Stormy glenn irmãos blaecleah 05 vai cowboy

Disp. e Tradução: Rachael Revisora Inicial: Regina Revisora Final: Rachael Formatação: Rachael Logo/Arte: Dyllan

Ruben é agora um Blaecleah de pleno direito, aprovado por Ma e Da, e ele adora viver na fazenda. Mas isso não é o suficiente para mantê-lo em casa quando ele perde seu coração para Elijah James, advogado da família, e um homem com muito medo de sair do armário para reclamá-lo.

Depois de viajar o mundo por três anos, Ruben está finalmente pronto para voltar para casa, mas ele não volta sozinho. Viúvo e pai de um bebê pequeno, Ruben espera que ele tenha crescido o suficiente para Elijah James ter interesse nele porque desta vez ele está jogando para valer.

Elijah James quis Ruben desde o momento que ele conheceu o homem, mas a angústia de perder alguém que ama ainda detém Elijah, e ele não está pronto para colocar em rico seu coração, ou o fato de que ele ama os homens, para todo mundo ver. Ele aprendeu da maneira mais difícil manter seus desejos para si mesmo.

Quando o passado volta a destroçar a família Blaecleah, seu amor por Ruben será suficiente para tirar Elijah do armário, ou ele estará com muito medo novamente para desistir?

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DEDICAÇÃO

Para o verdadeiro Elijah: Aposto que você nunca pensou que veria seu nome como o personagem principal de um romance, hein? Apenas vai mostrar a família maluca que temos.

Revisoras Comentam...

Regina: Sei que estou me tornando repetitiva, mas amo essa família! Stormy escreveu uma história linda de Ruben e Elijah. Tem reencontros, tensão, tesão, amor. Um pouco de tudo. E o melhor: um pequeno bebê que foi uma adição ótima na família. No começo fiquei um pouco com raiva de Elijah em sua relutância de assumir Ruben, mas seus motivos eram fortes e seu amor por Ruben mais forte ainda. E Ma como sempre roubando a cena. Ela é fantástica!!

Mal vejo hora da autora escrever a história de Seamus, será que vamos ter um trio??

Acho que morrerei pela espera.

Rachael: kkkk a Regina e eu estamos na mesma sintonia, amamos essa família!!!

Gente o Ruben é demais, eu adorei conhecer ele melhor e ver a dinâmica dele com a família.

Eu não posso dizer que fiquei com raiva do Elijah, eu tive pena porque ele queria o Ruben mais que tudo e tinha medo. Olhem, apesar de ser um livro mais tenso que os outros eu amei a história e estou enviando pensamentos positivos para a Stormy acabar de escrever o Seamus!!!! Eu quero muito saber a história dele!!!!

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Capítulo Um “Elijah, gostaria de saber se nós poderíamos ter um momento de seu tempo.”

Elijah James olhou por cima dos documentos jurídicos sobre a mesa para ver Quaid e Matthew Blaecleah de pé em sua porta. Ele sorriu em saudação enquanto se levantava e dava volta redor de sua mesa para apertar as mãos dos dois homens.

“Claro,” respondeu Elijah. “Eu sempre tenho tempo para um dos Blaecleahs. O que posso fazer pelos senhores hoje?” Elijah olhou atrás dos dois homens para ver o pôr do sol além das montanhas.

“Esta noite, eu quero dizer.”

“Trabalhando até tarde de novo?” Quaid riu.

Elijah deu de ombros enquanto olhava para os papéis em sua mesa. Ele não tinha nada melhor para fazer. “Realmente, parece nunca ter fim essa papelada.” Ele sorriu tristemente enquanto olhava de volta para os dois homens. “Ao contrário dos filmes, os advogados realmente gastam mais tempo fazendo papelada do que no tribunal.”

“Então, receio que nós iremos aumentar sua carga de trabalho.”

Quaid levantou o envelope grande em sua mão. “Precisamos que você olhe alguns papéis e garanta que tudo está certo antes de Ma e Da os assinem.”

“Claro.” Elijah pegou o envelope e o abriu, puxando os papéis para fora enquanto andava ao redor de sua mesa e se sentava novamente. “Por favor, sentem-se.”

Elijah levou alguns minutos para ler a papelada, mas tudo parecia relativamente simples. Donnell e Alani Blaecleah queriam comprar dez acres de terra no lado oeste da sua fazenda. O preço tinha sido acordado entre vendedor e comprador. Exceto pelas assinaturas de todos os envolvidos, tudo estava correto.

“Hey, Elijah,” Matty disse: “Eu realmente aprecio você ficando até mais tarde para fazer isso. Precisávamos destes papéis prontos o mais rápido possível.”

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Elijah sorriu enquanto erguia os olhos dos papéis que estava trabalhando para Matty.

“Não é nenhum problema, Matty. Fico feliz em ajudar.” Ele olhou rapidamente de volta para os papéis. Era sempre difícil olhar para Matty. O homem parecia tanto com seu irmão mais novo, Ruben.

Elijah suspirou e tentou tirar a imagem mental de Ruben Blaecleah de sua cabeça.

Matty tinha se casado com Quaid, e a família Blaecleah tinha adotado legalmente seu irmão Ruben. Elijah sabia que não lhe faria nada bem pensar em Ruben. Parecia que ele estava pensando sobre o homem desde que ele o conheceu. Ainda assim, ele precisava se concentrar em seu trabalho, e então talvez ele pudesse ir encontrar a garrafa mais próxima. Isso tinha funcionado no passado, e ele rezou que continuasse a entorpecê-lo agora.

“Tudo parece estar em ordem,” disse Elijah. “Se você vier com seus pais amanhã, podemos conseguir estes papéis assinados e reconhecidos em cartório. Assim que os documentos forem apresentados no tribunal, a venda deverá estar concluída dentro de trinta dias.”

“Sim!” Matty ergueu o punho para o ar.

“Bem, com certeza você parece animado.” Elijah sorriu quando Matty praticamente saltava em seu assento. A excitação do homem era contagiante.

Elijah apenas não entendia. Era uma simples compra de um terreno ao lado da fazenda Blaecleah.

“Eu estou.”

Quaid Blaecleah riu ao lado de seu parceiro. Ele esticou o braço e acariciou a perna de Matty. “Acho que todos estamos um pouco animados.”

Elijah franziu a testa. Ele tirou os óculos e as colocou sobre a mesa, enquanto olhava para os dois amantes em confusão. “Sobre a compra de dez acres de terra?”

“Não,” disse Matty enquanto sorria feliz. “Ruben está voltando para casa.”

Elijah engoliu em seco antes que ele pudesse falar. “Ru-Ruben está voltando para casa?” Ele mal conseguia soltar as palavras dos lábios. Ruben estava voltando para casa.

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Elijah não sabia se estava animado ou assustado. Ambos eram umas possibilidades muito reais.

Ruben estava voltando para casa.

Porra. “É para isso que são os dez acres,” disse Quaid. “Ma e Da queriam dar a ele um terreno para construir uma casa.”

Elijah franziu a testa enquanto ele olhava para a papelada novamente. “Esta terra é distante da fazenda principal,” ele disse enquanto olhava para os dois homens mais uma vez.

“Todos vocês não costumam construir suas casas bem próximas umas das outras?”

“Normalmente, sim,” respondeu Quaid antes de seus olhos se voltarem para Matty.

Eles olharam um para o outro por um momento antes de Matty concordar. O coração de Elijah começou a trovejar em seu peito quando Quaid olhou de volta para ele.

“Ruben precisa de um pouco mais de espaço que o resto de nós. Ele está trazendo sua família para casa com ele.”

***** Ele está trazendo sua família para casa com ele. Elijah estava na metade de uma garrafa de uísque, e ele ainda não conseguia tirar essas palavras de sua cabeça. Ruben estava trazendo sua família para casa com ele. Ruben tinha uma família.

E não era com Elijah.

Elijah tomou outro grande gole da garrafa de uísque. Ele havia desistido de beber de um copo de horas atrás. Direto da garrafa era muito mais rápido. Ele planejava se embebedar intensamente — duplamente. Ele queria esquecer que ele tinha ouvido o nome de Ruben.

Não era justo que um homem pudesse ser tão fodidamente perfeito. Ruben era o sexo em uma vara. Ele estrelou em cada uma das fantasias de Elijah desde o primeiro dia. E agora ele estava voltando para casa com uma família.

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Elijah inclinou a cabeça para trás contra o encosto da cadeira.

Talvez fosse hora de pensar em mudar de cidade. Cade Creek tinha sido solitário o suficiente quando ele se mudou para cá. A chegada de Ruben e a incapacidade de Elijah de estar com o homem apenas pioraram a situação. Ruben saindo da cidade tinha sido um pesadelo que Elijah lentamente se acostumou. Mas ele não achava que ele poderia lidar vendo Ruben vir para a cidade com uma família no reboque.

Até mesmo ele não era tão forte.

Elijah suspirou e tomou outro gole do líquido âmbar. Ele tossiu quando desceu grosseiramente e queimou sua garganta, em seguida, se inclinou e colocou a garrafa sobre a mesa do café. Não estava ajudando. Ele ainda não conseguia tirar a imagem de Ruben de sua cabeça. O homem o perseguia.

Seria uma tortura estar ao redor de Ruben. Elijah nunca quis outro homem mais do que ele queria Ruben Blaecleah, nem mesmo Thomas, e eles estiveram juntos quase cinco anos antes de Thomas ser tirado dele.

Elijah estendeu a mão e pegou a pequena foto emoldurada dele e de Thomas da mesa lateral. Ele se recostou na cadeira e passou os dedos sobre o rosto de Thomas. Eles estavam tão felizes naquela foto. Quem sabia que suas vidas seriam mudadas para sempre não mais de um mês mais tarde?

Uma violência contra gays que tinham dado errado. Isso é o que eles chamam. A maioria das pessoas tinha dado as suas condolências, ultrajadas que algo tão atroz poderia acontecer nos dias de hoje. Outros disseram que eles mereceram pela a vida imoral que eles viviam.

Elijah só sabia que Thomas tinha sido tirado dele, porque eles eram gays e apaixonados. O terror daquela noite tinha empurrado Elijah de volta para o armário que Thomas tinha trabalhado tanto para tirá-lo. Elijah não negou que ele era gay quando perguntado. Ele não podia desonrar a memória de Thomas dessa maneira. Mas ele não ostentava também.

E aí estava o seu problema com o Ruben.

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Depois de anos escondendo de todos quem ele era, inclusive de seu próprio irmão, Ruben tinha chegado totalmente fora do armário. E ele queria Elijah fora do armário com ele.

Inferno, Elijah tinha certeza de que Ruben teria dançado no meio da rua principal com uma bandeira do arco-íris se ele tivesse conseguido.

Elijah não era nem um pouco colorido. Ele possuía ternos escuros e alguns pares de jeans. Ele sabia que era um pouco austero, mas ele tinha aprendido a ser assim para evitar que outros descobrissem seus segredos mais profundos e sombrios. Seus ternos eram sua armadura contra o mundo.

Ele não estava pronto para desistir dessa armadura três anos atrás quando Ruben manifestou interesse nele, e ele não estava pronto para fazer isso agora — não importa o quanto ele ansiava por Ruben Blaecleah.

Ele ainda se lembrava da doce inocência misturada com curiosidade ávida que tinha brilhava nos olhos de Ruben quando eles se conheceram. Ruben tinha sido uma lufada de ar fresco, e ele tinha explodido no mundo de Elijah como um furacão, derrubando cada uma das últimas defesas de Elijah.

Elijah não tinha sido corajoso o suficiente há três anos para assumir Ruben em suas tentativas atrapalhadas em flertar, e ele não era corajoso o suficiente para fazer isso agora.

Sim, se mudando estava parecendo cada vez melhor.

Exceto que ele amava Cade Creek. A cidade era pequena e as pessoas maravilhosas.

Eles diziam oi e acenaram enquanto caminhavam pela rua.

Eles ajudavam quando um membro da comunidade precisava de ajuda. Eles tinham sua maneira de fazer os recém-chegados se sentirem bem-vindos.

Elijah sentiria falta disso.

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Capítulo Dois Ruben engoliu as lágrimas que obstruíam sua garganta quando ele entrou na entrada de automóveis da fazenda Blaecleah. Era bom estar em casa. Ele tinha sentido falta da fazenda mais do que ele pensou que teria quando partiu há três anos. Ele tinha sentido falta das pessoas que viviam ali ainda mais.

Nos últimos dois anos, Ruben tinha dado volta ao redor do mundo. Ele tinha visto paisagens ele nunca iria esquecer — as pirâmides do Egito, Stonehenge, a Torre Eiffel. Ele tinha até mesmo visto as ruínas de Machu Picchu no Peru. Mas nada parecia tão bom para ele como as casas que ele viu enquanto dirigia pela estrada através da neve cobrindo o chão.

Ele sorriu quando viu a porta da frente se abrindo antes mesmo que ele parasse o carro alugado. A multidão que se acumulava na varanda da frente era grande para os padrões da maioria das pessoas. Para Ruben, representava algo de especial.

“Estamos casa, docinho.”

Ruben desligou o carro e saiu, fechando a porta e indo para o banco de trás antes mesmo de acenar para as pessoas esperando por ele. Ele abriu a porta para trás e sorriu, inclinando-se para desafivelar sua surpresa.

Ruben ligou e disse que estava voltando para casa. Ele disse a Ma que ele estava trazendo sua família para casa, mas ele não tinha entrado em detalhes.

Ele queria que fosse uma surpresa. Pelo suave arquejo que ouviu quando ele levantou o pequeno bebê do banco de trás, ele soube que tinha alcançado seu objetivo.

“Você está pronto para conhecer seus avôs?” ele perguntou enquanto ajeitava o cobertor em torno do bebê em seus braços. Ele olhou para a varanda, observando os olhares atônitos nos rostos de todos. “Eles com certeza parecem que estão prontos para conhecer você.”

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Ruben ajeitou o bebê em seu peito para mantê-la protegida do frio e então caminhou lentamente em direção da família esperando por ele. Ele parou no final das escadas e olhou para cima.

“Porra, é bom ver vocês.”

“Ruben, cuidado com a boca!” Ma advertiu ainda que ela estivesse na ponta dos pés e tentado espiar o pacote nos braços de Ruben.

“Sim, senhora.” Ruben sorriu. Deus, ele tinha sentido falta dessa voz, mesmo quando ele estava em apuros. Ninguém jamais o havia amado como Alani Blaecleah. Ele ergueu o bebê um pouquinho, mas não o suficiente para acordá-la. “Ei, Ma, eu lhe trouxe uma coisa do exterior.”

Ruben viu como os olhos Alani Blaecleah se molharam quando ela pegou o pequeno embrulho de seus braços. Um sorriso cresceu em seus lábios enquanto ela gentilmente puxava a ponta do cobertor para revelar o rosto petulante do pequeno bebê.

“Oh, Ruben, ela é adorável.”

Ruben sorriu, sentindo suas próprias lágrimas se reunindo nos cantos de seus olhos.

Depois de tudo o que ele tinha passado, todos os horrores que ele tinha visto, era bom finalmente ver sua filha nos braços de sua Ma. E Alani Blaecleah era sua mãe, tanto quanto lhe dizia respeito. Ele não se importava que ele tivesse sido adotado pela família Blaecleah com vinte e dois anos. Eles eram sua família.

“Ma, eu gostaria que você conhecesse sua neta, Alani Blaecleah.”

A cabeça de Ma deu um estalo enquanto sua boca se abria. “Você deu meu nome a ela?”

“Eu não poderia pensar em ninguém que eu gostaria chamá-la mais que você, Ma.” Ruben riu nervosamente, enquanto esperava para ver qual seria sua reação. “Ela poderia muito bem ser como você, mas eu acho que ela tem personalidade própria.”

Ma soltou um pequeno grito, entregou o bebê para Da, e estendeu a mão para agarrar Ruben. “Obrigada, filho.”

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Ruben fechou os olhos enquanto se embebida do perfume doce de Ma. Era um cheiro que ele associava a casa. E tinha se passado tanto tempo desde que ele tinha sentido como se tivesse um lugar para chamar de lar. Não importava onde ele estivesse, nada parecia mais em casa do que a fazenda Blaecleah.

“Bem vindo ao lar, filho.”

Ruben olhou para cima para ver Da sorrindo para ele, Alani embalada cuidadosamente em seus braços grandes. “Ei, Da, é bom estar de volta.”

Ma finalmente libertou Ruben apenas para se virar e tirar o bebê de volta de Da. Ruben riu quando ela ignorou todos na varanda e começou a conversar com a criança enquanto ela caminhava de volta para a casa.

“Bem, isso deve mantê-la feliz por um tempo.” Da riu quando viu a porta se fechar atrás de Ma. “Pelo menos dez ou quinze anos.”

Ruben sorriu e balançou nos calcanhares. “Eu faço o que posso.”

“Bem, venha para dentro e nos conte como as coisas foram, filho. Pelo seu aspecto e pelo bebê, parecem que foram bastante interessantes.”

“Oh.” Ruben acenou com a mão de volta para o carro. “Eu preciso pegar a bolsa do bebê.”

“Você pode pegar mais tarde.”

Os olhos de Ruben se arregalaram. “Vocês não estiveram ao redor de um bebê há algum tempo, não é?”

“Eu vou pegar, mano,” Quaid disse enquanto dava um tapinha no ombro de Ruben.

“Você entra e se reencontra com a família.”

Ruben assentiu e se virou bem a tempo de pegar Matty em seus braços quando o homem pulou para ele. Ele grunhiu de surpresa e recuou com a força dele, então fechou os braços em volta de seu irmão mais velho.

“Ei, Matty.”

“Ru!” Matty gritou.

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Ruben fez uma careta. Matty falou bastante alto, e ele não gostava de gritos, não mais. Ele apertou seu irmão, em seguida, se afastou dele. “Você parece bem. Você parece feliz.”

Os olhos de Matty olharam instantaneamente por cima do ombro de Ruben enquanto ele sorria.

“Eu sou feliz.”

“Eu acho que aceitar a proposta de Quaid funcionou bem para você, hein?” Ruben ainda não podia acreditar que Quaid Blaecleah havia proposto casamento a Matty na noite que se conheceram. Certo, Matty tinha levado alguns dias para aceitar se casar com Quaid, mas parecia estar dando certo para ambos. Ele nunca tinha visto Matty parecer mais feliz.

“Sim.” Matty sorriu. “Foi a melhor maldita decisão que eu fiz.”

Ruben quase choramingou de inveja. Ele queria ter aquele mesmo olhar em seu rosto que Matty tinha quando olhava para Quaid, ou que Lachlan tinha quando olhava para Asa e Billy quando olhava para Rourke. Inferno, todo homem que estava na varanda da frente tinha aquele olhar, exceto Ruben e Seamus.

E isso não era uma merda? “É melhor eu entrar e ver se Ma precisa de ajuda.” Ruben forçou um sorriso que ele realmente não sentia. Ele amava estar de volta ao rebanho da família Blaecleah e ele não tinha intenção de sair novamente, mas às vezes era difícil ver como todos estavam felizes quando ele estava sozinho.

“Uh...” Matty franziu a testa. “Você disse que estava trazendo a sua família.”

“Eu trouxe,” respondeu Ruben. Ele sabia que haveria perguntas. Ele esperava por elas. Ele tinha até se preparado para respondê-las. Ele apenas não sabia o quão difícil isso seria. “Eu trouxe Alani para casa.”

“Onde está sua mãe?”

Ruben apertou os lábios por um momento quando a angústia o dominou. Ele piscou várias vezes para limpar as lágrimas de seus olhos antes de olhar para o irmão. “Sua mãe foi assassinada.”

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“Você está falando sério?” Matty engasgou.

“Eu não iria brincar com algo assim, Matthew.”

“Não, não.” Matty rapidamente balançou a cabeça. “Eu nunca pensei que iria. Eu estava surpreso, isso é tudo. Você ligou e disse que estava voltando para casa com sua família, e eu pensei — bem, você disse que era gay, Ru, e — ” Ruben não podia deixar de sorrir sobre o constrangimento de seu irmão.

“Eu sou gay, Matty.”

“Então, como — ” os lábios de Matty se apertaram.

“Vamos para dentro, todos vocês. Muita coisa aconteceu, e eu gostaria de explicar isso apenas uma vez e não várias vezes.”

No momento em que Ruben parou de falar, Quaid tinha retornado do carro com a bolsa do bebê na mão. Ruben a tirou do maior homem e a jogou sobre seu ombro. Ele suspirou profundamente, olhando para trás sobre a fazenda, e então entrou na casa.

A primeira coisa que Ruben viu quando ele entrou foi a grande árvore em um canto, decorada com luzes coloridas e enfeites de Natal. Vários presentes embrulhados em papel colorido estavam debaixo da árvore, alguns com laços, alguns sem.

Ruben tinha esquecido que o Natal estava chegando em breve. Não era um feriado que ele pensava muito. Crescendo, Natal tinha sido apenas mais um motivo para seu pai, o reverendo, desfilar na frente de sua igreja como sua pequena boa família.

As coisas mudavam depois do culto. Sua mãe tomava um comprimido para dormir e ia para cama, e seu pai ia para o seu estúdio consumir boa parte do seu armário de bebidas.

Ruben conseguia se lembrar de seu presente favorito como sendo não ter que lidar com seus pais.

Depois de sair de casa, ele não esteve em um só lugar por tempo suficiente para realmente comemorar um feriado. Isso significava que sua experiência com o Natal era sombria na melhor das hipóteses, na pior das hipóteses, horrível. Ruben sabia que tinha que mudar agora que Alani estava em sua vida. Ele queria dar a ela todos os Natais que ele tinha

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perdido. Ele queria que ela tivesse as lembranças felizes de feriados ele não teve. Ele queria tudo para Alani.

“Ela é adorável, Ruben.”

Ruben sorriu quando olhou para o outro lado da sala. Ma estava sentada na cadeira, Alani desembrulhada de seu cobertor e aninhada em seus braços. “Sim, eu pensei assim desde o minuto em que ela nasceu.”

“Ela tem seus olhos castanhos.”

“E o cabelo preto de sua mãe.”

Ma olhou para cima, uma expressão curiosa em seu rosto. “E onde está sua mãe?”

Mais uma vez, Ruben sentiu a angústia preenchê-lo. “Mahra foi assassinada, Ma.” “Assassinada?” Ma pressionou sua mão contra os lábios por um momento. “Oh, filho, eu sinto muito.”

Ruben deu um sorriso fraco a Ma e se moveu ainda mais para dentro da casa, caminhando para se sentar na cadeira ao lado dela. Ele colocou a bolsa do bebê no chão ao lado de sua cadeira. “Se você ficar cansada de segurá-la, é só me avisar.”

“Filho, sua Ma nunca vai se cansar de segurar esse bebê.” Da riu quando ele se sentou do outro lado de Ma. “Talvez você nunca a consiga de volta.”

Ruben sorriu de verdade desta vez. “Eu apreciaria um descanso. Eu não acho que tive uma noite completa de sono no ano passado.”

“Parece que você teve momentos difíceis, filho,” Da disse.

“Não tem sido fácil, mas voltar para casa com Alani tem valido a pena.” Ruben se sentou para frente e apoiou os cotovelos nos joelhos, apertando as mãos e as deixando penduradas entre os joelhos. Ele observou o resto das pessoas entrarem na sala e se sentarem.

Era hora de contar para eles sobre sua vida nos últimos três anos. Ele não tinha lhes dito muito coisa depois que ele saiu da cidade, apenas um cartão postal aqui e ali, uma carta ocasional, e telefonemas de vez em quando.

“Depois que saí de Cade Creek, eu perambulei por algum tempo. Eu não tinha muita certeza do que queria fazer da vida.” Ruben sorriu. “E então eu conheci Mahra. Ela estava 110

trabalhando em um campo de refugiados em RasEjder na fronteira Líbio-Tunisiana, no norte da África.” “África!” Matty exclamou. “Que diab” — seus olhos correram para Ma — “o que você estava fazendo na África?”

Ma riu, mas não levantou os olhos do bebê.

“Viajando.” Ruben deu de ombros. “Tentando decidir do que queria fazer da vida.”

“E você descobriu isso?” Da perguntou.

“Por assim dizer. Depois de conhecer Mahra e vendo o que ela estava tentando fazer, eu decidi ficar com ela e ajudá-la.” O canto da boca se Ruben se contorceu enquanto ele se lembrava da mulher. “Ela era incrível. Ela tinha esse espírito. E ela podia convencer qualquer um por suprimentos médicos, alimentos, ou passagem segura. Tenho certeza de que ela poderia rivalizar com Ma.” Ruben riu quando Ma apenas levantou uma sobrancelha. “Você teria gostado dela.”

“Tenho certeza que eu teria.”

“Uma noite, o acampamento em que estávamos trabalhando foi atacado por rebeldes.

Perdemos muitas pessoas naquela noite, refugiados e trabalhadores voluntários também.

Levamos dias para limpar e enterrar os mortos.” Ruben olhou para o bebê. “É assim que ela chegou aqui.”

“Eu não entendo,” disse Matty. “Como é que o ataque a um campo de refugiados poderia te dar um bebê?”

Ruben fez uma careta e olhou para suas mãos. “Muito uísque e a necessidade de estar perto de uma pessoa viva, respirando.”

“Oh, Ruben,” Ma sussurrou. “E você a amava?”

“Eu a amava, mas eu não estava apaixonado por ela. Eu não acho que ninguém que conheceu Mahra poderia deixar de amá-la. Ela era muito especial.” Ruben sorriu tristemente.

Se ele a tivesse amado, talvez as coisas tivessem sido diferentes. “Ela sabia que eu era gay.

Depois que ela descobriu que estava grávida, ela se ofereceu para me deixar de fora. Ela disse que iria dar o bebê para adoção. Ela não estava pronta para ser mãe.”

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“Eu espero que você a tenha dissuadido dessa ideia,” Ma disse com firmeza. “Nós não fugimos às nossas responsabilidades se elas se tornam um pouco incomodas.”

“Eu acho que algumas pessoas são destinadas a ter filhos e alguns não. Mahra adorava crianças, mas ela era a mãe de centenas de crianças que não tinham pais. Ela amava Alani, mas ela não estava pronta para se estabelecer com apenas uma criança. Seu trabalho era muito importante para ela.”

Ruben esperava que os Blaecleahs não pensassem mal de Mahra por não querer ser mãe. Ele tentou transmitir isso, mas não soou certo quando as palavras saíram de sua boca.

“Ela — ” “Filho, você está certo,” disse Da. “Nem todo mundo está talhado para ser um pai.

Isso não faz deles más pessoas. É bom que sua Mahra soubesse disso. São os que não são adequadas para isso e fazem de qualquer maneira que eu tenho um problema.”

“Bem, pode não ter sido a melhor decisão que já tomei, mas me casei com ela.”

Ruben fez uma careta. “Mahra sabia o quanto eu queria Alani, assim ela concordou em dar ela a mim. O dia que Alani nasceu foi um dos mais felizes que eu lembro. Nosso plano era que eu ficasse com Alani e a criasse. Eu iria acompanhar Mahra de acampamento em acampamento, para que pudéssemos ficar todos juntos, mas — ” “O que aconteceu?”

Ruben respirou fundo, em seguida, soltou lentamente. A próxima parte era a mais difícil para ele. “Nós estávamos em uma caravana levando suprimentos médicos até o acampamento da fronteira quando fomos atacados. As coisas ficaram rapidamente uma loucura. Mahra foi baleada tentando levar as pessoas à segurança. Ela morreu em meus braços.”

Ma fungou e cobriu a boca. Ruben estendeu a mão e acariciou o braço dela. “Está tudo bem, Ma. Ela morreu fazendo o que amava. Ela não teria gostado ir de outra maneira.”

Ruben olhou de volta para sua família. Não havia um olho seco na casa. “Mahra me fez prometer trazer Alani para casa e criá-la aqui. Depois que ela morreu, voltei para o acampamento, peguei Alani e voltei para casa.”

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“Estou feliz que você fez, filho,” Da disse. “Este é um bom lugar para criar uma criança.”

Ruben sorriu e assentiu com a cabeça, deixando sua cabeça cair para olhar para baixo em suas mãos quanto ele as apertou juntos. “Gostaria de enterrar Mahra aqui na fazenda, se eu puder.” Ruben aspirou uma respiração profunda. “Seus restos mortais estão sendo enviados para cá.”

“Filho”, disse Da quando ele se sentou em frente, “há quanto tempo Mahra morreu?”

“Dez dias atrás.”

“Dez dias?” Ma gritou.

Ruben gemeu quando o rosto de Alani de repente franziu e ela soltou um grito que ficou mais alto a cada segundo. Ele rapidamente se levantou e pegou o bebê de Ma. Colocando Alani contra o seu ombro, ele começou a andar enquanto ele gentilmente dava tapinhas em suas costas e fazia ruídos sem sentido para ela.

Alani se acalmou depois de um momento e fechou os olhos, voltando a dormir.

Ruben suspirou aliviado e se virou para encontrar todos olhando para ele. “O quê?”

Ma deu uma risadinha. “Você faz isso muito bem.”

“Eu tive muita prática.”

“Ela parece um bebê bom.”

Ruben sorriu. “Ela é. Ela só não gosta de ruídos altos.”

“Desculpe por isso,” disse Ma. “Você apenas me surpreendeu. Eu tive a impressão que Mahra tinha falecido há alguns meses.”

“Não.” Ruben balançou a cabeça. “Depois que ela morreu, eu só queria pegar Alani e voltar aqui. Eu já tinha perdido Mahra. Eu não podia perder Alani também, e eu sabia que esse era o lugar mais seguro do mundo para ela.”

Lachlan de repente desatou a rir. “Você se lembra que esta é uma fazenda, certo?”

Ruben fez uma careta. “Sim.” “Então a mantenha fora do celeiro.”

“E longe de cavalos,” Matty acrescentou. “Ela poderia cair.”

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“Ela não deve ir até o riacho,” disse Quaid.

“A floresta não pode ser um lugar seguro também,” disse Billy.

“Puxa.” Ruben piscou. “Talvez eu devesse ter ficado com ela na África.”

“Ela vai ficar bem,” disse Ma enquanto se levantava. “Criei todos vocês rapazes nesta fazenda, e nenhum de vocês estão mortos — ainda.” Ma sacudiu um dedo em cada homem no quarto. “Isso poderia mudar se você não se lembrarem de suas boas maneiras.”

Ruben sorriu quando cada filho Blaecleah engolia em seco e respondeu: “Sim, senhora.” Sua família nunca iria mudar, e ele seria eternamente grato por isso.

“Eu acho que é hora de colocar essa menina para dormir,” disse Ma. “Ruben, o seu quarto ainda está arrumado lá em cima. Da vai trazer o berço do sótão. Meninos, vão buscar a bagagem do seu irmão do carro.”

Ruben riu suavemente quanto Lachlan, Asa, Rourke e Quaid pularam e correram para fora da casa. Billy e Seamus seguiram Da pelas escadas. Ruben franziu a testa quando ele olhou ao redor da sala, só então percebendo que um dos irmãos Blaecleah não estava presente. “Onde está Neason?”

“Oh, ele está com Brody na igreja,” disse Matty. “Eles estão ajudando a planejar um casamento.”

“Brody?” As sobrancelhas Ruben subiram. “Ele não é o ministro que casou você?”

“Sim. Eles construíram uma casa perto das árvores, mas entre a igreja e a loja eles quase nunca estão lá.”

“Eles?”

Matty franziu a testa. “Sim, você não recebeu minha carta? Eu a enviei uns dois anos atrás.”

“Que carta?”

“Neason se casou com Brody.”

“Neason está casado?” Nossa, ele era o único que não se casou?

