Stormy glenn amantes do esquadrão alfa 03 o cavaleiro de julia [revhm]

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O Cavaleiro de Julia (Os amantes do Esquadrão Alfa 3) De: Stormy Glenn

A vida de Julia é um pesadelo. Ela é casada com um homem gay apaixonado por outro homem, está grávida de seu filho, sua filha está sendo mantida refém por seu pai e seu sogro tentou estuprá-la. Poderia sua vida ficar ainda pior? Caleb ficou fascinado por Julia a partir do momento que a conheceu. Ela é tudo o que poderia querer em uma mulher. Um problema, ela não é sua mulher. Ela é casada com seu melhor amigo. Mas Julia quer Caleb e tem toda a intenção de tê-lo. Uma vez que o tenha, então tem que convencê-lo de que ela não é uma socialite volúvel e é forte o suficiente para ficar ao seu lado.


Capítulo 1

Julia Spencer McKenzie abriu a porta e entrou na grande casa que há dois meses dividia com seu marido, Samuel McKenzie. Era uma bela casa, com seis quartos, dez banheiros, uma grande cozinha gourmet, sala de jantar, sala de estar e de estúdio, em vários hectares de terra na zona rural de Boston. Colocou o casaco num pequeno sofá no corredor e caminhou em direção as vozes, imaginando com quem Sam estava falando. — Sam? — Gritou quando abriu a porta do escritório e entrou. A questão de quem Sam estava falando foi respondida no momento em que entrou na sala. Era com o Dr. Daniel Evans, o homem que seu marido amava. — Querido, não vai nos apresentar? — Julia perguntou-lhe, as mãos bem cuidadas enrolando no braço de Sam. Ela levantou uma sobrancelha, olhando na direção de Daniel, quando ouviu um rosnado baixo vindo dele. Era óbvio que Daniel não gostava dela tocando Sam. Foi ainda pior quando Sam passou um braço em volta da sua cintura. Podia ver a confusão nos olhos de Daniel em guerra com o seu amor por Sam. Julia balançou a cabeça suavemente. Seu marido podia ser tão idiota às vezes. — Dr. Evans, gostaria que conhecesse minha esposa, Julia. Querida, este é o Dr. Daniel Evans, um amigo. — Ele olhou direito nos olhos de Daniel. — Ele acabou de chegar trazendo algumas notícias do meu irmão. Daniel olhou para Sam em choque total. — Você está casado? — Ele perguntou num sussurro agonizante.


— Sim, acabamos de voltar de nossa lua de mel. — Sam respondeu. — Quanto tempo? — Daniel perguntou quando atirou a Sam um olhar agoniado. — Julia e eu estamos casados há quase dois meses. — Sam disse. — Não vai nos felicitar, Daniel? — Sim, claro, parabéns aos dois. Tenho certeza que vão ser muito felizes juntos. — Ele atirou a Sam um olhar mordaz. — Vocês dois são perfeitos um para o outro. Bom Deus, Daniel era tão grande quanto Sam era um idiota. Julia desejou que pudesse trancá-los em um quarto juntos, até que tudo se esclarecesse. Eles deveriam estar juntos, mesmo que não soubessem disso. Julia não queria se casar com Sam mais do que ele queria casar com ela. Mas, sentindo que não havia outra escolha, fizeram o que tinham que fazer. Sam tinha sido honesto desde o momento que sua lua de mel havia começado. Era apaixonado por Daniel e o casamento deles sempre seria por conveniência. Julia apenas balançou a cabeça novamente, quando Daniel pegou o casaco e caminhou em direção à porta, sua postura rígida. — Adeus, Sam. — Disse ele antes de sair pela porta. Ela podia ver os ombros de Sam caírem quando a porta bateu atrás de Daniel. Bem, certamente Daniel nunca iria perdoar Sam depois disso. — Isso foi cruel, Sam. Não tinha que machucá-lo assim. — Ela estremeceu quando Sam se virou para olhá-la, a dor por Daniel o deixar evidente em seus olhos. — E, realmente, não gosto de ser usada para magoálo. — Sinto muito, Julia, mas sabe que tinha que fazer isso. Daniel e eu nunca podemos ter qualquer coisa juntos. Você sabe isso mais do que ninguém. É melhor para ele não ter qualquer esperança. — Sam disse enquanto passava os braços em volta dela e beijava o topo de sua cabeça.


— Sem esperança, que razão temos para sair da cama todas as manhãs? — Julia perguntou melancolicamente. — Você ainda tem esperança, Julia? Mesmo agora? — Sam perguntou olhando para ela. — Sim, ainda tenho, Sam. — Julia disse. — Tenho que ter esperança. É a única coisa que me mantém viva. — Ela tinha que ter esperança de que um dia sua vida seria normal. Se não tivesse, não seria capaz de sobreviver através de um único dia. — Então, o que o médico disse? — Sam perguntou, interrompendo os pensamentos de Julia. — Você está bem? — Sam insistiu que Julia fosse ao médico quando ficou doente várias semanas após seu retorno da lua de mel. Ela resistiu no começo, mas eventualmente foi. Julia alisou a saia e caminhou até o sofá na frente da lareira e sentou. — Defina 'ok'. — Ela riu amargamente. — Querida... — Sam começou quando se sentou ao lado dela, tomando-lhe as mãos frias na sua. — O que há de errado? Está doente? Uma lágrima escorreu pelo rosto de Julia. — Estou grávida. Sam respirou fundo com a sua noticia. — Uau, ok, então acho que funcionou. — Disse ele, maravilhado, se referindo à inseminação artificial que tinham tentado. Depois de decidir que estavam juntos nessa confusão com seus pais e só queriam ser amigos, tinham secretamente utilizado inseminação artificial, na esperança de conseguir que Julia engravidasse. Começaram o procedimento logo que foram para sua lua de mel, usando isso como uma desculpa para visitar um médico proeminente na Suíça Aparentemente, havia funcionado. — Sam, estou com medo. Sei que concordamos em fazer isso para manter nossos pais felizes, mas agora que está de fato acontecendo, estou com medo. Não quero que coloquem as mãos no nosso bebê. Olhe o que


fizeram para nós. O que acha que eles vão fazer para um bebê pequeno indefeso? Sam balançou a cabeça. — Não sei, Julia. Mas nós vamos descobrir isso. — Ele puxou Julia em seus braços e a abraçou. Julia estava tão chateada que todo o seu corpo tremia. — Está chateado com o bebê? — Perguntou em um sussurro. — Não, querida, não estou. — Puxando Julia em seu colo, enfiou sua cabeça sob o queixo. — Como poderia estar chateado por estar tendo o nosso bebê? — Oh Sam, queria que realmente amassássemos um ao outro. — Julia chorou enquanto estava nos braços fortes de Sam. — Queria que as coisas fossem diferentes. As coisas teriam sido muito mais fáceis se eles se amassem. Mas Julia não invejava os sentimentos de Sam por Daniel. Suspeitava que era o que mantinha a esperança em Sam, mesmo que ele não percebesse isso. — Eu sei, querida, desejo isso também. Mas não podemos escolher quem amamos. Mas se pudesse amar uma mulher, essa seria você. Espero que saiba disso. Você tem muito a oferecer ao homem certo. Só lamento que eu não seja esse homem. — Eu também. — Julia murmurou baixinho. — Desculpe-me, por não ser homem para você. — Não tem bastante cabelo em seu rosto. — Sam riu. — Mas sempre estarei aqui para cuidar de você, Julia. Não vou deixar nada lhe acontecer. — Você não pode pará-lo, Sam. — Julia disse quando se sentou em linha reta. — Assim que descobrir que estou grávida, sabe o que vai acontecer. — Sam assentiu. Sabia o que iria acontecer. Tinha visto seu pai em ação antes. Com seu dinheiro e seus contatos, poderia fazer qualquer coisa que quisesse.


Tentar engravidar tinha sido uma aposta, mas se sentia como se não tivessem escolha na época. Haviam sofrido muita pressão de ambos os pais. Agora parecia realmente estúpido, mas não havia muito que pudesse fazer sobre isso. — Não diga nada ainda. Vamos manter isso entre nós. Vou pensar em alguma coisa. — Sam começou a formular idéias na cabeça sobre como sair dessa situação com suas vidas intactas. Julia acenou com a cabeça. — Nossos pais vão descobrir que estou grávida, eventualmente, então pense rápido. — Vou pensar em alguma coisa, Julia. Prometo.

***** Julia colocou seu livro para baixo quando ouviu a porta da frente abrir e correu de seu quarto. Esperava que fosse Sam. Fazia quase dois meses desde que Daniel partido e Sam tinham começado os planos para escaparem. Sabia que se não se apressassem, seria tarde demais. Já estava começando a mostrar os sinais. Em poucas semanas, Arthur McKenzie e Douglas Spencer saberiam que estava grávida. Então todo o inferno começaria. Se Sam pudesse colocar tudo em ordem, fugiriam do país até depois que do nascimento do bebê. Depois disso, quem sabe? Descendo as escadas, Julia ficou surpresa ao ver o pai, Douglas, de pé na entrada tirando o casaco e entregando-o a James, o mordomo. — Pai? — Perguntou, confusa quando caminhou até ele. — Tem alguma coisa errada? — Além do fato dele estar na casa quando Sam não estava ali. Julia podia sentir os cabelos na parte de trás do seu pescoço se eriçarem quando uma sensação desagradável passou por ela. Não gostou do jeito que seu pai olhava para ela.


Um pai não devia olhar para sua filha do jeito que ele fez. Desejou que Sam estivesse aqui. Julia pôs as mãos ao seu lado enquanto se preparava para o que estava por vir. Ela só sabia que não iria gostar. — Preciso de um motivo para visitá-la, minha querida? — Douglas perguntou enquanto estendia a mão e a agarrava pelo cotovelo, levando-a para o estúdio e fechando a porta atrás deles. — Não, claro que não, pai. — Julia disse. Esperava que não parecesse tão assustada quanto se sentia. Seu coração batia tão rápido que não ficaria surpreso se ele pudesse ouvir. — Decidi que precisava saber como estão as coisas entre você e Samuel. Vejo você tão raramente desde que se casaram, Julia. — Douglas disse. — Oh, nós estamos nos entendendo. É tudo. É difícil se acostumar a viver com alguém, sabe? — Julia disse rapidamente. Talvez rapidamente demais pelo olhar calculista que Douglas lhe deu. — Quão difícil é? — Douglas perguntou. As sobrancelhas de Julia se juntaram quando franziu a testa. — Não entendo. Quão difícil é o quê? — Quão difícil é para você se acostumar a viver com Samuel? — Perguntou Douglas. — O que quer dizer? Sam é muito fácil de conviver. — O que estou perguntando, minha cara, é se começou a fazer um neto para mim. Não estou ficando mais jovem, você sabe. Quero aproveitar o meu neto antes de estar muito velho. — Tem tanta certeza de que vou ter um filho? — Julia perguntou. Ela rapidamente se perguntou se ele tinha descoberto que estava grávida, mas abandonou a ideia quando viu o olhar nos olhos de seu pai.


— Claro que vai ter um filho, Julia. Não aceitarei nada menos. — Douglas disse caminhando até ficar ao lado dela. — É seu dever de me dar um herdeiro. Julia deu um passo para trás. Sentia-se sufocada e um pouco ameaçada por quão perto ele estava dela. — Meu dever? — Sim, Julia. — Douglas disse quando ele se virou e caminhou até a porta do escritório e a abriu, admitindo Arthur McKenzie, o pai de Sam. Ele virou-se para olhar para Julia com um sorriso no rosto. — Arthur e eu estamos esperando há meses que você e Sam nos forneçam nosso herdeiro. Desde que Sam tão obviamente falhou em seu dever... — Eu vou cuidar disso. — Arthur disse enquanto avançava para Julia. Julia balançou a cabeça, chocada e congelando no lugar quando olhou para seu pai com horror. — Estamos tentando, juro. — Você sabe, Julia, seria uma pena se algo acontecesse com Robin. Ela é minha única neta. Pelo menos, até que você me fornecer outro. — Robin? — Exclamou Julia, sua mão tremendo contra sua garganta. — O que quer dizer? Nada vai acontecer com Robin. — E não irá, se você cooperar. — Arthur acrescentou. — Sim, Julia, Arthur está correto. — Douglas disse enquanto enfiava a mão no bolso e tirava seu celular. — Quando fui buscá-la na escola hoje, fiquei tão feliz que nada tenha acontecido com ela. — Escola? Você pegou Robin na escola? — Julia sussurrou. Tinha certeza de que seu coração havia parado em seu peito quando percebeu que Douglas tinha sua filha. — Por quê? — Para garantir que nada de ruim aconteça com ela, é claro. — Douglas disse discando em seu celular. — Gostaria de falar com ela?


As mãos de Julia tremiam quando pegou o telefone que ele lhe estendeu. — Robin? — Mamãe? — Disse uma voz na outra extremidade. — Posso ir para casa agora? Não gosto da casa do vovô. Não é muito agradável. — Em breve, bebê, prometo. — Julia sussurrou enquanto as lágrimas começavam a escorrer no seu rosto. Julia falou com Robin por mais alguns instantes, desligou o telefone e o entregou de volta a seu pai. Sabia que se não fizesse o que eles queriam, algo horrível iria acontecer com Robin. Poderiam não matá-la... Talvez um braço quebrado ou algo assim, mas ela iria se machucar. — O que quer que eu faça? — Julia perguntou quando olhou para Douglas e Arthur. Não tinha escolha. Eles tinham sua filha. Teria que fazer tudo o que queriam. — Basta fazer o que Arthur diz. — Douglas disse enquanto se dirigia para a porta. — Ele vai cuidar bem de você, Julia, e garantir que qualquer criança que tenha seja um McKenzie. — Os olhos de Julia se arregalaram com a súbita compreensão, enquanto observava seu pai ir embora, deixando-a sozinha com Arthur. Rapidamente começou a reparar como Arthur avançava sobre ela. — É tempo de iniciarmos a próxima geração, Julia.

***** Sam fechou a porta da frente e entregou ao mordomo sua jaqueta. — Obrigado, James. Tinha passado o dia organizando e definindo as coisas com um advogado particular, seu pai não sabia de nada. Se soubesse que Sam tinha arranjado para sair e levar Julia e seu bebê com ele, todo o inferno iria cair.


Julia estava com quase quatro meses e começando a mostrar sinais da gravidez. Não tinham muito tempo. Precisava de apenas mais alguns dias para ter os seus planos em ação antes que pudessem sair. Sam planejava levar Julia em uma ‘escapadela romântica’, apenas os dois. De lá, iriam passar os próximos vários meses viajando até que o bebê nascesse. Depois que o bebê chegasse, então poderiam fazer os preparativos legais para a segurança de todos. Mas tinham que sair antes de qualquer um dos pais soubesse que Julia estava grávida ou todo o plano iria desmoronar. — A Sra. McKenzie está em casa? — Sam perguntou ao mordomo enquanto se dirigia para a sala de estar. — A sra. McKenzie está lá em cima, senhor. Acredito que está falando com seu pai. — Sam podia ouvir a preocupação na voz de James. Sam não estava muito feliz com isso também. Sam tinha contratado James pouco antes de casar com Julia, para a sua proteção, por recomendação de um amigo do serviço. Queria alguém que não estivesse ligado a seu pai na casa, alguém que não podia ser comprado, para estar perto de Julia quando ele não pudesse. James tinha ano cinquenta e sete anos e era um SEAL da Marinha, aposentado, alto e musculoso. Parecia um muro de tijolo com os músculos da saindo da parte superior de sua cabeça calva para a parte inferior de seus pés. Tornou-se rapidamente evidente que James e seu pai não se dariam bem quando o pai de Sam tentou mostrar seu pulso de aço dentro da casa. James tinha esperado até que Sam aparecesse antes de deixá-lo entrar pela porta de entrada. Não, James definitivamente não gostava do pai de Sam. E isso só fazia Sam gostar de James ainda mais. Sam acenou para James e subiu as escadas. Checou o quarto da família no andar de cima, o estúdio de Julia, mas o encontrou vazio. A sensação de vazio começou em seu estômago enquanto corria para o quarto


de Júlia. Tentou abrir a porta, mas estava trancada. Podia ouvir ruídos de choro fraco vindo de dentro. Correndo para seu quarto Sam percorreu o armário de ligação para o quarto de Júlia. Parou de repente, chocado com o que viu. Seu pai tinha a sua pequena esposa delicada presa à cama enquanto tentava estuprá-la. — Pare! — Sam gritou quando puxou o pai fora de Julia e o empurrou antes de puxar Julia em seus braços, protegendo-a de seu pai. Prendendo Julia com uma mão, Sam pegou um cobertor da cama e envolveu-o em torno de seu corpo machucado e quase nu antes de colocá-la cuidadosamente sobre a cama antes e se levantar para enfrentar o pai. — Que diabos você está fazendo? — Perguntou ele, sentindo a raiva encher seu corpo com o que seu pai tentou fazer a Julia. Suas mãos apertadas em punhos quando olhou para ele. — Perdeu sua mente? — Obviamente, fazendo o que você deixou de fazer! — Arthur gritou para Sam enquanto fechava suas calças. — Tudo o que lhe pedi foi para nos dar um herdeiro. Mas pode fazer isso? Não, então decidimos que eu iria cuidar disso para você. — O Queixo de Sam caiu em estado de choque. — Você decidiu estuprar minha esposa, porque não a engravidei? E quem somos nós? — Não a estava estuprando. Ela queria tanto quanto eu. Pergunte a ela, pergunte a ela! Seu pai disse que ela sempre quis isso. — Arthur gritou enquanto apontava para Julia. Sam ouviu um gemido vindo de forma encolhida de Julia na cama e viu tudo vermelho. Puxou seu punho e socou seu pai na boca. Outro soco fez Arthur cair no chão, seu lábio sangrando. — Saia da minha casa e nunca volte aqui novamente. Julia é minha mulher e nunca mais vai colocar suas mãozinhas sujas nela. E pode dizer a mesma coisa para o pai dela. — Sam agarrou Arthur pelas costas de sua camisa e o jogou para fora da porta do quarto. — James! — Sam gritou


enquanto empurrava seu pai pelo corredor. James veio subindo as escadas mais rápido do que Sam pensava que o homem mais velho pudesse. — Por favor, escolte o meu pai. Ele não é mais bem-vindo nesta casa. Isso vale para o pai da Sra. McKenzie também. Se algum deles tentar entrar na

casa,

ou

qualquer

pessoa

conectada

com

eles,

chame

a

polícia

imediatamente. — Sim, senhor! — James agarrou Arthur pelas costas de sua camisa e começou a escoltá-lo até a porta, quando Arthur começou a gritar. —Tire suas mãos de mim! Não pode fazer isso comigo! Tem alguma idéia de quem eu sou? Vou fazer você pagar por isso! Marque minhas palavras, Samuel, vou fazer você pagar por isso! — Sam ficou lá até que James bateu a porta sobre seu pai. Então começou a subir as escadas. — James, ligue para o meu advogado e diga-lhe para ter sua bunda aqui agora. Então, quero que tranque a casa. Ninguém, e digo ninguém, entra na casa sem a minha autorização expressa, entendeu? — Sim, senhor, é claro, de imediato. — James respondeu. Sam correu para o corredor e para o quarto para encontrar Julia encolhida no canto, os cobertores puxados protetoramente ao seu redor. Ela não fazia nenhum som, mas Sam podia ver as lágrimas escorrendo pelo rosto machucado. Caminhou lentamente até ela e a pegou em seus braços. Sentado ao lado da cama, começou a esfregar suas costas. — Está tudo bem, querida. Ele nunca vai tocar em você de novo. Eu juro, Julia. — Julia começou a chorar, todo o seu corpo tremendo em reação ao assalto. — Meu pai veio. Disse que eu tinha o dever de lhe dar um herdeiro. Ele... Ele disse que desde que você não podia fazê-lo, que Arthur faria. Então, pelo menos ainda seria uma criança McKenzie. Em seguida, deixou Arthur entrar...


Sam apenas segurou Julia enquanto ela chorava, deixando-a dizer de qualquer maneira tudo que quisesse. — Diga-me o que aconteceu querida. — Arthur me puxou para o quarto depois que meu pai saiu. Quando tentei impedi-lo, ele me bateu. Disse-me uma e outra vez, enquanto me batia que tinha o dever de lhes fornecer um herdeiro. Disse que meu pai tinha me feito apenas para que os dois pudessem ter um herdeiro e como haviam planejado isso desde o dia do meu nascimento, como um negócio. — Ele...? — Sam não queria perguntar, mas sabia que tinha que fazer. Precisava saber o quão ruim foi o dano antes de entrar em ação. Julia balançou a cabeça. — Não, você chegou antes que pudesse fazer qualquer coisa. Mas e se tentar de novo, Sam? E se descobrirem sobre o bebê? — Julia de repente enrijeceu nos braços de Sam. — Oh meu Deus, Sam, se algo aconteceu com o bebê? — Querida, tenho certeza que o bebê está bem. Todo mundo sabe que são fortes. Basta pensar, que esse rapaz está são e salvo em seu próprio mundinho. Ele vai ficar bem. — Então acha que é um menino? — Julia perguntou hesitante. — Querida, não me importo se é a fada do dente, desde que ele ou ela esteja seguro e feliz. Sam abraçou Julia até que ela parou de chorar e adormeceu. Gentilmente a deitou na cama e a cobriu. Parecia tão cansada, tão pequena e delicada quando se enrolou na cama. Sam ainda não podia acreditar que seus pais haviam planejado isso. Tinham realmente planejado o estupro frio e brutal de sua esposa. Fechou a porta silenciosamente atrás dele e desceu as escadas para o escritório. Abrindo a porta, ignorou seu advogado Ethan Thomas sentado no sofá e foi direto para o armário de bebidas, servindo-se de uma bebida forte


antes de engoli-lo de um gole só. Fechou os olhos por um instante, quando o uísque queimou sua garganta antes de girar para Ethan. — Obrigado por ter vindo, Ethan. As coisas ficaram... Complicadas. — Sam serviu-se de mais um drinque e outro para Ethan antes de entregá-lo quando se sentou no sofá ao lado dele. — Nossos ilustres pais decidiram que querem um herdeiro, não importa a que custo. Enquanto me encontrava com você, vieram e decidiram que desde que eu não poderia engravidar minha esposa, que meu pai o faria. Pelo menos teriam a certeza de que o bebê era um McKenzie. — Mas pensei que sua esposa já estivesse grávida. — Ethan disse, inclinando a cabeça em confusão. — Ela está, mas nós não lhes contamos isso. Na verdade, temos mantido segredo apenas por causa de coisas como esta. Você tem que entender Ethan, nossos pais nunca foram contrariados. Sempre tiveram tudo o que quiseram. E querem um herdeiro. — Eu não entendo. Você e Julia não são seus herdeiros? —Sim e não. Meu pai não foi capaz de controlar totalmente o meu irmão ou eu. Não gosta disso. Quer um herdeiro que esteja totalmente sob o polegar, um que pense como ele. Eu não sou assim. Nem meu irmão. — Então o que quer fazer agora? — Perguntou Ethan. — Tenho que tirar Julia daqui. Eu disse a James que nossos pais não são mais bem-vindos aqui, mas só vai detê-los por pouco tempo. A minha principal preocupação é com Julia e o bebê. Eles têm que ficar seguros. Não poderia me importar menos sobre a minha herança. Nem Julia se importa. Nós só queremos nosso bebê seguro. — Então o que gostaria que eu fizesse? — Sam olhou para o copo de cristal em suas mãos por alguns instantes antes que pudesse falar. Ainda estava cheio de raiva contra o que os pais haviam feito. — Eles tentaram estuprá-la, Ethan. Parei meu pai antes que pudesse machucá-la, mas ele...


— O quê? — Exclamou Ethan. Então, de repente, estalou os dedos. — Sam, é isto! — O que? — Sam perguntou, confuso, tentando lembrar o que tinha dito. — Se tentou estuprá-la, nós o temos. — Ethan quase riu ao ver a expressão confusa no rosto de Sam. — Evidências, homem, evidências, mas é preciso agir rapidamente. Julia já tomou banho? — Não, está dormindo no andar de cima. — Sam disse, lentamente começando a perceber aonde Ethan ia com seus pensamentos. — Vejo aonde quer chegar com isso, mas não quero os policiais envolvidos, ainda não. Não até que Julia esteja segura. — Ela tem que ver um médico, Sam, tirar fotos, um kit de estupro, amostras. E precisamos informar a polícia. — Ethan insistiu. — Eu sei, mas agora não é a hora de ir a público com isso. Isso seria como agitar uma bandeira vermelha na frente de um touro. — Sam disse quando balançou a cabeça. — Não, nós temos que fazer isso em silêncio. — Se nós a levarmos a um hospital, podem querer chamar a polícia. Você tem outra sugestão? — Ethan perguntou. — Eu tenho.

Capítulo 2

Enquanto o carro seguia por um longo caminho, Julia virou a cabeça para olhar para fora da janela. Sam estava os levando a uma fazenda na zona rural do sul do Oregon. Ela descobriu que estava tão longe de Boston, quanto poderia conseguir.


