Todos os Seus Desejos Obrigaçþes Tribais 4
Drew Hamilton não sabia por que seu amante de repente o deixou. Ele só sabia que foi abandonado, e em seu coração Drew vinha morrendo lentamente desde então. Quando ele vai a uma festa com seu colega de quarto, nunca espera encontrar seu ex-amante ou descobrir o mundo que Garret vinha escondendo desde que eles se conheceram. Garret LaGaffe nunca quis deixar Drew, mas sentiu que ele não tinha outra escolha quando ele foi convocado para casa por seu Electus. Drew é humano e trazê-lo para uma tribo de vampiros poderia ter ameaçado Drew mais do Garret estava disposto a permitir. Para Drew foi uma escolha melhor... ou então Garret acreditava até Drew aparecer em uma festa organizada por sua tribo. Mal-entendidos e decisões difíceis somam-se para criar uma situação já perigosa quando Garret tenta encontrar uma maneira de ter Drew em sua vida, sem colocar o homem em perigo. Quando todo o seu esforço resulta no que ele estava trabalhando tão duro para evitar, Garret vai pôr de lado o medo suficientemente para resgatar seu companheiro, ou ele perderá Drew para seus medos?
Capítulo Um
― Dança comigo. As palavras suaves, sensuais dançaram sobre a pele de Drew, como vaga-lumes no luar. Ele se inclinava contra o seu amante, os músculos rígidos e firmes das costas do seu homem enquanto balançavam suavemente sob uma música que só eles podiam ouvir. Ele sentia a respiração no rosto, uma dureza pressionando contra sua bunda quando o seu amante o segurava perto. Drew fechou os olhos e saboreou o sentimento dos braços segurando-o, o homem que o possuía em alma e coração. Um braço grosso enrolado em torno dele, oferecendo-lhe o conforto do corpo do seu amante. Uma mão acariciava os fios de seda do cabelo de Drew quando sua testa foi beijada, palavras de ternura e afeição murmuradas contra a sua pele. A pele de Drew vibrava onde o seu amante tocava, retirando-lhe um profundo gemido de prazer. Ele era viciado no toque do seu amante, sua estrutura compacta, fortes músculos e ombros largos, a forma com que o seu corpo poderoso se movia com facilidade e graça. Ele tinha uma robustez e energia vital que o tinha atraído a partir do momento em que seus olhares se encontraram por cima de um bar lotado. Isso não diminuiu em todo o tempo que eles se conheciam. Uma mão áspera e calejada do trabalho duro gentilmente segurava o queixo de Drew, inclinando a cabeça até cobrir os lábios firmes. Um roçar dos lábios na boca de Drew e o desejo colocava seu corpo em chamas. As mãos suavemente acariciando seu corpo eram belas, dedos longos e fortes. Eles deram a Drew um senso de proteção do mundo exterior, e ainda
trouxeram tanto prazer que ele cambaleou toda vez que ele sentiu o seu toque doce. Ele era um homem bonito, forte, poderoso, e ele queria Drew. Ele se elevou sobre outros homens por vários centímetros, facilmente visto em qualquer multidão. Tinha um imponente ar de autoconfiança que atraiu a atenção de todos ao redor dele. Homens e mulheres que disputavam a atenção dele. E ainda, ele escolheu a Drew. Drew nunca entenderia como ele acabou sendo escolhido pelo homem bonito, viril, mas ele ficaria eternamente grato. Ele nunca tinha sido mais feliz do que ele tinha nos meses desde que ele conheceu seu amante. O tempo tinha parado. Era como se o mundo em torno deles parou de se mexer só de olhar para os amantes. Eles conviviam juntos em perfeita harmonia, cada homem sabendo o que agradaria ao outro e querendo nada mais do que a sua felicidade completa. Era pura felicidade, um sonho do qual Drew nunca quereria acordar. ― O telefone, Drew. Drew riu quando ele se apertou ainda mais contra o seu amante. Ele não tinha a intenção de estourar sua bolha de euforia para atender ao telefone. ― Deixe-o tocar, ― ele murmurou enquanto ele virou a cabeça e pressionou os lábios contra a pele salgada do seu amante. ― A secretária eletrônica atenderá. ― O telefone, Drew! Drew franziu a testa para o tom mais agressivo. Não era para o seu amante usar esse tom assertivo, forte com ele. Ele sempre foi gentil ao falar com o Drew. ― Droga, Andrew! Atenda o maldito telefone! A névoa cheia de prazer estava quebrada quando Drew abriu os olhos e percebeu que estava na cozinha sozinho, sem amante ao seu redor, tocandoo, acariciando-o... amando-o. Ele tropeçou em sua pressa para agarrar o
balcão da cozinha antes dele cair no chão, as memórias do que ele tinha antes e o que tinha perdido sugando até a última gota de força do seu corpo. Ele se inclinou contra o balcão, enterrando o rosto nas suas mãos, seu desespero tão pesado que quase o puxou sob o abismo. ― Foda-se, Drew. Há alguma razão que você não podia atender ao telefone? ― Sam perguntou quando ele chegou a cozinha e pegou o telefone do gancho, uma mão segurando as calças ― Um cara não pode nem mijar por aqui sem a maldita coisa não parar de tocar. Drew piscou suas emoções ainda caóticas e confusas. Sam revirou os olhos ― Olá? Precisando voltar a sentir-se dormente, Drew se esforçava para abrir o armário acima do fogão e pegar a garrafa de uísque, que ele manteve lá. Ele começou a rodar a tampa da garrafa quando Sam estendeu a mão e a pegou. ― Ei! ― Sim, está bem, ― Sam disse no telefone quando ele revirou os olhos e derramou o álcool na pia. ― Nos veremos às oito horas. Adeus ― Sam desligou o telefone e jogou a garrafa de licor vazia no lixo ao mesmo tempo, e então se virou para encarar Drew ― Você não precisa ficar bêbado — novamente. ― Sam... ― Não! ― Sam levantou a mão, parando Drew, seus olhos estreitaram em raiva ― Já te vi bêbado o suficiente nos últimos meses para uma vida inteira. Isso tem que parar, Drew. ― Sam... ― outra vez, Sam levantou a mão ― Não, Drew. Isso acaba agora. Os ombros de Drew caíram ― Eu não pretendo ficar bêbado. Eu só... ― Ele encolheu os ombros, porque não tinha palavras para explicar por que tinha bebido tanto. Não era como se ele quisesse tornar-se um alcoólatra.
Houve alguns momentos em que as memórias tornaram-se muito e ele
precisava
ficar
longe...
ou
aproximar-se
delas.
Ele
nunca
esteve
completamente certo do que aconteceria quando começou a beber. Ou iria esquecer que o seu amante existiu ou afogar-se nas lembranças. Ambos dilaceravam a alma de Drew. ― Eu sei, Drew, ― Sam disse em uma voz muito menos hostil ― Eu sei que é difícil. Eu entendo. Eu faço. Mas é hora de seguir em frente. Você precisa deixá-lo ir. Ele se foi, mas há mais peixes no barril, você sabe? Os lábios de Drew franziram-se quando ele olhou para o seu companheiro de quarto, e então ele começou a rir. Rapidamente quebrou em uma gargalhada cheia ― Peixe no barril? Realmente? Sam sorriu e encolheu os ombros. A alegria desapareceu lentamente quando Drew deixou a sua cabeça cair de volta e olhou para o teto ― Sinto tanta falta dele, Sam. ― Foi como uma faca na barriga toda vez que ele pensou em dançar com o seu amante. As memórias eram agridoces, dando-lhe o consolo, mas destruindo ao mesmo tempo. ― Quer que eu o localize e o mate? Drew começou a rir novamente quando ele olhou para Sam, porque ele sabia que o cara iria fazê-lo se ele pedisse. Sam era louco assim mesmo. ― Não, ele tinha suas razões para sair. ― Sorriso de Drew caiu novamente, e ele respirou profundamente, tentando acalmar a dor profunda no seu coração ― Eu só queria saber onde ele foi. De todas as coisas, e além da dor de ser abandonado e a angústia de não ter o seu amante ao seu lado, foi o que mais incomodou Drew. Seu amante o tinha deixado sem dizer uma palavra. Drew chegou em casa do trabalho um dia e tudo que era dele tinha desaparecido, incluindo seu amante.
Nenhuma nota. Nenhuma explicação sobre por que tudo acabou. Drew não fazia ideia por que seu amante o tinha deixado. Talvez se ele soubesse o que tinha feito de errado, poderia aceitar. ― Sério, Drew, ― Sam disse, de repente seriamente ― Eu conheço pessoas. Dê-me o seu nome e vou enviar alguns dos meus amigos para ter uma conversinha com ele. Além disso, você pode ser capaz de descobrir por que ele... ― Não ― Drew abanou a cabeça ― Isso é meu. Interesse curioso nos olhos azuis de Sam ― Vingança? Drew desejou que vingança fosse assim tão fácil ― Não, o nome dele. ― Eu nunca entendi por que você não me disse o seu nome. Drew sentiu seus olhos lacrimejarem quando ele se virou para olhar pela janela da cozinha. Ele sabia que não compartilhar o nome do seu amante não fez muito sentido para a maioria das pessoas, mas isso era apenas como tinha de ser. Era uma das únicas maneiras que Drew poderia manter sua sanidade. ― Se eu disse o nome, em seguida, torna-se real, Sam. Eu sei que ele partiu, mas se as pessoas souberem quem ele era, eles vão falar sobre ele, e então ele não é meu mais. Uma parte da sua alma foi com seu amante, e Drew sabia que ele nunca mais a teria de volta. Ele poderia achar uma margem de felicidade com outra pessoa, mas ele nunca iria viver nas nuvens, como fez apenas poucos meses antes do desaparecimento do seu amante. ― Então ― Sam disse quando ele abriu a porta do frigorífico e alcançou um refrigerante, muito obviamente, mudando de assunto ― Eu tenho essa festinha esta noite. O telefonema era sobre isto. Porque você não vai comigo? ― Ah, Sam, acho que não...
Sam balançou as sobrancelhas sugestivamente ― Eles têm caras bonitos e comida de graça. Drew não tinha absolutamente nenhum interesse em rapazes atraentes, ou até mesmo feios. Sentia que sua libido tinha morrido de uma morte agonizante quando seu amante saiu pela porta. Ele não esteve interessado em sexo... em meses. Por outro lado comida livre... ― É casual? ― Muito ― Sam riu. Drew sabia que não havia como ele escapar, não, se ele queria convencer Sam de que ele não era um completo caso perdido. ― Que horas eu preciso estar pronto para ir? ― Sim! ― Sam começou a saltar ao redor tão animadamente que o refrigerante na mão saltou da lata. Olhos rolando na exasperação, mas incapaz de manter fora um sorriso, Drew estendeu a mão e pegou uma toalha de papel, entregando-a a Sam. ― Você estava dizendo? Sam riu ― Sim, hum, 07:30. Esta coisa começa às 08:00. ― Então acho que vou tirar uma soneca antes de irmos. ― Drew se afastou do balcão acompanhando os desenhos do piso da cozinha quadriculada em preto e branco. Ele fez um show lançando seu cabelo por cima do ombro, mesmo que teve pouco efeito por ser curto ― Preciso do meu sono de beleza. ― Oh sim, princesa, não gostaríamos de interferir no seu sono de beleza. Drew levantou o dedo para Sam quando ele saiu pela porta da cozinha balançando e indo para as escadas. Ele podia ouvir o riso de Sam segui-lo todo o caminho para o segundo andar até o quarto dele. Ele estava compartilhando um apartamento com Sam só pelo o último par de meses mesmo eles sendo amigos desde o colegial. Depois de dividir com o seu amante, Drew precisava de alguém para ajudar com as
contas. Ao mesmo tempo Sam precisava de um lugar, então deu certo para os dois, apesar de preferir ainda ter seu amante lá. Só não era para ser. Drew entrou no seu quarto e foi para a cama. Ele olhou ao redor do grande quarto... quando sentou-se ao lado da cama. Mesmo agora, depois de três meses, ainda havia sinais do seu amante, ou falta de sinais seria mais preciso. Drew não tinha tido a coragem de colocar sua roupa em qualquer uma das gavetas vazias na cômoda ou mover os livros na estante assim havia lacunas aparentes. Havia pontos ainda em branco na parte superior do armário onde seu amante usava para colocar a carteira e chaves. Eles estavam sempre ao lado onde Drew manteve a sua carteira e chaves. Drew recusou-se a olhar para a foto na sua mesa de cabeceira, quando ele se esticou na cama. Ele manteve os olhos firmemente no teto, não cedendo à necessidade de ver a cara do seu amante, mesmo que tenha sido apenas em preto e branco. Manter a imagem era estúpido e só prolongou sua dependência de um homem que não o queria mais, mas jogá-la fora era uma tortura que Drew achava que não poderia suportar. Então, ele a manteve e se torturou por olhar para ela...
― Isso não é casual, Sam, ― Drew estalou quando eles tomavam o elevador até a cobertura do Grand Hotel. Quando Sam o convidou para este encontro, ele pensou em um churrasco de quintal ou algo assim, não uma festa em um dos hotéis mais chique da cidade. Drew enrolou o lábio superior quando Sam olhou-o de cima a baixo.
― Você parece bem. Com certeza... para um maldito churrasco de quintal. Seus apertados jeans desbotados tinham um rasgão na frente logo abaixo do joelho e outro na coxa traseira logo abaixo do seu traseiro. A camiseta era simples, azul marinho de algodão sob uma camisa de flanela desgastada com as mangas arregaçadas até os cotovelos e suas botas de trabalho com ponta de aço. ― Você vai pagar por isso, Sam, ― Drew sussurrou duramente entre dentes, apertando as mãos para não envolvê-las em volta do pescoço de Sam. Havia outras pessoas no elevador, depois de tudo. E eles estavam olhando para Drew como se ele realmente estivesse indo a um churrasco de quintal — qualquer quintal com churrasco enquanto não fosse seu hotel de luxo. Drew queria afundar sob o piso de azulejo polido. Sam não pareceu ter o mesmo problema. Ele apenas sorria, colocando os polegares nos bolsos das calças, balançando-se nos saltos das suas botas ― Não se preocupe com eles, ― ele disse quando viu os dois homens em pé no elevador com eles ― Eles estão com mais medo de você do que você deles. ― Sim... não. ― Drew a sério não achava que era possível. Não é como se ele estivesse assustado, necessariamente, pirei porra. Ele era um cara casual, não ostensivo ou chamativo ― Sam, estou muito feliz tomando uma cerveja e coçando meu saco. Mais um evento na alta sociedade não é para mim. ― Eu também. ― Sam riu ― Não entre em pânico, Drew. Não temos que ficar muito tempo, mas eu tenho que fazer uma aparição, conversar com algumas pessoas. Nós vamos nos misturar um pouco, comer alguma coisa e então cair fora. ― Oh graças a Deus.
Os dois homens no elevador riram da resposta de Drew. Drew começou a encará-los quando o elevador, de repente, parou e as portas deslizaram abertas. Drew viu todas as pessoas, misturando-se na cobertura e começou a voltar para o botão para levá-lo até a portaria. ― Drew! Girando os olhos, Drew desistiu de tentar de fugir e seguiu Sam fora do elevador. Ele pode sempre escapar mais tarde... bem depois que ele matasse Sam. Drew andava atrás de Sam, seu colega de quarto sorrindo para os estranhos apresentando-o, enquanto ele tentava descobrir um motivo se a probabilidade de encontrar estas pessoas novamente era incrivelmente pequena... minúscula... não era para acontecer nesta vida. ― Doce Jesus, há um bar. ― Drew começou a fazer um caminho mais curto para o pedaço do céu na terra, com a intenção de se embebedar até vomitar no tapete ou ser jogado fora do hotel por estar bêbado e fazendo desordem. O som de um profundo, rico, suave tom de riso de alguém de repente atingiu seus ouvidos, fazendo Drew tropeçar. Ele pegou uma cadeira para firmar-se e olhou ao redor, certo, que ele tinha que estar ouvindo coisas. Drew engoliu, seus nervos completamente mexidos pela crua fome que ele sentiu ao ouvir a risada completa e masculina que ele conhecia melhor do que ele próprio. ― Drew, tudo bem? Drew manteve seus lábios pressionados juntos enquanto ele sondou a sala. Seu amante não seria difícil de encontrar mesmo em uma sala cheia de pessoas. Ele tinha uma presença dominante que atraia pessoas a ele. Ele era alto, se sobressaia acima de todos os outros mortais na terra. ― Drew?
― Estou bem ― ele respondeu com calma enganosa. Quem ele estava tentando enganar? Ele estava à beira de se tornar um candidato de caso perdido de internação. ― Você está muito pálido, Drew, ― Sam disse quando ele agarrou o braço de Drew ― Quer ir para casa? ― Ainda não ― Drew ainda podia ouvir o riso profundo, e ele seguiu esse som com os olhos até que eles desembarcaram em uma figura bastante alta do outro lado da sala. Todo o ar se concentrou nos pulmões de Drew, cortando o oxigênio para o cérebro. Drew podia sentir as pernas começarem a enfraquecer. ― Vamos, rapaz, senta para não cair, ― Sam pediu. ―
Ele
está aqui,
―
Drew
sussurrou quando
seu estômago
simultaneamente afundou até aos pés e pulou na sua garganta. Sam franziu a testa e olhou ao redor, como se tentando encontrar a pessoa indescritível, que Drew estava se referindo. ― Quem é? ― Garret.
Capítulo Dois
Garret LaGaffe endireitou os ombros quando ele sondou a sala de banquete. Havia algo ali, algo flutuando no ar que vinha arrepiando os cabelos do seu pescoço. Ele levantou-se observando, silenciosamente à espera para ver o que estava alertando seus sentidos. ― Garret, há algum problema? Garret enviou
ao
homem
do
seu lado
um
sorriso
rápido
reconfortante ― Não, Electus Everson, não creio. Tudo parece estar bem. ― Então porque você parece tão preocupado?
e
Garret deu uma ligeira agitação da cabeça quando ele olhou novamente sobre a multidão ― Eu não sei. Algo está no ar hoje à noite. ― Algo perigoso? ― Não, não penso assim. ― Apesar de não ter certeza. Havia algo lá, uma carga elétrica no ar ― Poderia convencer você e o seu anamchara a ir lá em cima até eu verificar o que está me incomodando? Electus Daniel Everson riu ― Isso não vai acontecer, meu amigo. Sim, Garret não pensou que iria, mas ele tinha que tentar. Ele era Tenente da tribo de vampiros de Electus Everson. Seu homólogo, Kerry, era uma versão beta de Oriental City Pack, o bando gerido pelo Alfa Carlton Gregory, anamchara de Electus Everson, seu companheiro. Fazer qualquer um dos dois poderosos líderes ir para segurança quando havia algum problema era como arrancar um dente com um palito. ― Poderia pelo menos atribuir um par de soldados para ficar com você enquanto confiro as coisas? ― Isso, vou permitir. Garret nem piscou no acordo com seu Electus. Ele apenas levantou a mão e agarrou o comandante ao seu lado ― Kerry, preciso de dois soldados com o Electus. ― Problemas? ― Kerry indagou. ― Nada que eu possa colocar o meu dedo exatamente, mas há algo... ― A voz do Garret perdeu a força, quando a multidão na pista de dança de repente separou-se o suficiente para que identificasse o homem magro, de cabelos loiro-mel do outro lado, apenas olhando-o. Pela primeira vez no tempo — talvez até em toda a sua vida — Garret tinha esquecido seu dever para o seu Electus e sua tribo quando ele se afogou nos grandes olhos azul-cobalto lentamente enchendo de lágrimas olhando fixamente para ele.
Quando ele saiu em direção a esses olhos cheios de aflição, Garret podia ouvir alguém chamar o seu nome, mas o som veio de muito longe, quase como se abafado através de uma parede. Nada mais importava, qualquer outra coisa, quando ele caminhou em direção ao homem. ― Andrew. A realidade bateu em Garret na forma de um punho, conectando-se com a sua cara. Garret colocou a mão sobre o nariz recuando, atordoado que o seu doce pequeno Drew nunca recorreria a tal violência. Drew recusou-se a esmagar um besouro. Ele sempre fez Garret carregá-lo para fora. ― O que foi isso? ― ele perguntou quando ele pegou um guardanapo da mesa vizinha e limpou o sangue da sua cara. ― Sério? ― Drew ergueu as sobrancelhas ― Você realmente precisa perguntar, depois da maneira como você me deixou? Coração do Garret bateu na sua caixa torácica ― Eu não te abandonei, Drew. ― Garret surtou quando Drew bateu-lhe novamente ― Você podia parar de fazer isso? ― ele gritou quando ele cobriu o nariz com o guardanapo, limpando o sangue de novo. Garret assistiu os olhos de Drew alargar e encher com medo quando vários soldados de repente os cercavam. Garret rosnou quando dois deles iam para pegar Drew pelos braços ― Não, ― ele disse quando ele acenou os soldados para fora ― Ele tem o direito a sua ira. ― Eu tenho direito a minha raiva? Foda-se, Garret! ― Os lábios de Drew firmaram-se quando ele deu outro soco. Muito perfeito. A este ritmo, o nariz dele ia ser quebrado em cinco minutos. Felizmente, ele curou rapidamente. Fizeram todas as criaturas paranormais e Garret, tinha certeza de que os vampiros eram como paranormais, como poderia se esperar.
― Chego em casa e tudo se foi, incluindo você? ― Havia tanta raiva na voz de Drew, tanta angústia, que quase fez Garret desintegrar-se em desespero. Drew nunca merecia sentir essa dor ― E você acha que eu tenho um maldito direito a minha raiva? ― É que não foi o que você acha, Drew. O queixo de Drew estava caído. Seus olhos brilhavam com alguma emoção não identificável antes que deixasse cair uma máscara de pedra de indiferença sobre o rosto. Foi um olhar que Garret nunca quis ver no rosto de anjo de Drew. ― Sabe, Garret, ― Drew disse com uma voz totalmente desprovida de emoção ― não importa o que eu penso. Tenho certeza que você tinha um bom motivo para me deixar. Quem me dera tivesse tomado um tempo para discutir isso comigo antes de desaparecer, mas eu obviamente não importava tanto para você, então, tanto faz. Tenha uma vida feliz. Garret ficou ali, sem ter o que fazer, enquanto observava o seu anamchara andar para longe dele. Seus ombros eram duros, sua cabeça erguida. Como doía quando ele estava assistindo Drew andar longe dele, uma parte de Garret admirava o orgulho do homem. Drew só não levou merda de ninguém — nem mesmo dele. ― Garret, ― Electus Everson falou por trás dele ― gostaria de explicar o que aconteceu e quem era esse homem? ― Isso era meu anamchara, Electus. ― Então não acha que deveria ir atrás dele? O peito do Garret soltou quando ele tomou em uma respiração profunda. ― Não, Electus, Drew está melhor sem mim. ― Ele é seu anamchara. ― Ele também é humano. ― O que tornou quase impossível para Garret e Drew ficarem juntos. Drew era humano, e Garret não era. Não importava a Garret o que significou para Drew.
As coisas estavam melhorando agora que Electus Everson tinha tomado o alfa Carlton como seu anamchara, mas eles não estavam bem o suficiente para Garret trazer o seu companheiro humano para uma tribo de vampiros. Drew não sobreviveria a isso. Garret prefiria estar sem Drew, sabendo que ele estava vivo lá fora no mundo, em algum lugar, do que estar com ele e vê-lo morrer nas mãos de alguém querendo se vingar em um ser humano por perder alguém para os caçadores. Tinha acontecido antes. ― Você realmente acredita que deixá-lo é sua melhor opção, Garret? ― É a única que tenho. ― Não importa o quanto ele rasgou-se em pedaços assistindo seu anamchara andar longe dele. Proteger Drew era mais importante, e Garret possivelmente poderia passar por qualquer coisa ― Ele estaria indefeso aqui. ― Hmm, ― Electus Everson meditou ― de alguma forma eu acho que você subestima o seu anamchara, Garret. Eu acredito que ele é mais forte do que você lhe dar crédito. ― Ele é humano, Electus. ― Humano não significa fraco, Garret. Admito, Drew não teria as mesmas habilidades que temos ou mesmo aquelas de um metamorfo, mas os seres humanos têm suas próprias habilidades especiais que ainda não podemos conceber. Garret girou ao redor para olhar o seu Electus em estado de choque. Ele confiava em Daniel Everson mais do que ele confiou em qualquer homem que ele já conheceu — com exceção de Drew. E enquanto ele sabia que o Electus
tinha
um
carinho
especial
para
lobo-shifters
devido
ao
seu
companheiro, ele nunca sonhou que o homem seria um ponto macio para os seres humanos. ― Acha mesmo que eu deveria ir atrás dele, mesmo sabendo que ele é humano?
Electus Everson ergueu uma sobrancelha, olhando muito superior representando bem o líder da sua tribo ― Você tem problemas com os seres humanos, Garret? ― Não, mas... ― Então não desista do sua anamchara simplesmente porque você está com medo. Você pode estar perdendo a coisa mais importante da sua vida. Esperança começou a se construir no peito do Garret. Talvez, com o apoio do seu Electus, ele poderia trazer Drew para a tribo. Mas primeiro, teria de convencer o homem a falar com ele, o que pode ser sua maior batalha. Drew estava chateado. Garret girou em volta, com a intenção de perseguir o seu anamchara. Um copo de água jogado no seu rosto o parou no seu caminho. Ele ficou chocado, gotas de água escorrendo pelo rosto todo, para o riso profundo daqueles ao redor dele. ― Porra, Sam! ― Garret surtou quando ele limpou o seu rosto mais uma vez. O riso de Electus Everson encheu o ar. O homem claramente se divertiu com Garret, levando um copo d'água no rosto ― Você sabe que água benta não funciona em vampiros, Sam. ― Fique longe de Drew, ― Sam ameaçou-lhe ― ou da próxima vez não será água benta. Garret não sabia o que era aquilo. Ele estava confuso, enquanto observava o Sam sair fora do salão de festas, como se os cães do inferno estavissem mordendo-lhe os calcanhares. Não teve a oportunidade de falar com o Sam sobre as últimas notícias que tinham descoberto do seu irmão. Romano, o irmão mais velho de Sam, era um caçador bem conhecido e às vezes aliado do mundo paranormal. Ele nunca eliminou paranormais
cumpridores da lei, apenas aqueles que infringiram as leis estabelecidas por seu avô o Electus Luca Ucathya, décadas antes. Infelizmente, o homem tinha desaparecido vários meses antes. Devido à sua estreita associação com a maioria dos chefes da Comunidade paranormal da cidade, todos viram como seu dever ir procurá-lo. Os consensos gerais preferiam Roman comandando os caçadores do que alguém que não conheciam. Não exatamente confiavam em Roman, mas pelo menos ele era justo no trato com eles. Sam tinha sido convidado para esta festa, para que pudessem discutir o que tinham descoberto recentemente em busca de Roman e trazer ao seu conhecimento. Depois de assistir a tempestade que Sam causou, Garret suspeitava que isso não ia acontecer tão cedo. ― Você precisa ir atrás deles, Garret. Deles? ― Electus... ― Garret queria lamentar-se. ― Garret, detenha-os antes que eles atinjam o átrio. Pelo menos, ainda temos de falar com o Sam. Garret gemeu porque ele podia ouvir o tom autoritário na voz de Electus Everson e sabia que ele não tinha escolha. Uma ordem é uma ordem, não importa como ela foi formulada. Garret ativou novamente a sua unidade de comunicação. ― Aqui é o Garret. Há dois homens atualmente descendo no elevador. Drew Hamilton e Sam Polaris. Eu quero os dois escoltado ao escritório do Electus Everson. ― Garret já estava pondo em pausa seu comunicador, mas em seguida completou. ― Sejam agradáveis. Ele não queria ninguém empurrando Drew, e Sam iria espetar alguém que o irritou. Era melhor avisar seus soldados agora ao invés de depois deles foderem.