“Eles realmente nunca contaram os detalhes para mim, mas eu acho que eles se conheceram no casamento de Rourke e Billy. Eles ficaram juntos então, mas havia algum tipo 110

de problema entre eles.” Matty encolheu os ombros. “O que quer que fosse, deixou Neason enlouquecido quando Brody veio falar com ele. Ele bateu seu caminhão numa árvore e sofreu um traumatismo craniano.”

“Oh meu deus,” Ruben sussurrou. “Ele está bem?”

“Oh sim,” Matty respondeu. “Ele ficou cego por algum tempo, mas os médicos conseguiram fazer a cirurgia para lhe devolver um pouco de sua visão. Ele nunca vai ser um neurocirurgião ou qualquer coisa, mas ele está bem. Ele tem que usar os mais malditos óculos grossos que já vi, no entanto. Ele é cego como um morcego sem eles. E ele não tem permissão para dirigir, então ele vai a toda parte com Brody.”

“Droga.”

“Oh, ele está bem agora.” Matty sorriu. “Na verdade, eu nunca o vi mais feliz. Brody parece ser exatamente o que Neason estava precisando. Eu juro que os dois nunca estão mais de dois metros de distância um do outro.”

“Eu perdi muito.”

“Bem, você está em casa agora,” Matty disse enquanto dava um tapinha no ombro de Ruben. “Isso é tudo que importa.”

“E eu já não planejo sair de novo.”

Os olhos de Matty se arregalaram. Havia um hesitante olhar de esperança em suas profundezas acobreadas. “Você quer dizer isso?”

“Sim, Matty,” disse Ruben. “Estou em casa para sempre.”

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Capítulo Três O único momento no tempo que Elijah esperava que nunca acontecesse havia chegado. Ele parou na calçada em frente da cafetaria de Cade Creek, observando pela janela quando o homem que ele esperava evitar acenou para ele.

Isto não estava acontecendo. Não podia estar acontecendo. Elijah havia feito tudo ao seu alcance para evitar Ruben e cada Blaecleah na área desde que soube do retorno de Ruben. Isso estava vindo para mordê-lo na bunda.

Elijah fez um sinal para Ruben, reconhecendo seu cumprimento, e, em seguida, se forçou a se afastar. Se ele não o fizesse, ele estava com medo de grudar contra a janela como um adolescente incontrolável para que ele pudesse ter uma visão melhor do homem.

Ruben Blaecleah havia ganhado massa muscular e em todos os lugares certos, mesmo parecendo um pouco magro. O que costumava ser o corpo magro de um homem jovem era agora um rígido e musculoso corpo tonificado de um homem em seus vinte e poucos anos. Elijah tinha até mesmo certeza que Ruben tinha crescido alguns centímetros.

Ele não se parecia nada em como era quando ele saiu de Cade Creek há três anos.

Ele parecia melhor.

Porra.

“Ei, Elijah.”

Os olhos de Elijah se fecharam brevemente quando ouviu seu nome sendo chamado.

Ele considerou não parar. A vontade de seguir em frente era forte, mas também era forte a necessidade de se virar e olhar para o homem com quem ele estava sonhando há muito tempo.

Elijah puxou uma respiração profunda, e em seguida se virou, rebocando um pequeno sorriso em seu rosto. “Ei, Ruben, eu ouvi você estava voltando para a cidade.”

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“Sim, eu voltei há alguns dias.” Ruben estava com as mãos enfiadas nos bolsos, e ele parecia estar fazendo o seu melhor absoluto para evitar os olhos de Elijah, embora não parecendo que ele estava fazendo isso. “Eu estava imaginando se você tinha alguns minutos.”

“Uh.” Elijah atormentou seu cérebro enquanto ele tentava descobrir uma desculpa para escapar. O pânico começou a crescer quando ele não conseguiu pensar em nada. “Eu realmente preciso voltar para o escritório. Eu tenho alguns papéis para terminar antes do final do dia.”

“Oh, bem, então eu poderia — ” O queixo de Elijah caiu quando Matty saiu da cafeteria com um bebê berrando em seus braços. Matty rapidamente entregou o bebê para Ruben.

“Desculpe, cara, mas ela não quer se acalmar.” “É que passou de seu horário de dormir,” disse Ruben quanto ele aninhou o pequeno bebê em seu ombro e começou a dar tapinhas em suas costas. “Ela sempre fica um pouco irritada se ela não consegue seu sono de beleza.”

“Bem, como se isso fosse prejudicá-la se ela não dormir um pouco.” Matty deu uma risadinha quanto o bebê se acalmou e começou a chupar seu pequeno punho. “Ela já é muito bonita para palavras.”

“Você é seu tio,” Ruben respondeu. “Você é tendencioso.”

Matty mostrou a língua para Ruben.

“Agora quem é a criança?” Ruben revirou os olhos. Ele acenou em direção ao café.

“Apenas vá lá dentro e me traga o canguru.”

Matty piscou. “O quê?”

“Aquela coisa que eu carreguei Alani mais cedo, a com correias pelo peito 1.”

“Ah, isso.” Matty girou e entrou no café.

1

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Elijah não pode deixar de olhar para o pequeno embrulho nos braços de Ruben quando o homem se virou para enfrentá-lo. “Você tem um bebê?” ele sussurrou.

“Sim.” Ruben sorriu quando olhou para o bebê. “Esta é minha filha, Alani. Dei o nome de Ma para ela.”

“E sua mãe?” Elijah não queria saber sobre a mulher, mas ele não conseguia manter as palavras bloqueadas atrás de seus lábios. “Onde ela está?”

A tristeza que surgiu nos olhos de Ruben quando ele olhou de volta para Elijah quase o mandou de joelhos. Ruben amava outra pessoa. Ele podia ver isso no brilho das lágrimas que enchiam os olhos de Ruben.

“Mahra morreu há duas semanas.”

“E é por isso que você voltou para casa?”

“Antes de morrer, Mahra me fez prometer que eu traria Alani para casa e a criaria aqui.”

Seu plano meio-cozido de deixar Cade Creek e se mudar para outro lugar estava parecendo cada vez melhor para Elijah. Ele sabia que tinha segurado uma pequena lasca de esperança que Ruben tinha voltado por causa dele.

Bem, isso acabara de ser destruído.

Elijah limpou a garganta. “Eu sinto muito em ouvir isso, Ruben. Você tem minhas condolências.” Havia algo mais estúpido para dizer a alguém que perdeu um ente querido?

Elijah sentiu a língua presa, como se não pudesse juntar duas palavras coerentes, muito menos dois pensamentos inteligentes.

“Obrigado.”

“Foi bom te ver novamente, Ruben.” Elijah apontou o polegar por cima do ombro, quando ele começou a recuar. “Mas eu realmente preciso para voltar ao escritório. Talvez possamos conversar outro dia.”

Elijah ouviu Ruben o chamando quando ele se virou e saiu pela rua, mas nem mesmo uma locomotiva o teria impedido de ir embora. Ruben segurava a prova de seu amor por outra pessoa em seus braços.

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Elijah não podia competir com uma representação viva e respirando da mulher que Ruben tinha amado. E ele não era estúpido o suficiente para tentar. Ele iria caminhar até o bar mais próximo e afogaria as mágoas em tanto álcool quanto ele conseguisse em suas mãos.

E amanhã ele começaria a procurar uma nova cidade para se mudar.

***** “Ah, vamos lá, Fred, ape–apenas mais um?” Elijah reclamou quando ele acenou com o copo para o barman.

“Claro que não!” Fred estourou. “Eu vou ter que colocar você em um táxi do jeito que está.” Fred pegou o copo da mão de Elijah e bateu com ele sobre o bar. “Você não vai conseguir outra bebida, Elijah.”

“Tudo bem.” Elijah arrotou e piscou os olhos como a forma distorcida e desfocada de Fred se tornou dois homens em vez de um. “Eu vou... Eu vou... apenas ir um” — arroto — “um bar descendo a rua.”

“Porra, Elijah, se você — ” “Deixa comigo, Fred.”

A cabeça de Elijah rolou sobre seus ombros quando ele se virou para ver quem estava falando. “Ru,” ele sussurrou. Arroto. Elijah riu enquanto cobria sua boca. “Iss–isso é que eu ganho por beb–beber uísque inferior.”

Elijah franziu a testa quando Ruben se girou e desapareceu. Ele olhou ao redor em confusão. Ele estava sonhando de novo? “Ru? Onde você foi, Ru?” “Eu estou bem aqui, querido,” disse um sussurro forte ao lado dele.

Sim, sonhando.

Elijah gostava de sonhar. Em seus sonhos, Ruben estava em casa, onde ele deveria estar. Ele não estava fora perambulando pelo mundo, encontrando outras pessoas para amar.

Ele estava aqui em Cade Creek, amando-o.

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“Ru, Ru, lindo, lindo Ru,” Elijah começou a cantar baixinho.

Ruben deu uma risadinha. “Você irá se odiar quando ficar sóbrio.”

“Não quero ficar sóbrio.”

“Parece que você conseguiu o seu desejo, então.”

As sobrancelhas de Elijah se juntaram novamente. “Não, não, não consegui o meu desejo.” Ele começou a balançar a cabeça, mas isso só fez a sala girar mais rápido — e já estava girando muito, muito rápido. Elijah segurou sua cabeça e gemeu. Talvez isso não tivesse sido uma boa ideia.

“Vamos lá, querido, vamos para casa.”

Elijah piscou novamente e ergueu a cabeça. “Você vai para casa comigo, Ru?” “E se eu te levar para casa, hein?”

Elijah se inclinou para Ruben quando ele sentiu um braço se embrulhar em volta de sua cintura. Ele inclinou a cabeça e respirou profundamente. Ruben cheirava a homem e almíscar e... e... talco de bebê? Elijah mentalmente encolheu os ombros. Era uma boa combinação, mesmo que fosse estranha. Ele gostou.

“Esse era o meu desejo, sabe.”

“Qual?”

“Se-sempre quis que você fosse para casa comigo.”

“Eli.” Elijah sorriu ao ouvir o apelido carinhoso nos lábios de Ruben. Ninguém jamais o chamou de Eli, exceto Ruben, nem mesmo Thomas. Ele tinha sentido falta de ouvi-lo. “Senti sua falta, Ru.” Elijah ouviu um suspiro suave de lado.

“Eu senti sua falta, também, Eli.” O sorriso de Elijah cresceu mais amplo. Ele gostava desse sonho. Ele estava se transformando em um dos melhores que tivera. “Venha para casa comigo, Ru?” “Eli.”

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“Por favor?” Elijah não se importava de implorar ao homem de seus sonhos. Se tudo o que ele iria conseguir de Ruben eram em seus sonhos, ele queria muito bem que eles fossem perfeitos.

“Deixe-me levar você, e vamos discutir isso.”

Elijah sorriu e começou a fazer uma dancinha feliz com os braços e pernas. “Lindo, lindo Ru está voltando para casa comigo.”

“Uau, cara, você está tão bêbado.” Ruben riu.

Elijah levantou a mão, o polegar e o dedo um centímetro de distância. Ele piscou, então olhou mais perto. Sim, eles estavam apenas um centímetro de distância. “Eu sou apenas um pouco emb” — arroto — “embriagado.”

“Desculpe, querido, mas você está muito mais do que embriagado. Você está praticamente dopado.”

“Não, não,” disse Elijah. “Não do–do — ” Ele franziu a testa e virou para olhar para Ruben. “Quem está dopado?”

“Você,” Ruben riu e balançou a cabeça. “Venha, vamos para casa.”

Elijah estava totalmente ansioso para acompanhar Ruben enquanto ele era meio que carregado para fora do bar e para o carro. Ele se sentou no carro quando Ruben pediu.

Quando Ruben se inclinou sobre ele para prender o cinto de segurança, Elijah não pode deixar de correr os dedos pelos bonitos cachos castanhos claro do homem.

“Sempre amei o seu cabelo, Ru.” “Sim?” “É tão macio,” disse Elijah, correndo os dedos por alguns fios. “E cheira como você.

Eu gosto de como você cheira, Ru.” Os fios grossos eram longos e exuberantes. Elijah queria enterrar seu rosto neles.

Ele tinha sonhos sobre isto. “Quero enterrar meu rosto em seu cabelo e dormir aí a noite toda.”

Ruben de repente se agachou ao lado do banco do passageiro. Sua mão segurou o lado do rosto de Elijah. “Querido, você realmente não tem ideia do que está falando.”

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“Tenho, sim.” As sobrancelhas de Elijah se juntaram quando ele resmungou. “Não estou tão bêbado.”

“Sim, você está.” Ruben se levantou, mas ele não retirou sua mão do lado do rosto de Elijah. “Você nunca diria essas coisas se você não estivesse se afogando em coragem líquida.”

Antes que Elijah pudesse responder, ou discutir, Ruben recuou e fechou a porta. Um momento depois ele subiu no banco do motorista e ligou o carro. “Você ainda vive naquela casinha descendo a Stewart Street?”

“Sim.” Elijah balançou a cabeça vigorosamente. Rapaz, isso foi um erro. Tudo no carro girou e então se acomodou no lugar. Ele sorriu quando Ruben estendeu a mão e verificou o seu cinto de segurança. Ele tentou beijar o homem, mas Ruben se afastou, deixando Elijah sentado ali com os lábios franzidos.

“Vamos levar você para casa,” disse Ruben quando ele ligou o carro.

Elijah sentiu seu estômago girar quando o carro se afastou do meio-fio.

“Se você vai vomitar me avise,” disse Ruben enquanto ele conduziu o carro pelas ruas. “Este carro é alugado.”

Inferno, Elijah esperava que seu próprio estômago o avisasse. Ele piscou algumas vezes como a neve caía suavemente em torno deles. Ela era tão bonita, assim como seu Ru. Ele sentiu a cabeça nadar quando Ruben virou uma esquina, parando o carro em frente de sua casa. Pelo menos ele esperava que fosse sua casa.

Seria a sua casa?

“Vamos, Eli. Vamos para dentro,” disse Ruben quando ele desligou o motor e saiu, circulando a frente do carro.

Elijah bebeu na visão, enquanto observava a estrutura masculina de Ruben passeando ao redor do carro. Ele já tinha visto uma visão mais linda?

Não, nunca. Nunca, nunca, nunca.

“Você é tão bonito,” disse Elijah quando Ruben abriu a porta do passageiro.

Ruben sorriu enquanto puxava Elijah de seu assento e envolveu um braço forte em volta da cintura. Elijah se inclinou para beijar seu sonho, mas Ruben se afastou. Isso não 110

estava certo. Seu sonho não deveria se afastar dele. Ele franziu a testa quando ele tropeçou na sua porta da frente.

“Chaves?” Ruben perguntou.

“No meu bo–bolso. Você pode brincar de sinuca de bolso, se quiser,” disse Elijah e depois deu uma risadinha. Ele realmente deu uma risadinha? Para o inferno com isso. Elijah não achava que seu sonho iria se chatear com ele.

Quando Ruben alcançou em suas calças para pescar as chaves, o pau de Elijah tentou seguir a mão. Ele pôde ouvir uma risada suave vindo do seu lado enquanto tentava desesperadamente que Ruben agarrasse seu eixo rígido.

“Você está muito bêbado, Eli.” Elijah sacudiu a cabeça para trás e para frente, vendo a casa balançar para trás e para frente em sua cabeça. “Não. Eu não estou” — arroto — ”palavra de escoteiro.”

Ruben sorriu, fazendo com que Elijah se derretesse no local. Ele tinha um sorriso deslumbrante, que deixava todo o céu iluminado. “Você é bonito.”

“Yeah, você me disse, Eli,” disse Ruben enquanto ele ajudava Elijah pela porta da frente. Ele tropeçou e teria caído se não Ruben o segurasse.

“Meu herói,” ele cantou.

Ruben riu quando ajudou Elijah para seu quarto. Ele caiu de costas quando Ruben o sentou na cama. O quarto começou a girar quando ele esfregou a mão pelo seu rosto. “Não me deixe, Ru.” “Eu não vou a lugar nenhum.”

Elijah sorriu quando sentiu Ruben remover seus sapatos. “Você está me despindo?”

“Você vai me agradecer por isso na parte da manhã,” disse Ruben enquanto ele engatinhava sobre a cama e puxava a camisa de Elijah.

“O que — o que mais vou lhe agradecer?” Elijah perguntou enquanto ele olhava os belos olhos castanhos de Ruben.

“Trazer você para casa e colocá-lo para dormir, Eli.”

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Elijah franziu o cenho. Em seu sonho Ru deveria ter sexo selvagem com ele, não colocá-lo para dormir. Ele sorriu largamente quando sentiu Ruben puxando o cinto.

Ah sim, ele ia conseguir...

***** Ruben sorriu e balançou a cabeça quanto Elijah apagou. Ele arrancou as calças do homem, o deixando com seus boxers, e depois o puxou mais para cima na cama. Depois que ele tinha acomodado Elijah, Ruben tirou sua calça e em seguida pegou seu telefone.

Ele se arrastou até lado de Elijah quanto discava para casa. “Ei, Ma, eu preciso que você olhe Alani para mim esta noite. Elijah bebeu demais e eu preciso ficar aqui. Eu não me sinto bem o deixando sozinho em seu estado.”

“Faça o que precisa, filho. Alani está segura em meus braços. Não se preocupe.”

Ruben sorriu quando ele agradeceu sua Ma. Ele jogou seu celular sobre o criadomudo enquanto cobria Elijah, ficando por cima das cobertas quanto ele se estendeu ao lado do homem. Ficou imaginando o quanto do que Elijah disse era verdade. Ele realmente queria Ruben da maneira como ele disse que ele queria? Ele realmente sentia falta dele? Isso deu a Ruben um raio de esperança quando ele passou um braço ao redor do homem que ele tinha a intenção de perseguir.

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Capítulo Quatro Ruben piscou os olhos quando Elijah se estendia ao lado dele. Já era de manhã? Ele olhou por cima do ombro para ver a luz da manhã entrando no quarto. Parecia que ele tinha acabado de fechar os olhos um momento atrás.

Elijah se esticou ao lado dele novamente, agarrou sua cabeça, e então jogou as cobertas de lado. “Bom dia, Ru,” Elijah murmurou enquanto ele tropeçava em direção ao banheiro.

“Bom dia, Eli”. Ruben sorriu enquanto observava o homem que amava de cuecas, tentando desesperadamente chegar ao banheiro. Ele podia dizer que Elijah não era uma pessoa da manhã.

Assim que a porta do banheiro se fechou, Ruben se levantou, tirou seus jeans e se sentou com as costas contra a cabeceira da cama, juntando os dedos atrás da cabeça.

A porta do banheiro se abriu assim que ele se acomodou. Elijah apareceu, uma escova de dente pendurada em sua boca, enquanto olhava para Ruben com os olhos arregalados. “Ruben?”

Ele riu enquanto ele balançou a cabeça. “Você estava esperando outra pessoa?”

Ruben lentamente abaixou os braços quando o pensamento lhe ocorreu. E se Elijah tinha outra pessoa? Ele nunca considerou essa possibilidade.

E se Elijah estivesse em um relacionamento sério?

“Não há mais ninguém,” Elijah confessou quando jogou a escova de dente em cima do balcão, olhando sem jeito para Ruben. O silêncio se prolongou como Elijah se mexia na porta do banheiro.

“Venha aqui, Eli”, disse Ruben enquanto acenava com a mão em direção à cama.

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Não conseguia se acalmar ou recear que Elijah fosse rejeitá-lo como ele fez há três anos. Ele queria pôr um fim a quaisquer dúvidas que Elijah tinha antes que eles surgissem e arruinassem os planos que Ruben tinha para eles.

Elijah deu um passo hesitante para frente e depois outro, lentamente encaminhando de volta para a cama. Seus olhos estavam focados sobre o pau duro de Ruben enquanto ele engolia em seco. “O que — o que você está fazendo aqui?”

Ruben estendeu o braço e puxou a mão de Elijah, fazendo o homem tropeçar à frente quando caiu sobre a cama.

“Estou aqui para você,” Ruben confessou ao homem mais velho enquanto puxava a mão de Elijah, observando como Elijah rastejou ainda mais para a cama. Seus olhos tinham hesitação, mas tinha uma tenda em seus boxers, dando Ruben a visão perfeita. A única coisa que teria feito isso mais perfeito era Elijah se retirasse sua cueca. Ruben estava morrendo de vontade de conseguir seu primeiro vislumbre do pau do homem.

“Eu não entendo,” disse Elijah enquanto se empurrava para a cama. Dizer que ele estava nervoso era um eufemismo. Ruben tinha feito sexo apenas uma vez, e foi com Mahra.

Ele nunca tinha experimentado sexo com um homem, mas com certeza ele não deixaria sua inexperiência o deter. Ele sabia o que queria, e o que ele queria estava olhando para ele, os olhos azuis cheios de incertezas.

Ruben rolou, prendendo Elijah debaixo dele. Ele rangeu seus paus juntos, enquanto sentia a pele de Elijah se esfregando contra ele.

“Ruben, espere.”

Ruben parou, olhando para baixo, para Elijah. “O que estou esperando?”

Elijah sacudiu a cabeça, mas não fez nenhum esforço para escapar. Por uma questão de fato, Elijah estava tentando se empurrar para Ruben. Os movimentos eram sutis, como se Elijah não quisesse que Ruben soubesse que ele estava fazendo isso.

“Eu — ” Elijah olhou para baixo, mordendo o lábio inferior. “Eu não estou fora e orgulhoso como você.”

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Ruben se inclinou, beijando as pálpebras de Elijah. “Então vamos trabalhar nisso,” disse Ruben quanto ele estendeu a mão entre eles e empurrou sua mão na cintura dos boxers de Elijah. Ele gemeu quando sentiu o quente e duro pau pressionado na palma da sua mão.

Os quadris de Elijah subiram e sua cabeça se inclinou para o lado. Ruben apertou os lábios contra a pele macia de Elijah enquanto acariciava o pau do seu em-breve-amante. Ele conhecia a mecânica e tinha feito sua pesquisa sobre sexo gay.

Ruben tinha o conhecimento. Apenas lhe faltava a experiência. Ele esperava que ele não machucasse Elijah.

“Lubrificante?”

Elijah apontou para a mesinha de cabeceira. Ruben se esticou sobre Elijah quando ele abriu a gaveta pequena. Ele não tinha certeza que ele deveria ficar feliz em ver preservativos em ali também. Elijah os usava frequentemente? Ele sorriu quando viu que a caixa era nova.

Ruben pegou o lubrificante e a caixa, jogando-os na cama ao lado deles.

“Tire seus boxers,” ele disse quando ele se inclinou para trás, dando a Elijah o espaço que ele precisava. A boca de Ruben molhou enquanto observava Elijah, olhando para a carne que estava desnudava para ele. Ele não podia resistir. Ruben estendeu a mão e deu um tapa na bunda de Elijah.

“Hey!” Elijah disse que ele olhou para Ruben. “Não haverá nada disso.”

“Que pena,” brincou Ruben. Ele gostava de ver a marca de sua mão na bunda de Elijah. Era sexy. Ele empurrou Elijah para seu estômago, abrindo suas coxas enquanto lubrificava os dedos e jogava a garrafa de lado.

Ruben lentamente empurrou um dedo até a primeira articulação. Ele parou, esperando para ter certeza que ele não estava machucando Elijah. Quando o homem olhou para Ruben como ele estivesse louco, ele sorriu e empurrou seu dedo o resto do caminho. Era melhor que sua imaginação havia evocado.

Com apenas um dedo dentro de Elijah, Ruben estava prestes ao orgasmo. Ele havia sonhado com este momento por anos.

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Ruben puxou sua mão e deslizou outro dedo ao lado do primeiro. Ele assistiu maravilhado quando seus dedos afundavam. Ele queria ver seu pau fazer o mesmo. Mas ele não iria apressar isso. Era a primeira vez deles juntos, a primeira vez de Ruben com um homem, e ele queria que durasse.

Ele empurrou um dedo terceiro, observando o corpo de Elijah se esticar para ele.

Ruben teve que morder o lábio inferior. A visão era incrível. Elijah empurrou para trás, gemendo. Ruben se sentiu com três metros de altura. Ele era o único fazendo Elijah sentir prazer.

Ele tirou os dedos, sorrindo quando Elijah soltou um ruído de protesto. Ele deu um tapa na bunda de seu amante novamente. Elijah lançou um olhar sobre o ombro, fazendo rir Ruben. “Mas a marca de minha mão é tão bonita em sua bunda.”

Elijah resmungou, mas não disse uma palavra.

“Gire,” Ruben ordenou enquanto pegava um preservativo da caixa fechada. Elijah o observou enquanto Ruben rasgava o invólucro e rolava o látex no seu pênis duro. Ele escorregou perto de Elijah e o agarrou debaixo de seus joelhos, empurrado suas pernas para trás.

Ruben parou por um momento para olhar para baixo no buraco enrugado de Elijah.

Ele não podia acreditar que depois de todo esse tempo ele finalmente ia se afundar profundamente dentro do homem.

“O quê?” perguntou Elijah, uma sombra caindo sobre seus olhos.

Ruben não podia ter isso. Ele alinhou seu pênis e empurrou profundamente.

“Porra!” Elijah gritou enquanto Ruben parou.

“Eu machuquei você?” ele perguntou enquanto passava a mão sobre o estômago liso de Elijah. Seu corpo estava implorando para Ruben se mover, mas ele tinha que ter certeza Elijah não estava com nenhuma dor.

“Não,” disse Elijah enquanto balançou sua bunda. “Mas agora seria um bom momento para você se mover.”

Ruben sorriu enquanto puxava para trás e, em seguida, para frente.

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Elijah gritou, mas Ruben sabia que era um grito de prazer. Seus dedos escavaram os joelhos de Elijah enquanto olhava para baixo entre seus corpos e viu seu pau empurrando dentro e fora da bunda apertada de seu amante. Era uma visão impressionante, uma que Ruben queria ver repetidas vezes.

Ele empurrou as pernas de Elijah ao redor de sua cintura como ele caiu em seus braços, olhando seu amante em seus olhos azuis bebê. Elijah tentou desviar o olhar, mas Ruben pegou seu queixo e o trouxe de volta. Ele se inclinou e beijou Elijah como se sua vida dependesse disso. Elijah gemeu em sua boca como Ruben estalou os quadris, sentindo o corpo de Elijah recebê-lo.

“Faça-me gozar, Ru,” Elijah pediu na boca de Ruben.

Ele alcançou entre eles, enrolando seus dedos ao redor do pau de Elijah, e começou a acariciá-lo, combinando seus golpes. Momentos depois, as costas de Elijah arquearam quando ele gritou dentro da boca de Ruben.

Ruben rosnou enquanto ele fodia Elijah mais forte, querendo sua própria libertação.

Ele enrijeceu e gritou quando sua semente foi retirada de seu corpo, explodindo na bunda de Elijah. Manchas dançaram na frente dos olhos de Ruben como ele caiu em cima de Elijah.

“Meu Eli,” ele sussurrou enquanto ele acariciava sua mão sobre o peito de Elijah.

Elijah acariciou seu braço, mas Ruben sentiu o corpo do homem enrijecer debaixo do seu.

Ele inclinou a cabeça para trás e olhou nos olhos azuis de Elijah, não perdendo a forma que eles correram para longe. “Você é meu agora, Eli, e eu não vou deixar você ir.”

“Eu — eu quis dizer o que eu disse, Ru. Eu não sou como você. Eu não posso — ” “Ssshhh.” Ruben estendeu a mão e apertou seu dedo nos lábios de Elijah. “Vamos trabalhar nisso lentamente.”

“Ru — ” “Eu não vou desistir de você, Elijah, mesmo se eu tiver que lutar com você para mantê-lo.”

A testa de Elijah se enrugou como ele franziu a testa. “Bem, isso não faz sentido.”

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Ruben deu uma risadinha. “Claro que faz.” Ruben deslizou até ele poder se debruçar sobre Elijah. Ele acariciou a mão no restolho no rosto do homem.

“Eu escutei você há três anos, e eu fui embora como você pediu, mas — ” Toda a cor desapareceu do rosto de Elijah quando ele olhou para Ruben horrorizado.

“Você deixou Cade Creek por minha causa?” ele sussurrou.

“Eu sabia que se eu ficasse que eu não seria capaz de ficar longe de você, e é isso que você parecia precisar no momento.”

“Oh, Ru, eu — eu — ” os olhos de Elijah começaram a brilhar na luz fraca da manhã quanto eles se encheram de lágrimas. “Eu nunca — ” “Elijah, tudo bem. Fiquei chateado quando isso aconteceu, mas eu entendo porque você fez isso. Eu precisava de tempo para crescer, e você precisava de tempo para entender que você pertence a mim.” Ruben riu quando os olhos de Elijah se arregalaram. “Você me pertence, querido, e eu não vou desistir de você. Você precisa aceitar isso.”

“E se eu disser não?”

“Eu não acredito em você.”

“Por que não?”

“Porque você foi o único que me pediu para voltar para casa com você na noite passada.”

A boca de Elijah abriu e fechou várias vezes como um peixe e então se fechou. Suas sobrancelhas se juntaram ainda mais baixo quando ele franziu a testa.

“Isso não significa nada. Eu estava bêbado.”

“Por que você luta tão fortemente, Eli? Você me quer. Você sabe que sim. A prova disso está me cutucando no estômago, mesmo enquanto falamos.”

Ruben sorriu quando o rosto de Elijah corou e ele rapidamente desviou o olhar. Ele agarrou o queixo de Elijah e puxou seu rosto para trás para que ele pudesse ver os expressivos olhos azuis de Elijah. “E eu quero você, querido.”

Elijah respirou agudamente. “O que aconteceu com aquele rapaz doce e inocente que eu conheci?”

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“Eu tive que crescer rápido.” Ruben se inclinou e beijou Elijah suavemente. O homem parecia precisar de cuidados extras agora. Elijah estava nadando em dúvidas. Ruben não. Ele sabia exatamente o que ele queria, e ele estava deitado nos braços de Ruben agora.

“Eu ainda sou doce, mas eu não posso te ajudar com a parte inocente. Você apenas tirou isso.”

Elijah o empurrou e deslizou para cima da cama tão rápido que Ruben não teve tempo para detê-lo. Quando Ruben se sentou, Elijah estava encostado na cabeceira da cama, apertando o lençol, os nós dos dedos brancos em suas mãos.

“Elijah?”

“Não minta para mim, Ruben. Se você quer me foder, tudo bem, mas não minta para mim. “ “Eu não estou mentindo para você, querido. Eu juro.”

“Você tem uma criança!” Elijah explodiu. “E tenho a maldita certeza que sei que eu não te engravidei na última meia hora.”

“Não, Alani aconteceu por testemunhar muita violência e tristeza demais. Eu precisava ficar perto alguém, assim como Mahra. Isso simplesmente aconteceu após muitas garrafas de uísque. Mas ela foi a única, e só aconteceu uma vez.”

“Mas você se casou com ela,” protestou Elijah.

“Sim, eu casei, mas fiz isso para conseguir Alani.” Ruben suspirou profundamente no olhar confuso no rosto de Elijah. Ele se sentou para frente e agarrou a mão de Elijah entre as dele. Ele sabia que Elijah precisava de um pouco de espaço no momento, mas ele precisava de algum contato. “O casamento nunca foi concebido para ser permanente, Elijah. Nós tínhamos os papéis do divórcio prontos logo depois que Alani nasceu. Nós apenas não conseguimos a chance de arquivá-los antes de Mahra ser assassinada.”

“Ela foi assassinada?”

Ruben engoliu em seco e olhou para baixo, onde as suas mãos estavam entrelaçadas.

