Viagem Santos Colégio Equipe

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SÉRIE PROJETOS

7º ano

Santos: Porta aberta para quem e para onde? 2012

V I S I TA A O P O R T O - B O L S A D O C A F É - F ortal e z a da B A R R A G R A N D E - E N G E N H O D O S E R A S M O S


Í NDI CE I ntrodução

Geo g rafi a Bahama s Chile Dinamarca Filipinas Holanda Honduras Hong Ko n g I srael J apão Panamá Uruguai Xangai

Ciên ci as Proc es so d e S u c e ssã o P teridófi ta s e b ri ó f i ta s

PROJETO

Fortaleza d a B a rra Gra n d e Engenho d o s E ra sm o s Colonizaçã o Benedito C a l i x to

7º ANO

Histó r i a


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que vocês lerão aqui é o registro de alguns produtos do estudo realizado pelo 6º ano. É uma forma de

tornar públicos os aprendizados e descobertas dos alunos, pois nosso compromisso não é apenas para que eles aprendam, mas também para que comuniquem o que aprenderam. A turma do 7º ano volta a Santos com outros objetivos de estudo. Agora devem aprimorar sua capacidade de estudo para que este colabore com o aprendizado coletivo. Portanto, para responder à questão proposta no projeto “Porto

de Santos: porta aberta para quem e para onde?” deverão ser

capazes de identificar as etapas que caracterizam seu estudo nas diversas disciplinas, comparar e estabelecer relações de sentido entre dados, conteúdos e conceitos. A coleta de dados é bem mais complexa nesse campo em relação ao campo do 6º ano, assim como a posterior análise que se faz a partir dela. Na disciplina de História, com o foco na colonização portuguesa na América, os alunos visitaram uma unidade produtiva (Engenho dos Erasmos), uma unidade de defesa (Fortaleza Santo Amaro da Barra Grande) e um local ocupado por um importante grupo indígena no período colonial, para entenderem os desafios da organização e controle desse território. Posteriormente compararam o que deduziram sobre a ocupação portuguesa com a visão retratada por Benedito Calixto nos painéis que estão na Bolsa do Café. Já em Geografia, o estudo foi descobrir as relações comerciais que o Brasil estabelece com outros países através do Porto de Santos. A partir das observações dos navios, dos produtos transportados por eles e das anotações das bandeiras dos navios estrangeiros, foi possível analisar o que o Brasil importa e o que exporta para o mundo. Finalmente, em Ciências, a partir do estudo das características e das classificações dos vegetais, eles puderam estudar o bioma da Mata Atlântica e pensar nas relações entre os diversos grupos vegetais dentro dela.

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Bom proveito!


História v

A colonização portuguesa na América foi o foco do trabalho de História do 7º ano em Santos. Para uma análise ampla dos objetivos e desafios da organização e controle desse território, os alunos visitaram uma unidade produtiva (o Engenho dos Erasmos), uma unidade de defesa (a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande) e um local anteriormente ocupado pelo mais importante grupo indígena da região, o do cacique Piaçaguera. Com os dados levantados nesses locais, analisaram a lógica do sistema colonial e a estratégia de ocupação de Santos. A partir dessa análise, confrontaram essas informações com a representação da fundação de Santos criada pelo artista Benedito Calixto nos painéis produzidos para o saguão de negociação da Bolsa do Café de Santos. A partir de suas conclusões, escreveram textos associando a região visitada ao processo mais amplo de colonização.


Fortaleza Santo Amaro da Barra Grande

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Durante a época colonial, os fortes eram feitos para a defesa do terreno e geralmente ficavam em cidades ou regiões economicamente importantes e planejados geralmente nas entradas de canais, em um ou ambos os lados, e construídos atrás de morros para dificultar a invasão do forte e também em partes mais altas do terreno, para aumentar o campo de visão. Quando um forte era construído, indicava que o governo daquele local era importante. Pedro Ferrari Viviani Schneider


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A Fortaleza de Sto. Amaro da Barra Grande fica na entrada de um canal, tem dois andares, muro grosso de pedras para resistir a ataques, uma muralha longa que se estende com sete aberturas em “V” para cavalões, dois portões, um na estrutura central e outro no fim da grande muralha do forte, tem sentinelas com janelas em “V” para atirar, uma capela ao lado de uma casa e fica em um morro que protege as costas e o deixa mais alto para atirar e ver longe. Artur Müller Pereira