Sam disse que estaria segura ali, a salvo de seu pai e o pai de Sam. Julia não podia acreditar que a sua vida estava nesta bagunça. Estava recémcasada com Sam, um homem apaixonado por outro homem, e grávida do marido. Arthur e Douglas queriam que concordasse em fazer sexo com quem quer que quisessem incluindo Arthur. Com tudo isso, estava tão enjoada que simplesmente não podia andar todo o caminho até a calçada. Julia passou a mão cansada sobre o rosto machucado. Acres Loucos, o maldito rancho se chamava Acres Loucos. Não poderia ter sido mais perfeito se tivesse tentado. Toda esta situação era uma loucura. Quatro meses atrás, quando seu pai a obrigou a casar com Sam, nunca pensou que estaria fugindo por sua vida e a de seu filho por nascer. Julia não achava que as coisas poderiam piorar, mas estava errada. Sam parou o carro e desligou a ignição antes de virar e olhar para Julia. — Você está bem, querida? — Julia acenou com a cabeça, o que a fez estremecer. Sua cabeça doía, assim como o resto de seu corpo. Ela só queria deitar e dormir, por um mês inteiro. Sam saiu do carro e deu a volta para ajudar Julia a sair. Ethan saiu da parte de trás e pegou suas malas, levando-as para dentro de casa. Sam não bateu, apenas abriu a porta e começou a entrar. Vários dos homens mais altos que já tinha visto na vida dela se levantaram, correndo em direção à porta. Julia se aconchegou nos abraços de Sam. Seu olhar caiu brevemente em Daniel, de pé a um lado observando Sam como um homem faminto olhando para um banquete. — Sshh, está tudo bem. Eles não vão te machucar, prometo. Estes são meus amigos e estão aqui para nos ajudar. Vamos apenas levá-la a um quarto onde que possa descansar e explicarei tudo para eles, ok? — Sam sussurrou para Julia e a levou para longe.


Julia acenou com a cabeça, enquanto seguia. Tinha alcançado a porta do quarto quando um barulho do outro lado da sala a fez olhar para cima. O coração de Julia bateu mais rápido quando se deparou com suaves olhos verdes da cor da grama de verão. Julia nunca tinha visto essa cor nos olhos de alguém antes. O resto dele combinava com os olhos. Tudo nele fazia o coração de Julia acelerar, as palmas das mãos suando. O cabelo acariciando os lados de seu rosto era de preto quase na cor azul. Seu queixo forte e quadrado inclinado para as elegantes maçãs do rosto. Ele tinha uma boca generosa, um nariz aquilino. E humor brilhava nos seus olhos. O olhar de Julia varreu lentamente seu corpo alto e poderoso. Cada centímetro dele era pura massa muscular magra. Tinha os ombros largos e fortes que se estreitavam num incrível abdômen tanquinho, envolto numa camisa de manga curta branca, e quadris magros, apertados em jeans. Sua postura enfatizava a força de suas coxas e pernas. Ele era a perfeição e Julia queria se enrolar em torno dele. Parecia estar tão chocado quanto ela. Olhava para ela, seus olhos fixos nos dela, devorando-a. Começou a dar um passo em direção a ele quando Sam pegou a mão dela e a puxou para o quarto. Ela olhou para a sala e de volta para o homem. Ele deu-lhe um breve sorriso esperançoso e acenou. Julia devolveu o sorriso e deixou Sam levá-la para o quarto. Felizmente, iria vê-lo novamente.

***** Caleb observou a pequena e delicada mulher entrar no quarto com Sam, seguido de perto por Doc. Sabia que Doc era necessário. Seu rosto estava inchado e machucado. Caleb queria encontrar aqueles que haviam feito


isso com ela e derrubá-los da mesma forma que tinha batido nela. Ela... Ele nem sequer sabia o nome dela, mas sua imagem estava gravada para sempre em sua mente. Ela estava além da beleza, mesmo com as contusões cobrindo o rosto. Era pequena como uma flor, com pequenos seios empinados e uma cintura fina, que terminava em quadris arredondados. Suas feições eram delicadas, seus pulsos pequenos. Devia ser pelo menos trinta centímetros mais baixa do que ele era e uns cem quilos mais leve. Ficaria como uma torre sobre ela. Seus ossos faciais eram delicadamente esculpidos e a boca cheia. Seu nariz era reto, curto e encantador. Seu grosso cabelo loiro acinzentado, caía em longas curvas graciosas sobre os ombros e pelas costas, tufos de cabelo emoldurando seu rosto. Ela começou a se virar para ele apenas para ser parada por Sam. Caleb cerrou os punhos, surpreso com a raiva que sentia. Queria ser o único a tocá-la. Ofereceu-lhe um pequeno sorriso, reconfortante, quando ela se virou para ele, com um olhar esperançoso no rosto. Sentiu como se tivesse ganhado na loteria quando ela devolveu o sorriso, não importando com quão hesitante era. Ela sorriu para ele. Caleb prometeu que teria outro sorriso dela assim que pudesse. A única coisa que ela deveria fazer era sorrir. Doc deixou a sala e foi sentar-se à mesa da sala de jantar, com os outros membros do Esquadrão Alfa. Caleb seguiu lentamente, observando a porta esperando Sam voltar. Não se sentou até que viu Sam sair do quarto e fechar a porta atrás de si. Sam veio e sentou-se à mesa. As linhas pesadas ao redor dos olhos mostrava como estava cansado. Sam estava ali para pedir sua ajuda. Isso poderia ser a única razão pela qual voltou depois que se mudou para Boston.


Caleb perguntou-se se os problemas de Sam envolviam a mulher. Caleb bateu o pé, enquanto esperava ansiosamente Sam começar a falar. Era tudo o que podia fazer para não chegar do outro lado da mesa e manda Sam falar. Quase prendeu a respiração até que ele falou. Ele tinha que saber sobre ela, quem era e por que estava ali. — Quero agradecer a todos por estarem aqui. Estou numa bagunça infernal e preciso de sua ajuda. Em primeiro lugar, quero pedir desculpas para alguns de vocês que magoei mantendo o meu silêncio. — Sam olhou para seu irmão na mesa. — Sky, somos muito ligados e sei que te machuquei recentemente por esconder coisas de você. Isto e as coisas que falamos no caminhão antes de eu partir. Eu não disse a você, porque não sabia também. Não queria machucá-lo, mas no meu desejo de mantê-lo seguro acho que posso ter causado mais danos. Por isso sinto muito. — Seguro? — Sky perguntou. — Seguro contra quem? Sam balançou a cabeça levemente. — Vou chegar a isso em um momento. Mas primeiro, há alguém a quem preciso pedir desculpas. Sam, obviamente, estava falando com alguém, mas ficou olhando para suas mãos. Caleb olhou para a mesa enquanto se perguntava com quem Sam falava, mas não conseguia ver ninguém respondendo. — Há alguém que machuquei além do imaginável. Pensei na época que tinha feito a coisa certa. Estava errado. Pensei que poderia negar o que aconteceu entre nós e nenhum de nós iria se machucar. Estava errado. Pensei que poderia negar os meus sentimentos e que simplesmente iriam embora. Mais uma vez, estava errado. Sam olhou para a mesa em direção ao Doc e seu discurso parecia ser destinado a ele. Caleb, confuso, olhou os dois. Sam sempre tinha saído com mulheres, na verdade, já tinham saído em um par de encontros duplos antes. Por que estava falando com Doc?


— Sei que te dei a impressão de que não me importo com você. Na verdade, quis lhe dar essa impressão. Mas me importo e muito. Deveria ter lutado por aquilo que poderíamos ter tido juntos, como você fez, mas estava com muito medo. Sei que não tenho o direito de lhe pedir isso depois da mágoa que causei a você, mas estou te implorando para ouvir o que tenho a dizer antes de me condenar a uma vida sem você. Por favor. — Sam disse olhando para o fim da mesa, onde Doc estava sentado. Então, era assim que as coisas eram, hein? Doc deu a Sam um leve aceno de cabeça, em seguida, Sam sussurrou: — Obrigado.— E Sam continuou. — Cerca de seis meses atrás, meu pai entrou em contato comigo. — Caleb virou a cabeça e olhou para Sky quando ouviu um suspiro suave vir dele. Sky estava pálido. O que diabos estava acontecendo? — Ele me ofereceu um acordo. Iria renegar Sky e ficar de fora da sua vida se eu concordasse em voltar para Boston e me casar com a mulher que escolheu para mim, produzindo um herdeiro para ele. Na época, parecia um bom negócio para mim. Sam tinha concordado em se casar com uma estranha? Ela era a estranha? Oh, Deus, esperava que não. — Vocês têm que entender quem é meu pai. Ele fez milhões passando por cima das pessoas, legal e ilegalmente. É implacável quando quer alguma coisa. Sky e eu passamos anos sob o seu polegar. Nos alistar nos SEALs depois de lidar com o meu pai foi um passeio no parque. — Sam fez uma pausa para tomar um gole de café. Ele ficou em silêncio por um momento, olhando para o seu copo. — Sempre pensei que ele era um pouco louco. Enquanto éramos pequenos, não foi tão ruim por causa da nossa mãe. Mas depois que ela desapareceu, ele voltou sua ira contra nós. O que posso dizer a vocês é que carregamos nossas cicatrizes do tempo em que vivemos com ele. — Sam...— Sky chorou, a angústia em seus olhos.


— Porque nasci primeiro, nosso pai não se importava com Sky, exceto para usá-lo como um saco de pancadas. Eu seria seu herdeiro. Começou a me preparar muito cedo para assumir seu lugar. Algumas das coisas que vi, o que fez, bem, só não entendo como alguém pode ser assim. — Sam disse. Ele apertou as mãos firmemente. — Meu pai sempre deixou claro que esperava que fosse como ele, para assumir seu lugar. Em vez disso, assim que completamos nossa maioridade, escapamos para a Marinha. O Campo de treino foi o nosso primeiro sabor verdadeiro da liberdade. Vocês podem pensar que o campo de treino foi horrível. Para nós, parecia o céu. Sam parou para tomar um gole de café novamente e parecia estar organizando seus pensamentos. Suas mãos estavam cerradas com tanta força em torno do copo, que Caleb se perguntou se quebraria. — Como disse, há seis meses, o meu pai entrou em contato comigo e concordei em voltar para Boston e me casar com a mulher que tinha escolhido para mim e produzir um herdeiro para ele. Um par de meses atrás me casei com Julia. Realmente esperava por alguma Barbie. Qual não foi minha surpresa quando fui para minha lua de mel e percebi que Júlia é, na verdade, uma jovem inocente muito doce que está tão presa nessa bagunça quanto eu. O coração de Caleb caiu a seus pés. O nome dela era Julia e estava casada com Sam. Nunca poderia ser sua. Não sabia se chorava ou ia para outro lado da mesa e estrangulava Sam. Quase o odiava naquele momento. — A pressão para produzir um herdeiro foi intensa. Um par de meses atrás, descobrimos que Julia estava grávida. O fôlego fugiu do corpo de Caleb quando ele engasgou. Ela estava grávida? De Sam? Sua miséria era como um peso de aço. Mal ouvia Sam, enquanto ele continuava a falar enquanto tentava recuperar o fôlego em seus pulmões. —Nós tínhamos feito o que nossos pais queriam, mas estávamos com medo de que iria acontecer ao bebê se, ou quando, nossos pais descobrissem.


Então decidimos não contar a eles. Em vez disso, comecei a fazer acordos com Ethan aqui para deixar o país. — Você realmente acha que iriam fazê-lo desaparecer, Sam? — Cole perguntou chocado. Sky e Sam assentiram ao mesmo tempo. — Não

tenho

nenhuma

dúvida

de

que

poderiam

nos

fazer

desaparecer. As pessoas que se opõem a nosso pai geralmente desaparecem. Já vi isso acontecer — Sam disse. — E ninguém se perguntou sobre isso? Ninguém investigou? — Perguntou Cole. — Oh, tenho certeza que foi investigado, mas quando você tem a polícia no bolso de trás, as provas tem um jeito de desaparecer, assim como testemunhas. — É para isso que precisa da nossa ajuda? Levar vocês para fora do país? — Perguntou Bear. — Deixar o país teria sido fácil. Não, as coisas são muito piores do que isso. Hoje cedo, quando cheguei em casa, encontrei meu pai tentando estuprar Julia mesmo ela estando grávida. Ele tentou estuprá-la. Eu o parei a tempo e o obriguei a sair. — Sam ouviu as maldições que vieram daqueles ao redor da mesa e concordou com eles. De repente, Doc levantou-se. Olhou para Sam com olhos tão agoniados que tudo o que podia fazer para não desviar o olhar. — Foi por isso que você me ligou? — Entendi por que desligou na minha cara. Tinha todo o direito depois da maneira como te tratei. — Sam respondeu. Doc ficou branco, passando a verde enquanto saiu correndo da cozinha. Sam saltou de sua cadeira e começou a ir atrás dele. Caleb sentou-se ali, pensando no que fazer, até que ouviu a voz de Julia no corredor, dizendo a Sam que ela iria ver o Doc. Tinha que saber qual a


relação entre Sam e Julia. Será que ela realmente pertencia a Sam ou ele tinha uma chance? Sam estava envolvido com Doc? Decidido a ter a verdade direto da fonte, por assim dizer, Caleb levantou-se e seguiu Sam para o corredor. Achou-o encostado na parede do corredor ao lado da porta do banheiro. Sam acenou enquanto se aproximava. — Ei, Caleb. Como você está? — Melhor do que você, ao que parece. — Disse quando se encostou na parede ao lado de Sam. — Sim, bem... — Sam riu asperamente. — As coisas podiam estar melhores. — Então me diga, qual é a história com o Doc? — Perguntou, decidindo ir por esse caminho, em vez de Julia. Esperava que este lhe daria as respostas que precisava. — Eu o amo. — Sam respondeu, olhando para Caleb. Caleb olhou para Sam por vários momentos, considerando a informação. Então, Sam estava apaixonado por Doc. Isso significava que Julia estava livre? — E Julia? — Eu me preocupo com ela. Ela é uma ótima garota, mas não a amo, não como a Daniel. — Daniel? —Desculpe, estava me referindo ao Doc. Seu verdadeiro nome é Daniel, mas acho que por causa do que faz, todos o chamam de Doc. Para mim, ele é apenas Daniel. — Ok, isso funciona. — Caleb riu. Eles se sentaram e esperaram a porta abrir, o silêncio entre eles aumentou. Nenhum dos dois sabia o que dizer ao outro. Assim, nenhum deles disse nada, só ficaram lá em um silêncio desconfortável.


Capítulo 3

Julia assistiu da porta do quarto Daniel correr da sala de jantar para o banheiro. Sam correu rapidamente atrás dele, a preocupação estampada em seu rosto. — Deixe-me. — Ela sussurrou enquanto seguia Daniel para o banheiro. Fechou a porta do banheiro atrás dela, deixando Sam esperando lá fora. — Aqui, Daniel. — Ela sussurrou enquanto lhe entregava uma toalha molhada quando ele esvaziou o conteúdo de seu estômago. Entregou-lhe um copo de água depois que ele limpou o rosto. — Ele ama você, você sabe. — Disse enquanto ele lavava sua boca. — Ama? — Daniel perguntou, cético. — Oh sim. — Julia sorriu. — Ele te ama muito. Fez o que fez para me proteger, para proteger a Sky. Foi errado, mas era o que achava que tinha que fazer na época. Mas ama você. Na nossa lua de mel, Sam não falava sobre qualquer coisa, exceto você. — E isso não te incomoda? Sendo casada com ele, grávida de seu filho? E saber que ele me ama? Como pode estar tão calma com tudo isso? Julia deu a Daniel uma pequena risada. — Ele não me pertence. Nunca pertenceu. Sempre foi seu. Quanto a estar grávida, nunca tivemos relações sexuais. Nós fomos para a Suíça em nossa lua e me inseminaram artificialmente. — Julia riu novamente. — Na verdade, foi assim que descobri sobre você. Ele não podia... Hã... Fazer o serviço. Acho que não sou o tipo dele. — Julia inclinou-se e sussurrou para Daniel. — Claro que, assim que começa a falar sobre você, fica duro como uma rocha. Acho que você é mais o seu tipo.


— Como é que tudo isto deve funcionar? — Daniel perguntou, apontando para seu abdômen. — Vocês se casaram e vão ter um bebê, e tudo mais. Como é que isso vai funcionar? — Não sei, Daniel, acho que é algo que todos teremos que discutir. Não vou ficar entre vocês dois, mas também quero que Sam faça parte da vida desta criança. Se pode viver com isso, viver comigo e com o bebê em suas vidas, e sabendo que não quero Sam, então não parece haver qualquer coisa que não possamos resolver. — Como você pode querer Sam? Como pode não ser atraída por ele? Você é cega? — Perguntou Daniel desconfiado. — Daniel, eu me importo com Sam. Ele esteve lá quando mais precisei dele. Mas, sexualmente, Sam não me atrai. Talvez sempre soubesse que era gay, então nunca desenvolvi uma atração por ele. Quem sabe? Mas o ponto é que não o amo, não como você o ama. E ele precisa de seu tipo de amor. Daniel olhou para ela. — E você, pequena Julia? Não merece amor? — Perguntou. — Talvez

algum

dia.

Respondeu.

Seus

pensamentos

foram

rapidamente para o homem alto e sexy, com cabelo encaracolado preto azulado, que tinha visto quando Sam a acompanhou até o quarto dele. — Agora só quero me concentrar em ter um bebê saudável e sair dessa bagunça em que nossos pais nos colocaram. — Concluiu, acabando com suas fantasias. — Obrigada, Julia. — Ah, foi mais que um prazer, querido. — Julia riu. — Agora, estou saindo porque tenho um homem muito ansioso do lado de fora desta porta que tem que rastejar um pouco. Julia saiu do banheiro, parando de repente, quando o viu encostado na parede ao lado de Sam. Olhou para ele por alguns instantes antes de relutantemente desviar o olhar e virar para Sam.


— Ele está esperando por você. Diga-lhe toda a verdade. Ele te ama, mas vai ter que implorar muito para que ele o perdoe. Ele realmente está machucado. — Sam sorriu para Julia e se inclinou para lhe dar um beijo na bochecha. — Obrigado, querida. Você é um doce. Agora vá pegar algo para comer, enquanto tento recuperar este homem. — Sam passou por Julia e foi ao banheiro, fechando a porta atrás de si antes de Caleb voltar seus olhos para os belos azuis de Julia. — Você está bem com isso? — Perguntou, indicando a porta do banheiro. Julia deu de ombros. — Sam nunca foi meu. Eu sabia que desde o começo. — Ela riu levemente. — Então, sim, acho que estou. Sam nunca vai me amar como ama Daniel. Prefiro vê-lo ser feliz com Daniel do que miserável comigo. — Você parece ter aceitado toda esta situação bem. — Você ficaria surpreso com o que uma pessoa pode vir a aceitar depois de algum tempo. — Julia falou tristemente. — Onde é que isso deixa você? — Perguntou Caleb. — Melhor do que alguns, pior do que os outros. — Caleb pensou sobre isso por um momento. — Gostaria de torná-lo melhor para você. — Ela poderia negar-lhe aqui e agora, e para ser honesto, Caleb ficaria surpreso se não o fizesse. Ou podiam ver aonde as coisas iriam. Julia deu a Caleb um sorriso brilhante e sussurrou: — Eu gostaria disso. Caleb devolveu o sorriso, com um sentimento de alegria em seu peito. Agarrou a mão dela e a levou para a sala de jantar, ajudou-a sentar e pegou-lhe um prato de comida. Não tinha esquecido as instruções de Sam para ela comer.


Caleb se encheu de alegria ao saber que estava oferecendo algo para ela, mesmo que fosse apenas um prato de comida. Queria ser capaz de fornecer tudo para ela. Queria que ela fosse dele, não de Sam. Ainda estava incomodado por Sam ser casado com Julia, mesmo que estivesse apaixonado por Doc. Estava ainda mais incomodado que estivesse tão obcecado com uma mulher que acabou de conhecer. Mas havia algo sobre Julia, que o chamava, que não podia ignorar.

***** Depois de alimentar Julia, Caleb caminhou com ela até a sala, onde todos pareciam confortáveis. Sentou-se no sofá com ela. Recostou-se no sofá e moveu sua perna até tocar Julia. Tinha que ter algum tipo de contato com ela, mesmo que fosse apenas um pouco. Precisava dela para respirar. Caleb olhou ao redor da sala de estar. A maioria dos membros de sua equipe de SEALs da marinha estava presentes. Sky estava encostado na lareira, conversando com Ethan, o advogado de Sam. Cole e Bear sentados em cadeiras opostas enquanto conversavam com Jake e seu irmão, Nick. O próprio irmão de Caleb, Rune, estava atrás dele. E com Julia sentada ao seu lado dele, tudo parecia completo. Ele a olhou com o canto do olho, vendo o sorriso satisfeito que veio ao seu rosto quando Sam e Daniel entraram na sala, de mãos dadas. Sam segurava a mão de Daniel, levando-o a uma cadeira, onde se sentou, puxando Daniel para se sentar em seu colo. Daniel tinha um olhar confuso em seu rosto. Parecia um pouco confuso com toda a situação. — Sinto muito, Julia. Esqueci de apresentá-la aos homens com quem trabalho. — Sam disse quando olhou para Julia. — Daniel, você conhece. Sua irmã Jax está lá embaixo. Vai encontrá-la mais tarde.


—Você não pode perder essa oportunidade! — Cole disse. —Ela é a única a tentar obter uma multa naquela maldita cadeira de rodas. — Provavelmente. — Sam riu. —O homem ao seu lado é Caleb Boudreaux. Logo atrás dele está seu irmão Rune. Se ainda notou, Caleb e Rune são gêmeos. — Todos os membros da nossa equipe são gêmeos, Sam. — Cole acrescentou. — É verdade, mas não somos todos gêmeos idênticos, como Caleb e Rune. — Sam respondeu. Apontou para o homem de pé na frente da lareira. — Esse é o meu irmão, Sky. — Julia acenou para ele. — Cole e Bear Daniels. — Sam disse enquanto apontava para os dois grandes homens sentados em frente à Julia. — Cole é nosso comandante. Últimos, mas não menos importantes, Jake e Nick Logan. — Vocês são todos gêmeos? — Julia perguntou, olhando ao redor da sala. Sam assentiu. — Sim. Somos parte de uma equipe de operações especiais. Todos vivemos aqui na fazenda até que tenhamos que sair em uma missão. Eu fazia parte da equipe até que tomei uma licença para ir para Boston. — Que tipo de missões? — Julia perguntou. — Bem, eu acho que... — Sam começou Caleb foi retirado de seu devaneio quando Sky olhou para Sam, uma profunda carranca em seu rosto. — Sam, o que o fez concordar com algo que o pai exigiria? Você sabe como ele é. Deus, não posso acreditar que fez isso, e sem falar comigo primeiro. — Honestamente, acreditei que estava fazendo a coisa certa, a única coisa que podia fazer. Você mais do que ninguém sabe como ele é quando coloca uma ideia na cabeça, como um cão com um osso. Não o solta. E queria um herdeiro. — Sam explicou.


— Não entendo isso, Sam. — Cole começou. — Pensei que você e Sky seriam seus herdeiros. Por que precisaria de outro? — Não entendo isso completamente. Mas o que acho é que queria um herdeiro que pudesse manipular. Em sua mente, Sky e eu falhamos com ele por não sermos idiotas egoístas como ele. Precisava de alguém que pudesse controlar, manipular, fazer à sua imagem. Sky começou a andar na frente da lareira, ele olhou para Sam. — Então concordou em casar com Julia, uma completa estranha, e produzir uma criança para ele? Você enlouqueceu? Por que daria àquele monstro outra criança para machucar? — Sky, sinceramente não estava pensando tão longe. Assim que Julia me disse que estava grávida sabia o que tinha feito e tentei corrigir. — Você não pode consertar isso, seu idiota. Deu a ele um novo alvo. Deus, não posso acreditar que pode ser tão estúpido. Sabe como ele é. Você cresceu na mesma casa que eu! — Sky gritou. — Sky. — Julia o interrompeu. —Precisa dar a Sam uma pausa. Ele sabe que cometeu um erro, mas agora precisamos de sua ajuda para corrigilo. — Não se meta nisso! Você não tem ideia do que está falando. — Sky gritou para Julia. Julia ficou de pé e foi para cima de Sky. Ela começou cutucando-o no peito com o dedo, enquanto gritava de volta para ele. — Você esquece, imbecil, que estou levando o novo alvo. Quanto a não saber o que estou falando, sei muito mais do que pensa que faço. Fui eu que bastardo tentou estuprar. Sou a única grávida do próximo herdeiro McKenzie. Sou a única forçada a se casar, assim como Sam. Acha que queria casar com ele? — Ei! — Sam interrompeu. — Oh! Cale-se, também! — Julia gritou quando olhou para Sam antes de voltar a olhar para a Sky. — Há muito mais acontecendo aqui do que até


mesmo vocês dois, tolos, podem entender. — Ela não podia acreditar o quão estúpidos estes homens estavam sendo. Eles tinham problemas maiores do que quem fez o quê. De repente, parou de falar e apertou a mão sobre a boca, como se tivesse falado demais. Ela olhou entre Sky e Sam rapidamente antes de se sentar no sofá, baixando os olhos para o chão. Com o canto do olho, Caleb assistiu Sam dar a Daniel um beijo na cabeça e tirá-lo fora de seu colo, colocando-o de volta na cadeira que ele desocupado. Ele se aproximou e se ajoelhou aos pés de Julia e tomou-lhe as mãos trêmulas na sua. — O que é isso, querida? O que sabe? — Sam perguntou em voz baixa. — O que está te chateando? Julia se mexeu em sua cadeira, não dando nenhuma resposta, apenas olhando Sam por vários momentos, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. — Não posso te dizer. — Sussurrou finalmente. — Eles vão matá-la. A sala ficou em silêncio com suas palavras sussurradas. — Matar quem, Julia? Quem vão matar? — Sam perguntou em voz baixa. — Meu bebê. — Julia. — Caleb começou quando passou um braço ao redor dela. — Nenhum de nós aqui vai deixar ninguém machucar o seu bebê. Ela ou ele, está seguro. Tudo com que precisa se preocupar é ter um bebê saudável. Tem toda uma equipe de SEALs da marinha para proteger você e seu bebê. Caleb poderia dizer pelas bocas abertas e o silêncio que se seguiu, que todo mundo ficou momentaneamente atordoado com o pequeno discurso que fez para Julia. Nunca falava muito, nunca. Mas Sam se recuperou rapidamente e acrescentou suas garantias para ele. — Julia, nunca deixarei nada acontecer com a nossa filha. — Sam foi interrompido quando Julia acenou com a mão no rosto de Sam.


