME, São Paulo, Editora Abril, 2007. SALOMON, Délcio Vieira. Como Fazer Uma Monografia. 9. ed. São Paulo, Martins Fontes, 2008. SILVA, Ezequiel Theodoro. Magistério e Mediocridade. 4. ed. São Paulo, Cortes, 2007

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Una aproximación práctica a la Experiencia de Aprendizaje Mediado Por Elena Zúñiga y Inelia Pinto Durán Professoras básicas Nb1, da Província Lassalista do Chile

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os humanos somos seres abiertos al cambio, capaces de modificar nuestra estructura cognitiva ya que poseemos una inteligencia dinámica y flexible que nos otorga la capacidad de avanzar desde un nivel de pensamiento hacia otro más elevado. Dentro de esta perspectiva se enmarca el proceso de enseñanza/aprendizaje, el que es concebido en la actualidad, como un proceso dinámico, en el que los sujetos involucrados (profesor-alumno) se influyen mutuamente a partir de las experiencias y vivencias que van surgiendo y se van planificando. Frente a este planteamiento, los educadores poseemos un gran desafío, pues esta posibilidad de cambio necesita de un mediador eficiente, que logre seleccionar, adecuar, y tomar las decisiones necesarias para guiar a los estudiantes a descubrir, activar, desarrollar y elevar sus capacidades y habilidades a otras más complejas. Puente entre el aprendizaje y el sujeto que aprende - La mediación es el factor esencial para que se produzca la construcción del aprendizaje. Y se produce según Feuerstein “cuando una persona con conocimientos e intenciones media entre el mundo y otro ser humano, creando en el individuo la propensión al cambio". El mediador, es quien desempeña un rol fundamental en la selección, organización y trasmisión de ciertos estímulos provenientes del exterior, facilitando así, su comprensión, interpretación y utilización de aquella información. Una aproximación práctica a la Experiencia de Aprendizaje Mediado…

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Que el proceso de enseñanza aprendizaje sea más o menos efectivo no depende del nivel de inteligencia que tenga un sujeto, sino más bien, de los estímulos que a este sujeto se le presenten… En el presente trabajo se muestra una experiencia de aprendizaje mediado, la que fue llevada a cabo en un primero básico de la escuela San Gregorio De La Salle. El curso está compuesto por 45 alumnos (23 niños y 22 niñas) que tienen entre seis y siete años de edad. Son en su totalidad pertenecientes a la población de San Gregorio por lo que poseen características sociales muy similares. En lo que se refiere al proceso de enseñanza/aprendizaje, se puede decir que es un grupo heterogéneo, por lo que resulta necesario para lograr los aprendizajes esperados, aprovechar las diversas habilidades y respetar el ritmo de asimilación o construcción que cada uno posee, planificar las estrategias y seleccionar los recursos bajo una mirada crítica y definidos objetivos. La experiencia de aprendizaje a presentar tiene como objetivo ampliar la capacidad de expresión y comprensión de los estudiantes a partir del trabajo de una lectura en sus tres momentos: antes, durante y después;

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entendiendo que en cada uno de ellos se logra desarrollar habilidades de pensamiento que los llevan a involucrarse activamente en el proceso de construcción de nuevos aprendizajes. Inicio de la clase El inicio de la clase estará marcado por la entrega del objetivo: “hoy aprenderemos qué es una fábula, para eso, escucharemos atentamente una fábula y luego realizaremos diferentes actividades para demostrar lo que entendimos”. (Intencionalidad) Se escribe en la pizarra el título de la fábula: “La paloma y la hormiga”. La profesora les pregunta a los niños: ¿de qué se tratará la historia? ¿Qué personajes aparecerán en ella?, ¿Quién ha visto alguna vez a una hormiga?, ¿Quién ha visto alguna vez a una paloma? ¿Quién puede nombrar alguna diferencia entre estos dos animales? Todo con el fin de que los niños formulen hipótesis sobre el contenido del texto que se leerá. Desarrollo de la clase Se les muestra la fábula escrita en un papelógrafo. La profesora comienza a leerla en voz alta, siguiendo con una regla cada palabra leída. Cuando culmina la lectura pide a los niños y niñas que recuerden lo que habían anticipado como contenido del texto, antes de leerlo. La profesora dice: ¿Acertaron en sus predicciones? ¿Cuáles fueron correctas? ¿Cuáles no? Luego leen todos juntos el texto,