“Nós estávamos trabalhando como agentes humanitários num campo de refugiados no norte da África. Nossa caravana foi atacada, e Mahra foi assassinada.”

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“Norte de África!” Elijah gritou enquanto seu rosto escureceu. “Você sabe como isso é perigoso? Há uma guerra acontecendo lá. Você ficou louco, porra?”

“Então, você se importa?” Ruben estava feliz por como puto Elijah estava ficando.

“Claro que eu me importo”, Elijah explodiu. “Eu am — ” Ruben arqueou uma sobrancelha quando o rosto de Elijah corou e ele desviou o olhar, apertando os lábios. Ele queria gritar para o céu de alegria, mas isso em nada provaria a Elijah que ele tinha crescido.

Ruben se inclinou para frente e puxou o rosto de Elijah volta para o seu novamente.

Ele podia ver o medo e hesitação nas profundezas azuis olhando de volta para ele. “Eu também te amo, Elijah James.”

“Oh, Ruben, eu — ” Elijah estava movendo lentamente a cabeça para trás e para frente.

Por um momento, Ruben se perguntou se ele tinha imaginado o amor que ele tinha visto nos olhos de Elijah. Talvez ele tenha visto o que ele queria ver, o que ele desejava ver.

Elijah James era o homem mais sexy de Cade Creek. Ele poderia ter qualquer um que ele quisesse.

Ruben era um jovem pai solteiro com uma filha, e recentemente viúvo. Ele não tinha emprego, nenhuma perspectiva de um emprego, e ele vivia com seus pais. Ele não tinha nada para oferecer a Elijah, exceto problemas.

E uma manhã de sexo escaldante não significa um compromisso de vida. Talvez Elijah tivesse falando sério há três anos, quando ele pediu para Ruben o deixar em paz. Elijah podia não ter bebido esta manhã, mas depois da quantidade de álcool que havia consumido na noite anterior, ele certamente não estava funcionando com todos os propulsores.

Seu coração estava pesado e sua mente um amontoado confuso de pensamentos, Ruben largou a mão de Elijah e começou a se mover para fora da cama. Ele queria conseguir suas roupas e sair dali antes que ele parecesse mais idiota que ele já fez.

“Aonde você vai?”

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Ruben olhou para a mão em seu pulso. Ele não conseguia pensar em nada lógico para dizer por um momento. Vou para casa lamber minhas feridas e tentar consertar meu coração partido apenas não soava bem.

“Ruben?”

“Eu — ” Salvo pelo gongo, ou o telefone celular de qualquer maneira. Ruben deu um suspiro enorme de alívio, esticou o braço e pegou seu telefone celular da mesinha de cabeceira.

“Alô?”

“Ruben, filho, você precisa voltar para casa.”

“Ma? O que está errado?“ Ruben podia ouvir a oscilação na voz de Ma, um som que nunca tinha ouvido de sua boca antes. “Alani está bem?”

“Ela está bem, filho, mas você precisa vir para casa agora. Sua mãe está aqui exigindo ver sua neta.”

Ruben passou de coração partido para furioso em um piscar de olhos.

Seus dedos apertaram o celular na mão quando ele rosnou.

“Você é minha mãe. Ela não é. E eu não a quero em nenhum lugar perto da minha filha.” Ele agarrou suas calças e começou a puxá-las pelas pernas. “Eu estarei em casa em poucos minutos.”

“Apenas se apresse, filho,” disse Ma. “Ela está muito chateada.”

“Ela que se foda!” Ruben fechou o telefone antes de Ma poder castigá-lo por xingar.

Ele sabia que isso viria. Seus movimentos eram irritados e irregulares quando ele puxou a camisa sobre a cabeça, em seguida, puxou seus sapatos.

“Ruben, o que diabos está acontecendo?” Elijah perguntou atrás dele.

“Minha mãe biológica apareceu. Ela está exigindo ver Alani.”

“Uh, Ruben, eu não tenho certeza se ela pode fazer isso.”

Ruben estava puto. Ele se virou para explodir com Elijah, mas sua boca se abriu quando viu o homem puxando um par do jeans mais apertados que já tinha visto em sua

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vida. Eles poderiam muito bem terem sido pintados. A boca de Ruben subitamente ficou seca enquanto ele olhava.

“O que você está fazendo?” ele sussurrou.

A cabeça de Elijah subiu. “Eu vou com você.”

“Por quê?”

“Eu vou com você porque eu sou um advogado, maldição. O seu advogado a partir de agora.”

Elijah parou de falar por tempo suficiente para puxar uma camisa branca de botão.

Ele começou a enfiá-la em seus jeans quanto ele olhou para Ruben. “Eu não vou deixar ninguém tirar esse bebê de você.”

“Nós.” Ruben apertou os lábios assim que a palavra deslizou seus lábios. Ele sabia que não deveria ter dito isso assim que ele falou, mas não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso agora.

“O quê?”

“Nada.” Ruben sacudiu a cabeça e pegou o telefone. Se Elijah não o tinha ouvido, melhor ainda. Ele empurrou o seu telefone no bolso e partiu para a porta, somente para ser puxado quando a mão de Elijah segurou seu braço e o puxou para parar. Ruben fechou os olhos e desejou que ele estivesse em outro lugar, exceto onde ele estava.

“Eu quero saber o que você quis dizer com isso.”

“Não, você não quer.” Ruben abriu os olhos e puxou seu braço rudemente fora do alcance de Elijah. “Você deixou seus sentimentos mais do que claros, Elijah. Eu fui estúpido em pensar que eles poderiam ter mudado nos últimos três anos.” Ele se virou e olhou para Elijah, finalmente. Ele ignorou a inspiração rápida de Elijah, enquanto olhava para ele. “Eu não vou esquecer de novo.”

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Capítulo Cinco Elijah continuou esperando que Ruben lhe dissesse alguma coisa quando eles saíram da cidade em direção à fazenda Blaecleah, mas o homem não disse nada. Ruben nem sequer olhou em sua direção. Era como se Ruben tivesse cortado Elijah. Elijah não gostou disso.

“Ruben, você vai me ignorar todo o caminho até a fazenda?”

“Sim.” Elijah revirou os olhos. “Ruben, você está agindo como um crian — ” “Como uma criança?” Os olhos castanhos Ruben estavam estreitados em pequenas fendas quando giraram para olhar para Elijah. “Na verdade, eu acho que estou agindo malditamente maduro para um homem que perdeu sua virgindade para um cara que não quer mais vê-lo.”

“Perdeu sua virgin — ” As sobrancelhas de Elijah dispararam. Sua bunda doía de ser martelada no colchão por Ruben; como um especialista, na verdade. Nenhum fodido virgem fazia como Ruben. Além disso, ele tinha uma filha. Isso definitivamente tirava a coisa toda de virgem fora da mesa. “Você está louco.”

“Sim, eu imagino que estou.” Ruben deu de ombros com indiferença, enquanto ele olhava de volta para fora da janela da frente, mas Elijah podia ver a tensão neles. “Eu realmente pensei que você se importava. Eu acho que eu recebi o que merecia por acreditar em algo que nunca existiu.”

“Ruben, eu me importo, mas — ” “Tudo bem, você se importa. Devidamente anotado.”

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Elijah bateu a cabeça para trás contra o apoio de cabeça. Conversar com Ruben era como tentar atravessar em melaço até a cintura. Ele não estava chegando a lugar nenhum.

“Ruben, você teve relações sexuais. Você até mesmo admitiu que teve. Tecnicamente, isso significa que você não é mais virgem.”

“Tudo bem,” Ruben explodiu. “Eu não sou mais virgem.”

A mão de Elijah agarrou a borda de seu assento, apertando como raiva o encheu. Ele não se importava com o que Ruben disse. O homem estava agindo como uma criança. Elijah queria pegar Ruben e bater sua cabeça contra uma parede — uma parede muito dura.

“Ruben, isso é ridículo. Você — ” Elijah gritou e agarrou o painel quando Ruben de repente pisou no freio e o carro derrapou na neve, chegando a uma parada na beira da estrada. Seus olhos se arregalaram quando ele olhou para Ruben para encontrar o homem olhando para ele com um olhar de sofrimento em seus olhos que Elijah mal podia respirar. Ele tinha visto tanta dor antes?

“Eu não vou discutir isso com você, Elijah,” disse Ruben firmemente. “Eu cometi um erro, e agora estou pagando por isso. Eu entendo isso. Mas eu não vou permitir que você empurre a faca mais longe. Se você não pode me deixar o inferno sozinho, então você pode dar o fora do meu carro e caminhar sua bunda de volta para a cidade.”

Elijah engoliu em seco. “Ok, Ruben.”

Ruben deu a Elijah um último longo olhar e depois endireitou o carro e continuou na estrada. Elijah se virou para olhar pela janela da frente, tentando descobrir como a conversa deles tinha ido tão mal tão rapidamente.

Não importa o que Ruben disse, ele não era virgem. Alani provava muito isso. Ela era a prova vivia e respirando disso. Se a experiência de Ruben além de sua esposa não era muita, isso estava bem. Isso é tudo que o homem precisava dizer. Ele não precisa mentir sobre isso. Não era como Elijah não tivesse amantes no passado. Ele — Elijah inalou fortemente quando percepção de repente lhe bateu como um trem de carga. Ele se virou para olhar para Ruben e quase gritou quando percebeu que a miséria que havia visto nos olhos do homem era por causa dele.

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E ela ainda estava lá em cada linha tensa do corpo de Ruben.

“Oh, Ruben.”

“Não,” retrucou Ruben. Suas mãos apertaram o volante, fazendo um barulho. “Isso não está em discussão.”

“Ruben, por favor.”

Elijah mais uma vez agarrou o painel quando Ruben pisou nos freios. Ele olhou para Ruben. “Você realmente tem que parar de fazer isso. Alguém poderia se machucar.”

Ruben estendeu o braço sem olhar para ele e abriu a porta do passageiro. “Saia!”

“Não!” Elijah estourou quando ele bateu com a porta fechada. “Eu não vou sair do carro.”

“Tudo bem.”

Elijah piscou de surpresa quando Ruben estacionou o carro e simplesmente saiu. Ele revirou os olhos e deslizou para o banco do motorista, ligando o carro e seguindo atrás de Ruben.

Um dia desses, ele iria colocar o homem sobre o seu joelho e bater em sua bunda até ficar vermelho rosado. Elijah riu nervosamente quando seu pau estremeceu na imagem.

Agora não era hora de ter fantasias sobre surrar Ruben.

Elijah abaixou a janela quando o carro chegou ao lado do homem. “Entre no carro, Ruben.”

“Não.” Ruben continuou a andar.

“Ruben.”

“Vá se foder, Elijah. Deus sabe que não vou fazer isso de novo.”

Ah, agora Elijah estava começando a ficar chateado. Ele dirigiu alguns metros à frente de Ruben e estacionou o carro. Ele abriu as portas e saiu na direção de Ruben. A raiva o comia em cada passo que ele dava.

“Agora você vai me ouvir, Ruben Blaecleah,” disse Elijah quanto apunhalou seu dedo no peito do Ruben. “Eu não sei que tipo de jogo maldito você acha que está jogando

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aqui, mas está apenas reafirmando minha crença de que você não está pronto para um relacionamento. E sim, você está agindo como uma criança de dois anos tendo um chilique.”

Elijah estava preparado para o punho que Ruben jogou em cima dele. Ele o agarrou e girou Ruben, batendo-o na lateral do carro e o cobrindo com seu corpo. Ruben podia ter preenchido um bocado nos últimos três anos, mas Elijah ainda era maior do que ele, mesmo que por apenas alguns centímetros.

“Deixe-me ir!” Ruben grunhiu enquanto ele lutava para fugir.

“Não.” Elijah pressionou mais perto de Ruben. Ele sentiu o homem enrijecer de repente e ficar imóvel e soube que Ruben sentiu sua ereção. “Eu não vou me mover até que você me diga o que diabos está acontecendo, Ruben. Eu estou tão confuso que eu não sei se limpo meus dentes e escovo minha bunda ou — ” “Entendi!” Ruben levantou a mão. “Entendi.”

“Então fale.”

“Por que eu deveria?”

“Por favor?”

Os ombros de Ruben caíram. “Por que você se importa, Elijah? Eu juro que vou te deixar em paz. Apenas deixe isso passar.”

“Eu não posso, bebê.” Elijah inclinou a cabeça para frente e a apoiou contra a parte de trás de Ruben. “Você significa muito para que eu veja você tão triste. E antes que você diga qualquer coisa, eu sei que isso é culpa minha. Eu só não sei como é minha culpa.” Elijah puxou uma respiração profunda e beijou suavemente a nuca de Ruben. “Eu não sou um leitor de mentes, Ru.” “Você não vai desistir disso até conseguir o que quer, não é?”

Elijah sorriu levemente. “Eu sou um advogado, Ru. Argumentar com meu cliente é o que eu faço.”

O silêncio pairou no ar, fazendo com que Elijah se perguntasse se Ruben iria lhe respondeu ou não. Ele começou a ficar preocupado quando Ruben respirou profundamente e lentamente soltou. Elijah ficou onde estava, a sua frente pressionada contra as costas de 110

Ruben. Ele pensou que talvez o homem pudesse precisar de apoio extra. Ele esperava, de qualquer maneira.

“Mahra foi a primeira mulher com quem estive,” Ruben disse baixinho “Ela também foi a última mulher com quem ficarei. E isso só aconteceu uma vez. Você é o único homem com quem eu já estive, e isso só aconteceu uma vez. Então eu tive sexo exatamente duas vezes em minha vida.”

“Misericórdia doce.” Ele era maldito virgem. Elijah fechou os olhos e tentou respirar como o conhecimento que ele tinha sido o único de Ruben e o único a preencher cada célula do seu corpo. Ele não sabia se gemia na infinidade de complicações que isso causou ou gritava de alegria que ninguém havia tocado este homem lindo, exceto ele.

Mahra não contava.

“Eu sinto muito, Ruben,” ele sussurrou contra o cabelo do homem como culpa o comeu. “Eu tomei algo que deveria ter sido tão especial para você e o transformei em um pesadelo. Isso não era minha intenção.”

“O quê — ” Ruben clareou a garganta. “O que você pretende, então?”

“Eu não sei se eu tinha qualquer intenção específica, Ru. Eu só sabia que eu queria você desde o primeiro dia que te vi, e eu não podia mais me negar, não quando você parecia querer isso também.”

Ruben engoliu quando ele olhou por cima do ombro para Elijah. “Mas você não me quer.”

Elijah balançou a cabeça enquanto seu aperto diminuiu um pouco. “Eu quero você, Ru. Eu apenas não tenho certeza do que quero.” Ele esperava que Ruben entendesse o que estava dizendo. Elijah estava confuso pra caramba, mas ele sabia que não podia viver sem Ruben. O homem era tudo que ele sonhou. Ele não podia ver uma vida sem ele ali de outra maneira.

“Você sabe como dar sinais contraditórios,” disse Ruben enquanto ele continuava a olhar por cima do ombro para Elijah. “O que você quer de mim?”

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Elijah largou Ruben quanto ele deu um passo para trás, passando a mão pelos cabelos. O que ele queria? Ele deu a única resposta que lhe veio à mente, a única coisa verdadeira que ele realmente precisava. “Tempo.”

Ruben se virou, encarando-o quando ele inclinou a cabeça, estudando Elijah com uma intensidade que fez Elijah sentir como se Ruben pudesse ver direito em sua alma. “Eu acho que posso te dar isso.”

Elijah não tinha certeza se Ruben sabia o que ele realmente queria dizer, mas ele aceitaria isso por enquanto. Seus velhos medos o estavam montando com força. O pesadelo que tinha vivido quando seu amante foi espancado até a morte por ser gay estava na superfície. Ele não sobreviveria se isso aconteceu com Ruben.

“Obrigado.”

Ruben se endireitou, se empurrando para longe do carro e dando um passo em direção a Elijah. “Mas é melhor você não me afastar novamente.”

Elijah entendeu. Este era a sua única chance com Ruben Blaecleah.

Ruben estava confiando em Elijah. Agora cabia a ele decidir se ele era homem o suficiente para assumir a responsabilidade e aceitar a oferta. Elijah concordou com a cabeça enquanto caminhava para o lado do passageiro. “Precisamos chegar à fazenda.”

Os olhos de Ruben se arregalaram, e então ele abriu a porta do motorista, correndo para dentro. Elijah mal entrou no lado do passageiro antes de Ruben arrancar com o carro, indo para casa.

***** O queixo de Ruben caiu quando ele dirigiu para frente da casa. Ma estava na varanda com Alani em seus braços. Ela andava para trás e para frente, e ela não parecia feliz. Abaixo dela, em pé no meio da escada, havia uma parede de irmãos Blaecleah.

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Da estava posicionado na parte inferior da escada, com os braços cruzados sobre o peito e as pernas ligeiramente separadas como se atrevendo alguém a passar por ele. Eles estavam criando uma barreira entre Alani e uma mulher que Ruben nunca esperava ver de novo em sua vida.

Ele rangeu os dentes quando ele parou e desligou o motor. Janice McCallister estava na frente de Da e discutindo com ele.

Seu temperamento subiu dentro dele quanto ele bateu a porta do carro, fazendo com que todos se voltassem para olhá-lo.

“O que você quer?”

Sua mãe biológica, Janice McCallister, olhou para ele, seus lábios apertados quanto ela deu um olhar de desaprovação sobre Ruben. Seus olhos foram para Elijah. Ela se tornou uma máscara profunda de vermelho quando ela balançou o dedo para Ruben.

“Isso não é maneira de falar com sua mãe.”

Num um piscar de olhos, Ruben sentiu arrependimento. Ele o empurrou de lado quando ele se lembrou da maneira que sua mãe tinha sido quando ele estava crescendo.

“Minha mãe está de pé na varanda com minha filha.” Ele balançou a cabeça em direção Ma. “Agora, o que você quer, Janice?”

A cabeça de sua mãe de nascimento estalou para trás como se Ruben tivesse batido nela.

Seus olhos se estreitaram. O olhar não teve o efeito desejado que Ruben sabia que ela esperava. A mulher não o intimidava mais. Ruben já não tinha vontade de garantir que a paz reinasse.

“Eu quero ver minha neta,” disse ela com uma grosseria em sua voz que irritou Ruben.

Ruben cruzou os braços sobre o peito enquanto caminhava para a varanda da frente e ficava ao lado de Da. “Ela não é sua neta. Você desistiu deste direito quando você e o bom reverendo chutaram Matty para fora. Eu não quero minha filha crescendo em torno desse preconceito.”

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“Eu tenho todo o direito de vê-la,” sua mãe fungou.

“Me desculpe, mas você não tem,” disse Elijah quando ele caminhou até ficar ao lado de Ruben e Da. “Não tem nenhum direito legal sobre ela.”

Sua mãe deu um olhar de desprezo para Elijah, um olhar altivo cruzando seu rosto comprimido. “Isso não é da sua conta. Isto é entre mim e meu filho.”

Elijah alcançou dentro do casaco, puxando para fora um cartão de visita, o entendendo para a mãe de Ruben. “Meu nome é Elijah James. Eu sou advogado de Ruben.

Sou certificado e com uma recomendação muito elevada do juiz do Thomas do Tribunal Superior. Se você tiver qualquer dúvida sobre quem eu sou, você é bem-vinda para ligar ao Juiz Thomas.”

Ruben viu como os olhos da mãe se abaixaram para se estreitar pequenas fendas.

“Eu sei tudo sobre os meus filhos. Eles são uma abominação ao Senhor. Não terei a minha neta criada no meio de tanta depravação. Eu vou entrar em contato com um advogado também.”

“Eu acho que você precisa sair,” disse Ma. Ruben queria rir e aplaudir Ma, mas ele sabia que ficaria bem agora.

“Vou ir embora, por enquanto. Mas eu vou voltar. Não tenha nenhuma dúvida sobre isso!” Janice sacudiu o dedo para Ruben. “Ela não vai ser criada por um pai herege!”

Ruben apertou sua mandíbula quando ele deu um passo em direção da mulher que ele deixou de considerar sua mãe, mas foi parado por uma mão em seu ombro. Ele sabia que era Elijah, mas Ruben estava realmente cansado de seus pais e da atitude deles mais-santoque-você. Ele estava doente disso até as orelhas.

“Deixe ir. Ela não tem nenhuma chance,” disse Elijah, ao lado dele. Ruben olhou para a mulher saindo, até que ela foi embora, desaparecendo pela calçada. Ele respirou fundo quando se virou e foi em direção a casa, subindo os degraus para dar um grande abraço em Ma. “Obrigado,” ele disse enquanto ela acariciava suas costas.

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“Ninguém vai chegar nesse pequeno e doce do bebê enquanto eu tiver um fôlego em meu corpo,” disse Ma, quando ela abriu a porta, conduzindo Ruben e Elijah para dentro.

Assim que Ruben e Ma entraram na casa, ele se virou e pegou Alani dela, acariciando o bebê perto de seu peito. Ele fechou os olhos e inclinou a cabeça para baixo, inspirando o cheiro reconfortante que era exclusivo dos bebês. Ele poderia se sentir visivelmente tremendo e sabia que seus nervos estavam desgastados. Eles sempre estavam depois de lidar com sua mãe biológica.

“Ela é linda, Ru.” Ruben abriu os olhos e viu Elijah olhando para Alani com um olhar de espanto no rosto. Havia algo mais nos olhos azuis de Elijah, mas ele estava contido como se Elijah não quisesse que Ruben visse. E Ruben não conseguiu decifrar o que era.

“Gostaria de segurá-la?” Ruben perguntou quando ele inclinou Alani de volta em seus braços e a estendeu.

“Não!” O rosto de Elijah empalideceu e ele rapidamente balançou a cabeça, mas Ruben podia ver o desejo nos seus olhos. “Ruben, vou deixa-la cair.”

“Não, você não vai.” Ignorando os protestos de Elijah, ele gentilmente colocou Alani em seus braços e lhe mostrou como apoiar sua pequena cabeça. Ruben sorriu enquanto observava seu amante segurar sua filha. Era uma visão que nunca pensou ver, não importa quantas vezes ele fantasiou sobre isso. Ele se inclinou e deu um beijinho rápido na bochecha de Elijah. “Eu confio em você, Eli,” ele sussurrou no ouvido do homem.

“Jes — Ruben.”

Ruben se inclinou para trás e sorriu para Elijah. Ele afagou seu braço e se afastou.

“Aonde você vai?” Elijah gritou. “Não me deixe.”

“Eu não vou a lugar nenhum, Eli. Eu só quero falar com Ma e Da sobre o que aconteceu antes de chegarmos. Eu preciso descobrir por que Janice está aqui.” Ruben rangeu os dentes. “E eu preciso descobrir como ela até mesmo soube sobre Alani, porque eu sei que eu não contei a ela.”

Matty estava de pé ao lado de Quaid, muito pálido e parecendo um pouco enjoado.

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“Eu não disse nada a ela. Eu não tenho falado com ela desde que saímos de casa.”

Matty encolheu os ombros e desviou o olhar. “Eu tentei depois que o Pai morreu, mas ela não aceitava minhas ligações.”

“Matty,” disse Ruben quando ele se adiantou e puxou seu irmão em seus braços.

“Você sabe que a Mãe sempre esteve sob o controle do pai. Se o homem lhe dissesse para parar de respirar, ela teria ficado azul. Ela provavelmente não sabe o que fazer agora que ele está morto.”

Matty estremeceu nos braços de Ruben. “Eu nunca a tinha visto assim, Ruben. Ela estava furiosa.”

“Eu sei.” Ruben conseguia entender a confusão de seu irmão perfeitamente. Janice McCallister não era conhecida como uma mulher com uma espinha dorsal forte. Ela viveu para o marido. Ruben pensou que ela ficaria perdida sem o reverendo, mas talvez ele estivesse errado. “Nós vamos resolver isso, Matty.”

“Você tem o apoio total da família, Ruben,” Da disse. “Tudo o que você precisar.”

“Obrigado, Da.” Ruben respirou fundo e empurrou Matty volta para os braços de Quaid, em seguida, se virou para Elijah. “Ela tem algum direito, Elijah?”

A cabeça de Elijah subiu de onde ele estava olhando para o bebê. “Você foi legalmente adotado pelos Blaecleahs, Ruben. Eu mesmo arquivei os documentos. Eles agora são listados como os pais legais em sua certidão de nascimento. Ela pode ser capaz de fazer um escândalo, mas terá apenas os direitos que você permitir que ela tenha.”

“Eu não quero permitir nada a ela,” disse Ruben com veemência.

“Depois que ela fez para mim e a Matty, eu não quero que ela em nenhum lugar perto Alani.”

Os olhos de Elijah se estreitaram. “O que exatamente ela fez para você e Matty?”

“Ela permitiu que o reverendo abusasse de nós,” Ruben estourou. Ele começou a andar e empurrando a mão pelo cabelo enquanto as memórias o consumiam. “Ela sabia que isso estava acontecendo, e ela apenas olhou para o outro lado. Ela nenhuma vez tentou parar o Pai.” 110

“Ruben.”

Ruben sentiu braços se embrulharem ao redor dele. Ele piscou surpreso quando percebeu que aqueles braços fortes pertenciam a Elijah. Ma estava de pé de lado com o bebê em seus braços.

“Eu não vou deixá-la ficar com Alani,” Elijah disse calmamente. “Eu prometo.”

O queixo de Ruben caiu quando Elijah estendeu a mão e roçou seu rosto com as costas da mão. Ele olhou rapidamente ao redor, corando quando viu os olhares conhecedores nos olhos das pessoas olhando para ele e Elijah.

“Uh, Elijah...” Ruben clareou a garganta e se forçou a se afastar do homem. Ele queria ficar exatamente onde ele estava. Inferno, ele queria enterrar o rosto na garganta de Elijah e ficar em volta de seus braços pelo tempo que podia.

Mas Elijah não estava pronto. Ele pediu um tempo, e Ruben havia prometido lhe dar esse tempo. Atirando-se nos braços de Elijah na frente de quase toda a família Blaecleah não era a maneira de fazer isso.

Ruben se sentia um pouco corado e gelado ao mesmo tempo quando ele colocou vários passos entre ele e o homem temporário. “Existe alguma coisa que podemos fazer para lutar contra ela, porque nós vamos precisar, eu posso te dizer isso agora. Eu posso sentir. Ela não vai desistir até ela arrancar Alani dos meus braços.”

Elijah rosnou e atravessou o espaço entre eles. Ele agarrou os braços de Ruben e lhe deu uma sacudidela. “Eu te disse, eu não vou deixar que ela leve Alani longe de nós.”

Ruben piscou. “Nós?”

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Capítulo Seis Elijah engoliu em seco. Ele podia ver Ruben olhando para ele com uma combinação de esperança e hesitação. Os Blaecleahs sabiam que ele era gay, mas também sabiam que ele não divulgava. Ele podia simplesmente voltar atrás e eles não diriam nada.

Ou ele poderia tirar a incerteza queimando nos olhos de Ruben. Uma parte de Elijah gritou para ele tirar qualquer dúvida persistente que Ruben tinha que lhe dar as garantias de que ele precisava. Outra parte gritava para Elijah que estava se aventurando a uma batalha perdida. Se ele perdesse Ruben, Elijah não tinha certeza se sobreviveria.

Ele não podia suportar o abismo crescente que podia sentir construindo entre eles a sua recusa em aceitar tudo o Ruben estava lhe oferecendo. Ele vinha sentindo isso desde que eles saíram de sua casa. Estava misturado com seus próprios medos de perder Ruben.

Mas ele conseguiria seguir e frente e pegar o que ele realmente queria? Ele poderia arriscar? E o que aconteceria se ele não fizesse? A postura de Ruben era tão rígida que Elijah estava surpreso do homem não rachar em dois. Elijah sabia que se ele não fizesse algo, ele iria perder Ruben antes mesmo que ele o tivesse.

“Ruben, eu — ” o coração de Elijah doeu quando o rosto de Ruben caiu e seus olhos se afastaram. “Eu não posso prometer dançar no meio da Main Street agitando uma bandeira arco-íris, mas eu disse a você que gostaria de tentar e eu quis dizer isso.”

Ruben ainda parecia reticente, mas ele balançou a cabeça. Elijah deu um passo hesitante para frente e pegou a mão de Ruben. A surpresa no rosto de Ruben, seguido por um corar rápido cobrindo seu rosto valia qualquer desconforto que Elijah sentia por estar se 110

expondo na frente da família do homem. Ele se inclinou e deu um pequeno beijo na têmpora de Ruben.

“Vou tentar, Ru,” ele sussurrou. “Eu prometo.”

Isso pareceu satisfazer Ruben se o sorriso que cruzou seus lábios era qualquer coisa.

Elijah ainda estava nervoso como o inferno e ele não tinha ideia de onde tudo isso estava indo, mas se ele poderia colocar aquele sorriso cheio de alegria no rosto de Ruben todos os dias, ele seria um homem feliz.

“Bem, quem está com fome?” perguntou Ma, quebrando a tensão na sala. “É um pouco cedo para o almoço, mas um brunch seria bom.”

Elijah piscou quando ele mais uma vez se viu com um bebê nos braços, Ruben correndo atrás de Ma para ajudar na cozinha. Ele olhou para a criança de aparência delicada, com medo de se mover. Ele só sabia que ele a deixaria cair e Ruben o odiaria para sempre.

“Huh, caras,” ele chamou para qualquer pessoa que pudesse ouvi-lo, “uma ajudinha aqui?”

Da riu e deu um tapinha nas costas dele. “Você está indo muito bem, filho.”

“Não, sério.” Elijah começou a entrar em pânico quando todo mundo se afastou dele em direção a de sala de jantar. “Eu não posso fazer isso. Vou deixá-la cair ou algo assim.”

“Sim.” Quaid riu. “Eu não aconselharia isso. Crianças que caem de cabeça tendem a gritar muito.”

“Então, segure-a,” implorou Elijah.

“Nuh-huh.” Quaid riu enquanto se afastava, juntando-se aos outros na sala de jantar e deixando Elijah sozinho na sala de estar com Alani.

Exatamente quando Elijah começou a entrar em pânico total, Alani abriu os olhos. Os profundos olhos castanhos olhando para ele com confiança tão completa roubou o coração de Elijah tão rapidamente como o seu pai tinha — com um único piscar de olhos.

“Ei, pequena,” Elijah sussurrou baixinho enquanto sorria para a menina. “Meu nome é Elijah. Eu sou um amigo de seu pai.”

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Alani apenas continuou a olhar fixamente para ele, seus olhos piscando a cada poucos segundos, como se estivesse tentando decidir se ela gostava de Elijah a segurando ou não. Elijah estava surpreso quanto ao que fazer com ela. O que ele sabia sobre os bebês?

“Então, sim, sabe essa coisa toda de bebê? Eu não tenho a menor ideia do que estou fazendo, então você vai ter que ser paciente comigo. Prometo não deixar você cair se eu puder evitar, mas você tem que me prometer não gritar. De acordo?”

A boca de Elijah caiu aberta quando um pequeno sorriso cruzou os lábios de Alani, um que era totalmente idêntico ao de Ruben, menos os dentes. O coração de Elijah se apertou quando um arrulho suave veio do pequeno bebê. Ele sabia que estava perdido.

“Ai caramba, você só tinha que arrulhar e sorrir para mim, não é?” Elijah levantou o bebê um pouco mais em seus braços e começou lentamente andar pela sala, enquanto ele falava com ela. Talvez isso não fosse tão ruim afinal?

Ele estendeu a mão para esfregar os nós dos dedos sobre uma bochecha gordinha e riu baixinho quando Alani agarrou seu dedo com a mãozinha e o puxou para a boca, chupando-o quase imediatamente.