― Senhor, se pudesse ser tão cooperativo enquanto nos aguarda em seu escritório, vou esperar no elevador e acompanhar os hóspedes. Electus Everson assentiu com a cabeça, em seguida, sacudiu o dedo. ― Você precisa lembrar-se de ser bom também. ― Sim, senhor. ― Garret assentiu com a cabeça e fez sinal para dois soldados, gesticulando para escoltarem o Electus ao seu destino, então chamado os outros para dar-lhes suas ordens ― Vai haver em uma reunião com o Electus. Se houver algum problema, falem com Kerry ou chamam-me. Seus homens assentiram com a cabeça e foram seguir as suas ordens como Garret sabia que eles iriam. Eles tinham sido treinados bem antes dele aparecer. Tudo o que ele tinha lhes ensinado tinha sido em cima do que já sabiam. Animado por uma respiração profunda, criando coragem, Garret dirigiu-se para os elevadores. Estavam na cobertura, então Garret tinha uma boa visão de cima e sabia que Sam e Drew não tinham alcançado o chão ainda. O Grand Hotel era propriedade de Electus Everson e operado pelos membros da sua tribo e a matilha de lobos do Oeste da cidade. O piso superior do hotel serviu como alojamento para os que escolheram viver lá e para um local de encontro para a tribo e matiha irmãs. O último andar eram os aposentos pessoais de Electus Everson e seu anamchara. Garret atingiu os elevadores na hora em que o sino bateu e deslizaram as portas abertas. Ele não ficou surpreso quando um dos soldados veio voando para fora do elevador, seguido um momento mais tarde por Sam. ― Você realmente precisa ensinar esses caras para pegar alguém do próprio tamanho, Garret. ― Sam sorriu quando ele olhou para cima do vampiro muito maior no chão para encontrar o olhar do Garret ― Eles podem realmente ter uma chance.
Garret gemeu enquanto ele esfregou a nuca. A tensão causada por Sam bater em seus soldados e o conhecimento que ele estava prestes a falar novamente com Drew fez seu pescoço doer ― Tente não magoar os demais enquanto eles os escoltam até Electus Everson. Nós realmente te chamamos aqui para discutir algumas pistas sobre o seu irmão, Sam, não cause uma confusão. ― Bem ― Sam sorriu brilhantemente balançando seus ombros ― Por que não disse logo? ― Uh, eu não tive essa chance. Eu acredito que você estava me ensopando com água benta na época. Sam cheirou e revirou os olhos, acenando a mão com desdém ― Água benta, água de shmoly. Vocês precisam relaxar. Garret podia sentir a dor de cabeça, uma grande ― Sam, por favor vá com meus soldados e fale com Electus Everson. ― Garret engoliu e recuou apressado quando Sam estreitou os olhos. Ele tinha visto o homem em ação antes. Ele não queria estar no caminho de uma das birras de Sam. ― Afaste-se de Drew. Porcaria! ― Ele é meu anamchara, Sam. Sam piscou rapidamente, deixando cair o queixo. Provavelmente foi a primeira vez que Garret já tinha visto o homem sem algo a dizer. ― Não vou machucá-lo. ― Você já fez, ― disse-se Sam. O estreitamento súbito dos olhos de Sam foi o único aviso que Garret teve antes que ele sentisse a lâmina da faca fria e afiada na carne abaixo do ombro. Sam ficou a uma polegada de Garret e olhou acima para ele. Seu olhar era firme, duro e sem paixão quando ele empurrou a faca um pouco mais fundo, fazendo com que Garret estremecesse.
― Fique longe de Drew ou vou cortar um pouco mais baixo da próxima vez! ― Sam... ― Você teve sua chance, Garret. Você estragou tudo. Não terá outra. No momento em que a faca foi arrancada do ombro, Garret colocou a mão sobre o ferimento, pressionando o guardanapo que ele ainda segurava com a mão para parar o fluxo de sangue. Ele acenou para seus soldados caírem fora, não querendo envolve-los com o que estava acontecendo entre ele e a Sam... e possivelmente Drew. ― Sam, por favor. Sam ignorou Garret, voltando para dentro do elevador, retirando Drew por seu braço. Os lindos olhos de azul cobalto de Drew se estenderam para o tamanho dos discos quando ele viu Garret ali com o sangue na camisa. ― Garret, o que... ― Vamos, Drew, ― Sam disse quando começou a arrastar Drew longe em direção do corredor que levou ao escritório de Electus Everson. ― Não, espere. ― Drew deu um olhar em Garret tropeçando depois que Sam o puxou ― Pare, Sam. Garret rosnou quando ele viu Drew tentando puxar o braço que Sam segurava. Ameaça ou não, Sam não tinha o direito de fazer Drew ir a qualquer lugar que ele não queria. Quando Drew puxou novamente e Sam continuou em frente, Garret apressou-se para frente e agarrou Drew em torno da cintura, puxando-o longe de Sam. ― Pára com isso porra fora, Sam. ― Ele gentilmente colocou Drew no chão e se virou para ver se ele estava bem. Garret franziu a testa, um rosnar ligeiro estremeceu seu lábio superior quando ele viu a marca vermelha no pulso de Drew, causado pelo aperto forte de Sam. Garret trouxe a carne machucada a sua boca, passando a língua.
Ele gemeu com o doce sabor picante que inundou a sua boca e trouxe suas papilas gustativas para a vida. Fazia muito tempo que ele tinha provado Drew. Ele não tinha esquecido como era, o quão intenso era. ― Pare, por favor. Suaves palavras sussurradas num suspiro quebrado chamaram a atenção de Garret mais do que qualquer outra coisa poderia, até mesmo o grito mais alto do seu Electus. A miséria acesa nos olhos de um azul tão profundo, lembrou o lugar onde eles estavam e que ele tinha um monte de explicações a dar. ―
Não
é
o
que
você
achou,
chara,
―
Garret
murmurou
delicadamente. Ele segurou o pulso de Drew com uma mão e levantou a outra para que ele pudesse passar seus dedos através dos cachos de louro-de-mel de Drew ― Deixei-o para mantê-lo seguro. Drew pasmou, abrindo e fechando a boca simultaneamente ― Eu não posso... ― Garret foi hipnotizado quando língua de Drew saiu e passou ao longo dos seus lábios de pelúcia, molhando-os ― Não entendo, Garret. ― Gostaria de ter oportunidade de explicar para você, mas preciso de tempo. ― Garret lançou um rápido olhar por cima do ombro. Sam estava a vários metros de distância, os braços cruzados sobre o peito, um pé batendo descontroladamente no chão de mármore. ― Eu tenho essa coisa com Sam para lidar primeiro, e então eu gostaria de... ― A primeira coisa que você precisa fazer é ir ao médico. Garret olhou para Drew e seguiu a direção do seu olhar para a ferida no seu ombro ― Oh isso. Não preciso de um médico. Não dói muito, e em breve deve curar. ― Você está sangrando, Garret. ― Facadas fazem isso para você. ― Garret riu. Ele teve piores ferimentos e do mesmo homem, também. Sam tinha um temperamento, mas
mais do que isso, ele tinha o mesmo perverso senso de humor que o seu irmão. Eles eram ambos muito perigosos quando estavam rindo. ― Facada! ― gritou, chamando a atenção de várias pessoas em pé perto deles. Garret engasgou quando Drew pressionou suas mãos sobre a carne ferida. ― Como diabos conseguiu uma facada em um coquetel? ― É uma longa história. Drew estremeceu os lábios ― Acho que tenho tempo. ― Infelizmente, não ― Garret fez uma careta quando os olhos de Drew começaram a diminuir perigosamente ― Realmente tenho que ir a esta reunião com Sam. ― Bem ― Drew endureceu a mandíbula, a teimosia que ele tanto amou e odiou estava em pleno vigor em seu anamchara. ― Pegar um kit médico e eu vou tomar conta da sua facada enquanto você conduz a sua reunião. Isto não vai correr bem. Garret puxou a mão no rosto dele, tentando suprimir seu gemido. Drew realmente não tinha idéia do mundo que ele tinha acabado de entrar, e Garret estava com medo de explicar-lhe. ― Drew... As sobrancelhas de Drew franziram sua expressão. ― Ok, Ok, você pode vir, mas você tem que ficar quieto. Drew olhou por um momento, em seguida, acenou com a cabeça ― Bem. ― Ele acenou com a mão para a frente ― Vamos lá. Quanto mais depressa eu der uma olhada no seu ombro, melhor. Garret virou e começou a caminhar em direção do escritório de Electus Everson. Ele queria acabar com essa reunião para que ele pudesse falar com Drew, explicar-lhe por que ele o tinha deixado e talvez pedir perdão. ― Quem esfaqueou você de qualquer maneira? Garret piscou quando ele olhou para baixo para Drew. Como ele não viu Sam atacá-lo? ― Sam.
Olhos de Drew se arregalaram ― Meu colega Sam? ―
Espere
―
Garret
agarrou
o
braço
de
Drew
parando-o,
questionando-o. ― Sam é seu colega de quarto? ― O que explicou por que Drew estava com Sam, que apenas passou através dos pensamentos de Garret. Ele não sabia por que não captou sua associação antes. ― Depois que você saiu, eu não podia pagar as contas por conta própria. Tive de arranjar um colega de quarto. ― Deixei-te o dinheiro suficiente para pagar as contas por um tempo muito longo, Drew. O que você fez com ele? Drew arregalou os olhos ainda mais ― Dinheiro? Garret franziu a testa ― O dinheiro no cofre. ― O cofre? ― O que deixei em cima da cama para você. ― Assim que ele disse as palavras, Drew começou a balançar a cabeça ― Você não viu um cofre preto na cama no dia que eu deixei? ― Não. Bem, que merda. Então isso significava que Drew nunca recebeu a carta que Garret tinha deixado para ele dentro do cofre, e isso explicava tanta coisa — como a dor sempre presente nos olhos de azul cobalto de Drew. Garret estendeu a mão e agarrou o rosto de Drew entre as suas mãos, inclinando-se para baixo até que eles foram separados a uma mera respiração ― Andrew, juro para você, deixei uma maleta preta na cama com dinheiro nele para ajudá-lo a tomar conta das despesas e uma carta explicando por que tive que ir. Eu nunca teria deixado você se defender por si mesmo. Admiração cresceu nos olhos de Drew ― Eu nunca vi isso. Carranca do Garret aprofundou-se, as sobrancelhas de carvão-preto puxando para baixo sobre os olhos. ― Então quem... Jesse! ― Drew e Garret disseram o nome do homem ao mesmo tempo, ambos chegando à mesma
conclusão. ― Eu vou esfolar Jesse vivo, e não me importo se ele é seu irmão. Ele vai pagar pela dor que fez você passar. Esse dinheiro era para você. ― Ele me disse que tirou a sorte grande em Las Vegas. Lábios do Garret enrolaram ― Ele mentiu ― Jesse era um jogador, mas ele não era bom o suficiente para ganhar muito em nada. Garret o tinha tolerado simplesmente porque ele era irmão de Drew. Pessoalmente, ele não suportava o homem. Jesse usou seu laço fraterno para obter tudo o que podia. ― Você me deixou uma carta? ― Sim, chara, eu fiz ― Coração do Garret disparou quando ele viu a esperança brilhando nos olhos azuis líquidos de Drew. Todo mundo fez sua escolha sobre se eles viviam fora do hotel da Tribo ou nele. Garret vivia no seu próprio quando ele conheceu Drew. Morar com ele tinha sido fácil. Sendo convocado para casa era muito mais difícil, mas não é algo que ele podia ignorar ― Eu tive que deixa-lo, Drew. Chamaram-me para casa, mas não era seguro para você aqui. Ainda não é. E partiu um pouco o coração do Garret dizer isso. Ele estava com medo que alguém fosse atrás de Drew e ele não estaria lá para detê-lo. Não havia nenhuma maneira na terra de Drew combater um vampiro faminto por sangue ou um lobo raivoso. Ele não teria chance. ― Por favor, chara, me prometa que você vai ficar do meu lado, aconteça o que acontecer. Eu não posso protegê-lo se você não está comigo. ― Eu prometo. O caroço na garganta do Garret mexeu quando ele puxou Drew para ele, segurando o homem perto do seu corpo pela primeira vez em quase uma eternidade. Ele inspirou uma golfada profunda o aroma de mel doce de Drew, estremecendo quando seu corpo respondeu a fragrância sedutora do seu anamchara.
― Eu juro que vou mantê-lo seguro, Drew ― Ou ele morreria tentando. Drew inclinou sua cabeça para trás para olhar Garret em confusão, seus cílios longos pairando sobre o seu rosto quando ele piscou lentamente ― Salvo do quê?
Capítulo Três
Drew se mexia inquieto quando ele se sentou na cadeira ao lado da janela, observando Garret e os homens com ele passando por cima do mapa sobre a mesa. Se ele levantasse um pouco, ele poderia ver as bordas coloridas do mapa da cidade. Ele ainda não tinha certeza exatamente do que estava acontecendo, mas uma coisa que estava se tornando descaradamente clara, era que ele tinha saltado para fora da realidade e caiu em uma espécie de terra de fantasia onde Garret ainda o queria. Ele podia sentir os olhos do homem se deslocar para ele a cada poucos minutos, como se Garret estivesse com medo de que Drew fosse desaparecer de repente, se ele não estivesse vigiando constantemente. Drew não poderia dizer que Garret estava totalmente errado. Correndo por sua vida era muito, muito perto da superfície nos pensamentos de Drew. E ele teria ido, se ele não estivesse tão interessado em conversar com Garret. Drew precisava saber por que o homem o deixou. Ele precisava de um esclarecimento, de um ponto final. Ele realmente precisava de Garret, mas depois de ver todos os homens e mulheres bonitos que cercavam o homem lindo, Drew tipo que entendeu que ele estava fora do seu ambiente aqui. Garret tinha tantas
pessoas mais atraentes para escolher. Drew nem sequer estaria no radar do homem. Mas ele poderia sonhar, e ele tinha certeza que ele fazia. Por poucos meses, toda a atenção de Garret foi centrada nele. O mundo à sua volta poderia ter explodido em uma chuva de fogo, e não teria percebido. Eles sobreviveram um do outro. Tinha sido um sonho maravilhoso... Até que Drew havia caído de volta à Terra. Drew puxou as pernas até o peito, envolvendo seus braços ao redor delas, e então encostou o rosto nos joelhos. Ele seguiu Garret com os olhos, observando o homem apontando para o mapa em cima da mesa enquanto falava com os homens que o cercavam. Sam parecia particularmente interessado no que Garret tinha a dizer, o que era estranho, porque Drew não sabia que Sam e Garret até mesmo se conheciam. Enquanto eles estavam olhando para um mapa, no entanto, Drew tinha certeza de que eles estavam discutindo a respeito do irmão mais velho de Sam. Drew nunca tinha estado tão perto de Sam ou do seu irmão. Ele realmente só começou a conhecer Sam quando eles se tornaram companheiros de quarto. Ele sabia quase nada sobre Roman Polaris, além do fato de que ele era mais velho que Sam e assustador como a merda. Ele também estava faltando. Drew não sabia muito sobre o desaparecimento do homem. Sam não gostava de falar sobre isso. Drew sabia que Sam estava ativamente procurando Roman, saindo várias vezes por semana até as primeiras horas da manhã. Esta foi a primeira vez que Drew percebeu que outros estavam procurando por Roman também. — Hey.
Drew pulou, não tendo percebido que Sam estava ao lado dele até que o homem falou. — Hey. — Você está quase pronto para ir? — Uh... — Ele voltou a olhar para Garret. Ele tinha esperança de que eles pudessem ter a oportunidade de conversar, mas Garret parecia estar em uma conversa bastante aquecida com outro homem. Ele não parecia que Garret ia estar livre em breve. — Sim, eu acho que eu estou. — Seus ombros caíram quando ele se obrigou a virar as costas e sair pela porta com Sam. Garret sabia onde ele morava. Ele morava lá, também. Se Garret realmente queria encontrar Drew, ele o faria. Sentar e esperar que o homem tivesse um tempinho para explicar as coisas para ele estava apenas fazendo Drew ficar deprimido. — Eu preciso de uma bebida. — Quando chegarmos em casa. — Sam respondeu quando ele deu um tapinha nas costas de Drew. Ele disse isso com tanta simpatia que atraiu a atenção de Drew. — Eu acho que eu poderia ter uma com você. Isso não parece bom. — Más notícias? — Electus Everson recebeu a notícia em uma das antenas que ele colocou para fora. Roman foi flagrado sendo transferido para uma van azul em um armazém abandonado abaixo pelo cais. Ele está planejando um ataque ao armazém, uma vez que está em seu território, e ele queria me avisar para que eu pudesse informar o meu povo. No momento em que Sam tinha terminado de falar ele estava às portas do elevador. Drew estava a vários metros pelo corredor, onde ele tinha parado quando Sam começou a falar bobagem. — Electus? — Questionou. — Quem diabos é isso? E o que quer dizer com o seu território?
— Uhhhmm... — Os olhos de Sam centraram-se para além de Drew por um momento e deslizaram de volta, hesitantes. — Garret não explicou nada disso para você? — Explicar o quê? — Oh homem! — Sam passou a mão pelo cabelo escuro. — Agora eu realmente preciso de uma bebida. — Sam! —Tudo bem, olha. — Sam acenou com a mão em direção ao elevador. — Vamos para casa. Podemos ter uma garrafa aberta, e eu vou explicar tudo. Agora Drew estava realmente preocupado. Sam era inflexível dizendo que precisava estar mergulhado dentro de uma garrafa para que ele pudesse lhe contar o que estava acontecendo. — O que está acontecendo, Sam? Sam deu um leve aceno de cabeça. — Não aqui, Drew. Drew franziu o cenho quando olhou ao redor, notando pela primeira vez que várias outras pessoas estavam ao redor da sala, e maldição um deles estava olhando para Drew e Sam. Havia um brilho antinatural estranho em seus olhos escuros que enviou calafrios a espinha de Drew. — Ok, eu estou bem com ir para casa. — Disse Drew enquanto ele foi direto para o elevador. Ele queria sair de lá, quanto mais cedo melhor. Drew teve uma péssima sensação de que se ele ficasse em torno por muito mais tempo, ele ia acabar descobrindo exatamente por que ele se sentia como se alguém tivesse andado sobre o seu túmulo, e ele não ia gostar. Drew entrou no elevador com Sam e chegou a apertar o botão do térreo. Quando ele se afastou, ele olhou para cima para a direita e viu os olhos cor de âmbar de Garret. Os lábios de Garret moveram-se, e Drew sabia que o homem estava prestes a dizer o nome dele, mesmo que ele não pudesse ouvir as palavras. Os olhos de Garret se estreitaram quando as portas do elevador se fecharam, e Drew sabia que não tinha acabado. Garret iria encontrá-lo ou
arrastá-lo de volta ou algo assim. Drew não tinha certeza de como ele se sentia sobre isso. Aliviado, talvez? Em pânico definitivamente. Garret tinha sido sempre uma força a ser contada. Antigamente, Drew tinha sido atraído por esse poder, sentindo-se mais seguro quando ele estava na presença de Garret. De repente, encontrando-se no outro lado dessa força foi enervante para dizer o mínimo. Drew não achava que Garret iria machucá-lo, mas o homem podia ser muito intimidante. Garret sempre conseguiu o que queria. O coração de Drew bateu um pouco mais rápido, um pouco mais duro, já que o elevador chegou ao saguão. Seus olhos corriam ao redor da grande entrada quando ele saiu do elevador, surpreso que não havia alguém esperando para escoltá-lo de volta para cima e para Garret de novo. Quando ninguém imediatamente deu um passo em direção a ele, Drew sentiu uma enorme necessidade de se apressar e aumentou os seus passos, fazendo um caminho mais curto para as grandes portas da frente. Quanto mais se aproximava, mais ele se sentia em pânico até que Drew estava quase correndo para fora da porta. No segundo em que chegou à calçada em frente ao hotel e correu até a esquina com o beco, ele caiu de joelhos e vomitou. Felizmente, ele não tinha quase nada no seu estômago para vomitar, então ele apenas convulsionou em seco por um momento. — Obrigado. — Drew sussurrou quando Sam lhe estendeu um guardanapo. Ele limpou a boca, em seguida, levantou-se, olhando em volta para uma lata de lixo. Drew avistou uma em um canto e rapidamente descartou o guardanapo. — Você está bem?
— Definia bem. — Sorriu ironicamente. — Garret poderia ter me deixado um bilhete quando ele foi embora, mas ele ainda foi. Isso não mudou. — E ele não tinha certeza de que algum dia isso mudaria. Não importa o que ele ouvisse quando Garret explicasse por que ele foi embora, isso não mudaria o fato de que Garret o tinha deixado. Drew sentiu seu coração doer só de pensar nisso. Essa bebida estava parecendo uma ideia cada vez melhor. — O que me diz de parar e comer uma pizza no caminho de casa? Podemos colocar o porco para fora e ficar bêbados juntos. — Você está nisso. — Sam respondeu. Foi fácil o suficiente para pegar um táxi, considerando o hotel que estavam parados em frente era um dos mais pomposos na cidade. Os táxis faziam fila na rua fora do hotel na esperança de obter um cavaleiro de alto preço. Pena que eles acabaram com Sam e Drew. Assim que eles chegaram ao seu apartamento de dois quartos depois de parar para comprar uma pizza, Drew colocou o alimento na sala de jantar, em seguida, foi até a cozinha para reunir as outras coisas que seriam necessárias. Ele agarrou um par de pratos, guardanapos, e um par de copos e, em seguida, levou tudo para a sala de jantar. Sam estava andando com uma garrafa de uísque barato. — Eu estou indo para ir transformar isso em algo mais confortável. — Disse Drew. — Eu já volto. — Você é quem manda. — Sam riu, um sorriso largo espalhando-se sobre o seu rosto bonito. — Se eu não te conhecesse melhor, poderia ver muita coisa nessa declaração. Drew sorriu apesar da tristeza que sentia lhe puxar para baixo. Sam sempre soube o que dizer para fazê-lo sorrir. Nem por um minuto Drew achou que homem estava falando sério. Sam nunca tinha feito um único avanço sincero em sua direção.
Drew já suspeitava que havia alguém especial na vida de Sam, alguém que ele se recusou a falar. Ele só não poderia prová-lo, e Sam não estava falando. Houve momentos em que Sam tinha desaparecido por dias a fio, e ele fazia telefonemas misteriosos no meio da noite, muitas vezes saindo pé por pé depois de desligar, para não voltar até as primeiras horas do dia. Drew estava errado ou Sam tinha um amante secreto ou ele trabalhava para a máfia. Conhecendo Sam, uma ou outra possibilidade poderia ser verdade, ou ambas. Sam era um grande cara. Se você fosse seu amigo, ele te protegeria com uma ferocidade que Drew só viu em Garret. Se você fosse o inimigo de Sam, não se incomode com a execução. Não faria nenhum bem. Drew estava apenas puxando sua camisa favorita velha e desbotada de algodão para baixo sobre sua cabeça quando ouviu a campainha tocar. Um momento depois, ele ouviu a porta aberta e voz simplista de Sam. Drew sorriu. Quem quer que esteja na porta, Sam não estava feliz em vê-lo. A cabeça de Drew estalou quando ele ouviu a voz de Garret substituindo o tom zangado de Sam. Merda. Ele correu pelo corredor, parando pouco antes de sair de onde podia ser visto. Ele sabia que Garret viria em algum momento. Ele tinha esperança de ter bebido até então. —Eu quero vê-lo, Sam. —Não. Drew apertou seus lábios para não sorrir. Ele adorava Sam às vezes. — Droga, Sam! — O tom de Garret foi aprofundando, uma clara indicação de que o homem estava ficando chateado. — Deixe-me entrar. —Não. Drew espiou ao virar da esquina, quando ouviu Garret rosnado. Sam estava encostado no batente da porta, bloqueando a entrada de Garret. A menos que Garret pegasse fisicamente Sam e o movesse, ele não estava entrando. Um movimento idiota como esse poderia colocar Garret no hospital, e Garret parecia saber disso.
— Eu vou falar com ele, Sam. — Disse Drew, enquanto caminhava em torno do canto. Ele sabia que se ele não entrasse, Garret e Sam estavam indo resolver isso na porrada. Ambos os homens eram tão teimoso quanto eles poderiam ser. Seria mais fácil mover o Monte Fuji com uma colher do que obter um deles para ir se não quisessem. Garret sorriu para Sam e passou por ele, mas só porque Sam permitiu recuando. Drew estava realmente feliz que não havia uma briga acontecendo. A animosidade entre os dois homens era grossa o suficiente para afogar alguém. — Eu vou estar na sala de jantar, se você precisar de mim. — Disse Sam. Drew assentiu e esperou até que Sam tinha saído da sala antes de virar em direção Garret. Ele sentiu como se seu coração estava tentando bater direto por meio do seu osso do peito. O rosto de Garret estava fechado, como se estivesse guardando um segredo que ele não estava pronto para compartilhar. — Você queria falar comigo? — Por que você foi embora, Drew? Drew começou a responder quando ele percebeu que não queria. Ele tinha suas razões, e Garret havia perdido o direito de saber quais eram. — Você não o direito de pedir isso. — Disse ele em seu lugar. Garret o olhou por um momento, os lábios apertados. — Eu quero dizer isso, Garret. Agora, o que você tem para me dizer? — Drew cruzou os braços sobre o peito. Ele queria ouvir o que Garret tinha a dizer, mas não havia muito que ele podia dizer. Garret precisava saber isso agora. Drew passou muitos meses com o coração partido por causa deste homem. Era hora de Garret se explicar e depois sair. — Eu vou falar com você, mas eu não vou responder a quaisquer perguntas que eu não queira. — É o suficiente.
Drew vagou mais para dentro do quarto. Mesmo sem olhar, ele podia sentir os olhos de Garret seguindo cada movimento seu, com fome, possessivo. Esse olhar tinha o poder de enviar uma emoção através dele quando Garret olhou para ele assim. Agora isso só o fez triste. Drew empurrou uma mecha de cabelo para trás e enfiou-a atrás da orelha, lentamente voltando-se para olhar para o homem que havia roubado o seu coração há muito tempo e nunca o devolveu, nem mesmo quando ele saiu. — Diga o que você tem a dizer, Garret, e depois saia. — Eu tentei explicar as coisas no hotel, mas... Bem... — Pela primeira vez desde que Drew conheceu o homem, Garret parecia nervoso. Isso, mais do que qualquer outra coisa, puxou Drew e o fez ficar exatamente onde ele estava quando Garret começou a avançar sobre ele. — Como eu disse, eu tive que sair Drew. Mandaram-me para casa, mas não era seguro para você lá ou eu teria levado você comigo. — Por que você foi mandado para casa? — E por que não poderia Garret dizer não? — O chefe da minha família me mandou para casa. Seu segundo em comando havia sido morto, e me foi dada a posição. Drew piscou para Garret quando ele lentamente se sentou no braço do sofá. — Você está em uma gangue, não é? O estresse no rosto de Garret diminuiu quando ele riu. — Não, mas você acha que sim, não é? Parece que é uma gangue, mas não é. — Garret riu de novo. — Na verdade, é muito parecido com a máfia. — Porque você tem um padrinho? — Mais ou menos, mas nós o chamamos de Electus. — Electus Everson. — Disse Drew enquanto ele se lembrava de ter ouvido esse nome antes. — Sam mencionou algo sobre ele.