— Você não entende. — Ela disse rapidamente. — Você não entendeu. Porque não pode simplesmente deixá-lo ir? Por favor! — O que não entendemos, Julia? — Sky perguntou enquanto vinha ficar atrás de Sam. — Eles têm a minha filha. — Exclamou ela. — Sua filha? Você tem uma filha? Por que não me contou? Onde ela está? — Sam começou disparando perguntas apenas para ser parado pela mão de Daniel em seu ombro. — Sam, pare. Não pode ver como isso é difícil para ela? Dê-lhe um pouco de espaço. — Daniel sentou-se no chão ao lado de Sam e colocou a mão na perna de Julia tentando tranquilizá-la. — Vamos, querida. — Daniel disse. — Diga tudo para eles. Precisamos saber tudo. Sei que está com medo, e tem o direito de estar, mas sem saber toda a história, iremos para lá cegos. Bear apareceu ao lado de Sam e Julia entregando um copo de suco. Ela bebeu e entregou o copo para ele, agradecendo-lhe, antes de se envolver no cobertor que Cole lhe entregou. Quando Caleb estendeu a mão para segurar a mão dela, segurou-a como uma tábua de salvação. Sam levantou-se, agarrou a mão de Daniel para puxá-lo para cima e voltou para a cadeira. Sentando com Daniel enrolado em seu colo novamente. — Julia, por favor, fale conosco. Está segura aqui. — Sam disse depois que acomodou Daniel perto dele. Sam esperou e deu a Julia o tempo que precisava para recompor seus pensamentos. Depois de vários momentos, ela começou a falar, nunca deixando de lado a mão de Caleb. — Minha filha, Robin, tem cinco anos de idade. Conheci seu pai quando fui para faculdade para estudar medicina. Estava no meu terceiro ano de residência quando descobri que estava grávida. Quando disse a Robert, ele ficou em êxtase. Fizemos planos para se casar. Então, meu pai descobriu. — Julia fez uma breve pausa quando as memórias tornaram-se muito pesadas,


enterrando o rosto na camisa de Caleb quando ele a segurou em seus braços. Depois de alguns minutos, ela levantou a cabeça e enxugou o rosto e começou novamente. — Meu pai odiava Robert. Ele vinha do lado errado dos trilhos, o filho de um mecânico de automóveis. Quando meu pai, Douglas, não pôde comprar Robert, mandou matá-lo. — Houve vários suspiros e algumas maldições em todo o quarto. — Depois que tive Robin, meu pai a usou para me manter na linha. Sabia que tinha matado Robert. Ele me disse isso na minha cara. Disse que se não fizesse exatamente o que ele dissesse, iria matar Robin também. Sabia que o faria, então fiz o que me disse para fazer. Teria ido para a polícia, mas não tinha prova de nada. — Sam apertou a mão de Daniel na sua, enquanto observava Julia tomar uma respiração profunda. Precisava da garantia do toque que de Daniel lhe dava. — Então, o que aconteceu, Julia? — Sam perguntou. — Meu pai e Arthur vieram com este plano brilhante para ter um herdeiro. No início, queriam me casar com Arthur. Então, decidiram por Sam. Disseram-me que se não me casasse com Sam, nunca iria ver minha filha de novo. — Queriam que se casasse com o meu pai? — Sky perguntou espantado. Quando Julia concordou Sam fez a próxima pergunta. — Se queriam que se casasse com meu pai, por que a fizeram se casar comigo? — Sam largou a mão de Daniel e sentou-se para frente, apoiando os braços sobre as pernas dele e olhou para Julia em confusão. — Me desculpe, não disse a você, Sam, especialmente depois da maneira como compartilhou seus sentimentos sobre Daniel comigo. Mas não podia. Disseram que iriam matar Robin se dissesse alguma coisa. — Disse Julia. — Querida, eu entendo, fez a única coisa que podia, dadas as circunstâncias. Mas, por favor, agora não é o momento para segredos.


Precisamos saber a verdade, toda ela. — Julia olhou para todos na sala, um de cada vez e acenou com a cabeça como se tivesse finalmente chegado a uma decisão. — Há uma disposição especial na vontade de seu avô, que diz que só um herdeiro do seu sangue pode herdar seus bens. É do pai de sua mãe e seu patrimônio é a base financeira do império de seu pai. Sem ele, seu pai estaria falido. Seu pai o controlava desde o minuto que sua mãe desapareceu. Como descendente de sangue de seu avô, a propriedade deve ir para você, não seu pai. Ele quer um herdeiro seu para que possa continuar a controlar essa fortuna. — Ainda não entendo. Por que eu e não o meu pai? — Sam perguntou. — Levei algum tempo para descobrir isso sozinha. É realmente simples. Arthur McKenzie não é seu pai biológico. Ele se casou com sua mãe quando ela estava grávida de você e Sky. Então você tinha que produzir o herdeiro para que seja um parente de sangue. — Ele não é meu pai? Então, quem é? — Sam exclamou. Seus olhos se arregalaram em choque com a implicação das palavras de Julia. — Não sei quem é o seu verdadeiro pai. Suspeito que só sua mãe saiba. Desde que Arthur havia se casado com sua mãe no momento em que você nasceu, recebeu seu sobrenome. Suspeito que foi um casamento de conveniência. — Julia respondeu. —E como sabe disso? — Perguntou Sky. — Ouvi uma conversa entre seu pai e o meu. Eles fazem negócios juntos há anos, muito antes de qualquer um de nós nascermos. — Julia explicou. — Ele não é nosso pai, pode chamá-lo de Arthur. — Sky rosnou. — Sempre senti que Arthur nos odiava, mas nunca pude descobrir o porquê. Isso explica muita coisa. Deus, ele nos odeia tanto!


— Não podíamos atravessar a sala direto sem ele ficar com raiva de nós. — Sam acrescentou. Um pensamento súbito veio a ele. — Julia, tem alguma ideia do que aconteceu com a nossa mãe? Ela está realmente morta? —Não sabe o que aconteceu com sua mãe? — Ela perguntou. — Não, chegamos em casa do colégio, quando estávamos com cerca de oito anos e tinha simplesmente desaparecido. — Sam disse. — Nós nunca fomos autorizados a falar sobre ela depois disso. Nem sequer fomos autorizados a dizer o nome dela. Se falássemos, Arthur vinha com tudo para cima da gente. — Eu me lembro de um Natal quando comprei um presente para ela. Deve ter sido a alguns meses depois que desapareceu. — Sky começou discretamente enquanto olhava para o espaço como se estivesse em seu próprio mundinho. — Coloquei debaixo da árvore para ela. Acreditava que estaria lá para o Natal. Ela nunca perdeu um feriado com a gente. Quando o Pai... Hã, Arthur... Encontrou, ele me bateu tanto que passei o resto das minhas férias de Natal me recuperando. —Sky, você nunca me contou isso. — Sky enviou um pequeno sorriso triste para Sam. — Você não estava lá naquele Natal. Ele tinha te mandado para algum tipo de visita de férias com um de seus comparsas de negócios. Ele me disse que você queria estar lá. — Sky, nunca fui visitar qualquer um dos seus comparsas. O que está falando? Quando isso aconteceu? — Sam perguntou. —Foi o primeiro Natal após a mãe sumir. Se não estava com um de seus comparsas, onde diabos estava? Deveria estar em casa comigo. — Sky disse em voz alta, com as mãos apertadas em punhos enquanto olhava para o irmão. — Trabalhei todo Natal, depois de mamãe sair. Arthur não me deixou voltar para casa. Ele me disse que só as pessoas preguiçosas comemoravam feriados. Passei todas as minhas férias trabalhando em uma de suas fábricas.


Ele me disse que você trabalhava em outra fábrica. Por que acha que nunca fui para casa para férias depois disso? Ele tinha me colocado para trabalhar. Sam passou a mão pelo seu cabelo enquanto olhava para o chão. — Deus, não aguento férias agora. — Disse calmamente. — Você era uma criança, Sam, como poderia estar trabalhando? — Julia perguntou. — Isso não importa para o meu pai. Se tivesse tempo livre em suas mãos, você trabalhava. — Sam deixou cair as mãos entre as pernas, com os punhos cerrados. — Era simples assim. — Então, nunca comemorou um feriado? — Daniel perguntou em voz baixa. — Não, não depois que nossa mãe nos deixou. Julia virou a cabeça e sussurrou para Caleb. — Volto logo. Preciso utilizar o banheiro. — Você se lembra onde fica? Gostaria que lhe mostrasse o caminho? — Ele perguntou. —Isso seria ótimo, obrigado. — Caleb se levantou e pegou a mão de Julia, ajudando-a a se levantar. Ele gesticulou para Cole que estava levando Julia ao banheiro quando viu seu olhar interrogativo. Cole concordou. Segurando a mão de Julia, Caleb levou pelo corredor até o banheiro. Fechando a porta atrás de Julia, Caleb se inclinou contra a porta e esperou que saísse. Enquanto estava lá, perguntou-se como poderia salvar sua filha e fazê-la feliz novamente. Nenhuma mãe deveria ser separada de sua filha. Isso causava uma dor profunda no peito de Caleb cada vez que pensava no que Julia devia estar passando. — Ei. — Julia disse quando abriu a porta.


— Ei. — Caleb disse sorrindo para Julia. — Está se sentindo melhor? Será que ainda dói? — Perguntou enquanto esfregava os dedos suavemente pelo rosto de Julia e sobre os hematomas. — Não, não realmente. — Julia abaixou a cabeça. — Estou horrível. — Acho que está linda. — Caleb disse suavemente. Julia levantou a cabeça, inclinando-a para trás para olhar para o rosto de Caleb. — Sério? — Sim, bebê, eu acho.— Caleb teve o prazer de ver o rosto de Julia corar enquanto ela sorria. Isso significava que estava feliz com o seu elogio. Esperava que também significasse que sentia a mesma atração por ele que sentia por ela. — Então, o que você faz aqui? — Perguntou Julia. Caleb encolheu os ombros. — Um pouco disto e um pouco daquilo. Principalmente, explodo coisas, no entanto. — Você explode coisas? Caleb riu ao ver o olhar surpreso no rosto de Julia. Acenou com a cabeça. —Faço demolição. —Isso é perigoso? — Julia perguntou. Caleb podia ver suas mãos se torcendo, como se estivesse nervosa. — Não mais do que ser um motorista de ônibus. Fui totalmente treinado e faço isso há anos. Basicamente é só acender grandes fogos de artifício e jogar em edifícios. — Oh, isso é tudo? — Julia riu. — E mora aqui com todos os outros membros de sua equipe? Caleb acenou com a cabeça.


— Estamos todos muito perto, devido ao nosso treinamento. Nós não lidamos bem em grandes multidões. — Caleb riu. — Então, sim, vamos ficar aqui na fazenda até que sejamos necessários para uma missão. — São uma equipe há muito tempo? — Julia perguntou. — Sim. Estamos juntos há muito tempo. Confio em cada um dos homens da minha unidade com a minha vida. Não me decepcionaram nunca. — Parece bom, ter tantos amigos próximos que pode confiar. Caleb acenou com a cabeça. Estendeu a mão e pegou a mão de Julia na sua, olhando quão delicada se parecia em comparação com suas grandes mãos. Levantou os olhos das mãos de Julia para olhar nos olhos dela, hipnotizado pela maravilha refletida ali. — Posso te beijar? — Adoraria. — Julia respondeu. Caleb estendeu a mão para o rosto machucado de Julia antes de baixar os lábios nos dela. Seus lábios tomando os dela. Sua língua pressionou levemente entre os lábios cor de rosa. O primeiro beijo era gentil e doce. O segundo foi duro e molhado e exigente. Quente e apaixonado. Depois de alguns momentos de silêncio, eles se separaram. Caleb podia ver o coração de Julia pulsando em seu pescoço. Suas bochechas estavam coradas, a respiração entrecortada. Caleb não achava que ela poderia ficar mais bela do que naquele momento. — Acho que devemos voltar. — Julia sussurrou. —Sim, também acho. — Foi tudo que Caleb podia dizer para não gemer quando os olhos de Julia pararam em sua boca e ela lambeu os lábios. Podia sentir sua ereção em guerra com seu zíper, implorando para sair e ele não queria nada mais. Julia não parecia que poderia lidar com isso agora, apesar de tudo. Não eram apenas os hematomas no rosto. Havia um cansaço nos seus olhos. Ela parecia cansada. Talvez pudesse lhe dar um pouco de paz


depois, um banho de espuma ou algo assim. Qualquer coisa para fazer com que o cansaço vai fosse embora. — Vamos lá, bebê, vamos voltar para a reunião antes que enviem uma equipe de busca. Caleb colocou a mão na parte baixa das costas de Julia quando a escoltou de volta para a sala e para o sofá. Deu de ombros quando Rune encarou, com uma sobrancelha erguida numa pergunta silenciosa. Rune rapidamente inclinou-se e calmamente contou o que tinha acontecido desde que saíram da sala. A boca de Julia caiu aberta quando Rune disse que James, seu mordomo, era, na verdade, o pai biológico de Sam e Sky. A notícia mais emocionante que Rune compartilhou foi que James era casado com a mãe de Sam, que ainda estava viva e escondida para sua própria segurança. Sam devia estar atordoado. — Ok, o que sabemos neste momento? — Ethan perguntou. — Bem, — Julia começou. — sabemos que Arthur e meu pai vão querer fazer qualquer coisa para conseguir o seu próprio caminho, até mesmo matar. Eles têm a minha filha e a estão usando para me manter na linha. Estou preocupada com o que possam fazer com ela agora que descartei Arthur. — Isso traz à tona outra questão. Se Arthur sabia que o herdeiro tinha que ser um parente de sangue, e há testes de DNA hoje em dia, por que iria tentar engravidar Julia? — Ethan perguntou. — Ele odeia Sam e Sky porque o desafiaram. Odeia qualquer um relacionado a eles. Acho que nesse ponto, não poderia ter se importado menos se teria um herdeiro de sangue ou não. Além disso, quem diria que não era parente de sangue? — Isso faz sentido, numa espécie doente de pensamento. — Sam riu. — Julia já está casada comigo e Arthur não tinha ideia dos meus sentimentos... Por Daniel. Tenho certeza que pensou que Julia e eu tínhamos um casamento normal.


— Caramba, esse homem é doente. Nós temos que fazer algo para detê-lo. — Bear disse com veemência. — Está destruindo vidas para seu próprio prazer doentio. — Mas o que podemos fazer? — Julia perguntou. — Ele é muito poderoso. Se tentarmos qualquer coisa, vai matar Robin. — Julia, o que a faz pensar que Arthur vai matar sua filha? — Perguntou Daniel. — Arthur não pode, mas o meu pai vai. Douglas Spencer é tão cruel como seu pa... Como Arthur. Eles têm sido bons amigos por muitos anos. Iriam trabalhar juntos para conseguir o que querem. — Julia assegurou-lhes. — Não vou deixá-lo tocar em um fio de cabelo na sua cabeça. — Caleb prometeu enquanto abraçava Julia, trazendo-a para o seu lado. Sam sorriu, divertindo-se com a postura protetora que Caleb tinha tomado com Julia. As chances de que iria tentar conquistar o coração de Julia estava ficando cada vez maior. Sam não achou que seria uma má partida. Caleb iria proteger Julia tanto quanto podia. — Julia, sabe onde colocaram Robin? — Sam perguntou. Julia acenou com a cabeça. — Antes de concordar em me casar com você, meu pai pegou Robin na escola. Ele é o avô. Por que não? Depois, ele me chamou e disse que se queria vê-la de novo, eu me casaria com você. Ele me deixa falar com ela no telefone uma vez por semana. — Quando falou com ela pela última vez? — Sam perguntou. — Só depois de Arthur e meu pai vieram para casa. Ele queria que eu concordasse com o pequeno plano de Arthur, para me deixar falar com Robin. — Seu pai lhe deu para Arthur, embora estivesse casada com Sam? — Caleb perguntou através dos dentes cerrados. Seus braços se apertaram ainda mais em torno de sua forma pequena, quando ela balançou a cabeça. Vão fazer tudo o que puderem para conseguir o que querem. Eles não se importam a quem ferem ao longo do caminho ou a quem matam. Se alguém os desafia,


desaparece ou aparece morto. Olha o que já fizeram para Sam e Sky. Não sentem culpa por matar alguém, se essa pessoa não faz o que querem. — Bem, acredito que a nossa primeira ordem do dia é pegar Robin e trazê-la aqui para o rancho, onde ela estará segura. — Sam começou. — James, tem certeza que nossa mãe esta segura? Sam assentiu com a cabeça. Estaria mais confortável com sua mãe aqui no rancho, mas havia confiado a vida de Julia a James, iria confiar nele com a vida de sua mãe também. — Precisamos também reunir todas as informações que pudermos sobre seus negócios. Jax, pode lidar com essa parte? — Quando Jax assentiu Sam virou-se para Ethan. — Meu pai não sabe quem você é. Você se sente seguro o suficiente para voltar a Boston e cavar em torno? Quero que olhe para a propriedade de meu avô. Descubra tudo o que puder relativo às condições de seu testamento. — Ethan assentiu. — Então,

por

agora,

acho

que isso é tudo. Também acho que todos nós precisamos de uma pausa. Esta tem sido uma longa noite para todos e precisamos de algum tempo de inatividade. Por que não vamos todos dormir um pouco e nos encontramos aqui na parte da manhã para finalizar nossos planos? — Sam perguntou. — Julia, vai ficar bem? Precisa de alguma coisa para a dor? — Daniel perguntou de sua posição ao lado de Sam. Julia balançou a cabeça: — Não, vou ficar bem, Daniel, mas obrigado por perguntar. — Vou cuidar dela. — Caleb rosnou possessivamente enquanto levantava Julia em seus braços e se levantava. Julia não parecia ter um problema com ele. Ela colocou um braço em volta de seu pescoço e se enrolou em seu peito largo como um gatinho. Praticamente ronronou. Caleb sorriu e puxou Julia mais perto quando saiu da sala com ela. Os pequenos sons provenientes dela faziam seu pênis doer. Era um som de pura satisfação. Ele se perguntou que outros sons que ela faria quando estivessem sozinhos e nus.


Capítulo 4

Caleb levou Julia, não para o quarto que lhe tinha sido atribuído, mas para seu próprio quarto. Gentilmente a deitou na cama e fechou a porta. Quando voltou para a cama, deitou-se ao lado dela e a puxou de volta em seus braços, embalando a cabeça em seu peito, seus braços apertados ao redor dela. — Vou trazer Robin para casa para você, Julia. — Sussurrou em seu cabelo enquanto ouvia a respiração irregular. — Prometo, minha querida. — Pegou seu queixo e ergueu o rosto para ele. — Acredita em mim? — Perguntou em voz baixa. Julia olhou em seus olhos cor de musgo. Caleb sentia como se estivesse olhando para a sua alma, olhando para ver se estava dizendo a verdade. Será que acreditaria nele? Sua respiração ficou presa na garganta quando as mãos pequenas e delicadas seguraram seu rosto. Ela correu os dedos suavemente sobre o rosto, começando com a testa, descendo através de seus olhos e suas maçãs do rosto. Todo o corpo de Caleb tremeu quando ela acariciou seus lábios com os dedos, várias vezes, antes de se inclinar para substituir os dedos com os lábios aveludados. Seu beijo era tão suave, apenas um toque de seus lábios nos dele. Caleb deixou Julia levar o beijo como queria, deixando-a assumir a liderança. O toque dos seus lábios era uma sensação deliciosa. Foi um beijo tão suave e leve como uma brisa de verão. Ele cantou em suas veias.


Separando suas bocas, ele olhou em seus olhos. — Julia. — Sussurrou, antes de mover sua boca sobre a dela, seus lábios firmes procurando e devorando sua suavidade. — Preciso de você. — Sussurrou contra sua pele entre beijos. Quando voltou a falar, sua voz era suave, quase um murmúrio. — Você quer isso, bebê? — Perguntou, a rouquidão persistente em sua voz. — Deus, sim! — Disse ela com uma voz que parecia vir de muito longe. Caleb olhou-a, memorizando sua figura. — Gostaria que você fosse minha. — Disse em voz baixa. Seu profundo desejo nu em seus olhos. Julia sentiu o corpo de Caleb estremecer contra o dela. As mãos de Caleb tremeram quando desabotoou a blusa dela e empurrou as pontas para o lado, seus dedos gelados, mas as palmas em fogo. Soltou a taça rendada do sutiã, inalando profundamente quando seus seios surgiram diante dele. Bonitos mamilos rosados coroavam seus exuberantes seios fartos. Delicadamente, as mãos delinearam o círculo de seus seios, seus dedos roçando em seus mamilos. Seu toque era leve e dolorosamente excitante. Seus mamilos endureceram imediatamente sob seu toque. Tirou as roupas do corpo dela até que estava diante dele. A beleza bem torneada de seu corpo nu provocando-o até que soltou um gemido profundo. Ele se inclinou, seus lábios provocando um tenso mamilo escuro antes de sua língua fazer um caminho para baixo nas costelas e por seu estômago. Suas mãos exploraram as linhas suaves de seu abdômen, a cintura, o oco de seus quadris.


O afago de suas mãos enviava sacudidas de prazer em Julia enquanto se moviam magicamente sobre seu corpo, seguidas de perto por seus lábios enquanto Caleb sussurrava seu amor por cada parte dela. Julia se contorcia sob Caleb, ansiosa por cada toque. — Oh, Caleb! — Gemeu colocando as mãos em seu cabelo. — Quero saber se tem um gosto tão doce quanto acho que tem. — Caleb sussurrou com as mãos afastando as suas pernas. Estava deitado entre suas coxas e não perdeu tempo em explorar a sua carne com os seus lábios, sua língua. Em poucos segundos, Julia estava ofegando seu nome, gritando de prazer, gozando em sua boca. Julia de repente sentou-se, empurrando os jeans de Caleb para baixo de seus quadris, seu pênis ereto surgindo livremente. Ele ansiava por seu toque, ansiava por senti-la acariciar seu comprimento dolorido. Não o decepcionou, envolvendo uma mão delicada em torno de seu pênis, enquanto seus lábios se encontravam mais uma vez, enquanto arrancava sua camisa. Caleb moveu a mão entre as coxas de Julia quando a empurrou de volta para baixo em suas costas. Seus dedos empurraram profundamente dentro dela. Julia arqueou o corpo, amando a sensação de seus mamilos esfregando

contra

os cabelos do

seu peito. Ele

beijou seu pescoço,

mordiscando levemente sua pele macia. As mãos de Julia apertavam seu cabelo enquanto ela gemia. — Caleb, oh, por favor, Caleb. Caleb rapidamente estendeu a mão para a sua mesa de cabeceira e pegou um preservativo, abrindo o envelope com os dentes antes de rolar para baixo em seu pênis dolorido. Segurou-a pelos quadris e empurrou seu pênis inchado dentro dela. Encheu-a e ela gemeu. Prendeu seu olhar com o dela enquanto empurrava dentro e fora de seu corpo, lentamente. Caleb envolveu suas pernas ao redor de suas coxas. Julia começou a tremer. Empurrou mais e mais rápido, quase frenético com sua necessidade.


— Caleb... — Ela murmurou baixinho contra boca. — Caleb, oh Deus, eu sou... Vou... —Dê-me, bebê. Quero sentir você gozando no meu pau. — Gemeu contra seus lábios. Julia ofegante a cada estocada seu pau duro, seus quadris ondulando contra ele. Caleb puxou as pernas dela, levantando-as mais alto, espetando-a com seu pau latejante, enquanto ela gritava, com os braços apertando em seu pescoço. O corpo trêmulo de Julia arqueou e ela o segurou quando convulsões de puro prazer tomaram seu corpo. Apertando-o com força dentro dela, gritou seu nome enquanto gozava. Caleb continuou martelando dentro e fora do corpo de Julia, seu corpo ficou rígido. Olhou profundamente em seus olhos e gemeu. — Julia. — Empurrou mais uma vez e lançou seu gozo dentro dela. Caindo em cima de Julia, pressionou sua testa úmida contra a dela. Exalou um suspiro longo e trêmulo. Sentia o corpo mole, os braços fracos e tremendo. Caleb beijou-a e rolou de costas. Passou os braços em volta dela e a puxou para seu peito. Passou os dedos pelo seu longo cabelo loiro e disse: — Apenas me dê alguns minutos para recuperar o fôlego, então vou te amar de novo. — Estendeu a mão para ela, alguns minutos depois. Desta vez, foram capazes de explorar, despertar, dar prazer um ao outro lentamente.