“Você sabia que seu pai roubou meu coração com o seu primeiro sorriso?”

Elijah sorriu com a memória do primeiro sorriso de Ruben e como fascinado ele tinha ficado na época. “E você tem o mesmo sorriso. Você planeja roubar meu coração também?”

Alani balbuciou como se soubesse exatamente o que Elijah estava dizendo. Sim, ele estava perdido. Não havia jeito que ele pudesse resistir a esse sorriso, não quando ele lembrava muito o de Ruben. “Você vai ser um problema, não é? Não é à toa que você nasceu na família Blaecleah. Todos eles vão manter os meninos longes.”

“Morda sua língua.”

Elijah olhou para cima para ver Ruben encostado no arco para a sala de jantar, com os braços cruzados sobre o peito. Ele tinha uma sobrancelha arqueada como se estivesse questionando Elijah sobre algo. Elijah só não sabia o quê.

“Huh...”

“Ela não será autorizada a ter encontros,” disse Ruben. “Nunca.”

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Elijah sorriu.

“Você acha que eu estou brincando?”

Elijah balançou a cabeça. “Eu possuo uma espingarda. Eu vou emprestá-la a você.”

Ruben riu quando ele atravessou a sala. Elijah não podia deixar de observá-lo, seus olhos atraídos para o balanço dos quadris de Ruben.

Droga, ele não conseguia nem ver o homem andando pela sala sem ficar excitado.

Ruben parou na frente dele, olhando para o bebê. Alani pegou esse momento para olhar seu pai e arrulhar para ele, trazendo um sorriso aos lábios de Ruben. Um que tirou fôlego de Elijah e perturbou seus nervos já tensos. Ele queria Ruben olhasse para ele assim.

Ele estava tão fodido na cabeça. Ele estava com ciúmes de um maldito bebê.

Elijah quase rosnou quando Ruben ergueu a cabeça para encontrar seus olhos eo sorriso lentamente saiu dos lábios do homem. Mesmo se o sorriso não tivesse sido para ele, ele não queria vê-lo ir embora. Ele o queria de volta. Pelo menos ele poderia desfrutar da felicidade de Ruben mesmo que tivesse sido destinada a outra pessoa.

“O que está errado?”

O rosto de Ruben ficou vermelho quando ele balançou a cabeça e desviou o olhar.

“Você quer que eu a carregue?”

“Ruben?” Quando o homem se recusou a encontrar seus olhos, Elijah subiu Alani mais em seus braços e estendeu a mão para pegar o queixo Ruben, trazendo o rosto de Ruben volta para ele. “O que está errado, Ruben?”

Os olhos Ruben correram ao redor, olhando em toda parte exceto em Elijah.

“Não há nada errado. O lanche está pronto. Nós devemos entrar.”

“Ru, fale comigo?”

Os olhos castanhos de Ruben estavam agitados quando eles finalmente olharam para Elijah. “Eu costumava fantasiar sobre isso, sabe?”

Elijah franziu o cenho. “Fantasiar sobre o quê?”

“Você.” Ruben olhou para Alani. “E ela.”

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A confusão de Elijah deve ter mostrado em seu rosto porque Ruben deu uma pequena risada e continuou a caminhar até a janela, olhando para fora dela. Seus ombros caíram um pouco como se todo o peso do mundo estivesse sobre eles.

“Quando eu não estava acompanhando Mahra de lugar para lugar, eu ficaria no acampamento com Alani. Eu ajudava onde podia. Realmente não é preciso muito para fazer alguém que não tem nada sentir bem — um pouco de água limpa, um prato de comida, um lugar seguro para dormir. Inferno, mesmo um sorriso gentil funciona.”

Elijah se adiantou para parar Ruben de falar quando viu Ruben começar a esfregar a parte de trás do seu pescoço como se a tensão ali estivesse amarrada em nós. Não que ele não quisesse ouvir o que Ruben disse. Ele sempre queria ouvir o que Ruben tinha a dizer, especialmente quando se tratava dele. Mas Ruben parecia tão triste.

“Ru — ” “Esses momentos em que eu podia apenas sentar na minha barraca e brincar com Alani ou segurá-la — ” Ruben risada áspera estava cheia de stress — ”tão poucos e distantes como eram naquele tempo, que eu me perguntava como seria ver você segurando Alani. Eu fantasiava sobre isso. O que eu faria. O que eu diria.”

Elijah inalou fortemente pelas lágrimas brilhando nos olhos de Ruben quando ele se virou para encará-lo. “Ru, o que — ” “Nada do que eu já fantasiei chegou perto em vê-lo realmente segurando-a,” Ruben sussurrou. Ele engoliu em seco e desviou o olhar como se ele não pudesse continuar vendo Elijah segurar Alani.

Elijah ficou pasmo. Ele não conseguia pensar em uma única coisa a dizer. Ele não queria estragar o momento dizendo algo realmente estúpido ou algo que pudesse levar Ruben longe dele. Então ele não disse nada.

Ruben fungou bruscamente e esfregou o braço sobre os olhos. Assim que ele tinha terminado, ele se endireitou e caminhou em direção a Elijah, estendendo a mão para o bebê como se nada tivesse acontecido.

Elijah girou longe, segurando Alani mais perto de seu peito. “Eu fico com ela.”

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Ruben encarou por um momento, e então um riso profundo e divertido encheu a sala. “Você está segurando minha filha como refém.”

Elijah sentiu seu rosto em chamas. “Não estou.”

“Está, sim.”

“Eu — eu só quero segurá-la um pouco mais.” Ele gostava de saber que Ruben tinha fantasiado sobre ele, e se apenas o envolvia segurando Alani, ele continuaria segurando o bebê até seus braços não aguentarem.

“Ok, Eli, você pode segurar um pouco mais,” disse Ruben quando ele passou um braço em volta da cintura de Elijah e se inclinou para plantar um pequeno beijo na bochecha de Elijah. “Isso pode me dar uma chance de realmente comer uma refeição completa de uma só vez.”

Elijah franziu a testa enquanto seguia Ruben para a sala de jantar. Ele realmente não gostou como isso soou. Ruben já parecia um pouco magro, apesar dos músculos que ele tinha. “Você não come?”

“Oh, eu como. Eu apenas não costumo ter a chance de comer tudo no meu prato com pequena princesa fazendo exigências.” Ruben sorriu por cima do ombro. “Alani não é conhecida por sua paciência.”

“Você precisa comer.” Elijah não gosta da ideia de Ruben não comer o suficiente. Isso não o agradou. Ruben precisava cuidar melhor dele mesmo, ou Elijah teria que assumir o comando e fazer isso por ele. Elijah apontou para as duas cadeiras vagas na mesa. “Vá se sentar. Vou segurá-la enquanto você come.”

“Elijah, você realmente não precisa — ” “Sente-se.” Seu tom não tolerava desobediência.

Ruben piscou para Elijah por um momento e se sentou sem uma palavra. Elijah sorriu e seguiu atrás dele, sentado na cadeira vazia ao lado de Ruben. Ele moveu Alani em seus braços, a colocando em seu colo, de costas para seu estômago, e então ele passou um braço em volta da cintura e a segurou firmemente. Ajudou o fato de ela podia manter sua cabeça para cima. Alani imediatamente agarrou seu dedo e o enfiou na boca.

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“Então.” Elijah engoliu em seco. Ele podia sentir cada membro do clã Blaecleah o observando, exceto o bebê em seus braços. Ele rapidamente apontou para os alimentos empilhados sobre a mesa. “Tem alguma coisa para comer com a mão?”

***** Elijah se encostou à porta do quarto e observou Ruben sentado na cama, preparando Alani para dormir. Ela foi alimentada, arrotou, tomou banho, e agora estava recebendo um conjunto limpo de pijamas. Seus olhos já estavam começando a cair. Elijah tomou isso como um bom sinal. Ela era uma criança adorável, mas bebês precisavam de muita atenção.

Assim que Alani fosse colocada para dormir, Elijah esperava passar um pouco de tempo com Ruben. O dia tinha sido interessante. Elijah tinha passado um tempo na fazenda Blaecleah antes em várias ocasiões. Ele nunca fez isso com olhares destinados em sua direção.

Ele tinha certeza de que todos os Blaecleah sabiam exatamente por que ele saiu do armário na fazenda.

E curiosamente, ele não estava incomodado por isso. Elijah não entendia isso. Ele tinha escondido seus desejos longe de olhares indiscretos por muito tempo que tinha se tornado uma segunda natureza para ele. Ele não tinha certeza de como agir, agora que as pessoas sabiam. Ele também não tinha certeza de como se sentia sobre as pessoas saberem.

Ruben embrulhou um cobertor em torno de Alani e se levantou, colocando o bebê em seu ombro. Ele corou quando ele olhou por cima e viu Elijah de pé na porta. “Você não precisa ficar, Elijah.”

“Eu vou ficar.”

Ruben começou a parecer um pouco mais corado, um pouco afobado.

“Por que você não desce e toma um café com Ma e Da? Isso pode demorar um pouco.”

“Eu estou bem.”

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“Bem, pelo menos se sente ou algo assim.”

Elijah sorriu enquanto andava através do quarto em direção à cadeira situada perto da janela. Ele parou rapidamente apenas o suficiente para dar um pequeno beijo na testa de Alani e depois em Ruben, antes de caminhar alegremente para a cadeira e sentar.

Ruben estava parado, olhando para ele. O choque deixou seus olhos castanhos escuros. Elijah levantou uma sobrancelha e então deu uma risadinha quando o rosto de Ruben corou novamente. O homem era muito bonito para descrever. E que ele ainda podia corar depois de todas as coisas que ele tinha visto e experimentado era um milagre. Elijah esperava que Ruben nunca perdesse essa capacidade.

Elijah ficou sentado em silêncio na cadeira perto da janela e observou Ruben se mover lentamente em torno do quarto enquanto ele gentilmente acariciava as costas de Alani.

Seus movimentos eram seguros e fluidos. Parecia Ruben que estava dançando com sua filha.

Elijah poderia ter ficado sentado ali assistindo durante horas. Ele se sentiu um pouco culpado pela luxúria que começou a correr por ele enquanto observava Ruben se movimento.

O homem tinha sua filha em seus braços. Elijah sabia que ele não devia estar excitado pela visão sedutora, mas ele estava.

Ele estava tão imerso em observar a oscilação lenta dos quadris de Ruben e se perguntando se eles iriam se mover da mesma forma se ele estivesse dançando com Ruben, que ele quase pulou quando Ruben parou de repente e caminhou para colocar o bebê no seu berço.

Ele estava de pé e parado ao lado de Ruben quando o homem se endireitou. Os olhos de Ruben se arregalaram e uma pequena baforada de ar saiu de sua boca quando ele se virou e viu Elijah ao lado dele.

Elijah sorriu e agarrou a mão de Ruben, puxando o homem sexy em seus braços.

“Minha vez,” ele disse baixinho não para acordar o bebê dormindo. Ele tinha planos para Ruben que não envolviam nenhuma criança — ou qualquer outra pessoa, aliás.

“Você quer que eu balance você para dormir?”

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“Eu quero que você dance comigo.”

A testa de Ruben enrugou quando ele franziu o cenho. “Não tem música.”

“Não importa.”

Elijah gostou do olhar de espanto no rosto de Ruben quando ele começou a dançar lentamente com o homem ao redor do quarto. Ele gostou ainda mais do sentimento do homem em seus braços. Lentamente, quase hesitante, os braços Ruben se envolveram ao redor do corpo de Elijah, e a rigidez em seu corpo começou a desaparecer.

Elijah segurou a cabeça de Ruben e a pressionou na curva de seu pescoço, em seguida, segurou a mão de Ruben. Ele cruzou seus dedos juntos e colocou suas mãos entrelaçadas no peito dele. Ele passou outro braço firmemente em torno de Ruben.

Podia não ter música tocando no quarto, apenas os sons da respiração irregular deles, mas Elijah não se lembrava de jamais desfrutar de uma dança como a que ele estava tendo.

Ele não tinha certeza se que ele já tinha dançado assim.

Elijah soltou a mão de Ruben e segurou seu queixo, inclinando sua cabeça para trás apenas o suficiente para que ele pudesse alcançar seus lábios. O beijo foi suave e gentil, e um pouco hesitante. Não estava cheio de desejo ou da luxúria esmagadora ele geralmente sentia quando ele estava perto de Ruben.

Em vez disso, ele estava colorido com necessidade e um anseio profundo que Elijah nem sabia que ele estava sentindo. No momento que ele levantou a cabeça e olhou para Ruben, ele se sentia tão atordoado como Ruben parecia. E Ruben estava olhando para ele como se ele tivesse sido perfeito.

Elijah engoliu o caroço crescendo em sua garganta no brilho suave nos olhos castanhos de Ruben. Thomas o tinha olhado assim?

Alguém tinha alguma vez olhado para ele assim? Elijah não achava que sim e isso o fez pensar se o que ele teve com Thomas tinha mesmo sido real. Que quer que fosse que se passou entre ele e Ruben pareceu muito mais forte, e ainda muito mais simples.

Elijah se inclinou novamente e reivindicou os macios lábios de Ruben novamente. Ele não podia nem mesmo começar a explicar os sentimentos que corriam por ele quando de 110

Ruben gemeu e se inclinou para o beijo. Ele não tinha certeza se teria sido capaz de dar nomes a eles, mesmo que ele tentasse. Ninguém nunca o tinha feito se sentir da forma como Ruben Blaecleah fazia.

Não era apenas desejo ou luxúria, mesmo se o homem fosse quente o suficiente para queimar pintura das paredes num raio de quinze metros. Elijah teve uma profunda necessidade de aprender mais sobre o homem — suas vontades e desejos, suas fantasias mais profundas. Ele até mesmo queria saber o que Ruben gostava ou não. Ele queria saber o que o homem pensava sobre determinado tópico. Elijah queria saber tudo.

“Eli,” Ruben sussurrou quando ele se afastou e deu uma olhada rápida no berço ao lado da parede. Ele engoliu em seco, desejo cru brilhando em seus olhos quando ele olhou de volta para Elijah. “Eu não posso. Não com — ” “Sshhh, bebê,” Elijah sussurrou em resposta enquanto esfregou o polegar ao longo dos lábios de Ruben. “Eu sei que você não pode. Estamos apenas dançando. Isso é tudo.”

“Sim, mas — ” “Por mais que eu quero que exista mais entre nós, eu não sou governado por minha libido, Ruben. Estou perfeitamente feliz apenas segurando você em meus braços.”

Um rubor suave encheu o rosto de Ruben. Elijah podia sentir o pau duro do homem pressionando contra ele e sabia o que ele estava sentindo. Elijah estava sentindo o mesmo desejo. Ele simplesmente não sentia uma enorme necessidade de agir sobre isso. Segurar Ruben em seus braços era suficiente.

“Se isso é tudo o que temos hoje, estou bem com isso. Eu entendo que as necessidades de Alani têm que vir em primeiro lugar.”

“Sério?”

Elijah se inclinou e beijou a ponta do nariz empinado de Ruben.

“Sério.”

“E se eu sugerir escapar para o banheiro?”

A boca de Elijah caiu aberta enquanto seu cérebro deu um mergulho. Ele se sentiu de repente superaquecido e dolorido e queria mais do que dançar com Ruben pela sala e 110

aconchegar nos braços do homem. Ele abaixou os olhos onde Ruben estava nervosamente lambendo os lábios. Aqueles eram o que ele queria e, de preferência em volta do seu pau dolorido.

“Você já chupou o pau de alguém?”

O rosto de Ruben ficou vermelho de novo. Seus olhos baixaram até o peito de Elijah.

“Mais ou menos?”

“Mais ou menos?” Elijah franziu a testa em confusão. “Isso é uma pergunta ou uma afirmação?”

“Eu não acho que isso conta quando você usa um vibrador.”

As palavras de Ruben foram sussurrou tão baixas que Elijah quase não as ouviu.

Quando ele finalmente descobriu o que Ruben estava dizendo, ele quase gozou em seu jeans.

Ele engoliu em seco antes de falar, com medo que o desejo correndo em suas veias tornaria a fala impossível.

“Você deu um boquete em um vibrador?”

Ruben deu de ombros, ainda se recusando a encontrar os olhos de Elijah. “Eu estava treinando.”

Elijah fechou os olhos quando chamas quentes de luxúria sopraram através dele como uma explosão. Ele podia sentir seu pau vazando, chorando. A imagem de Ruben praticando um boquete em um vibrador foi quase suficiente para levar Elijah de joelhos.

“Banheiro,” Elijah rosnou quanto ele empurrou Ruben naquela direção. “Agora.”

A ingestão de respiração súbita de Ruben era um bálsamo para a alma de Elijah. A pressa ansiosa do homem correndo para o banheiro o inflamou mais ainda. Ruben queria isso, tanto quanto ele. Elijah estava apenas um passo atrás de Ruben, mexendo nos botões do seu jeans quando fechou a porta atrás deles.

No momento que ele conseguiu suas calças desabotoadas e empurradas para baixo de suas coxas e olhou para cima, Ruben estava inclinado sobre a pia, seus próprios jeans para baixo ao redor de seus tornozelos e uma garrafa de lubrificante e um preservativo em sua

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mão estendida. Ele rapidamente tentou sair de seus jeans, mas eles tinham se tornado emaranhado em seus pés.

Elijah caiu de joelhos atrás de Ruben e acalmou os movimentos do homem com uma mão sobre sua coxa. Ele cuidadosamente ajudou Ruben a sair de seu jeans, em seguida, os empurrou. Seus olhos quase cruzaram quando Ruben abriu as pernas, dando a Elijah uma visão completa de tudo o que havia entre elas.

“Porra, bebê,” disse Elijah passando a mão pela suave curva inferior de Ruben. “Você é lindo.”

“Sim?” Elijah podia ouvir o nervosismo na voz de Ruben. Totalmente diferente do homem confiante e dominador que o tinha fodido antes.

Talvez Ruben não fosse tão dominante quanto ele achava que fosse. E talvez ele fosse, mas não importava de brincar de submisso de vez em quando.

De qualquer maneira estava muito bem para Elijah. “Oh sim,” Elijah se levantou e empurrou seu jeans o resto do caminho para baixo suas pernas e os chutou de lado. Ele puxou a camisa sobre a cabeça e a jogou no chão em cima de seu jeans, em seguida, alcançou a camisa de Ruben.

Assim que o homem estava nu, Elijah pressionou sua frente contra a traseira de Ruben e colocou as mãos nos ombros de Ruben.

“Olhe para nós, bebê.”

Os olhos castanhos de Ruben subiram para encontrar os de Elijah no espelho do banheiro. Uma vez que Elijah sabia que Ruben estava observando todos os seus movimentos, ele começou movendo lentamente as mãos pelo corpo do homem, acariciando sua pele. O calor que começou a flamejar nos olhos de Ruben os escureceu para um marrom profundo.

Era uma visão erótica, que Elijah queria ver mais.

“Você gosta disso, bebê?” ele sussurrou enquanto ele acariciava seus dedos sobre os mamilos de Ruben. Era apenas um toque suave, mas o suficiente para torná-los em pequenas saliências duras. Ruben ofegava fortemente quanto ele assentiu. “Sim?” 110

Ruben acenou com a cabeça novamente. Elijah sorriu. Ele não poderia ter afastado seus olhos longe do corpo de Ruben se o banheiro estivesse em chamas. A forma como o homem respondia ao mais simples toque o espantava.

“Você é muito tátil, não é?”

Os olhos Ruben subiram em assistindo as mãos de Elijah em seu corpo para encontrar os olhos de Elijah. “Tátil?” parecia como se ele nunca tivesse ouvido a palavra ou tivesse ideia do que isso significava.

“Você é muito sensível ao toque, Ru.” Elijah acariciou seu dedo sobre a ponta do mamilo de Ruben e o observou endurecer. A visão o fez tremer de prazer. “Você anseia por isso.”

Ruben deu de ombros. “Eu acho.”

Elijah começou a acariciar seus dedos mais para baixo do corpo de Ruben, observando cada arrepio, cada inspiração de ar. “Você anseia, bebê. Seu corpo precisa sentir minhas mãos sobre você.” E Elijah tinha toda a intenção de satisfazer essa necessidade.

Ele pegou o lubrificante da mão de Ruben e esguichou um pouco em seus dedos antes de colocar a garrafa sobre o balcão. Mantendo uma mão no peito de Ruben, ele moveu a outra entre as bochechas da bunda de Ruben e roçou os dedos sobre a apertada entrada do homem. Ele foi capturado pela visão de Ruben gemendo e soltando a cabeça para trás quando um de seus dedos violou o homem.

Ele já tinha visto uma visão mais bonita?

“Você gosta disso, Ru?” Elijah perguntou. “A sensação é boa?”

“Deuses, sim!” Ruben gritou.

Elijah observou o êxtase surgir no rosto de Ruben quando ele o fodeu com os dedos, acrescentando um dedo após o outro até que o homem estava esticado o suficiente para leválo. Se esta seria a primeira vez de Ruben, ele queria que fosse uma lembrança que trouxesse alegria a Ruben.

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“Ok, bebê,” disse Elijah, quando Ruben estava esticado o suficiente para levá-lo, “curve-se sobre o balcão e afaste as pernas, mas continue olhando no espelho. Eu quero ver seu rosto enquanto eu o levo.”

Elijah alinhou seu pênis com a bunda de Ruben, em seguida, olhou para cima. Uma vez que ele tinha capturado os olhos de Ruben, ele começou a empurrar lentamente na entrada apertada do homem. Os olhos de Ruben se arregalaram. Ele começou a ofegar suavemente.

“Oh inferno, bebê,” Elijah gemeu quando ele entrou profundamente e suas bolas roçaram contra a bunda de Ruben. Ele ficou lá por um momento, sem se mexer, apenas saboreando a sensação de estar profundamente dentro do homem que ele havia sonhado por tanto tempo. A bunda apertada de Ruben estava envolvida de forma tão perfeita ao redor do pau de Elijah que ele jurou que sentia o próprio pulso do homem.

Elijah puxou lentamente até que apenas a cabeça de seu pênis ficar dentro do primeiro anel de músculos, em seguida, empurrou até que nenhum centímetro de seu pênis ficou fora da bunda de Ruben. O longo grito imperioso que saiu dos lábios de Ruben era um bálsamo para a alma.

Elijah adorou ver Ruben no espelho. Quanto mais ele se movia, os olhos de Ruben se tornaram mais atordoados. A cor avelã profunda escureceu com cada estocada, tornando-se quase chocolate escuro.

“Você se sente tão bem, Ru.” Elijah ofegava baixinho entre as palavras. “Vou te foder até você gritar.”

O rosto de Ruben corou. Elijah agarrou os ombros de Ruben e os usou para alavancar quanto empurrou na bunda apertada do homem. A pressão ao redor de seu pau era avassalador. Elijah não achou que ele já havia sentido nada parecido. A bunda de Ruben foi feita para ele. Ela embalava seu pau com a quantidade certa de tensão, de modo que Elijah sentia cada movimento.

“Eli.”

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Elijah sorriu e alcançou ao redor de Ruben e envolveu os dedos ao redor do pau do homem. Um pequeno grito de necessidade saiu dos lábios de Ruben quando ele começou a balançar seus quadris, empurrando para frente na mão de Elijah, em seguida, de volta para se espetar no pau de Elijah. “É isso aí, bebê,” Elijah gemeu. “Pegue o que você precisa.”

Os olhos de Ruben ficaram vidrados. Os pequenos gemidos que vinham dele ficaram mais altos. Elijah sentiu cada um deles como uma carícia suave contra sua alma.

Ele era o único dando esse prazer de Ruben, o fazendo gozar. Ele. Elijah James.

Ninguém mais. Apenas ele.

Elijah podia sentir suas bolas encolhendo perto de seu corpo. Ele apertou sua mão mais forte em torno do pau duro de Ruben e começou a empurrar mais forte, mais rápido.

Ele precisava que Ruben gozasse antes dele. Era mais imperativo do que respirar.

“Goze para mim, bebê,” Elijah sussurrou no ouvido de Ruben. “Eu quero sentir você gozando no meu pau, sentir você me apertar até que eu goze na sua bunda.”

Ruben soluçou uma vez e então gozou por toda mão de Elijah e pela beirada do balcão. Elijah gemeu quando os músculos de Ruben se apertaram em torno de seu pau. Suas pernas começaram a tremer como se o segurando fosse mais do que elas podiam suportar.

Elijah dobrou os joelhos e dirigiu seu pau para dentro da bunda de Ruben enquanto uma onda de prazer intenso o varria.

“Ruben,” gritou quando ele gozou, enchendo Ruben com a sua libertação.

Elijah estremeceu por alguns instantes enquanto continuava a jorrar dentro de Ruben. Quando não havia mais nada em suas bolas, Elijah abaixou a cabeça no ombro de Ruben e envolveu suas mãos em torno da cintura do homem, segurando Ruben apertado contra seu corpo.

“Você está bem, Ru?” “Eu vou deixar você saber quando as minhas pernas voltarem a funcionar.”

Elijah sorriu e levantou os olhos para olhar para Ruben no espelho.

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O rosto de Ruben ainda estava vermelho, seus olhos agora estavam voltando ao seu normal cor castanho claro. Ele tinha a aparência de um homem que acabava de ser completamente fodido e estava impressionado com a experiência. Era uma boa visão nele.

Ruben fez uma careta quando o pau de Elijah escorregou de sua bunda.

Elijah se sentiu mal quando percebeu que seu amante estava um pouco dolorido. Ele provavelmente não deveria ter transado com ele tão fortemente para sua primeira vez.

Ele simplesmente não conseguiu evitar.

No entanto, ele poderia cuidar de Ruben agora. Elijah estendeu a mão e pegou uma toalha limpa na prateleira e a molhou com água morna. Ele sorriu para Ruben através do espelho. “Abra as pernas, bebê.”

Ruben parecia um pouco confuso, mas fez como Elijah ordenou. Elijah se agachou atrás de Ruben e começou a limpá-lo, sorrindo para a inspiração suave que ouviu do homem.

“Parte de ter um amante é ter certeza que você cuida deles depois.”

“Sim.” Ruben choramingou. “Mas isso te excita?”

Elijah deu uma risadinha. “Com certeza.”

“Então faça.”

Elijah não poderia segurar o sorriso de satisfação em seu rosto. Ele puxou um lado da bunda de Ruben e esfregou a toalha suavemente abaixo do vinco da bunda de Ruben. Os olhos de Elijah se arregalaram e um pavor súbito o encheu quando esperma escorria fora da bunda de Ruben.

Oh merda!

“Uh, Ruben...” Elijah engoliu em seco e se levantou. Ele precisava olhar Ruben no rosto quando ele admitisse o erro terrível que tinha feito. Era sua responsabilidade garantir a segurança de seu amante, e ele tinha feito um trabalho de merda. “Bebê, eu — ” As sobrancelhas de Ruben se juntaram enquanto ele olhava de volta para Elijah no espelho. “O quê?”

“Eu me esqueci de usar o preservativo.” Os olhos de Elijah se afastaram como a vergonha o encheu. Ele percebeu que estava divagando, mas ele não conseguia parar as 110

palavras assim que começaram a sair de sua boca. “Eu sinto muito. Eu deveria ter sido cuidadoso, mas eu — eu simplesmente fui pego no momento. Eu juro por Deus que eu estou limpo, Ruben. Eu não estive com ninguém há anos, e eu fui testado várias vezes desde então.

Eu posso te mostrar os resultados do meu teste. Eles estão em minha casa. Eu nunca colocaria você em perigo. Eu juro que esqueci. Eu — ” “Hey.” Ruben se virou e segurou o seu rosto, girando Elijah de frente para ele. Foi preciso toda a coragem de Elijah para levantar os olhos e encontrar o olhar de Ruben.

“Eu sinto muito, Ruben,” ele sussurrou.

“Está tudo bem. Eu confio em você, Elijah.“ Ruben sorriu. “Se eu não confiasse em você, eu não o teria deixado você chegar perto de mim.”

“Sim, mas, Ruben — ” “Ssshh.” O dedo de Ruben foi pressionado contra os lábios de Elijah. “Você foi testado, e eu nunca estive com ninguém, exceto você e Mahra. Nós dois estamos limpos, tanto quanto sabemos. Se isso vai fazer você se sentir melhor, podemos fazer o teste juntos.”

Elijah começou a abrir a boca quando Ruben pressionou outro dedo em seus lábios.

“Podemos ir à cidade e fazer o teste. Ninguém tem que saber.”

Elijah se sentiu aliviado e deplorável, tudo ao mesmo tempo. Ele não queria que ninguém soubesse de seus assuntos. Ele preferia ser uma pessoa anônima em uma cidade grande ao invés de ir ao médico em Cade Creek. Mas ele também se sentiu mal de forçar Ruben a esconder relacionamento deles.

Elijah encostou sua testa contra a de Ruben. “Está ficando mais fácil, Ruben. Eu juro.

Eu só preciso um pouco mais tempo.”

Os olhos de Ruben estavam maliciosos. “Eu não vou a lugar nenhum.”

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Capítulo Sete Tinha se passado duas semanas, e não houve nenhuma palavra de Janice.

Ruben estava começando a ficar preocupado. Ele sabia que quando ela partiu que isso não seria o fim das coisas. Janice queria Alani, e ela era má o bastante para tentar levá-la longe de Ruben.

A espera por ela agir sobre suas ameaças estava deixando Ruben pirado. Ele tinha medo de deixar Alani no caso Janice aparecer.

Apesar do que Elijah disse, havia uma parte de Ruben que estava com medo que algum juiz desse direitos a Janice sobre Alani. Ruben não podia permitir isso, mas ele não sabia como parar isto também.

Elijah continuou tentando tranquilizar Ruben que a mulher não tinha base legal para um caso, mas conhecendo Janice, ela não precisaria de uma ordem judicial para tomar Alani.

Se os tribunais não derem permissão, Janice contrataria alguém. Ruben apenas sabia disso.

Ele sentiu isso no fundo de sua alma. Janice queria Alani, e ela não iria parar até que ela conseguisse.

Razão pela qual Ruben estava no momento do lado de fora do escritório de Elijah, tentando criar coragem para entrar. Elijah tinha ido para a fazenda várias vezes nas últimas duas semanas. E Ruben foi para sua casa uma vez. Eles passaram a noite inteira juntos, porém, e isso incomodou Ruben mais do que ele gostaria de admitir.

Ele queria passar a noite toda nos braços de Elijah, acordar ao lado do homem na parte da manhã. Ele queria gritar aos quatro ventos que Elijah era dele. Mas ele também 110

queria dar a Elijah o tempo que ele precisava para chegar a um acordo com o relacionamento deles. Ele havia prometido que iria, mas estava ficando cada vez mais difícil cada vez que ele tinha a dizer até logo a Elijah, em vez de bom dia.

Ruben suspirou e abriu a porta. Não havia nada que pudesse fazer sobre isso até que Elijah estivesse pronto. Ele teria apenas que esperar que o homem se resolvesse. Ele grudou um sorriso no rosto e entrou no escritório do advogado, parando em frente da mesa da recepcionista. “Oi, Sandy, o Sr. James teria um momento para mim?”

“Bom dia, Sr. Blaecleah,” Sandy, a recepcionista, disse como ela pegou o telefone em sua mesa. “Ele está em uma reunião no momento, mas vou deixá-lo saber que você está aqui.

Por que você não se senta?”

Ruben podia ouvir a recepcionista falando ao telefone enquanto caminhou até uma das cadeiras perto da porta e se sentou. Ele puxou a ponta do cobertor para trás e checou Alani, sorrindo quando ele viu que ela estava dormindo, e depois a cobriu de volta.