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Artigos siguiendo la lectura palabra a palabra con una regla. Una vez leído el texto, la profesora subraya dos palabras en él (manantial desprendió). Les pregunta: “¿qué significa la palabra manantial?, vuelven a leer el párrafo en el que la palabra se encuentra. Luego les pregunta: “¿por qué palabra podríamos reemplazarla?”. El objetivo de esta actividad es que la profesora los guíe a descubrir el significado por las claves contextuales. La profesora pregunta: “¿Qué leímos?, ¿un cuento, una fábula o un poema?”. Luego que los niños responden, pregunta: “¿quién sabe que es una fábula?” La profesora guía a los niños a encontrar la respuesta mediante la comparación de este tipo de texto con otros. Con la actividad anterior los niños aprendieron que la fábula es un texto que entrega una enseñanza. Por lo que en este momento de la clase, se les pide que mencionen cuál es la enseñanza que esta fábula les entregó. La idea es que la mayor cantidad de niños logre entregar su opinión y exponer vivencias en las que han sido agradecidos. Reflexionan en torno a preguntas como: ¿Qué es ser agradecido?, ¿Qué palabras utilizamos cuando estamos agradeciendo?, ¿Por qué es bueno ser agradecido? , etc. Se les invita a nombrar otros momentos en los que deben ser agradecidos. Reciben el texto leído. En él pintan la enseñanza aprendida y la dibujan. Finalización de la clase En los últimos minutos de la clase, la profesora invita a jugar a las preguntas sorpresas. En una bolsa la profesora introduce una serie de preguntas, las que los niños eligen al azar y responden en conjunto siendo guiados por la profesora. El objetivo de este momento es que los niños puedan reflexionar acerca de su propio proceso de aprendizaje y que la profesora logre ver si el objetivo fue alcanzado, es decir si hubo reciprocidad. ANÁLISIS DE LA EXPERIENCIA La experiencia fue planificada con definidos objetivos por lo que cada recurso y estrategia fue seleccionada pertinentemente. La claridad que se tenía en cuanto a qué y cómo se pretendían lograr nos llevó a tomar las decisiones necesarias en cada momento y por lo tanto a transformarnos en mediadoras que

¿Qué aprendí hoy? ¿Qué fue lo más fácil de la clase? ¿Qué fue lo más difícil de la clase? ¿Qué me gustaría repetir?

juntas reflexionar acerca de nuestro propio quehacer planteando opiniones, resaltando fortalezas y también debilidades que es necesario trabajar. Los profesores somos los mediadores entre el aprendizajes y el contenido a aprender, por ende, debemos tomar con responsabilidad nuestro rol. Es necesario que seamos capaces de generar situaciones cada vez más complejas que inviten a los estudiantes a ser pensadores activos, capaces de extrapolar lo aprendido en una situación determinada a otras diferentes y más complejas. Como profesionales de la educación, no podemos permitir dejar al azar las situaciones que se dan en el salón de clases. Debemos responsabilizarnos de nuestros niños, mirando críticamente nuestro hacer y proponiendo cada vez nuevas estrategias que den respuesta a las propias necesidades de los grupos que atendemos. CONCLUSIONES

¿Qué es una fábula?

logran responder a las demandas de la clase. Lo más positivo y que a nosotras como autoras nos seduce es el hecho de que los niños se hayan mostrado tan interesados en la actividad y que hayan sido capaces de participar mostrando sus formas de ver y pensar, transformándose de esta forma en protagonistas de su propio proceso de aprendizaje. La clase estuvo centrada en la interacción entre los niños y la profesora por lo que en ciertos momentos se transformó en un obstáculo el hecho que los niños aún no autocontrolen los momentos y formas de expresarse. Al entregarles la palabra había que recurrir a estrategias que los llevarán a recordar que por ejemplo, “para poder hablar debían pedir la palabra” y que para “comprender lo que se hablaba debían escuchar atentamente”. Al sentarnos a analizar no podemos sino sacar conclusiones enriquecedoras de la experiencia, pues no sólo se transformó en positiva para los niños sino que también para nosotras como docentes, ya que logramos