***** Julia acordou com uma textura macia acariciando seus lábios. Ela cheirava rosas frescas. Abrindo os olhos, encontrou os ombros largos de Caleb bloqueando a luz do sol de manhã cedo, mas um sorriso largo no rosto dele. Ele era, obviamente, uma pessoa matutina.


A textura macia era um creme refrescante que Caleb esfregava em seus lábios. —Bom dia, bebê. Dormiu bem? — Ele perguntou baixinho antes de se inclinar para dar um beijo em seus lábios. — Que horas são? — Perguntou Julia. Ela virou a cabeça para olhar para um relógio. — Cedo. — Ele riu suavemente. — Até os galos ainda estão dormindo. — Então por que me acordou? — Ela gemeu enquanto tentava puxar as cobertas sobre a cabeça. — Não podia ficar mais um segundo sem ver seus belos olhos azuis e ouvir sua voz doce. — Ele sussurrou com um desespero possessivo em sua voz. Ele puxou as cobertas até a cintura, expondo sua pele nua ao seu olhar faminto. O coração de Julia acelerou em seu peito ao ver a expressão de urgência nos olhos de Caleb. — Preciso de você. — Ele gemeu antes que seus lábios pegassem um dos seus seios, sua língua acariciando seus mamilos sensíveis e inchados. Julia congelou quando seus sentidos retornaram a vida. — Diga-me que posso ter você novamente, Julia. — Sussurrou contra sua pele quente. — Diga sim. Sua mão queimou um caminho por seu abdômen e a coxa, a suave carícia enviando correntes de desejo através de Julia. — Sim, sim, sim. — Ela gemeu, enterrando as mãos em seu cabelo espesso e o puxou até que seu corpo firme estivesse descansando entre as coxas abertas, seu pau acariciando suas dobras suaves. — Caleb. — Exigiu, empurrando seu corpo contra o dele. O corpo de Julia passou de frio para quente em segundos quando sentiu o pau duro de Caleb cutucar sua entrada apertada. Ela se encheu de um desejo voraz diferente de tudo que já tinha sentido antes. Seu corpo começou a contorcer-se debaixo dele, enquanto tentava trazê-lo em seu corpo dolorido.


— Caleb, por favor, preciso de você. — Implorou, as mãos alisando as costas para agarrar seus quadris. — Só você, Caleb. — Julia engasgou quando Caleb se inclinou para beijá-la. O peso de seu corpo pressionando os seios contra a dureza do peito de Caleb. Seu gemido atormentado era um convite inebriante. Suas mãos rapidamente encontraram um preservativo e o colocou. Agarrando seus quadris com suas mãos grandes, ele ergueu seu corpo apenas uma fração e mergulhou na entrada apertada de Julia. A paixão bombeou o sangue através do coração de Julia, peito e cabeça quando Caleb começou num ritmo frenético. Juntos, encontraram um ritmo que prendia seus corpos. A impaciência de Julia cresceu em proporções explosivas, até que se quebrou

com

um

grito

em

um

milhão

de

estrelas

brilhantes.

Seus

pensamentos fragmentados enquanto as mãos e os lábios continuaram a sua exploração com fome seu corpo até que Caleb arqueou-se e gozou, gritando o nome de Julia. Ela ficou lá no calor sonolento da cama, seus pensamentos no homem enorme que segurava nos braços. Eram dois dias tempo suficiente para construir qualquer emoção duradoura entre eles? Ele estava apenas preenchendo um momento de desejo físico? Se Caleb queria apenas isso dela, iria rasgar a sua alma depois. Caleb

hesitou,

dilacerado

por

emoções

conflitantes,

antes

de

suavemente sussurrar o nome de Julia. Metade em antecipação, metade com medo, olhou para encontrá-la olhando-o. Desajeitado, limpou a garganta. Quando tentou falar, sua voz vacilou com suas emoções. — Julia... Eu... Uh... Caleb parecia um homem complexo, não é fácil de conhecer intimamente. Por causa disso, se perguntou se deveria confessar suas dúvidas com ele ou se iria estragar esse momento que tiveram juntos. Sua mente era uma


mistura louca de esperança e medo, enquanto esperava que ele dissesse alguma coisa. — Nunca vi ninguém tão bonita quanto você em toda a minha vida. Você é como um sonho tornado realidade. — Julia riu quando olhou nos olhos verdes escuros de Caleb. — É tudo o que você vê? Apenas um rosto bonito? — Sua declaração era ridícula considerando os hematomas e inchaços que cobriam seu rosto. — Oh não, bebê. — Caleb balançou as sobrancelhas enquanto seu olhar descia ao longo do corpo nu de Julia. — Há muito mais em você do que um rosto bonito. — Sério? — Julia perguntou enquanto esfregava as mãos pelo peito forte de Caleb. — Como o quê? Caleb sorriu. — Deixe-me mostrar-lhe. — Julia soltou um risinho satisfeito quando Caleb atacou-a com os lábios. Empurrou suas hesitações e dúvidas na parte traseira de sua mente e desfrutou do toque de Caleb. Pensamentos pesados podiam esperar até mais tarde. Agora, só queria desfrutar do que Caleb estava fazendo com ela.

Capítulo 5 Quando Julia entrou na sala de jantar, na manhã seguinte, Sam olhou para cima e sorriu. Caleb tinha o braço em volta dela e a segurava possessivamente ao seu lado. Depois de pegar um prato cheio de frutas frescas e um pouco de suco, Caleb sentou-se à mesa e puxou Julia para sentar ao lado dele, puxando para perto sua cadeira e imediatamente começou a alimentá-la com suas frutas.


Julia olhou para Sam e corou com a sobrancelha levantada. Sam começou a rir quando Caleb olhou para ele e rosnou possessivamente. Julia pareceu se envergonhar ainda mais e enterrou o rosto vermelho no pescoço de Caleb. Isso só fez Sam rir mais ainda. Caleb olhou para cima quando ouviu Sam sussurrar o nome de Daniel. Sam virou-se para Daniel dando um pequeno beijo em seus lábios, antes de olhar em seus olhos e falar baixinho para ele. — Amo você, Daniel, sabe disso, né? — Daniel hesitou por um segundo e depois acenou com a cabeça. — Também preciso cuidar de Júlia. Ela é a mãe do meu filho e nunca vou abandoná-la. No entanto, não tenho nenhuma dúvida de que você vai ser a minha vida. Entende isso? Caleb ficou bastante irritado com o comentário de Sam. Odiava que Sam fosse casado com Julia, que tinha direito a ela. Queria ter esse direito. A raiva surgiu quando pensou que Julia pertencia a alguém além dele. Uma vez que Daniel assentiu novamente Sam se virou para olhar para Julia e Caleb. Seu tom agora sério quando disse. — Caleb, se Julia permite você em sua vida, que assim seja. É a sua escolha. Ela é uma linda e doce, jovem e merece um pouco de felicidade. — Sam parou por um momento, avaliando a ira de Caleb enquanto continuava a falar. — Também quero que se lembre de duas coisas. Primeiro, Julia está grávida por meios artificiais. E apesar de estarmos casados, nunca a conheci de forma sexual. Inferno, nunca vi a mulher nua. Tentou não rir quando Caleb rosnou para isso. — Segundo, meu coração pertence a Daniel. Ele sempre será dele. Não tenho pretensões para Julia que não a sua segurança e felicidade. Farei tudo ao meu alcance para ter certeza de que ninguém jamais a machuque novamente. Então, se escolher estar com você ou qualquer outra pessoa, é o seu negócio. Se machucá-la, então se torna o meu negócio. — Sam estava um pouco preocupado, não que não confiasse em Caleb, mas porque o homem era


tão grande. Era bem mais alto que Julia. Julia, um pequeno pedaço de uma mulher, tinha um pouco mais que um metro e meio. Além desse fato, Caleb sempre foi conhecido por não jogar bem com os outros. Olhando de fora qualquer um pensaria que com o tamanho de Bear que ele seria o dominante, mas o comportamento intimidador de Caleb superava até mesmo Bear. Sam se preocupava que Caleb fosse ofuscar a personalidade doce de Julia. Caleb assistiu Sam por algum tempo antes de assentir com a cabeça. — Justo. — Caleb era um homem de poucas palavras. — Julia, como se sente sobre tudo isso? — Sam perguntou. Olhou para cima, sorrindo, quando todo mundo começou a trilhar para a sala de jantar, uns pegando um pouco de comida, outros apenas café. Julia levantou a cabeça de onde tinha enterrado no braço de Caleb. Ela ficou vermelha novamente, mas continuou a olhar para Sam. — Ele é doce. — O queixo de Sam quase bateu com a declaração, assim como todos os outros. — Doce? Você acabou de chamar Caleb de doce? — Rune perguntou do outro lado da mesa. — Você sabe de quem esta falando, certo? Caleb Boudreaux, o pior e mais ordinário Cajun1 fora da Louisiana? — Julia olhou para Rune até que ele levantou as mãos em sinal de rendição. — Quero dizer Isso. Caleb é doce. Você está com inveja porque ele é mais bonito do que você. Sam quase caiu da cadeira de tanto rir. Caleb e Rune eram gêmeos idênticos. Somente depois de anos juntos que foi capaz de realmente distinguilos. Caleb apenas sorriu e beijou o topo da cabeça de Julia antes de lhe alimentar com outro pedaço de fruta. 1

Descendente de um grupo étnico expulso do Canadá e que se fixaram na Louisiana. Esta população tem uma cultura própria, em especial uma variedade de música e culinária que já ultrapassaram as fronteiras daquele país.


— Então, — Sam começou depois que conseguiu se controlar. — você está bem com isso? — Fez um gesto em direção a Caleb. Julia olhou para Caleb, com o rosto corado. — Sim. — Sorriu para ele. Caleb levantou uma sobrancelha para ela, mas não disse nada, apenas entregou-lhe um pedaço de fruta. — Isso é bom o suficiente para mim. — Respondeu Sam enquanto se virava para todo mundo sentado à mesa. — Então, ninguém veio com quaisquer planos brilhantes durante a noite sobre como tirar nossos traseiros do buraco em que estamos? Ethan assentiu. — Sim, acho que pode ter alguma coisa, mas vou ter que rebolar um pouco para conseguir. — Conte. — Bem, tenho pensado muito sobre o testamento de seu avô. Pareceme que a sua propriedade é a espinha dorsal do império financeiro de seu pai. Estou certo? Sam deu de ombros. — Me pegou. Caleb deixar a conversa fluir para longe dele enquanto observava Julia comer a fruta. Ela era tão linda. O que uma mulher linda como ela podia querer com um homem como ele? Era um soldado. O que sabia sobre as coisas que uma garota da sociedade como Julia estaria interessada? Estava preocupado que a vida difícil que levava pudesse ser mais do que Julia pudesse segurar. Não seria fácil para ela ser esposa de um soldado. Esposa? Onde diabos tinha pensado isso? Ele mal a conhecia e já estava a considerando sua companheira. Caleb perguntou se estava louco. Sabia como explodir coisas, atirar e lutar contra um inimigo. O que sabia sobre como cuidar de uma mulher gentil como Julia?


— Agora vem a parte mais difícil. Precisamos tirar Robin de lá e trazêla aqui para a fazenda antes de prosseguir com a derrocada de Arthur. — Sam disse. — Não quero que a usem para nos manter na linha. Nós também precisamos fazê-lo o mais breve possível. Não quero que tenham qualquer ideia do que estamos planejando. Qualquer ideia, alguém? — Se Jax puder me dar uma lista de todas as suas propriedades, não deve ser muito difícil descobrir onde ela está. Digo que basta ir buscá-la. Não é como se nós não fizemos esse tipo de coisa antes. — Cole disse. —Isso é para o que somos treinados. Caleb assistiu todos na mesa balançam a cabeça em concordância. Se um deles estivesse em dificuldade, todos os outros iriam ajudar. Isso é o que os amigos fazem. — Então, estamos todos de acordo? — Perguntou Cole. Cada pessoa na mesa acenou com a cabeça. — Ok, então, a operação de resgate Robin está em vigor. Jax, você descobre o que puder sobre o computador. Tem que haver uma trilha em algum lugar. Jax assentiu e rodou para fora da sala. — Jake, quero você e Nick voando de volta para Boston. — Cole disse enquanto olhava para dois outros membros de sua unidade. — Vigiem. Quero saber todos os seus movimentos. Inferno, quero saber o que têm para café da manhã antes que possam comer. — Cole olhou para outro membro de sua unidade. — Rune, junte nossos suprimentos. Engrenagem Padrão. Você sabe o que precisamos. Sam, você e Sky ficam aqui com Ethan, passem por cima de cada pedaço de papelada que possa descobrir como trazer esses idiotas para baixo. Caleb. — Vou trazer a pequena para casa de sua mãe. — Caleb anunciou calmamente a todos. — Sim. — Cole riu. — Pensei que iria. Ok, então vai com Jake e Nick. Encontre Robin e a traga para casa, para sua mãe. Isso deixa o resto de vocês aqui para proteger o que é nosso. Quero medidas de segurança adicionais


tomadas com todas as precauções. James, sei que você disse que tinha mudado Lillian para um lugar seguro, mas me sentiria muito mais confortável se a trouxer para cá, onde podemos ficar de olho nela. Além disso, tenho certeza que Sam e Sky gostariam de ver sua mãe. — James pensou por alguns minutos e acenou com a cabeça. — Sim, acho que seria melhor tê-la aqui, onde posso ficar de olho nela. Mas isso significa que não vou sair daqui para lugar algum. Não vou deixar Lillian sozinha aqui. — Isso é bom. Isso só nos dá mais uma pessoa para a proteção. Suponho que sabe como lidar com uma arma? — James apenas olhou para Cole, revirando os olhos. — Não, nunca manuseei uma na minha vida. — Ele sorriu. — Sim, isso é o que pensei. Ok, sua missão é proteger a casa, assim que voltar com Lilian. — Cole olhou para todos na mesa seriamente. —Espero que todos compreendam porque Bear e eu temos que ficar aqui. No caso de haver alguma palavra sobre... Mari. — Ele mal conseguia falar o nome dela. — No caso de houver qualquer pista, temos que ficar aqui. Espero que entenda. — Cole, não esperamos que vá. — Sam assegurou a Cole, batendolhe nas costas. — Você é necessário aqui, assim como Bear. Ninguém pensa menos de você por não ir. Todos nós queremos Mari de volta. Se fosse Daniel, eu faria a mesma coisa. — Cole acenou em agradecimento. — Mais alguma pergunta? — Perguntou Cole. Quando ninguém disse nada, perguntou: — Alguém tem mais alguma coisa a acrescentar, então? — E o que fizeram com Julia? Ambos precisam pagar por isso. — Caleb afirmou com firmeza. — Droga, isso é certo. Temos todas as provas do estupro de Julia. — Sam disse, batendo a mão na mesa. — Provas do estupro de Julia? O que está falando, Sam? Achei que você o parou antes que estuprasse Julia. — Cole perguntou.


— Parei. Mas antes que viajasse para cá levei Julia para ser examinada por um médico. Ele fez um kit de estupro em Julia. Não havia nenhuma evidência sexual desde que Arthur não estuprou Julia, mas temos fotos e toda a informação médica sobre seus ferimentos. Tenho tudo documentado e lacrado pelo médico. — Isso poderia colocá-los no buraco? — Cole perguntou. Ethan viu onde Cole estava indo com isso. — Sim, os promotores do planeta ficariam encantados com o que temos. Caleb olhou para baixo, onde Julia encolheu-se ao lado dele. — Podemos condená-los sem usar esta informação? Sem arrastar Julia para isso? Sam olhou para Julia e as lágrimas silenciosas caindo pelo rosto. — Julia? — Sam perguntou em voz baixa: — Como se sente sobre isso? Quer que a gente use isso ou não? — Eles precisam pagar pelo que fizeram. Se isso pode ajudar, então use. — Julia limpou o rosto enquanto olhava para Sam. — Prefiro não, se não precisar. Preferiria esquecer tudo. — Ok, querida, se pudermos acabar com eles sem usar isso, nós o faremos. Vou fazer tudo que posso. — Sam assentiu. — Julia, vamos encontrar o que precisamos para prendê-los. Prometo. — Ethan disse batendo em seu joelho. — Sei que podemos encontrar um caminho. Somos todos homens relativamente inteligentes aqui. — Quando Caleb olhou para a mão tocando o joelho de Julia e rosnou para ele, Ethan riu. — Bem, a maioria de nós de qualquer maneira. Alguns ainda são homens das cavernas. O riso na mesa só fez Caleb rosnar mais enquanto puxava Julia apertada contra ele. Finalmente o riso cessou e Cole disse: — Bem, então, todo mundo sabe o que precisa fazer? — Quando todo mundo concordou Cole afastou sua cadeira para trás e se levantou. — Ok,


vamos, então. — Quase como se tivessem coreografado, todo mundo se levantou, empurrou suas cadeiras e se afastou da mesa para fazer o que foram designados para fazer. Jake e Nick embalaram suas coisas para ir para Boston. Caleb escoltou Julia para seu quarto. Ele lentamente deixou seu corpo deslizar pelo dele. Gostava da sensação dela sob suas mãos, seu corpo pressionado contra o dele. — Vou sentir sua falta, bebê. — Sussurrou contra seus lábios. — Posso te ligar? — É melhor ligar mesmo! — Julia riu quando colocou os dedos em seus cabelos, puxando sua cabeça para a dela. — Toda noite? — Caleb perguntou entre beijos doces em seus lábios. Quando ela assentiu, Caleb deu-lhe um sorriso grande e travesso. — Já fez sexo por telefone? Julia corou. — Não. —Vou ter que corrigir isso. Sei que tenho apenas dez minutos, mas posso fazer amor com você de novo, Julia? Antes de ir? Vou ficar fora por algum tempo e vai ser um inferno estar longe de você agora que te encontrei. — Você fala demais, quando deveria estar me dando algo de lembrança. — Julia riu. — Agora, cale a boca e me beija. — Entendido. — Caleb rosnou quando se inclinou para saquear os lábios de Julia. Desabotoou as calças e as empurrou para baixo no quadril. Colocou a mão contra ela. Deus, ela estava tão molhada, pronta para ele. As mãos de Caleb tremiam enquanto rapidamente puxava a camisa e a jogava no chão, empurrou as calças para baixo em torno de seus tornozelos depois de pegar um preservativo no bolso.


Rapidamente rolou o preservativo por seu pênis dolorido e pegou Julia. Nem sequer teve tempo de tirar as botas quando pegou Julia e envolveu suas pernas ao redor de seus quadris. — Isso vai ser rápido, Julia. — Gemeu contra seus lábios enquanto mergulhava dentro de seu canal apertado. — Preciso muito de você. Julia sentiu a dureza da parede quando Caleb empurrou-a contra ela, seus quadris se movendo freneticamente enquanto suas mãos agarraram seus quadris para segurá-la no lugar. Julia apenas colocou as mãos em volta do pescoço de Caleb e se segurou para o passeio. Caleb não podia acreditar o quão bom era estar em Julia. Cada vez com ela era melhor do que a última. Se as coisas continuassem assim, ela ia matá-lo em menos de um ano. E sabia que morreria feliz. Podia sentir o orgasmo perto, mas queria que Julia gozasse primeiro. Estendeu a mão e começou a acariciá-la até que a sentiu gozar apertando ao redor dele. Viu seu rosto enquanto a levou ao clímax. Julia estava linda em seu orgasmo. Seu rosto estava vermelho com o desejo, os olhos meio fechados, a boca ligeiramente aberta em admiração quando ela gritou: — Oh, Caleb. Assistir o orgasmo de Julia era mais do que Caleb poderia aguentar. Uma, duas, três estocadas frenéticas em sua vagina quente e seu pênis explodiu dentro dela. Sentiu a força deixar o seu corpo enquanto afundava lentamente no chão, segurando Julia firmemente junto a ele. Ele se ajoelhou ali no chão por alguns instantes, tentando recuperar o fôlego, até que Júlia começou a se contorcer. — Caleb, querido, está me apertando muito. Não consigo respirar. Caleb imediatamente soltou seu aperto, mas não a soltou. Ficando de joelhos, caminhou até a cama e deitou-se, puxando seu corpo para descansar no dela, nunca deixando seus corpos separados.


Envolveu-a em seus braços, colocando a cabeça sob o queixo. Esta era a parte que mais amava, abraça-la depois de fazer amor. Apenas a segurando em seus braços sabendo que, neste pequeno momento, ela pertencia totalmente a ele. Caleb estava gostando da sensação de Julia em seus braços quando ela começou a rir. — Do que está rindo? — Bem, você usou cerca de quatro minutos. O que vai fazer com os outros seis minutos antes de ter que sair? Caleb rolou em cima de Julia com uma risada profunda. — Espere e verá bebê. — Disse enquanto começava a empurrar dentro de Julia novamente.

***** Poucos minutos depois, um Caleb muito satisfeito, deixou Julia dormindo em sua cama e foi com Rune embalar suas coisas para a missão padrão. A equipe de quatro homens partiu para Boston quinze minutos depois. Ethan e Sky começaram a olhar os papéis que haviam sido enviados por fax para Ethan antes. Jax mexia no computador e James tinha saído para chegar até Lillian. Cole e Sam foram aumentar o nível de segurança ao redor da fazenda, bem como informar aos outros que segurança extra seria necessária. Depois que todos haviam saído, Julia voltou para a sala de jantar e sentou-se. Olhou para Daniel, a única outra pessoa sentada à mesa. — É sempre assim? Daniel riu. — Sim, muito bonito. Mas normalmente todos eles saem. — Deve ser difícil ser deixado para trás.


— É. Mas são meus amigos, minha família. — Daniel disse enquanto colocava sua xícara de café em cima da mesa. — Quero estar lá para me certificar de que está tudo bem. Mas, no final, sei que a melhor coisa que posso fazer é estar aqui quando chegam em casa. Mas, sim, é difícil ficar aqui sabendo que estão lá fora, em perigo. — Como lida com isso? Quero dizer, saber que o que fazem é tão perigoso? Como pode lidar com isso? — Julia perguntou, desesperadamente, pensando em Caleb e nos perigos que enfrentaria. — Amo Sam e amo os caras. Sei que todos são bons no que fazem. Eles nunca se arriscam. Cole é um bom comandante. Ele nunca faria um deles fazer qualquer coisa que não possam fazer. Sempre tem o seu bem-estar em mente. — Daniel tomou outro gole de café, enquanto tentava decidir quanto dizer Julia. — Eles também são muito próximos. Mais próximos, penso eu, que uma equipe normal seria por causa de suas experiências compartilhadas. Qualquer um deles daria a vida por todos os companheiros, sem pensar nisso. Ele respirou fundo, enquanto continuava. Daniel não queria dar os segredos da equipe, mas sabia que Julia precisava saber. — Acho que é como eu lido com isso. Todos cuidam um do outro, olham para o outro. Estão conectados de alguma forma elementar que você e eu nunca vamos entender. Se decidir se envolver com Caleb, precisa entender isso. Eles precisam um do outro para sobreviver. Caleb nunca será normal. Nunca vai ser como os outros homens. Prendeu as mãos de Julia na sua e olhou para ela de perto. — Mas se decidir dar o seu coração para Caleb, ele vai cuidar de você, valorizar você e protegê-la para o resto de sua vida, e seus filhos também. Vale a pena a dor de cabeça, Julia, quando nos sentamos aqui em casa e nos preocupamos com eles. — Então, apenas deveríamos sentar e esperar voltarem para casa? — Mais ou menos. — Ele riu. — Mas pense desta maneira. Esses caras saem e enfrentam o perigo em uma base diária e vencem. Entram em


situações horríveis. Proporcionar um lar para eles, um lugar seguro onde não tem que ser fortes ou insensíveis, é algo que podemos fazer por eles. Não estou dizendo que tem que ser a pequena dona de casa, basta estar aqui para recebê-los de braços abertos. Apenas amá-los. Vale a pena. — Só não sei se posso lidar com isso, sabendo que ele está lá fora em perigo. — Julia disse. — Dê um tempo. — Daniel apertou suas mãos. — Mas se realmente quer uma prova, quando ele chegar em casa, vá até ele e abra seus braços. Veja qual sua reação. Vai ser agradavelmente surpreendida, prometo. — Vou pensar sobre isso. — Julia puxou as mãos dela e olhou em volta da sala. — Então é isso o que faz enquanto espera? Basta sentar aqui? Daniel riu. — Oh não, tenho muito para me manter ocupado. — Precisa de ajuda? — perguntou Julia. — Vou ficar louca se ficar aqui sentada. — Claro, venha comigo e vou manter você tão ocupada que vai esquecer que ele foi embora. — Daniel se levantou e pegou a mão de Julia Julia sorriu, levantou-se e seguiu Daniel para fora da sala. Estava tão preocupada que poderia gritar, pensou consigo mesma. Ocupar-se seria bom e real.

Capítulo 6

Fazia duas semanas que a equipe havia partido. Como prometido, Caleb ligou todas as noites. No primeiro par de vezes que fizeram sexo telefone ficou nervosa, mas depois de algum tempo, começou a ansiar por seus telefonemas noturnos.


