Anatomia dentรกria Professora Julita Simone Therezinha Rentschler
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Órgão Dentário
O órgão dentário é formado pelo dente e pelo periodonto. O periodonto é o conjunto de tecidos de suporte (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) e de proteção (gengiva) que circundam o dente.
Os dentes são órgãos mineralizados implantados em osso alveolar distribuídos em duas fileiras (superior e inferior) formando as duas arcadas dentárias.
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Nomenclatura dos dentes
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Funções dos dentes - Incisivos: dentes situados na parte anterior (da frente) da boca e que servem para fazer a incisão dos alimentos, ou seja, prender os alimentos. - Caninos: possuem formato pontiagudo e servem para fazer a dilaceração dos alimentos, ou seja, o ato de rasgar os alimentos. - Pré-molares e molares: localizam-se na parte posterior (de trás) da boca e possuem a função de triturar os alimentos.
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Dentições
Dentição decídua É a primeira dentição, também conhecida como dentição “de leite”. É formada por 20 dentes: 10 dentes no arco superior e 10 dentes no arco inferior
Dentição permanente Inicia-se por volta dos 6 anos com a erupção do primeiro molar permanente. É formada por 32 dentes: 16 dentes no arco superior e 16 dentes no arco inferior.
Dentição mista É a fase intermediária que corresponde ao período de transição entre dentição decídua e permanente, época da mudança dos dentes.
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Assim, a dentição mista tem início quando o primeiro dente decíduo cai e/ou o primeiro dente permanente nasce e define-se, como tal, até que caia o último dente de leite presente na boca. Os molares permanentes não têm antecessores decíduos, eles erupcionam atrás dos últimos molares de leite.
Os primeiros molares permanentes nascem por volta dos seis anos de idade, por isso, diz-se que essa é também a época do início da dentição mista.
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Divisão anatômica dos dentes Coroa - Parte visível acima do osso de suporte e que faz a mastigação; recoberta por esmalte com diferentes espessuras na sua extensão. Colo- União do cemento com o esmalte, separando a coroa da raiz. Raiz – Fixa o dente ao osso alveolar. Número de raízes dos dentes As raízes dos dentes podem ser em número de uma, duas ou três, de acordo com cada dente.
No arco superior, incisivos centrais, incisivos laterais e caninos, apresentam uma raiz; primeiros pré-molares apresentam duas raízes; segundos pré-molares têm uma raiz; primeiros, segundos e terceiros molares, geralmente apresentam três raízes.
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No arco inferior, incisivos centrais, incisivos laterais, caninos, primeiros e segundos pré-molares apresentam uma raiz; primeiros, segundos e terceiros molares geralmente apresentam duas raízes. Alvéolos dentários Alvéolos são cavidades no osso alveolar em que as raízes estão inseridas.
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Divisão morfológica do dente
esmalte dentina polpa gengiva osso alveolar
O esmalte forma uma capa protetora, de espessura variável, sobre a superfície dental da coroa. A função do esmalte é formar uma capa resistente para os dentes, tornando-os adequados para a mastigação. O esmalte é o tecido mais duro do organismo humano. É composto de 96% de minerais (hidroxiapatita) e 4% de água. O mineral integrante primário da estrutura do esmalte é a hidroxiapatita. A unidade básica do esmalte é chamada prisma.
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O elevado conteúdo mineral do esmalte, que faz deste o mais duro dos tecidos do corpo humano, também o torna suscetível a um processo de desmineralização que ocorre muitas vezes como cárie dentária.
A dentina é um tecido conjuntivo avascular, mineralizado, especializado que forma o corpo do dente, suportando e compensando a fragilidade do esmalte.
A dentina é recoberta pelo esmalte na sua porção coronária e pelo cemento na porção radicular.
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Sua superfície interna delimita a cavidade pulpar onde se aloja a polpa dentária.
A dentina é constituída por canalículos dentinários. Ao contrário do esmalte, que é muito quebradiço a dentina está sujeita a deformações leves. A polpa dentária é a estrutura interna do dente, ela é formada por tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e inervado. Funções da polpa: formadora de dentina, nutritiva, sensitiva e protetora. A cavidade dentária (pulpar), com suas porções coronária e radicular, contém o tecido mole do dente, a polpa dentária. A câmara pulpar ocupa a coroa do dente. O canal radicular ocupa o interior das raízes. O canal radicular se abre na região do ápice da raiz através de um orifício chamado forame radicular. 11
Cemento É o tecido dentário mineralizado que cobre as raízes anatômicas dos dentes humanos. O cemento fornece um meio para a inserção das fibras colágenas, que ligam o dente às estruturas circundantes (osso alveolar).
Ligamento Periodontal O ligamento periodontal constitui-se de tecido conjuntivo frouxo com complexos de fibras colágenas que são responsáveis pela fixação do cemento radicular ao osso alveolar, revestindo a raiz do dente.
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Notação dentária O cirurgião-dentista tem necessidade de anotar todas as alterações que encontra durante o exame clínico. A Notação dentária FDI ou Notação Dentária Internacional é amplamente utilizada por dentistas internacionalmente para relacionar informações sobre um dente específico. Quadrantes
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Códigos dos dentes
Notação dentária
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Notação de dentes decíduos Quadrantes Na notação de dentes decíduos, os quadrantes são: Quadrante 5 – superior direito Quadrante 6 – superior esquerdo Quadrante 7 – inferior esquerdo Quadrante 8 – inferior direito
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Numeração dos dentes decíduos A dentição decídua é formada por 20 dentes e não existem os dentes pré-molares.
Notação dentária
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Faces dos dentes Face vestibular (V): voltada para o vestíbulo da boca e que mantém relação com os lábios e bochechas.
Face lingual (L): voltada para a cavidade oral propriamente dita e que mantém relação com a língua. Nos dentes superiores essas faces são também denominadas face palatina (P) devido às suas relações com o palato.
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Face oclusal (O): face dos dentes posteriores (pré-molares e molares), que oclui com os dentes da arcada antagônica.
Faces proximais: são as faces de contato entre dois dentes vizinhos na arcada dentária.
Face mesial (M): a mais próxima (ou voltada para) o plano sagital mediano. Face distal (D): a face oposta à mesial.
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Cúspides São saliências na face oclusal de molares e pré-molares (morrinhos). Sulcos São depressões entre as cúspides. cúspide
sulco
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Cronologia da erupção dentária Cronologia de erupção dos dentes decíduos 7-10 meses: dentes incisivos superiores 9-12 meses: dentes laterais superiores e inferiores 6-12 meses: dentes incisivos inferiores 12-18 meses: primeiros molares superiores e inferiores 18-24 meses: caninos superiores e inferiores 24-30 meses: segundos molares inferiores e superiores Cronologia de erupção dos dentes permanentes 6-7 anos incisivos centrais inferiores primeiros molares inferiores primeiros molares superiores 7-8 anos incisivos laterais inferiores incisivos centrais superiores 8-9 anos incisivos laterais superiores
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9-10 anos caninos inferiores 10-11 anos primeiros prĂŠ-molares superiores 10-12 anos primeiros prĂŠ-molares inferiores segundos prĂŠ-molares superiores 11-12 anos segundos prĂŠ-molares inferiores caninos superiores 11-13 anos segundos molares inferiores 12-13 anos segundos molares superiores 17-21 anos terceiros molares inferiores (dentes do siso) terceiros molares superiores (dentes do siso)
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