A raíz de la teoría y de la propia experiencia vivida en el salón de clases es que podemos decir que la experiencia de aprendizaje mediado es necesaria para poder generar en cada alumno aprendizajes reales y significativos, aprendizajes que no sólo satisfacen necesidades del aquí y el ahora sino que son para la vida… Es importante que como docentes conozcamos la importancia de nuestro rol. Somos mediadoras entre la persona que aprende y lo aprendido, por lo que necesariamente tenemos que estar atentas y dispuestas a generar actividades que lleven a los niños a desarrollar habilidades de pensamientos cada vez más complejas, habilidades que presenten desafíos que los motiven y movilicen. Finalmente podemos decir que las estrategias de mediación cumplen el propósito con las que fueron creadas cuando el docente las desarrolla intentando en cada momento ampliar la capacidad de pensar de sus alumnos, cuando tiene como objetivo no solo enseñar contenidos conceptuales, sino mas bien, cuando logra pasar esa barrera, haciendo que cada uno de los alumnos piense y reflexione frente a cada contenido enseñado.

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Conceitos interrelacionados Por Mary Rangel Professora da Faculdade La Salle - Niterói/RJ e Assessora Pedagógica do La Salle Instituto Abel - Niterói/RJ

ormação, pessoa e conteúdo são interrelacionados e desse modo são concebidos e praticados na escola lassalista. Formação é processo; pessoa é motivo e motivação; conteúdo é meio da proposta educativa inspirada em La Salle. O conteúdo é e sempre foi, historicamente, essencial ao processo de formação educativa. Conteúdo é conhecimento, e conhecimento é objeto do ato educativo de ensinar e do processo educativo de aprender. Pelo e para o ensino-aprendizagem do conteúdo organiza-se e sistematiza-se o currículo escolar. O conhecimento oferecido no currículo tem origem no conhecimento científico, organizado, sistematizado, sequenciado no currículo escolar, em níveis de elaboração cognitiva compatíveis com os níveis de escolaridade dos alunos e as possibilidades do seu desenvolvimento. O desenvolvimento humano envolve aspectos orgânicos, cognitivos, sociais, psicológicos, relacionais. Entretanto, o que eleva esses aspectos e lhes confere significado humano e sensível é a espiritualidade, e a espiritualidade é valor que distingue e identifica a escola lassalista.

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Assim, a pessoa, motivo e motivação da escola, é vista na sua integralidade; o seu processo de formação, portanto, é necessariamente integral, tanto quanto os aspectos que orientam os programas, os planos de ensino e o tratamento metodológico do conteúdo, preservando-se o vínculo indissociável de sua relação com valores de fé, vida e convivência. Assim, a formação educativa, referenciada em princípios que orientam a proposta lassalista, compromete-se com o aprofundamento da relação entre saberes e condutas, orientadas por princípios morais, éticos e cidadãos, e inspiradas na perspectiva de transcendência. Por isso, consolidam-se na proposta lassalista de formação integral do ser humano, o princípio e projeto de educar para a construção de uma sociedade igualitária e fraterna, movida por valores de justiça, acolhimento, colaboração e solidariedade, assim como de preservação do meio ambiente natural e ecológico, enfim, uma formação fundamentada em critérios de valorização da vida. Quanto aos princípios normativos, observando-se os níveis da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, que constituem a escolarização básica, as escolas lassalistas

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consideram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDB, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996), o Estatuto da Criança e do Adolescente (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2001) e as Diretrizes da Educação Infantil, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio e os Parâmetros Curriculares Nacionais, notando-se o caráter obrigatório da LDB, do Estatuto da Criança e do Adolescente e das Diretrizes, e o caráter recomendativo dos Parâmetros Curriculares. Em comum, os princípios normativos federais enfatizam, em todos os níveis de ensino, a consideração aos direitos e possibilidades de cada estágio de desenvolvimento do aluno, e a continuidade, integração e sequência articulada, gradativa e cumulativa do conhecimento, observando-se, especialmente no Ensino Médio, a concepção de unidade e integralidade, de modo a constituir-se, nos termos da LDB, na “etapa final da educação básica”, responsável pela “formação básica” dos alunos. A incorporação do Exame Nacional do Ensino Médio ao vestibular, substituindo-o parcial ou integralmente, é parte da ênfase na unidade e integralidade do processo formativo do ensino médio, num movimento oposto à concepção