Nos fortes havia vários sistemas defensivos e ao mesmo tempo atacantes e cabines de artilheiros distribuídas pelas quinas do forte. As janelas por dentro têm ângulo de 180º graus, enquanto o inimigo vê apenas uma fresta. Taciane Andrade Lins Glasberg O forte nos mostra muito sobre a cidade, pois um forte é uma construção cara. Sendo assim, Santos tinha algo a ser protegido. Essa coisa é o porto, o engenho e toda a cidade, que valia muito, pois era um centro de negócios. Os portugueses não iriam investir tanto numa cidade que não valesse a pena, então chegamos à conclusão de que Santos devia ser protegida, pois lá havia muitas riquezas. Thales Antônio Carraro Kunsch

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Engenho S達o Jorge dos Erasmos


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O Engenho de São Jorge dos Erasmos foi construído por volta de 1534 no centro da Ilha de São Vicente, hoje no município paulista de Santos. Foi o terceiro engenho de açúcar a ser construído na América portuguesa. Um engenho era uma construção muito cara, e produzia açúcar, um produto caro. Portanto o engenho era um lugar muito visado para se invadir, por isso ficava em uma região mais alta, para conseguir avistar os invasores de longe. Também se localizava com morro atrás para proteger a retaguarda e aproveitar o rio que desce pelo morro e faz a roda d’água girar e moer a cana para a produção de açúcar. Também para a proteção do engenho havia as paredes de pedra que eram muito grossas para aguentar tiros de canhão e de armas, além de janelas flecheiras, que são mais largas na parte de dentro do engenho e vão ficando mais estreitas formando um “V”, dando um bom ângulo de tiro para os atiradores e também uma proteção para eles. O córrego, além de servir para fazer a roda d’água girar, servia também para transporte de pessoas e de mercadorias, pois de barco o transporte era bem mais rápido. Há também coisas que não se sabe sobre o engenho, como o buraco, localizado no extremo oposto da casa do engenho. Não se sabe até hoje qual era a sua utilidade. Catarina Kuvasney Lima


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Havia também o lugar onde era feito o plantio de cana, que foi escolhido na planície, pois do lado do engenho havia um pântano. No engenho havia duas construções principais, uma igreja, o cemitério de escravos e um canal para alimentar a roda d’água. Foi construída uma capela naquele lugar porque todos eram religiosos e tinham que comungar, pois a igreja mais próxima ficava muito longe e aí eles construíram uma capela ali para rezar etc. Ali também era um cemitério de escravos, pois muitos morriam por causa da falta de saneamento básico naquele local e a falta de cuidados. Pedro Andrade Bezerra


Colonização

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A Baixada Santista era constituída, quase toda, por mangue. Lá não era possível plantar cana, pois o mangue é lamacento e sua água é salobra. Os plantadores de cana resolveram, então, plantar cana no planalto, mas a subida da serra “via burrinho” demorava três dias e no caminho, na maioria das vezes, você perdia um terço de sua produção. Por fim, os plantadores de cana resolveram plantar na Ilha de São Vicente. Os indígenas ocupavam o território brasileiro, antes da chegada dos portugueses. Os portugueses foram passando de tribo em tribo, algumas se entendiam com os portugueses, já outras não. As tribos que não tinham um bom entendimento com os portugueses foram derrotadas e escravizadas. Um exemplo dessas tribos que não tiveram bom entendimento são os Carijós (no quadro de Benedito Calixto eles estão localizados no canto direito, e escuro, com enxada e ferramentas na mão). Outros exemplos dos que se deram bem com os portugueses são os Tupis e Guaianazes (no quadro de Benedito Calixto estão representados em um ponto mais iluminado da tela, prestando tributos aos povoadores europeus). Os portugueses precisavam de mão de obra e melhor ainda se fosse barata, então pensaram em trazer um outro povo e fazer dele escravos, assim o problema estaria resolvido. Então os negros foram trazidos pelos portugueses para o Brasil. No Brasil, os negros foram utilizados como escravos, como mão de obra barata. Apesar de tudo estar bom para os portugueses, havia algo de errado, a vida de um escravo. Ser escravo é ser propriedade de outra pessoa, sua vontade estava subordinada à autoridade do dono. Yacov Kilsztajn


Análise dos quadros de Benedito Calixto

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Os portugueses estão no centro do quadro, cada um em uma parte do quadro fazendo alguma coisa. Pela vestimenta, são os mais importantes, decerto estão mandando em todos que não são portugueses. Os portugueses realmente mandavam nos índios e se achavam superiores. Os índios estão observando, alguns trazendo flores, tímidos nos cantos, preocupados com as construções. Os índios talvez não estivessem mesmo tímidos e sim preocupados com a terra deles. A economia de Santos foi destacada pelas construções caras da vila como as igrejas e a casa de câmera. Deveriam ter dinheiro e tinham mesmo, com a produção dos engenhos. Os índios estão bem insignificantes na pintura, pois na vila não tinham autoridade, só tinham na aldeia deles na montanha, de onde podiam controlar a passagem para o planalto. O porto ao fundo mostra a economia, e como esta era importante para explorar riquezas como o açúcar. Luiz Carvalho Martins