Ela estava dormindo desde Ruben a colocou em seu assento de carro e dirigiu para a cidade. Ela nem sequer tinha acordado quando ele a colocou no suporte de peito. Alani conseguia dormir com qualquer coisa, exceto por ruídos muito altos ou repentinos.

“Quantos anos tem sua filha?”

Ruben olhou para cima e depois sorriu para Sandy. Ela trabalhava para Elijah, desde que ele conheceu o homem. Ruben sabia que Elijah tinha a mulher como sua mão direita no escritório. “Ela está com quase sete meses.”

“Posso ver?” Sandy perguntou como ela saiu de trás da mesa.

Ruben puxou o cobertor para trás para revelar o rosto adormecido de Alani.

“Oh, ela é tão bonita,” sussurrou a recepcionista, abaixando a voz.

“Sim, ela se parece com sua mãe, exceto pelos meus olhos.”

O rosto de Sandy caiu. “Eu sinto muito, Ruben. Eu ouvi o que aconteceu com sua esposa.”

Ruben assentiu. Estava ficando mais fácil se lembrar de Mahra sem se sentir um lixo.

Ele esperava que com o tempo ele pudesse se lembrar dela com carinho ao invés de perda.

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Ele não tinha percebido isso até que ela se foi, o quanto ele sentiria falta da mulher que tinha se tornado uma grande amiga para ele.

“Você vai para o evento de Natal da igreja na véspera de Natal?” Sandy perguntou como ela caminhou de volta para sentar em sua mesa.

“Evento de Natal?” Ruben estremeceu.

“Oh sim, Brody e Neason estiveram planejando isso durante semanas. As crianças estão tão animadas sobre isso.”

Ruben quase gemeu. Se Brody e Neason tinham planejado isso, ele tinha certeza de que seria obrigado a comparecer. Ele não queria. Eventos de Natal na igreja lhe dava urticárias. Ele tinha pesadelos sobre sendo forçado a participar e conseguir sua bunda chicoteada por seu pai quando seu desempenho não foi perfeito.

“Acho que eu irei, mas isso depende de como Alani estará se sentindo.”

Sandy fez uma careta. “A Sra. Blaecleah está doente?”

Ruben deu uma risadinha. “Não, não, ela está bem. Mahra e eu damos o nome de Ma ao bebê. Isso é que eu estava me referindo.”

“Ela está doente?”

“Não, mas ela não está acostumada com o clima frio também. Ela nasceu nos desertos da África. A mudança climática tem sido um pouco difícil para ela.”

“Oh, bem, se você puder ir, não se esqueça de parar com ela. Meu marido adoraria conhecê-la. Ele sente tanta falta dos nossos netos. Eles moram tão longe e só podem vir aqui algumas vezes por ano.”

“Eu vou ter a certeza de fazer isso.” Ruben sorriu. “Como está Mark?”

“Ele está bem. Apenas tendo um pouco de dificuldade em lidar com a aposentadoria, mas ele vai chegar lá.”

“Eu não sabia que Mark havia se aposentado.” O homem parecia muito jovem. Com certeza ele estava na casa dos cinquenta anos, mas essa não era a idade de aposentadoria. E ele estava bem fisicamente em forma da última vez que Ruben tinha visto Mark na rua.

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Sandy suspirou. “É essa economia. A fábrica teve de demitir pessoas. Eles decidiram eliminar completamente a divisão de Mark e terceirizar o trabalho para outra empresa. Mark está à procura de outro emprego, mas muitas pessoas não querem contratar alguém de sua idade. Então, nós estamos vendo sua aposentadoria, a menos que outra coisa apareça.”

Ruben fez uma careta. “Ele tinha muitos anos de experiência na fábrica, não é?”

“Quase vinte anos.”

“Ele não faz algum trabalho de carpintaria, também?”

Sandy deu uma risadinha. “Só como passatempo. Ele adora trabalhar com as mãos. É por isso que ele começou a trabalhar na fábrica. Deu-lhe uma chance de trabalhar em madeira e usar as mãos. Duas de suas coisas favoritas.”

Ruben teve uma ideia. “Ele sabe alguma coisa sobre armários ou painéis?”

“Não oficialmente, mas ele esteve trabalhando em coisas desse tipo por anos. Ele fez todo o trabalho em nossa casa.”

“Eu tenho uma ideia, se Mark concordar.” Ruben deslizou para frente em sua cadeira. “Ma e Da compraram dez acres para mim do outro lado da fazenda. Eles vão me ajudar a construir uma casa para mim e Alani. Embora o empreiteiro efetivo para a casa já tenha sido escolhido, tem alguma carpintaria especial que eu gostaria de fazer para deixar o lugar único. Você acha que Mark poderia se interessar?”

“Quanto tempo o trabalho duraria?”

Ruben deu de ombros. “Até que estiver concluído, eu acho. Não é muita coisa, mas deve dar algum trabalho a Mark por pelo menos alguns de meses. Se ele fizer um bom trabalho, imagino que outras pessoas poderiam saber e talvez ele possa conseguir um trabalho fazendo carpintaria personalizada em casas, mesmo que ele seja apenas um hobby.”

Ruben ficou aliviado quando Sandy começou a sorrir. Ele não tinha certeza de a mulher aceitaria a ideia, e ele tinha ainda menos certeza com Mark.

Ele mal conhecia o homem. Mas ele precisava do trabalho feito, e por que não alguém de Cade Creek?

“Eu vou falar com Mark e pedir para ele te ligar.”

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“Isso seria ótimo. O empreiteiro pode construir uma casa básica, mas você realmente precisa de um artista para torná-la especial.” Ruben fez um gesto para o bebê amarrado ao seu peito. “Este é o lugar onde Alani vai crescer, e eu quero que ele seja o melhor lugar possível.”

O sorriso de Sandy se alargou. “Isso é tudo que qualquer um de nós quer para nossos filhos.”

Ruben abriu a boca para responder quando a porta do escritório de Elijah se abriu de repente. Elijah e outro homem saíram Elijah apertando a mão do homem. “Eu devo ter esses documentos pronto para você na quarta-feira, Bob.” “Obrigado, Elijah.”

Ruben soube o momento exato que Elijah percebeu que ele estava na sala. Sua postura corporal enrijeceu, e um olhar ligeiramente apavorado tomou conta do seu rosto.

Ruben sentiu um instante de dor. Ele suspirou e se levantou, envolvendo os braços em torno de Alani para se ancorar a alguém que o amava.

“Sr. James, eu sei que eu não tenho um horário, mas eu queria saber se eu poderia ter um momento de seu tempo.” Cada palavra era como um punhal no peito do Ruben. Ele odiava a necessidade que havia para fingir que eles não tinham nenhuma relação fora do escritório de Elijah.

“Sim, claro, Sr. Blaecleah.” Elijah sorriu para Bob, em seguida, se virou para Sandy.

“Você pode pegar o arquivo Blaecleah para mim, Sandy?”

“Imediatamente, Sr. James.”

Ruben esperou até Sandy e Bob saírem e então se virou e seguiu Elijah para seu escritório. Ele quase saltou quando a porta se fechou atrás dele violentamente. “Elijah, o que —” “Maldição, Ruben.” Elijah empurrou a mão pelo cabelo enquanto andava para trás e para frente na frente da porta. Ruben não tinha certeza se ele já tinha visto o homem tão agitado. “Você não pode vir ao meu escritório.”

Ruben piscou em confusão. “Eu não posso?”

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“Não, você não pode.” Elijah enviado Ruben um olhar que disse que achava que ele era louco. “E se alguém o viu? E se Bob falar e começar a fazer perguntas?”

Ruben engoliu a bile subindo na garganta. Ele enfiou a mão na bolsa de bebê e puxou o envelope que ele havia trazido para Elijah. Era o seu testamento. Ele o havia autenticado e agora precisava que Elijah o registrasse no cartório. Ele o bateu contra o peito de Elijah, não se surpreendendo em nada quando os olhos de Elijah se arregalaram.

“E se eu fosse simplesmente um cliente lhe trazendo alguns documentos legais que eu precisava que você os registrasse no cartório? Seria aceitável que viesse ao seu escritório, então?”

Ruben não esperou que Elijah respondesse. Ele se virou e puxou a porta aberta, passando por uma Sandy assustada. As lágrimas formigaram os cantos de seus olhos no momento em que ele deixou a porta da frente e saiu.

Ele que se foda! Ruben não precisava desta merda em sua vida. Ele tinha muito trabalho pela frente em sua vida sendo um pai solteiro. Ele não precisa ser o pequeno segredinho sujo de Elijah também. Se Elijah tinha tanta vergonha que ele nem mesmo queria que ele aparecesse em seu escritório, então Elijah podia ir se foder.

Ruben diminuiu seus passos quando ele percebeu que as pessoas estavam começando a olhar para ele quando ele descia a rua apressadamente. Apesar de sentir como se seu coração estivesse sendo arrancado de seu peito, ele se recusou a levar isso para Elijah.

Aparentemente, a privacidade do homem significava mais para ele do que qualquer coisa — até mesmo Ruben.

Ele estava mais controlado quando ele chegou ao seu carro. Ele tirou Alani cuidadosamente do seu peito e depois a afivelou em seu cinto de segurança. Ele largou a bolsa de bebê no banco de trás, em seguida, fechou a porta silenciosamente.

Ruben estava subindo em seu carro quando seu celular tocou. Ele o pegou e respondeu sem olhar para ver quem era, e imediatamente desejou ter feito quando ouviu a voz de Elijah pelo telefone.

110

“Sinto muito, Ruben. Eu exagerei. Por que você não encontra comigo na minha casa, e podemos falar sobre isso?”

Ruben suspirou e esfregou os olhos. “Não, Elijah. Eu acho que é melhor eu ir para casa.”

“Ruben, por favor. Eu disse que estava arrependido.”

A cabeça de Ruben caiu para trás contra o encosto do banco. “Eu sei. Eu ouvi você, e eu acredito em você.”

“Então me encontre na minha casa.”

Ruben engoliu em seco. Havia um nó grosso de lágrimas obstruindo sua garganta.

“Eu vou apenas voltar para casa, Elijah.”

Elijah suspirou. “Tudo bem, então eu vou encontrar você na fazenda após o trabalho.”

“Não, eu não acho que isso é uma ideia boa, Elijah.”

Houve silêncio por um momento, e Ruben sabia que Elijah estava pensando a melhor maneira de dizer sua próxima frase. Ruben podia tê-lo salvo do problema. Ele tinha pensado que podia esperar, que ele podia dar a Elijah o tempo ele parecia precisar. Ele estava errado.

A reação de Elijah no escritório disse a Ruben tudo o que ele precisava saber. Elijah nunca iria sair do armário, e não havia espaço suficiente ali para Ruben e Alani.

“Ruben, por favor.”

Havia um tom de súplica na voz de Elijah. Ele quase fez Ruben dar uma chance até que ele se lembrou de como ele se sentiu quando Elijah negou o relacionamento deles. Ele engoliu em seco novamente, enquanto uma lágrima deslizou pelo rosto.

“Adeus, Elijah.”

A mão de Ruben tremia quando ele desligou e jogou o celular no banco do passageiro ao lado dele. Ele se sentia entorpecido quando ele ligou o carro e puxou para trânsito, dirigindo para casa. Ele só queria voltar para casa e fingir que ele nunca tinha encontrado Elijah James. Ele simplesmente não achava que era possível. O homem estava impresso em sua alma. E Ruben não tinha ideia do que iria fazer sem Elijah em sua vida.

110

Ruben limpou as lágrimas dos olhos com a manga de sua camisa.

Ele piscou quando faróis piscaram no seu espelho retrovisor. O carro parou bem atrás dele, cegando-o de ver quem estava no banco do motorista.

Uma verificação rápida do velocímetro mostrou que ele estava no limite de velocidade. Ruben diminuiu para o que imbecil atrás dele pudesse ultrapassá-lo, mas o carro apenas diminuiu e continuou a segui-lo.

Ruben engoliu em seco e estendeu a mão para pegar seu telefone celular.

Algo ameaçador começou a subir pela sua espinha.

Ruben estava dirigindo. Ele não se sentia seguro em tirar os olhos da estrada por tempo suficiente para procurar em sua lista de contatos ou discar um número, então ele apenas pressionou ligar no telefone. Ele sabia quem iria responder.

“Ruben?”

“Alguém está me seguindo.”

“Você tem certeza?”

“Oh sim, eu diminuí para que eles pudessem me ultrapassar, mas eles simplesmente diminuíram. Eles não vão me ultrapassar.”

“Não pare, por nenhum motivo, Ruben. Vá direto para a fazenda. Sandy está ligando para seus irmãos na outra linha. Eles virão da direção da fazenda. Eu vou vir da direção da cidade.”

“Elijah — ” “Estou saindo agora, Ruben. Apenas fique na linha comigo.”

Ruben estava apavorado. Independentemente do quanto ele acelerava ou diminuía, o carro atrás dele permanecia na sua cauda. O carro estava tão próximo que se ele tivesse pisado no freio, o veículo bateria em seu para-choques.

Ruben percorreu todos os cenários que ele poderia pensar. Parar, acelerar, entrar em outra estrada, virar, ou mesmo puxar para a lateral da estrada. Ele não conseguia descobrir o que seria melhor, o que não prejudicaria o pacote precioso no banco de trás.

“Ruben?”

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“Sim?” “Fale comigo, bebê.”

“Eu não quero falar com você. Eu estou com raiva de você.”

“Eu sei, Ru, mas fale comigo de qualquer maneira.”

“Você é um idiota.” Ruben sorriu quando ele ouviu a risada de Elijah através do telefone.

“Yeah, bebê, eu sou, e me desculpe. Entrei em pânico.”

Ruben suspirou. “Eu não posso continuar fazendo isso, Elijah.”

“Ruben — ” “Não, me escute. Eu tenho muito no meu prato agora mesmo por essa merda. Eu não tenho energia para checar se alguém está olhando a cada maldita vez que eu quero falar com você ou beijar você. Eu pensei que podia esperar que você se acostumasse com a gente, mas eu não posso. Eu prefiro ficar sozinho a se sentir como se estivesse envergonhado de mim.”

“Maldição, Ruben,” Elijah explodiu. “Eu nunca tive vergonha de você.”

Ruben suspirou. “Bem, com certeza parecia.”

“Ruben, eu — porra, este não é o momento para esta conversa, Ruben.”

“E existe um momento?”

“Maldição, Ruben, você não vai desistir de mim. Eu não vou permitir isso.”

Ruben piscou e puxou o telefone longe de sua orelha para olhar para ele. Elijah não permitiria que ele desistisse? Desde quando? Ele parecia ser o único correndo, não Ruben.

Exatamente quando Ruben começou a colocar o telefone de volta ao seu ouvido, o carro atrás deles colidiu com eles.

“Oh merda!” Ruben gritou quando ele largou o telefone e agarrou o volante com as duas mãos. O carro desviou o suficiente para fazer o coração de Ruben trovejar em seu peito e então colocou o carro na estrada mais uma vez. Ruben olhou pelo espelho retrovisor. O outro carro ainda estava seguindo grudado em sua traseira.

Ruben sabia que ele não precisa ir muito longe para alcançar a segurança quando viu os faróis de vários veículos vindos em sua direção. Seus olhos quase saltaram de sua cabeça 110

quanto a longa fila de caminhões se separaram em duas linhas, ocupando os dois lados da estrada.

Em vez de frear, Ruben rezou e depois acelerou. A linha de caminhões se separou tempo suficiente para o carro de Ruben passar pela fila e depois se fechou novamente. Ruben respirou profundamente.

Ele olhou por cima do ombro apenas o suficiente para ver dois dos caminhões se desviarem e começar a seguí-lo. O resto estava bloqueando a estrada.

Ruben dirigiu para casa.

Da estava em pé na parte inferior da escada, uma espingarda na mão, quando Ruben entrou na entrada de automóveis. Ma estava atrás dele, andando para trás e para frente na varanda. No momento em Ruben parou o carro e desligou o motor, os dois se dirigiam para o carro. Rourke e Billy saíram de um caminhão. Seamus saiu do outro. Todos se dirigiram para ele.

“Você está bem, filho?” Da perguntou enquanto olhava a entrada de automóveis.

“Eu estou bem, Da. Apenas um pouco assustado.” Ruben deu um passo para a porta de trás e a abriu, se inclinando para retirar Alani para fora. Ela ainda estava dormindo. Ele pegou a bolsa de fraldas e a pendurou sobre seu ombro, em seguida, empurrou a porta com o quadril.

“Vamos lá. Vamos tirar vocês dois do frio,” Ma disse quando passou um braço em torno da cintura de Ruben. “Eu tenho chá quente na cozinha.”

Ruben começou a seguir Ma para os degraus quando ouviu os outros retornando. Ele entregou Alani para Ma e caminhou para ficar ao lado de Da e os outros. Seu coração bateu um pouco mais rápido quando ele viu o carro de Elijah atrás dos outros. Ele não podia acreditar no alívio que sentiu ao ver o homem.

Ruben esperou até que Elijah descesse de seu carro e começasse a falar com seus irmãos e se virou e entrou na casa. Se ele esperasse que Elijah ficasse na frente dele, Ruben não achava que seria capaz de se impedir de se atirar nos braços de Elijah.

E Elijah não queria isso.

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Ruben entrou na cozinha e pegou Alani de Ma e foi se sentar à mesa. Ele passou os braços em torno de sua filha e abaixou sua cabeça sobre a dela para esconder a necessidade em seu rosto. Isso não lhe faria nenhum bem.

Além disso, ele sabia que precisava se controlar antes que todos entrassem. Eles gostariam de interrogá-lo. Ele precisaria ter o controle, para fazer qualquer coisa que não fosse olhar para Elijah.

“Aqui está um pouco de chá, filho.”

Ruben sorriu para Ma quando ela colocou uma xícara de chá na frente dele. “Você sempre sabe o que eu preciso, Ma.” Ma se sentou ao lado de Ruben com sua própria xícara de chá e estendeu a mão para mão dar um tapinha na de Ruben. “Isso é o que uma mãe faz, filho.”

O queixo se Ruben caiu. “Oh inferno, eu sei o que aconteceu,” ele sussurrou.

“Ruben!”

Ruben corou. “Desculpe, Ma.” Ma franziu a testa. “Agora, o que você está falando?”

“Eu sei que estava me seguindo.”

“Quem?” perguntou uma voz da porta.

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Capítulo Oito Elijah observou do arco entre a sala de jantar e sala de estar quando a cabeça de Ruben subiu em sua pergunta. “Responda à minha pergunta, Ruben. Quem estava seguindo você?”

“Acho que era Janice.”

Elijah cruzou os braços sobre o peito e se encostou do arco. Era a única forma que podia evitar de chegar a Ruben, e depois da última conversa deles, ele não achava que o homem iria deixar.

“Por que você acha que foi Janice?”

“Quem mais poderia ter sido?” Ruben perguntou. “Ninguém mais está querendo me pegar.”

“Mas você tem certeza que era ela atrás de você? Você pode jurar isto em um tribunal?”

Ruben ficou de pé, uma mão em volta Alani e a outra apontada na direção da frente da casa. “Você viu o meu carro?” ele gritou. “Ela bateu em mim. Ela tentou me tirar da estrada.”

Elijah levantou a mão. “Ruben, eu só estou perguntando por que nós precisamos fazer um boletim de ocorrência. Isso não pode ser apenas o seu melhor palpite. Você tem que saber com certeza que foi Janice e não um motorista bêbado ou algo assim.”

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Ruben pareceu revoltado por um momento e então suspirou e abaixou a cabeça. “Ok, eu entendo seu ponto. Eu sei que foi Janice, mas não posso provar. Neste momento, tudo o que posso provar é que alguém tentou me tirar da estrada. Acho que isso não é o suficiente para registrar um boletim de ocorrência.”

“Eu liguei o xerife do caminhão,” disse Rourke. “Ele deve estar aqui em breve para tomar um relatório.”

“Bom.” Elijah concordou. “Deve ter um relatório arquivado no caso de isso acontecer novamente.” Os olhos de Elijah foram para Ma quando ela inalou bruscamente e apertou sua mão contra seu peito.

“Você acha que isso vai acontecer novamente?” ela perguntou.

“Não se eu puder evitar,” Elijah rosnou. Os momentos entre o tempo que Ruben tinha ligado, e quando ele viu o homem sentado na mesa bebendo uma xícara de chá, foram alguns dos piores na vida de Elijah. Eles quase rivalizavam com perdendo Thomas.

Elijah jamais quis passar por isso novamente. Ele sabia que se ele fosse um homem inteligente, ele ajudaria os Blaecleah a registrar uma ocorrência policial e depois seguiria seu caminho. Ruben lhe tinha dado um fora. Se ele ficasse, havia uma chance muito provável que ele poderia perder tudo de novo.

Por outro lado, o terror que encheu cada centímetro de seu corpo enquanto ele tinha dirigido em direção a Ruben lhe disse o quanto o homem passou a significar para ele.

Adicione a mágoa que ele se sentiu quando Ruben lhe disse adeus, e Elijah sabia que tinha que ter uma chance de poder manter Ruben segurança — mesmo que isso significasse ligar para cada favor que lhe deviam e contar com a ajuda do clã Blaecleah inteiro.

Mas primeiro, ele tinha que conseguir que Ruben concordasse em não chutá-lo para a calçada.

Elijah se afastou do arco e andou para a mesa de jantar para Ruben. Ele viu os olhos de Ruben se arregalam quando ele pegou Alani de seus braços. Ele colocou um pequeno beijo no topo da cabeça Alani, e lhe entregou a sua avó.

Elijah segurou o rosto de Ruben entre as mãos.

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O queixo de Ruben caiu. “Elijah, o que — ” “Eu já perdi um homem que eu amava. Eu não vou perder você também.”

“Elijah!” Ruben parecia chocado como nunca quando ele percebeu que Elijah poderia amá-lo, ou admitir isso em uma sala cheia de pessoas.

“Vou fazer tudo que posso, ligar para todos que me devem favores, e implorar a qualquer outra pessoa para manter você e Alani seguros. Se isso não funcionar, eu vou suborná-los ou chantageá-los.” Elijah esfregou o polegar pela bochecha Ruben, mas ele se recusou a soltar o homem. Agora que ele tinha suas mãos sobre Ruben, ele não poderia soltar. “Eu não vou perder você.”

“Mas e quanto” — os olhos de Ruben foram para os outros de pé na sala — ”você sabe.”

Elijah sabia que ele precisava fazer. Ele passou o braço sobre os ombros de Ruben e se virou para a família do homem. Ele respirou fundo. “Eu sou gay, e eu estou apaixonado por Ruben.”

Houve algumas risadas, um comprimento de mão entre Matty e Billy, e uma troca de dinheiro — uma aposta aparentemente — mas nada além disso, ninguém olhou estranho para eles. Elijah suspeitou que eles soubessem o tempo todo.

“Bem, claro que sim, Elijah,” disse a mãe. “Nós todos sabemos disso.”

“Filho, tenho certeza que todo mundo na cidade sabe,” Da acrescentou.

Isso era novidade para Elijah, mas ele aceitaria se isso significasse ter Ruben em seus braços. “Bem, o que vocês não sabem é que eu fui um completo idiota hoje cedo. Eu estava com medo que alguém descobrisse sobre Ruben e eu, e eu o machuquei por causa disso.”

“Elijah, você não precisa — ” Elijah pressionou um dedo sobre os lábios de Ruben. “Sim, bebê, eu preciso. Eles precisam saber, e você também. Eu não sou um idiota sem razão. Talvez não seja uma boa razão, mas eu prometo existe uma.”

Ruben engoliu em seco. “Ok, eu estou ouvindo.”

Era muito mais do que Elijah poderia ter esperado.

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“Por que vocês todos não se sentam?” disse Ma. “Eu vou colocar Alani para dormir e pegar um pouco de chá e torta.”

“Eu vou ajudar, Ma,” Billy disse enquanto foi para a cozinha.

Elijah fez com que Ruben se sentasse, mas segurou a mão dele assim que ele se sentou. Ele precisava de algum tipo de contato com o homem. Ele esperou até o bebê ser colocado para dormir e todos se sentarem à mesa antes de falar. Agora que era o momento, Elijah percebeu o quão difícil seria dizer sua história. Mas ele tinha que começar em algum lugar.

“Vários anos atrás, eu conheci um homem chamado Thomas. Ele era muito parecido com Ruben no fato de que ambos estavam muito fora do armário. Eu não estava. Eu mal tinha reconhecido para mim mesmo que eu tinha desejo para homens. E Thomas me assustou tremendamente porque ele decidiu que era sua missão na vida me tirar do armário, chutando e gritando.”

Elijah riu baixinho enquanto ele olhava para baixo, onde a mão de Ruben envolvia a sua. “Ele não apenas me tirou, ele queimou o maldito armário. Eu estava fora e orgulhoso, e eu não me importava quem soubesse. Eu estava apaixonado.”

Elijah ficou um pouco surpreso quando Ruben apertou sua mão e lhe enviou um pequeno sorriso, especialmente considerando que ele estava falando sobre estar apaixonado por outro homem. Isso apenas foi para mostrar a Elijah o quão especial Ruben era.

“O que aconteceu?” Ma perguntou.

Elijah umedeceu os lábios. “Uma noite, fomos para casa saindo do cinema. Era verão, então decidimos caminhar. O teatro era a poucos quarteirões de nosso apartamento.”

“Vocês estavam morando juntos?” Ruben perguntou.

Elijah concordou. “Nós já estávamos morando juntos há alguns anos então, e éramos felizes. Tínhamos nosso trabalho, nosso pequeno grupo de amigos que nós saíamos, e nosso apartamento que compramos juntos. Era uma vida boa.”

“O que aconteceu?”

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“Aparentemente, estávamos um pouco demais fora do armário. Estávamos de mãos dadas enquanto voltávamos para casa, batendo os ombros e outras coisas. Tínhamos acabado de assistir um bom filme e jantar. Nós saímos para um encontro. Estávamos felizes. Não era como se estivéssemos fazendo sexo na calçada ou qualquer coisa.”

Elijah engoliu em seco e observou como ele esfregou seu polegar através da pele de Ruben. “Fomos atacados por um grupo de homens que não gostavam do fato de que estávamos de mãos dadas em público. A polícia chamou isso de violência gay que deu errado. Tudo o que eu sabia é que Thomas foi espancado até a inconsciência e ele nunca acordou.”

“Ohhh,” Ma engasgou. “Oh, filho, eu sinto muito.”

Elijah apertou os lábios por um momento, piscando rapidamente quanto a tristeza brotou dentro dele. “Eles nunca pegaram os homens que mataram Thomas. Ainda é um crime não solucionado. Tenho pesadelos que aqueles homens ainda estão lá fora, matando outros homens gays ou vindo atrás de mim.”

Ruben rosnou. Sua mão apertou a de Elijah. “Eu gostaria de vê-los tentar.”

Elijah sorriu apesar da dor de cabeça que sentia. “Foi notícia de primeira página por algum tempo, e me senti como sendo atacado novamente. Recebi mensagens de ódio, telefonemas ameaçadores, e as pessoas me seguiam nas ruas. Eu fui demitido do meu emprego por causa da publicidade. E eu nem pude assistir ao funeral de Thomas porque seus pais me culparam pela morte dele.”

“Você não o matou!” Ruben explodiu.

“Não, mas se não estivéssemos de mãos dadas isso nunca teria acontecido.”

Ruben inalou fortemente. “É por isso — ” Elijah começou a concordar antes mesmo de Ruben terminar. “Não tenho nenhum problema em ser gay ou amar um homem em particular, mas me assusta fazer isso em público. Se alguém me ver e decidir que eles não gostaram do que viram “ — Elijah sacudiu a cabeça — “Não posso perder outra pessoa que eu amo.”

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Os olhos de Elijah quase saltaram da cabeça quando Ruben soltou sua mão e subiu em seu colo, montando-o. Ele ficou olhando para Ruben em estado de choque quando o homem agarrou seu rosto. “Ruben.” Todo mundo estava observando-os.

“Nós vamos ir devagar,” disse Ruben. “Podemos começar com EPA aqui na fazenda e trabalhar as coisas em público.”

“EPA?” “Exposições públicas de afeto.”

“Caramba, há uma sigla para isso?”

Ruben sorriu. “Sim.” Elijah rolou os olhos quando todos em volta da mesa riram. Ele sentiu pouco a vontade e exposto com Ruben escarranchando seu colo, especialmente considerando que quase todos os membros de sua família estavam sentados ali assistindo.

Mas pouco a pouco, Elijah começou a perceber que ninguém estava olhando para eles como eles estivessem fazendo alguma coisa de errado. Na verdade, a maioria deles estavam sentados tão próximos quanto podiam. Até mesmo Ma e Da estavam sentados com seus ombros se tocando, suas mãos entrelaçadas, descansando sobre a mesa.

Elijah ainda estava desconfortável, apesar de tudo. Ele ficou surpreso quando Ruben pareceu perceber isso. Ruben apenas sorriu, se inclinou para lhe dar um beijo leve, em seguida, desceu do seu colo para sentar em sua cadeira. Elijah rapidamente pegou sua mão e a entrelaçou entre a dele. Esse gesto lhe rendeu um sorriso, e isso era bom o suficiente para agora.

Elijah limpou a garganta e olhou ao redor da sala. Era um impressionante grupo pessoas sentado à mesa. Só faltava Brody e Neason. “Precisamos fazer um plano para manter Ruben e Alani a salvos de quem estiver atrás deles. Eu suspeito que ele esteja certo e que seja Janice, mas no momento, não há maneira de provar isso.”

“Exatamente o que você tem em mente, filho?” Da perguntou.

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“Tem um investigador particular que eu uso de vez em quando. Eu gostaria que ele descobrisse exatamente o que Janice está fazendo, quem ela está vendo ou falando, mas principalmente onde ela está. Se ela tem alguma coisa a ver com isso, eu quero saber.”

“Bem, não é como ela fosse dizer que ela está envolvida,” disse Matty.

“Não, mas meu amigo investigador pode procurar em lugares que eu não posso.”

Matty franziu a testa. “Por que você não pode?”

Os lábios Elijah torceram um pouco. “Porque eu sou legalmente obrigado a cumprir a lei.”

“Oh.” Os olhos de Matty estavam arregalados quando ele olhou para seu marido.

“Você é obrigado cumprir a lei, também?”

“Claro que não.” Quaid riu. “Eu sou um fazendeiro e não um advogado. Eu posso amarrá-la pelos pés e chamar isso de abate a uma vaca.”

“Quaid Blaecleah,” Ma explodiu. “Cuidado com a boca.”

Matty cobriu a boca com sua mão enquanto ria. Quaid apenas sorriu e puxou Matty mais perto de seu lado.

“Sim, Ma. Sinto muito.”

Ma acenou com a cabeça e voltou a beber seu chá.

“Por que você não liga para o seu amigo, Elijah?” Da disse. “O delegado deve estar aqui em breve, e nós podemos fazer um relatório policial. Nesse meio tempo, eu não quero que Ruben vá a lugar nenhum sem um de nós ao seu lado.”

“Aahhh, Da,” Ruben reclamou.

“Isso não está em discussão, filho. Você tem uma filha agora. O que aconteceria com ela se você fosse ferido ou pior?”

Elijah sentiu Ruben tremer contra ele. Ele rapidamente passou um braço sobre os ombros de Ruben e o puxou mais próximo possível sem puxar Ruben para o seu colo. Ele se inclinou e apertou o rosto nos cabelos perfumados de Ruben.