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Artigos segmentada dos três anos e a um 3º ano preparatório ao ensino superior, sedimentando-se, desse modo, a formação básica integrada, proposta na LDB/1996, nas Diretrizes Curriculares e nos PCNS. As Diretrizes Curriculares do Ensino Médio serão atualizadas em 2009-2010, acreditando-se que enfatizem a integralidade da formação. Essa integralidade, referida ao conhecimento e à pessoa do aluno, a quem se destina, é também proposta da formação lassalista. As escolas inspiradas nos valores e compromissos que constituem legado e testemunho de La Salle empenham-se em garantir ao aluno o conhecimento que lhe possibilite prosseguir seus estudos na sequência dos níveis de escolaridade, alcançar os espaços profissionais, acompanhar e aplicar os avanços tecnológicos e científicos, e assumir o seu papel social, com consciência dos princípios que orientam a convivência solidária, de cidadania e de fé cristã. Nesse sentido, os alunos estarão preparados para os desafios do mercado de trabalho e da vida em sociedade. Em favor da garantia do conhecimento, a escola lassalista procura estudar e praticar métodos de ensino atuais e eficazes, observando, com especial atenção, os fundamentos didático-pedagógicos que os orientam. Os fundamentos didático-pedagógicos compõem-se de princípios que constituem referências aos métodos e técnicas de ensino. Entre esses princípios, exemplificamse: o princípio da proximidade do conhecimento, o princípio da direção da aprendizagem, o da adequação dos métodos ao aluno, ao conteúdo e ao contexto, o da espontaneidade, o da transferência do conhecimento aos fatos, à prática, e o princípio da reflexão. O princípio da proximidade recomenda que o ensino-aprendizagem, sejam quais forem seus métodos e técnicas, inicie pelo conhecimento que seja o mais próximo possível da vida do aluno, partindo dos fatos mais imediatos para os mais remotos, do conhecido para o desconhecido. O princípio da direção recomenda ao professor o planejamento, a previsão, a sequência lógica, estruturada, do conhecimento, a clareza de objetivos e o enfoque de questões essenciais do conteúdo, sem deter-se, portanto, em questões periféricas, e considerando as noções básicas, nucleares, com atenção ao conteúdo e competências que se apresentam nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

O princípio da adequação recomenda que os métodos e técnicas sejam apropriados ao aluno, à natureza e tipo de conteúdo, ao contexto, às fases evolutivas do desenvolvimento e da aprendizagem. O princípio da espontaneidade recomenda valorizar, em qualquer método de ensinoaprendizagem, as condutas que propiciem a livre manifestação de idéias, a sua qualificação e acolhimento, a confiança, a iniciativa, a criatividade e criação, o respeito às diferenças e à pluralidade de opiniões. O princípio da descoberta aplica-se ao conhecimento, tanto ao teórico e suas fontes, como ao conhecimento pessoal, de si e do outro, incluindo ainda o conhecimento dos fatos da realidade e a vivência do prazer de aprender. O princípio da transferência do conhecimento refere-se à sua integração, interlocução, articulação, irradiação à vida, ao cotidiano, onde se encontram os seus significados concretos. O princípio da reflexão recomenda incorporar aos métodos de ensino-aprendizagem os processos de análise (pensamento, reflexão), conclusões, manifestações de opinião e avaliação do conhecimento. Todos esses princípios orientam a compreensão dos processos de aprendizagem e dos métodos que os promovem. Assim, para melhor compreensão de processos de aprendizagem, é interessante retomar o sentido da metodologia, da técnica, da atividade, que se desenvolvem no intuito de favorecê-los. Metodologia é encaminhamento de processos de ensino para a aprendizagem. Nesse sentido, a metodologia é percurso, meio, sistematização, abordagem, reconstrução do conhecimento. Tanto a metodologia como as técnicas que a ela se relacionam encaminham processos de ensinar-aprender. A metodologia tem sentido amplo e alcance abrangente de estruturação do conhecimento que constitui os programas, ou unidades de estudo, no curso das disciplinas. As técnicas têm sentido e alcance mais específicos, constituindo-se em práticas metodológicas apropriadas aos temas dos programas. As atividades, como leituras e exercícios, complementam os processos de aprendizagem, auxiliando a aplicação, a transposição do conhecimento, sua reelaboração e reconstrução. Através das atividades, estreita-se a relação entre prática teoria prática. A metodologia e suas técnicas são, portanto, recorrentes a atividades que propiciam a