Os olhos de Garret se estreitaram, o olhar cauteloso de volta em seus olhos mais uma vez. — O que ele disse? Drew franziu a testa enquanto tentava lembrar. Realmente não tinha significado muito para ele, então ele meio que entrou por um ouvido e saiu pelo outro. — Sam disse que Electus Everson recebeu a notícia em uma das antenas que ele andou colocando por aí, algo sobre Roman sendo visto no cais. —Sim. — Garret estendeu a mão e esfregou as costas do seu pescoço como se os músculos estivessem tensos e lhe doía. — Electus Everson está planejando um ataque ao armazém onde Roman foi visto. — Ele tem tanto poder assim? — Oh sim, Electus Daniel Everson é um dos homens mais poderosos que eu já conheci. — A Cabeça de Garret girou, seus olhos se estreitando em Drew. — Mas ele é um bom homem, Drew. Nunca pense o contrário. É uma honra ser seu tenente. — Você gosta deste trabalho que você tem? — É um bom trabalho, Drew. Estou ajudando Electus Everson a cuidar do nosso povo, da nossa família. Eu tenho muita responsabilidade, e às vezes pode ser um pouco perigoso, mas Electus Everson confia em mim para cuidar das coisas para ele. A respiração de Drew gaguejou em seu peito como se alguém lhe tivesse dado um soco. As palavras que Garret tinha acabado de condenar ele. Drew trouxe seus braços para cima e esfregou as mãos para baixo neles, sentindo um frio repentino que nenhuma quantidade de luz do sol poderia amenizar. — Estou feliz por você, Garret. — O que mais ele poderia dizer? O amor da sua vida o havia deixado pelo emprego que valia mais do que ele. Ele baixou os olhos e deixou cair o queixo ao peito, incapaz de continuar olhando
para Garret quando sentiu como se o seu coração estivesse sendo esmagado pela simples presença do homem. —Drew. Drew levantou-se e se virou, cansado pelos acontecimentos da noite, e dos últimos meses. — Tenho certeza que sua nova posição faz de você um homem muito ocupado. Eu aprecio você tomar o tempo para vir explicar isso tudo para mim. — Andrew! — Tem sido um longo dia, Garret, e eu tenho que trabalhar de manhã cedo. — Drew preparou-se para o que ele poderia ver nos olhos de Garret. — Talvez possamos discutir isso em outro dia. Ou nunca. Drew estava bem com o nunca. Ele já tinha a informação que ele precisava para obter algum tipo de encerramento. Garret partiu por um trabalho. Drew tinha certeza de que tudo tinha estado na carta que o homem havia deixado para ele naquela caixa preta estúpida. — Andrew. — Voz de Garret estava cautelosa, mas suave. Estava também mais perto. Um hálito quente fez cócegas na nuca de Drew, fazendo com que todo o seu corpo ficasse tenso. — Não faça isso. — Por favor, eu... — Lágrimas entupidas estavam presas na garganta de Drew. — Deixa-me, Garret. — Eu o deixei uma vez antes, e olha onde isso nos levou. Tanta dor quando não tinha que ser assim. O toque suave dos dedos de Garret contra a sua clavícula fez a respiração de Drew acelerar com a necessidade. Sua resistência à Garret era muito fraca. Quando os dedos de Garret arrastaram até a curva suave do seu pescoço, até que ele tocou a mandíbula de Drew e inclinando a cabeça para o seu corpo, Drew nem sequer tentou impedi-lo. Ele apenas inclinou a cabeça para trás até que ele descansou no
ombro de Garret, que começou a balançar para trás e para frente, dançando sem mover um único passo. Eles haviam feito isso muitas vezes quando eles viviam juntos. Drew sentiu falta. — Eu senti sua falta, chara. — A voz de Garret retumbou no ouvido de Drew, enviando uma onda de choque e luxúria irradiando por todo o corpo. — Eu tenho estado tão frio, Drew. Eu não tenho me aquecido desde a última vez que o segurei em meus braços. Drew quase sorriu para admissão de Garret. O homem sempre tinha estado um pouco sobre o lado frio. Quando eles viveram juntos, Garret se enrolava em torno de Drew como um cobertor a cada noite, quando eles iam para a cama. Drew acordou mais de uma vez sentindo-se como se tivesse sido pego por um polvo. Ele não teve uma boa noite de sono desde que Garret o deixou. Antes que Drew pudesse formar uma resposta, os lábios de Garret bateram sobre os dele. Drew gemeu quando Garret passou a língua rapidamente em seus lábios antes de mergulhar na sua boca, beijando-o por tudo o que valeu a pena. Foi um beijo de posse, puro e simples. E estava cheio com tanta necessidade que Drew se perguntou se ele tinha perdido a cabeça em algum lugar ao longo do caminho. Se Garret o queria tanto assim, por que o homem saiu? A fome no beijo fez parecer que Garret queria comer Drew vivo e o puxando em um mar revolto de desejo cru. As mãos de Drew agarraram os ombros de Garret quando ele explorou as profundezas da sua boca, passando a língua ao longo da costura dos lábios de Drew. Ele colocou as mãos sobre o peito de Garret, mais uma vez prontas para empurrar o homem para longe... Até que a língua de Garret varreu dentro da boca de Drew.
Ele fechou os dedos na camisa de Garret, puxando o homem para mais perto, enganchando uma perna no quadril de Garret, querendo, não, necessitando, estar mais perto. Garret bateu as mãos em cada lado da cabeça de Drew, prendendo-o na parede. Drew estremeceu, cavando o calor do grande corpo do homem. Ele deveria estar dizendo para Garret se foder. Ele deveria estar dizendo para Garret que ele esperou muito tempo para que ele voltasse, que ele nunca deveria ter saído em primeiro lugar. Drew deveria estar dizendo para Garret um monte de coisas, mas tudo o que podia dizer era: — Por favor. Deus, ele era uma maldita bagunça. — Você quer ser fodido, chara? Um som baixo puro e indistinto deixou os lábios de Drew. Garret passou os dedos pelo cabelo de Drew e, em seguida, puxou os fios para trás, expondo o pescoço de Drew e enviando ondas de choque através do seu corpo. O olhar nos olhos de Garret disse a Drew, quem era o predador e quem era presa. Drew engoliu em seco. Garret riu perigosamente e baixo. Drew sabia que estava em apuros. Quando Garret deu um passo atrás, Drew fugiu, correndo pelo corredor em direção ao seu quarto. Por mais que ele quisesse isso, ele não ia fazer um show para o seu companheiro de quarto. Ele ouviu uma risada profunda e sinistra antes que o som de passos pesados martelasse atrás dele. Drew cometeu o erro de olhar por cima do ombro. Garret estava caindo sobre ele. Com um grito, Drew pegou velocidade e foi direto para o quarto, amaldiçoando
baixo
enquanto
batia
com
a
porta
fechada.
Garret,
aparentemente, não estava tendo isso. Ele correu para o quarto, pegou Drew
em torno da cintura, e o levantou do chão. Drew passou voando pelo ar, pousando sobre a cama, com um grande salto. Garret deu um passo para trás da cama, e como um raio rasgou suas roupas doseu corpo. Tudo o que Drew podia fazer era observar em puro fascínio quando toda aquela carne bronzeada foi sendo revelada a ele. — Você tem duas opções, Drew. Voluntariamente tirar a roupa ou ter sua roupa rasgada. — O olhar nos olhos de Garret disse que ele não estava brincando. Drew estava tão foda ligado que uma mancha molhada apareceu na frente da sua calça. Garret respirou profundamente, como se pudesse sentir o cheiro das gotas de pré-sêmen que gotejavam do pau de Drew. Seus olhos pousaram no corpo de Drew, e focaram no local molhado. Drew gritou um momento posterior, quando Garret agarrou-o, o sacudiu, e começou a rasgar as roupas do seu corpo. — Role para as suas costas, chara. — Garret ordenou. Drew virou e deitou no colchão, lutando para fazer o que o homem havia ordenado. Sua pele arrepiou de emoção ao saber que Garret iria transar com ele. Ele estava deitado de costas e abriu as pernas largas, convidando o homem maior para ter o seu mau caminho com ele. —Muito bom chara. Drew se empolgou com os elogios. Ele agarrou os lençóis quando Garret se arrastou para a cama, alisando as mãos sobre as pernas de Drew. Ele estava morrendo de vontade de se mover, de mexer em torno e implorar para Garret transar com ele já, mas ele reprimiu seus impulsos. Seus olhos rolaram para o fundo da sua cabeça quando as pontas dos dedos de Garret jogaram sobre a sua pele, fazendo lentamente o seu caminho em direção ao seu eixo endurecido. Drew quase choramingou com a lentidão.
— Houve qualquer outra pessoa, chara? — As palavras foram murmuradas contra a sua pele, os lábios de Garret roçaram sobre sua garganta para depois sussurrar no seu ouvido. — Alguém mais tocou em você? Drew queria dizer que sim, para fazer Garret se machucar tanto quanto ele tinha quando o homem saiu, mas ele não podia. A necessidade e dor na voz de Garret pediu para Drew dizer a verdade, e a verdade era que Drew não podia suportar a ideia de ninguém, exceto Garret, tocá-lo. Isso fez sua pele arrepiar só de pensar em ter intimidade com outra pessoa. — Não. — Drew sussurrou, então sugou o lábio inferior e o mordeu para não fazer outra confissão, que ele não queria que ninguém o tacasse mais, apenas Garret. Garret envolveu sua mão grande em torno do pênis de Drew. Desta vez Drew não podia parar o seu gemido de prazer. Suas pernas abriram mais amplas quando Garret acariciou o seu pênis. A outra mão segurou suas bolas, massageando-as enquanto Garret o observou atentamente. — Isso é bom, Drew? — A profunda voz de Garret, rouca de desejo envolveu em torno de Drew enquanto a mão do homem estava em torno de seu pênis. Era lento e intenso e fez Drew querer gritar de êxtase. Drew se contorceu, se contorceu e gemeu quando ele sucumbiu às ondas de êxtase que tentaram puxá-lo para baixo. Ele estava lá, se afogando em uma maré de êxtase intenso enquanto Garret o levou para outro lugar, um lugar onde Drew não era mais ele, um lugar onde ele pertencia a Garret com sua mente, corpo e alma. — Goze para mim. As costas de Drew deixaram a cama quando ele gritou, jatos quentes de sêmen partiram do seu pênis enquanto Garret o levou através do seu orgasmo. O prazer era puro e explosivo quando Drew gritou o nome de Garret, sua cabeça balançava de um lado para o outro. Ele ofegava pesadamente
enquanto Garret ordenhava o seu pênis, puxando até a última gota das suas bolas. — Você é tão bonito quando você goza chara. Drew lambeu os lábios enquanto olhava para Garret, admiração o enchendo. Ele viu quando Garret lambuzou seus dedos no seu sêmen e, em seguida, levou a sua mão mais para baixo, circulando o seu buraco com o dedo grande. — Puxe as pernas. Drew engatou as mãos sob os joelhos e os puxou para o seu peito. Garret se inclinou para frente, tendo um dos mamilos de Drew na sua boca enquanto ele violou o seu buraco. Uma das mãos de Drew pousou na cabeça de Garret, agarrando o cabelo dele enquanto Garret o preparava. Garret deslizou outro dedo dentro do corpo de Drew ao mesmo tempo em que ele chupou um mamilo, trazendo-o para um pico tenso. Drew implorou com seu corpo por algum tipo de alívio, mesmo ele tendo acabado de gozar momentos atrás. Seu pau não se importava com o fato. Ele queria mais. Garret beliscou sua pele, dizendo a Drew sem palavras para se comportar. Talvez ele devesse apenas ficar quieto. Garret esfregou o rosto no seu mamilo dolorido quando ele inseriu outro dedo na bunda de Drew, empurrando e puxando os dedos, fazendo Drew esquecer seu próprio nome. Drew largou o cabelo de Garret, tentando se concentrar enquanto Garret inseria um terceiro dedo. Foi difícil. Drew tentou, mas não conseguiu se concentrar para salvar sua vida. — Será que isso é bom? — Perguntou Garret, sua voz com um tom rouco. Drew abriu as pernas mais afastadas. Garret estava fazendo coisas para ele que nenhum outro homem poderia. Ele estava fazendo Drew se apaixonar. — Sim. — Ele gemeu.
Garret se levantou, empurrando as pernas de Drew mais para trás quando ele alinhou seu pau para cima, traçando seus dedos sobre o eixo duro de Drew quando ele empurrou lentamente seu caminho para bunda de Drew. Drew prendeu a respiração. Garret balançou a cabeça. — Respire chara. Drew exalou uma lufada quando Garret entrou nele. Puta merda! Ele tinha esquecido como grande era o pau de Garret. Drew ofegava enquanto a mordida de dor percorria a sua bunda. Garret passou a mão sobre o peito de Drew, sua outra mão enrolada ao redor do pênis de Drew. Por um momento, tudo o que Drew podia fazer era ficar ali, sentindo o pau de Garret na sua bunda e os dedos do homem em torno da sua ereção. A sensação dupla estava ameaçando o despedaçar. Ele deixou cair a cabeça para trás contra o colchão, tentando fazer o seu coração acelerado abrandar. — Olhe para mim. — A voz de Garret tinha voltado a um passo de feral. Drew olhou para Garret, perdendo-se naqueles belos olhos cor âmbar-dourado. A onda de dor se transformou em prazer quando Garret puxou para trás e, em seguida, bateu na sua bunda, o pau grosso de Garret roçou a próstata de Drew quando ele repetiu o movimento algumas vezes. Garret dobrou o seu corpo perfeitamente em Drew quando ele agarrou seus tornozelos e levantou a parte inferior do seu corpo para o alto, agredindo sua bunda com seu pau enorme. Drew gemeu, sentindo o pau de Garret enchê-lo ao extremo, em seguida, deslizando de volta para fora. Ele estava quase sem sentido quando o pau de Garret entrou profundamente dentro dele. — Meu anamchara. — Suor escorreu pela pele impecável de Garret enquanto ele martelava o canal de Drew. — Meu! Drew se contorceu e gritou. Seus braços e pernas começaram a tremer com a ferocidade dos golpes de Garret. Ele estava sendo puxado para
as profundezas do prazer enquanto Garret transou com ele como um homem enlouquecido. — Diga chara. — Garret rosnou. — Diga que você é meu! — Seu! Garret rosnou quando ele fodeu Drew mais forte, mais profundo e com mais agressividade do que Drew nunca tinha sentido. Não havia nenhuma dúvida na sua mente de que Garret estava reivindicando ele, colocando uma propriedade sobre Drew. Ele estava perdendo a sua mente maldita e amando, tudo ao mesmo tempo. Drew podia sentir seu orgasmo crescendo a uma crista esmagadora. Ele estendeu a mão, puxando Garret. Ele iria morrer se ele não conseguisse provar Garret nos próximos cinco segundos. Garret caiu para frente, esmagando os lábios nos de Drew enquanto ele pisoteava a bunda de Drew. Drew estava implorando por mais, ainda detido pelo corpo duro de Garret, seus quadris mergulhando, e os grunhidos nítidos no seu ouvido. Drew engasgou quando ele foi levantado uma e outra vez, saboreando a força de Garret. — Faça-me gozar, Garret! — Ele sabia que se ele não gozasse em breve, seu cérebro explodiria. As emoções que corriam através do seu corpo eram demais. Drew se sentia como se estivesse pegando fogo. Garret estendeu a mão e deu um puxão leve no pau de Drew, e isso foi tudo o que precisou. Drew empurrou e arqueando, seu corpo se movimentando por vontade própria. Seus olhos rolaram para trás da sua cabeça, que se debatia no travesseiro, e ele gritou o nome de Garret quando ele gozou duro. — É isso mesmo, Drew. Grite a porra do meu nome. Diga ao mundo inteiro quem está fodendo a sua bunda. Garret agarrou seus quadris, seu pênis alongando a bunda de Drew ao limite enquanto Drew ficou fora de controle.
Ele gritou quando mais sêmen foi forçado a partir do seu corpo, quando Garret cravou os dentes no ombro de Drew, não completamente rompendo a pele. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo, mas Drew orou que Garret não parasse. Ele morreria se Garret parasse. — Meu! — Garret rosnou em torno do ombro de Drew. — Seu. — Drew gritou quando Garret trovejou e gozou na sua bunda. Ele estava perdido, tão malditamente perdido na sensação de Garret o levando, dominando. O corpo inteiro de Drew estremeceu quando Garret soltou seu ombro e jogou a cabeça para trás, uivando enquanto jorros quentes de sêmen banhavam sua bunda. Drew relaxou no colchão e teve que ensinar novamente a si mesmo a como respirar. Garret tinha acabado de transar com ele dentro de uma polegada da sua vida. Ele estava coberto de suor e estava tão cansado que os seus olhos começaram a se fechar. Deus, ele se sentiu porra fantástico.
Capítulo Quatro
— Eu quero que fiquemos juntos Drew, mas eu não posso morar aqui. Eu tenho que continuar onde estou, e você não pode estar lá. Garret assistiu a pressão ocular de Drew se alterar, o sangue deixando o seu rosto até que a sua pele estava pálida, sem cor. Por um momento, ele pensou que Drew poderia desmaiar. — O quê? — Eu disse a você. — Disse Garret, a frustração aparente na sua voz. — É muito perigoso onde eu moro. Eu me recuso a colocar a sua vida em perigo.
— Então por que você está aqui, Garret? — Drew perguntou enquanto se afastava de Garret. Seus lábios se torceram quando as palavras que pronunciou deixaram um gosto amargo na boca. Garret não queria que ele saísse dos seus braços, mas ele entendeu a necessidade do homem de colocar um pouco de espaço entre eles. O que ele estava pedindo para Drew era uma responsabilidade muito grande, talvez demais. — Eu queria explicar. — Você já explicou por que você saiu. — O tom de Drew era tranquilo e calmo, sem emoção. Parecia que ele estava em uma gravação. Ele não soava como o homem que tinha ensinado a Garret como amar alguém simplesmente por causa da maneira como eles sorriram. — Sua consciência está limpa. Você pode ir. — Drew. — O que você quer de mim, Garret? — Drew estalou quando ele se moveu para o lado da cama. Ele agarrou seu roupão e colocou-o antes de voltar a encarar Garret. — Eu tenho que te dizer que eu entendo por que você me deixou? Que eu te perdoei? O quê? O que é que você quer que eu diga? — Eu quero que você me diga que eu posso voltar. Drew trouxe luz e felicidade para a vida de Garret. Quando Electus Everson o chamou para casa, ele tinha tanta certeza de que deixar Drew para trás, para sua própria segurança era a única opção que tinha. Electus Everson tinha mudado de ideia, esta noite, dando-lhe um vislumbre do que ele poderia ser capaz de ter com Drew, assumindo que ele poderia convencer Drew a lhe dar outra chance. Era óbvio até mesmo para o homem mais estúpido que ele errou e estava mais perto de perder Drew agora do que tinha estado quando ele saiu primeiro. Drew estava com raiva... E magoado. E Garret precisava corrigir isso, porque ele estava muito certo de que ele era o responsável pela dor que ele podia ver no rosto de Drew.
— A minha família... — Garret começou quando ele moveu-se para sentar-se na beira da cama, de frente para Drew. — Há algo que eu não te contei sobre a minha família. Uma grande coisa realmente. — Vocês fazem parte de uma gangue. — Não. — Garret riu. — Mas, dependendo de como você vê as coisas, poderia ser pior do que uma gangue. As sobrancelhas cor de mel loiro de Drew subiram até a testa. — Pior do que uma gangue? Se ele soubesse... Garret apoiou os cotovelos nas coxas e baixou a cabeça. Ele nunca tinha compartilhado esse segredo com ninguém, e ele não tinha certeza de como Drew iria levá-lo. Inferno, ele não tinha certeza de como explicar isso. — Eu sou um vampiro, Drew. — Quando Drew não disse nada, Garret levantou a cabeça. Sua expressão estava tensa, ressentida, incrédula. — Eu posso provar isso. — Como? Garret abriu a boca e deixou que suas presas caíssem. Seu coração afundou quando Drew gritou e pulou para trás. Garret sempre soube que esta poderia ser a resposta de Drew, uma das principais razões pelas quais ele nunca tinha compartilhado essa parte de si mesmo com Drew. O horror no rosto de Drew matou algo dentro de Garret. Ele não estava necessariamente esperando que Drew o aceitasse de braços abertos, mas ele tinha pelo menos esperado que Drew não fosse vê-lo como uma espécie de monstro. Era óbvio que a esperança não estava se realizando. Quando Garret ficou, Drew foi ainda mais para tras, o medo gravado ao longo de cada linha no seu rosto pálido. — Fique longe de mim!
Garret vacilou seu sorriso estava sem malícia, quase apologético. — Eu
não
vou
te
machucar,
Andrew.
Eu
nunca
iria
machucá-lo.
—
Surpreendentemente, a sua voz estava firme, considerando que todo o seu mundo tinha acabado de explodir. — Eu vou. Eu só queria que você soubesse por que eu... — Basta ir! — Garret podia ver o pulso acelerado no pescoço de Drew, juntamente com o medo que estava gravado nos olhos de um azul profundo do homem. O sorriso caiu dos lábios de Garret. Ele olhou para Drew por um momento mais, sabendo, sem sombra de dúvida, que esta era a última vez que ele podia ver o homem. Ficou claro que Drew nunca o aceitaria. Um músculo tremeu na mandíbula de Garret, enquanto tentava manter-se de implorar a Drew para lhe dar outra chance. Inferno, se ele achasse que o homem podia aceitá-lo, ele teria suas presas arrancadas para fora da sua boca. A visão de Garret turvou quando ele virou-se e estendeu a mão para suas roupas. Ele podia ouvir a respiração pesada de Drew atrás dele enquanto ele se vestia, mas ele não conseguia se virar e ver o horror ou nojo no rosto de seu anamchara. Isso iria destruí-lo. — Adeus, Andrew. — Ele disse em voz baixa antes de se dirigir para a porta. Ele fez uma pausa no corredor do lado de fora da porta do quarto de Drew, esperando, esperando que Drew fosse chamá-lo de volta. A porta se fechando era como uma faca no seu intestino. Garret engoliu em seco e se virou para sair. — Sam. ― Garret parou na porta da frente, esperando por Sam. Quando ele ouviu os passos pesados do homem, ele olhou por cima do ombro, evitando olhar para a porta do quarto de Drew. — Eu já disse a Drew o que sou. Por favor, responda as perguntas que ele possa ter.
Sam olhou para o corredor e depois para Garret. — Você não quer fazer isso? — Estou honrando o pedido de Drew. — Garret engoliu em seco. — Ele quer que eu saia. — Ele abriu a porta e saiu sem dizer mais nada. Foi talvez a coisa mais difícil que ele já havia feito, logo após sair da vida de Drew pela primeira vez. Antes, ele tentou argumentar com ele mesmo de que algumas coisas eram maiores do que os seus desejos, como ajudar seu Electus a cuidar do seu povo. A honra concedida a ele por Electus Everson era cobiçada por quase todos os membros do seu povo. Quando ele tinha sido escolhido, Garret achava que ele tinha sido o sortudo. Agora, ele não tinha tanta certeza. O que ele teve que desistir simplesmente não pareceu valer a pena. Garret sentiu cada passo que ele dava enquanto se movia cada vez mais longe de Drew. Até o momento que ele chegou ao fim da quadra onde seu carro estava estacionado, ele tinha certeza de que o seu coração tinha parado de bater. Ele só não sentia nada. Olhando para o mundo ao seu redor, Garret subiu no seu carro e começou a manobrar, puxando para fora no tráfego. Sua mente vagou sem rumo até que ele puxou para dentro da área de estacionamento com manobrista em frente ao hotel, e então ele percebeu que ele não tinha ideia de como tinha chegado lá. Ele não se lembrava de nada sobre o caminho. Ele só podia rezar para que ele não houvesse atingido alguém com seu carro. Garret saiu do seu carro e jogou as chaves para o manobrista, em seguida, fez o seu caminho para dentro. Ele parou no saguão de entrada, e revisou do relatório de segurança mais recente. Pelo menos ele estava consciente o suficiente para fazer o seu trabalho, o que era uma coisa boa. — Garret.
Garret puxou uma máscara de calma e indiferença para baixo sobre suas emoções e se virou. Kerry estava correndo na direção dele. Onde Garret era um vampiro, Kerry era um lobo. Ele segurou o mesmo valor como Garret. Garret era o tenente da tribo de Electus Daniel Everson. Kerry era a versão beta do bando de Alpha Carlton Gregory. Quando Everson e Gregory descobriram que eram companheiros, a tribo e o bando tinham combinado, criando uma posição para os dois. — O que está acontecendo? — Garret perguntou quando Kerry chegou a ele. — Alpha Gregory delineou o plano para invadir o armazém. Ele gostaria que você comandasse um dos times quando entrar. Garret balançou a cabeça e começou a caminhar com Kerry em direção ao elevador. Indo no ataque ao armazém iria manter a sua mente fora da miséria patética que a sua vida tinha se tornado. Resgatando Romano e auxiliando seu Electus lhe deu um propósito quando ele não estava certo de que havia um, quando um longo futuro sem o seu anamchara apareceu à sua frente. — Vou acelerar o ritmo e encontra-lo no escritório do Electus. — Disse Garret quando chegaram ao andar principal da residência da tribo. Kerry assentiu. Garret caminhou pelo corredor em direção ao quarto que ele havia tomado como seu, quando se mudou de volta para o sua tribo. Era basicamente um apartamento de um quarto. Garret mal tinha tido tempo para desfazer as mala, sempre esperando que ele iria descobrir uma maneira de mudar de casa, com Drew. Agora, ele não tinha nenhuma razão para não desfazê-las, exceto o fato de que ele simplesmente não conseguiu reunir o entusiasmo para isso. Quem se importava como o seu apartamento parecia?
Garret entrou no seu apartamento e foi direto para um armário fechado contra a parede oposta. Ele bateu um código e em seguida, bateu a fechadura, abrindo a porta. Demorou menos de sessenta segundos para pegar o colete, armadura, armas e equipamentos que precisava. Ele pode ser incrivelmente forte como um vampiro, mas não fazia mal ter um pouco de poder de fogo extra, ou muito. Enquanto um acordo e um conjunto de regras a seguir tinham sido estabelecidos com os caçadores há décadas atrás, ainda havia grupos marginais que tentaram destruir paranormais, geralmente tão lenta e dolorosamente quanto possível. Garret havia perdido mais de um amigo e membro da tribo para caçadores, pessoas que ele considerava os verdadeiros monstros. Eles não apenas matavam paranormais porque os consideravam abominações, mas os torturavam primeiro. Uma das coisas mais horríveis que já tinha visto foi quando ele foi a uma missão para resgatar o anamchara de Manu Ucathya, o tenente de outra tribo. Azizi tinha sido torturado por um caçador, seu próprio pai, e mal pendurado por um fio quando finalmente o encontrou. Ele ainda não tinha pleno uso de suas mãos, de onde ele havia sido pregado a uma cruz e depois espancado com um taco de beisebol. Garret e outros como ele só queriam viver suas vidas em paz. A maioria deles não foi à procura de problemas. Os poucos que foram, eram rapidamente tratados pelo Alfa ou Electus no comando, ou os caçadores. Infelizmente, o mesmo homem que eles estavam tentando resgatar agora era um dos cabeças dos caçadores. Roman Polaris veio de uma longa linhagem de caçadores. Seu avô foi um dos fundadores originais das leis que agora seguiam. Roman poderia ser um burro de verdade às vezes, mas ele respeitava as regras. Quem o fez não.