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“Seu Da tem razão, bebê. O que aconteceria com Alani ou comigo se algo acontecesse com você? Nossa prioridade número um deve ser manter vocês dois em segurança enquanto nós descobrimos o que está acontecendo.”

Ruben inclinou a cabeça para trás. “Quero fazer um acordo.”

Elijah não gosto do brilho perverso nos olhos de Ruben. “O quê?”

“Prometo ter alguém comigo o tempo todo se você prometer segurar minha mão enquanto estivermos em público.”

“Ruben.” Elijah gemeu e abaixou a cabeça.

“Ruben, você deve saber melhor,” disse Da. “Isso é chantagem emocional, e não é agradável. Elijah está preocupado com você. Não use isso contra ele para conseguir o que quer.”

A cabeça de Ruben caiu no ombro de Elijah. “Desculpe,” Elijah o ouviu sussurrar em seu ouvido. Elijah suspirou. Ruben estava determinado a arrastá-lo do armário, assim como Thomas tinha feito. Elijah apenas esperava que ele pudesse manter este amante vivo quando isso acontecesse. E ele sabia que isso acabaria por acontecer. Ruben não deixaria existir qualquer outro resultado.

“Eu vou lhe dizer o que,” Elijah disse baixinho. “Eu vou segurar sua mão em público, mas somente quando Alani não estiver lá.”

“O quê?” A cabeça de Ruben girou para ele. Confusão e um pouco de dor encheu seus olhos castanhos. “Por quê?”

“Porque eu preciso que sejamos capazes de nos defender se alguém nos causar problemas, e não podemos fazer isso quando Alani estiver conosco.”

“Mas — ” “É um pedido razoável, filho,” Da disse.

A cabeça de Ruben girou ao redor. “Sim, mas Alani está quase sempre comigo.”

“Pequenos passos, Ruben,” Da lembrou.

Os ombros de Ruben caíram. “Ok, nós temos um acordo.”

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“Obrigado, Ruben,” Elijah disse baixinho. Ele começou a sorrir, mas rapidamente se transformou em uma careta quando os olhos de Ruben se tornaram maliciosos e ele sorriu.

“Essa regra se aplica para quando nós estivermos aqui na fazenda?”

Elijah deu uma risadinha. “Não, bebê, eu tenho certeza que sua família sabe exatamente como me sinto sobre você, e eu suspeito que enquanto eu não te magoar, eles poderiam se importar menos.”

Da bufou. “Sim, praticamente.”

Elijah quase deu um pulo quando ouviu uma batida na porta da frente.

Quaid rapidamente se levantou. “Eu acho que provavelmente é o xerife. Eu vou deixá-lo entrar,” ele disse enquanto saía da sala.

“Então, quando você pode falar com seu amigo investigador?” Ruben perguntou.

“Eu quero que isso acabe logo.”

“Eu posso ligar para ele agora.” Elijah enfiou a mão no bolso por seu celular, exatamente quando o xerife entrou na sala e olhou em volta para todos.

“Ouvi dizer que todos tiveram um pouco de excitação aqui.”

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Capítulo Nove “Não temos de fazer isso, Elijah.” Ruben podia ver a tensão em cada linha do corpo de Elijah quando eles se sentaram em seu carro. Se o aperto de Elijah no volante fosse mais forte, ele podia quebrar a maldita coisa em dois.

“Não, eu tenho que fazer isso.” Elijah deu a Ruben um sorriso um pouco nervoso.

“Um acordo é um acordo, apesar de tudo.”

“Elijah.” Ruben engoliu em seco e olhou para suas mãos, torcendo seus dedos juntos.

“Eu não quis dizer isso. Bem, eu quis. Eu quero que você segure minha mão, mas — ” O resto das palavras de Ruben se perdeu quando Elijah pegou seu queixo e o beijou.

Ruben gemeu e se pressionou mais perto. Ele desejou que eles estivessem em casa na fazenda em vez de sentados em um carro do lado da rua, no meio do centro da cidade de Cade Creek.

Ele teria rastejado sobre Elijah.

Ruben estava sem fôlego quando Elijah o soltou. Ele não conseguia juntar um pensamento único e coerente. Ele apenas se sentou e ficou olhando para os lábios de Elijah 110

enquanto lambia os seus. Os olhos de Ruben se arregalaram quando Elijah deu uma risadinha.

Elijah estendeu a mão e esfregou seu polegar sobre os lábios de Ruben.

“Agora, você parece bem beijado.”

O queixo de Ruben caiu. “Isso é o que você pretendia?”

“Bem, isso” — sorriu Elijah — ”e eu gosto de beijar você.”

Ruben podia concordar com essa ideia. Exultante com gesto doce de Elijah, ele não conseguia segurar o sorriso em seu rosto quando ele desceu do carro e esperou que Elijah se juntasse a ele na calçada.

Eles iam para a cafeteria se encontrar com amigo investigador de Elijah e falar com ele. O homem tinha dirigido para lá durante a noite anterior. Ele já tinha feito algumas investigações, mas ele queria falar pessoalmente com eles sobre o caso. Ruben estava ansioso para falar com o homem sobre o que ele podia ou não ter descoberto sobre Janice e suas atividades. Mas ele estava mais nervoso se Elijah iria segurar sua mão ou não, como ele disse que faria.

Alani estava em casa.

O coração de Ruben começou a afundar quando Elijah parou na beirada da calçada e ficou apenas olhou para ele. Ele não podia forçar Elijah a sair do armário não importando o quanto ele queria. E isso não iria necessariamente construir ou destruir o relacionamento deles. Mas com certeza seria um bom caminho na direção de cimentá-lo.

Então Elijah apertou os lábios e caminhou a distância entre eles, estendendo a mão para a dele. Ruben afastou sua mão fora do alcance dele e recuou tão rápido que ele quase tropeçou em seus próprios dois pés.

“Ruben?”

“Eu não vou fazer isso se você vai me odiar, Elijah.”

“Eu nunca poderia te odiar, Ruben. Eu só — ” Elijah soltou um profundo suspiro enquanto empurrava a mão pelo seu cabelo, deixando-o amarrotado e indisciplinado. “Isso é realmente difícil para mim.”

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O coração de Ruben doía, tanto para ele e quanto para Elijah. Apesar de ainda doer, era um pouco mais fácil entender a relutância de Elijah para demonstrações públicas de afeto, agora que ele sabia o motivo. Ele abaixou lentamente o braço e enfiou as duas mãos nos bolsos.

“Quem sabe na próxima vez, então,” ele disse quanto passou ele por Elijah e começou a andar em direção a cafeteria de Creek Cade.

Ruben tentou duramente se lembrar que isso não era nada sobre ele. Elijah não tinha vergonha dele. Ele estava apenas com medo. Mas era exatamente assim que essa merda parecia para Ruben. Parecia muito com o que ele sentia crescendo em torno de seu pai e sua mãe. Eles nunca quiseram tocar nele também.

Afeto familiar não era algo com quem Ruben tinha crescido.

Até mesmo Matty tinha que tomar cuidado quando seus pais estavam por perto. Eles o acusam de ser muito mole com Ruben, e então os gritos e brigas começariam.

Não foi até Ruben conhecer os Blaecleahs que ele realmente soube o que significava ser amado. E isso era algo que ele queria manter em sua vida e passar para Alani. Elijah era amoroso na fazenda, mas sua recusa em tocar em público machucava profundamente, não importando o quanto Ruben sabia que isso vinha de lembranças do passado.

“Ruben, pare.”

Quando ele não parou, Ruben sentiu uma mão em seu braço, puxando-o para parar.

Ele se virou para olhar para Elijah, tentando esconder a angústia de seu rosto e de sua voz.

“Sinto muito. Eu pensei que isso seria mais fácil para mim, mas não é. Eu estou tentando realmente lhe dar o espaço e o tempo que você precisa, mas é tão difícil para mim como toda esta situação é para você.”

“Está tudo bem, Ruben.”

“Não, não está tudo bem. Eu te disse que eu lhe daria o tempo que você precisava, e eu estou tendo um ataque de birra quando você não age como esperado, mas eu não consigo evitar.” Ruben levantou os olhos para Elijah, quando o homem se aproximou. Ele se sentia desprezível.

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“Sinto muito.”

“Eu acho que talvez seja a hora de enfrentar isso.”

Ruben piscou. “Huh?” Ruben seguiu o olhar de Elijah quando ele se virou para a esquerda e depois para a direita.

Não tinha pessoas nas ruas, mas o suficiente para que Ruben soubesse que Elijah jamais se sentiria confortável segurando sua mão. Ele ficou chocado até os dedos dos pés quando Elijah segurou seu rosto entre suas mãos e se inclinou para beijá-lo ali mesmo na calçada, no meio da rua principal.

Mas o beijo não apenas parou em um simples toque dos seus lábios. Ruben sentiu o roçar da língua de Elijah em seus lábios, procurando aceitação.

Ruben podia ser muitas coisas, mas ele não nasceu ontem.

Ele abriu a boca e deixou Elijah entrar, acariciando de volta com sua própria língua.

Seus joelhos quase se dobraram quando ele sentiu um dos braços de Elijah embrulhar ao seu redor. A outra mão de Elijah continuava fechada em seus cabelos, segurando sua cabeça enquanto sua boca era saqueada. Ruben gemeu, sentindo seu pau endurecer e se esfregou contra o de Elijah.

“Eli,” Ruben sussurrou quando o homem finalmente se afastou. Ele se sentia corado e excitado como o inferno. Ele olhou para Elijah e quase suspirou de alívio quando viu o mesmo desejo que estava correndo pelo seu corpo brilhando nos olhos de Elijah.

Foi apenas quando alguém riu enquanto caminhavam por eles que Ruben se lembrou onde eles estavam. Ele engoliu em seco quando apreensão o encheu. “Oh, Eli, eu — ” Elijah sorriu e esfregou seu polegar sobre os lábios de Ruben do mesmo jeito que ele tinha feito no carro. “Agora, você realmente parece como se tivesse sido beijado.”

Os olhos de Ruben se arregalaram. “Você se lembra de onde estamos, certo?”

“Sim, e acho que todos entenderam a mensagem alta e clara.”

Elijah estendeu a mão e agarrou a mão de Ruben e o puxou em direção à porta da cafeteria. “Nosso encontro do almoço está esperando.”

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A mente Ruben estava girando. Elijah não estava apenas segurando sua mão, o homem tinha praticamente saído do armário com ele no centro da cidade.

Ruben começou a sorrir, sua mão apertando a de Elijah com cada passo que eles davam. No momento em que chegaram à mesa deles, Ruben não conseguia parar de sorrir.

Ele se sentou à mesa indicada por Elijah e olhou para o homem sentado do outro lado da mesa. Engraçado, ele não se parecia com um investigador particular. Ele parecia um boxeador ou um bandido, talvez leão de chácara de um bar. Definitivamente, um gângster.

Não faltavam músculos sobre o sujeito — em nenhum lugar. Seus braços praticamente tinham seu próprio código postal.

Ruben corou quando o homem o pegou boquiaberto e arqueou uma sobrancelha escura para ele. Ele rapidamente desviou o olhar e agarrou a mão de Elijah debaixo da mesa.

“Elijah, já faz um tempo.”

“Sim,” respondeu Elijah. “É bom te ver, Yancy.”

“E quem é esse delicioso pedacinho?”

Ruben engoliu em seco quando os olhos cinza-escuros e esfumaçados se voltaram em sua direção. Ele não tinha certeza se ele queria que Elijah respondesse ou não. Ele sentiu que estava sendo comido vivo.

“Este é o meu bebê, Ruben Blaecleah.”

“Então, este é o famoso Ruben, hein?” Yancy deu uma risadinha e piscou para Ruben. “É bom finalmente te conhecer, doçura.”

O queixo de Ruben caiu. Aquela montanha de homem o tinha chamado de doçura? “É bom que você chama todo mundo de doçura, Yancy,” Elijah disse em uma voz profunda e ameaçadora que deixou o pulso Ruben de batendo, “ou eu teria que arrancar suas bolas e alimentar você com elas.”

Os olhos Ruben se arregalaram para Elijah quando o choque rolou por ele. Ele sentia como se sua mandíbula fosse sair da articulação. Elijah realmente estava ameaçando alguém?

E ele escolheu um homem que poderia quebrá-lo como um graveto para fazer isso? Ruben não sabia se estava com medo ou excitado pela demonstração de possessividade de Elijah.

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Yancy apenas riu. Era um riso alto, enchendo a área ao redor deles o suficiente para conseguir alguns sorrisos de outros clientes. Ruben teve a súbita vontade de deslizar debaixo da mesa, e ele se perguntou se era assim que Elijah se sentia.

“O que você descobriu?” Elijah perguntou.

Yancy ficou de repente totalmente profissional. Ele se sentou ereto, e o sorriso saiu de seus lábios. Ruben engoliu em seco, sabendo que ele não iria gostar do que ele estava prestes a ouvir, não se Yancy estava assim tão sério.

Ruben apertou a mão de Elijah quanto o medo o dominava.

“Janice McCallister alugou uma casa aqui em Cade Creek há duas semanas.”

“O quê?” Ruben sussurrou. De repente ele sentiu que não conseguia respirar. Apenas o toque suave da mão de Elijah deslizando por suas costas devolveu o ar para seus pulmões.

Yancy concordou. “Ela ainda tem sua casa em sua cidade natal e retorna para lá todo final de semana para ir à igreja, mas durante a semana, ela está aqui na cidade.”

“Mas por que ela alugou uma casa aqui na cidade?”

“Ela quer sua filha,” disse Yancy simplesmente, como se isso explicasse tudo.

“Eu já sei disso.”

“Sim, mas você sabe por que ela quer sua filha?”

Ruben balançou a cabeça. “É isso que eu não consigo descobrir. Ela me odeia e meu irmão com uma obsessão. Não há nenhuma razão para que ela queira qualquer coisa com a gente.”

“Eu realmente não acho que ela não queira alguma pessoalmente com você ou com seu irmão. Ela tem seus olhos postos em alguém um pouco menor.” Yancy fez uma careta quando ele pegou uma pasta ao lado dele, colocando-a sobre a mesa. “O que vocês sabem sobre o testamento do seu pai?”

Ruben ficou boquiaberto. “Meu pai tinha um testamento?”

Yancy riu. “Bem, eu acho que isso responde a essa pergunta.”

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Ele abriu um arquivo e entregou a Elijah algumas folhas de papel. Eles eram muito jurídicos para ler, e foi por isso que fazia sentido para Ruben que eles fossem dados a Elijah.

Ruben não tinha ideia do que ele estava olhando.

“O que diz?” Ruben perguntou Elijah.

“Basicamente, seu pai criou um grande fundo de confiança no valor de vários milhões de dólares. O dinheiro foi deixado para o primeiro filho nascido do casamento legal entre você ou Matty e uma mulher não nomeada. Qualquer criança nascida fora de uma união legal entre você e uma mulher seria inelegível para o fundo.”

“Foda-me,” Ruben sussurrou. “Ele ainda está tentando nos controlar até mesmo do túmulo.” Ruben ergueu os olhos quando ele sentiu Elijah dar um tapinha em sua mão.

Tão bom como parecia, ele podia ver a pergunta nos olhos de Elijah. “O quê?”

“Você estava legalmente casado com Mahra quando Alani nasceu, Ruben. Por direito, este dinheiro pertence à sua filha agora.”

Ruben inalou fortemente. Ele podia sentir o sangue fugir de seu rosto e um calafrio gelado percorrer seu corpo. “É por isso que ela quer tanto Alani.”

“Eu suspeito que você esteja certo,” disse Yancy. “Sua mãe — ” “Ela não é minha mãe!” Ruben explodiu. “Alani Blaecleah é minha mãe. Janice nunca foi uma mãe mesmo antes de eu ser adotado pela família Blaecleah. Eu não quero nada com a cadela.”

Yancy levantou uma mão. “Peço desculpas, Ruben.”

Ruben abaixou a cabeça quando viu vários clientes se voltando para olhar para ele.

Ele não tinha percebido o quão alto ele tinha falado. Agora ele realmente queria deslizar debaixo da mesa. “Não, me desculpe. Eu não devia ter gritado com você assim. Você não sabia.”

“Por favor, continue, Yancy,” disse Elijah, coisa que Ruben estava grato.

“Eu acredito que você esteja certo sobre ela querer tomar Alani por causa do dinheiro. Janice McCallister tem vivido com uma pequena renda deixada para ela por seu

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falecido marido, o reverendo McCallister. Infelizmente, ela vive acima de suas condições e está quase sem de fundos.”

As sobrancelhas Ruben subiram. “Acima de suas condições?” Quando foi que sua mãe já viveu acima de suas condições? Eles podiam não ter sido pobres, mas eram próximos a isso. O reverendo sempre disse que eles não precisavam de bens materiais. Eles nunca tiveram muito por causa disso.

“Ela reformou a casa, fez várias viagens para o Caribe, e tem uma Mercedes conversível nova. Ela também tem um jardineiro, empregada doméstica, e um rapaz para cuidar da piscina que fica na casa.”

“Ela tem uma piscina?”

Yancy assentiu. “Ela foi colocada quando a casa foi reformada.”

“Como?” Ruben estava tão confuso. “Nunca tivemos dinheiro. Onde é que ela conseguiu tudo?”

“O Reverendo McCallister deixou para Janice a quantia de dez milhões de dólares quando ele morreu. Com seus hábitos de gastos, ela atualmente tem menos de um milhão de dólares. Ela já tem credores começando a ir atrás dela. Se ela continuar como ela vem fazendo, ela vai estar falida dentro de seis meses. Eu não tenho nenhuma dúvida que ela terá que vender a casa e vários das propriedades de seu pai.”

Ruben fez uma careta. “Que propriedades? Ele era um ministro.”

“Ele era um ministro rico. Ele também era proprietário do terreno que a igreja foi construída, bem como vários negócios lucrativos dentro e ao redor da cidade. Desconfio que foi assim que seu pai tinha o controle da cidade. Se eles o irritassem, ele simplesmente os excluiriam.”

“Você pode provar isso?” Ruben perguntou. Certamente tinha que haver uma maneira de provar isso.

“Infelizmente, no momento eu não posso. Eu não peguei Janice fazendo nada de ilegal, ainda. Eu suspeito que com o tempo, eu vou. Ela quer muito esse dinheiro para desistir agora.”

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“E quanto ao que o reverendo estava fazendo?” Ruben perguntou. “Alguma coisa era ilegal?”

“Eu ainda estou procurando por isso. No momento, parece que todas as suas práticas de negócios eram honestas.”

“Elas não eram,” disse Ruben. “Eu posso afirmar isso. Cave mais fundo. Esse homem não tinha um osso honrado em seu corpo. Se ele pudesse ferrar alguém, ele faria, e tem que ter um registro disso em algum lugar.”

“Eu vou fazer isso.” Yancy apoiou os cotovelos sobre a mesa e cruzou as mãos. “Há mais alguma coisa você pode me dizer? Qualquer direção que eu deveria olhar?”

Elijah concordou. “Achamos que Janice foi responsável por tentar tirar Ruben fora da estrada algumas noites atrás.”

As sobrancelhas de Yancy se arquearam quanto seus olhos se moveram para Ruben.

“Alguém tentou te tirar da estrada?”

“Yeah. Eles começaram me seguir muito perto, e então bateram em meu parachoques.”

“Como foi que você escapou?”

Ruben sorriu. “Família, que outra forma?”

Os olhos de Yancy foram de Ruben para Elijah, juntando suas sobrancelhas em confusão. “Eu não entendo.”

“Ruben me ligou. Eu liguei os Blaecleahs. Todos eles vieram para o resgate.”

Yancy sacudiu a cabeça quando ele riu. “Eu tenho que conhecer a essa família.”

Ruben teve uma súbita ideia travessa. Se ele tinha adivinhando certo, Yancy gostava de homens tanto quanto ele, e ainda tinha um irmão Blaecleah solteiro. Talvez ele pudesse corrigir isso. “Por que você não vem para a casa para o jantar? Ma é uma grande cozinheira, e isso lhe daria a chance de nos informar sobre qualquer outra coisa que você sabe.”

Elijah parecia confuso por um momento, mas concordou com a cabeça de qualquer maneira. “Sim, Yancy, isso seria uma ótima ideia. Se todos nós colocarmos nossas cabeças juntas, podemos chegar a uma maneira de vencer esta mulher. Não vou permitir que nada 110

aconteça com Ruben e Alani. Eles me pertencem agora.” Elijah estava reivindicando ele e Alani alto e bom som em público.

Ruben tinha vontade de gritar de alegria, mas ele não fez. Em vez disso, ele apenas apertou a mão de Elijah e virou o rosto para pressionar um pequeno beijo no ombro do homem.

“Então,” — Yancy sorriu e se recostou na cabine — ”Elijah James finalmente saiu do armário e reivindicou uma família. Parabéns, meu amigo. Depois que Thomas morreu, eu nunca pensei que eu veria esse dia.”

“Você conheceu Thomas?” Ruben não tinha certeza de como se sentia sobre isso.

Ele ainda não tinha se decidido como se sentia sobre toda a situação de Thomas. Não houve muito tempo para pensar sobre o amante morto de Elijah.

“Yancy foi um dos detetives que investigaram o assassinato de Thomas,” disse Elijah.

“Foi assim que nos conhecemos.”

“Oh.” Ruben franziu a testa. “Mas eu pensei que você fosse um detetive particular.”

“Eu sou, doçura.” Yancy sorriu por um momento e depois ficou sério.

Parecia ser algo que Yancy fazia muito. “Todo o caso da morte de Thomas foi fodido, e nem tudo por causa dos assassinos. A polícia e a mídia regiamente foderam tudo. Quando os holofotes sobre o caso morreram e me deram ordens para parar de investigar e arquivar o caso, eu deixei a força e me tornei um investigador particular.”

O queixo de Ruben caiu. “Eles realmente lhe disseram para arquivar o caso?”

“Não em tantas palavras, mas sim. Algumas evidências foram extraviadas, e houve um vazamento dentro do departamento. Coisas saíram para a mídia que nunca deveria ter saído. O chefe de polícia e prefeito queriam tudo varrido para debaixo do tapete.”

Ruben somou dois mais dois e não gostou do resultado. “É por isso que o caso nunca foi solucionado, não é? Eles não queriam que os seus erros viessem à luz.”

Yancy assentiu. “Isso, e o fato que meu principal suspeito era o filho de um homem que é um dos homens mais ricos da cidade e um amigo do prefeito.”

“Foda.”

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Elijah sorriu e beijou Ruben na bochecha. “Sem palavrões, bebê. O que Ma pensaria?”

“Ma chutaria minha bunda.” Ruben riu e balançou a cabeça. “Eu tenho que parar de falar palavrões. Se Alani começar a me repetir, Ma vai me esfolar vivo.”

Elijah passou um braço em volta dos ombros de Ruben e lhe deu um pequeno abraço. “Não se preocupe, bebê. Eu vou te proteger.”

“De Ma? Você está louco? Ela vai te esfolar também, apenas por tentar.”

“Eu não tenho certeza se eu quero conhecer esta mulher,” Yancy disse enquanto se recostava no banco da cabine. “Ela parece ser pior do que Janice.”

Ruben prendeu Yancy em seu lugar com os olhos apertados. “Eu vou deixar você viver apenas porque você nunca conheceu minha mãe, mas nunca me deixe ouvir você dizer algo ruim sobre ela novamente.”

Os olhos de Yancy se arregalaram. “Você a está defendendo?”

“Eu estou.”

As sobrancelhas escuras de Yancy se juntaram em uma careta profunda. “Mas você acabou de dizer — ” “Ma é a mulher mais doce e mais amorosa na face da terra, mas não a irrite.” Elijah sorriu levemente. “A maneira mais rápida de fazer isso é foder com um de seus meninos ou xingar na frente dela. Ela pode fazer o homem mais forte vivo tremer em suas botas, até mesmo você, Yancy.”

“Ok.” Yancy esfregou as duas mãos pelo rosto, em seguida, olhou através da mesa para Elijah e Ruben. “Agora vocês estão me confundindo. Ela é alguém que eu preciso temer ou não?”

“Sim!” Tanto Elijah quanto Ruben disseram ao mesmo tempo. Algumas das pessoas sentadas ao redor deles riram e começaram a concordar, o que levou Ruben a gargalhadas.

“Ma nos ama,” disse Ruben. “Ela faria qualquer coisa por nós, até mesmo morrer por nós. Mas aquela mulher me assusta pra caramba quando ela está irritada.”

Yancy começou a sorrir.

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“Você acha isso engraçado? Aguarde até que sua fúria seja destinada em sua direção e veja como se sente. Eu vi meu irmão Quaid tremer em suas botas quando ela ficou brava ele, e ele tem um metro e noventa e oito de altura.”

“Você a adora,” Yancy disse. “Eu posso ver isto em seus olhos.”

“Inferno, sim, eu a adoro,” disse Ruben. “Ela é minha mãe.”

“Vamos lá, bebê,” disse Elijah quando ele deslizou da cabine e estendeu a mão para Ruben. “Ele nunca vai entender até conhecer Ma.” Ruben riu e saiu da cabine. Yancy Butler não tinha ideia onde estava se metendo. O homem podia ser do tamanho de um caminhão diesel, mas Ma Blaecleah, tão pequena como era, tinha a capacidade de levar os homens mortais para os seus joelhos com um simples levantar de sobrancelha.

Ruben seguiu Elijah para fora da porta e desceu a calçada com Elijah. Yancy passeava trás deles. E sim, o homem passeava. Ele parecia casual, relaxado e descontraído. Apenas Ruben podia ver a forma cautelosa que ele olhava a rua e calçada, examinando cada pessoa que via. Ele era realmente em tipo assustador.

Ruben esperava que ele nunca perdesse a fé na humanidade do jeito que ele podia ver que Yancy tinha. O investigador particular parecia desconfiar de cada pessoa que via, ou talvez ele visse perigo potencial em toda parte.

Era assustador pensar assim. Ruben sabia que tudo era possível, mas preferia acreditar que ele estava seguro em Cade Creek, mesmo se ele não estivesse.

Ele não queria passar sua vida procurando problemas em cada cantinho. Ele teve o suficiente disso na África.

“Apenas nos siga, Yancy,” disse Elijah quando eles chegaram ao carro. “A fazenda Blaecleah fica a apenas alguns quilômetros fora da cidade.”

Yancy concordou e caminhou para um caminhão que estava apenas alguns veículos longe do de Elijah. Ruben balançou a cabeça e começou a subir no carro quando uma estranha sensação o invadiu. Os pelos na parte de trás do seu pescoço se levantaram, e de repente ele soube que estava sendo vigiado.

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Ruben rapidamente verificou a área ao redor, seus olhos pousando em um homem sentado em um sedan escuro de quatro portas do outro lado da rua e vários carros para baixo. Ele tinha uma câmera em suas mãos e tirava fotos deles. Ruben engoliu em seco e continuou a olhar para cima e para baixo na rua como se ele estivesse apenas olhando.

“Elijah, não olhe, mas tem um homem em um carro do outro lado da rua tirando fotos de nós.”

“Eu sei, Ruben. Eu o vi. Apenas entre no carro e não olhe para ele. Vou enviar uma mensagem de texto para Yancy assim que pegarmos a estrada.”

Ruben concordou e deu um sorriso vacilante a Elijah quando ele entrou no carro.

Elijah deslizou para o banco do motorista um momento depois e ligou o carro. Ruben estendeu a mão. “Você dirige. Vou mandar a mensagem para Yancy.”

Elijah entregou o telefone celular sem comentar. Ruben rapidamente olhou pelos contatos de Elijah até encontrar o número de Yancy, então enviou uma mensagem com a descrição do carro e do homem com a câmera.

Nem dois minutos depois ele recebeu uma mensagem de Yancy dizendo que ele tinha visto o cara e anotado o número de sua placa. Ele já tinha alguém verificando isso para ele. Ele também iria circular ao redor e observar um pouco o cara, ver se ele seguia Ruben e Elijah, ou aonde ele ia. Ele iria para a fazenda mais tarde.

Ruben soltou um suspiro de alívio e fechou o telefone, o entregando de volta para Elijah. “Estou realmente assustado, Elijah.”

Elijah sorriu e deu um tapinha na coxa Ruben. “Eu sei, bebê. Eu também estou. Isso está começando a ficar muito estranho. Estou começando a pensar que Janice planeja tentar tirar Alani de você devido ao seu estado de gay.”

“Ela não pode fazer isso!”

“Normalmente, eu diria que é verdade, mas nem sempre é o caso. Você foi legalmente casado com sua mãe, e isso pode te salvar.”

“Mas?” “Você está comigo agora, e isso pode mudar um pouco as coisas.”

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“Como?”

“Eu acabei de sair do armário.”

“Sim, e?”

“Bem, depois de beijar você na frente de todo mundo na rua principal, é bastante óbvio que eu já te arrastei para o lado escuro. Se Janice consegue o juiz certo, ela pode afirmar que você está criando Alani em um ambiente imoral, dormindo com qualquer homem gay que você quiser.”

“Eu era virgem!”

“Você pode provar isso?”

“Sim, eu — ” Ruben fechou boca quando percebeu que não tinha maneira de provar que ele tinha era virgem antes de Elijah. Ruben franziu a testa subitamente. “Você acredita em mim, não é?”

“Sim, bebê, eu acredito. Você jamais mentiria sobre algo assim. Mas o que eu acredito não pode ser provado em uma corte, e como eu sou o amante gay em questão, o juiz nunca iria aceitar minha palavra.”

Elijah piscou para Ruben. “Eu sou um pouco suspeito.”

“Não há nada que podemos fazer para detê-la?”

O olhar que Elijah deu a Ruben fez seus joelhos tremerem. Estava cheio de luxúria e necessidade e um desejo tão feroz que Ruben sentiu se alojar em suas bolas e deixar seu pau duro o suficiente para cortar vidro.

“Case-se comigo.”

Os olhos de Ruben se arregalaram. Certamente ele não tinha ouvido direito. “O quê?”

“Case-se comigo e me deixe adotar Alani. Tenho mais chances de trabalhar dentro da lei se estivermos legalmente ligados um ao outro.”

O coração de Ruben estremeceu com angústia. Elijah só queria casar com ele para manter a ele e Alani seguros. Ele não teria pedido em circunstâncias normais. Há apenas

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pouco tempo Elijah mal conseguia tocá-lo em público, e agora ele queria se casar para todo o mundo ver? Ruben não pensava assim.

Independentemente do quanto ele amava Elijah e queria passar o resto de sua vida com o homem, Ruben deu a única resposta que podia.

“Não.”

Capítulo Dez Elijah se sentou no sofá e ficou observando todo o clã Blaecleah fazendo planos para manter Ruben e Alani seguros. Ele se sentiu deixado de fora. Claro, eles lhe perguntaram sobre questões jurídicas, como o que era ou não permitido por lei. Mas nenhum deles, nem mesmo Ruben, lhe perguntou sua opinião.

Na verdade, Ruben não tinha falado uma única palavra com ele desde que ele havia recusado a proposta de casamento de Elijah. Elijah ainda estava tentando entender isso. Ele sabia que não era um fantástico partido. Ele tinha muita bagagem para lidar. Mas ele tinha certeza que ele tinha algo a oferecer a Ruben. Ele tinha uma boa carreira, dinheiro na poupança e uma boa casa de campo onde eles poderiam viver com Alani. Ele até mesmo aceitaria em se mudar para a casa que Ruben estava construindo, se isso fosse que o homem queria.

Ele só queria Ruben e Alani.

Para sempre.

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Elijah não perdeu o fato que ninguém prestou atenção nele quando ele se levantou e saiu da sala. Era como se ele nem sequer estivesse ali. Ele pegou seu casaco e caminhou para fora da porta da frente para a varanda.