compreensão do significado do conhecimento em situações de construção de conceitos e raciocínios. A aprendizagem implica em reelaboração crítica do conhecimento em níveis diversos, a exemplo de compreensão, aplicação, análise, síntese, avaliação. Essa reelaboração envolve raciocínios lógicos, dedutivos e indutivos, tanto quanto os fatores da intuição e do diálogo. Na aprendizagem, desenvolvem-se processos sociocognitivos que incluem a ampliação de vocabulário e, consequentemente, do uso de palavras e seus significados. Reconhecendose que o pensamento é recorrente a palavras e significados, é possível também reconhecer que a ampliação de vocabulário reflete na ampliação da capacidade de pensar. Nesse mesmo conjunto de ganhos pessoais, cognitivos, sociais, acrescentam-se possibilidades e fatores das expressões da inteligência: a razão (o raciocínio), a ação e a emoção (METTRAU, 2008). A elaboração do conhecimento inclui processos de formulação de conceitos, premissas, comparações, deduções, conclusões. A indução, a dedução e a analogia são próprias do raciocínio lógico e da argumentação discursiva. Ensinar raciocínio e argumentação é também ensinar a pensar (RANGEL, 2008). Princípios e processos dessa natureza são referências ao ensino-aprendizagem nas escolas que, fundamentadas na pedagogia e testemunho de La Salle, procuram garantir o conhecimento e a sua reelaboração e aplicação reflexiva, crítica, valorativa, pelos alunos. REFERÊNCIAS

BRASIL. Presidência da República. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre diretrizes e bases da educação nacional. Niterói, RJ: Institutos Superiores La Salle. Impresso. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Estatuto da criança e do adolescente. 3ed. Brasília: Centro de Documentação e Informação. Coordenação de Publicações, 2001. METTRAU, Marsyl Bulkool. Ética ou caos e a questão da avaliação. Revista Conhecimento & Diversidade, Niterói, RJ, edição especial, p.69-78, jul/dez, 2008. RANGEL, Mary. Métodos de ensino para a aprendizagem e a dinamização das aulas. 4ed. Campinas, SP: Papirus, 2008.

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Canal Aberto

COMUNICAÇÃO E RESULTADOS

O que funciona para o quê? Por Ir. César Meurer, fsc Diretor do Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS Para uma educação de qualidade e de resultados é inegável a importância da comunicação. Somos seres de linguagem e, por isso, uma comunidade é educativa se for comunicativa. Todavia, em uma escola, a comunicação não é apenas relativa ao ensino e à aprendizagem. Querendo ou não, ciente ou não, a instituição comunicase com um grande número de pessoas e, dessa forma, oferece elementos que compõe a opinião pública acerca dela. Como o colégio está sendo percebido? O que as pessoas associam ao seu nome? Que elementos compõe a imagem da instituição em que atuo? São eles favoráveis aos nossos objetivos institucionais? A resposta adequada a essas questões demanda um cuidado estratégico com a comunicação institucional. É ingênua a posição que não reconhece a importância disso. É aposta imprudente consentir que a imagem da instituição dependa principalmente do que os estudantes espontaneamente veiculam. O mais indicado para falar do colégio é... o próprio colégio! É salutar que o faça de modo planejado e coerente. Isso é comunicação institucional. Sem o devido cuidado, facilmente veiculamos mensagens contraditórias, gastamos dinheiro à toa e a nossa proposta educativa não será percebida em toda a sua consistência. Ou fazemos comunicação estratégica ou deixamos nossa imagem institucional à sua própria sorte. Colocar anúncio em jornal e patrocinar evento não é, em si, condução estratégica da comunicação institucional. Diante da variedade de canais e de ações de comunicação, cabe perguntar: o que funciona para o quê? Lanço alguns aportes e perspectivas de planejamento. Com quem a instituição se comunica? Com todas as pessoas que sabem da sua existência e atividade. Quanto maior esse grupo, melhor. Contudo, emitir a mesma mensagem para todos geralmente é pouco eficaz. Assim, a comunicação que se pretende estratégica começa por distinguir públicos: estudantes, professores, familiares, vizinhos, lideranças, parceiros, empresários etc. Suficientemente conhecido, cada público revela um conjunto de características próprias, dentre as quais é crucial identificar a atitude fundamental em relação ao colégio: apoio suave, apoio ferrenho, oposição suave ou oposição ferrenha. É líquido e certo: cada pessoa que sabe da existência e atividade do