Minutos depois de ter se preparado, Garret foi trancar a porta do apartamento, então indo para o escritório do seu Electus. Ele empurrou sua tristeza e miséria para o fundo da sua mente, bloqueando-a para longe com suas outras emoções. Ele precisava ter a mente totalmente na missão na mão ou alguém poderia se machucar ou pior. Garret acenou para as sentinelas fora da porta de Electus Everson quando ele se aproximou. Electus Everson permitiu-lhe colocar duas sentinelas fora do seu escritório, mas ele se recusou a tê-los estacionados dentro. Garret levaria o que ele poderia receber. Garret bateu os nós dos dedos na porta de madeira, em seguida, abriu-a e entrou no escritório quando ouviu alguém dar permissão para ele entrar. Electus Everson e o seu companheiro estavam pairando sobre um conjunto de projetos que estavam espalhados sobre a mesa. Kerry estava tomando notas, se necessário. — Oh, Garret, bom. — Disse o Electus quando Garret entrou. Ele começou a apontar para baixo para pontos diferentes no diagrama. — O armazém tem três entradas, aqui, aqui e aqui. Eu quero entrar por todos eles, três equipes diferentes. — Uma distração, senhor? — Perguntou Garret. — Sim e não. Certamente uma das entradas vai distraí-los e, talvez, dar às outras duas equipes a chance de entrar e flanquear o inimigo, mas a na verdade eu não quero que alguém escape até que nós tivemos a chance de questioná-los. — Vamos ter o trabalho feito senhor. — Eu sei que você vai. Tenho completa fé em você e Kerry. Há alguns meses atrás, Garret teria se irritado sendo considerado no mesmo nível como Kerry, um lobisomem, mas tinha algum tempo, e Garret tinha chegado a passar um tempo trabalhando com o homem. Kerry era
totalmente diferente do lobisomem desonesto e sorrateiro que Garret tinha esperado conhecer depois de anos em conflito com os shifters. Ele só fez isso em favor do seu povo. Garret seria o primeiro a admitir que não compreendia totalmente Kerry. O homem era um enigma. Ele poderia rasgar a cabeça fora de alguém por olhar para ele de forma errada em um momento, em seguida, sorrir e abraçar um filhote no seu peito com o cuidado mais delicado. Garret não tinha certeza de que ele algum dia iria entender o homem, mas ele entendeu que ele queria Kerry do seu lado indo para uma luta. O shifter lobo era vicioso, sem um pingo de misericórdia. Ele era mortal. E que o fez perfeito para sua missão atual. — Você quer a porta da frente, porta traseira ou porta lateral? — Perguntou Garret. Ele estava, de modo algum, surpreso quando Kerry sorriu maliciosamente. — Frente. Garret riu ao ver a expressão quase ansiosa no rosto de Kerry. — É sua. — Ele não sentia a necessidade de ter sua cabeça entregue a ele apenas para que ele pudesse provar a si mesmo. A única pessoa que ele precisava provar a si mesmo era seu Electus, e talvez o companheiro do homem. — Baron e Russell estão lá para manter um olho sobre o lugar. — Disse Kerry. — Eles vão nos atualizar de qualquer informação que precisamos saber quando chegarmos lá. — Eu estou pronto para ir quando você estiver. — Disse Garret quando ele colocou o pequeno fone de comunicação no seu ouvido. Ele bateu levemente, sorrindo quando Kerry enrolou o seu lábio superior e rosnou para ele. Ele poderia respeitar Kerry, e ter um pouco de medo do homem, mas ele também sentiu que era seu dever fazer o homem soltar-se de vez em quando. — Traga-me alguém que pode falar, Garret.
— Sim, senhor. Garret acenou para Electus Everson e depois andou com Kerry para o elevador. Ele entrou e se virou, apertando o botão para o nível do subsolo. Não seria bom para os hóspedes do hotel ver uma grande unidade de soldados armados saindo pelo saguão. O subsolo estava ocupado, cheio de funcionários do hotel indo e vindo, enquanto faziam os seus trabalhos atribuídos. Nem um único deles pestanejou quando Garret e Kerry saíram do elevador e foram através da cozinha para a doca de carregamento. A doca de carregamento estava tão movimentada quanto a área à direita do elevador e da cozinha. E para um lado havia uma pequena multidão de homens vestidos com roupa de combate preta. Todos eles estavam atentos quando Garret e Kerry se aproximaram. — Todos vocês sabem o que é a missão. — Disse Garret. — Sim, senhor! — Várias vozes soaram alto. — Electus Everson quer alguém de volta que possa falar, então não tente matar cada um desses idiotas. Nosso principal objetivo aqui é obter mais informações sobre o paradeiro de Roman Polaris, qualquer coisa que vai nos ajudar a trazê-lo de volta para sua família. — Garret encontrou os olhos de cada homem ali parado. — Isso é compreendido? — Sim, senhor! — Responderam novamente como uma unidade. — Então vamos carrega. — Neste ponto, Garret só queria completar a sua missão e voltar para casa para que ele pudesse se afogar em uma garrafa de qualquer coisa que o faria esquecer Drew, mesmo que fosse apenas por um tempo. Além disso, seus homens foram todos escolhidos a dedo por ele e Kerry. Eles sabiam as atribuições e os escolheram com a máxima precisão. À medida que os detalhes da missão já haviam sido explicado a eles, Garret não sentia a necessidade de aprofundá-las. Seus homens eram bons. Eles iriam completar a missão como indicado.
Garret entrou no grande SUV preto com Kerry, alguns dos homens escalados
nas
costas.
O
resto
da
unidade
subiu
nos
dois
veículos
correspondentes trás deles. Enquanto Kerry dirigiu o carro em direção ao armazém, Garret fez subir os mapas no seu tablet. Tinha-os visto diversas vezes, mas nunca fez mal vê-los novamente. — Kerry, as janelas na parte superior do lado esquerdo do prédio são de vidro. Não faria mal enviar um franco-atirador lá em cima com um rifle. — Eu sugiro o Adam. — Kerry respondeu sem perder uma batida. — Ele é o melhor que temos na posição de franco-atirador. — Notável. — Eu também sugiro que você coloque Keith, Baron, e Russell nas três entradas. Se alguém tentar sair antes que possamos levá-los, os três não vão deixar isso acontecer. Garret teve de concordar com Kerry. Keith era um lobisomem. Ele rotineiramente limpou o chão com os estagiários e novatos. Baron e Russell eram vampiros, gêmeos, e quase tão sanguinários como Kerry, quase. Garret não tinha certeza se alguém seria tão sanguinário como Kerry. Kerry puxou o SUV a uma paragem a um quarteirão de distância do armazém. Não seria bom para os bandidos saberem que eles estavam vindo antes mesmo de chegarem. Kerry não tinha sequer tirado a chave da ignição antes de Baron e Russell caminhar em torno do canto. Garret saiu e esperou Kerry se juntar ele. — Relatório. — Um caminhão de homens chegou 30 minutos atrás, senhor. — Respondeu Baron. — Nós contamos dez homens, que foram para o armazém. Bem, merda. Garret suspirou profundamente quando ele enfiou a mão pelo cabelo. — Você sabe quantos vamos enfrentar?
— Nós contamos quinze homens mais dentro antes do caminhão chegar. — O rosto do Baron estava escuro e sombrio. — E, senhor? Eu acredito que eles estão nos esperando. —Como?— Com certeza, eles estavam planejando o ataque no último par de dias, mas esses planos só tinham sido finalizados nas últimas duas horas, aproximadamente. Não havia ninguém fora do seu pequeno círculo, então como souberam do ataque? Garret olhou para Kerry quando um pensamento súbito horrível entrou na sua cabeça. Nem uma palavra se passou entre eles, mas Kerry assentiu como se ele estivesse pensando exatamente a mesma coisa que Garret estava. E isso era totalmente uma merda. Houve um traidor nas suas fileiras uma vez antes, e foi por isso que foi oferecido a Garrete o cargo de tenente de Electus Everson. Sadiki havia tentado matar Alfa Carlton e tentou assumir a tribo. Ele tinha morrido por sua traição. Quem os traiu desta vez teria o mesmo destino. — Baron, eu quero que você e Russell voltem para o hotel. Eu quero um homem com Electus Everson e o seu companheiro em todos os momentos. Se eles forem para o banheiro, você verifica o banheiro antes deles entrarem e esperarem do lado de fora até eles saírem. Entendido? Baron e Russell devem ter ouvido a ameaça subjacente na voz de Garret, porque ambos os homens assentiram rapidamente. Garret voltou-se para Kerry. — Eu preciso chamar Electus Everson e relatar isso. — Eu vou deixar todos prontos e fazer um reconhecimento do alvo. Garret esperou até que Kerry o deixou com alguns homens escolhidos, em seguida, enfiou a mão no bolso e tirou seu telefone celular. De todos os telefonemas que ele poderia fazer, este era o último que ele desejou fazer, ele queria mesmo era ligar para Drew.
— Electus Everson, aqui é Garret. — Garret engoliu em seco quando o silêncio sucedeu sua saudação. Seu Electus era um homem de poucas palavras. Garret só esperava que o homem não mudasse essa característica e começasse a gritar antes de Garret explicar que havia um traidor na tribo. — Temos sum problema.
Capítulo Cinco
A cabeça de Drew doía, ameaçando explodir se ele se mexesse muito rápido. Pela primeira vez, ele desejava que ele tivesse escutado Sam e não tivesse entrado até o fundo de uma garrafa. Ele pressionou uma mão contra o seu estômago quando ele apertou e rolou, e pressionou a outra na boca, quando seu estômago se apertou e rolou. Drew tropeçou em direção ao banheiro, esperando chegar antes do seu estômago desistir da bile queimando no fundo da sua garganta. Ele caiu de joelhos, ao chegar ao banheiro a tempo de se curvar e perder o que restava no seu estômago, ele realmente não queria saber o que era. Drew vomitou mais algumas vezes até que ele simplesmente secou, todos os músculos do seu estômago alongando e puxando até que estava em uma grande dor. Uma vez que ele pensou que poderia ser capaz de se mover novamente, Drew se arrastou até a pia e pegou uma toalhinha, molhou, e em seguida, limpou a sua boca. Drew jogou a toalha suja no cesto, e recostou-se contra a parede, mais prolixo do que gostaria de admitir. Desde quando ficar bêbado é esta sensação horrível? O que aconteceu com ficar mais alegre e solto? Quando o inferno veio no fundo de uma garrafa?
Drew soltou um suspiro de alívio quando o banheiro parecia acalmar junto com o seu estômago. Ele se levantou e entrou no chuveiro. Ainda tonto, ele não sabia que ele tinha regulado para água fria até um spray de água gelada bateu-lhe no rosto. Drew gritava como um adolescente em um concerto de rock, mas ele nunca iria admitir isso. Ele também nunca admitiria que ele estava gritado um pouco mais quando a cortina de chuveiro foi subitamente rasgada para trás e Sam estava ali, com a arma na mão. — Que porra é essa, cara? — Você gritou. Drew revirou os olhos e estendeu a mão para ligar a água quente. Felizmente, ele tinha um bom aquecedor de água quente. Dentro de instantes, a água começou a esquentar. Drew gemeu quando ele baixou a cabeça sob o jato quente. Ele realmente amava chuveiros quentes, quanto mais quente melhor. Depois que ele se aqueceu um pouco, ele voltou sua atenção para Sam, que havia baixado a arma para seu lado. — Água fria, cara. — Disse Drew, como explicação, esperando que Sam nunca fosse se lembrar disso. Sam sorriu quando ele começou a se virar. — Você grita como uma menina. Drew jogou água em Sam, em seguida, agarrou a borda da cortina do chuveiro e puxou-a de volta no lugar. A risada rica de Sam encheu o pequeno banheiro até que o homem saiu, fechando a porta atrás de si. Enquanto Drew ensaboou o cabelo, ele começou a pensar no que Sam havia dito. Como é que se sabe quando se grita como uma menina? Havia alguma oitava que tinha de ser alcançada para torná-lo um grito feminino? Ou foi o nível do susto que teve enquanto gritava? Drew congelou quando a porta do banheiro se abriu novamente.
— Ei, cara, seu irmão está aqui. —Drew rosnou. — Hum, bem. — Disse Sam, obviamente, ouvindo o som. —Você quer que eu diga a ele para ir embora? — Não. — Drew tinha algumas coisas a dizer ao seu irmão. — Mas não tire os olhos dele também. Se não o esperto, ele vai tentar roubá-lo. — Posso matá-lo se ele tentar? Drew riu realmente considerando a idéia por cerca de meio segundo. — Não, não importa o que ele fez, ele ainda é meu irmão. — Drew rapidamente terminou de lavar o cabelo, em seguida, puxou a cortina do chuveiro e olhou ao seu redor. — Claro, isso é só entre mim e você. Jesse não precisa saber nada sobre isso. O sorriso fácil de Sam foi maldade completa. — Anotado. — Vou sair em poucos minutos. Eu ainda preciso me vestir e escovar os dentes. Sam fez uma careta quando ele estendeu uma mão hesitante e saiu do banheiro. — Eu vou fazer o café. — Disse ele quando se virou e saiu do banheiro de uma forma precipitada, mais uma vez fechando a porta atrás de si. Drew terminou com o que ele precisava fazer, em seguida, foi para o seu quarto e puxou uma calça e uma camisa limpa. Como última medida boa, porque ele ainda estava congelando, tirou um par de meias de lã cinza. O perfume inebriante de café fresco atraiu Drew para a cozinha. Ele ignorou a dois homens de frente uns contra o outro, quando ele entrou e foi direto para o pote de café, lambendo os lábios enquanto ele antecipou a ambrosia doce que estava prestes a cruzar os lábios. Drew se serviu de um copo. Seus lábios pressionados em uma linha fina quando ele percebeu que sua mão estava tremendo. Talvez sua aventura com a garrafa não houvessse passado ainda.
Ele acrescentou um par de colheres de açúcar e, em seguida, algumas boas de creme de baunilha da geladeira. Drew podia ouvir a respiração pesada atrás dele e sabia que o seu irmão estava esperando para falar com ele. Ele se recusou a virar-se ou reconhecer que o mundo existia até que ele teve pelo menos um gole de café. Drew gemeu quando o líquido quente desceu a garganta. Havia apenas algo sobre uma boa xícara de café, especialmente depois de beber estúpidamente, que fez o dia parecer um pouco melhor. Uma vez que ele sentiu que poderia lidar com seu irmão, Drew virou-se e se encostou no balcão, o copo de café na mão. — O que você quer Jesse? — Não posso vir e ver meu irmão favorito?— Jesse jogou para Drew um sorriso rápido antes de voltar sua atenção cautelosa para Sam. — Eu sou seu único irmão. — Jesse estava atrás de algo. Drew pudia ver. Ele sabia há muito tempo que ele tinha que ser cauteloso onde o seu irmão estava em causa, ele tinha começado a cair alguns anos atrás, quando Jesse apenas passou de uma confusão para outra. Drew tinha mantido seu irmão, a uma distância de modo que ele não fosse puxado para baixo com Jesse, mas ele nunca totalmente o afastou. Isso poderia mudar, e depois de descobrir o que Jesse tinha roubado dele, Drew não estava positivo de que ele queria ter alguma coisa a ver com o homem. — Depois que eu descobri o que você me roubou, Jesse, eu não tenho certeza se ainda quero admitir isso. — O quê? — Jesse aparentemente esqueceu-se da ameaça que Sam fez e se virou para olhar para Drew. — O que você quer dizer? Eu não roubei nada de você. Mandíbula de Drew caiu. — Você está falando sério?
Jesse teve a decência de parecer envergonhado, mas apenas por um momento. — Foi apenas um pouco de dinheiro, Drew, e eu precisava disso mais do que você. Drew jogou sua xícara de café contra a parede acima da cabeça de Jesse quando sua ira acendeu. Jesse guinchou e pulou, correndo para fora do caminho. Sam apenas recostou-se na cadeira e continuou a beber o seu café, parecendo muito divertido. — Foi apenas um pouco de dinheiro? — Drew gritou. — Foi o meu dinheiro, Jesse, Garret deixou para me ajudar com as contas. E você tomou. Você nem sequer teve a decência de deixar a carta que ele me escreveu para trás. Eu passei os últimos meses me perguntando o que diabos havia de errado comigo que o meu amante de repente arrumou suas coisas e me deixou, e tudo isso poderia ter sido evitado se tivesse deixado a carta que ele me escreveu para trás. A cabeça de Jesse mergulhou de novo, e Drew queria inclinar-se e bater no seu irmão. Ele nunca tinha sido uma pessoa violenta, mas Jesse realmente tinha esse poder sobre ele. — Por que você está aqui, Jesse? — Drew perguntou quando a luta parecia escorrer de repente para fora dele. Ficar bravo com Jesse não ia conseguir Garret de volta ou... Oh inferno, Garret era um vampiro. Drew deslizou pelo balcão e se estatelou no chão, sua mente em um redemoinho caótico. Ele deve ter proferido algum tipo de som, porque Sam estava ao seu lado em um instante. — Drew, querido, o que há de errado? Drew virou para olhar para Sam, sua boca abriu para falar, e então ele percebeu que não sabia o que dizer, então ele fechou. Lembrou-se de Garret dizendo a Sam para responder a quaisquer perguntas que possa ter, então ele sabia que Sam sabia sobre Garret e a sua família, talvez por isso ele tinha as respostas que Drew necessitava.
Ele abriu a boca novamente, mas viu Jesse em pé atrás de Sam e fechou-a com a mesma rapidez. Se havia uma coisa que ele sabia, era que ele se recusou a falar sobre isso na frente do seu irmão. Jesse tinha causado bastante dano. Drew não precisa dar-lhe uma desculpa para fazer mais. — Eu estou bem. — Drew deu a Sam um olhar duro quando ele se levantou. — Eu ainda estou um pouco vacilante da festa da noite passada. Eu bebi demais. — Oh, sim, foi provavelmente isso. — Os olhos de um azul profundo de Sam foram especulativos quando ele encontrou o olhar de Drew. — Havia uma grande quantidade de álcool na festa. — A festa? — Perguntou Jesse, o interesse brilhando em seus olhos. Os olhos de Sam se estreitaram, e Drew estava subitamente preocupado que o seu companheiro de quarto tinha tomado sua advertência sobre a morte do seu irmão para o coração. — Não é da sua maldita conta, Jesse. Você perdeu o direito de saber sobre a minha vida privada, quando você começou a roubar-me. — Oh, Drew, era apenas um pouco de dinheiro. — Jesse estava se lamentando, e ralado sobre os nervos já tensos de Drew. — Eu precisava do dinheiro. Eu realmente precisava. Havia esses caras e... Drew levantou a mão, parando Jesse. — Eu já ouvi tudo isso antes, Jesse. Eu não estou interessado em ouvi-lo novamente. — Droga, Drew, você não entende. Apesar de tudo o que Drew estava dizendo e que ele estava sentindo, ele começou a ficar preocupado quando Jesse começou a andar para trás e para frente em toda a sala, torcendo as mãos com tanta força que elas ficaram brancas. — O que está acontecendo, Jesse? — Há esses caras e...
Drew revirou os olhos e indo direto para a porta da frente. Por que ele nunca aprende? Ele sempre começava com a existencia desses caras... ― Saia, Jesse. — Mas... — Saia! — Drew bateu o pé e apontou para a porta. — Você tem vinte e cinco anos de idade, Jesse. Crescer e lide com a sua própria merda. Eu não estou o socorrendo neste momento. — Mas, Drew, você não entende. — Eu não quero entender, Jesse. Eu passei os últimos três meses me perguntando o que havia de errado comigo, porque meu amante me deixou com nenhuma palavra, apenas para descobrir que ele me deixou uma carta e você a roubou. — As sobrancelhas de Drew se uniram em uma afronta com raiva. — E então você mentiu para mim sobre isso, me dizendo que você entrou em grandes problemas em Las Vegas. — Drew... — Você está sempre mentindo para mim, Jesse. Você me diz que você encontrou um grande cara e você desaparece por semanas. Quando eu finalmente vejo você, você olha como se tivesse sido atropelado por um ônibus e seu... — Drew fez aspas no ar com os dedos. — Grande cara virou vento. — Não é assim. — Disse Jesse com uma voz muito calma, quase sem emoção. — Você roubou dinheiro de mim, você mentiu para mim, e você desapareceu durante semanas a fio só para aparecer com hematomas por toda parte, e depois esperar que eu apenas entregasse mais dinheiro a você? Você precisa de ajuda, Jesse, mais ajuda do que eu posso te dar. — Não há nada de errado comigo. —Jesse insistia, mas Drew podia ver a vergonha nos olhos azuis do seu irmão. Jesse estava em alguma coisa. Drew queria saber o que era para poder ajudar, mas depois de saber o que Jesse tinha feito, ele estava cansado de ajudar.
Os lábios de Drew apertaram em uma linha rígida quando ele percebeu que seu irmão ainda estava em negação. Ele não achava que Jesse estava drogado, mas ele estava certamente envolvido em alguma coisa. Drew estava feito tentando levá-lo no caminho certo. Ele tinha sua própria merda para lidar. — Você me usou pela última vez, Jesse. Eu estou farto. Jesse começou a discutir, mas Sam agarrou-o pelo cangote e o levou até a porta da frente. Os ombros de Drew caíram quando escutou Jesse clamando por ele. Era tudo o que podia fazer para estar lá e não ir resgatá-lo, mas Drew resgatava Jesse desde que usava fraldas. Se Jesse nunca aprendesse a cuidar de si mesmo, ele nunca iria crescer e estar em seus próprios dois pés. Drew estaria cuidando dele para o resto das suas vidas. A vida de Drew já estava uma bagunça. Ele não achava que teria forças para cuidar de outra pessoa agora. Quando a voz de Jesse desapareceu e a porta da frente bateu fechada, Drew pegou a cadeira mais próxima e sentou-se. Ele apoiou os cotovelos na mesa e escondeu o rosto entre as mãos, lágrimas silenciosas lutavam para sair. — É o melhor, Drew. Drew suspirou, colocando as mãos na mesa. — Eu sei, mas é difícil. Ele é meu irmão. — Acredite em mim... — Sam disse e sentou-se de frente para Drew. —Eu sei tudo sobre irmãos. — Oh homem! — Drew sussurrou. — Deus, Sam, me desculpe. Aqui estou eu me afastando do meu irmão idiota e o seu está faltando. O canto da boca de Sam tremeu. — Está tudo bem. — Você realmente acha que eles vão encontrar Romano? Sam deu de ombros. — Se alguém pode encontrá-lo, é Electus Everson e o seu povo.
— Electus Everson e o seu povo... Drew fechou e abriu as mãos e, em seguida, começou a pegar em uma das suas unhas. — Sim, sobre isso... — Garret me pediu para responder a quaisquer perguntas que possa ter. — Eu acho que a minha pergunta principal é como diabos você sabe sobre Garret e por que você sabe tanto sobre ele? — Não é Garret que eu conheço tão bem, tanto quanto é a sua tribo. — Vamos vê-lo novo? — Só se tiverem sorte. — Sua tribo. Isso é o que eles chamam a si mesmos, a tribo. Electus Daniel Everson é o chefe da tribo Everson, assim como seu companheiro é o Alfa de Eastern City Pack. — Certo, eu sabia disso. — Todo mundo sabia disso. Os vampiros tinham saído da clandestinidade décadas atrás. Isso não significa que eles só saíam onde queriam. Eles viviam em locais exóticos como castelos de merda ou hotéis. Drew ainda estava um pouco perplexo com o que ele achava que sabia e o que tinha aprendido nas últimas horas. Os vampiros eram como estrelas do rock. Ele tinha lido sobre eles, viu na televisão, mas nunca tinha encontrado um na vida real. Era quase como se fossem um mito de Hollywood. Ao saber que seu amante era um vampiro foi um choque e Drew não tinha certeza de que estava pronto para lidar com isso. — Então, como você sabe sobre esta tribo? — Durante um período muito triste na história, os paranormais estavam fora de controle, matando tudo e qualquer coisa. Eles precisavam ser detidos por nossa causa, os seres humanos. Meu avô criou um grupo de caçadores para lidar com o problema. Mandíbula de Drew caiu. — Seu avô? Sam apenas balançou a cabeça.
— Depois que vários vampiros desonestos foram eliminados por esses caçadores, Electus Luca Ucathya começou a colocar dois e dois juntos. Ele marcou uma reunião com o meu avô, onde se sentou e elaborou um acordo entre os dois, um conjunto de leis que todos os membros da tribo de Electus Ucathya foram obrigados a seguir. O não cumprimento dessas leis era motivo para execução. — Como isso se relaciona à tribo de Electus Everson? — Algum tempo atrás, houve um incidente envolvendo um grupo de caçadores não relacionados com a gente. Eles consideram paranormais abominações, e eles queriam exterminá-los da face da terra. Drew inalou quando um arrepio percorreu seu corpo. — Jesus, quem são eles? Podem ser parados? — Nós estamos trabalhando nisso, mas eles estão escondidos. — O Queixo de Sam apertou um músculo passando perto de seu queixo. — Acreditamos que este grupo particular de caçadores são os que tem Romano. —Por quê? — Você tem que entender que os caçadores que o meu avô criou são como a polícia dos paranormais. Se um paranormal quebra a lei, trazemos suas ações para a atenção do seu líder. Ao alfa ou ao Electus é dado 24 horas para lidar com o problema. Se não o fizerem, então os caçadores devem intervir e lidar com isso. Nós não caçamos indiscriminadamente. A lei tem que ser quebrada primeiro, e uma caça tem que ser aprovada por um conselho de homens que elegemos. — Certo, eu entendo isso. — É realmente de muito bom senso. — Esses outros caçadores, matam todos os paranormais, homens, mulheres e crianças. Eles não discriminam. Eles não se importam se suas vítimas são lobisomens ou vampiros, culpados ou inocentes. Eles só querem matar todos eles. E eles torturam suas vítimas antes de terminar com suas vidas.
Drew pulou e correu pelo corredor, chegando ao banheior a tempo de cair de joelhos e perder o café que havia ingerido. Ouviu Sam entrar no banheiro e o som de água, mas ele estava muito ocupado para prestar real atenção para o que o homem estava fazendo. Ainda assim, ele estava grato quando Sam lhe entregou uma toalha molhada limpa e um copo de água. Drew limpou a boca e, em seguida, tomou um gole de água, balançando ao redor de sua boca antes de cuspi-la no vaso. Ele fez isso de novo e, em seguida, estendeu a mão e liberou seu aperto no vaso sanitário antes de voltar a olhar para Sam. — Obrigado. Sam sorriu quando ele deslizou para baixo da parede para sentar-se no chão, ao lado de Drew. — Eu imagino que esta é uma revelação muito grande. Drew assentiu. — Eu cresci com este conhecimento, Drew. Meu avô foi quem criou os caçadores. Eu sabia que a partir do momento em que eu pudesse andar, que eu seria um caçador. — Você é um caçador? — Eu sou. Drew não tinha certeza de como ele se sentia sobre isso. Sam estava basicamente dizendo que ele caçou pessoas como Garret. —Por quê? — Eu te disse por que, Drew, porque nem todos os paranormais seguem as regras e estes precisam ser parados. O que eu faço não é diferente do que um policial faz. Só que os criminosos que caço só acontecem ter presas e garras. — Alguma vez você já matou alguém? O silêncio de Sam falou por ele. — Será que você caçaria Garret?