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Geografia

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Dentre as atividades realizadas após retornarmos de Santos, recebe destaque o trabalho de pesquisa sobre as relações comerciais entre Brasil e diferentes países. Esse trabalho teve como objetivo que os alunos investigassem as principais trocas comerciais realizadas entre o porto de Santos e o porto escolhido por cada dupla de trabalho. O critério utilizado para escolha do porto a ser pesquisado foi a observação da bandeira dos diferentes países no porto de Santos durante o trabalho de campo. Após listarmos uma série de países, nossos alunos puderam escolher aquele que mais lhes interessava.


As perguntas que orientaram a pesquisa foram as seguintes: - O que o porto de Santos mais exporta para o porto deste país? - O que o porto de Santos mais importa do porto deste país? - Qual a importância do porto pesquisado para seu país? As informações coletadas, bem como textos, imagens de satélites, fotografias, gráficos, tabelas e mapas, compuseram arquivos em formato Power Point. Cada dupla organizou uma fala sobre sua pesquisa e apresentou seus resultados para a sala. A avaliação desse trabalho teve a participação de todos os alunos, os quais puderam contribuir com comentários e sugestões sobre os materiais produzidos.

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Países Pesquisados Alemanha Bahamas Chile China Cingapura Dinamarca Holanda Honduras Hong Kong Israel Japão Panamá Uruguai


Texto de apresentação do trabalho de Geografia

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Nós, do 7º ano, fomos para Santos. Lá visitamos o porto de escuna, observamos os navios atracados no porto e tomamos nota de seu nome e origem. Em classe, escrevemos na lousa os países de origem dos navios que estavam atracados no porto naquele dia. Nos dividimos em duplas; cada dupla ficou responsável por um dos países que estavam na lousa. As duplas foram para a sala de informática e realizaram as pesquisas. A base da pesquisa era descobrir o nome do porto de cada país e o conteúdo de suas trocas comerciais (importações e exportações). As duplas montaram uma apresentação em Power Point, que incluía as informações citadas anteriormente e mapas. No final do trabalho, cada dupla apresentou o conteúdo que produziu. Cada apresentação continha as importações e exportações do país com o Brasil e as características dos portos do país que comercializava com o Brasil.


POWER POINT BAHAMAS

Lia Cotrim Zvingila e Catarina Kuvasney Lima

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POWER POINT CHILE

Alice Rocha Castanho e Luiza Gonรงalves Izolan

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POWER POINT DINAMARCA

Pedro Ferrari Viviani Schneider e Yacov Kilsztajn

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POWER POINT FILIPINAS

Matheus Ayer de Castro e Bruno Alves Pereira

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POWER POINT HOLANDA

Fernando Leite Vieira de Castro Nunes Pereira

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POWER POINT HONDURAS

Thales Ant么nio Carraro Kunsch e Matheus Romualdo dos Santos Reis

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POWER POINT HONG KONG

Eric Kazunori Takahira e Gregorio de Moraes e Silva

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POWER POINT ISRAEL

Taciane Andrade Lins Glasberg

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POWER POINT JAPテグ

Luiza Tiemy Shiguihara

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POWER POINT PANAMÁ

Sebastião Martinelli da Silva e Carlos Albergaria de Carvalho Santos

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POWER POINT URUGUAI

Pedro Andrade Bezerra e Yan Orestes Elias

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POWER POINT XANGAI

Luiz Carvalho Martins e Artur M端ller Pereira

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Ciências v

Durante o ano letivo de 2012, os alunos do 7º ano estudaram assuntos do campo da Biologia. Trabalharam em sala de aula, no laboratório e na horta da escola para realizar observações experimentais, formular hipóteses, produzir registros e correlacionar os mesmos com os conhecimentos teóricos estudados. Inseridas no contexto das relações entre seres vivos e destes com as características físicas dos ambientes, as atividades realizadas na Mata Atlântica durante o trabalho de campo na Baixada Santista geraram questões que contribuíram para os estudos biológicos. Os textos apresentados a seguir são exemplos representativos de aprendizados incorporados ao final de todo esse processo.