Caleb poderia começar seu prazer apenas com sua voz profunda e áspera. Acrescentar as imagens que ele produzia em sua mente e ao fato de que sabia que ele estava dando prazer a si mesmo enquanto falava sujo para ela, geralmente fazia Julia gozar em poucos minutos. James havia saído para trazer Lillian para o rancho. Ele ligou e disse que tinha algo que tinha que cuidar antes de trazer Lillian para casa, mas que estavam a caminho. Estariam lá assim que pudessem. A espera foi horrível. Julia sentia como se estivesse perdendo a cabeça. Ninguém realmente lhe dizia nada. Sabia que estavam apenas tentando protegê-la, mas preferia saber o que estava acontecendo. Neste ponto, qualquer informação seria boa. Daniel não tinha mais nada para ela fazer. Ele finalmente passou-a para Cole. Ele durou 30 minutos antes de enviá-la plantar flores com Bear. Bear teve um pouco mais de compreensão. — Ficando louca, é? — Perguntou quando ela se ajoelhou ao seu lado no chão. — Mais do que isso, acho que estou deixando todos loucos. — Respondeu com uma risada nervosa. — Não, nós todos ficamos assim, às vezes. Plantar flores é meu jeito de lidar com isso. Julia olhou ao redor do jardim muito colorido. — Você deve estar muito louco. Nunca teria pensado que o homem grande e alto teria a paciência gentil para plantar um jardim tão bonito. — Sim, mais do que pensa. Mas sei que é difícil ficar sentado em casa, à espera. Entre você e eu, acho que a espera é ainda mais difícil do que a luta. Mas não diga aos caras. Vou negar tudo. — Ele riu e entregou a Julia uma pá e um saco de adubo. — Aqui, cave um buraco. — Posso enterrar Caleb nele? — Não tenho certeza que tem terra o suficiente para cobri-lo.


Bear e Julia trabalharam por vários momentos juntos, apreciando o silêncio do ar livre. Era um belo dia antecipado de verão. — Ei, Bear, quem é Mari? — Julia quebrou o silêncio com sua curiosidade. Bear congelou por um segundo e olhou para Julia. Podia ver a tristeza em seus olhos e imediatamente se arrependeu de sua pergunta. — Se não quiser responder, entendo. É que todo mundo fala dela e não sei quem é. Desculpe-me se disse algo que não deveria dizer. — Não, está tudo bem. Mari é minha noiva e de Cole. Ela desapareceu a cerca de quatro meses atrás. É por isso que Cole e eu não podemos sair com o resto da equipe, no caso de aparecer qualquer informação sobre ela. — Você e Cole? Vocês estão envolvidos com ela? — Sim, sei que é meio estranho, mas funciona para nós. Já deve ter adivinhado não fazemos as coisas exatamente da maneira normal por aqui. — Sim, achava isso pelo modo que Sam reagiu bem por eu estar com Caleb. Acho que estava um pouco surpresa quando não teve nenhum problema com isso. Mas estou feliz que não o fez. Gosto de Caleb, muito. Ele realmente é doce. Bear riu um pouco mais. — Isso só tem que dirigir as merdas de Rune. Caleb sempre foi o palhaço, colocando os dois em apuros. E você acha que ele é doce. Isso é muito engraçado. — Bem, ele é... Talvez não o vejam como eu. —Espero que não, por que... Eca! —Bear disse torcendo o nariz, rindo com o olhar cheio de luxúria no rosto de Julia. Julia ficou em silêncio por mais alguns instantes antes de perguntar sobre Mari novamente. — Existe alguma chance de você encontrar Mari?


— Não sei. Ela se foi há tanto tempo. Às vezes me pergunto se nós nunca vamos encontrá-la. Tem sido muito duro para Cole. Ele precisa muito dela. Ela é a nossa luz. Se algo acontecer com ela, não sei se ele vai resistir. — E você? Como lida com isso? — Não tão bem quanto gostaria, mas melhor do que pensei que seria. A única coisa que me faz viver é saber que ela está viva. Eu sei que está. Posso sentir. — Sim, sei ao que se refere. A única coisa que me impede de ficar completamente louca é saber que em meu coração que Robin está viva. Julia, de repente saltou e colocou a mão em seu abdômen. — Oh! — Sussurrou. — Você está bem? É o bebê? Quer que chame Doc? — Bear estendeu a mão para ajudá-la, mas não sabia como, por isso deixou as mãos cair para ao seu lado. — Não, não, estou bem. Senti o bebê mexer. Foi estranho, como uma espécie de borboleta rolando no meu estômago. — Posso sentir? — Bear perguntou. — Não tenho certeza que vai se sentir alguma coisa, mas vá em frente. — Julia agarrou a mão enorme de Bear e a colocou sobre seu abdômen distendido. Sua mão cobriu seu estômago inteiro. Moveu-se sobre ele e suavemente pressionou. — Oh, não, sente isso? Aí. Bear sorriu e acenou com a cabeça. — Sim, um pouco. É uma coisa pequena, não? Julia riu alegremente, pressionando a mão sobre a de Bear. Quando ela olhou para Bear, ele tinha lágrimas em seus olhos. — Ei, está tudo bem, Bear? —Mari está... Mari está grávida. Tinha apenas alguns meses quando desapareceu. Gêmeos, o Doc disse que está esperando gêmeos. — Bear chorou.


— Oh, Bear. — Julia disse colocando os braços ao redor dele e o abraçando enquanto chorava. — Sinto muito. Mas lembre-se que disse sabe que está viva. Segure-se a isso, ok? Não perca a esperança. — Eu sei, mas estou perdendo muito. Nunca senti o movimento dos bebês ou qualquer coisa. — Será que vai ser muito difícil para você me ter por aqui? Quer que eu vá embora? Bear riu enquanto enxugava os olhos. — Não, mas espero que não vá se importar se eu pedir para sentir o bebê de vez em quando. — Você pode senti-lo a qualquer hora que quiser. — Julia respondeu com uma risada e uma manobra de suas sobrancelhas. Bear riu enquanto voltavam a plantar as flores. Julia seria uma boa adição à sua pequena família. Tinha um bom coração. Só esperava que Caleb apreciasse o que estava recebendo.

***** — Ei Julia! — Cole chamou da sala de estar. — Caleb está no telefone para você. Pode pegar a extensão e aperte um. Julia ansiosamente pegou o telefone em sua mesa de cabeceira e pressionou um. Ouviu Cole desligar quando Caleb entrou na linha. — Julia? — Caleb? — Ei, bebê, como está? Sente saudades de mim? — Ele perguntou, sua voz grave e rouca. — Sim, queria que estivesse aqui comigo agora. Odeio estar tão longe de você. — Eu também, mas tenho boas notícias para você. Vi Robin esta manhã. — Julia não sabia que chorava, até que uma lágrima caiu em sua mão.


— Você viu o meu bebê? Ela está bem? Parece bem? Onde estava? O que estava fazendo? — Ela começou a chorar. — Sshh, bebê, ela está bem. Estava do lado de fora, jogando bola na propriedade de seu pai. Parecia feliz, Julia. — Oh, Deus, por favor, me diga que vai trazê-la para casa em breve. Sinto tanto a falta dela. — Eu sei, bebê. Caleb podia ouvir Júlia chorando baixinho do outro lado da linha. Quebrou o seu coração ouvir seus soluços. Queria estrangular seu pai por trazer tal tristeza a uma mulher gentil e doce. Queria ser capaz de alcançá-la através do telefone e a envolver em seus braços. Todo o percurso em Boston era um inferno. — Julia, bebê, tudo vai ficar bem. Vou levá-la para você assim que puder. — Promete? — Ela fungou. — Sim, bebê, prometo. Vou ter o seu verdadeiro lar em breve. Agora seque as lágrimas e me diga o que fez hoje. Julia fungou mais algumas vezes antes de rir baixinho ao telefone. — Acho que estou deixando todo mundo louco. Cole deixa qualquer sala que está no minuto em que entro. Passei cerca de 20 minutos com ele antes que me mandasse para Bear. Ele me compreendeu um pouco mais. Ele me deixou plantar flores com ele outro dia. Foi muito divertido. — Estou feliz que estão cuidando bem de você. Não esperaria nada menos. — Não posso imaginar o que devem estar passando desde que Mari desapareceu. — Afirmou Julia, tristemente. — Eles lhe contaram sobre Mari? — Caleb perguntou. — Sim, entendo um pouco do que estão sentindo, mas pelo menos sei que Robin está viva e onde está. Eles não sabem nada. Não sabem onde está ou se está viva. Deve ser horrível para ambos.


— Sim, bebê, provavelmente é. Acho que enlouqueceria se algo acontecesse com você. Deve sempre ter cuidado, bebê, muito cuidado. Não seria bom se alguma coisa acontecesse com você. — Sou sempre cuidadosa. Tive que aprender a ser. — Diz à mulher que está grávida e casada com um homem gay. — Respondeu Caleb sarcasticamente. — Caleb! — Julia disse, insultada e ferida por suas palavras. — Sinto muito, Julia. Odeio a ideia de que esteja casada com outro homem, mesmo que seja gay. Não tenho direitos sobre você a menos que ele deixe-me tê-los e isso me deixa louco. Quero que seja minha! — Primeiro de tudo, você ter direitos sobre mim é minha decisão e só minha. Isso não tem nada a ver. Segundo, o seu ódio é irrelevante. Esta é a situação e precisa lidar com isso, se quer estar em minha vida. Depois de vários momentos de silêncio, Julia começou a ficar nervosa. Tinha pedido mais a Caleb? Será que desistiria se continuasse casada com Sam? E o que aconteceria quando o bebê nascesse? Sam seria sempre parte de sua vida. Caleb poderia lidar com isso? Será que cuidaria dela o suficiente para ficar perto dele? — Caleb, sabe que me importo com você, não é? — Perguntou baixinho, sua voz tremendo ligeiramente. Prendeu a respiração enquanto esperava que ele dissesse alguma coisa. — Caleb? — Sim, bebê, estou aqui. — Ele suspirou profundamente. — Olha, tenho que ir. Preciso dormir um pouco antes da minha vez de vigiar. Ligo para você assim que tiver mais notícias. — Ok, Caleb. — Julia sussurrou tristemente enquanto lentamente desligava o telefone. Ele não tinha dito nada sobre suas palavras, quase como se ela nunca tivesse falado. Talvez fosse demais para ele. Julia sabia que não deveria ter esperado tanto. Tudo sempre terminava em desastre para ela. Tudo. A única coisa boa em sua vida era


Robin e mesmo que ela estava em perigo. Talvez precisasse esquecer seus sonhos com Caleb e se concentrar em Robin.

***** Caleb olhou para o telefone na mão por vários momentos antes de desligar. Bem, não tinha ido bem. Só não sabia o que dizer para Júlia quando ela tinha dito que se preocupava com ele. Primeiro, sentiu tanta alegria, até que se lembrou de que não pertencia a ele. Julia e Robin não eram problemas dele. Amava as crianças. Sua conexão com Sam era algo diferente de tudo. Sentia que precisava pedir permissão de Sam até mesmo para falar com Julia, ainda mais fazer amor com ela. Tinha raiva de considerar pedir a outro homem qualquer coisa sobre Julia. Ela deveria pertencer a ele e só a ele. Era algo que precisava pensar muito.

***** Julia ficou preocupada quando Caleb não ligou na próxima noite. Nem mesmo a chamou para sua sessão de sexo por telefone de todas as noites. Qualquer informação que ganhava vinha de Rune. Ele sempre dizia que Caleb estava fora, no chuveiro ou dormindo, quando perguntava sobre ele. Estava claro para ela que Caleb não queria falar mais com ela, o que fez a decisão anterior de manter a voltar Robin e nada mais, parecer boa. Uma vez que Robin estivesse de volta, iria gastar seu tempo recebendo sua vida de volta e se preparando para seu bebê. Era hora de se concentrar em sua pequena família e esquecer suas fantasias.


Além disso, com o passar dos dias, foi se tornando mais e mais evidente a Julia que Caleb não queria ser parte de sua pequena família. Julia enxugou as lágrimas em seu rosto. Estava tendo pensamentos depressivos e precisava parar. Se viver com o seu pai tinha-lhe ensinado qualquer coisa, era que lágrimas não resolviam nada. Ela pulou de repente, a luz batendo na porta do quarto. Tinha estado tão perdida em seus pensamentos que não ouviu a porta abrir. Olhando para cima, viu Bear em pé na porta. — Ei. — Ei, você está bem? — Ele perguntou, vendo os rastros de lágrimas no seu rosto. — Sim, só desejando sonhos tolos. Bear veio se sentar na parte lateral da cama. — Querida, não há nada de errado com sonhos. Isso é o que nos faz sair da cama todas as manhãs. — Você deve pensar que sou terrível. Aqui estou sentindo pena de mim mesma e ainda não sabe onde Mari está. Bear acariciou a mão de Julia. — Não, querida, você não é terrível. Você está sobrevivendo, assim como eu. Acha que não tenho sonhos em que Mari volta para casa segura para mim e Cole? Sonho a cada segundo de cada dia. Nós todos temos batalhas a enfrentar. Algumas são mais difíceis do que outras, mas nunca pense que é terrível para ter seus próprios sonhos ou se sentir mal quando não acontecem. Isso é chamado de ser humano. — Oh, Bear, espero que realize o seu sonho. Faria qualquer coisa se isso significasse que você pudesse ter Mari de volta. — Eu também, querida, eu também. Agora, limpe as lágrimas do rosto. Vim aqui para que saiba que Caleb ligou. Julia endireitou-se na cama. — Caleb ligou? Pediu para falar comigo?


— Não, querida. Sinto muito, mas não pediu. Bear podia ver o desapontamento diminuir seu entusiasmo pela chamada de Caleb e queria bater nele. Caleb não tinha ideia do que estava fazendo com essa mulher doce e jovem. Talvez fosse hora de chamar Caleb e ter uma pequena conversa com ele. Alguém tinha que chutar o homem na bunda. — Só queria nos dar uma atualização e nos deixar saber que estão em movimento. Vão tentar pegar Robin na próxima semana ou algo assim. Caleb apenas queria que soubesse que ela está bem. Ele a viu na tarde de ontem, enquanto ela estava no parque com a babá. Parecia estar bem e feliz. — Ele não pediu para falar comigo? — Perguntou de novo. Bear balançou a cabeça. — Oh, querida. — Disse Bear, enquanto observava as lágrimas que começavam a cair pelo rosto de Julia novamente. — Não tive a intenção de fazer você chorar. — Está tudo bem. Acho que esperava isso. Apenas é muito bom saber a verdade. O que um homem como Caleb iria querer com uma mãe solteira, grávida e casada com um homem gay? — Ela riu, infeliz, antes de ficar sóbria. — Meu pai sempre me ensinou que não deveria sonhar muito alto. Sempre fico decepcionada no final. Não há nenhuma razão que esta situação seja diferente. — Julia, não há nenhuma razão para que não tenha seu sonho. Se Caleb tem a cabeça tão longe de sua bunda e não pode ver o grande tesouro como você é, então não precisa dele. — Mas eu o quero. — Eu sei querida. — Bear disse dando um abraço na pequena Julia. — Mas às vezes o que queremos e o que precisamos não é a mesma coisa. — Isso é uma merda! — Julia riu. — Sim. — Bear riu com ela.


Capítulo 7 Bear olhou para o telefone por um bom tempo, tentando decidir se estava fazendo a coisa certa. Realmente não deveria se envolver com essa coisa entre Julia e Caleb, mas não sabia se poderia ficar de fora. Julia estava muito ferida e Caleb era o motivo. Bear relutantemente pegou o telefone e ligou para quarto de Caleb no motel. O telefone tocou três vezes antes de Caleb atender. — Alô. — Ei, Caleb, é Bear. Tem um minuto? — Certamente. Está tudo bem? — Sim, praticamente o mesmo desde a última vez que conversamos. Mas não é isso que estou ligando. Preciso falar com você sobre Julia. — Julia? Ela está bem? Aconteceu alguma coisa? — Bem, é por isso que estou chamando. Olha, sei que estou metendo meu nariz aqui e peço desculpas por isso agora. Mas Julia está magoada com essa coisa entre vocês dois. — O que está falando? Que coisa entre nós? — É sobre isso que estou falando! Ou você tem alguma coisa com ela ou não. Mas de um jeito ou de outro, precisa fazer a sua parte. Ou estar com ela, não importa o que, ou deixá-la ir de uma vez por todas. — Porque de repente decidiu se envolver? Existe algo acontecendo entre vocês dois? — Caleb perguntou, irritado. Bear começou a rir. — Caleb, você é um idiota. Não merece uma mulher como Julia. Bear desligou o telefone num Caleb aturdido, perguntando no que tinha acabado de se meter. Caleb era, obviamente, um completo idiota, onde Julia era centrada e não sabia se isso iria mudar em breve. Só esperava que trabalhassem nisso antes que as coisas ficassem muito fora de mão.


***** Caleb olhou para o telefone em sua mão antes de desligá-lo. Droga, Bear! Estava fazendo tudo para derrubar as inseguranças através da parede que havia construído em torno de si. Bear estava interessado em Júlia? E o que dizer de Julia? Será que queria ficar com Bear? Caleb perguntou se Bear poderia oferecer a Julia mais do que ele. Bear era definitivamente mais suave. Bear era um dos homens mais gentis que Caleb já conhecera. Provavelmente era a melhor escolha para Julia. Só não sabia se poderia dar a ela o que ele tinha dela. Julia era tudo o que sempre sonhou. A questão permanecia, o que era o sonho de Julia? Caleb tinha a sensação de que não era ele. Não era o que ela precisava. Julia precisava de alguém que pudesse ser gentil com ela, compreendesse suas necessidades. Era mais possível que Caleb passasse por cima dela do que ouvisse seus desejos e necessidades. Julia merecia ter uma família e se estabelecer. Caleb não era esse tipo de cara. Era todo emoções explosivas. Estar em situações perigosas era algo que não achava que poderia desistir. Talvez deixá-la ir agora seria melhor para todos os envolvidos. Caleb não sabia se poderia ficar ao redor e ver Julia se apaixonar por outra pessoa, mas talvez ela precisasse de uma chance. Algum contador educado ou algo assim, alguém que iria voltar para casa todas as noites, em vez de ficar fora por dias a fio, correndo ao redor do mundo. Com sua decisão tomada, Caleb decidiu que precisava falar com Sam. Não queria machucar Julia mais do que já tinha e Sam o conhecia melhor do que ninguém. Talvez pudesse aconselhá-lo sobre a melhor forma de quebrar o coração de Julia.


***** Toc, toc, toc. Sam caminhou até a porta do hotel um par de dias mais tarde e a abriu, o rosto tomado de surpresa por ver Caleb ali. — Oh, oi, Caleb. — Você tem um minuto, Sam? Preciso falar com você agora. — Sim, claro, vamos lá dentro. — Sam deu um passo para trás e deixou Caleb entrar na sala, fechando a porta atrás de si. —Qual foi cara? Em vez de se sentar na pequena área de estar ele passeou pela janela, quase torcendo as mãos. — Caleb? — Sam olhou para Caleb com preocupação. Estava começando a ficar preocupado com Caleb quando o viu torcendo as mãos. — Aconteceu alguma coisa com a emboscada? — Não, preciso falar com você sobre a Julia. — Julia? Caleb, ela está... — Ouça-me, por favor. — Mas, Caleb, ela está... — Sam, não viria para você a menos que estivesse desesperado. Por favor, apenas ouça o que tenho a dizer. — Ok, Caleb. Caleb ficou em silêncio por vários momentos organizando seus pensamentos. Poderia fazer isso, pensou enquanto tentava juntar sua coragem. Estava desistindo de seu sonho, mas seria melhor para ela, mais seguro. — Eu me preocupo com Julia, muito. Sabe disso, certo? — Bem, sim, meio que percebi. Mas o que isso tem... — Mas não estou apaixonado por ela. Pensei sobre isso por vários dias. No início, estava vindo apenas para pedir um conselho, mas quanto mais pensava sobre... Julia é uma ótima garota. Ela tem muito a oferecer ao homem certo. Mas não sou esse homem.


— Deus, você sabe o que está dizendo? — Sim, sei. Acho que a melhor coisa para todos é se simplesmente cortasse isso agora. Não quero magoá-la mais do que já fiz. Seria melhor acabar com as coisas agora. Nunca vou ser capaz de amá-la como ela precisa ser amada. — Oh, merda, Caleb! Não acha que deveria ter pensado nisso antes de dormir com ela? — Perguntou incrédulo. — Oh inferno, eu não estava pensando. Ela era tão linda e eu a queria. — Caleb disse sabendo que estava falando entre os dentes e esperava que, um dia, Sam pudesse entender e perdoá-lo. — Então dormiu com ela, sabendo que não a ama? — Não sabia disso na época. Nem estava pensando sobre isso, então. Ela era tão doce, tão delicada. Senti que precisava protegê-la na hora em que a vi. — O inferno, todo mundo se sente assim em relação à Júlia. Mas o que isso tem a ver com amá-la? — Preciso de alguém na minha vida que seja mais forte que Júlia, de alguém que possa ficar de pé sozinha, alguém que não seja tão... Frágil. Você sabe o tipo de vida que levamos. Como poderia perguntar a uma mulher como Julia para ser parte disso? — Caleb, tenho que te dizer que acho que você é louco. Julia pode parecer frágil, mas ela é, provavelmente, uma das mulheres mais fortes que já conheci. Você realmente precisa pensar sobre isso antes de tomar uma decisão. — Sam, é simples. — Ficou em silêncio brevemente antes de endireitar sua altura. — Eu me preocupo com Julia. Posso até amá-la em algum nível. Mas não estou apaixonado por ela e nunca vou estar. Tenho que terminar as coisas com ela antes de ir longe demais. Não quero magoá-la mais do que já foi.


— Você não acha que isso vai machucá-la? — Sam perguntou, espantado. — Olha, talvez vir aqui não tenha sido uma boa ideia. Precisava de seu conselho sobre como fazer isso sem ferir Julia. Acho que talvez você esteja um pouco envolvido com a situação. — Cara, como pode estar tão calmo sobre tudo isso? Age como se isso não fosse nada. Você vai quebrar seu coração. Eu lhe disse para não magoá-la e isso é exatamente o que está fazendo. — A voz de Sam ficou mais alta com cada palavra que falava, até que estava quase gritando com Caleb. —Talvez eu deva ir.

— Caleb declarou enquanto caminhava para a

porta. Sam tentou pará-lo, agarrando seu braço. — Droga, Caleb! — Deixe-o ir, Sam. — Sussurrou uma voz suave, do outro lado da sala. Caleb sentiu o aperto do coração em seu peito quando virou a cabeça e viu Julia de pé na porta com lágrimas caindo de seus olhos. Que diabos estava fazendo ali? — Julia... — Sussurrou. Sam deixou cair sua mão no braço de Caleb e passou pelo cabelo. — Ah, inferno! Caleb desviou o olhar de Julia e virou em direção a Sam. — Sabia que ela estava aqui e não disse nada? — Eu tentei. Não me deixou dizer uma palavra, lembra? — Sam disse, com as mãos nos quadris. Caleb olhou para Julia. Ele levantou uma mão apaziguadora em sua direção. — Julia, eu... Uh... — Diante de seus olhos solenes, não sabia o que dizer. — Não queria magoar você, Julia.


— Eu sei que não queria, Caleb. Você nunca fez nenhuma promessa, exceto trazer Robin de volta para mim. — Julia virou para caminhar de volta para o quarto, só para ser parado pela mão de Caleb em seu braço. — Sobre o que disse mais cedo no telefone, eu... — Por favor, apenas vá, Caleb. Você disse que veio aqui para dizer isso. Não vou incomodá-lo novamente. — Julia puxou o braço livre do aperto de Caleb e continuou até o quarto, fechando a porta suavemente atrás dela. Caleb olhou para a porta fechada por alguns instantes antes de voltar o olhar para Sam. Ele não disse nada, apenas balançou a cabeça e saiu pela porta. Sam observou Caleb sair do quarto do hotel, fazendo uma careta ao ouvir o som da porta batendo atrás de si. Não sabia o que era tudo isso, mas tinha certeza que nem tudo era o que parecia. Caleb se preocupava com Julia. Sam podia ver isso em seus olhos. Simplesmente não conseguia entender por que Caleb estava negando seus sentimentos por ela. Estava claramente se machucando tanto quanto Julia estava sofrendo. Batendo suavemente na porta, Sam abriu e entrou no quarto, fechando a porta silenciosamente atrás dele. Julia estava enrolada em uma bola debaixo das cobertas, sua forma ligeira agitando com seu choro. Deitou-se na cama ao lado de Julia e passou os braços em volta dela, puxando sua cabeça em seu peito. Ele a segurou em seus braços, esperando ela parar de chorar o suficiente para falar com ele. Julia enrolou-se no peito de Sam. Ela sabia que era bom demais para ser verdade. Tinha pensado que ela e Caleb tinham algo juntos. Mas para Caleb, aparentemente, tinha sido apenas sexo. — Julia, querida, vai ficar bem? — Sam perguntou quando os soluços acalmaram a um nível normal. — Sim, sempre fico bem. — Ela riu amargamente. — Que outra escolha que tenho?


— Sinto muito, Julia. Se isso ajuda, acho que Caleb está tão ferido quanto você. Julia rolou de costas e olhou para Sam. —Então, por que agindo dessa maneira? — Ele está com medo. Mas do que, não sei. No entanto, o homem está apavorado. Não desista dele ainda. Basta dar-lhe um pouco mais de tempo. Ele virá por aí. — E se não vier? — Então é um idiota maior do que eu pensava. — Sam riu, tentando aliviar o clima. — Sabia que vir aqui era uma má ideia — Julia sussurrou enquanto dormia. Sam cerrou o punho, querendo estrangular Caleb. O idiota. Ele deveria ficar com a cabeça fora de sua mira antes de perder a melhor coisa que já aconteceu com ele.