— Se ele quebrasse as regras e o meu conselho me dissesse para fazer, então sim, eu iria, mas só depois de ser dado ao seu Electus 24 horas para lidar com a situação primeiro. Eu nunca teria ido atrás de alguém que quebrou as regras na medida em que até mesmo o seu Electus ou alfa poderiam cuidar da situação. Essa informação fez Drew se sentir um pouco melhor, mas só um pouco. Ele ainda não tinha certeza de como ele se sentia sobre Sam caçando as pessoas. Só sentia mal. — Há quanto tempo você conhece Garret? — Há alguns anos. — Drew virou-se para encarar Sam. O homem rapidamente levantou as mãos. — Você nunca me disse o seu nome, lembra? Eu teria dito alguma coisa se eu soubesse quem ele era, ou eu teria pelo menos feito ele dizer-lhe mais cedo do que isso. —Ok, você me pegou. — Drew manteve a identidade de Garret para si mesmo, porque ele não queria deixar ir a última parte das suas memórias. Ele queria guardar tudo para si mesmo. Agora, ele desejou que tivesse derramado tudo como se fosse as Cataratas do Niágara. — Então, meu ex é um vampiro. — Seu ex é um tenente vampiro, segundo-em-comando de uma das maiores e mais mortais tribos da região. As sobrancelhas de Drew dispararam. — Não me diga? Sam riu, mas depois ficou sério lentamente. — É por isso que eu acredito que ele não o levou com ele quando ele voltou para a sua tribo. — Isso é o que ele disse. — Mesmo para um vampiro, viver em uma tribo é perigoso. — Então por que fazer isso? — Porque é mais seguro do que não viver em uma tribo. Muitos optam por viver na cidade por conta própria, cuidando das famílias e vivendo suas vidas como qualquer outra pessoa. Garret fez até que lhe foi ordenado
voltar para casa para ser o segundo no comando do seu Electus, mas eles fazem isso com o conhecimento de que ele são extremamente perigoso. Drew franziu o cenho. — Por quê? — Ele morava sozinho. Como poderia ser um paranormal mais perigoso? Não eram paranormais mais forte do que os seres humanos? Sam passou a mão sobre a boca antes de deixá-la cair em seu colo. — Você se lembra do incidente que aconteceu não muito tempo atrás? Drew assentiu. — Havia um cara chamado Kalle Dane. Ele costumava ser um caçador como eu, mas ele decidiu que o nosso pequeno grupo não estava fazendo o suficiente para limpar paranormais para fora da superfície do planeta, e começou esse grupo fora da lei que lhe falei. Ao longo dos anos, ele começou a pegar os paranormais que não viviam em um local seguro como o hotel da tribo. — Eles ainda estão por aí? — Infelizmente, eles estão. Ninguém jamais foi capaz de pegar Kalle Dane. Ele apenas continua recrutando novos membros e criando um grupo marginal que tem como objetivo principal eliminar todo e qualquer paranormal. Drew sentiu o acúmulo de ácido na parte traseira da sua garganta. Ele engoliu em seco para não vomitar novamente. A informação que Sam estava dando a ele o fazia mal do estômago. Ele sabia que havia pessoas horríveis no mundo. Ele só não esperava tê-los chegando tão perto da sua vida. — Você sabe como doente é isso? — Sim, eu sei. Drew fez uma careta quando ele se lembrou que Sam suspeitava que seu irmão estava sendo mantido preso pelo insano Kalle Dane. — Sinto muito.
— Eu tenho que acreditar que nós vamos encontrá-lo, Drew. Roman está lá fora em algum lugar. Nós já rastreamos centenas de ligações desde que ele foi tomado, e eu imagino que vamos rastrear mais cem antes de realmente encontrar uma que leve a ele. — E quanto a este armazém que você me falou ontem à noite? — Perguntou Drew. — Você acha que ele poderia estar lá? — Na verdade, não. Kalle Dane não é tão estúpido. Além disso, Roman foi flagrado sendo transferido para uma van azul. Ele provavelmente está muito longe agora. — Então por que o ataque? — Electus Everson está planejando o ataque ao armazé, uma vez que está no seu território, e porque acreditamos que alguém lá pode ter as informações que precisamos. Electus Everson está planejando a invasão para capturar alguns desses pagãos para que ele possa interrogá-los. — Será que ele vai matá-los? Sam sorriu maldosamente. —Só se eles estiverem com sorte.
Capítulo Seis
A batalha tinha sido relativamente fácil, quase fácil demais. Entraram no armazém em três equipes, uma em cada entrada. Tiros foram disparados, mas o inimigo baixaram suas armas em minutos. Apenas um homem foi atingido, e era um ferimento superficial. Todo mundo simplesmente colocou suas armas para baixo e levantaram as mãos em sinal de rendição, à espera de serem levados em custódia. Não havia nenhuma resistência, e isso estava enlouquecendo Garret.
Ele recostou-se contra o capô do SUV, esfregando o queixo enquanto observava seus homens reunirem os prisioneiros e revistá-los por armas. Cada homem foi revistado depois contido com laços de zip lock antes de serem escoltados a um veículo para o transporte de volta para o porão hotel para interrogatório. — Kerry, o que está errado com este retrato? — Perguntou ele, enquanto observava um de seus guardas revistar um homem vestido com uniforme militar. — Eu não entendo. — Disse Kerry quando ele se virou para ver o homem que Garret estava observando. — Aquele homem está apenas ali. Ele não está lutando ou se remexendo ou mesmo fingindo que ele não é um prisioneiro. Ele não está nem mesmo olhando para ninguém. É como se ele esperasse ser feito prisioneiro, como ele quizesse ser preso. E foi aí que Garret percccebeu o que estava errado. Isso foi muito fácil. — Algo está muito errado aqui, Kerry. Garret se empurrou para longe do veículo e encaminhou-se para o homem sendo revistado. — Eu quero que cada prisioneiro revistado. Tudo deve ser retirado deles, até jóias, óculos, tudo. Havia quatro pequenos grupos dos mesmos. Um grupo já estava dentro dos veículos. Os outros três grupos estavam sendo revistados. Apenas o grupo mais próximo a Garret estava sendo revistado e, em seguida, só porque os guardas tinham ouvido a ordem de Garret. — O que há, Garret? Kerry perguntou quando ele encontrou-se com Garret. — Isso está muito fácil, Kerry. ― Garret apontou para onde os prisioneiros estavam. — Eles praticamente desistiram sem lutar, e eles estão
nos permitindo levá-los prisioneiros como se esperassem isso. Eu teria lutado com unhas e dentes. — Sim, eu tenho que concordar. Os
olhos
de
Kerry
se
estreitaram,
algo
cintilando
nas
suas
profundezas escuras enquanto eles corriam de prisioneiro a prisioneiro. Quando sua cabeça de repente, inclinou para o lado, seus olhos se estreitando ainda mais, Garret se virou para ver o que Kerry estava olhando. — O que é isso? — Se você queria se infiltrar em um reduto de vampiros, como é que você faz isso? — A força bruta? — Perguntou Garret, simplesmente porque isso é o que ele faria. — E se você quisesse eliminar a necessidade de força bruta? Garret franziu a testa em confusão. Um arrepio começou a envolver em torno dele quando os olhos calculistas de Kerry viraram em sua direção. — Se você quisesse atacar uma fortaleza vampiro, mas não ter a mesma mão de obra, como você igualiria as suas chances? Garret olhou por um momento, sua mente jogando sobre as palavras de Kerry, colocando-as em conjunto com suas próprias suspeitas sobre o que estava acontecendo aqui, e então ele virou-se lentamente para olhar para os prisioneiros. Quando seus olhos encontraram os de um prisioneiro, e ele viu o sorriso malicioso satisfeito que surgiu no rosto do homem, Garret começou a correr em direção a seus homens, gritando para que eles voltassem, para ficarem longe dos prisioneiros. Era tarde demais. Uma rajada de vento quente bateu Garret quando uma parede de fogo jogou-o para tras vários metros antes que caísse no chão com um baque retumbante. Garret apenas ficou lá e olhou para o céu
iluminado se perguntando por que ele podia ver estrelas quando estava tão leve e tentando extrair o ar de volta para seus pulmões. O rosto de Kerry apareceu de repente sobre Garret, os lábios do homem se movendo rapidamente enquanto falava. Garret não podia ouvir uma coisa. Ele estendeu a mão e apertou a ponta de seus dedos contra os lábios de Kerry e balançou a cabeça, tentando fazer com que o homem o entendesse. Kerry parou de falar o tempo suficiente para franzir a testa para baixo, em Garret, em seguida, ele levantou a cabeça e disse algo a alguém. Um momento depois, um cobertor foi colocado sobre Garret, o que foi bom, porque de repente ele sentiu frio, gelado até os ossos. Seus dentes começaram a bater. Garret não era capaz de ouvir qualquer coisa, mas ele poderia colocar dois e dois juntos e chegar à equação correta. Ele, obviamente, tinha sido ferido de alguma forma. Desde que ele não sentia nada, ele não tinha a menor idéia o quanto ele estava ferido, mas tinha que ser ruim. Ele nunca tinha visto esse olhar preocupado em Kerry. — Estou morrendo? Uma coisinha de mal-estar percorreu Garret quando os olhos de Kerry correram para baixo do seu corpo. Garret tinha que saber o que o homem viu quando os lábios de Kerry se apertaram em uma careta conturbada. — Kerry? Os lábios de Kerry começaram a se mover novamente, e por um momento, Garret ainda não podia ouvi-lo, e então o mundo entrou correndo, com um rugido alto, trazendo com ele um nível de agonia que Garret nunca tinha imaginado antes. Ele gritou, até que ele não podia gritar mais. Garret
estava
fugazmente
consciente
de
ser
levantado
e
transportado. Alguém enfiou uma agulha no seu braço, e a dor diminuiu para um nível administrável, mas não o deixou. Ele ainda se sentia como se facas o perfurassem de dentro para fora.
Quando o rosto de Electus Everson apareceu em sua linha de visão, Garret sabia que ele estava provavelmente indo morrer. Exceto quando o anamchara de Electus Everson havia sido seqüestrado, Garret nunca tinha visto um olhar tão conturbado no rosto do homem. — Ninguém vai me dizer o quanto é ruim? ― Garret reclamou. Os lábios de Electus Everson se apertsaram muito parecidos com os de Kerry antes. Não parecia que ele diria alguma coisa. ― Por favor, senhor. Eu preciso saber. — Você perdeu sua perna esquerda, Garret, logo abaixo do joelho. O coração de Garret acelerou, mas ele escondeu todos os sinais disso. Ele não estava pronto para entrar em pânico ainda. Ele realmente não estava pronto para reconhecer que a sua vida tinha apenas mudado permanente. — Ok, obrigado por me dizer, senhor. — Estou ligando para o meu médico pessoal, Garret. Ele fará tudo o que puder. Garret concordou porque isso parecia a coisa certa a fazer, mesmo quando ele sabia que não havia esperança. Sua perna tinha sido arrancada. Não existia uma supercola lá fora que poderia arrumar isso. — Os meus homens, senhor? Será que vamos perder alguns deles? Electus Everson rosnou, apertando seu rosto com tanta raiva que Garret engoliu nervosamente. — Cinco foram mortos a título definitivo, sete feridos. O médico não espera que dois deles passem pela noite. — Foi na armadilha, senhor. Eles queriam ser pegos. Eles sabiam que estávamos procurando Romano e que você estava seguindo todas as pistas. Eles sabiam que você nos enviaria, e eles planejaram tudo para que pudessem eliminar tantos de nós quanto fosse possível.
Electus Everson levantou os olhos e olhou para alguém além de linha de visão de Garret. Ele acenou com a cabeça uma vez, antes de olhar para trás para baixo em Garret. — Kerry e meu anamchara estão vendo com a segurança ao redor do hotel. Tudo já está bloqueado aqui, Kerry vai levar uma pequena unidade de volta para o armazém para procurar alguma pista. — Mas, senhor, assim não há homens suficientes para protegê-lo. — Não se preocupe Garret, Electus Ucathya está enviando sentinelas extras para ajudar. Nós vamos estar bem protegidos. Electus Everson deu um tapinha no ombro de Garret, de forma reconfortante. — Você só descanse. Nós cuidaremos de tudo. — Senhor? — Garret apertou os lábios, querendo pedir para alguém chamar Drew, mas sabia que não deveria, especialmente agora. Não importa o quanto ele queria Drew ao seu lado, agora não era o momento. Tinha sido perigoso antes ser envolvido na tribo. Agora era mortal. — Eu vou cuidar dele, Garret. — Talvez fosse melhor se... Electus Everson arqueou uma sobrancelha e olhou para Garret até que ele fechou a boca. — Vou ligar para Sam e fazê-lo acompanhar Drew até aqui. Não havia espaço para discussão na voz de Electus Everson. Antes que Garret pudesse protestar, seu Electus tinha ido embora. Um momento depois, o médico da tribo pairava por cima dele, com as mãos ocupadas verificando os sinais vitais de Garret. Garret, portanto, não gostou da forma como o cara fez uma careta quando ele retirou o cobertor cobrindo a parte inferior do corpo de Garret. — Acho que não está muito bonito, né? Os olhos do médico correram para atender Garret.
— Eu já vi pior. — Ele olhou para baixo, para as lesões de Garret. — Eu só não me lembro de quando. Garret riu, apesar da dor e do sofrimento, e do fato de que ele tinha acabado de perder a perna. Ele não podia ajudar a si mesmo, mas não era uma risada feliz. — Eu estou vivo, Doc, e alguns dos meus homens não podem dizer isso. Eu diria que eu tenho o melhor final desta bagunça do caralho. — Muito Bem. — O médico disse e estalou os dedos fazendo sinal para alguém. — Vamos ver o que podemos fazer para ter você de volta em seus pés para que você possa descobrir quem fez isso. Os lábios de Garret se contraíram ao ouvir as palavras do doc, e sabia que ele estava começando a perder sua mente quando ele quis rir do uso do doc da palavra pé, quando ele tinha apenas um pé. Ok, estava na hora de umas boas drogas. As coisas aconteceram em um borrão depois disso. Garret só poderia ficar lá e ver quando ele foi transferido para a enfermaria, despojado das suas roupas, limpo, e depois levado para a cirurgia. Uma enfermeira mascarada enfiou um IV no seu braço, e o mundo começou a girar. Pouco antes dele começar a ir abaixo, Garret agarrou o braço do médico. — Diga ao meu anamchara que eu sinto muito. As sobrancelhas do doc subiram muito acima da máscara sobre a boca. Ele olhou a sua volta por um momento. Quando ele olhou de volta para Garret, havia algo em seus olhos que fez o homem parecer mais humano. O médico acariciou a mão de Garret. — Eu vou dizer a ele. Garret começou a sorrir, e então ele foi para fora.
Capítulo Sete
Drew colocou os produtos de limpeza de volta sob a pia do banheiro. Geralmente ele e Sam dividiam as tarefas domésticas, mas depois de sujar o banheiro duas vezes no mesmo dia, Drew sentiu como se fosse seu dever limpá-lo desta vez. Drew fechou a porta do armário do banheiro, em seguida, se levantou. Uma rápida olhada no espelho do banheiro disse que pelo menos ele estava parencendo que tinha retornado à terra dos vivos, mesmo que não se sentisse assim. Ainda permanecia exausto. Ele entrou na cozinha, decidiu tomar uma xícara de chá desta vez desde que anteriormente tinha jogado sua xícara de café fora. Ele realmente não estava com vontade de vomitar de novo. Pode ter sido algumas horas desde a última vez que vomitou, mas não ia correr riscos. Sam estava sentado no balcão falando ao telefone quando Drew entrou. Ele olhou para cima rapidamente, arregalando os olhos antes que desviasse o olhar. Considerando que era Sam, era um gesto curioso. Drew deu um olhar de questionamento a Sam enquanto colocava um copo de chá K-Cup na máquina de café Keurig. Apertou o botão e esperou. Trinta gloriosos segundos mais tarde, ele tinha uma xícara quente de chá de camomila. Drew acrescentou açúcar e creme... como ele gostava e tomou um gole pequeno para testá-lo. Ele sorriu, satisfeito que ele tinha conseguido a
mistura certa e então cruzou os braços quando se inclinou contra o balcão para beber seu chá assistindo Sam terminar sua conversa. Quando o homem desligou e bateu com o celular no balcão, Drew levantou uma sobrancelha ― Problemas? ― Isso foi Electus Everson. Drew se calou. Uma gota de suor desceu pelas suas costas, acompanhando uma sensação de medo que desceu por sua espinha. ― E? ― ele perguntou roucamente. ― As coisas não ocorreram no armazém como eles esperavam. ― G–Garret? Um músculo endureceu ao longo da mandíbula de Sam quando ele sacudiu a cabeça. Os joelhos de Drew enfraqueceram. Lágrimas começaram a correr quando cada coisa horrível que ele já tinha dito ao homem passou através da sua mente. ― Ele está... ― Drew limpou a garganta ― Ele está morto? ― Não, ― Sam respondeu ― mas não me parece bem. Ele está em cirurgia agora. Electus Everson chamou porque sabe que você é o anamchara de Garret e pensou que deveria saber o que estava acontecendo. ― EU... Eu preciso... ― Drew lambeu os lábios secos, seu olhar correndo ao redor da cozinha enquanto ele olhava sem direção. ― Eu preciso... hum... ― Ele sabia que havia algo que precisava fazer, mas não conseguia fazer sua mente funcionar corretamente. ― Ok, Drew, ― Sam disse suavemente ― Electus Everson vai mandar seu carro para nós. Ele vai nos levar até Garret. Drew franziu a testa ― Sim, é... ― Ele olhou para Sam novamente. Ele só tinha que ter certeza. ― Ele está vivo? ― Eu juro, Andrew. Garret está vivo. ― Então ― Drew enxugou os olhos porque tinha poeira neles ou algo assim e então pegou o pote de vidro para preparar café. Foi só quando ele
estava na pia enchendo a cafeteira que percebeu que não era preciso fazer café. Não estavam esperando companhia ou algo assim. A mão de Drew tremeu quando colocou o pote em cima do balcão ― Sam, eu não... ― Vá vestir uma camiseta e jeans limpo ― Sam disse em uma voz muito mais calma do que normalmente usava ― e certifique-se que seja algo confortável, porque você pode estar sentado por algum tempo. Vou pegar os sapatos e o casaco. Sam estava falando com ele como se fosse uma criança pequena, e em algum lugar na sua mente Drew sabia disso. Ele simplesmente não conseguia protestar. Naquele momento, precisava de alguém para dizer-lhe o que fazer porque não tinha a menor idéia. O mundo inteiro só tinha explodido em torno dele. Drew pegou uma camiseta limpa fora da sua cômoda e puxou sobre a cabeça, e então começou a procurar seu jeans. Ele sabia que tinha um... em algum lugar. Drew caiu de joelhos e puxou a gaveta da cômoda. Nada além de shorts e as calças de jogging. Talvez a próxima gaveta acima. Drew começou a soluçar como ele puxou gaveta após gaveta da cômoda. Quando a última gaveta de madeira foi para o chão, Drew começou a puxar a roupa para fora, à procura de um jeans limpo. Sam disse que ele precisava de um jeans limpo, e então eles iriam ver Garret. E ele precisava ver Garret. Garret tinha sido ferido... ou foi morto. Sam disse que tinha? Drew gritou porque não podia lembrar. Mas se Garret foi morto, por que Drew precisava de jeans limpo? Não fazia sentido. Drew estava perfeitamente confortável na calça jogging. Talvez ele precisasse de calça jogging limpas?
― Drew! ― Drew caiu para trás sentado e segurou nas mãos que o agarraram. ― Aqui, querido, ponha isto. Drew olhou para a calças que Sam estendeu a ele, perguntando como Sam tinha encontrado um jeans limpo na bagunça na frente dele. Ele não poderia mesmo encontrar seus pés. ― Venha, garoto, vamos nos vestir. A limusine de Electus Everson está quase aqui. Drew piscou quando Sam puxou-o para cima e então ajudou-o com o jeans, fechando o ziper e abotoando. Ele olhou para baixo para Sam em confusão quando o homem se ajoelhou e ajudou-o com seus sapatos. ― Eu vou em algum lugar? Os lábios de Sam foram separados em surpresa quando ele olhou para cima ― Vamos ver Garret, lembra? ― Garret? ― Drew murmurou. Lágrimas começaram a deslizar pelo seu rosto. Ele se lembrou. ― Ele está vivo? ― Drew perguntou quando Sam o levou fora do quarto em direção a porta da frente. ― Sim, Drew, ele está vivo. ― O que aconteceu? ― Eu não sei os detalhes, Drew, ― disse Sam ― mas algo aconteceu no ataque do armazém que Garret liderava e foi ferido. Ele está em cirurgia agora, e nós vamos ficar com ele. O coração de Drew estava tão apertado na garganta que ele mal conseguia falar, mas ele precisava saber ― O quanto ele está ferido? ― Eu não sei, Drew, mas Electus Everson disse que era muito ruim. O lábio inferior de Drew estremeceu. Ele fechou os olhos e respirou fundo e expirou lentamente, então abriu os olhos ― Eu preciso vê-lo. Sam franziu a testa, mas continuou a levar Drew na direção da porta. ― Eu sei. É por isso que Electus Everson mandou seu carro para nós.
Drew pressionou seus lábios juntos enquanto assentiu com a cabeça, mesmo que ele não soubesse com o que estava concordando. Parecia que era a coisa apropriada a fazer. Responder a Sam significaria abrir a boca, e se ele fizesse isso, ele poderia começar a gritar. Quando uma batida soou na porta da frente, Drew olhou, realmente não se importando com quem estava lá, além do fato de que eles poderiam levá-lo para Garret. E ele realmente, realmente queria ver Garret. ― Jesse, droga, ― gritou Sam ― Não temos tempo para isso. ― Eu quero ver meu irmão, e não pode me impedir. ― Oh nem pensar! ― Sam rosnou quando Jesse começou a empurrar-se para passar por ele. Drew apenas ficou lá vendo como Sam e Jesse se empurravam, lançando insultos um ao outro quando Sam tentou manter Jesse fora de casa e Jesse tentou entrar. Quando ele viu um veículo parar na frente da casa, ele simplesmente virou e saiu pela porta de trás e fez a volta. Drew lembrava vagamente do homem que saiu da parte de trás da longa limusine preta. Drew parou na lateral da casa e olhou para o homem, tentando se lembrar de onde ele o conhecia. Quando os penetrantes olhos cinzentos do homem alto poussaram nele, Drew estremeceu e deu um passo cauteloso para trás. Havia uma força poderosa nos olhos do homem que avisaram que ele era um predador que não hesitaria em cortar a garganta de Drew, se ele pisou fora da linha. ― Andrew Hamilton? Drew acenou, tinha medo de dizer alguma coisa e não estava disposto a mentir para o homem, não importa o quanto ele estava assustado. Surpreendentemente, o homem sorriu ― Eu sou Electus Daniel Everson. Vim para te levar ao Garret.
Drew não se importava quão assustador o grande homem era. Ele correu para frente e subiu na limusine, nem sequer olhou para os dois homens discutindo no seu alpendre. Sam e Jesse podiam argumentar até perderam suas vozes, no momento não importava. Ele tinha coisas mais importantes com que lidar. ― Há alguma notícia? ― Drew perguntou no instante que o Electus subiu de volta na limusine e fechou a porta. Um momento depois, ele sentiu o veículo começar a se mover ― E Garret já saiu da cirurgia? ― Ainda não, mas meu médico me garantiu que ele vai sair em breve. Drew acenou com a cabeça, apertando os dedos, até que eles ficaram dormentes ― Sei que Garret estava liderando uma missão para encontrar Roman, mas eu sei disso porque Sam me disse. Também sei que existem coisas que você não pode me dizer. Eu entendo. Mas o que não sei é da gravidade dos ferimentos de Garret. Sam não sabia. ― E Drew não tinha certeza se queria realmente saber. ― Você é do tipo que prefere um pouco de informação de cada vez ou você gosta de tudo de uma só vez? Drew engoliu. ― Arranque rapidamente o Band-Aid. ― Sua perna esquerda estava estourada logo abaixo do joelho. Lágrimas começaram a deslizar pelo seu rosto novamente, Drew desejou que ele tivesse ficado com a outra opção. Talvez houvesse algum outro modo para receber informações horríveis ― Ele vai viver? ― Meu médico acredita. Isso foi uma boa coisa pelo menos. ― E a perna dele? Electus Everson abanou a cabeça ― Me desculpe, Andrew. O dano foi muito extenso. A perna não pôde ser salva. Drew soluçou enquanto tentava se impedir de gritar. Garret tinha sido tão orgulhoso de ser o Tenente de Electus Everson. A posição cobiçada seria
negada se ele perdeu a perna. Drew sabia disso. Ele também sabia que Garret ficaria arrasado. ― Ele sabe? ― Drew sussurrou. ― Ele sabe ― respondeu o Electus Everson ― A preocupação dele era para seus homens e para você. Drew olhou para cima e através do pequeno espaço para o Electus. ― Comigo? ― Você é o seu anamchara. Drew inclinou a cabeça para um lado, curiosidade, permanecendo sobre sua preocupação com Garret ― O que isso significa? ― ele perguntou ― Já ouvi em várias ocasiões diferentes, mas ninguém me explicou exatamente o que isso significa. ―
Anamchara
significa
alma
gêmea.
Consideramos
nossos
anamcharas a outra metade da nossa alma. Sem eles, nós somos apenas metade do que nós poderíamos ser, para sempre, buscando o único que poderia nos fazer completo. ― Puxa, sem pressão. Electus Everson riu ― O meu anamchara é Alpha Carlton Gregory. Ele é um líder da sua própria tribo. Quando eu descobri que ele era meu anamchara, cometi muitos erros, erros que quase me custam a coisa mais preciosa do mundo. Não deixe seu medo privá-lo deste vínculo. A força do que dizia Electus Everson foi intensa, oprimindo. Drew sentiu sua garganta fechando e não conseguia respirar ― Garret nunca me disse. ― E talvez tenha sido o que dói tanto. Se este vínculo entre eles era tão importante, por que o homem nunca compartilhou com Drew? ― Ele se preocupa ― disse o Electus ― e com razão. Enquanto as coisas se acomodaram em grande parte, os seres humanos ainda não são amplamente aceitos no mundo paranormal. Não é o lugar mais seguro para você estar, e Garret sabe disso. Ele estava simplesmente tentando protegê-lo.
― Talvez agora ele possa vir para casa. ― Eu não liberei Garret dos seus deveres, ― Electus Everson respondeu com uma elevação significativa na sua testa. ― Mas... ― Drew incerto lambeu os lábios ― A perna dele... ― Se foi. Estou perfeitamente ciente das lesões do Garret, Andrew, mas totalmente espero o retorno dele as suas funções até o final da semana, não mais. ― Você está falando sério, ― Drew disse, horrorizado. ― Eu não devo ser? ― Ele perdeu a perna! ― Drew imediatamente percebeu que gritar com o outro homem não era a maneira de vencer qualquer discusão. A caranca que começou lentamente a se formar no rosto do homem pode ter sido uma pista também ― Sinto muito. Electus Everson suspirou e diminuiu a severidade na sua expressão. ― Andrew, você deve entender. Garret perdeu a perna. Ele não perdeu sua mente, seu coração ou sua vida. Enquanto ele precisará se acostumar as novas limitações na sua vida, tenho plena confiança nas suas habilidades como meu tenente. Drew recostou-se no banco, mais uma vez surpreso com as palavras do Electus Everson. O homem não vacilou enquanto falava. Nem com seu olhar ― Você realmente quer dizer isso. ― Eu não diria isso se eu não quisesse dizer. Drew cruzou as mãos e olhou para baixo, esfregando um polegar com o outro enquanto ele tentou reunir seus pensamentos caóticos e colocá-los em ordem. ― O que você pensa... que tipo de mudanças haverá? ― Vampiros curam rapidamente, então ele deve ficar bem em poucos dias. Meu médico acredita que podemos encontrar para Garret uma prótese transtibial em um ou dois dias. ― O quê?