Ele não podia ir embora. Ele sabia disso. Ele era atraído para onde Ruben estava como se houvesse uma corda invisível presa entre eles.

Elijah andou e se sentou em uma das cadeiras na varanda. Ele abaixou a cabeça em suas mãos enquanto tentava descobrir como tudo tinha dado tão errado.

Ele tinha esperado demais para reivindicar Ruben como seu? Será que Ruben se arrependeu do tempo deles juntos? Será que o homem não o queria mais?

Elijah levantou a cabeça quando ele ouviu alguém se sentar na cadeira ao lado dele.

Ele olhou para ver Da sentado ali. O homem se inclinou para frente em sua cadeira, apoiando os cotovelos nas coxas. Ele não disse uma palavra. Depois de alguns minutos, o silêncio começou a ficar demais para Elijah.

Ele sentiu como se estivesse sendo examinado e achado deficiente.

“Eu pedi para Ruben se casar comigo.”

“E?” “Ele recusou.” As palavras o esfaquearam, fazendo seu coração doer. Ele segurou as mãos. A necessidade de gritar descontroladamente sua dor estava montando-o com força. Ele simplesmente não entendia. “Eu pensei que ele me amasse.”

“Eu acho que ele ama, filho.”

“Por que ele recusou?” Elijah gritou. “Eu só quero cuidar dele e de Alani e manter os dois seguros. Eu — eu quero matar todos os dragões de Ruben para ele.”

“Você não acha que Ruben pode matar seus próprios dragões, então?”

“Huh?” Elijah se virou para olhar para Da. “Você acredita que Ruben seja tão fraco que ele precisa de alguém para cuidar dele?”

“Não!” Elijah franziu o cenho. “Por que você diz algo assim? Ruben é um dos homens mais fortes que eu conheço.” Elijah balançou a mão no ar enquanto a sua agitação crescia. “Olhe para tudo o que ele fez com Alani.”

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“Então por você gostaria de matar seus dragões?”

Da era estúpido?

“Porque eu o amo. Porque ele precisa de alguém para apoiá-lo. Porque ele é o homem mais incrível que eu conheço.” Elijah engoliu em seco no brilho de conhecimento nos olhos de Da. “Porque eu preciso dele mais do que preciso de ar.”

“Isso é uma enorme quantidade de necessidades, filho. Ar é muito importante.”

Elijah sorriu. “Assim como Ruben.”

“Você disse tudo isso a ele?” Da perguntou quando ele se recostou, olhando para Elijah e esperando por uma resposta.

“Bem... não,” disse Elijah quando ele olhou para trás de Da. Ruben já não sabia disso? Ruben não sabia que Elijah não poderia viver sem ele?

“Então eu acho que você tem algo a dizer ao meu filho,” disse Da enquanto se inclinava para frente mais uma vez. “Você pediu a ele adequadamente?”

Adequadamente? O que diabos isso significava? Ele pediu para Ruben se casar com ele, e o homem recusou. Elijah não conseguia pensar em outra forma de pedir do que de forma clara. “Eu não estou te entendendo.”

Da riu quando ele balançou a cabeça. “Quando eu pedi para Ma se casar comigo, eu disse a ela como eu me sentia a respeito dela. Ela sabia que a lua e as estrelas brilhavam apenas para ela. Ruben sabe disso?”

Elijah soltou um suspiro quando ele balançou a cabeça, se sentindo além de sua capacidade aqui que ele podia muito bem estar se afogando. “Não.”

Era um fato muito verdadeiro. Ele simplesmente pediu para Ruben se casar com ele, nada mais. Ele não tinha dito ao seu amante o quanto ele significava ou caiu de joelhos, nada.

Elijah se levantou, empurrando suas mãos nos bolsos quando ele olhou para além da fazenda Blaecleah.

Ele não tinha dito muitas coisas a Ruben.

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Claro, o cara sabia que Elijah o amava e estava tentando o máximo que pode para lidar com EPA, como Ruben chamava, mas ele realmente não tinha falado ao homem o quanto ele o amava ou como sua alma se agitava em sua presença.

“Vá para dentro,” Da rosnou.

Elijah ouviu um carro descendo a entrada de automóveis quando ele se virou para olhar sobre seu ombro. Ele sorriu para a proteção de Da. Elijah sentiu o orgulho correr por ele ao perceber que ele fazia parte da família Blaecleah pelo que ele estava testemunhando no rosto de Da. “Ele é o investigador eu contratei,” disse Elijah quando ele engolia em seco pelo olhar sombrio no rosto de Da. O homem parecia feroz, forte e simplesmente assustador no momento, até que seu rosto relaxou com as palavras de Elijah.

“Então, convide-o para entrar,” disse Da enquanto caminhava de volta para a casa.

Elijah esperou na varanda enquanto o carro de Yancy se aproximava. Ele queria correr para dentro, cair de joelhos diante de Ruben e confessar o quão profundamente ele se sentia a respeito dele, o homem que ele amava com todas as suas fibras, mas Elijah também queria ver o que Yancy tinha a dizer. Proteger Ruben e Alani estava no alto sua lista de prioridades.

Ele começou a caminhar para os degraus da escada quando ouviu um tiro. Antes que ele pudesse se abaixar, ou correr, ou fazer qualquer maldita coisa, Elijah estava caindo na varanda, o sangue espirrando de um profundo vermelho em seu peito quando ele desmaiou.

***** O coração de Ruben falhou em seu peito quando ouviu o tiro do lado de fora. Ele sabia que alguma coisa horrível tinha acontecido com Elijah. Ele apenas sabia disso. Ele empurrou Alani nos braços de Ma e correu para a varanda da frente, gritando por cima do ombro para seus irmãos olharem sua filha.

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“Ruben, não!” Lachlan gritou quando o ombro de Ruben bateu na porta da frente, a abrindo.

Ruben ignorou o homem e se empurrou pela porta.

Ele precisava chegar a Elijah, mas ele não era estúpido. Assim que ele estava na varanda, ele se agachou e se escondeu atrás da grade da varanda.

“Elijah?”

“Ele foi acertado, filho.”

O olhar Ruben correu para a esquerda. Da estava debruçado atrás de uma das cadeiras. Elijah estava caído no chão da varanda a poucos centímetros de Da. Sangue vermelho escuro se empoçava debaixo de Elijah, e ele não se movia.

“Ele está... ele está...” Ruben sentiu as lágrimas começarem a escorrer de seu rosto.

“Da?” “Ele está vivo, Ruben, apenas inconsciente.”

Um soluço pequeno de gratidão escapou dos lábios de Ruben. “O quanto ele está ferido, Da?” “Ele foi baleado, filho. Ele precisa de uma ambulância.”

“Precisamos levá-lo para dentro da casa.”

“Apenas espere um momento, filho. Eu vi o amigo de Elijah correr na direção de onde o tiro veio. Deixe-o rastrear quem está atirando em nós, antes de se mover. Se o atirador ainda estiver por aí, ele pode não errar a próxima vez.”

Ruben balançou a cabeça, mas tudo o que ele queria fazer era chegar ao lado de Elijah e o segurar, ter certeza que seu amor estava vivo. Ele correu os olhos pela escuridão e tentou ver alguma coisa, qualquer coisa.

Nada.

A neve caía no chão do telhado da varanda, mas caía silenciosamente no chão. Era assustadoramente silenciosa. Em circunstâncias normais, Ruben teria gostado da noite calma.

Ele poderia até ter trazido Alani para fora para vê-la.

Nada a respeito desta situação era normal.

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Ruben gritou e girou com o punho quando sentiu uma mão descer sobre seu ombro.

Ele ouviu um grunhido, em seguida, suas mãos foram subitamente presas e mantidas atrás das costas.

“Isso doeu, porra!”

“Yancy?”

“Quem no inferno você pensou que era?”

Ruben caiu contra o homem enorme. “Oh meu deuses, Yancy. Você me assustou extremamente.”

Yancy riu. “Eu não costumo ter esse efeito sobre homens lindos, doçura.”

Ruben bufou e se afastou de Yancy, socando seu ombro. Yancy gemeu, embora Ruben soubesse que ele não tinha machucado o cara. Um ônibus não poderia machucar Yancy. Ruben apenas revirou os olhos e se virou para Da e Elijah.

“Você encontrou alguma coisa?” Ruben perguntou quanto ele olhou por cima do ombro. “É seguro ir até Elijah?” “É seguro, doçura.”

Isso era tudo Ruben precisava ouvir. Ele atravessou para o outro lado da varanda e se colocou ao lado de Elijah. Ele teve um pouco de treinamento médico quando esteve na África, a maior parte de Mahra. Ele tinha visto mais do que seu quinhão de ferimentos de bala. Quando ele olhou para Elijah, sondando ao redor das extremidades com os dedos, ele sentiu seu coração começar a bater novamente.

“Alguém chamou uma ambulância?” ele gritou sem desviar o olhar de Elijah.

“Sua Ma chamou,” Da respondeu.

“Eu preciso de toalhas e um cobertor para cobrir Elijah. Ele não deve ser movido até os paramédicos chegarem aqui.” Ruben pressionou sua mão sobre a ferida para estancar o sangramento. Não era muito, mas uma gota era mais do que Ruben podia lidar. Elijah não deveria estar sangrando em absoluto.

Isso era sua culpa, e Ruben sabia disso. Ele trouxe isto para sua família. Ele deveria ter ficado na África. Era mais seguro para sua família. Talvez fosse melhor se ele 110

simplesmente fosse embora e voltasse, ou for para uma das outras centenas de lugares que tinha visitado durante o seu tempo longe da fazenda. Ele conheceu e fez amizades com muitas pessoas pelo mundo. Eles iriam ajudar a escondê-lo e a Alani.

“Agora me escute, filho,” disse Da enquanto ele se movia para se ajoelhar do outro lado de Elijah, “Eu posso ver onde sua cabeça está indo, e você precisa esquecer isso. Nós somos sua família, e nós estamos aqui para ajudar você.”

Ruben balançou a cabeça. “Da, eu — ” “Você não fez isso, Ruben.”

“Mas eu fiz, Da. Eu posso não ter puxado o gatilho, mas isso é minha culpa.” Ruben engoliu em seco quanto ele levantou uma mão ensanguentada na luz da varanda. “Este é o sangue de Elijah. Isso nunca teria acontecido se eu tivesse ficado em África.”

“Filho — ” “É verdade, e você sabe disso.”

“Isso é como dizer que o que Clem fez comigo foi minha culpa.”

Os olhos de Ruben estalaram para cima para ver Billy de pé na porta nos braços de Rourke. Ele olhou para o homem por um momento e balançou a cabeça. “Não é a mesma coisa, Billy.” “É a mesma coisa!” Billy gritou. “Você não fez isso. Alguém fez isso. Você não tem controle sobre o que outras pessoas fazem. Você sabe disso, e eu sei disso. Se tivesse, Janice nunca teria mostrado sua cara por aqui.”

Ruben piscou. Billy não era muito de falar. Ou ele mantinha as coisas para si mesmo ou falava por meio de Rourke, seu marido.

As únicas pessoas com quem ele realmente se sentia confortável eram os membros do clã Blaecleah. Com Yancy ali, um estranho total, Ruben ficou surpreso que Billy tivesse falado.

Mesmo assim... Ruben balançou a cabeça. Ele sabia que Billy estava tentando ajudar, mas ele estava errado. Janice era louca, e ela jamais teria aparecido na fazenda, se ele não estivesse lá, ou tido sua filha querida, ou — 110

“Aaawww!” Ruben esfregou sua coxa, onde Elijah o beliscou. Ele — “Elijah.” A cabeça de Ruben oscilou para baixo para olhar para o seu amor.

Os profundos olhos azuis de Elijah estavam olhando para ele, e eles não estavam felizes.

“Eu te amo, Ru, mas você está sendo um idiota.”

“Elijah — ” “Você honestamente acha que a África é melhor?” Elijah perguntou. “Você perdeu alguém que se preocupava na África porque as pessoas estavam atirando em você. E se tivesse sido com Alani? Pelo menos aqui ela tem a família toda se preocupando com ela.”

Os ombros de Ruben caíram. Ele sabia quando foi derrotado. Ele ainda iria fazer tudo ao seu alcance para colocar Janice atrás das grades e manter sua família segura, mas ele não iria embora.

Elijah começou a rir quando ele acariciou o braço de Ruben. Quando o riso se transformou em um gemido cheio de dor, Ruben esqueceu tudo sobre sua discussão e se inclinou sobre o homem, apertando seu peito novamente.

“Eu juro, Elijah Adrian James, se você for baleado novamente, não vou falar com você por uma semana.”

“Agora, isso sim é uma ameaça.” Rourke riu.

“Rourke!” Billy exclamou.

“Eu estou apenas dizendo, bebê.”

“Não é agradável. Elijah é da família agora.”

“Sim.” Rourke sorriu. “E isso significa que eu tenho que tratá-lo como família.”

Ruben piscou para os dois homens por um momento. Eles se sentiram como se Elijah fosse da família agora? Ele olhou ao redor para o resto dos rostos de sua família. Alguns estavam preocupados, outros divertidos, mas cada um deles estava em torno dele e de Elijah, com exceção de Ma, Lachlan, e Asa. Ruben imaginou que eles estavam no interior cuidando de sua filha.

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Ruben começou a sorrir, enquanto ele olhava de volta para Elijah. Ele estava preocupado como o rosto de Elijah parecia pálido. Ele tinha perdido muito sangue, e ele tinha que estar com dor inimaginável.

“A bala atravessou completamente, Eli”, disse ele. “E não parece que atingiu qualquer veia principal ou ossos. O médico vai dar uns pontos em você. Eu aposto que ele vai deixar você ir para casa amanhã.”

Ruben não acreditou em uma palavra do que ele estava dizendo, e o pequeno sorriso no rosto Elijah disse que ele sabia disso. Verdade, nenhuma veia principal ou osso foi atingido, e a bala tinha atravessado o ombro de Elijah.

Mas ele não estaria em casa amanhã. O médico com certeza o seguraria por alguns dias, pelo menos.

“Eu vou ficar bem, Ru,” Elijah sussurrou.

Ruben engoliu as lágrimas obstruindo sua garganta e assentiu. “Eu sei.”

“A ambulância está aqui, Ruben.”

Ruben ergueu os olhos para Da e então para a entrada de automóveis. Ele podia ver as luzes vermelhas e azuis piscando quanto três veículos se dirigiram para a entrada de automóveis — uma ambulância e dois veículos da polícia. Ruben suspirou profundamente.

Ele sabia que haveria perguntas. Ele duvidava que ele fosse autorizado a ir para o hospital com Elijah.

“Elijah, eu — ” “Bolso direito, Ru.” Ruben piscou. “Da, tem algo no bolso direito de Elijah. Você pode pegá-lo? Eu não quero soltar a pressão em seu peito.”

Da alcançou no bolso do terno de Elijah e tirou uma folha de papel um momento depois. Ele a abriu e começou a ler. Ruben franziu a testa quando Da assobiou baixo em sua garganta. “O que é?”

Da olhou para Elijah. “Você quer dizer a ele ou eu devo?”

Elijah fez uma careta. “Você.”

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“O que é?” Ruben explodiu. Ele estava enlouquecendo se perguntando. “É uma cópia de um documento que Elijah apresentou no sistema judicial esta manhã. É um testamento e uma procuração lhe dando o controle completo sobre todas e quaisquer decisões médicas relativas a Elijah Adrian James. Ele também afirma que, no caso de sua incapacidade, você tem todo e qualquer direito legal sobre ele e tudo que ele possui.”

As sobrancelhas de Ruben subiram enquanto ouvia Da. Ele olhou para Elijah em estado de choque. “Você está falando sério?”

“Claro que sim.” Elijah começou a rir, em seguida, segurou seu peito, gemendo alto.

“Droga, eu tenho que parar de fazer isso.”

“Elijah, por que você faria isso?”

A mão salpicada de sangue de Elijah cobriu a de Ruben onde elas estavam pressionadas sobre o peito. “Eu amo você.”

Antes de Ruben poder responder, os paramédicos chegaram e ele foi empurrado do caminho. Ele ficou perto, pulando de pé para pé quando Elijah foi atendido. Quando eles o colocaram em uma maca e começou a ser empurrado para a ambulância, Ruben correu atrás deles.

Ele esperou até Elijah ser carregado e a ambulância estar prestes a sair antes de dar um passo à frente.

“Você pode me dar um minuto?” ele perguntou para a paramédica. “Eu preciso falar com ele antes dele ir para o hospital.”

A mulher olhou para ele por um momento e depois acenou com a cabeça. “Mas apenas um minuto. Precisamos levar o Sr. James para o hospital.”

Ruben concordou e subiu na traseira da ambulância. Ele se aproximou até que ele pudesse agarrar a mão de Elijah e olhar para seus olhos. Ele sorriu fracamente e alisou para trás um cacho de cabelos negros do rosto de Elijah.

“Hey, você.”

“Hey.” A resposta de Elijah estava abafada pela máscara de oxigênio em seu rosto, mas Ruben podia ouvi-lo.

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“Eu te amo,” Ruben sussurrou.

“Eu te amo.”

“E eu vou me casar com você quando você voltar para casa.”

Mesmo com a máscara de oxigênio em seu rosto, não havia como Ruben não ver o sorriso que cobriu o rosto de Elijah.

“Ok.” “Me desculpe, Sr. Blaecleah, mas nós realmente precisamos levar o Sr. James para o hospital.”

Ruben assentiu para a mulher e então se inclinou e beijou o topo da mão de Elijah antes de apoiá-la no seu peito. “Eu te amo, e eu estarei no hospital assim que eu terminar com o xerife.”

“Alani.”

Ruben sorriu. “Não se preocupe. Vou levar nossa filha.”

Essa resposta pareceu satisfazer Elijah. Ele exalou suavemente e então seus olhos se fecharam. Ruben olhou para a paramédica com preocupação. Ela apenas sorriu para ele.

“Ele vai ficar bem.”

Ruben relutantemente saiu da ambulância e fechou as portas. Ele passou os braços em volta do seu estômago enquanto a ambulância saía e descia pela calçada. Ele se sentiu como seu coração estivesse indo embora com as luzes vermelhas e azuis piscando. Ele devia ter sido autorizado a acompanhar Elijah, e ele queria. Desesperadamente.

Mas descobrir quem baleou Elijah era um melhor uso do seu tempo, e ele sabia disso.

Ele não queria levar Elijah para uma casa que não fosse segura. Quanto mais rápido o atirador pudesse ser encontrado, melhor.

Ruben sentiu um braço em volta de seus ombros e olhou para ver seu Da de pé ao lado dele. Ele se inclinou nele por um momento, cedendo às lágrimas que vinham ameaçando cair desde que ouviu o tiro.

“Ele vai ficar bem, filho.”

“Eu sei, Da.” 110

“Vamos. Precisamos falar com o xerife.”

Ruben enxugou lágrimas e, em seguida, concordou com a cabeça. Ele respirou profundamente e então se virou para olhar para as pessoas de pé na varanda olhando para ele.

Essa seria uma maldita e longa noite.

Capítulo Onze Ruben andava para trás e para frente na sala de estar, batendo suavemente nas costas de Alani enquanto andava. Ele estava enlouquecendo. Depois de três dias no hospital, Elijah deveria ter alta hoje.

Lachlan e Asa tinham ido até a cidade para buscá-lo e trazê-lo de volta para a fazenda.

Ele não foi autorizado a ir ao hospital buscar Elijah como ele queria. Tinha sido decidido, e não por ele, que o lugar mais seguro que ele podia estar era na fazenda. Houve telefonemas entre ele e Elijah, mas foi isso. Ruben não ficaria feliz até que ele colocasse os olhos em Elijah e soubesse que ele estava realmente seguro.

Quando ele ouviu um veículo se aproximar da frente da casa, Ruben fez tudo o que podia para se impedir de sair correndo e abrir o tecido escuro que tinha sido colocado sobre as janelas para evitar que outras pessoas olhassem para dentro. Ele tinha que se sentar e

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esperar. Ele se sentia como um prisioneiro em sua própria casa, e ele estava arrastando todo mundo com ele em seu próprio inferno pessoal.

“Aqui, é melhor você me deixar pegá-la.”

Ruben se virou para ver Ma ao seu lado, seus braços estendidos para o bebê. Ele sentiu seu rosto corar porque ele sabia que Ma sabia exatamente o que ele estava pensando.

Assim que Elijah entrasse pela porta Ruben estaria em cima dele.

“Ela está um pouco agitada hoje, Ma,” disse Ruben quando ele entregou Alani. “Acho que deve ser sua dentição.”

“Certo.” Ma sorriu. “E não tem nada a ver com ela sentindo o seu stress ou a falta do seu outro Da.” Ruben piscou. Seu outro Da? Ruben sentiu como se um trem acabasse de se chocar com ele nas palavras de Ma. Ele nunca tinha pensado nisso dessa forma.

Assim que eles se casassem, Elijah seria o outro Da de Alani. Ruben começou a sorrir, sentir-se melhor de repente.

Ma apenas balançou a cabeça como ela sorria para Alani. “Vou lhe dar mamadeira e colocá-la para tirar uma soneca no meu quarto. Tome todo o tempo que precisar.”

“Elijah vai querer vê-la.” Ruben sabia que ele iria.

“E ele pode,” Ma respondeu. “Apenas o acomode primeiro e depois venha buscá-la.

Imagino Alani deseja ver Elijah da mesma maneira.”

Ruben franziu a testa, pensando. “Você acha que isso é possível, Ma?” “O que, meu filho?”

“Alani se apegar a Elijah tão cedo?”

“Claro que é. Elijah a ama tanto quanto ama você. Bebês sabem destas coisas. Eles podem sentir quando pessoas as seguram, sentir suas intenções. E as intenções de Elijah são apenas de amar e manter Alani segura, e ela sabe disso.”

Ruben rezou para que Ma estivesse certa. Era uma combinação pouco assustadora de duas famílias juntas.

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Os sons de passos na porta fizeram a respiração de Ruben falhar em sua garganta.

Ele se virou, seu coração batendo em seu peito, e esperou a porta se abrir. Provavelmente foi a mais longa espera de toda a sua vida. O rosto pálido e tenso que atravessou era o mais bonito do que qualquer coisa que Ruben já tinha visto.

“Eli,” ele suspirou e correu pela sala para segurar o rosto de Elijah entre suas mãos.

“Oh deuses, eu senti muito a sua falta.”

“Ru”.

Os braços de Elijah envolveram Ruben, seu rosto se enterrou em seu cabelo. Ruben podia senti-lo tremer. Eles ficaram parados ali por alguns minutos, Elijah segurando Ruben como nunca quisesse deixá-lo ir.

Ruben finalmente se inclinou para trás e olhou para o rosto de Elijah. “Como você está se sentindo?”

“Melhor agora.”

Ruben sorriu. Ele podia sentir as lágrimas picando seus olhos. “Nunca mais faça isso comigo de novo. Eu não vou aguentar.”

“Não planejo isso, bebê.”

“O médico disse que você estava bem?” Ruben estava preocupado sobre como Elijah estava pálido. E se o médico o tivesse lhe liberado cedo demais?

“Você deveria sair do hospital?”

“Eu estou bem, Ruben.”

“Bem, você parece uma merda.”

“Ruben!” Ma advertiu da cozinha.

Ruben revirou os olhos. Maldita mulher tinha orelhas de aço.

Elijah riu baixinho. “Eu estou bem, Ruben, eu prometo. A viagem até a fazenda foi um pouco áspera. Juro que Lachlan passou de propósito por cada buraco na estrada.”

“Não passei!” Lachlan exclamou da porta.

Foi só então que Ruben percebeu que havia outras pessoas na sala além dele e Elijah.

Ele acenou para seu irmão. “Obrigado por trazê-lo para casa inteiro.”

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Lachlan simplesmente assentiu.

Ruben voltou a olhar para Elijah. “Tem certeza de que está bem para sair do hospital?”

Ele suspirou e se inclinou para a mão de Elijah segurando seu rosto.

“Tenho certeza, bebê. Eu só preciso descansar um pouco. O médico disse que eu estava curando muito bem.”

Ruben não tinha tanta certeza disso, considerando a palidez do rosto de Elijah, mas ele não ia discutir, não quando ele tinha Elijah em seus braços novamente. Ele passou o braço na cintura de Elijah e começou a escoltá-lo em direção às escadas.

“Vamos colocá-lo na cama.”

“Vai se juntar a mim?”

Ruben bufou. “Vou colocá-lo para dormir.”

Conseguir Elijah no andar de cima foi relativamente simples. Tirá-lo de suas roupas foi algo completamente diferente. No momento em que Ruben terminou de despir Elijah e o colocar na cama, o rosto de Elijah estava branco como um lençol.

“O médico lhe prescreveu algum comprimido para dor?”

Elijah concordou com a cabeça e apontou para suas calças. Ruben se abaixou e pegou as calças, procurando nelas até encontrar dois frascos. “Para o que são?”

“Um é para dor e o outro é um antibiótico no caso de infecção.”

Ruben sentiu o sangue drenar de seu rosto. “Infecção?” ele sussurrou. “É uma possibilidade?” “É sempre possível com um ferimento à bala, mas não, agora eu não tenho uma infecção ou qualquer sinal de uma infecção. Na verdade, o médico está muito feliz com a forma como estou me curando. É apenas uma precaução.”

Ruben soltou um suspiro de alívio. “Okay. Eu vou pegar um pouco de água para que você tomar esses comprimidos. Eu já volto.”

“Não, fique.”

“Elijah — ” 110

“Eu não quero nenhum comprimido para dor agora. Eles deixam minha cabeça confusa. Eu só quero você.”

“Você me tem.” Ruben não podia mais negar a Elijah do que ele podia cortar sua cabeça. Ele se esticou em cima dos cobertores ao lado de Elijah e colocou a mão sobre o lado não lesionado do peito do homem. A mão de Elijah cobriu a sua quando ele virou a cabeça para olhar para Ruben.

“Você ainda vai se casar comigo?”

“Sim.” Ruben moveu sua mão para que ele pudesse esfregar seu polegar por cima da mão de Elijah. “Assim que você poder ficar na frente de Brody sem desmaiar.”

“Você vai usar meu anel?”

As sobrancelhas de Ruben subiram. “Você quer eu use um anel?”

Os olhos de Elijah se afastaram como se estivesse envergonhado. “Eu não seria contra a ideia.”

Ruben pensou sobre usar o anel de Elijah. Ele vasculhou seus sentimentos para ver se ele tinha um problema com isso. Seria basicamente declarar para o mundo que ele pertencia a Elijah. Ruben não se surpreendeu de modo algum quando ele descobriu que estava encantado com a ideia.

“Eu ficaria orgulhoso de usar seu anel.”

Os olhos de Elijah levantaram para encontrar os dele. “Sim?” “Sim.” O rosto de Elijah corou, que foi um profundo contraste de como pálido ele esteve um segundo antes. “Eu quero usar seu anel, também.”

“Eu gostaria disso.” Com quem estava ele estava brincando? Ele adoraria. Um símbolo do seu vínculo com Elijah, onde o mundo inteiro podia ver, era um sonho. “Você tem certeza que é algo que você quer fazer, Elijah? Todos saberiam.”

“Deuses, eu espero que sim.”

Ruben o encarou então olhou um pouco mais. “Desculpe-me?”

Elijah sorriu levemente. “Eu fui baleado, Ruben.”

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Ruben franziu a testa, sentindo-se totalmente confuso sobre o que usar um anel tinha a ver com ser baleado. Ele não podia sequer imaginar por que eles estavam discutindo as duas coisas na mesma conversa. “Eu estou bem ciente disso, muito obrigado. Eu não pensei em outra coisa por dias.”

“Eu podia ter perdido você.”

“O atirador não estava apontando para mim, Elijah.” Ruben estremeceu ao se lembrar daquela noite. “Ele estava mirando em você.”

“Eu ainda podia ter perdido você, e isso me fez perceber algumas coisas.”

Essa declaração despertou o interesse de Ruben. “Como?”

“Primeiro, você e Alani significam mais para mim do que qualquer coisa no mundo.

Ser baleado quando nós deveríamos estar a salvo aqui na fazenda, cercado por familiares, me fez ver que eu podia te perder se eu estivesse ou não fora do armário. Eu não vou cometer esse erro novamente.”

“Elijah — ” Elijah apertou a mão de Ruben. “Não, Ruben. Eu tomei minha decisão. Eu não vou mudar de ideia. Não me importa quem sabe que eu te amo. Eu vou gritar para o mundo inteiro, colocar um anúncio no jornal. Inferno, vou andar pela rua principal com uma placa no meu pescoço dizendo ‘eu amo pênis’ se isso for fazer você feliz. Eu apenas não me importo mais. Eu te amo, e eu quero que todos saibam disso.”

Ruben sentiu seus lábios tremerem. “Uma placa, hein?”

O rosto de Elijah corou novamente. “Você sabe o que quero dizer.”

Ruben chegou mais perto e deslizou sua mão pelo abdômen de Elijah até a margem do cabelo encaracolado acima de seu pênis. “Não, o que você quis dizer?”

“Ruben,” gemeu Elijah, seus olhos se fechando.

“O que, Eli?” Ruben sussurrou no ouvido de Elijah. “O que você quer?”

“Você sabe o que eu quero.”

“Promete não se mover?”

“Nenhum maldito músculo.”

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Ruben sorriu e tirou as cobertas de Elijah, expondo seu corpo nu. Era como um banquete dispostos diante dele — músculos esculpidos, pele lisa, e um pau de aparência incrivelmente deliciosa apontando para o ar como se implorando pelo toque de Ruben.

“Não se mova,” Ruben ordenou.

“Prometo.”

Ruben sorriu. Ele duvidava que Elijah fosse capaz de manter sua palavra, mas talvez pudesse ajudar. Ele subiu por cima e se colocou entre as pernas de Elijah, estendendo-se na cama abaixo dele. Ele colocou uma mão em cada uma das coxas de Elijah e se inclinou para lamber as gotas brilhando na cabeça do lindo pau do homem.

Elijah gemeu e empurrou instantaneamente.

“Elijah,” alertou Ruben. “Eu vou parar se você se mover.”

“Nenhum movimento, juro.”

Ruben observava como as mãos de Elijah se apertaram nos lençóis de cada lado de seu corpo antes de se inclinar para dar outro golpe com sua língua.

Sabor picante e doce salpicou sua língua. Ruben circulou a cabeça com a língua, acariciando, lambendo, devorando cada gota acumulada. Elijah tinha um gosto delicioso.

Amar Elijah era fácil. Perceber que não podia foder o homem era a parte mais difícil.

Mas não importava o quão duro seu pênis ficava ou o quanto ele doía para reivindicar Elijah, Ruben sabia que ele teria que esperar.

Isso não significa que ele não podia apreciar o que estava fazendo, no entanto, ou garantir que Elijah tivesse um bom motivo para uma soneca. Que se foda os analgésicos.

Ruben tinha sua própria marca especial de medicamentos.

Ruben torturou Elijah simplesmente lambendo ao redor da cabeça de seu pênis, e em seguida, descendo para lamber suas bolas. Ele evitou engolir o homem até sentir as mãos de Elijah em seu cabelo. Essa era a sua dica de que Elijah estava no final da sua resistência.

Apesar de Elijah estar contra as ordens e se movendo, Ruben permitiu que o homem o dirigisse até seu pênis. Uma vez lá, Ruben engolido o pau de Elijah até seu nariz estar enterrado nos púbicos cabelos encaracolados do homem.

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Elijah começou a gritar, pequenos ruídos no início, depois o volume aumentando até o quarto se encher com seus gritos de prazer.