Capítulo 8

Caleb moveu-se silenciosamente através da escuridão. Seus passos eram certos e rápidos enquanto percorria a distância ao longo da parede de tijolos em torno da mansão de Spencer. Quando um guarda começou a caminhar por ele, se apertou contra a parede, esperando que as sombras escondessem sua presença. Observou em silêncio enquanto o guarda passou antes de continuar sua busca. Tinha dez minutos para fazer o caminho para a casa através de uma varanda no segundo andar. Caleb devia se esgueirar para dentro da casa e roubar Robin. Nick e Rune iriam criar uma distração para que pudesse tirar Robin de casa e levá-la para a segurança dos braços da mãe.


Só tinha que entrar na casa. Não ia ser fácil. Douglas Spencer tinha 10 agentes de segurança armados e cães de guarda patrulhando em todos os momentos. E isso era apenas fora da casa. Caleb achava que havia mais ou menos sete funcionários em tempo integral dentro da grande mansão, incluindo uma babá, cozinheiro, duas empregadas, um mordomo, um instrutor pessoal em tempo integral e um assistente pessoal para Douglas. O trabalho de Caleb era evitar todos eles quando entrasse e saísse com uma criança de cinco anos de idade que nunca o havia visto. Esta não era uma tarefa simples, não importa o que dissesse. Caleb se movia ao longo da parede de tijolo vermelho, até que chegou a seu ponto de corte. Este era o lugar onde deveria entrar na casa. Uma grande árvore de salgueiro ficava a meio caminho entre o local de Caleb no muro e a casa. Caleb esperou a próxima passagem da guarda, em seguida moveu-se rapidamente para a árvore. Achatando-se contra ela, esperou que o guarda passasse mais uma vez. Quando o guarda passou, levando um pastor alemão grande em uma coleira, Caleb estava grato pela colônia especial que Doc tinha feito para a equipe. Ele misturou sua composição genética incomum com a de cheiros naturais, incluindo pequenos animais selvagens, terra, sujeira e poeira. Mascarava quase todo odor e os impedia de suar muito. Só mais um segundo e Caleb estava se movendo novamente. Atingiu a borda da casa e subiu o caminho para cima do lado da casa usando os tijolos naturais salientes do lado do edifício. Levou apenas alguns minutos para chegar à varanda e pular sobre a borda. Prendeu a respiração, não se movendo quando o guarda passou mais uma vez. Olhando para um lado, Caleb esperou até que o guarda estivesse fora de vista, então silenciosamente fez o seu caminho para dentro da casa. Passou uma, duas portas, antes de chegar ao quarto de Robin.


Girando o botão, abriu a porta. Um breve olhar ao redor mostrou uma menina dormindo numa cama grande, com um urso de pelúcia apertado em seus braços. Caleb entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Ouviu a porta por apenas um segundo antes de andar para a cama. Tão silenciosamente como pôde, Caleb ajoelhou-se ao chão ao lado da cama. Ele cobriu a boca de Robin quando se inclinou e gentilmente balançou para acordá-la. — Robin! Robin, le petit2, acorde. — Sussurrou. Quando a menina começou a se mover, os olhos se arregalaram de susto quando viram Caleb, ele rapidamente balançou a cabeça, segurando o dedo aos lábios. — Meu nome é Caleb. Sua mãe me enviou, le petit. Ela me mandou para pegar você e levá-la para ela. Não vou te machucar, Robin, prometo. — Assegurou a ela. — Mamãe! — Uma voz angelical sussurrou de volta para Caleb. — Minha mãe te mandou? — Sim, le petit, sua mãe me mandou para você. Ela sente muito sua falta e não quer ficar longe de você. — Será que meu avô vai deixar? Ele disse que não podia sair de casa a menos que Nanny estivesse comigo. Eu estaria em apuros. Não posso nem sair e brincar se Nanny não estiver comigo. —Eu não vou pedir, le petit. Não acho que vai deixar você ir comigo, mas sua mãe disse que estava bem. — Caleb respondeu. — Então, pegue seu ursinho e vamos ver a mamãe, ok? — Você tem certeza que mamãe disse que estava tudo bem? — Robin perguntou seus lábios tremendo. 2

Pequena, em francês.


Caleb acariciou o lado do rosto de Robin enquanto sorria para ela. — Prometo, le petit. Caleb enrolou o cobertor em torno de Robin e a pegou. Estendeu a mão e agarrou seu ursinho de pelúcia, entregando a ela antes de puxar os dois contra seu peito. — Ok, Robin, você tem que ficar muito quieta. Não pode fazer nenhum som. Iremos para fora e desceremos a varanda, correndo pelo quintal até o muro. — Você pode fazer isso? Robin assentiu com a cabeça enquanto apertava os lábios. Caleb sorriu quando ela agarrou seu ursinho de pelúcia e colocou a cabeça sobre o peito. Poderia se acostumar com isso. Caleb puxou os cobertores de volta sobre a cama, empurrando para baixo travesseiro de Robin sob eles, afofando-os um pouco. Embora soubesse que não ia demorar muito para que alguém soubesse que Robin tinha sumido, mais tempo teria para ficar longe. Rapidamente atravessou o quarto e ouviu à porta. Quando não ouviu nada, avançou até a janela aberta e olhou para fora. Não vendo sinal de ninguém, Caleb saiu e fechou a porta atrás de si. Levou apenas alguns minutos para voltar do corredor para a varanda. Calebe sabia que esta seris a parte mais difícil. Tinha que segurar Robin com uma mão e subir para o lado da casa com a outra. — Espere, le petit, aqui vamos nós! — Murmurou Caleb para Robin. Jogou a perna para o lado da grade. Com Robin segurando apertado seu peito com uma mão, começou a descer. Na metade do caminho na parede, Caleb ouviu um estrondo e diversos gritos. Uma sirene tocou e os cães começaram a latir quando guardas correram na direção da frente da casa.


Caleb usou a distração para saltar para o chão. Olhou em volta para qualquer movimentação dos guardas. Não vendo nada, correu através do pátio para a árvore, apertando a si mesmo e Robin contra a casca fria. Depois de um momento, correu para o muro de tijolos a 50 metros de distância. No momento em que chegaram à parede, escalou o muro e suas mãos se abaixaram soltando Robin. Caleb rapidamente pulou para o outro lado. No momento em que seus pés tocaram o chão, Caleb se aproximou e pegou Robin de volta em seus braços. Acenou para Nick e Rune e foi embora.

***** Julia dobrava sua última sua roupa e começou a guardá-la. As últimas 24 horas foram as mais difíceis que podia lembrar em um longo tempo. Quase tão difícil quanto perder Robert e ter Robin levada por seu avô. Ouvir Caleb dizer que não a amava, que nunca poderia amá-la, quase a fez querer desistir. Graças a Deus por Sam. Levou várias horas de conversa, mas ele finalmente a convenceu de que Caleb realmente se importava com ela, mas estava com medo. Julia ainda não tinha entendido do que ele estava com medo, mas estava disposta a esperar um pouco mais antes de dar em cima dele. Ele fazia seu coração acelerar, depois de tudo. Se pudesse controlar seu estomago... Talvez Daniel tivesse algo para resolver seu enjoo. Julia saiu do quarto e ia para a enfermaria quando a porta se abriu e entrou Caleb. O pulso de Julia se acelerou no olhar lancinante que ele deu a ela antes de se virar para olhar para algo atrás dele. Julia começou a andar em direção a ele quando viu um flash rosa por entre as pernas de Caleb. Sentiu as pernas fraquejarem.


— Caleb? — Sussurrou, com voz trêmula. Caleb se virou e sorriu para ela antes de puxar um pequeno feixe de trás dele. Julia caiu no chão, enquanto as lágrimas começaram a fluir em seu rosto. — Rob... Robin? — Chorou quando viu o rosto angelical de sua filha. — Mamãe! — Robin gritou enquanto corria para os braços de Julia. — Oh meu Deus, Robin! — Julia soluçava enquanto passava os braços firmemente em torno de Robin e enterrava o rosto em seu pescoço, inalando o cheiro de menina doce de sua filha. — Senti muito a sua falta. — Eu também, mamãe. Nunca mais quero ir para a casa do vovô novamente. Ele é mau. Não me deixava falar com você e não cantava para mim à noite. Julia riu através das lágrimas. — Prometo cantar para você todas as noites, ok? — Passou as mãos sobre Robin, assim como fez há cinco anos. Sim, todos os dedos das mãos e dos pés estavam nos lugares certos. Pelo menos seu pai tinha tomado conta dela. Ela parecia limpa e bem alimentada. Robin parecia bem. Julia só esperava que não houvesse problemas mentais ou emocionais no futuro por sua separação e confinamento com seu pai. Douglas podia ser um bastardo quando queria, que geralmente era a maior parte do tempo. Ouvindo um barulho atrás dela, olhou para cima de sua posição ajoelhada no chão para ver Caleb de pé na porta, um olhar invejoso em seu rosto, enquanto olhava para os braços de Julia envolvidos em torno de Robin. Julia podia ver o desejo em seus olhos. Sam estava certo. Caleb não era tão indiferente quanto fingia ser. — Obrigado, Caleb. — Julia sussurrou enquanto passava a mão trêmula sobre a cabeça de Robin.


Caleb olhou para as duas por mais alguns momentos, a fome clara em seus olhos, antes de assentir com a cabeça e caminhar para o seu quarto, fechando a porta silenciosamente atrás dele. Julia queria correr atrás dele, dizer-lhe o quanto o amava, mas Robin começou a se contorcer em seus braços, chamando a atenção de Júlia de volta para sua filha. Caleb teria que esperar. Tinha uma filha que não tinha visto por algum tempo. Precisava passar algum tempo com ela antes de tentar alcançar o coração de Caleb, mais uma vez.

***** A porta se fechou atrás de Caleb, que sentia as lágrimas começarem a arder nos olhos. Trazer Robin para Julia era o mínimo que podia fazer depois de feri-la do jeito que tinha feito, mas não tinha pensado que iria machucá-lo tanto. Sabia ter tomado à decisão certa, mas com certeza não se sentia assim agora. Sentia como se seu coração estivesse sendo arrancado de seu peito. Como seria vê-la em seu dia-a-dia e não tê-la? Sem falar em assistir sua paixão por outro cara. Isso não iria acontecer. Caleb acabaria matando qualquer homem que respirasse na direção de Julia. Talvez ir embora fosse sua melhor opção. Ver Julia todos os dias ia deixá-lo louco. Agora, com Robin na mistura, podia não ser capaz de lidar com tudo. Ela era tão doce quanto sua mãe. Todos aqueles cachos loiros e o nariz arrebitado, Caleb tinha caído de amor por ela à primeira vista. Depois de conhecê-la, sabia que era tudo o que poderia querer em uma filha. E era uma menina sem um pai. Queria ser seu pai quase tanto quanto queria ter sua mãe. Como se sentiria quando o novo bebê chegou? Já


estava sendo difícil o suficiente agora partilhar Julia com Sam. O que seria depois que o bebê nascesse? Caleb tirou a camisa e a jogou sobre a cadeira no canto antes de desabotoar os botões de seus jeans. Pegando uma garrafa de uísque em sua estante, Caleb decidiu ficar bêbado. Não tinha certeza se havia bebida suficiente no mundo para fazê-lo esquecer-se de Julia, mas sempre podia tentar. Recostou-se contra a cabeceira de sua cama e abriu a tampa da garrafa, tomando um gole, sentindo o uísque queimar seu caminho em sua garganta. Sim, ficar bêbado soava como uma ideia fabulosa.

***** Julia colocou os lençóis mais firmemente em torno Robin antes de lhe dar um leve beijo em sua cabeça. Ela se levantou, olhando para a filha. Era tão bom tê-la de volta sã e salva. Cada minuto que tinha passado com ela esta noite tinha aliviado as preocupações de Julia de que Robin seria de alguma forma marcada por seu tempo com seu avô. Mas Robin parecia estar em seu habitual estado borbulhante, conversando sobre tudo e nada. Fazia várias horas que Caleb havia levado Robin para casa. Finalmente ela tinha adormecido, mas não antes de Julia cantar várias músicas abraçada com ela na cama. Olhou para cima quando a porta do quarto se abriu, permitindo que Jax entrasse no quarto. — Oi.

Julia

sussurrou

baixinho,

apontando

para

a

menina

dormindo. — Obrigado por fazer isso por mim. Não devo demorar. Jax foi para o lado da cama e olhou para Robin. — Oh, ela é tão linda. Basta olhar para os cílios longos. Estou tão ciumenta.


Julia acenou com a cabeça. — Sim, ela é uma pessoa que olha tudo. Tem os cílios longos de seu pai. Ele poderia bater aquelas coisas para mim e me pedir quase qualquer coisa. — Ela riu baixinho. — E ele sabia exatamente como fazer. Melhor ter cuidado ou ela vai te envolver em torno de seu dedo em segundos. Vai bater os cílios e acabou. Vai fazer qualquer coisa para ela. — Oh, não tenho nenhuma dúvida. Basta esperar até o resto dos caras voltarem. Vou lhes dar uma hora antes de saltarem, tentando agradar a pequena princesa. — Jax riu com o pensamento de todos aqueles Seals em torno da menina. — Vai ser bom para todos. — Só espero que ela não tenha nenhum efeito duradouro de seu tempo com o meu pai. Ele pode ser muito duro com um adulto, quanto mais com uma criança. — Não se preocupe, Julia, ela vai ficar bem. Basta lhe dar muito amor e compreensão, um poucos de limites, e ela vai ficar bem. — Acho que sim. Mas não posso deixar de me preocupar. — Claro que não pode. Você é mãe. Isso é o que deve fazer. Julia deu a Jax um olhar interrogativo. — Quando é que começou a saber tanto sobre crianças? — Minha mãe. Ela era maravilhosa. Não me lembro dela levantando a voz com Daniel ou para mim em toda a minha vida, mas governava nossa casa. Nunca colocou a mão sobre nós, mas um olhar decepcionado seu podia nos fazer sentir um lixo por uma semana. Era um dom que tinha. — Hum, espero desenvolver esse dom em particular. Vou precisar dele. Tenho a sensação de que ela vai ficar mais arteira quanto mais velha ficar. — Julia olhou para Jax, vendo o sorriso terno em seu rosto. — Já pensou em ter filhos, Jax? — Talvez algum dia. Tem que encontrar o cara certo primeiro. — Ela mexeu as sobrancelhas sugestivamente.


— Estou no meu segundo filho e ainda estou sem o cara certo. Quem disse que precisa de um homem? Além disso, se os meus olhos não se enganam, você tem alguém querendo conseguir essa posição. Jax olhou para Julia bruscamente. — O que quer dizer com isso? Julia revirou os olhos. — Oh, por favor, você não é burra, Jax. Sky é tão louco por você que está pronto para incendiar. Se tiver que olhar para ele te olhando do outro lado da sala, mais uma vez, poderia ficar doente. Ele olha para você como um homem faminto olhando para o último pedaço de chocolate do planeta. Jax corou, balbuciando: — Não sei do que está falando. Sky mal sabe que eu existo. — Você sabe, pode ser capaz de enganar o resto das pessoas aqui, mas não pode me enganar. Você é tão louca por Sky quanto ele é por você. Deus, você deve trancá-lo em uma sala e acabar com isso. Melhor ainda, amarrá-lo em sua cama, fechar a porta e jogar a chave fora. Vocês dois têm que fazer algo sobre isso... Essa coisa que tem entre vocês. Antes de ambos explodirem. — Se fosse possível, Jax ficou ainda mais vermelho. — Acha? — Querida, sei que sim. Posso parecer um pouco ingênua para a maioria das pessoas, mas até eu posso dizer quando um homem está interessado em uma mulher, e esse homem está definitivamente interessado. Julia deu um tapinha no ombro Jax. — Ponho a minha mão no fogo por ele. Sei destas coisas. Agarrou a camisola e se dirigiu para a porta. Segurando a porta aberta com uma mão, olhou para o Jax profundamente pensando. — Ei, Jax, se precisar de alguma ajuda para amarrar esse cara sua cama, é só me chamar. Jax riu quando apontou para a menina dormindo na cama.


— Bem, você me deve. Vou manter isso em mente, se decidir tomar o grandalhão. Agora, vá se divertir. Vou estar aqui à noite toda, se precisar de mim. Faça o que precisa fazer para convencer Caleb que é o homem certo para você. Julia ainda estava rindo quando fechou a porta atrás de si e caminhou pelo corredor em direção ao quarto de Caleb. Alcançando sua porta, respirou fundo antes de tocar de leve na madeira maciça. Não ouvindo nada, abriu a porta um pouco e espiou dentro. As luzes estavam baixas, mas ainda podia ver o contorno do corpo de Caleb dormindo na cama. Na ponta dos pés, silenciosamente fechou a porta atrás de si. Soltando o suéter dela na cadeira sobre a camisa de Caleb, caminhou para a cama. Uma garrafa meio vazia de uísque estava em sua mão. Pegou-a e colocou-a na mesa de cabeceira. Apertou as mãos nos quadris e olhou para o homem adormecido. Não chegaria a lugar nenhum com ele esta noite. Julia sorriu. Isso não significava que não poderia chegar a algum lugar quando ele acordasse. Pegando o telefone ao lado da cama, ligou para seu quarto, dizendo a Jax onde estaria o resto da noite, caso fosse necessária. Desligando, admirou a forma de Caleb antes de pegar a calça jeans e puxá-la de suas pernas. Deus, amava um homem que estava no comando. Tirou suas próprias roupas e subiu na cama, puxando as cobertas sobre os dois antes de se aconchegar ao corpo quente de Caleb. Sorriu quando ele apertou os braços em volta dela e uma de suas pernas longas se empurrou entre as dela. Ele podia dizer que não a queria, mas seu corpo dizia o contrário. Esperava em breve convencer Caleb que seu coração a queria também.


Capítulo 9

A cabeça de Caleb estava latejando. Cada som no quarto parecia bater nela. Se mover doía, pensar doía, até mesmo respirar doía. Agora, ele se lembrava de por que não bebia muito frequentemente. A ressaca era horrível. Enquanto estava lá chafurdando na sua miséria, percebeu um corpo muito quente pressionando contra o seu. De repente, começou a orar, para que não tivesse trazido ninguém para casa com ele. Meio cego pela luz solar que passava através da abertura das cortinas, olhou para a mulher dormindo ao seu lado. Puxou para trás o longo cabelo loiro cinza cobrindo o rosto e caiu de volta no lugar quase tão rápido. Era Julia. Que diabos estava Julia fazendo em sua cama? Sua mente correu sobre os acontecimentos de ontem à noite, tentando se lembrar se a convidou para seu quarto, para sua cama. Depois de entrar em seu quarto e pegar a garrafa de uísque, sua mente estava em branco. Mais uma razão para não beber. O que ela esta fazendo ali? E por que estava nua? E se tivessem feito amor na noite passada? Se tivesse dito alguma coisa que não devia? Este não era o caminho a percorrer depois de romper com uma mulher. No entanto, o fez perceber que estar perto de Julia a cada dia não iria funcionar. Não poderia estar perto não reclamá-la. Definitivamente precisava partir. — Julia? — Sussurrou, levantando a mão para acariciar seu rosto ternamente. — Bebê, acorde. Julia saiu do seu sono, sentindo o poderoso corpo de Caleb ao lado dela, com a mão acariciando seu rosto. — Humm, bom dia.


Caleb viu um sorriso satisfeito cruzar os lábios e perguntou por que ela estava tão feliz. Teria dito algo a ela na noite passada? — O que está fazendo aqui? Julia riu. — Por que estaria em outro lugar? — Ele se afastou para que ela pudesse colocar a cabeça no seu peito. Caleb tentou ignorar a sensação maravilhosa das mãos de Julia em sua pele enquanto tentava se lembrar da noite anterior. — Eu disse... Algo... Na noite passada? — Como o quê? Que me ama? Como não pode viver sem mim? Ela perguntou enquanto começava a provocar seu mamilo com a língua. Caleb gemia com as sensações eróticas da língua de Julia em seu mamilo sensível. — Julia, estou tentando ser sério aqui! — Disse laconicamente. — Eu também. — Ela riu enquanto lambia mais uma vez seu mamilo. — Julia, não podemos fazer isso. Caleb gemeu enquanto tentava uma última vez tirar os lábios de Julia de sua pele aquecida. Realmente precisava parar com isso antes que fosse longe demais. Mas a sua resistência foi se desintegrando a cada toque de suas mãos. — Por que não? — Ela sussurrou contra sua pele. — Ah, o inferno! — Caleb rosnou quando se virou para pegar um preservativo da sua cabeceira, rapidamente colocando-o. Ele se virou para ela, puxando o corpo de Julia para cima dele, beijando-a com toda a sua paixão armazenada no último par de semanas. Ele foi recompensado pelas pernas de Julia entre suas coxas, seu pau próximo descansando contra suas suaves dobras molhadas. Apenas a sensação de seu calor úmido acariciando seu pau quase fez a cabeça de Caleb explodir. Desta vez, Caleb não perguntou a Julia se poderia levá-la, ele fez.


Agarrando seus quadris, rolou para cima de Julia e empurrou totalmente dentro dela em um mergulho urgente. Não lhe deu quaisquer beijos doces ou carícias suaves. Só começou a se empurrar freneticamente dentro de seu abraço apertado. Foi um ato primitivo de posse. Julia estava em êxtase. Ele finalmente parecia ter parado de tratá-la como se fosse de vidro e estava realmente fazendo amor com ela. Não podia conter seu grito de alegria quando levantou as pernas e as colocou ao redor de seus quadris, formando um novo ângulo para os golpes de Caleb. Os dedos de Caleb cavaram em seus quadris quando seus impulsos se tornaram mais rápidos. Julia sabia que teria hematomas, mas não se importava. Se ele fazia amor com ela assim, iria aceitar de bom grado todos os aspectos de sua vida amorosa. Um gemido de êxtase deslizou por seus lábios quando seus dentes beliscaram seu ombro. Foi atraída para um grau de paixão que nunca tinha conhecido. — Caleb! — Gritou quando se rendeu à necessidade abrasadora crescendo dentro dela. Através de uma névoa espessa de paixão, Caleb viu a cabeça de Julia cair para trás enquanto seu corpo se arqueava debaixo dele. O aperto de seus músculos internos segurando seu pênis dolorido quando gozou lhe enviou sobre a borda. Com um mergulho poderoso, Caleb rugiu seu orgasmo enquanto todo o seu ser explodiu num jorro quente antes de cair sobre Julia. Julia sorriu para si mesma enquanto esfregava as mãos para cima e para baixo, nas costas de Caleb. Finalmente, ele a tinha levado como se realmente a quisesse. Agora, talvez pudessem começar algo mais. Mas, primeiro, precisava de um cochilo. Julia fechou os olhos, sucumbindo ao sono entorpecido de um amante satisfeito. Os pensamentos de Caleb eram muito mais caóticos quando saiu de Julia.


Oh, Deus, o que ele fez? Tinha acabado de tomar Julia como um animal, sem qualquer consideração por suas necessidades, seus desejos, seus sentimentos. Caleb se sentiu como um monstro. Sabia que não podia encará-la depois disso. Tinha certeza de que iria odiá-lo por tratá-la como uma prostituta barata. Não poderia enfrentar seu merecido desgosto. Ele iria destruí-la. Tinha que partir. Caleb cuidadosamente desenrolou-se dos braços de Julia e deslizou da cama. Pegou suas roupas e suas botas. Pegando uma pequena bolsa no armário, começou a empurrar roupas nela. Em pé ao lado da cama, viu Julia dormir por vários momentos antes de colocar um leve beijo em sua testa e ir embora, silenciosamente fechando a porta atrás de si. Caminhando pelo corredor, bateu na porta de Cole. —Ei, Cole! — Disse rapidamente quando o homem sonolento atendeu a porta. — Vou estar fora por algum tempo. Eu te ligo quando puder para que saiba onde estou. Não sei quando estarei de volta. Tenho algumas coisas para fazer e não posso fazê-lo aqui. Se precisar de mim, sabe como me encontrar. Cole, ainda meio dormindo, apenas balançou a cabeça e observou Caleb. Balançou a cabeça enquanto caminhava de volta para sua cama. —Idiota.