― Uma prótese transtibial. É um membro artificial que substitui a parte faltando abaixo do joelho. ― Já ouvi falar ― Drew disse enquanto uma centelha de otimismo acendeu dentro dele ― Oscar Pistorius primeiramente foi considerado não elegível para competir nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, porque seus membros de prótese transtibial poderiam dar-lhe uma vantagem injusta sobre corredores que tinham membros naturais. Electus
Everson
abriu
um
sorriso
―
Sim,
os
pesquisadores
descobriram que os seus membros artificiais utilizavam vinte e cinco por cento menos energia do que as de um corredor que estão se movendo na mesma velocidade. ― Acha mesmo que Garret pode ser um tenente eficaz com uma prótese? ― Sim. Uma simples palavra mudou as coisas para Drew, de uma maneira que não teria imaginado. Por um lado, Drew estava emocionado. Garret pode não ter que desistir da vida que ele queria tanto. Por outro lado, partiu o coração de Drew porque para Garret ter a vida que ele queria, Drew teve que desistir de qualquer chance de ter uma vida com o homem que amava. Drew não tinha muito mais o que dizer depois disso. O que ele poderia dizer? Ele queria que Garret tivesse a vida que desejava mesmo que isso significasse que o perderia. Ele só precisava ver Garret com seus próprios olhos e certificar-se que o homem estava vivo, e então poderia desaparecer e tentar esquecer que ele não era o suficiente. As emoções de Drew estavam distantes, silenciado-o. Nem mesmo o cérebro estava em pleno funcionamento. Era como se estivesse andando em um nevoeiro onde nada pode realmente alcançá-lo, apenas resquícios de informação exterior.
Quando que eles chegaram ao hotel, as lágrimas de Drew tinham secado
e
sua
respiração
estava
voltando
ao
normal.
Ele
sabia
que,
logicamente, estava em algum tipo de choque e talvez negação da situação. Quando ele foi conduzido para dentro por Electus Everson em um elevador que o levou para os andares superiores do hotel, Drew poderia só olhar ao redor e maravilhar-se com o esplendor do lugar. Se ele pudesse ter descrito um resort hotel de cinco estrelas, o Grand Hotel teria sido isso. Era um hotel vampiro-temático que atendia os ricos e famosos. Do papel de parede de veludo vermelho para os pisos de mármore polido aos grandes lustres de cristal pendurados, os brasões no teto, o lugar era o máximo da opulência, cheio de luxo. Era fantástico e fora do alcance de Drew. Ele duvidava que pudesse ficar no armário das vassouras. Mesmo seu trabalho como assistente executivo pagando muito bem as contas não o deixavam com um monte de dinheiro no final do mês. Ele teria que economizar por uma década para permanecer no Grand Hotel por uma noite. ― Isto é seu? ― Drew perguntou quando as portas do elevador se abriram e os deixou em um dos andares de cima. ― Meu e do meu anamchara, ― respondeu o Electus Everson ― Minha tribo e a matilha de lobos de Carlton têm permissão para ficar aqui, mas o próprio hotel pertence a mim e minha família. Nossos aposentos pessoais são no andar da cobertura. ― Este lugar é enorme. ― Drew se perderia se não tivesse uma escolta, e ele sabia disso. Ele se perdeu indo ao supermercado. Sua atenção dirgiu-se a um homem vestido de jaleco, saindo da porta do corrredor, prendendo a respiração enquanto o homem vinha em sua direção.
― Electus, ― o homem gritou ― Garret passou pela cirurgia e está agora na sala de recuperação. Eu vou mudá-lo para uma sala de observação, assim que acordar e você poderá falar com ele então. ― Obrigado, doutor. Drew choramingou quando o médico começou a virar. Era um som pequeno, quase inaudível, mas Electus Everson deve ter ouvido. ― Oh, Doutor, este é o anamchara de Garret. ― Ah? ― o médico perguntou inquisitivamente. ― Drew Hamilton... Andrew... mas pode me chamar Drew. ― Ele estendeu a mão para apertar a mão do homem. ― Sou... ― Drew olhou Electus Everson, inseguro de como exatamente toda essa coisa de anamchara funcionava ― Gostaria de ver Garret, se eu puder. ― É claro ― O médico sorriu e foi um sorriso amigável, e então afagou a mão de Drew ― É seu direito estar com ele. Realmente? Que outros direitos tinha como anamchara de Garret? ― Como eu disse, ― o médico explicou enquanto eles andaram ― Garret passou razoalmente bem através da cirurgia. Fomos capazes de parar o sangramento e tratar as outras lesões. Havia algumas lesões no tecido mais profundas ao redor da coxa, causada pela explosão que eu gostaria de ficar de olho, mas a amputação em si estava limpa. Garret não deve ter nenhum problema de se aclimatar para uma prótese. ― Electus Everson disse que você seria capaz de obter para Garret uma prótese em um par de dias. ― Drew rezava que fosse verdade. Ele sabia que Garret necessitava disso para lidar com a perda da sua perna e voltar a seus pés, os dois, tão rapidamente quanto possível. ― Sim. Já contatei um amigo meu que trabalha num laboratório de pesquisa
em
Richmond,
Virginia.
Sua
área
de
especialização
é
o
desenvolvimento de material para fazer as próteses mais leves, mantendo sua
força. Ele se ofereceu para enviar algumas amostras para Garret escolher. Ele assegurou-me que elas são tecnologia de ponta e sustentaria até velocidade extra que um vampiro precisa. Drew não tinha certeza se ele queria saber o que isso significava, e então já não importava. O médico abriu uma porta e Drew entrou para encontrar Garret deitado em uma cama no meio da sala. Havia um IV de sangue no seu braço, que fazia sentido desde que Garret era um vampiro. Provavelmente precisava de sangue extra. Drew sabia desde o momento em que eles tinham vivido juntos que Garret comia comida de verdade, então o sangue ia ajudá-lo a se recuperar. Ele estava pálido o suficiente para precisar de sacos do material cor carmesim. O bip constante de uma máquina disse a Drew, que o homem estava vivo. Mas o movimento de altos e baixos da respiração significava muito mais. Drew correu para frente e delicadamente enroscou seus dedos nos de Garret, olhando para o homem. Ele não podia deixar-se olhar para baixo na parte inferior da cama onde sabia que estava a pior lesão. Ele precisava de mais tempo para lidar com isso. Estabelecer que Garret estava vivo era o primeiro passo. ― Tenho outros pacientes que eu preciso checar ― explicou o médico ― Há uma enfermeira no outro quarto se precisar de alguma coisa. ― Obrigado ― murmurou Drew, não levantando seus olhos fora de Garret. Ele inclinou a cabeça para frente, trazendo a mão quente de Garret até sua testa, e então ele começou a orar para que Garret acordasse em breve.
Capítulo Oito
Garret sabia antes mesmo de abrir os olhos que Drew estava ao seu lado. Ele podia sentir o aroma sedutor do homem, e fez o que tinha de fazer muito mais difícil. Garret abriu os olhos e olhou para a cabeça encostada em sua mão. Por um momento, Garret embebeu-se na sensação da pele de Drew contra a sua própria. Quando ele deixou a casa de Drew mais cedo, ele nunca pensou em ver o homem novamente, e muito menos sentir sua pele quente. A dor era quase demais para suportar. Mas ele precisava daquele toque suave enquanto ele pensava em seus ferimentos. A memória de que Electus Everson dissera-lhe antes dele entrar em cirurgia reproduzindo-se na sua mente. Garret, sabia que tinha perdido a perna. E sabia que significava que a sua vida iria mudar de muitas maneiras diferentes. Isso era uma razão ainda melhor para mandar Drew embora. Se Garret se preocupava antes que não conseguiria proteger o seu anamchara quando estava são, imagine agora. Ele não era o vampiro que costumava ser. E isso significava que não poderia proteger Drew contra quaisquer ameaças que podem vir a caminho, não mais. O lindo humano seria presa fácil para qualquer um com rancor contra os humanos. Garret sabia que Electus Everson e o alfa Gregory, bem como Electus Ucathya e seu companheiro, estavam trabalhando duro para equilibrar as coisas no mundo deles, mas o fato era que eles não tinham conseguido ainda. Lá ainda havia um monte de ódio e ressentimento contra os seres humanos, especialmente com Kalle Dane ainda à solta, espalhando a sua própria marca de ódio. Não era seguro para paranormais ou alguém associado a eles. E isso significava que não era seguro para Drew. Garret sabia o que tinha de fazer.
Ele segurou a mão de Drew por um momento, imerso na sensação da pele macia contra a sua própria e então olhou ao redor pelo botão de chamada para a enfermeira. O pequeno botão vermelho bradava para ele como um farol de miséria. Garret estendeu a mão e apertou, sabendo que ele não tinha outra escolha. Ele piscou rapidamente para dissipar a umidade nascendo nos seus olhos e esperou. Quando a enfermeira entrou, Garret acenou à cabeça de louro-mel de Drew e tentou extrair a mão do aperto forte. ― Ele precisa ir. A enfermeira parou, como se não ouvira direito ― Senhor? ― Quero ele escoltado para fora do edifício. ― Garret cerrou os dentes contra a dor aguda que essas palavras estavam lhe causando ― Ele não pode voltar. ― Mas, senhor... ― Os olhos da mulher cairam sobre a cabeça dourada de Drew. ― O médico disse que ele é seu... ― Estou perfeitamente ciente do que ele é, enfermeira. ― Garret colocou um tom de severidade na sua voz, assim não haveriam dúvidas que ele estava falando sério ― Faça o que eu digo ou eu terei que repreende-la. A enfermeira preocupou-se e correu para a frente. Para um vampiro, ser repreendido não era uma coisa agradável. Dependendo da gravidade da ofensa, pode ser muito doloroso. Recusar uma ordem do segundo em comando da tribo era muito grave. ― Garret? Garret travou os dentes juntos quando Drew levantou a cabeça e os olhos sonolentos piscaram para ele. Despertando aos poucos meio perdido, sempre foi assim para Drew. Um homem não estava vivo até que tinha pelo menos duas xícaras de café. ― É hora de ir, Drew.
― Ir? ― A testa o Drew se enrugando, sua confusão crescendo quando ele olhou ao redor da sala. Garret soube o momento em que Drew percebeu onde estava e por que. O homem inalou agudamente, os olhos se enchendo de lágrimas, quando olharam de volta para Garret ― Garret! ― Enfermeira! ― Garret falou quando ela ficou parada lá. ― Senhor, poderia vir comigo, por favor? ― A enfermeira pegou o braço de Drew, afastando-o da cama. Drew, é claro, saiu fora do seu domínio e voltou para o lado da cama ― Garret, como você está... pára com isso! ― Drew virou e olhou para a enfermeira quando ela tentou arrastá-lo novamente. ― Você precisa vir comigo, senhor. ― Eu não vou a qualquer lugar, ― argumentou Drew. A enfermeira atirou um rápido olhar para Garret. Quando ele olhou para ela, ela olhou para Drew com uma expressão que dizia que não queria estar onde estava ― Senhor, se não vier comigo, serei obrigada a ligar para a segurança. ― Eu sou o anamchara de Garret ― Drew protestou enquanto tentava afastar-se novamente ― Eu estou autorizado a estar aqui. ― Renuncio a nossa ligação, ― Garret disse em voz tão desprovida de emoção que quase sangrou. As quatro palavras foram simplesmente ditas, e Garret duvidava que Drew soubesse o que significavam. Mas ele sabia, e assim fez a enfermeira tentando puxar Drew da sala enquanto a resepiração Garret começou a ficar difícil. Foi inédito alguém renunciar à sua ligação com o seu anamchara. Isso nunca foi feito. Anamcharas eram preciosos, um presente. Eles deviam ser tratados como tal. Garret só queria uma coisa mais do que tratar Drew como um tesouro, cuidar da sua proteção. Isso não vai acontecer aqui.
― Garret, que... ― As lágrimas que se formaram começaram a correr pelos olhos azuis de Drew começaram a fluindo livremente pelo seu rosto ― O que há com você? Você me disse que eu era seu anamchara. Você não pode negar isso. ― Eu posso negar e vou. ― Garret cravou as unhas nas palmas da mão até elas cortarem sua carne ― Você estava certo. Não temos nada em comum. Eu sou um vampiro, e você é um ser humano. Nós não podemos ficar juntos. ― Não diga isso, ― sussurrou Drew. ― Eu quero dizer isso. ― Não, não, está apenas chateado por causa da sua perna. Garret soprou sordidamente, com a expressão tensa de escárnio ― Eu perdi a minha perna, Drew, não minha capacidade de pensar. ― Mas... ― Acabou, Drew. Vá para casa. Garret sabia o exato momento em que Drew percebeu que ele estava falando sério. Foi também o mesmo exato momento em que o coração de Garret secou e morreu. Drew mordeu o lábio inferior e olhou de relance para Garret antes de olhar para suas mãos. Não querendo causar mais estragos do que ele já tinha, Garret não disse nada, enquanto Drew tentou recompor-se. ― Se isso é o que deseja, Garret. ― A pele ao redor dos olhos de Drew tremeu como se ele estivesse tentando manter-se composto. Um olhar inexplicável de desistência veio no seu rosto, um que Garret nunca quis ver na cara do seu anamchara ― Adeus. Garret rezou para que Drew não olhasse de volta quando ele se virou e saiu da sala. O perigo seria se ele o fizesse. Ele veria o punho que Garret enfiado em sua boca para não chamar o amor da sua vida de volta.
Quando a porta foi fechada calmamente, Garret virou o rosto no travesseiro e deu vazão as lágrimas que estava segurando. Perder Drew foi pior do que perder a perna. Diabos, ele desistiria de ambas as pernas, se ele pudesse manter seu anamchara. Mas ele não podia, e Garret estava plenamente consciente desse fato. Drew viva e em outro lugar era mais importante do que ao seu lado e morto porque alguém o atacou e Garret não podia protegê-lo. Garret não sabia quanto tempo passou antes que ele ouviu a porta abrir lentamente novamente. Ele se apoiou virando para olhar, rezando que não fosse Drew retornando porque achava que não teria a coragem de enviar seu anamchara embora uma segunda vez. ― Electus Everson, ― Garret disse com alguma surpresa, não pelo fato da visita, mas pela raiva queimando no semblante do homem. ― Há algo que posso fazer por você? ― Ele sabia que se esperava que estivesse de pé em breve, mas achou que teria pelo menos alguns dias para se recuperar. Talvez não. ― Garret LaGaffe, vou retirá-lo dos seus deveres como meu tenente. Garret tentou engolir o nó na garganta, mas era muito grande. Ele sabia que isto ia acontecer a partir do momento em que a bomba tinha explodido e descobriu que ele tinha perdido a perna. Ele não achou que ia machucar tanto droga. ― Claro, senhor, ― ele disse finalmente. ― Se você não acredita que você é forte o suficiente para proteger um simples humano, então você não pode ter nenhuma esperança de proteger uma tribo inteira. ― A cara de Electus Everson tornou-se uma esfígie de mármore e desprezo. ― Se você não tem fé em si mesmo, então como você pode esperar que eu tenha fé em você? Garre deixou o queixo cair. ― Perdi minha perna ― afirmou, na tentativa de manter o confronto fora do seu Tom.
― E aparentemente sua espinha dorsal junto com ela. Garret rosnou para o insulto... até que ele se lembrou para quem estava rosnando, então seu rosto ficou sem cor. Ele só tinha cometido um delito que facilmente poderia lhe custar a vida. Garret rapidamente baixou os olhos, inclinando a cabeça submissa. ― Minhas desculpas, Electus. Não acontecerá novamente. ― Por favor não me mate. ― Pensei melhor de você, Garret. ― Suas sobrancelhas levantadas e juntas em uma careta de raiva ― Você grandemente decepcionou-me. Garret sabia que seu Electus tinha o direito de estar desapontado com ele. Ele falhou em seus deveres, custando a vida de vários dos seus homens. Ele nunca esperou sentir o peso esmagador de falhar tanto. ― Assumo total responsabilidade por meus atos, senhor. ― Podes crer que irá! Garret engoliu, medo, começando a rastejar até as suas costas. Electus Everson estava chateado, e Garret estava começando a pensar que toda essa raiva estava voltada diretamente para ele ― Senhor... ― Não fale! ― Electus Everson rugiu quando as obscuridades dos seus olhos brilharam com raiva. Garret permaneceu com a boca fechada. ― Assim que você estiver bem, terá que se apresentar a Electus Ucathya. Ele concordou em aceitá-lo na sua tribo. Garret inalou profundamente enquanto o resto do seu mundo veio caindo ao redor dele. Ele sabia que deveria manter a boca fechada, mas não se conteve ― Eu estou sendo banido, senhor? Ele esperava punição, mas não isso. O semblante de Electus Everson era afiado e contundente ― Carlton votou para te dar uma segunda chance, mas não acredito que posso confiar em alguém que tem tão pouca consideração pela nossas tradições.
― Nossa trad... Hein? Os ombros do Electus Everson caíram como se a raiva de repente tinha sido drenada dele. A desilusão no seu semblante foi ainda pior do que se tivesse gritando ― Eu tinha tantas esperanças em você, Garret. Você era uma grande promessa. ― Senhor? ― Eu percebi, que você não esteve nesta busca um longo tempo como eu estive ― disse o Electus ― Eu passei mais de mil anos à espera e à procura. E apesar dos problemas que tivemos no início, eu soube no momento em que pus os olhos em Carlton que ficaríamos juntos para sempre. Mas, desistir do seu anamchara, negar o vínculo mais precioso que a nossa espécie pode experimentar... ― O homem começou a balançar a cabeça ― Isso não pode ser perdoado. Num estalo, Garret de repente compreendeu que ele e o Electus Everson estavam falando de duas coisas totalmente diferentes ― Eu estou sendo banido porque neguei Drew? ― Ele tinha que perguntar, só para ter certeza. ― Você tem gratidão pelo que lhe foi dado. Uma vez que os outros souberem, a tribo vai perder respeito por você. Eu acredito que ainda haverá questionamentos depois de você sair sobre porque eu escolhi você como meu tenente. ― Porque eu neguei Drew? ― As sobrancelhas de Garret franziram juntas enquanto confusão passava através dele como uma onda gigantesca. ― E sobre o ataque? ― Oh isso? ― Electus Everson descartou com um gesto de mão. ― Ninguém poderia ter previsto que era uma armadilha. Quem está nos traindo está perto o suficiente do topo para saber tudo está acontecendo por aqui. Até
descobrirmos quem é, eu tenho que acreditar que qualquer informação que recebemos é ruim. Electus Everson endireitou os ombros como se controlando. ― Mas isso não é para você se preocupar. Tão logo você esteja curado e se apresente a Electus Ucathya, você não será mais um membro desta tribo. Garret ficou atordoado ― Isso é realmente sobre meu anamchara? Electus Everson estreitou os olhos ― Ele já não é o seu anamchara. Garret estremeceu como se o homem tivesse realmente lhe batido no rosto. Ele baixou os olhos sob o olhar de reprovação de Electus Everson ― Eu sei isso, mas... ― Não há mas sobre isso, Garret. Na frente de uma testemunha, você negou seu vínculo com Drew, tornando o nulo e sem efeito. ― Ele não está seguro aqui! ― Garret tinha que fazer seu Electus compreender o perigo que Drew corrria. ― Se já, era perigoso aqui antes, é ainda mais, agora que não posso protegê-lo adequadamente. ― Bem, apesar do que você acha e tudo o que esperava impedir, negando seu anamchara, aqui é o único lugar onde ele pode estar. Com vínculo ou não, as pessoas agora sabem da sua associação com nossa tribo. Ele pode ser usado contra nós, e não posso permitir isso. Garret sentiu um rosnado começar a crescer no seu peito. Ele tentou segurar sua raiva, mas Electus Everson, um homem que confiava mais do que qualquer um no planeta, estava ameaçando o seu anamchara. Garret não podia permitir isso. ― Você não vai tocar nele! ― Certamente não. Estou apenas fazendo arranjos para Drew viver aqui no hotel. Como seu antigo Electus, é minha responsabilidade cuidar da sua segurança. Eu não posso fazer isso enquanto ele estiver vivendo em algum outro lugar.
Garret só ficou olhando. Tudo que ele tinha desistido para manter Drew seguro e Electus Everson o trazia direto para o perigo que Garret tinha a esperança de evitar ― Não, não permitirei isso. Os lábios de Electus Everson afinaram em uma linha com raiva ― Isso não é mais da sua conta, Garret. ― Ele é meu anamchara. ― Não, ele não é. Você negou-lhe. Como tal, ele não é sua responsabilidade. ― Os lábios de Electus Everson torceram-se por um momento ― Na verdade, acho que seria melhor se você ficasse... Salvo pelo gongo nunca significou tanto para Garret quando alguém bateu na porta, impedindo Electus Everson de dar-lhe um comando que ele sabia que não podia acatar. Mas tão agradecido enquanto ele foi pela interrupção, o olhar no rosto de Electus Everson quando Kerry começou a sussurrar no seu ouvido fez Garret desejar que estivesse em qualquer outro lugar, exceto ali. Electus Everson deu-lhe um olhar antes de virar e sair correndo fora do quarto que fez Garret desejar que ainda tivesse dois pés porque ia doer pra caramba quando ele rastejasse para fora da cama. Garret jogou as cobertas e começou a manobrar-se à borda da cama, quando ele avistou as ataduras ao redor do joelho e a falta de perna. Ele olhou, tentando decidir o que ele sentia pela perda da sua perna. Ele só ficava vendo o rosto pálido de Drew, os olhos preenchidos com lágrimas, quando disse adeus e se afastou. E partiu o coração do Garret cada vez que a imagem passou por sua cabeça. ― Enfermeira! ― Garret gritou enquanto sentou-se ao lado da cama, encostando a perna ferida. Ele precisava descobrir o que estava acontecendo, porque ele sabia que tinha a ver com Drew. Ele podia sentir isso em seus ossos. Quando a enfermeira veio correndo, Garret rosnou para a mulher ― Demorou muito tempo.
A enfermeira respondeu num piscar de olhos ― Você não é meu único paciente, Sr. LaGaffe. Garret corou, sabendo que a mulher tinha razão ― Minhas desculpas, enfermeira. Estou ansioso porque algo aconteceu e ninguém vai me dizer o que é. Pode me trazer uma cadeira de rodas? ― Você não está em condições de ser sair do seu quarto, Sr. LaGaffe. ― Eu preciso ― Garret engoliu no olhar aquecido que a enfermeira lhe deu ― Acho que tudo o que está acontecendo envolve meu anamchara. ― Ouvi você negá-lo com meus próprios ouvidos. ― Eu estava errado. A mulher só ficou olhando. Garret suspirou profundamente ― Tinha medo que eu não pudesse protegê-lo, então eu o mandei embora. Houve algum abrandamento no comportamento da mulher, mas não muito ― As coisas na tribo não são o que costumavam ser, Garret. Enquanto os seres humanos não são amplamente aceitos, sendo um anamchara supera isso. Sendo um anamchara supera tudo. E Drew seria aceito na tribo por si só. ― Você realmente acredita nisso? ― Depois de ver o que ocorreu quando o anamchara Manu Ucathya era humano e sua tribo aceitou-o, sim, acredito mesmo nisso. Velhas crenças são difíceis de se livrar, mas pode acontecer. Garret sentou-se lá, precisando de tempo para digerir o que a enfermeira estava dizendo. O companheiro de Manu Ucathya não só era humano, ele era o filho de Kalle Dane, uma lenda no mundo paranormal. Ele era o bicho-papão com o qual os vampiros advertiam seus filhos, um louco tentando erradicar paranormais tantos quanto podia, e ele era muito bom nisso. Garret olhou para cima e colocou seus olhos na mulher a sua frente dele, sobrancelhas levantadas ― Enfermeira, quer obter-me uma cadeira de
rodas ou muletas ou algo para me ajudar a me locomover, ou eu vou arrastar minha bunda no corredor. Meu anamchara precisa de mim.
Capítulo Nove
Garret esfregou a ponta do nariz entre o polegar e o indicador. Ele sentia uma dor de cabeça chegando, como se uma marreta lhe estive batendo. Sabia que era de preocupação, olhando para mapas e relatórios desde as primeiras horas da manhã e uma dieta constante de cafeína. Ele só não podia fazer mais nada. O pior dos seus pesadelos tinha vindo a vida quando chegou ao corrredor e encontrou Electus Everson desanimado. Drew tinha sido raptado. Pior ainda, eles suspeitavam que pelas mesmas pessoas que raptaram Roman. E não houve nenhum sinal dele em mais de três semanas. Era como se tivesse saído da face da terra, no segundo que pisou fora do hotel. Culpa esmagadora obstruia a garganta de Garret em uma base diária, até que mal conseguia respirar. Se não tivesse escolhido ser um idiota e chutado seu anamchara para o meio-fio, seria provável que Drew estivesse ao seu lado neste momento. Em vez disso, estava nas mãos de um monstro. Sendo torturado. Talvez morto. Depois de ver o que tinha acontecido para Azizi Dane quando seu pai o
raptou, Garret quase
preferia que
Drew
estivesse
morto. O
mero
pensamento de que alguém pudesse torturar seu lindo anamchara fez o
estômago do Garret se torcer. Ele teria lançado tudo para fora, mas ele não tinha comido em dias. Não havia nada a vomitar. Garret olhou para cima quando a porta se abriu. ― Encontou alguma coisa? Kerry assentiu com a cabeça ― Não é muito, mas alguém viu um carro azul como o que estamos procurando em uma fazenda a oeste da cidade. ― É suficiente ― Garret tomou o papel de Kerry e digitou as coordenadas no computador. Batendo na borda do laptop esperando a imagens do satélite carregar, em seguida, mudou o dedo ao redor do teclado dando uma boa olhada na fazenda. ― Não parece ter muito lá, ― Kerry disse. ― Bem, esta foto não é ao vivo. ― Não, eu entendo, mas isto é suposto ser uma casa de fazenda. Não deveria haver vacas ou um trator ou algo assim? Não há mesmo qualquer feno. Parece como qualquer outra casa para fora no meio do nada. ― É para fora no meio do nada, ― Garret zombou. Havia uma razão pela qual que ele vivia na cidade. Ele odiava com paixão os grandes espaços ao ar livre. Dê-lhe um edifício todo de cimento e vidro com algumas luzes e música alta e ele seria um homem feliz. Ele era um rato da cidade até o osso. Garret usou o teclado no laptop para expandir a imagem e obter uma melhor visão da área. Ele queria ver o que estava por perto. A fazenda em si, uma área de cultivo, cerca de quinze milhas fora dos limites da cidade. E cercada por outras fazendas e um monte de campos abertos. Vizinhos não viviam tão perto um do outro. Garret começou a ficar excitado. Esta pode ser a primeira pista que tinham recebido em dias ― Os vizinhos estão bem afastados. Há bastante
árvores e coisas ao redor, para ocultar a maioria dos acontecimentos estranhos dentro de casa. Eu acho que este seria o lugar perfeito para esconder alguém. ― Esta poderia ser uma outra caça ao ganso, Garret. ― Não me importo. ― E realmente não se importava ― Eu vou seguir todas as malditas pistas que recebermos se apenas uma delas possa me levar a Drew. ― Isso é um monte de pistas, cara. Garret encolheu os ombros. ― Electus Everson está dando-me o tempo que preciso para rastrear Drew. Ele diz que posso retornar aos meus deveros só depois que trouxer meu anamchara para casa e nem um minuto mais cedo. Garret quase sorriu com isso. Electus Everson tinha sido bem drástico com ele, mas o fez ver a razão. Ele tinha perdido a perna, e ainda estava se acostumando com isso, mas não tinha perdido sua capacidade de ser a melhor droga de vampiro e isso incluia aceitar o presente que seu anamchara era. Surpreendentemente, nem uma palavra tinha vazado sobre o quanto idiota ele tinha sido. Até a enfermeira manteve a boca fechada, embora desse a Garret um olhar duro toda vez que o viu. Ninguém parecia saber nada sobre Garret negar Drew, que era uma coisa boa. Depois de pensar sobre isso, Garret sabia que Electus Everson estava certo sobre as pessoas perderem o respeito por ele, se descobrissem que tinha negado o seu anamchara. Ele orou que ninguém descobrisse. Electus Everson tinha prometido não bani-lo ou removê-lo da sua posição, contanto que ele trouxesse Drew para casa. Garret suspeitou que o homem sabia que ele seria inútil sem Drew. ― Eu vou levar isso para Electus Everson, ― Garret disse enquanto levantou e pegou seu laptop ― Você consegue uma unidade pronta para ir, se ele nos der permissão para fazer um ataque?