colégio assume uma dessas atitudes em relação a ele. Com base na atitude fundamental, decide-se o conteúdo a ser comunicado a determinado público. Em termos de custos e resultados é preferível direcionar a comunicação institucional aos públicos identificados como apoiadores suaves. Canais de comunicação possuem suas especificidades, tanto em termos de alcance quanto de custos e, principalmente, de resultados. Além de definir o público a ser atingido é importante definir o conceito a ser comunicado. A partir dessas definições, decide-se o canal mais adequado. O quadro apresenta alguns conceitos e canais:

Diante de cenários povoados por ameaças, a comunicação institucional planejada e coerente pode ser responsável por oportunidades que culminam em resultados favoráveis, enquanto a comunicação ineficiente pode gerar perdas e conflitos desnecessários. Nas unidades da Rede La Salle há um aumento da consciência da necessidade de gerenciar estrategicamente a comunicação. Trata-se, acredito, de uma atribuição da direção e de um setor de comunicação, qualificado em termos humanos e materiais. Sugestões de leitura: ?Comunicação empresarial, de Paulo Nassar e Rubens Figueiredo. ?Comunicação estratégica de Maria Schuler. ?Planejamento de relações públicas na comunicação integrada de Margarida Kunsch.

Notinhas do Marketing

Fale com a gente: marketing@lasalle.edu.br

Campanha de Vestibular

Campanha da Educação Básica

Novo Portal La Salle

Já faz algum tempo que a Rede La Salle investe em campanhas publicitárias para a Educação Básica. O passo que agora estamos iniciando é a divulgação do Marketing Institucional e do Vestibular para a Educação Superior. Para este semestre, a Campanha VESTIBULAR UNILASALLE - ENTRE PARA A REDE DO CONHECIMENTO, foi desenvolvida para as unidades Unilasalle Canoas e Faculdade La Salle Manaus. O gerenciamento da campanha está sendo realizado pelo Setor de Marketing e Setor de Educação Superior da Rede La Salle. Em breve será desenvolvida a Campanha Institucional da Educação Superior. Mais informações no Boletim Administrativo nº 102.

Começou em maio a terceira campanha publicitária para a Educação Básica. Com a chamada REDE LA SALLE - FORMANDO PESSOAS COM CONTEÚDO as peças destacam o aluno lassalista e os espaços educativos dos nossos colégios, bem como os diferenciais da Proposta Educativa. A Campanha Institucional acontece entre maio e julho, e a de Matrículas de setembro a dezembro. Quem atende a Rede e as duas Províncias, através do Setor de Marketing, é a Agência Integrada Comunicação Total. O conceito MUITO MAIS QUE UM COLÉGIO continua sendo o institucional de assinatura da Rede La Salle.

Está em desenvolvimento o projeto do novo Portal La Salle. Com previsão de lançamento para setembro deste ano, a intenção é que a nova ferramenta online porporcione maior interatividade entre os usuários e a Rede. O Portal deverá oferecer jogos online, portal de relacionamento, além de um layout mais atrativo e dinâmico contemplando todos os públicos da Rede La Salle. Coordenado pelo Setor de Marketing, o projeto está sob a responsabilidade da Direção de Educação da Província Lassalista de Porto Alegre.

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