***** Julia despertou lentamente. Esticando os braços sobre a cabeça, rapidamente percebeu umas poucas as dores, dores que não estavam lá antes, mas as acolheu de bom grado. Lembrou-se de que Caleb tinha feito amor com ela. Virando a cabeça, percebeu que estava sozinha na cama. Tinham muito que conversar. Um futuro para planejar juntos. Além disso, mesmo


sabendo que a amava, ele ainda tinha que dizer a ela. Nenhum homem poderia fazer amor com uma mulher da maneira que ele tinha e não a amar. Julia saiu da cama e colocou suas roupas. Saindo do quarto, foi à procura de Caleb. Encontrou Cole e Bear sentados na mesa da sala de jantar, tomando seu café da manhã. Parecia que estes homens não poderiam funcionar sem pelo menos uma xícara de café fumegante. — Ei, pessoal, viram Caleb? — Ela perguntou quando entrou. Cole deu-lhe um olhar hesitante antes de falar. — O que precisa de Caleb? — Só estava procurando por ele. Nós temos algumas coisas que precisamos conversar. — Julia... — Cole começou a falar — Caleb nos deixou esta manhã. Julia inclinou a cabeça para um lado. — O que quer dizer com ele nos deixou? Será que teve uma missão ou algo assim? — Ela observou Cole dar outro olhar estranho antes de balançar a cabeça. — Deixou uma nota? Uma mensagem para mim? Cole se sentiu mal com o olhar derrotado nos olhos de Julia quando ele balançou a cabeça de novo. Odiava ter que dar a notícia para ela da partida de Caleb. Tinha ouvido esta manhã. Inferno, a casa inteira tinha os ouvido. Sabia que Julia não estava esperando que Caleb se levantasse e partisse. — Querida, ele partiu e não sei quando estará de volta. — Ele falou em um tom estranho e suave. — O que... O que quer dizer? — Ela perguntou num sussurro quebrado. Ela sentiu como se estivesse congelada no limbo, onde todas as decisões e ações eram impossíveis. — Não sei exatamente o que aconteceu entre vocês dois, mas Caleb parecia muito abalado com isso. Disse que precisava ir embora, fazer algumas reflexões. Ele não disse quando ia estar de volta. Julia

distraidamente

assentiu

com

a

cabeça

e

se

afastou,

pensamentos confusos e sentimentos a atacando. Achava que as coisas tinham


sido perfeitas. O que tinha feito de errado? E se ele tivesse sido desligado por seu comportamento libertino? Encontrá-la nua em sua cama o desanimou? O que poderia ter acontecido entre aquela época e agora? Seu coração queria recusar o que sua mente estava dizendo a ela, mas sabia que tinha que encarar os fatos. Ele deve ter dito a verdade no quarto de hotel em Boston. Realmente não a amava. Só queria seu corpo e tinha se jogado para ele. Claro que tinha tomado o que lhe foi livremente oferecido. Que homem de sangue quente não o faria? Ofegou, respirações rápidas, seu peito parecia como se fosse explodir de dor. Foi uma sensação humilhante, saber como tinha se jogado para Caleb mesmo depois que ele havia deixado claro que não a queria. Deveria saber que não a amava. Ele tinha sido a sua fantasia e ela decidiu não se importar com o que Caleb tinha dito, pensando somente que o queria e não se importando com o que ele sentia. Julia sentiu-se corada, com humilhação e raiva de si mesma. Não se admirava que tivesse a deixado depois de ter se jogado sobre ele. Tinha praticamente o atacado. Ele devia estar muito envergonhado. Deu um grito abafado de desesperado, sua miséria tão aguda que era uma dor física. Caminhou de volta para o quarto de Caleb e se arrastou em sua cama, puxando as cobertas sobre a cabeça para bloquear o mundo, envolvendo-se em um casulo de angústia.

***** Cole e Bear assistiram Julia ir embora, seus ombros caídos. Cole olhou para o Bear. — Ele finalmente fez. Estava esperando que fosse ficar com a cabeça fora de sua burrice antes disso, mas finalmente quebrou seu coração. O imbecil! Bear negou com a cabeça.


— Não sei como vai viver sem esse presente. Essa menina o ama quase tanto quanto nós amamos Mari e ele está jogando fora porque está com medo. — Mas por quê? Do que está com tanto medo? — Cole perguntou. — Não tenho certeza, mas acho que tem medo dela, na verdade. Cole tomou alguns goles mais de seu café enquanto pensava sobre a situação. Simplesmente não conseguia entender por que Caleb estava fugindo quando deveria estar correndo para o próximo round. Julia era um tipo de garota que daria tudo para o homem que quisesse e Cole sabia que Caleb era o homem certo. Por que Caleb não sabia disso? — Bem, qualquer que seja a razão, temos que fazer algo sobre isso. Os dois precisam um do outro mais do que acho que eles sabem. Bear olhou para Cole novamente. — Tem alguma ideia? — Não, nenhuma. — Cole balançou a cabeça. Bear também negou com a cabeça. Não tinha ideias também. — Acha que devemos chamar Sam? — Claro que não. Sam iria matar Caleb se souber o que estava fazendo para Julia. Ele é muito protetor com sua esposa. Não, nós temos que fazer isso por conta própria. — Ei, Cole, acha que pode ser isso? — O que? — Perguntou. — Acha que Caleb poderia estar agindo assim porque Julia ainda está casada com Sam? Sei que eu não gostaria que Mari se casasse com qualquer outro homem além de um de nós. Isso me deixaria louco. — Pode ser, acho. Mas com Caleb, quem sabe. Eu tenho certeza de que ninguém realmente sabe o que está passando em sua estúpida cabeça, exceto, talvez, seu irmão. — Agora, esta é uma ideia! — Bear quase gritou, batendo as mãos na mesa.


— O que? — Vamos falar com Rune. Coloque-o nisso. Talvez possa ter uma ideia de como conseguir deixar os dois juntos. Como você disse, ninguém conhece Caleb como Rune. — Estou vendo. — Cole concordou. — Vou ligar para ele agora. Bear agarrou ambos os copos e se dirigiu para a cozinha enquanto Cole foi para o escritório chamar Rune. Bear se sentia melhor sobre toda a situação. Chamariam Rune e conseguiriam sua ajuda e talvez pudessem resolver as coisas entre Caleb e Julia. Bear lavou os copos e dirigiu-se para o escritório. Encontrou Cole em seu caminho para fora da sala. — Muito bem! Entrou em contato com Rune? Cole balançou a cabeça. — Sim, vai voltar para o rancho para ter uma pequena conversa com Julia e ver o que está acontecendo. Acha que Caleb não tem medo de Julia, mas sim, tê-la na nossa vida. Você e eu sabemos como nossa vida é difícil para uma mulher. Tivemos o mesmo problema com Mari. — Sim, mas viver sem ela é pior do que tê-la aqui nesta vida. Bear ficou em silêncio por um momento, antes de perguntar em voz baixa: — Acha que vamos encontrar Mari, Cole? — Nós temos que encontra-la, Bear. Não podemos viver sem ela. Cole deu um tapinha no ombro de Bear quando os dois começaram a andar para fora. — Vamos apenas esperar que Caleb perceba isso antes que perca Julia. Nós dois sabemos o que é isso e não quero isso pra ele. É um inferno!


Capítulo 10

Julia estava deprimida. Todos podiam ver isso. Estava deprimida e chafurdando na autopiedade. Não era bom para ela, para Robin ou para o bebê. No entanto, ninguém parecia saber como tirá-la dali. Nada que dissessem parecia fazer qualquer diferença para ela. Nem mesmo a notícia de que Arthur estava na prisão por atirar em Sam e a polícia estava investigando Douglas, parecia fazê-la feliz. Sam tentou explicar tudo, enquanto Doc cuidava de sua ferida simples. Mesmo que Julia parecesse satisfeita com a investigação, ainda estava na fossa. Finalmente, Sam decidiu se meter e ter uma longa conversa com ela. Ela estava começando a arriscar não só a saúde dela, mas também a do bebê. Estava preocupado com os dois. Era hora dele e Julia terem uma conversa, e não aceitaria um não como resposta. Sam caminhou até onde Julia estava sentada, olhando pela janela e a pegou em seus braços. Ignorou sua surpresa, sua maldição, até mesmo seus pequenos punhos batendo contra seus ombros. Só a levou para a enfermaria. Levou-a para a sala de exame onde Doc estava esperando e colocoua sobre a mesa. Antes de voltar a se inclinar contra a parede perto da porta. Sam cruzou os braços sobre o peito, desafiando-a a tentar sair da sala. Iria impedi-la e amarrá-la à mesa de exame, se fosse preciso. Era seu bebê que estava carregando e se importava tanto com ele quanto se importava com Julia. Algo tinha de ser feito. — Julia. — Daniel começou. — Sabemos tudo que passou nas últimas semanas e tenho que lhe dizer: estamos cansados disso. É hora de se recompor e seguir em frente com sua vida. Caleb estará de volta antes que perceba.


— Isso não importa. — Ela gritou. — Ele me odeia. Se não a odiasse, nunca teria partido. Teria ficado e a amado. Mas havia partido. — Querida, de onde tirou essa ideia? Caleb te ama. Quem o vê olhando para você sabe disso. Desde o primeiro momento que pôs os olhos em você. — Isso não importa mais. Não posso continuar jogando este jogo com ele. É muito difícil. Dói muito. Nunca sei onde estou com ele. Em um momento me quer, no próximo não quer. Não posso mais fazer isso. Esta última vez, quando se foi, a maneira como partiu, foi a última gota. Não posso mais fazer isso. Não, é melhor se apenas me concentrar em Robin e no bebê. — Tudo bem, então não se envolva com Caleb. Se não o quer, então não tem que tê-lo. Mas tem que começar a cuidar de si mesma. Se não por sua causa, então, para o bem do bebê. — Doc disse. — Oh, Deus, Doc, sei que não estou bem. Simplesmente não consigo evitar. Mas não é que não queira Caleb, porque o quero. Querer ele nunca foi o problema. Ele não me quer.

— Julia virou-se para olhar para Sam. — Você

sabe disso, Sam. Ele mesmo disse isso no hotel, lembra? Disse que não me ama. Pensei que estava mentindo, que realmente me amava, mas estava errada. Sei disso agora. Ele não me ama. — Sim, ele ama. — Afirmou uma voz da porta. Julia, Sam e Doc olharam para ver um Rune de aparência triste encostado no batente da porta, com os braços cruzados sobre o peito. Sam e Doc deram um suspiro de alívio. Ele certamente tinha levado muito tempo para chegar aqui. — Ele te ama muito, na verdade. Tem apenas medo de admitir isso. — Rune disse olhando diretamente para Julia, esperando que ela visse a verdade em seus olhos. — Não há nada para ser verdadeiramente assustador. Amar alguém deveria ser gritado aos quatro ventos. Sim, é assustador, mas também é


fantástico, emocionante! — Julia respondeu, de forma totalmente confusa, não tendo certeza do que deveria fazer. Parte dela queria encontrar Caleb e lhe dizer o quanto o amava. Outra parte dela só queria fugir e se esconder, para se esconder da dor de amá-lo quando não a amava. Deus, era tão patética. Rune caminhou lentamente para dentro do quarto. Olhou de relance para Sam e Doc, acenando para eles, então de volta para o rosto confuso de Julia. — Às vezes não é fácil, querida. Nem todos têm os mesmos ideais sobre o amor que você tem. Algumas pessoas não têm o discernimento, a experiência ou o conhecimento para amar do jeito que faz. Alguns de nós foram magoados por aqueles que disseram que nos amavam. — Ah! — Julia riu amargamente. — Como se minhas experiências com minha família fossem algo para basear minhas opiniões sobre amor. — Olhou para Sam, Doc e Rune. — Você sabe em que baseio a minha ideia de amor? Sam e Doc, dois homens gays. Vi mais amor e compreensão entre eles do que já vi antes. Realmente se amam, não importa o que aconteça. — Julia acenou com a mão no ar, apontando para os dois homens. — Depois de toda a porcaria que Sam o fez passar, Doc ainda o amava, ainda o aceitou de volta. Agora olhe para eles. Não pode entrar numa sala que estão sem ver um deles tocar o outro, beijando-o, amando-o, apenas ficando perto. É de onde tenho as minhas ideias sobre o amor. Sob os cílios, Doc olhou para Sam para ver sua reação às palavras de Julia. Será que Sam entendia o que ela estava dizendo? Quanto de uma coisa especial estava entre eles?

Vendo o rápido aceno e um sorriso no rosto de

Sam quando olhou de volta para ele, junto com o amor em seus olhos, Doc sabia que ele entendia. Rune sentou-se na cama ao lado de Julia e tomou-lhe a mão, dandolhe um aperto de mão mole.


— Deixe-me contar uma pequena história e talvez isso vá ajudar você a entender melhor Caleb. — Ele limpou a garganta e respirou fundo antes de continuar. Isso seria difícil para ele, mas sentiu que devia tentar por seu irmão. — Nosso pai era militar, assim como nós. E estava fora o tempo todo. Passava mais tempo em campo do que em casa. Mas adorava. Sentia como um verdadeiro compromisso servir o seu país. Mas era difícil para nossa mãe. Ela ficou em casa para cuidar de nós dois, crianças, e, para dizer a verdade, Caleb e eu não éramos filhos perfeitos. Tivemos nossa cota de bagunça. Julia soltou uma risadinha enquanto limpava as lágrimas. Ela apostava que tinham. — Mas a nossa mãe não era uma pessoa forte, Julia. Um dia, quando Caleb e eu estávamos com apenas 12 anos de idade, nossa mãe não aguentava mais. Meu pai tinha acabado de sair em uma missão. Deveria ficar fora por alguns meses. Mamãe pediu-lhe para não ir. — Rune passou as mãos pelo seu rosto antes de olhar para Julia novamente. — Ele foi de qualquer maneira. Minha mãe se perdeu. Tentou se matar tomando um monte de pílulas. Se não fosse Caleb voltar para casa mais cedo da escola, teria conseguido. Mas nunca foi à mesma depois disso. Estava dentro e fora das instituições mentais até o dia em que morreu. — O que aconteceu com seu pai? — Ela perguntou em voz baixa. — Tentou permanecer no serviço militar, mas depois mamãe morreu e ele apenas meio que desistiu. Acho que ela era o amor de sua vida e não percebeu até que fosse tarde demais. Ele se culpava por sua condição. Não foi culpa dele, realmente. Mamãe só não era forte o suficiente para ser esposa de um militar. — Acariciou a mão de Julia suavemente. — Acho que isso é o que Caleb está com medo, de que você não seja forte o suficiente para ser esposa de um militar. Você e eu sabemos que, por baixo dessa superfície pequena e de sua delicadeza, você é provavelmente mais forte do que Caleb. Mas Caleb não pode ver isso. Tudo o que pode ver é a nossa mãe e como quebrou sob a


tensão. Não quer fazer isso para você. Prefere viver sem você a destruí-la, Julia. — Isso é uma idiotice e sabe disso! — Ela respondeu com veemência. — É, Julia? — Doc perguntou. — Veja como está lidando quando acha que ele não te ama. Parou de comer, está perdendo peso, está colocando em risco a sua saúde. O que deveríamos pensar? — Essa é a diferença. Se soubesse que ele me amava, poderia lidar com tudo. Se soubesse que estava vindo para casa para mim, que me queria, eu estaria bem. Mas nada disso importa. Caleb não me ama. Nunca amou. — Sim, ele te ama. O que tenho que fazer para convencê-la disto? — Rune perguntou, quase puxando seus cabelos de frustração. Talvez só devesse trancar os dois em um quarto até admitissem que se amavam e trabalhassem nisso. — Traga-o para casa. — Ela sussurrou suavemente, surpreendendo a todos na sala. Olharam para ela até que Rune começou a rir. — Sim, posso fazer isso. — Ele sorriu, já começando a fazer planos para a recuperação de seu irmão rebelde. — Em quanto tempo o quer aqui? — Quanto mais rápido, melhor, não acha? — Daniel perguntou, apontando para Julia enquanto começava a verificar seus sinais vitais. — Muito rápido e talvez não tenha que ligá-la em uma IV3. — Basta trazê-lo para casa, Rune. — Sam respondeu. Julia observava em silêncio enquanto Rune saia do quarto e Doc tomava seus sinais vitais. Eles fizeram tudo parecer tão fácil. Bastava ir, encontrar Caleb, trazê-lo para casa, e tudo ficaria bem. Mas Julia sabia que não ia ser fácil. Ainda não acreditava que Caleb realmente a amava, mas estava disposta a esperar e ver como as coisas aconteceriam.

3

Intravenosa.


Caleb significava muito para ela. Mas esta seria a última vez. Se não a amasse, depois disso, desistiria. Não podia continuar expondo seu coração. Doía muito.

***** Rune abriu a porta do quarto de motel ao qual tinha seguido Caleb e quase caiu com o fedor. A sala cheirava a álcool velho e meias sujas, e se não estava enganado, perfume barato. Fechou a porta atrás dele e foi até a figura dormindo na cama. Caleb estava nu, metade para fora do colchão. Tinha uma mão em volta de uma garrafa de uísque barato, a outra em torno de seu pênis flácido. Vendo as manchas de batom vermelho em sua mandíbula, Rune apenas balançou a cabeça. — Cara, o que fez com você mesmo? — Pegou a garrafa de uísque dos dedos folgados de Caleb e foi derramá-lo na pia do banheiro. Olhou ao redor do quarto e encontrou mais duas garrafas, as jogou na pia também. Pegando um saco de lixo, começou a limpar o quarto. Embora não houvesse muito lixo, as roupas que Caleb estava usando nas últimas seis semanas não valiam a pena salvar. Ia comprar novas para Caleb amanhã. Finalmente, quando o quarto foi limpo, entrou no banheiro e ligou a água fria no chuveiro. Caminhando de volta para o quarto, jogou seu irmão sobre seu ombro e caminhou de volta para o banheiro, despejando-o no box. Ele se ajoelhou ao lado da banheira e segurou Caleb para baixo com a mão em seu peito. Isso não ia ser bonito. Demorou alguns segundos, mas Caleb de repente começou a se debater, tentando bater em Rune. Rune riu quando Caleb começou a xingar, mas continuou a segurá-lo sob o jato de água fria do chuveiro. Segurou-o lá por mais alguns minutos antes de passar a água do frio para o quente. Levantando-se, pegou uma garrafa de xampu e jogou-a para o seu irmão.


— Comece a se limpar e se junte a mim no outro quarto. — Exigiu com firmeza antes de virar e sair do quarto, fechando a porta atrás de si. Ouvir seu irmão resmungando o fez sorrir, mas sabia que Caleb ia se lavar. Ele e Caleb podiam ser gêmeos, mas Rune ainda era mais velho, mesmo que por apenas três míseros minutos. Caleb normalmente ouvia Rune em algum nível. Rune mudou rapidamente os lençóis do quarto e chamou o serviço de quarto para pedir um pouco de comida e um copo grande de café preto. Uma vez que isso foi feito, começou a pesquisar o espaço para qualquer tipo de álcool perdido. Abrindo uma das gavetas do criado-mudo ficou surpreso ao encontrar uma foto desbotada e enrugada de Julia. — Bem, isso é revelador. — Murmurou para si mesmo antes de colocar a foto de volta na gaveta e fechá-la. Virou-se quando ouviu a porta do banheiro aberta e Caleb saiu uma toalha enrolada ao redor de seus quadris nus. — Caleb. — Rune disse. Caleb olhou para cima quando ouviu Rune. — Então você é o idiota que me colocou no chuveiro. Alguma razão especial para sentir necessidade de arruinar minha diversão? — Diversão? Chama isso de diversão? — Perguntou quando sua mão assinalou a sala. — Você se lembra de quem fodeu ontem? Foi ela quem usou o batom vermelho? Ou estava extremamente bêbado para se lembrar de algo? — Cobrou. — Não comi ninguém ontem à noite, ou a noite anterior, ou até mesmo a noite antes. Inferno, não comi ninguém em seis semanas! — Caleb gritou para Rune. — O batom que encontrei em seu rosto esta manhã diz o contrário. — Caleb sentou-se ao lado da cama, deixando o rosto com as mãos. Rune o


ouviu dizer algo, mas não conseguia entender o seu murmúrio. Ele se aproximou e sentou-se ao lado de seu irmão. — O que, Caleb? — Perguntou calmamente enquanto passava um braço ao redor de seus ombros. Rune ficou chocado ao ver a tristeza gravada no rosto de Caleb, quando levantou a cabeça e o olhou. — Não estive com ninguém. Toda vez que tento, não consigo parar de pensar em Julia. Inferno, a primeira mulher que trouxe aqui quase me matou quando a chamei pelo nome de Julia. Não posso nem ficar duro por outra mulher, não importa o que faça. — Hum, parece-me que tem um problema. — Pô, você acha? Você é uma grande ajuda. O que diabos está fazendo aqui? — Ele perguntou quando se levantou e começou a atravessar as gavetas de sua cômoda procurando outra garrafa. — Você não vai encontrar nenhuma. Joguei todas na pia antes mesmo de te acordar. — Rune sabia o que Caleb estava procurando e esperava mantê-lo longe. Caleb precisava ficar sóbrio e lidar com sua vida antes que sua vida saísse pela porta. — O quê? Por que faria isso? — Caleb rosnou quando começou a procurar suas roupas. Porra, onde estavam? — Não vai encontrar nenhuma roupa também. Joguei fora com o resto do lixo. Cheiravam muito mal. Não sei como poderia continuar a usá-las. — Então, se você se livrou de todo o álcool e jogou fora todas as minhas roupas, o que é que vou fazer agora? — Não sei... Ficar sóbrio? Caleb levantou as mãos no ar. — E por que diabos iria querer fazer isso? Rune ficou de pé até ficar cara a cara com Caleb. — Porque está preste a estragar a melhor coisa que já aconteceu com você, seu imbecil. Essa menina te ama mais do que tudo no mundo e está


jogando fora. E para quê? Uma garrafa de bebida? Uma transa barata com uma mulher que nem se lembra? Enlouqueceu completamente? — Não preciso de você para me dizer o que fazer. — Caleb gritou para Rune, empurrando seu peito com os punhos. — Não sabe o que está falando, então cale a sua maldita boca. — Oh, é mesmo? — Rune disse enquanto foi até a mesa de cabeceira e tirou a foto desbotada de Julia. — Então, não vai precisar disso, vai? — Disse rasgando a foto em pedaços pequenos. Rune sabia que estava incitando seu irmão, mas não estava preparado para a ferocidade de sua raiva quando Caleb pulou do outro lado da sala e começou a esmurrá-lo com os punhos. Não estando disposto a ser saco de pancadas de Caleb, Rune bateu de volta, acertando a mandíbula de Caleb e seu peito. Caleb deu alguns socos, também. Alguns minutos mais tarde, tanto Rune quanto Caleb caíram no chão. Rune estava encostado contra a parede ao lado da porta, Caleb contra a cama. O quarto era em uma confusão com pedaços de cadeira quebrada e cobertores por todo o chão. Rune limpou o sangue de seu lábio enquanto observava seu irmão rastejar até as peças descartadas da imagem Julia. Não disse nada enquanto Caleb cuidadosamente tentava encaixar as peças de volta. Viu como as mãos de Caleb tremiam, tocando cada peça como se fosse uma joia preciosa. Sentiu lágrimas em seus olhos quando os ombros de Caleb caíram em derrota, reunindo os pequenos pedaços rasgados e embalando-os em suas mãos. Rune estremeceu quando Caleb voltou seus olhos cheios de lágrimas em sua direção. — Por que fez isso? — Gritou gravemente. — Isso é tudo o que tinha dela. Agora se foi. Como pôde fazer isso comigo? Rune foi até Caleb e envolveu-o em seus braços, deixando-o chorar.


— Oh, Caleb, pode tê-la. O que é a coisa real em comparação com uma foto? — Não posso tê-la. Nunca pode tê-la. Não entende isso? Daria tudo para estar com ela, mas isso nunca vai acontecer. — Por que, Caleb? Porque não pode tê-la? Ela o ama. Está esperando por você. Tudo que tem a fazer é ir até ela. — Você simplesmente não entende! — Ele respondeu ferozmente. Caleb ficou de pé e começou a andar ao redor da sala, ainda segurando os pedaços rasgados de imagem contra o seu peito.

—Porque não pode me

deixar em paz? — É isso que quer? — Rune perguntou quando se ergueu. — O que realmente quer? — Sim! Só quero que me deixe sozinho. Quero que todos me deixem em paz! — Gritou. Rune sacudiu a cabeça pesarosamente. O que estava preste a fazer provavelmente lhe custaria o irmão se não funcionasse, mas era a única coisa em que poderia pensar para fazer seu irmão e Julia ficarem juntos. — Você sabe, eu tentei, realmente tentei. Mas quer sentar aqui e choramingar sobre não ser capaz de ter Julia quando ela está o esperando voltar para casa e amá-la. Tem alguém esperando por você, alguém que te ama e está jogando isso fora. Não tenho ninguém. Sabe o que não tenho ninguém para ir para casa. — Rune tirou dinheiro do bolso e jogou-o no chão, aos pés de Caleb antes de caminhar até a porta. — Bem, foda-se! Se é burro demais para tomar o que tem, eu não sou. Pareço o suficiente com você, tenho certeza que Julia não vai se importar. É uma mulher bonita e acho que seria bom para ela. Desde que não a quer, vou pegá-la e você pode ir para o inferno! Rune viu Caleb ali com a boca aberta em choque quando saiu da sala, batendo a porta atrás de si. Caleb ficou lá por dez segundos antes de começar a praguejar:


— Oh, o inferno não! Sobre o meu cadáver vai tocar um fio de cabelo dela. Agarrou o lençol da cama e o envolveu em torno de seus quadris antes de pegar o dinheiro que Rune tinha jogado no chão e sair pela porta. Precisava encontrar algumas roupas e rápido. Tinha que impedir Rune de tomar sua garota.