― Sim, com certeza. Nós encontraremos você por trás das docas de carregamento. ― Prepare todo mundo. Até sabermos quem é o traidor, temos de manter as coisas mais silenciosas possível. Não quero que saibam aonde estamos indo. ― Eu vou preparar tudo, me encontre no salão privado do Electus. ― Perfeito ― Garret virou e saiu de trás da mesa que estivera sentado, indo para a porta. ― Você está ficando muito bom nisso. ― Kerry balançou a cabeça em direção a Garret, abaixando os olhos ― Eu mal posso dizer que você tem uma perna artificial. Garret fez uma careta. Ele ainda não estava totalmente acostumado a sua prótese, e não tinha certeza de que algum dia estaria. Era uma dor na bunda, ou na perna, no seu caso. Mas sua preocupação com Drew o fez esquecer que estava lá na maior parte do tempo. Garret lembrava só quando alguém o forçou a parar de procurar por Drew por algumas horas e dormir um pouco. A perna doía, o que era estranho, considerando que não estava mais lá. O médico chamou de dor fantasma. Ele disse que iria diminuir ao longo do tempo. Garret questionou se o mesmo era verdade para a dor no peito toda vez que ele pensou no seu anamchara. Não só não parecia estar diminuindo, estava ficando mais forte a cada dia, que Drew estava desaparecido. Houve um ligeiro coxear na caminhada de Garret enquanto saía do seu escritório pelo corredor até o escritório principal. Ele estava cansado, e isso estava tornando mais difícil usar a prótese, que o médico tinha encontrado para ele. O pedaço de metal era de última tecnologia e permitiu-lhe exercer as suas funções quase tão bem quanto antes da explosão. Ele podia correr tão rápido quanto antes, saltar ainda mais alto e lutar como ele sempre lutou.
A perda da sua perna não parou tudo isso. Eram as dúvidas que tinha na sua própria mente que pareciam estar desacelerando-o, e ele sabia disso. Apesar de confiante, quando Electus Everson falou do retorno a sua posição, Garret ainda se preocupava de não ser capaz de proteger Drew quando o encontrasse, e iria encontrá-lo. Garret não descansaria até que o fizesse. Garret parrou à porta do escritório do Electus Everson e respirou fundo antes de bater na madeira grossa. Depois da última invasão que ele comandou, Electus Everson não tinha razão nenhuma para dar permissão para outra. ― Venha. Garret abriu a porta e entrou, rapidamente, analisando o local para ameaças potenciais. Era um hábito que ele nunca tinha sido capaz de abandonar. Quando seu olhar pousou sobre o Electus, o homem estava olhando-o de volta. ― Senhor, Kerry pode ter encontrado uma pista. ― Diga-me. ― Electus Everson era todo negócios. Garret colocou o seu laptop sobre a mesa para abrir o mapa ― Um dos contatos de Kerry disse que foi vista nesta fazenda, uma van azul parecida com a que estamos procurando, cerca de quinze milhas fora da cidade. Garret rodou o laptop para que Electus Everson pudesse ver a tela ― É muito isolado das casas vizinhas. Kerry observou que não havia vacas ou tratores ou qualquer coisa que fizesse alguém pensar que era realmente uma casa de fazenda. ― Qual é seu plano? Garret sorriu ― Kerry está preparando uma unidade dos homens do seu grupo especial. Não queremos que saibam que estamos indo em uma busca até que seja demasiado tarde para alertar alguém. ― Se eu pudesse fazer uma sugestão? ― Alfa Carlton Gregory pediu.
Garret imediatamente assentiu com a cabeça ― Claro, senhor. ― Ele poderia usar toda a ajuda que conseguisse, e o homem era o alfa da própria matilha. Ele era muito inteligente. ― Se alguém de fato está retransmitindo nossos movimentos ao grupo de caçadores, então, um grupo de homens vestidos para a luta vai alertá-los não importa o que fizermos. O coração do Garret apertou. ― Mas, se um grupo de vampiros se voluntariar para me ajudar a levar algumas caixas para Electus Ucathya, todos vestidos com roupas normais... ninguém ficaria sabendo do verdadeiro propósito. ― Como nós contrabandearemos nossos equipamentos para fora? ― Eu não disse quantas caixas precisamos transferir para o território de Electus Ucathya ― Carlton sorriu ― Se uma ou duas caixas extras fossem misturadas, quem saberia? O sorriso do Garret cresceu, junto com o do alfa Gregory, quando ele clicou a peça de comunicação no ouvido ― Kerry, tenha todos da unidade vestidos com roupas normais. Eles precisam trazer seu equipamento para salão e vou explicar o plano de lá. ― Câmbio. Garret desligou a chamada e virou-se para Electus Everson e Alfa Gregory ― Obrigado. Electus Everson assentiu com a cabeça e apontou para o desktop ― Apenas certifique-se de trazer seu anamchara para casa. ― Eu planejo isso. Garret trabalhou esse plano repetidamente na cabeça, enquanto ele saiu do escritório do Electus e fez o seu caminho pelo corredor para o salão privado. Quatro homens estavam esperando dentro da sala quando Garret entrou.
― Alpha Carlton tem algumas caixas que ele precisa que sejam entregues
no
território
de
Electus
Ucathya.
Reunam
todos
os
seus
equipamentos. Nós vamos colocá-los em uma caixa de papelão junto com o que o Alpha Gregory está entregando. Ele acredita que ninguém irá notar algumas caixas extras sendo levadas do hotel. Kerry olhou por um momento então ordenou para os outros três homens na sala continuar com o plano. Em questão de minutos, tudo foi reunido e colocado dentro de caixas de papelão. Garret tentou um sorriso descontraído no rosto, enquanto eles agarraram todas as caixas e seguiram alfa Gregory fora do salão descendo para o grande elevador industrial que levava até a doca de carga. Duas SUVs estavam esperando por eles. As caixas foram divididas entre os dois veículos e todos carregados. Garret montou no banco da frente do primeiro veículo. Kerry dirigiu com Alpha Gregory no banco de trás. Russell, Barão e Keith levaram o outro veículo. Eles tinham que dirigir-se à fazenda depois que eles deixassem alfa Gregory. ― Merda! ― Kerry surtou quando freiou. Garret levou o braço para segurar-se enquando o SUV deslizava para uma parada. Ele virou para olhar para Kerry, prestes a gritar com o cara e querendo saber por que ele tinha parado tão de repente, mas notou que estava olhando pela janela da frente. Garret virou e gemeu. Ele soltou um suspiro tão grande que sacudiu os ombros ― Eu vou cuidar disso ― ele disse quando abriu a porta e saiu fazendo o seu caminho para a frente do veículo ― Não tenho tempo para suas merdas agora, Jesse. ― Não, não, você precisa me ouvir. ― Jesse, desviou o olhar observando a rua em torno dele se movendo nervosamente enquanto olhava para trás, os dedos se retorcendo juntos.
― Você está alto, Jesse? ― Garret tinha visto Jesse com um comportamento muito estranho quando tinha convivido com o cara, mas nada como isto. Jesse parecia totalmente alterado. Ele praticamente estava vibrando no lugar. Talvez ele estivesse drogado. ― Não, não, claro que não. Eu nunca usei drogas. Não suporto essas coisas. Mas você precisa me escutar. Isto é importante. Então era o que Garret ia fazer. ― Jesse... ― Por favor ― Os movimentos de Jesse tornaram-se frenéticos quando ele agarrou a camisa do Garret ― Você tem que me ouvir. ― Basta, Jesse! ― Garret gritou quando ele empurrou Jesse. Ele não tinha tempo para lidar com o irmão neurótico, não quando Drew estava faltando ― Não tenho tempo para suas merdas, Jesse. ― Então acho que você não tem tempo de ouvir o que sei sobre o desaparecimento de Drew. ― Alguém arrancou Jesse antes que Garret pudesse agarrá-lo e tirou o menor homem fora do seu alcance. Garret rosnou avançando, pronto para rasgar Jesse até que o homem gritasse tudo o que sabia, apenas para ser retrucado por um rosnado em resposta. ― Kerry, o que foi, homem? ― Ouça o que o homem tem a dizer. A mandíbula de Garret cerrou com raiva ― Jesse é irmão de Drew. Ele é nada mais do que problemas. ― Não vai doer ouvi-lo. ― Bem, ― rosnou Garret, cruzando os braços sobre o peito ― Fale. Garret não perdeu o fato de que Kerry ficou parcialmente entre ele e Jesse quando pôs o homem de pé. Jesse só olhou acima para Kerry até que o beta grunhiu e assentiu com a cabeça em direção a Garret.
― Drew gritou comigo e me expulsou da casa dele. ― O homem empalideceu, engolindo audivelmente ― Eu sabia que ele estava com raiva de mim por pegar o dinheiro que você deixou, mas ele não me ouviu e eu realmente precisava da sua ajuda. Garret apertou a mandíbula e absteve-se de gritar que Jesse não precisaria da ajuda de Drew se ele crescesse porra. O homem vivia numa confusão completa, desde o dia que Garret conheceu-o. Ele tinha certeza de que Jesse vivia numa confusão antes disso também. ― Ele só não quis ouvir. Foram esses caras e eles foram atrás de mim muito pesado. Estou falido, Garret. Eu precisava de algum dinheiro para que fossem embora. Quando Drew me chutou para fora, estes homens estavam esperando por mim. ― Não entendo o que isso tem a ver com Drew. ― Eles bateram-me um pouco, e esse outro cara chegou. Não sei quem ele era, mas estava realmente interessado nos amigos de Drew, quem eram, onde estavam, tudo. Quando lhes disse que não sabia, incitou seus caras em mim. Garret começou a negar o que Jesse estava dizendo até que o cara virou uma cor acinzentada doentia ― Este homem era torcido em formas que você nem imagina, Garret. Ele era esquisito, assustador. Ele se deliciava com as coisas que fez. Enquanto Jesse falava, um arrepio frio nasceu em Garret e começou a se envolver em torno da sua alma. Ele tinha uma suspeita de que sabia de quem Jesse estava falando ― Jesse, este homem tem Drew? Jesse parou de falar e assentiu com a cabeça Garret fechou os olhos quando angústia fez os seus joelhos fraquejarem. Drew não tinha chance. ― Diga-me tudo o que você sabe, ― disse quando abriu os olhos.
― Bem ― Jesse baixou o olhar e voltou a torcer os dedos juntos ― Eu e Drew não passavamos muito tempo juntos, então não tenho muito a dizer-lhes. Já que os dois terminaram achei que não haveria problema de dizer a eles quem você era, mas... ― Você disse-lhes quem eu era? ― Garret surtou. ― Eu não vejo mal em contar sobre você. Não é como se você não pudesse tomar conta de si mesmo se começassem algo. Você é um vampiro. ― Como diabos você sabe isso? Jesse apontou as contusões ao redor dos olhos ― Conheci os seus amigos. Eles explicaram tudo para mim enquanto eles estavam batendo minha bunda. Foi uma conversa muito esclarecedora. Garret rangeu os dentes, de repente, se perguntando se o traidor, que tinham procurado por todo este tempo, atualmene estava bem na frente dele ― Termine de dizer o que aconteceu, Jesse. Lágrimas nadaram nos olhos azuis de Jesse quando ele olhou para cima ― Eles me soltaram e eu pensei que eles iam me deixar em paz, mas na semana passada, esses homens apareceram do nada. Levaram-me para esta casa onde... ― Jesse fungou mas não terminou sua frase, e Garret tinha medo de que ele sabia por quê. ― Eles começaram a fazer-me perguntas novamente, mas não tive nenhuma resposta desta vez. Eu já tinha contado tudo o que sabia, o que não era muito. Eles ficaram com raiva, muito zangados. Não vi o cara de antes, mas alguns dos seus homens estavam lá e bateram-me um pouco e então jogaram-me no porão. Ouvindo as palavras de Jesse, Garret olhou mais de perto. Se ele olhasse com atenção, ele podia ver ligeiras contusões em torno dos olhos, mais ao longo da sua garganta. Garret estava começando a suspeitar que havia ainda mais marcas sob a roupa de Jesse.
― Eles me mantiveram lá no porão desta casa por alguns dias, me batendo quando lembravam que eu estava lá e basicamente me ignorando o resto do tempo. ― O que mudou, Jesse? ― Garret perguntou em uma voz muito suave ― Como você escapou? ― Ontem jogaram esse outro cara para baixo no porão comigo. Ele criou uma distração para que eu pudesse fugir pela janela, mas ele me fez prometer passar uma mensagem ao seu chefe. ― Jesse, de repente, pareceu incerto. ― Imaginei que talvez você pudesse fazer isso para mim. ― Você sabe quem era esse cara? Jesse balançou a cabeça ― Ele não me disse o nome , mas ele disse que se dissesse essas palavras para o seu chefe, ele saberia quem era. ― Jesse franziu a testa como se confuso com as suas próprias palavras ― Ele disse que era o homem da água benta. ― Fode-me ― sussurrou Garret. ― Você sabe o que isso significa? ― Jesse perguntou. ― Sim ― Garret pegou seu telefone e ligou para um dos números na discagem rápida. Depois de um momento, o telefone caiu na caixa postal ― Sam, me ligue assim que receber essa mensagem. Preciso saber onde você está agora. ― Não era Sam ― Jesse insistiu. Garret sabia disso. Jesse disse que não conhecia o cara, e ele conhecia Sam. Havia apenas uma outra pessoa que poderia ser ― Não, era o irmão de Sam. Garret não pensava que era possível, mas Jesse perdeu um pouco mais de cor ― Ele disse que os caras que estavam nos segurando faziam parte de algum clube. Garret fez uma careta ― Sim, estou ciente deste clube.
― Ele também disse que ele tinha visto Drew alguns dias antes, mas só à distância. Drew estava sendo mantido sob sete chaves, vigiado o tempo todo. Ele disse que nunca foi capaz de chegar muito perto. Garret engoliu ― Ele disse como Drew parecia? Jesse balançou a cabeça ― Ele estava vivo. Isso é tudo que sei. Isso era o suficiente. ― Você pode me levar a esta casa onde eles estavam segurando você? ― EU... ― Jesse olhou o homem de pé ao seu lado. ― Não sei. ― Jesse! ― Estava escuro, ok? ― Jesse começou a passar as mãos nos braços ― Eu estava assustado, com fome e com muita dor. Não estava procurando voltar para aquela casa. Eu estava tentando afastar-me. ― Droga! ― Garret frustrado passou a mão pelo cabelo enquanto se virava e dava alguns passos. A trilha para Drew ia de quente para fria tão rápido que Garret estava começando a ficar enjoado. ― Por que você está mancando? ― Jesse perguntou. Sem sequer pensar nisso, Garret puxou a perna da calça. Ele não percebeu como sua perna artificial deve ter parecido para alguém que não sabia sobre a sua lesão até que Jesse inalou profundamente. ― O que aconteceu? ― Jesse perguntou, seus olhos arregalados fixos na perna protética. ― As mesmas pessoas que raptaram Drew tentaram matar-me há algumas semanas. Eles conseguiram matar vários dos meus amigos com uma explosão que pretendia levar todos. Era uma missão simples, um ataque a um armazém abandonado. Estavamos procurando aquele homem que você conheceu no porão. Infelizmente, as informações que tinhamos eram falsas. Era uma armadilha, e caímos direto nela.
Os olhos de Jesse se encheram de lágrimas novamente ― Eles vão matar Drew, não vão? ― Não se eu puder evitar. ― Garrret dirigiu-se para um dos veículos abrindo a porta do passageiro ― Alpha Gregory, preciso da sua ajuda. ― Você a tem ― o homem respondeu sem hesitação. ― Pode custar vidas. ― Na verdade, Garret tinha certeza que iria. ― Um sacrifício que qualquer um de nós faria de bom grado para assegurar o retorno seguro do seu anamchara. A emoção brotou na garganta de Garret, tornando uma proeza respirar. Falar mais difícil ainda. Enquanto ele agradeceria ao homem que estava disposto a dar sua vida para a devolução da coisa mais importante na vida de Garret? ― Não vou esquecer isso, Carlton. ― Garret nunca quis desrespeitar o homem, mas títulos pareciam tão sem importância naquele momento. ― Continue me chamando de Carlton e estamos quites. ― Alfa Carlton Gregory sorriu ― Agora, do que você precisa? ― Um maldito milagre. ― Garret engoliu em seco, uma gota de suor deslizando da sua têmpora enquanto pensava nos perigos que precisava enfrentar a fim de encontrar o seu anamchara. Ele não queria nem pensar sobre as vidas que poderiam ser perdidas em uma missão tão complexa ― Eu estou prestes a dançar com o diabo.
Capítulo Dez
Drew deslizou para trás das caixas de papelão empilhadas sob a escada do porão, na esperança de ficar escondido só mais um pouco. Ao longo
do último par de semanas tinha aprendido que os seus captores eram um tanto preguiçosos. Se eles não o vissem, o deixavam em paz. Drew preferia ser deixado em paz. Ele tinha sido transferido de casa em casa na primeira semana, mas estava na sua atual localização desde então. Não sabia exatamente quanto tempo estava aqui, mas era longo o suficiente para que as calças estivessem caindo por falta de comida. Havia uma pia com água corrente no porão, então não estava totalmente fodido, mas praticamente venderia a alma por um cheeseburguer. Ele tinha encontrado um cobertor fino em uma das caixas para cobrirse. Cada dia que passava, o clima ficava mais frio. Estando em um porão, Drew estava congelando a maior parte do tempo. Às vezes, ele ficou tão gelado que nem sentia mais. Outras vezes, seus dentes batiam tanto que temia que fossem quebrar. Entre a falta de comida, as condições horrendas, o frio e as surras que vieram quando seus captores lembravam que ele estava lá, Drew não entedia por que não desistia. Ele só não podia. Cada dia que ele abria os olhos e percebia que não tinha morrido durante a noite era um desafio. Ele não tinha nenhuma razão para estar vivo, nenhuma razão para lutar, exceto que não conseguia dar o último passo e desistir. Ele parecia ser um imã de má sorte. Seu ex-amante desistiu da relação por seu trabalho, ele tinha um emprego tão ruim que mal fez dinheiro suficiente para poder pagar as contas, seu único amigo era mais maluco do que ele, e seu irmão estava tão perdido que não tinha como trazê-lo de volta. Talvez ele fosse um masoquista.
Drew enrijeceu, tentando controlar sua respiração assustada quando ouviu a porta no topo da escadaria ser aberta. A porta se abria muito raramente, e quando o fez, geralmente vinha com muita dor. Drew, prefiria que continuasse fechada. Passos pesados soaram nos degraus. Drew contou que pareciam pelo menos três, embora um deles parecia estar se arrastando um pouco. Quando eles chegaram ao fim, Drew ouviu um baque seguido imediatamente por um grunhido doloroso. Ele puxou os joelhos até o peito e agarrou o cobertor, colocando-o sobre a cabeça. Fechou os olhos e rezou para que eles não viessem a procura dele. Por mais que tivesse lutando, não achava que havia ainda muita resistência nele. Ele estava cansado. E com medo. Mas na maior parte apenas cansado. Drew descansou a cabeça contra um dos feixes de madeira acompanhando os passos do porão. Ele só queria fechar os olhos por um tempo. Ele... ― Drew? Drew prendeu sua respiração. Era um truque. Ele sabia que era. Eles tinham tentado enganá-lo antes, para fazê-lo falar sobre Garret e Sam e todos no hotel. Drew tinha quase caído nisso antes que ele percebesse que Garret nunca iria segurá-lo como refém para descobrir o quanto ele sabia. Garret poderia ter perguntado. ― Droga, Drew, se estiver aqui... Não, não se mexeria. Drew apertou os olhos e fingiu que não estava trancado em um porão escuro, úmido, sem esperança de resgate. Ele não tinha certeza que alguém soubesse que estava desaparecido. Garret poderia nem se importar. Jesse só
se importaria se ele precisasse de algo. E Sam veio e foi a todo o instante, que poderia nem notar até que fosse tarde demais. Não havia mais ninguém. ― Drew, droga! Temos cerca de dois minutos para dar o fora daqui antes que as hordas do inferno venham a cair em cima de nós. Se você está aqui, precisa dizer algo antes que seja tarde demais. Hordas do inferno? Isso foi muito bom para descrever os homens segurando-o. Mas como esta nova voz sabia disso? Tinha que ser outra armadilha. Ainda assim, a curiosidade sempre foi sua queda. Drew puxou a ponta do velho cobertor longe do seu rosto e espiou sobre a borda. O porão não era iluminado por qualquer coisa, mas o luar passava através das venezianas de uma das pequenas janelas no alto da sala. Era suficiente iluminação para ver uma figura em movimento na parte inferior da escada. Uma figura muito familiar. ― Jesse? O homem de cabelos loiro-mel girou ao redor, seus olhos se acostumando a escuridão até que eles caíram no rosto de Drew. ― Drew? ― Jesse correu para frente, agachando sobre o cimento frio quando ele alcançou o esconderijo de Drew ― Oh homem, ― Jesse engasgou ― o que eles fizeram com você? ― Estou bem. Mais ou menos. Talvez. Bem, não realmente. ― Por que está aqui? ― Drew pediu. ― Para lhe tirar daqui. As sobrancelhas de Drew dispararam. ― Você? ― Sim, eu.
― Porquê? ― Essa seria sua maior pergunta. Tanto quanto ele sabia, Jesse nunca tinha saído fora do seu caminho para ajudar alguém na vida. Seu irmão era prático, puro e simples. ― Porque acho que foi minha culpa que você acabou aqui em primeiro lugar. Drew não tinha certeza quanto disso era verdade. Os homens que o pegaram não disseram nada sobre Jesse. Eles queriam saber sobre o hotel, Garret e as pessoas que ele convivia. ― Vamos lá, mano, ― Jesse disse olhando em volta e estendeu a mão ― Todo o inferno está prestes a descer neste lugar, e precisamos sair daqui antes disso acontecer. Drew não confiava em Jesse para apostar nele, e neste momento ele não poderia jogar nem mesmo um guardanapo, mas ele odiava esse lugar ainda mais do que ele não confiava no seu irmão. Ele estava chegando ao fim da sua resistência, e ele não queria morrer em algum porão úmido sozinho. Drew apertou mais o cobertor, conforme rastejava para fora do esconderijo, estava espremido entre as caixas. Ele jogou o cobertor sobre a borda do seu ombro e agarrou a cintura das calças antes de ela caíssem. ― Como vamos sair daqui? ― Drew tinha procurado em cada centímetro do porão, quando ele chegou. As janelas eram demasiado pequenas para escapar, tinha apenas uma saída à esquerda, e estava fechada e guardada. Jesse sorriu ― Espere para ver. Drew franziu a testa e deu um passo para trás. Seu irmão alimentou muitas mentiras ao longo dos anos, mas Drew nunca pensou que o homem estivesse louco. Bem, não até agora ― Jesse, não tenho energia para lidar com sua merda agora. Se isto é algum tipo de...
Drew gritou quando a parede do lado oposto da sala explodiu, sujeira, pedra e madeira, chovendo em cima dele. Ele cobriu a cabeça com os braços e começou a agachar-se para fazer de si um alvo menor... Drew gritou ainda mais alto quando ele foi agarrado. As mãos segurando-o eram demasiado grandes para ser Jesse, isso significava que tinha que ser um dos seus captores. Ele não lutou apenas gritou. Drew gritou até que sentiu uma pequena picada no braço e o mundo ao redor dele ficou confuso, desvanecendo-se de dentro para fora. Drew tinha certeza, em um ponto, ele viu Garret. Quando o mundo finalmente se reafirmou, e ele abriu os olhos, Drew tinha forte suspeita de que ele não estava mais no porão. Com certeza, ele não estava mais com frio. E não fedia. A garganta não estava tão seca que não conseguia engolir, embora fosse dolorido. E Garret, Jesse, Sam e algum homem que Drew lembrava vagamente do hotel estavam em cadeiras ao redor da cama. Sam tinha as pernas encostadas ao peito, a cabeça descansando sobre os joelhos. Jesse estava enrolado em um sofá, descansando com a cabeça sobre o peito de um desconhecido. Garret com a cabeça no colchão ao lado da coxa de Drew, segurando sua mão. Drew puxou a mão. Seu movimento deve ter acordado Garret. O homem piscou confuso levantando a cabeça. ― Hein? O que... Drew! ― Garret levantou e pairou sobre Drew, pegando sua mão ― Oh, chara, como se sente? Dói em algum lugar? Drew afastou a mão novamente. Garret franziu a testa enquanto olhou para baixo. ― Drew, o que... ― Não me toque. ― As palavras foram sussurradas, mas o peso delas ficaram no ar em um silêncio pungente. Drew puxou para trás e então começou a procurar seu cobertor. ― Cadê meu cobertor? Eu quero o meu cobertor.
― O cobertor, Drew? ― Sam perguntou quando ele andou para o lado da cama, colocando-se entre Garret e a cama enquanto ele recuava. ― Oi, Sam. O que faz aqui? A testa de Sam enrugou quando ficou confuso. Ele dirigiu um rápido olhar para o estranho sentado com Jesse lambendo os lábios e olhando para trás, Drew. ― Drew, querido, você sabe onde você está? Drew olhou ao redor da sala, observando as paredes de azuis pálidas, o mobiliário de madeira clara, o fraco contorno de edifícios altos através das cortinas. Ele encolheu os ombros
― Não, mas a menos que eu esteja
alucinando novamente, isto não é o porão. ― Não, querido, não é o porão. ― Onde estamos? ― Drew inclinou-se para sussurrar a Sam ― Não levaram você, também, não é? ― Não. ― Isso é bom. ― Drew arrumou os travesseiros macios empilhados atrás dele ― Você não teria gostado de lá. Estava escuro e eles eram muito maus, mas... ― Drew de repente se lembrou de algo significativo ― Eu acho que vi o seu irmão. ― Eu sei, Drew ― O sorriso de Sam estava triste. ― A informação que conseguimos reunir na casa onde encontramos você mostrou-nos que estavam segurando Roman no mesmo lugar. Achamos que ele foi transferido há poucos dias. Drew assentiu lentamente. ― Havia um monte de gritos uns dias atrás. Pelo menos... ― Drew franziu a testa. ― Acho que foi há poucos dias. As coisas começaram a mistura-se depois de algum tempo, sabe? ― Eu sei ― Sam sorriu, acariciando a mão de Drew ― Mas não quero que se preocupe com isso agora. Você está seguro aqui, então tudo que você precisa se preocupar é descansar tanto quanto possa. Está bem?