A umidade da Mata Atlântica é alta, as plantas abrem seus estômatos, absorvem umidade, depois a liberam. Como há muitas plantas que fazem sombras, a água evapora mais devagar e mantém a umidade. O solo da Mata Atlântica é rico porque, quando uma planta cresce e fica velha, morre e cai. Quando essas plantas se decompõem, o solo se torna uma composteira gigante, com folhas secas e plantas decompostas, e aquele solo passa a ser rico em minerais e próprio para o nascimento de outras plantas. Os decompositores são essenciais para a formação do solo rico da Mata Atlântica. Pedro Ferrari Viviani Schneider

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O relevo determina quais tipos de plantas conseguirão se fixar na serra. As plantas, principalmente os musgos, precisam de umidade para se manterem hidratadas. Os vegetais compõem a mata e uma variedade deles faz com que a mata se torne um ecossistema benfeito. O solo precisa ser úmido e fixo, para que as plantas consigam se manter. Os decompositores devolvem para a terra minerais que as plantas utilizaram e permitem que elas os absorvam novamente. São essas coisas que determinam quais plantas poderão ficar nessa mata. Quanto mais equilibradas essas coisas, maior será a variedade de plantas. Pedro Andrade Bezerra


Processo de Sucessão 1)

Jequitibá cai.

2)

Abre-se uma clareira.

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Uma planta pioneira nasce (embaúba).

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A sombra da embaúba e as folhas que caíram aju-

dam os decompositores. 5) Os decompositores usam a matéria orgânica e a umidade (trazida pela sombra) e fazem a decomposição. 6)

O solo fica fértil e começam a crescer novas plantas.

7)

Nasce um jequitibá.

8)

Com a sua sombra o jequitibá mata a embaúba.

9)

O jequitibá cai.

10) E tudo continua. Yacov Kilsztajn

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A diferença entre pteridófitas e briófitas é que as briófitas não possuem vasos condutores de seiva e a fase dominante é o gametófito, pois produzem gametas. As pteridófitas possuem vasos condutores de seiva e a fase dominante é o esporófito, pois produzem esporos. Os musgos precisam de água para realizar a reprodução. Sem uma lâmina d’água revestindo o musgo, os gametas masculinos não podem nadar ao encontro dos femininos, realizando a fecundação. Comparando as angiospermas com os musgos, podemos ver que para o encontro de gametas as angiospermas utilizam o vento ou as plantas que têm flores coloridas e cheirosas, insetos como abelhas, que pousam nas flores, se enchem de pólen e, ao visitar outra flor, derrubam os grãos de pólen no gineceu, que leva ao ovário, realizando a fecundação. O método das angiospermas favorece mais a dispersão da espécie, pois não é preciso que haja água para os gametas nadarem, além do vento, e os insetos poderem levar o pólen até as flores mais distantes, embora no ciclo da vida do musgo é mais certo que outro gametófito vá germinar por causa dos esporos, enquanto não é tão certo que o pólen levado pelo vento vá chegar a uma flor. Artur Müller Pereira

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Grupo 1

Professores: Antonio Carlos de Carvalho Francisco Tognonato Neto Gabriel Passetti Luciana Bittencourt Fevorini Mauro Pontes Renata Stadter de Almeida

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monitor Zeca Ribeiro de Carvalho alunos Artur Müller Pereira Eric Kazunori Takahira Gregorio de Moraes e Silva Luiz Carvalho Martins

Grupo 2

monitor Giulio Michelino alunos Carlos Albergaria de Carvalho Santos Taciane Andrade Lins Glasberg Matheus Romualdo dos Santos Reis Thales Antônio Carraro Kunsch

Grupo 3 monitor

Grupo 5 monitor

Grupo 4

Grupo 6 monitor

Pedro Micussi Pinto alunos Catarina Kuvasney Lima Bruno Alves Pereira Benjamim Pinheiro Sallum Lia Cotrim Zvingila monitor Theo Kotaro Kikuchi alunos Luiza Gonçalves Izolan Fernando Leite Vieira de Castro Nunes Pereira Alice Rocha Castanho Sebastião Martinelli da Silva

Beatriz Busin Campos alunos Pedro Andrade Bezerra Pedro Ferrari Viviani Schneider Breno Canova Tessaroto Luiza Tiemy Shiguihara

Marina Leite Vieira de Castro Nunes Pereira alunos Yacov Kilsztajn Matheus Ayer de Castro Caetano Falcão de Andrade Yan Orestes Elias


Revista produzida para o Colégio Equipe por CGC Educação Design Gráfico: Zozi Mendes equipe@colegioequipe.g12.br www.colegioequipe.g12.br

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