O tempo todo, Ruben bombeou sua cabeça, sugando suas bochechas e usando sua língua para lamber cada lado da ereção inchada do homem.

Ruben enfiou dois dedos em sua boca ao lado do pau de Elijah e os deixou molhados.

Enquanto sugava o pau de Elijah na boca, ele moveu seus dedos entre bochechas da bunda do homem e acariciou seu buraco enrugado.

“Ru!” Ruben sorriu ao redor do pênis em sua boca. Elijah estava perto, muito perto. Suas bolas estavam encolhidas de perto de seu corpo, duras como pedras. O eixo na sua boca começou a inchar. Ruben rapidamente chupou pau de Elijah até o sentir bater no fundo de sua garganta. Quanto ele recuou, ele empurrou dois dedos na abertura apertada de Elijah.

Elijah enrijeceu e gritou o nome de Ruben. Ruben puxou até sua boca ficar apenas ao redor da cabeça e bombeou seus dedos dentro e fora da bunda do homem. Linhas de porra quente e picante dispararam em sua boca, enchendo-a até transbordar.

Ruben engoliu o máximo que pode e lambeu o resto. Ele diminuiu as estocadas de seus dedos quando o corpo de Elijah caiu de volta no colchão. Ele tirou os dedos e subiu de joelhos entre as coxas de Elijah. Estendeu a mão para seu próprio zíper, se atrapalhando por alguns instantes em sua pressa, mas finalmente conseguiu suas calças desfeitas e seu pênis para fora.

Ruben envolveu sua mão em torno de si e começou a bombear furiosamente. Não seria preciso muito para fazê-lo gozar. Assistir Elijah no auge da paixão era um afrodisíaco.

Ele levantou os olhos para encontrar as pálpebras pesadas de Elijah.

“Olhe para mim, Eli,” Ruben sussurrou. “Veja o que você faz comigo.”

Os olhos de Elijah eram como uma carícia queimando a pele de Ruben.

Apesar de ter gozado momentos antes, Ruben podia ver o desejo nas profundezas azuis. E o excitava mais do que qualquer coisa saber que Elijah o queria tanto.

“Vê o quanto eu quero você, Eli?” 110

Elijah engoliu em seco e assentiu.

“Vou martelar sua bunda no colchão no minuto que você estiver melhor.” Ruben começou a ofegar quando seu orgasmo se aproximava. Ele apertou os dedos, grunhindo na mordida pequena de dor que causou a ação. Ele estava tão sensível com Elijah vendo-o se masturbar. Ele estava à beira de explodir.

Ruben franziu a testa e perdeu seu ritmo quando Elijah moveu sua perna até sentir pressionar entre suas coxas e para cima contra suas bolas.

Ele começou a se mover, retomando seus golpes em seu pau enquanto se esfregava contra as coxas de Elijah.

“Oh foda!” Ruben gritou quando o orgasmo rasgou através dele. Sua cabeça caiu para trás sobre seus ombros enquanto seus golpes diminuíam. Ele continuou a mexer os quadris, se esfregando contra a coxa de Elijah, até ter ordenhado cada última gota de esperma fora de suas bolas, então desabou sobre Elijah, seu rosto no estômago do homem.

“Porra, isso foi quente, Eli.” Ruben ficou preocupado quando não recebeu nenhuma resposta de Elijah. Ele olhou para cima e começou a rir. Elijah tinha dormido, pequenos roncos vindo dele. Ruben balançou a cabeça e desceu da cama. Ele foi ao banheiro e se limpou, e em seguida, pegou uma toalha e voltou para o quarto para limpar seu amante.

Ele jogou a toalha usada no cesto e colocou suas roupas. Depois de arrumar as cobertas encima do corpo nu de Elijah, Ruben se inclinou e deu um pequeno beijo nos lábios de Elijah. Elijah sorriu em seu sono e sussurrou o nome de Ruben.

Foi suficiente para fazer as lágrimas chegarem aos olhos de Ruben. Ele olhou para Elijah por vários minutos, se perguntando como ele tinha chegado tão longe sem o homem em sua vida, e depois saiu do quarto.

Ele queria conversar com Lachlan e descobrir se havia alguma novidade sobre quem tinha atirado em Elijah, e então ele queria fazer planos para manter sua família em segurança.

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Ruben sorriu quando ele chegou ao pé da escada e viu Yancy conversando com Seamus. Seu irmão parecia estar pendurado em palavra cada de Yancy. Pela maneira como Yancy estava inclinado em Seamus, Ruben tinha certeza que a atração era recíproca.

O xerife Riley, no entanto, estava atirando punhais nos dois homens do outro lado da sala. Essa era uma reviravolta interessante de eventos. O xerife Riley parecia que queria levar Yancy para o quintal e o socar. Talvez levar Yancy para casa não tivesse sido uma ideia tão boa, afinal.

“Como está Elijah?” Lachlan perguntou quando caminhava para ficar ao lado de Ruben.

Ruben sorriu. “Dormindo.”

Lachlan riu. “Nós ouvimos.”

Ruben não conseguia nem ficar envergonhado com o que tinha feito. Ele estava muito satisfeito.

“Ma ouviu também, e eu aposto qualquer coisa que você vai conseguir sua boca lavada com sabão pelos palavrões.”

Ruben franziu a testa confuso até se lembrar de gritar quando gozou. Seu sorriso cresceu mais. “Valeu a pena.”

“Sem dúvida.” Lachlan balançou as sobrancelhas. “Mas agora você sabe por que Asa e eu temos nossa própria casa.”

“Eu já tenho um arquiteto trabalhando nas plantas para a nova casa.”

“Elijah vai se mudar para cá, então?”

A boca de Ruben caiu aberta. Ele empurrou a mão pelos cabelos. “Eu não sei. Nós nunca discutimos isso. Quero dizer, eu pensei que ele iria, mas eu acho que não, certo? Ele tem o direito de ter algo a dizer nesta decisão, certo?”

Oh homem.

“Calma, mano,” Matty disse quando ele se aproximou e deu um tapinha no ombro dele. “Tenho certeza que Elijah vai entender a necessidade de ficar aqui na fazenda. Este é um lugar muito melhor para criar Alani do que na cidade.” Matty apontou para onde Ma estava 110

sentada, balançando suavemente Alani em seus braços. “Além disso, aqui você tem uma babá embutida.”

“Nós ainda temos que falar sobre isso.”

“Claro que sim. Isso é o que os casais fazem. Eles fazem concessões.”

Ruben olhou para Matty. “Quando você se tornou um perito em casais?”

“Olá” — Matty as mãos pousou sobre seus quadris — ”você conhece o meu marido?

Eu tenho um PhD em compromisso.”

Ruben começou a rir quando uma explosão repentina e alta encheu o ar e a janela da frente quebrou, vidro soprando por toda parte. Os olhos de Ruben imediatamente foram para Ma e Alani, apenas a tempo de ver Asa puxar as duas para o chão.

Ruben pegou Matty e caiu no chão. Ele podia ver o resto de sua família se agachando também. “Que diabos foi isso?” Ruben gritou. “Alguém está atirando em nós de novo?”

O xerife Riley deslizou para olhar pela janela da frente quebrada e balançou a cabeça.

“Alguém explodiu meu carro.”

As sobrancelhas Ruben subiram. “Alguém explodiu seu carro?”

O xerife concordou.

“Por quê?”

“Por que não vamos descobrir?” O xerife Riley puxou a arma do coldre em seu quadril e começou a rastejar em direção à porta dos fundos. “Da, você pode pegar sua espingarda?”

“Sim.” Da começou a se mover em direção ao armário do corredor.

“Yancy, você está armado?” O xerife perguntou quando ele parou ao lado do homem.

Yancy concordou e puxou sua arma, verificando o tambor e em seguida o fechando.

“Eu estou pronto para ir.” Yancy começou a se mover em direção à parte de trás da casa.

“Coloque Ma e o bebê em algum lugar seguro, em algum lugar que não tenha janelas que podem ser acertadas por fora.”

Ruben concordou.

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“O restante de vocês fiquem fora de vista e prestem atenção para qualquer movimento.”

O xerife Riley entregou um pequeno fone de ouvido para Lachlan. “Fique nesta frequência. Se você ver qualquer coisa, me avise. Caso contrário, mantenha a linha aberta. E alguém chame reforços.”

O xerife Riley começou a engatinhar para longe depois parou. Ele agarrou Seamus pelo colarinho e o puxou para o beijo mais feroz, apaixonado e desesperado que Ruben já tinha visto. Os olhos de Seamus estavam enormes no momento em que o xerife o soltou.

O xerife Riley esfregou seu polegar sobre os lábios inchados pelo beijo de Seamus e olhou em seus olhos verdes. “Falaremos quando eu voltar.”

Seamus assentiu.

Sem outra palavra, o xerife se afastou. Um momento depois, Ruben ouviu o barulho da porta para trás se fechando baixinho. Ruben apenas ficou ali e encarou Seamus.

Havia muito mais coisas acontecendo ali do que ele conhecia. O xerife tinha praticamente descascado a pintura das paredes com aquele beijo.

E Seamus parecia atordoado. Claro, ele tinha um enorme sorriso no rosto, por isso não poderiam ser tão ruim.

“Ok, vamos em frente,” disse Ruben enquanto empurrava Matty em direção às escadas. “Aqueles que podem se mover, se movam!”

Assim que Matty começou a subir as escadas, Ruben se arrastou até onde Asa estava cobrindo Ma e Alani. Surpreendentemente, Alani ainda estava dormindo. Ruben não ficou muito entusiasmado sabendo que Alani conseguia dormir com explosões e tiros por causa da experiência com eles, mas pulava em altas vozes. Ele preferiria que ela estivesse gritando por causa do barulho inesperado.

“Hey, Ma, como você está?”

“Alguém atirou em minhas janelas, filho.” O nariz de Ma flamejava quando ela se sentou. “Se um dia eu descobrir quem foi, ele vai desejar nunca ter mexido com essa família.

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Minha Ma me deu essas cortinas de renda antes de eu sair da Irlanda. Elas não podem ser substituídas.”

Ruben pegou Alani dos braços de Ma e a colocou em seu peito.

“Eu sinto muito por isso, Ma. Eu gostaria que houvesse algo que eu pudesse fazer.”

“E tem, filho.” Ma apontou em direção as escadas. “Coloque esse bebê em algum lugar seguro. Ela é muito mais importante do que minhas cortinas.”

Quando Asa acenou para ele, deixando Ruben saber que ele tomaria conta de Ma, Ruben rastejou até chegar às escadas. Então ele se levantou e subiu correndo as escadas. O corredor no andar de cima era o único lugar na casa que não tinha janelas. Parecia o lugar seguro para se estar no momento.

Ruben entregou Alani para Matty, em seguida, entrou em seu quarto. Ele não podia deixar Elijah sozinho lá dentro. Ruben não ficou surpreso quando viu que Elijah estava sentado na cama, olhando ao redor em confusão.

“O que aconteceu?”

“Você precisa se vestir, bebê,” disse Ruben enquanto pegava a roupa do homem do chão. “E depressa. Alguém explodiu o carro do xerife.”

“O quê?” Elijah gritou enquanto ele saía da cama o mais rápido que podia e começou a se vestir. “Alguém está ferido?”

“Não parece. O xerife e Yancy se esgueiraram pela porta dos fundos para ver se consegue encontrar ninguém. Todos os outros estão dentro da casa. O xerife nos quer dentro de casa, em algum lugar onde não podemos ser alvos de tiros.”

As sobrancelhas Elijah dispararam. “Eles estão atirando em nós?”

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Capítulo Doze Elijah queria gritar de irritação. Quando é que isso ia parar de vez?

A mãe biológica de Ruben não estava mais apenas tentando conseguir a custódia de Alani, coisa que Elijah poderia ter lutado no tribunal. Ela estava tentando matar todos. Ela estava louca.

“Qual é o plano?”

A sobrancelha de Ruben arqueou quando ele se virou para olhar para ele. Em qualquer outra circunstância, ele teria achado adorável. Agora, isso só o fez querer rosnar de frustração. Ele sabia o Ruben iria dizer antes que ele abrisse a boca.

“Eu não sou um inválido, Ruben.”

“Perto o suficiente.”

Os olhos de Elijah se estreitaram. “Você realmente acha que vou apenas ficar sentado aqui, mexendo meus polegares, enquanto alguém tenta tirar minha família de mim?”

“Não, você vai se esconder junto comigo e com o resto da família.”

Oh. Bem, isso era diferente. Elijah não gostava da ideia de se esconder de ninguém.

Ele odiava os valentões com uma paixão, especialmente depois do que havia acontecido com

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Thomas. Mas proteger sua família era mais importante, e se esconder de quem estava tentando matá-los era o que era preciso, então é isso é o que ele faria.

“Eu gostaria de ter uma arma.”

A cabeça de Ruben inclinou. “Você sabe como atirar com uma arma?”

“Eu estive no exercito uma vez, Ruben. E eu não fazia serviços gerais.”

“Não duvido.” Ruben foi até seu armário, confundindo Elijah. Ele pensou que eles deveriam se esconder. Ruben vasculhou do dentro do armário por um momento, e em seguida saiu com uma caixa preta na mão. Ele a estendeu para Elijah. “Mahra deu estes para mim. Eu estava guardando-as para o vigésimo primeiro aniversário de Alani, caso ela quisesse.”

Elijah levantou uma sobrancelha, a curiosidade o corroendo quando ele abriu a caixa.

Ele ficou boquiaberto, seu queixo caindo. “Você sabe o que são?” ele perguntou quando ele puxou cuidadosamente uma das duas armas idênticas da caixa e checou para ver se estava carregada. Não estava, mas havia quatro carregadores vazios na caixa junto com uma caixa de munição.

“Sim, elas são Desert Eagle 0,44 Magnums2.”

“Merda.”

Ruben deu uma risadinha e pegou uma dos carregadores. Ele abriu a caixa de munição e começou a carregá-lo. Elijah piscou de espanto, enquanto observava. Ruben estava carregando o carregador como se ele tivesse feito isso todo o dia de sua vida.

“Existe algo que você precisa me dizer, bebê?” Elijah perguntou como ele começou a carregar seu próprio carregador.

“Atiraram em nós, várias vezes. Na verdade não deveríamos ter armas quando estamos fazendo trabalho de ajuda, mas quando Alani chegou, Mahra queria ter certeza que estávamos protegidos.” Ruben deu de ombros. “Parece que não adiantou para Mahra.

Deixamos as malditas coisas no acampamento no dia em que ela foi baleada.”

2

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“Lamento que Mahra tenha morrido, mas você nunca seria capaz de viver consigo mesmo se você matasse alguém, Ruben.” Elijah sabia disso no fundo de seus ossos. Ele, por outro lado, não tinha qualquer problema em atirar em quem tentasse ferir sua família.

Assim que os carregadores estavam carregados, Elijah carregou as armas. Ele entregou uma a Ruben, apenas no caso, e pegou a outra para ele.

“Não a use, a menos que seja absolutamente necessário. E quando isso acabar, precisamos conversar sobre um cofre para armas para a casa nova. Não quero que Alani se machuque.”

Ruben sorriu. “Sim, querido.”

“Vamos,” disse Elijah quando ele começou da porta para o corredor, “Eu quero ver minha filha.” Elijah saiu para o corredor, em seguida, congelou. Alguma coisa não estava certa. “Onde estão todos?”

“Se escondendo?”

“Se escondendo onde?”

Elijah ouviu um ruído abafado no final do corredor. Ele correu até a porta que dava para o armário de roupas de cama e a abriu. Matty estava no interior, sentado no chão, Alani aninhada em seus braços. Seus olhos estavam selvagens, cheios de medo. Elijah praguejou baixinho e estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar, mas Matty sacudiu a cabeça rapidamente e apontou.

“Eu quero minha neta.”

Elijah engoliu em seco e se virou para ver Janice de pé no alto das escadas, uma arma na mão. Estava apontada diretamente para Ruben, que estava entre Elijah e Janice.

Bem, maldição!

Elijah segurou sua arma em uma mão e colocou a outra na cintura de Ruben. Ele rapidamente examinou o corredor por uma fuga, mas não havia uma. O armário de roupas estava no final do corredor. Era um tiro reto de Janice para eles. Se ele se movesse, ela veria Matty e Alani encolhidos no chão.

“Dê ela para mim.”

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Ruben começou a sacudir a cabeça até que Elijah o abraçou.

Discutir com uma louca com uma arma não era uma boa ideia. Eles precisavam descobrir uma maneira de sair disto. Elijah usou seu pé para empurrar Matty, tentando conseguir que ele se movesse para um dos lados do armário de roupa. Ele precisava de Matty e Alani fora da linha de fogo.

Quando sentiu Matty dar tapinhas em sua perna, ele começou a empurrar as costas de Ruben lentamente, lhe pedindo para ir para frente. Eles precisavam chegar à outra porta, em algum lugar que ele pudesse empurrar Ruben e tirá-lo da linha de fogo.

“Olha, se é o dinheiro,” disse Ruben, “você pode tê-lo. Vou assinar o que quiser.”

“Você realmente espera que eu acredite nisso?” Janice zombou. “Seu pai me avisou sobre você, sobre as coisas que você faria para tentar me enganar. Eu não vou cair nessa.”

“Eu juro, eu não quero o dinheiro.”

O coração de Elijah doía quando ele ouviu a súplica na voz de Ruben.

Tinha que ser horrível estar diante de sua mãe com uma arma na mão.

“Eu não acredito em você!” Janice gritou. “Dê-me o bebê!”

Do coração de Elijah bateu em sua garganta quando Janice levantou mais a arma.

“O nome dela é Alani.”

“Que se foda qual é seu nome,” Janice gritou. “Dê a ela a mim.”

A cabeça de Ruben inclinou de repente para um lado. Elijah quase gemeu.

“Você realmente não se importa, não é? Ela é apenas uma maneira de você conseguir o dinheiro do pai. Você poderia se importar menos com qual é o nome dela ou como ela se parece.”

“Esse dinheiro é meu, porra!” Janice explodiu. “Eu trabalhei por ele por mais de trinta anos. Eu aturei você e seu irmão e seu pai. Eu aturei aquela igreja estúpida e de todos aqueles devotados bajuladores e seguidores ao redor do seu pai. O falecido e grande reverendo McCallister.”

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Janice de repente riu histericamente. “Se eles soubessem a verdade. Ele era um bastardo, e eu odiava o chão que ele pisava. Eu cuspo no seu túmulo quando eu penso que eu pude fugir com ele.”

Elijah piscou, surpreso. Bem, isso era interessante.

“Eu pensei que você o amava,” disse Ruben. “Você fez tudo o que ele disse.”

“Apenas porque eu tinha que fazer. Eu o odiava, e ele sabia disso. Ele segurou esse dinheiro sobre a minha cabeça todos os dias da minha vida.” Janice bateu sua mão contra o peito. “Esse era o meu dinheiro. Era meu dinheiro antes de nos casarmos, mas ele me convenceu a assinar um documento na nossa noite de núpcias, e depois eu soube que tipo de bastardo ele realmente era, mas aí já era tarde demais.”

“Então por que você ficou?”

“Porque eu queria o meu dinheiro.”

“Então você nos colocou no inferno por causa de dinheiro?”

Elijah fechou os olhos por um breve momento. Ruben parecia tão arrasado. E ele podia ouvir Matty fungando baixinho atrás dele.

Isso precisava acabar antes que Janice destruísse seus dois filhos, e talvez o resto da família Blaecleah também.

“Eu sou um advogado,” disse Elijah quando ele começou sair detrás de Ruben, mantendo a arma escondida atrás dele. “Eu posso elaborar qualquer documento que você quiser que lhe dê controle completo sobre o fundo de confiança do reverendo McCallister.

Você não precisa de Alani para ter o dinheiro.”

“Você acha é assim tão fácil?” Janice começou a agitar sua mão no ar. Elijah rezou para que a arma em sua mão não disparasse acidentalmente durante seu discurso. “Arthur colocou clausulas no testamento que somente aqueles que criarem Alani podem ter acesso ao seu fundo de confiança. Você não pode fazer nenhuma porcaria de documentos para mim, então cale a boca.”

“Sabe, para alguém que viveu como esposa de um reverendo pelos últimos trinta anos, você tem uma boca muito suja.”

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Os olhos de Elijah quase saltaram de sua cabeça quando ele reconheceu a voz de Ma e a viu chegar por trás Janice, agitando uma frigideira na mão. Ele sabia que Janice ia atirar em Ma, e ele não podia permitir isso.

“Ma!” Ruben gritou. “Não!”

Elijah empurrou Ruben fora do caminho e correu pelo corredor.

Ele alcançou Janice no mesmo tempo que ela levantou a arma para atirar em Ma. Sem sequer pensar sobre isso, Elijah levantou a arma na mão, apontou-a para Janice, e puxou o gatilho.

Janice gritou e caiu, mas não antes de Ma acertá-la na cabeça com sua frigideira de ferro fundido. Ela não se mexeu depois disso.

Ma chutou a mulher imóvel nas costelas. “Eu não permito palavrões em minha casa.”

Elijah se inclinou e puxou várias respirações profundas quando o medo e alívio percorreram todo seu corpo. Ele sentiu uma mão alisar suas costas e olhou para cima para ver Ruben de pé ao lado dele. Elijah o checou da cabeça aos pés. Ele parecia ileso, fisicamente, pelo menos. Emocionalmente, ele tinha que estar um desastre.

Elijah se agachou ao lado de Janice e procurou um pulso. Ele não estava certo se estava aliviado ou não quando ele encontrou um. Aparentemente, ele tinha apenas a acertado de raspão, mas ela com certeza estaria com uma maldita de uma dor de cabeça quando ela acordasse.

“Mãe, você poderia chamar uma ambulância?”

“Sobre protestos.”

Elijah sorriu enquanto observava Ma descer as escadas, sua frigideira na mão. Ele ergueu os olhos para Ruben. “Bebê, eu preciso de algo para amarrá-la e de duas fronhas da cama.”

Os lábios de Ruben estavam brancos de serem pressionados, mas ele balançou a cabeça e correu para o quarto. Ele estava de volta um momento mais tarde, com as fronhas e um cinto de roupão. Não era uma corda, mas iria funcionar.

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Elijah ejetou o carregador de sua arma, verificado para se certificar não tinham balas na câmara, e em seguida, apertou a trava de segurança. Ele pegou uma fronha e colocou a arma dentro. A polícia iria querer isso, e não ele precisava das impressões digitais de ninguém, exceto as dele. Ele colocou a arma no chão, em seguida, fez o mesmo com arma de Janice.

Ele rolou Janice com cuidado sobre seu estômago e amarrou suas mãos atrás das costas. Por precaução, e porque ele não confiava na mulher, ele amarrou também seus pés junto com o cinto, e então a rolou de costas.

Elijah se empurrou de pé e estendeu a mão para Ruben. O homem veio de bom grado em seus braços, apertando seu rosto contra o peito de Elijah.

Elijah enterrou o rosto nos cabelos de Ruben, segurando-o mais perto que podia.

“Acabou agora, bebê. Ela nunca mais poderá te machucar novamente.”

“Ela ia matar todos nós,” Ruben sussurrou com uma voz trêmula.

“Eu sei, mas nós a impedimos. Ela irá para a prisão por isso, Ruben.”

Ruben estremeceu. “Eu só quero que ela vá embora.”

“Ok, me escute.” Elijah agarrou os ombros de Ruben e o afastou alguns centímetros.

“Eu quero que você leve Alani e Matty ao nosso quarto. Fique longe das janelas até que eu dizer que está tudo bem. Eu vou levar Janice lá embaixo e amarrá-la a uma cadeira ou algo assim. Se ela se mover, eu vou fazer Ma bater nela.”

Ruben deu uma risadinha, que era o que Elijah estava esperando. O homem estava muito pálido para seu gosto. Ele se inclinou e colocou um pequeno beijo nos lábios de Ruben, e o empurrou de volta pelo corredor.

“Vá em frente, Ru, vá cuidar de nossa filha.”

Elijah ficou olhando até Ruben, Matty, e Alani entrarem no quarto e então se abaixou para levantar Janice em seus braços. Ele pegou as duas fronhas com a mão e carregou tudo para baixo.

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Ele tinha chegado ao último degrau quando a porta se abriu e Quaid entrou correndo para dentro. Ele parecia enlouquecido de preocupação enquanto seus olhos procuravam pela sala até parar sobre Elijah. “Matty?”

“Ele está lá em cima no quarto de Ruben. Ele está bem.”

Quaid lhe deu um aceno agradecido então subiu correndo as escadas. Elijah ouviu a porta do quarto se abrir um momento depois e o grito feliz de Matty.

Ele carregou Janice para a sala e derrubou sobre o sofá. Colocou as armas sobre a mesa lado do outro lado da sala. Ele não queria Janice perto as armas, no caso de problemas.

Elijah pegou algumas toalhas da cozinha e as enrolou ao redor do ferimento de raspão no ombro de Janice. Ele pode querer vê-la morta, mas ele suspeitava havia uma parte de Ruben e Matty que não, mesmo se eles a quisessem atrás das grades. Ela deu à luz a eles.

“Ela está ainda está respirando?”

“Sim, Ma.” “Maldição.”

Chocado com palavras de Ma, Elijah se virou para ver a mulher de pé na arcada que levava à sala de jantar. Seus braços estavam cruzados sobre o peito, mas ela ainda tinha sua frigideira na mão. Tinha uma careta profunda em seu rosto enquanto ela encarava Janice.

Elijah começou a rir. “Eu adoro você, Ma.” “É bom mesmo.” Ma sacudiu a frigideira para ele. “Você é uma parte desta família agora.”

Elijah não podia ter ficado mais feliz com isso.

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Capítulo Treze Elijah estava nervoso. Ele podia sentir suas palmas suando e as esfregou rapidamente nas pernas de suas calças pretas. Sempre teve um pouco de ansiedade quando ele entrava em um tribunal e tinha que ficar diante uma sala cheia de pessoas, mas isso era diferente.

Era muito mais estressante.

Ruben e a maior parte do clã Blaecleah estavam sentados nos bancos na frente da igreja, apenas do outro lado da porta onde Elijah estava atrás de pé. Se ele olhasse pela janela em forma de pequenos losangos na porta, ele sabia que seria capaz de ver Ruben sentado com Alani em seu colo, rodeado por todos os membros de sua família, menos Matty.

Elijah respirou fundo. Eles eram sua família agora. Todos os documentos judiciais tinham sido apresentados os tribunais. Para todos os efeitos, Ruben e Elijah eram companheiros legais na vida. Tinha sido também apresentada a documentação para Elijah 110

adotar Alani. Eles estavam apenas esperando o período de experiência de seis meses antes de o juiz assinar os papéis e os tornar totalmente legais.

Elijah não tinha dúvida de que o juiz iria assiná-los também. A visita domiciliar pelo serviço de proteção a criança filho tinha saído sem problemas. A mulher tinha amado o que eles fizeram com o quarto de Alani, incorporando a herança egípcia de Mahra.

Com a ajuda das habilidades de carpinteiro de Mark, Alani agora vivia em um quarto próprio para uma princesa egípcia, completo com colunas, hieróglifos e um grande mural de Mahra em de suas paredes. Ruben e Elijah nunca quiseram que Alani esquecesse a mulher que lhe dera à luz. Sua herança era importante e precisava ser passada para sua filha.

Elijah estava muito feliz que a herança de Janice não seria passada para Alani. A mulher era uma ameaça à sociedade. Após todas as provas que tinham sido reunidas contra ela, incluindo o rapaz que cuidava de sua piscina que contou tudo sobre atirar em Elijah por insistência dela, Janice seria condenada à prisão perpétua por quatro acusações de tentativa de homicídio, sendo um contra um policial. Ela não veria a luz do dia até que ela estivesse velha e grisalha e não poderia machucar mais ninguém.

Ruben continuava não querendo nada com ela ou com o dinheiro de seu pai. O dinheiro que tinha sido deixado para Alani foi colocado em um fundo de confiança e não podia ser acessado por ninguém até que Alani tivesse vinte e cinco anos, e apenas por Alani — se ela ainda o quisesse.

Elijah suspeitava que após ser criada no clã Blaecleah, o dinheiro não iria significa muito para Alani quando ela fosse mais velha. Havia coisas mais importantes na vida, como família e se apaixonar.

E convencer o homem que você ama a passar o resto de sua vida com você. Elijah respirou fundo novamente e abriu a porta para o salão principal da igreja. Algumas pessoas se viraram e olharam para ele, mas não mais do que isso. Elijah sabia que haveria mais e podia sentir enquanto andava pelo corredor entre os bancos, não parando onde Ruben estava sentado, mas passando diretamente por ele e caminhando para frente da igreja.

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Benjamin Brody acenou para ele e saiu para o lado para ficar ao lado de seu marido, Neason. Elijah sorriu nervosamente e olhou para a congregação até seus olhos pousarem sobre um homem em particular. Ruben estava lhe dando uma careta esquisita, mas o resto dos Blaecleahs tinha sorrisos de conhecimento em seus rostos. Eles tinham o direito de seus sorrisos. Foi preciso muitas pessoas para planejar o que Elijah tinha em mente.

“Olá,” disse Elijah nervosamente.

Ele recebeu um coro de saudações e algumas risadas de volta. “É véspera de Natal hoje à noite. É um momento especial quando as pessoas devem estar cercadas por amigos e pessoas queridas. Quando eu olho todos vocês aqui esta noite, eu posso honestamente dizer que estou cercado de amigos e pessoas queridas.”

Elijah cruzou as mãos atrás das costas e esfregou as palmas das mãos. Se ele conseguisse terminar sem desmaiar, ele ficaria extremamente chocado e impressionado. Ele olhou para Ruben novamente e engoliu em seco.

“Ruben Blaecleah, eu te disse que te amava.” Elijah sorriu quando o queixo de Ruben caiu. “Eu pedi para você se casar comigo. Você disse que sim. Você quis dizer isso?”

Ruben concordou com a cabeça.

“Eu não consigo te ouvir.”

“Si–sim,” Ruben guinchou, seu rosto corando em vermelho escuro.

Elijah sorriu quando várias pessoas riram.

“Você ainda dizer isso, Ruben?” Elijah perguntou. “Quer se casar comigo?”

“Sim.” “Quer se casar comigo agora?”

“Sim, eu — ” Os olhos de Ruben se arregalaram. “Espere, agora? Agora mesmo?”

Elijah concordou.

A porta de trás da igreja se abrir e Matty entrou. Ele caminhou até Ruben e prendeu uma rosa amarela na lapela de sua camisa de seda social cor creme e depois piscou para ele antes de caminhar até a frente da igreja para ficar ao lado de Elijah.

“Bem, Ruben?” Elijah estendeu sua mão. “Quer se casar comigo?”

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Ruben engoliu várias vezes. Quando ele apenas ficou ali olhando, Elijah começou a pensar que poderia ter jogado tudo errado. E se Ruben dissesse que não? E se ele não queria se casar na igreja?

Inferno, que se ele não queria se casar, afinal?

Ruben tinha mudado de ideia?

O coração de Elijah trovejou em seu peito quando Ruben se levantou e entregou Alani para sua mãe. Ele pensou que seus joelhos poderiam ceder quando Ruben deslizou para fora do banco e começou a andar para frente da igreja, parando bem na frente dele, seus olhos no chão.

A respiração de Elijah ficou presa em sua garganta quando Ruben olhou para cima.

Seus profundos olhos castanhos brilhavam com lágrimas não derramadas, mas uma a uma começaram a deslizar pelo seu rosto. Seu sorriso era enorme quando ele agarrou a mão de Elijah e a segurou entre as dele.

“Impressionante, Elijah.”

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