***** Rune assistiu de seu carro, na esquina, quando Caleb saiu do quarto e desceu a rua em direção à loja local. Parecia ridículo no lençol. Rune só esperava que não fosse preso antes que pudesse encontrar algumas roupas. Puxando o celular, rapidamente tirou uma foto de Caleb pisando pela rua em um lençol, uma mão cerrada em torno do dinheiro, a outra segurando o lençol e fazendo um trabalho muito ruim nisso. Rune podia ver parte de uma bunda espreitando para fora. Caleb não gostaria disso, mas poderia ajudar com Julia. Poderia ajudar a convencê-la de que Caleb realmente a amava. Por que mais sairia em público envolto num lençol? Riu quando discou para casa. — Ei, Cole, funcionou. Ele deve estar em casa em cerca de uma semana, mais ou menos. E, homem, ele está chateado. — Vocês dois vão ficar bem? — Cole perguntou, preocupado que Rune poderia ter causado problemas com Caleb. — Oh, eventualmente estaremos bem. Ainda espero ser o padrinho de seu casamento. Só está realmente chateado comigo agora. Rasguei seu retrato de Julia e lhe disse que estava iria me casar com ela. Disse que parecia o suficiente com ele para Julia aceitar. Cole soltou um suspiro. — Oh, homem, isso foi duro.


— Sim. — Rune riu. — Mas funcionou. Está correndo pela rua enquanto falamos... Num lençol do hotel. — Lençol de hotel? — Cole deu uma gargalhada. — Oh, espero que tire uma foto disso. — O inferno, sim, tirei. Vou emoldurá-la e dar a ele como presente de casamento. Cole começou a rir de novo. — Ouch! Você é tão cruel. Vai ficar ainda mais chateado com você quando ver isso. Quero uma cópia. —Não tem problema, qualquer coisa para lembrar ao meu irmão que burro tem sido. — Isso provavelmente vai ajudar. Então, tudo bem, precisa ter seu traseiro de volta aqui para que possamos fazer planos para o casamento. Nós ainda temos que convencer Júlia. Ela está muito dividida. — Sim, está bem, vou estar lá em breve. — Rune respondeu tristemente. Ele se sentiu muito mal por Julia e isto só o tornava mais irritado com Caleb. Julia amava muito Caleb. Mas nada disso importava para Rune. Sabia que seu irmão amava Julia com todo o seu coração e estava determinado que estivessem juntos, não importa os temores de Caleb. Uma vida sem amor era fria e solitária. Caleb não tinha ideia de como a sua vida seria sem Julia nela. Rune sabia. Era o mesmo lugar frio e solitário em que tinha vivido durante anos.

Capítulo 11


Caleb estacionou sua motocicleta na garagem e desligou o motor. Tirando o capacete, ele o descansou no banco em frente a ele, cruzando as mãos por cima. Levantando a cabeça, olhou para a casa. Levou duas semanas para chegar a casa, muito mais do que esperava. Mas estava finalmente aqui. Só esperava que estivesse em tempo. Tinha levado um par de dias para descobrir que Rune foi enchê-lo com porcaria. Ele não queria Julia para si, só queria que Caleb ficasse com a cabeça no lugar e fizesse a coisa certa. Caleb ainda não tinha certeza de que era a coisa certa, mas sabia que precisava de Julia em sua vida. Ele a amava e precisava dela mais do que precisava respirar. No entanto, depois de tudo o que tinha feito e todas as formas que a tinha machucado, sabia que tinha um longo caminho a percorrer para provar isso a ela. Observou a porta da frente se abrir e Rune sair cruzando os braços sobre o peito. Chutou a porta atrás dele e caminhou até um poste de varanda, inclinando-se contra ela. Olhou para Caleb, sem dizer nada. Bem, pelo menos não estava dando socos. Caleb desceu de sua moto, pendurando o capacete no guidão, e caminhou lentamente em direção a Rune. Não estava muito seguro de que era bem-vindo. Tinha sido um estúpido na última vez que viu seu irmão. Não estranharia se Rune o esmurrasse. Sabia que merecia. Parou quando estava em pé na frente de seu irmão. — Rune. — Rune encarou-o por vários momentos, parecendo estar à procura de algo nos olhos de Caleb. Aparentemente, encontrou o que estava procurando. — Caleb. — Acenou com a cabeça. — Ela está no jardim interno. Caleb assentiu e começou a dar a volta na casa antes de parar. Não se virou, mas sabia que Rune ainda estava observando.


— Obrigado, Rune. — Disse calmamente. — Você é bem-vindo mano. Tenho que dizer que tem um trabalho complicado, ela está muito confusa com tudo isso. Vai ter que rebolar, antes que a mulher te perdoe. Caleb se virou e deu a seu irmão um pequeno sorriso. — Eu a amo. Rune sorriu para seu irmão. — Isso é tudo que precisa fazer. Agora, vá pegar sua mulher. Caleb assentiu antes de ir ao redor do lado da casa para o jardim interno. Chegando à beira do quintal, olhou em volta até que viu Julia andando entre as flores. Estava linda, brilhante. Usava um vestido de algodão azul bebê, que caia suavemente sobre seus pés descalços. Caleb podia ver seus dedos cor-derosa espreitando debaixo da barra de seu vestido. Seu longo cabelo loiro acinzentado estava preso em uma trança frouxa que caia em suas costas, deixando fios caindo sobre o rosto de porcelana. Quando se virou, Caleb pôde ver o inchaço suave do bebê sob o vestido. Parecia estar distraída acariciando seu estômago enquanto se inclinava para cheirar uma flor aqui e ali. O peito de Caleb parecia que ia estourar enquanto bebia de sua forma doce, desejando que pudesse voltar no tempo e tirar esses dois últimos meses. Sua vida tinha sido um inferno desde que a deixou. Sabia agora que nunca deveria ter partido. Realmente foi o idiota que todos disseram. Observava cada movimento seu enquanto caminhava para ficar a poucos metros atrás dela. Agora que estava ali, não sabia o que dizer a ela. Assim, muitas linhas de abertura diferentes passaram por sua mente até sua cabeça doer. Nem uma parecia adequada.


Como diria mulher que amava, que realmente foi honesto quando disse que não a amava? Como diria a ela que a tinha deixado no meio da noite, porque estava com medo? Como diria a ela que era a sua alma? —Julia. — Murmurou baixinho. Observou como seu corpo ficar tenso. Ela pareceu parar de respirar por um momento antes de respirar fundo e se inclinar para sentir o cheiro da rosa amarela na frente dela. Endireitou-se e moveu-se para a próxima flor que chamou o seu interesse, inclinando-se para sentir o cheiro também. Caleb seguiu atrás dela, colhendo cada flor que cheirava e as reunindo em suas mãos depois de cheirar cada uma como ela fez. Exceto para o endurecimento de seu corpo, ela não reconhecia a sua presença de forma alguma. — Não vai dizer nada, Julia? — Caleb disse, sua voz rouca. — Por favor, bebê? Não vai olhar para mim? — Implorou quando ela não disse nada. Mais uma vez, Julia o ignorou, como se não estivesse lá e continuou a ir de flor em flor, Caleb atrás dela colhendo cada uma que cheirava. Depois de algum tempo tinha um punhado inteiro, mas Julia não parava de cheirar flores e Caleb continuava a pegá-las. Finalmente, Caleb decidiu que precisava de algo para levar as flores e correu para a varanda para encontrar algo. Julia sentiu vontade de chorar quando Caleb se afastou. Sabia que deveria ter dito algo a ele quando tinha falado com ela primeiro. Agora, não teria a chance. Só queria fazê-lo sofrer um pouco pelo modo que a tinha machucado, não deixá-lo sair. Mais uma vez tinha feito a coisa errada. Poderia fazer direito? Rune tinha explicado que Caleb estava voltando para casa. Não acreditava mais nele do que acreditava em Cole e Bear, mas esperava. Ela o amava e isso significava que poderia perdoar quase tudo. No entanto, vê-lo face a face era algo completamente diferente. Quando ele tinha chamado seu nome ela não tinha ideia do que dizer, como pedir desculpas por seu comportamento lascivo. Então, ela não disse nada.


Aparentemente, tinha sido a coisa errada a fazer. No início, parecia estar bem. Ela até sorriu para Caleb que colhia cada flor que cheirava. Mas então ele se afastou. Agora, o que deveria fazer? Deveria ir atrás dele? Implorar para perdoá-la? Sabia que poderia ser por vezes muito pegajosa. Os homens pareciam odiar isso. Com borboletas no estômago Julia se virou para seguir atrás de Caleb, apenas para parar quando o viu alguns passos atrás, com uma cesta de vime na mão, cheia de flores que ele havia colhido. Tinha um sorriso feliz no rosto. Julia escondeu o sorriso para voltar a cheirar outra flor. Talvez as coisas não fossem tão ruins assim. Ouviu Caleb andar atrás dela, colhendo a flor que tinha acabado de ter em suas mãos. — Vai ter que encontrar muito mais cestas para colocar todas as flores que quero plantar em torno de nossa casa, Caleb. Amo flores e Bear prometeu me ajudar a plantar muitas. Gosto especialmente de flores secas. Vou querer cestas delas ao longo de nossa casa. Caleb engoliu em seco. Julia estava dizendo o que pensou que estava? O que esperava que estivesse dizendo? — Vou te dar tantas cestas quanto quiser, bebê. — Respondeu suavemente, jogando o jogo da maneira que ela parecia querer jogar. — E precisa ter certeza de que construam o berçário a direita do nosso quarto. Quero estar o mais próximo possível deste bebê, se ele ou ela precisar de mim. E quaisquer outros filhos que tivermos. Isso é importante, não acha Caleb? — Ela perguntou hesitante quando se virou para olhar para Caleb, esperança e incerteza por todo o rosto. — Sim, Julia. — Caleb sussurrou com um nó na garganta. — Isso

é

muito importante. Um bebê deve sempre estar perto de sua mãe. — E seu pai, Caleb? E sobre seu pai? — Caleb sabia o que Julia estava perguntando a ele. Queria saber se estava disposto a fazer um compromisso


com o bebê, assim como com ela. Isso nunca foi um problema para ele. E precisava deixá-la saber que aceitava o fato de que ela vinha com um pacote. — Sim, Julia, é muito importante para um bebê estar perto de seu pai também, especialmente as meninas. Precisam estar o mais próximo de seu pai quanto possível. As meninas precisam saber que são amadas por ambos, sua mãe e seu pai. — Respondeu com um sorriso largo e aberto. Julia sabia que estava se referindo a Robin e não poderia estar mais feliz. — Sim, Caleb, é muito importante para as meninas estarem perto de seu pai. Precisam se sentir seguras e protegidas, sabendo que seu pai as ama, incondicionalmente. — E a mãe dessas meninas? Será que precisa saber que é amada, também? Amada incondicionalmente? — Caleb perguntou, sua respiração quase presa na garganta, enquanto olhava fixamente para para Julia. Julia corou ligeiramente quando respondeu a Caleb, sua voz tão tranquila que quase não a ouviu. — Nós sempre precisamos saber que somos amados. — Então, talvez agora seja um bom momento para que saiba o quanto te amo, Júlia. Sei que não mostrei isso. Fiz tudo que pude para te mandar embora. — Colocou a cesta no chão e puxou Julia em seus braços. — Sinto muito, Julia. Se pudesse voltar atrás e mudar tudo, faria, mas não posso. Não há nenhuma maneira de tirar toda a dor que causei a você. — Por que você fez isso, Caleb? Se me amava, por que me afastou? Será que não me quer? Não me ama? Estava muito ousada naquela noite? Deveria ter esperado vir para mim em vez de subir na sua cama? O que fiz de errado?

Julia

pediu,

desesperadamente

tentando

entender

o

seu

comportamento. — Não, bebê, não fez nada errado. Nunca pense que expressar o que sente por mim é errado. Deve estar se perguntando o que aconteceu naquela noite. Eu não tinha o direito de fazer o que fiz.


— Você está brincando, certo? Foi perfeito. Finalmente parou de me tratar como uma boneca de porcelana e fez amor comigo do jeito que realmente queria. Não é? — De repente, ela se sentiu duvidosa novamente. E se estivesse errada? — Bebê, você não entende. Eu não estava no controle naquela noite. Não me importava com nada, apenas em tê-la, abraçá-la, estar dentro de você. Não me importava se me queria, se queria o que eu estava fazendo. Tudo o que sabia era que tinha que ter você. Não deveria ser assim. É por isso que parti. Tinha que ficar longe de você, dos sentimentos que despertou em mim. — Disse esperançoso. — Não entendo Caleb. — Julia começou a chorar. — Como pode o que fizemos estar errado? Não me machucou. Não machuquei você. Ambos gostamos. Queria que fizesse tudo o que fez para mim. Quero que faça novamente. Isso é errado? Isso faz de mim uma pessoa má? — Você... Você queria que eu... Fizesse o que fiz? Esta falando sério? Não me odeia pelo que fiz? Como te tratei? Caleb estava maravilhado por Julia não estar cuspindo em seu rosto. Mulheres como Julia deveriam ser amadas suavemente. Não tomadas como a tinha tomado naquela noite. — Caleb, amo o que faz para mim, para o meu corpo. A maneira que me quer, não tem ideia de como isso me faz sentir. Não importa se está fazendo amor comigo lentamente ou se está apenas me levando. Amo tudo isso. Permite que saiba que me quer, me deseja, que precisa de mim. Como isso pode ser errado? — Tentou lhe assegurar. Caleb

empurrou

o

cabelo

para

trás

de

seu

rosto

enquanto

suavemente acariciava seu rosto. Julia podia ver lágrimas nos seus olhos quando respondeu a ela. — Não, bebê, não é errado. Nunca é errado, acho. Você é tão pequena e delicada e tem que admitir que sou um cara grande. Estou com


tanto medo de magoar você. É incrível para mim que não esteja com raiva de mim pela forma como te tratei. — Estou com raiva de você pela maneira como me tratou! — Ela virou-se para ele. Caleb fechou os olhos, angustiado com suas palavras. Talvez tivesse entendido mal? Estava realmente com raiva pelo jeito que a tinha levado? Estava mentindo quando disse que gostou do que tinha feito com ela? — Você me deixou! — Gritou ela quando começou a bater em seu peito. — Você fez amor comigo e depois me deixou! Como pôde fazer isso comigo? — Perguntou ela. Caleb não poderia impedi-la de lhe bater, então apenas a puxou para seu abraço, com as mãos presas entre seus corpos. — Eu sei, bebê, e estou muito arrependido. Prometo que nunca vou deixar você de novo. Eu te amo muito e sei que tenho muito para compensar. E vou, prometo. Você nunca vai... — Caleb! — Julia interrompeu colocando os dedos sobre seus lábios — Cala a boca! Caleb levantou uma sobrancelha com suas palavras. Poucas pessoas tinham mandado Caleb calar a boca. Agora, este pequeno pedaço de mulher estava fazendo isso e não parecia assustada em um só osso de seu corpo. — Tudo o que tem a fazer é me amar. Isso é tudo que preciso de você, Caleb, seu amor, nada mais. Sem promessas, sem desculpas, sem explicações, apenas seu amor. Tudo o mais podemos trabalhar juntos. Caleb sorriu para Julia, seu sorriso iluminando o mundo dela, antes que a tomasse em seus braços e fosse para a casa. — Amar você, isso posso fazer, Julia. Ele riu enquanto a levava para a casa, caminhou até seu quarto e a soltou na cama antes de voltar a fechar a porta atrás de si. Pegou uma camisinha de sua mesa de cabeceira e a jogou sobre a cama.


Julia observou com um largo sorriso de expectativa enquanto Caleb começou a tirar a roupa antes de chegar a dela. Em poucos segundos, Julia estava nua como ele estava, seu corpo estabelecido entre suas pernas, mas ligeiramente inclinado para o lado. Caleb, tendo o cuidado com sua barriga inchada, enterrou suas mãos em seu cabelo enquanto seus lábios pegaram os dela. Tentou colocar todo o seu amor e seu pedido de desculpas em seu beijo. Passando a língua sobre a borda de seus lábios gentilmente a persuadindo a abrir sua boca, só para entrar e explorar os recessos de sua boca antes de passar sua língua ao longo dela. Julia sentia cada emoção que ele estava enviando com cada toque de sua língua na dela. Sentia por todo o seu corpo. Querendo mais ela agarrou seu cabelo e o puxou para mais perto, gemendo quando empurrou o peito dele contra o dela, o cabelo macio no peito fazendo cócegas em seus mamilos. As mãos de Caleb estavam por toda parte, tocando, acariciando e amando. Soltando seus os lábios, ele seguiu as mãos pelo seu corpo. Seus lábios

suavemente

puxaram

seus

mamilos

girando

na

dureza

deles,

arrancando um profundo gemido dos lábios de Julia. Puxando as coxas mais distantes, Caleb foi pra baixo de seu corpo, lambendo cada centímetro de pele exposta que encontrava em seu caminho até o centro de seu calor feminino. — Caleb? — Julia gritou quando ele parou de se mover, olhando para suas suaves dobras. — Oh bebê, você é tão bonita aqui. — Sussurrou, fazendo com que Julia tremesse quando seu hálito quente roçou sua pele aquecida. Caleb se inclinou e lambeu apenas a ponta dela, sua língua sobre seu clitóris inchado. — Ah, e um gosto tão bom. — Sussurrou antes de dar um golpe grande e fundo, saboreando-a. — Oh, Caleb! — Ela gritou.


Caleb sabia que ela estava gostando do que estava fazendo pela forma como as unhas estavam cavando em seus ombros. Sabia que estaria envergonhada por sua excitação, mas ão se importava. Dizia-lhe que estava lhe dando prazer suficiente para torná-la selvagem. Adorou e queria mais. Explorando Julia com a sua língua, Caleb chupou e lambeu até que seu corpo ficou rígido, as costas arqueadas, e Julia gritou seu prazer. Não querendo que sentisse nada mais que o prazer que estava lhe dando, continuou sua exploração, não parando até mesmo quando sentiu seu clímax uma e outra vez, até que ela estava totalmente sem sentido com o desejo, choramingando baixinho quando não podia mais gritar. Caleb pegou o preservativo e rasgou a embalagem com os dentes. Antes que pudesse rolá-lo, Julia o agarrou. — Deixe-me. — Sussurrou. Os dentes de Caleb doíam de apertar sua mandíbula com força enquanto Julia rolava o preservativo por seu pênis. O leve toque de sua mão fazia Caleb tremer. Ele orou para que não explodisse antes que tivesse a chance de fazer amor com Júlia. Assim, quando Julia baixou as mãos e se deitou contra os travesseiros, Caleb se arrastou até ajoelhar-se entre suas coxas. Puxou as pernas para cima sobre seus braços e empurrou-se lentamente nas dobras sensíveis de Julia, centímetro por centímetro até que estava totalmente dentro dela, ligado a ela na mais íntima das formas. — Julia, bebê, olhe para nós. — Caleb sussurrou enquanto olhava para baixo, para onde empurrava para dentro dela. — Olha como somos belos juntos. — Ele via seu pau entrar e sair dela, a umidade de seu controle apertado abrindo caminho para cada impulso que lhe dava. — Oh, bebê... Você é tão apertada... Tão molhada... — Gemeu, sua cabeça caiu para trás enquanto seus impulsos se tornavam mais rápidos, sua respiração mais difícil. A sensação de Julia em volta dele era diferente de tudo que já havia sentido. Não podia acreditar que quase tinha perdido isso.


Sabia que estava chegando perto, podia sentir suas bolas se preparando, apertando, prontas para explodir. Queria Julia com ele. Queria que sentisse o que estava sentindo, a proximidade que sentia quando estava dentro dela. Antes que pudesse expressar seus sentimentos, sentiu o movimento contra ele. Olhando para baixo, viu que os dedos delicados de Julia tinham cercado seu pau duro onde estava bombeando dentro dela. Vendo-lhe a mão sobre ele, seus dedos suavemente passando por seu clitóris inchado era mais do que poderia aguentar. — Droga! — Gritou quando bateu nela uma vez, duas, três vezes e explodiu. Sua cabeça caiu para trás, os músculos de seu pescoço apertando enquanto Julia continuava fazendo seu pênis estremecer quase num acidente vascular cerebral, ordenhando até a última gota de esperma dele. Caleb caiu ao lado de Julia, envolvendo seus braços em volta de seu corpo encharcado de suor. Sua respiração ainda estava difícil. A respiração de Julia não muito diferente. — Eu te amo, Julia. — Sussurrou em seu cabelo. — Quero que você se divorcie e se case comigo, tenha mais bebês comigo, passe o resto de sua vida comigo. Caleb não sabia o que pensar quando Julia riu para ele. — Você, honestamente, acha que iria fazer com você o que acabamos de fazer, se não tivesse toda a intenção de se casar com você? — Ela ainda estava rindo dele quando abriu caminho para ficar em cima de suas coxas. — Eu te tenho exatamente onde quero e não pretendo deixá-lo ir de novo. — Oh, é mesmo? — Perguntou, rindo, levantando seus quadris sugestivamente. — Exatamente onde me quer, hein? — Então, me escute com muita atenção, Sr. Boudreux, se me deixar de novo, as missões vão parecer uma moleza. Vou te caçar, amarrá-lo e arrastá-lo de volta. Eu me fiz entender? E não pense que não posso fazer isso


porque posso, mesmo que precise de ajuda para fazê-lo. — Disse com firmeza, as mãos batendo-lhe no peito com cada palavra. — Sim, senhora! — Respondeu ele, sentindo-se crescer com força contra ela. Caleb adorava quando ela era feroz. — Não há mais essa porcaria de fugir. Se tivermos um problema, vamos falar sobre isso. Se fizer algo que você não gostar, fale comigo. Se você acha que não posso pegar algo que quer, me pergunte sobre isso. Ficaria surpreso com o que posso fazer e com as pequenas fantasias que tenho na minha cabeça. Não se reprima porque sou pequena, Caleb. — Fantasias? Que fantasias? Fantasias sexuais? — Perguntou curioso e animado ao mesmo tempo. Julia tinha fantasias? Caleb podia se sentir endurecer só de pensar nas fantasias de Julia. Esperava que pudesse cumprir todas e cada uma delas. — Caleb! — Gritou, tentando manter sua mente fora de seu pênis e voltar para a conversa. — Homens. — Desculpe, bebê, estava dizendo? — Perguntou quando suas mãos começaram a vagar sobre seu corpo novamente, com especial atenção em seus seios. Pareciam maiores do que a última vez que tinha estado com ela. Devia ser a gravidez. Poderia se acostumar com isso. — Oh, vocês homens são todos iguais! Mencione a palavra fantasias e seus cérebros vão para suas calças! Ela rosnou revoltada com a falta de participação de Caleb em sua conversa. Aqui estava tentando fazê-lo entender que não podia a deixar cada vez que tinha um problema e ele não conseguia parar de pensar com seu pênis. Caleb pegou o cabelo na parte de trás da cabeça de Julia e a forçou a olhar para ele. Seu rosto estava muito sério quando falou.


— Julia, eu te amo. Nunca vou a deixar de novo. Aprendi minha lição, muito bem. Nunca vou fazer nada que possa me fazer perder você de novo. Os olhos de Julia brilhavam quando sorriu para Caleb. Talvez ele a estivesse ouvindo. — Realmente, Caleb? — Sim, bebê, realmente. — Ele puxou a cabeça para baixo para dar o que Julia pensava que era o mais suave beijo, mais amoroso que já tinha recebido. Seu beijo lhe disse que a amava, que a queria, precisava dela, que nunca ia deixá-la. Ela o sentia em todo o caminho para a sua alma. Começou a rir do brilho diabólico nos olhos de Caleb quando ele olhou para ela de novo. — Agora sobre essas fantasias...

Capítulo 12

Julia recostou-se nos braços fortes de Caleb. Suas mãos se tocavam de leve em seu estômago grande e arredondado. Ambos estavam olhando pela janela para Rune, que estava andando em volta do jardim, com as mãos nos bolsos, a cabeça inclinada em contemplação silenciosa. — O que vamos fazer sobre Rune? — Caleb perguntou, uma expressão preocupada no rosto. Rune parecia tão solitário ali de pé. Tendo experimentado esse tipo de solidão, quando pensava que tinha perdido Julia, não queria que seu irmão, seu irmão gêmeo, passasse pela mesma coisa. Não havia nenhuma maneira dele viver assim. — Tenho a mulher perfeita em mente para ele. — Julia respondeu com um sorriso largo. Tinha muito a agradecer a Rune e ia fazer tudo ao seu


alcance para lhe dar exatamente o que precisava, mesmo não sabendo o que era. — Hã? — Perguntou, olhando para seu rosto sorridente. O que estava acontecendo na linda mente dela? Podia ver pelo sorriso no rosto que era algo grande. — Sim e ela vai deixá-lo louco antes que admita que a ama. — Caleb riu ao ver a expressão de antecipação humorística em seu rosto. Caleb virou Julia em seus braços para encará-lo. — Tem certeza que é uma boa ideia? Ele já passou por muita coisa. Julia riu quando beliscou o queixo de Caleb. — Ah, sim, ela é perfeita para ele. Vai levá-lo à loucura, fazer funcionar cada centímetro de seu coração. Mas no final, vai fazê-lo quase tão feliz como você me faz. — Quase? — Caleb perguntou, uma sobrancelha grossa e preta arqueada. — Sim. — Disse, enquanto seus lábios levemente passavam sobre os dele. — Não é possível para qualquer outra pessoa no mundo ser feliz como você me faz. Não é possível. Julia virou-se para a janela e se estabeleceu nos braços de Caleb. — Então, — Ele perguntou quando acomodou o queixo em sua cabeça. — quem é esse modelo de virtude? Julia riu. — Já te contei sobre minha amiga Hannah?

Fim


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