― Eu quero ir para casa, Sam. ― Ele realmente não queria ficar em algum lugar que ele não conhecia. Drew pulou quando Garret grunhiu. Sam suspirou quando ele se sentou ao lado da cama ― Drew, querido, não podemos ir para casa, não agora. Os homens que levaram você vão querer voltar. Nosso apartamento já não é seguro. Todo o corpo de Drew parecia vomitar nesse ponto. Tudo o que ele queria fazer era dormir. Ele rolou para o lado, olhando para a parede e fechou os olhos. Ele estava ansioso para ir para casa e fingir que os últimos meses não aconteceram. Pensando que talvez fosse melhor procurar um novo lugar para viver. Ele não seria capaz de ir para casa, mas ainda poderia encontrar um lugar para morar em outra cidade e deixar essas porcarias para trás. ― Eu quero o meu cobertor. ― Eu vou encontrar seu cobertor para você, Drew. Quando Sam foi levantar, Drew agarrou a mão dele, puxando o homem até ele. ― Faça-os desaparecer, Sam. ― Ele não queria ninguém no quarto com ele. Em seu pensamento, Sam era o único que podia confiar. ― Drew. Drew virou e olhou para Sam, deixando-o ver o medo e a angústia nas lágrimas escorrendo pelo rosto ― Por favor ― ele sussurrou. ― Ok, Drew. Drew voltou-se para a parede e fechou os olhos, puxando as cobertas até o pescoço e se escondeu. Ele ouviu Sam dizer algo, mas tudo o que importava era o som de pessoas se movimentando e, em seguida, os passos se afastando dele. Ele não relaxou até que ouviu a porta fechar. Drew não queria ficar sozinho, assim. Ele estava com medo de ficar sozinho, com medo de que os homens que o levaram voltariam para levá-lo
novamente. Mas tinha medo também das pessoas que estiveram na sala com ele. Eles tinham o poder de machucá-lo. E Drew estava cansado de ser machucado. ― Andrew. Drew ficou rígido, os olhos arregalados quando se virou para ver Garret em pé ao lado da cama. ― Vá embora ― Drew voltou-se e enterrou o rosto nos cobertores. ― Andrew, por favor. Drew cobriu os ouvidos. ― Droga, Andrew! Drew chorou forte quando sentiu os dedos de Garret apertar em torno de um dos seus pulsos. Ele começou a gritar enquanto puxava seu braço, tentando fugir. Ele sabia que ele tinha que fugir ou eles iria machucá-lo novamente. ― Andrew! ― Garret falava angustiado ― Chara, acalme-se. Drew lutou, batendo e chutando até que braços como bandas de aço se enrolaram em torno dele, imobilizando-o. Drew soluçou, arqueando seu corpo longe de Garret. ― Ssshh, chara, ― Garret sussurrou contra o lado da cabeça ― Ssshhh. ― Por favor ― implorou
Drew. Implorou como não tinha aos
homens que lhe batiam. Ele recusou a dar-lhes a satisfação de vê-lo quebrar. E no entanto, Garret tinha esse poder com apenas um único toque. ― Eu tenho você, Drew, ― murmurou Garret ― E não vou soltar. Não desta vez. Drew
amoleceu, as lágrimas que
fluiam
nas suas
bochechas
tornando-se soluços de desespero, sacudindo todo o corpo. Ele não sabia que Garret tinha se estendido ao seu lado na cama até que ele sentiu o corpo do homem contra seu próprio.
Drew chorou até ficar sem lágrimas e em seguida ele fungou. Eventualmente, acomodou-se e se aconchegou a Garret. Drew não sabia quanto tempo ele permaneceu lá, ou até mesmo quanto tempo ele estava chorando, mas ele estava uma bagunça, e assim estava a camisa de Garret. Depois de um tempo, Drew percebeu que Garret estava tentando acalmá-lo, acariciando suavemente suas costas enquanto lhe murmurava. Ele não queria sair de onde ele estava. Ele nunca se sentiu tão seguro assim. Mas ele sabia que precisava mover-se. Ele não poderia começar a depender de Garret para fazê-lo sentir-se seguro ou mesmo mantê-lo a salvo. Garret não queria esse encargo. Ele tinha outro que significava mais para ele. Com isso em mente, Drew afastou Garret até os braços de homem o soltarem. Ele agarrou a ponta do cobertor e puxou-o sobre si acomodando-se no topo da cama, colocando distância entre ele e o homem que ele queria mais do ar que respirava. ― Obrigado. ― Você quer falar sobre isso? ― Garret pediu. ― Não ― Não havia nada para falar. Ele tinha sido feito refém. Ele tinha sido libertado. Fim da história. Quando Garret foi alcançar uma das suas mãos, Drew puxou-as rapidamente, escondendo-as debaixo do cobertor. Ele viu um lampejo de dor nos olhos do Garret e por um momento, ele considerou ceder, mas então ele se lembrou que era isto o que Garret queria. ― Eu gostaria de descansar agora, por favor. ― Drew... ― Por favor? ― Ele imploraria se precisasse. Ele faria tudo que tivesse que fazer para impedir Garret de tocá-lo, porque então ele realmente iria implorar ― Estou muito cansado.
― Muito bem, Drew, ― a voz resignada de Garret parecia tão cansada quanto Drew se sentia ― Vou esperar um par de horas para te ver. Se houver alguma coisa que você precise antes, peça a qualquer um e eles poderam ajudá-lo a encontrar-me. Ah sim, isso iria acontecer. Drew evitou os olhos de Garret até que ele suspirou e saiu. No segundo, que a porta se fechou atrás dele, Drew saltou da cama e começou a procurar algumas roupas. Ele pareceria uma total idiota indo para fora com uma camiseta e boxers. Ele encontrou uma calças jogging e chinelos em uma das gavetas da cômoda. Esperava que o dono não se importasse afinal era só um empréstimo. Ele ia lavá-los e devolvê-los, assim que pudesse. Uma vez que estava vestido, Drew se arrastou até a porta e abriu, espreitando através da pequena abertura. Ele observou que algumas pessoas vinham e iam, mas ninguém prestou atenção a porta. Drew apagou a luz, em seguida, deslizou para fora da porta aberta, fechando e trancando a porta atrás dele. O tempo que demoraria para alguém quebrar a fechadura lhe daria muito mais tempo para escapar. Drew manteve-se perto da parede, enquanto andava pelo corredor. Quando uma mulher entrou na ponta, Drew congelou, fechando os olhos fingindo que não estava lá. ― Posso ajudá-lo? Drew engoliu e abriu os olhos. ― Acho que estou perdido. ― Bem, o que procura? Drew lembrou os topos dos edifícios que viu da sua janela. ― O elevador? A mulher sorriu ― Vire à direita no canto até o fim do corredor. O elevador é a sua esquerda. Drew piscou quando a mulher passou por ele ― Obrigado.
Drew esperou até que a mulher desapareceu antes de correr na direção que ela lhe tinha dado. Ele passou por algumas outras pessoas enquanto andava pelo corredor, mas ninguém tentou impedi-lo. Alguns apenas sorriram e acenaram e então seguiram seu caminho. Um ou outro olhou-o de cima a baixo como se fosse um monte de merda de cachorro embaixo do seu sapato, mas eles foram tratar dos seus negócios também. Contanto que ninguém tentasse impedi-lo, ele não se importava como olhavam para ele. Ele não planejava ver essas pessoas novamente. O coração de Drew saltou no peito quando ele virou e viu o elevador. Ele começou a andar mais rápido, tão perto de escapar. Drew aumentou a velocidade correndo em direção ao elevador apertando o botão. O ding que ecoou no hall de entrada, quando o elevador chegou e as portas deslizaram abertas era música para os ouvidos de Drew. Ele correu para dentro e apertou o botão até as portas fecharem. Mesmo com o elevador descendo, Drew sabia que ele tinha ainda um caminho a percorrer antes que sua fuga fosse um sucesso. Ele ainda tinha que sair do hotel. Percebeu O elevador foi enchendo de pessoas quando abriu as portas. Drew recebeu alguns olhares estranhos, mas ninguém tentou impedi-lo, enquanto se dirigia para a porta da frente. Ele viu o homem por trás do balcão de check-in vigiá-lo quando pegou um telefone e começou a falar. O cara estava delatando-o. Drew atirou-lhe olhar e disparou fora do hotel, correndo pelo estacionamento para a rua em frente, e continuou a correr até que viu a sua casa. Drew procurou a chave reserva que sempre tinha escondida atrás de um tijolo na parede da varanda. Ele pegou a chave e destravou a porta dos fundos, grato que ele e Sam dividiram uma casa térrea.
Uma vez lá dentro, Drew fechou e trancou a porta. Ele olhou para fora através da janela traseira por um momento, verificando as sombras para sinais de movimento. Quando não viu nenhum, Drew correu para o quarto. Drew não sabia quanto tempo levou para tomar banho, trocar suas roupas e preparar uma mala, mas a campainha tocando disse-lhe que tinha sido muito tempo. Drew puxou o casaco e pegou a carteira, empurrando-a no bolso. Ele agarrou o saco com as suas roupas, seu telefone celular e as chaves do carro, e então dirigiu-se para a porta dos fundos. Não havia nenhuma maneira no inferno de que ele estava atendendo a porta da frente. Quando chegou a parte de trás da casa, Drew parou de repente, mantendo uma mão sobre a boca para não gritar quando viu que a maçaneta da porta sacudir. Ele girou ao redor e correu de volta para o seu quarto. Drew trancou a porta do quarto correndo para o banheiro e ligou o chuveiro antes de trancar a porta do banheiro. E então entrou no armário e fechou a porta. Drew nunca contou a ninguém sobre o buraco falso que tinha descoberto no fundo do seu armário, nem mesmo para Garret. Tinha usado para esconder presentes e tal, nunca esperando que um dia ele precisaria esconder-se. Drew girou um dos cabides e esperou que a pequena seção de madeira deslizasse para o lado. Ele jogou o seu saco para o espaço abarrotado e depois entrou. Uma vez que ele estava lá dentro, apertou o botão para fechar a porta. Empurrando o saco na frente dele, Drew moveu-se através do espaço escuro, desejando que ele tivesse se lembrado de levar uma lanterna. Ele sabia onde saia essa porcaria, e a Sra. Crabtree ia ter uma surpresa. Drew moveu-se através das voltas do pequeno corredor, quando chegou ao fim pressionou a orelha contra o painel de madeira e ouviu. Talvez
ele pudesse escapulir para fora e a Sra. Crabtree e o seu cão surdo nunca saberiam. Quando não ouviu nada, Drew girou a maçaneta e esperou a porta deslizar aberta. Teve que mexer várias caixas de sapato cheias de fotografias e documentos antes que ele pudesse sair do buraco, mas uma vez que ele fez, ele pegou sua bolsa e se aproximou da porta do armário. Novamente, ele escutou e não ouviu nada. Drew orou que não fosse tão surdo como o cachorrinho da Sra. Crabtree e virou a maçaneta saindo para o quarto diante dos seus olhos se ajustando à luz, foi então ele que desejou que tivesse esperado.
Capítulo Onze
― Oh, não, você não! ― Garret estalou quando Drew se virou e correu de volta para o armário. Ele pegou Drew em torno da cintura o levantado, levando-o longe da sua rota de fuga. Drew lutou com ele o tempo todo. Garret prendeu Drew contra a parede, prendendo as mãos sobre a cabeça dele. Ele usou o seu corpo maior para manter Drew de se afastar. O homem lutou por alguns momentos. Os pequenos gemidos ofegantes macios que caíam da sua boca partiu o coração de Garret, mas ele não tinha escolha. Drew não estava seguro. ― Ssshh, chara ― Garret sussurrou contra o lado da sua cabeça. ― Ssshhh.
― Deixe-me ir. ― Eu não posso ― disse Garret ― Eu não vou. A luta parecia escorrer para fora de Drew, mas Garret tinha pensado nisso
antes
e
que
o
homem
tinha
corrido.
Garret
ficou
realmente
impressionado que ele tinha ido tão longe. Se Garret não cheirasse, ele poderia nunca te-lo encontrado. Mas não havia nenhum cheiro de Drew. Verificando o quarto de Drew depois que ele desapareceu do hotel ele tinha sido um acéfalo. Garret sabia Drew estava correndo com medo. Ele tinha o direito de estar. Ele havia sido seqüestrado e torturado. Qualquer um ficaria com medo. Doce aroma de Drew tinha chegado a ele no momento em que entrou no apartamento. Garret tinha apenas que seguir o seu nariz, e então esperou. Ele era muito grande para acompanhar Drew na sua pequena passagem secreta. Garret sabia do fato que foi tão simples como seguir cheiro de Drew quando ele foi seqüestrado, mas seu cheiro havia desaparecido, misturando com todos os outros na rua. No momento em que Garret foi capaz de conseguir descer as escadas, o doce cheiro de Drew tinha desaparecido. ― Eu não vou te machucar, Drew ― Bufo de Drew disse que ele não acredita nisso, e depois de rejeitá-lo, Garret sabia que o homem tinha o direito a sua descrença. Garret não se moveu de onde teve Drew preso à parede, mas ele levou a sua mão para o lado do rosto de Drew ― Eu sei que você não acredita em mim, e você não tem razão, mas eu estou te dizendo a verdade. ― Você está certo, eu não acredito em você. Garret estremeceu com a veemência na voz áspera de Drew ― Eu sei, chara, mas eu juro que eu estou te dizendo a verdade. Drew estremeceu. ― Não... não me chame assim. Eu não sou seu chara mais. Vampiros e os seres humanos não se misturam, se lembra?
― Certo ― Garret baixou a cabeça para frente, apoiando-a contra a têmpora de Drew ― Oh, bebê, eu estava tentando mantê-lo seguro. ― Isso não funcionou tão bem. ― Não. ― Garret engoliu em seco, a massa espessa de culpa na sua garganta tornando-se enorme ― Eu estava tentando salvá-lo dessas pessoas, e eu mandei você direto para as suas mãos. Eu nunca vou me perdoar por isso. ― Isso faz dois de nós. A raiva queimando nos olhos azuis de Drew era algo Garret nunca mais queria ver mesmo ele sabendo que era merecido. Garret não conseguiu manter Drew seguro. Ele não iria falhar de novo, mesmo que isso significasse Drew o odiava. ― Eu sinto muito pelo que aconteceu com você, Drew. Nunca foi minha intenção que você entrasse no radar desses monstros, e muito menos ser tomado por eles. Mas eu não posso mudar o que aconteceu. Só posso prometer mantê-lo seguro de agora em diante. ― Onde, Garret? ― O seu percoço estalou quando ele virou a cabeça. ― Você me disse que o seu hotel não era seguro para mim. Onde é que você está pensando em me esconder? Na lua? Garret rangeu os dentes para não gritar com Drew. Ele sabia que o homem tinha o direito de estar com raiva dele, mas cada palavra que saia da boca de Drew corroeu sua alma. Garret não tinha certeza de quanto disso ele poderia aguentar. ― Por enquanto, sim, vamos ir para o hotel. Se eu puder encontrar uma maneira de lidar com os caçadores, então eu vou te encontrar outro lugar para viver. ― Não. Garret piscou ― Não? ― Não. Eu não vou para o hotel, e você não pode me obrigar.
― Não, ele não pode ― disse uma voz profunda, da porta ― mas eu posso. Garret gemeu e baixou a cabeça contra Drew novamente. Ele conhecia aquela voz ― Electus Ucathya ― Garret levantou a cabeça, inclinando-o ligeiramente para o lado quando ele se virou para olhar para o líder da Tribo Ucathya. ― Seu Electus me chamou e me pediu para enviar alguns homens para ajudá-lo em sua busca pelo seu anamchara ― Havia um sorriso no rosto do homem quando ele acenou para o homem que Garret tinha jogado contra a parede. ― Estou certo em assumir que é ele? ― Sim, senhor. Este é o meu anamchara Andrew Hamilton ― Garret manteve um braço firmemente travado em torno da cintura de Drew quando ele recuou, se afastou da parede ― Drew, eu gostaria que você conhecesse Electus Luca Ucathya. Garret grunhiu quando Drew lhe deu uma cotovelada no estômago. Seu rosto corou quando Electus Ucathya riu ― Desculpe, senhor, o meu anamchara e eu estamos tendo um pouco de discordância sobre as nossas condições de vida. ― O inferno se estamos ― Drew estalou ― Nós estamos tendo um pouco de discordância sobre você me raptar e me segurando contra a minha vontade. ― Oh, eu gosto dele. Garret gemeu quando o anamchara de Electus Ucathya entrou no quarto. O homem era largamente conhecido como um encrenqueiro. Electus Everson estava aterrorizado com o homem. Ele tinha seqüestrado Rowan Connelly e depois virou-se e ofereceu Electus Ucathya cinco milhões de dólares para levá-lo de volta. Olhos de musgo verde de Rowan brilharam de alegria ― Posso ficar com ele?
― Eu não sou um cachorro! ― Drew rosnou. Uma das sobrancelhas de Rowan subiram ― Garret tem que ter a permissão do meu companheiro para entrar no nosso território. Chame-me Rover. A mandíbula de Garret caiu. Ele observou com uma sensação de espanto quando Rowan se aproximou e deslizou o braço por Drew e começou a levando-o para longe, perguntando-lhe se ele sabia como jogar Go Fish1. Eles foram seguidos para fora do quarto por um homem bastante imponente que parecia que comia as unhas no café da manhã. ― Electus Ucathya... ― Garret lambeu os lábios ― Senhor. ― Vamos lá, Garret. Tenho certeza de que a Sra. Craptree gostaria do quarto dela de volta e, a partir da aparência dele, o seu anamchara poderia usar uma boa refeição. Entrei em contato com o seu Electus e lhe informei que estamos levando o seu anamchara ao meu hotel. Eu tenho algumas pessoas que eu acredito que ele precisa falar com que irá ajudá-lo a compreender melhor a situação que ele está dentro. Garret sentiu como se estivesse caminhando por um túnel cheio de nevoeiro enquanto seguia Electus Ucathya e alguns dos seus guarda-costas para fora do apartamento e descendo os degraus da frente para uma limusine à espera. Drew, Rowan, e o guarda-costas já estavam enfiados dentro, falando como um bando de colegiais. Garret diminuiu. ― Senhor... ― Não faça isso mais divertido para mim do que o necessário, Garret ― disse Luca ― Entra no carro. Sabendo que ele não tinha escolha, Garret subiu na parte de trás da limusine. Luca veio logo atrás dele e, em seguida, um outro homem que Garret
1
Jogo de Baralho
não tinha visto até agora, mas porra, ele era grande, ainda maior do que Garret. ― Manu Ucathya, correto? ― O homem ocupou o mesmo cargo na sua tribo que Garret tinha na Tribo Everson. Manu assentiu ― Isso é correto. Garret viu a compreensão nos olhos de Manu e começou a colocar a pista, juntos. O companheiro de Manu era Azizi Dane, um homem que tinha sido torturado quase até a morte por seu próprio pai. Se alguém tinha a menor idéia dos perigos enfrentados pelos humanos no mundo paranormal, ele o faria. Garret só esperava que Azizi poderia explicar alguns dos benefícios de ser parte do seu mundo também. Anamcharas eram estimados pelo mundo paranormal, considerados preciosos dons. Paranormals os buscavam até seu último suspiro. ― Como está o seu anamchara ― perguntou Garret. ― Ele está bem ― respondeu Manu. O brilho suave nos olhos, algo que Garret nunca pensou em ver no duro guerreiro cresceu quando o homem falou sobre a sua família ― Nosso filho está crescendo mais rápido do que eu pensava ser possível, mas eu entendo que é normal. Garret tentou não fazer uma careta ao lembrar-se da mãe de Mica morrer nas mãos do seu marido, um homem que não era seu companheiro, deixando o filho sem mãe. Manu e Azizi tinham adotado o filhote de loboshifter órfão, a pedido da sua mãe moribunda. ― Eu não posso te dizer o quanto eu sinto que eu não percebi a natureza obsessiva em Bob ― Era uma culpa que Garret viveria com ela pelo resto da sua vida ― Eu mal conhecia o homem, mas havia algo estranho com ele. Eu empurrei-o de lado assumindo que era a animosidade entre vampiros e lobos-shifters. Eu não sabia que isso era mais profundo antes que fosse tarde demais.
― Está resolvido, Garret ― Manu assegurou ― Nem eu ou o meu anamchara temos qualquer má vontade contra você ou os membros da sua tribo. Bob não era um exemplo do bem que pode vir das nossas novas tradições. Miquéias é um filhote de lobo que está sendo criado por um vampiro e um humano. Ele é o exemplo perfeito do que podemos fazer quando colocamos nosso ódio de lado. ― Humano? Os olhos de Garret se viraram para Drew quando ele ouviu o homem falar do assento em frente a ele. A curiosidade nos olhos de Drew só foi acompanhado por sua hesitação. ― Meu companheiro é humano ― disse Manu. ― E você é... ― Os olhos de Drew se moveram para Garret por um momento. Garret assentiu. ― Você é um vampiro, certo? ― Drew perguntou quando ele olhou para Manu. ― Eu sou. ― Eu sou um lobo-shifter ― disse Rowan ― Meu companheiro é um vampiro ― Rowan sorriu quando as sobrancelhas de Drew subiram ― Jackson aqui é um vampiro também. ― Todos são lobo-shifter e vampiros? ― Muitos de nós somos , mas não todos nós ― respondeu Manu ― Como eu disse, meu anamchara é humano. ― Como? ― Drew franziu o cenho ― Garret me disse que não era seguro no seu mundo para os seres humanos. ― Não é. Meu próprio anamchara levado por um lobo-shifters e entregue aos caçadores para ser torturado. Ele quase perdeu a vida e mesmo agora carrega as cicatrizes do seu calvário. Ele vai tê-las para o resto da sua vida. ― Drew ― Garret disse ― o anamchara de Manu é Azizi Dane. Seu pai era o caçador que o torturou ― Se tivesse sido qualquer um, exceto Drew,
Garret teria mantido essa informação para si mesmo, mas seu anamchara precisava saber ― Ele é o mesmo homem que levou você, Drew. Drew engasgou. ― Mas não são apenas humanos ― disse Rowan ― Eu fui seqüestrado... Garret apertou os lábios para não rir quando Electus Ucathya cobriu a boca de Rowan com a mão. ― Não deixe que o meu anamchara o engane, Andrew. Rowan não é um bom exemplo do que acontece com anamcharas. Ele é seqüestrado, se ele pisa fora do hotel sem uma unidade cheia de soldados que o guarda. Olhos de Drew se arredondaram quando ele deslizou um pouco mais longe de Rowan ― Você é muito seqüestrado? Rowan deu de ombros ― Foi apenas um par de vezes. O homem de cabelos escuros, sentado ao lado de Garret, mais próximo à janela, bufou. ― Se você realmente conseguisse passar pelos guardas tão frequentemente como você tentar escapar, você passaria mais tempo sequestrado do que correndo livre. ― Espere ― Olhos apavorados de Drew foram entre Rowan e os outros na parte de trás do veículo ― Por que você precisa escapar? Rowan pigarreou quando ele cruzou os braços e fez beicinho ― Porque os vampiros são chatos. A maioria dos ocupantes da limusine riram com as palavras de Rowan, mas não Garret. Ele observou a reação de Drew com cuidado, observando
a
confusão
no
rosto
do
homem.
Drew
não
entendia
a
camaradagem que se desenvolveu entre os homens no carro, especialmente depois de saber que eles tinham sido inimigos não muito tempo atrás. Quando chegaram ao Hotel Electus, Garret saiu da limusine após Drew e seguiu, Electus Ucathya, e Rowan até o elevador, e, em seguida, até a cobertura.
― Oh, espere, o que... ― Garret ficou preso ao chão de mármore enquanto observava Rowan levar o seu anamchara longe. Ele particularmente não gostou da maneira como dois sentinelas o bloquearam a seguir ― Electus Ucathya, por favor. ― Deixe-o ir, Garret ― Electus Ucathya instruído ― Andrew tem de tomar essa decisão sem você lá para influenciá-lo. Podemos falar na sala de estar enquanto esperamos por Rowan e Azizi terminar a sua conversa com Andrew. Garret rangeu os dentes enquanto seguia o Electus pelo corredor. A necessidade de desobedecer a ordem dada a ele estava mais forte a cada minuto. Drew precisava dele. Garret sabia isso, no fundo, no fundo da sua alma. ― Ele está com medo ― disse Garret, enquanto caminhavam para a sala ― Ele está correndo, porque ele está com medo e ele não sabe em quem confiar. Todo o seu mundo está sendo virado de cabeça para baixo, e é tudo culpa minha. Electus Ucathya assentiu quando ele se sentou em um dos sofás em torno de uma grande lareira aberta ― Eu entendo isso. ― Eu não acho que você faz, Electus. Drew não como o seu anamchara. Ele não cresceu cercado por shifters. Até algumas semanas atrás, ele não sabia nada deste mundo. E até ontem, ele estava sendo mantido em cativeiro pelo mesmo homem que aterrorizou a maior parte do mundo paranormal. Drew não pode ser tratada do mesmo modo. A cabeça do Electus Ucathya se inclinou para um lado, enquanto ele considerava Garret ― E, como Andrew deve ser tratado? ― Drew é um dos homens mais inteligentes que eu conheço, mas ele tem um ponto fraco, onde as pessoas estão em causa. Ele não vê o mal nas pessoas ou o mal no mundo ao seu redor. Ele não tem noção dos perigos que nos cercam diariamente.
― Eu acho que seria uma coisa boa ― disse Electus Ucathya. Garret sorriu ― É, em certo sentido. Drew é gentil e doce e se preocupa com todos ao seu redor. Ele ainda se preocupa com o seu irmão caloteiro, não importa o que Jesse faz para ele. ― O sorriso deslizou do seu rosto, seu coração dolorido no seu peito. ― Em outro sentido, é o seu maior defeito, porque quando alguém faz algo horrível para ele, a dor é muito pior do que seria se ele fosse... ― Garret deu de ombros, não sabendo exatamente como explicar o que ele queria dizer. ― Mais como você e eu? Garret assentiu. ― É isso que você quer, Garret ― perguntou Electus Ucathya ― Que Andrew seja mais mundano? ― Não! ― Garret enfiou a mão pelo cabelo, seus dedos puxando as extremidades curtas ― Eu quero mudar Drew. Eu quero que ele seja o homem bonito, feliz que ele é. Mas eu quero que ele esteja seguro, bem como, e eu nãi sei como fazer isso. ― Ah ― Electus Ucathya assentiu ― Agora eu entendo o seu dilema. Acho que manter o meu próprio anamchara seguro uma batalha Eu luto diariamente. ― Como você faz isso? ― Compromisso. Garret ficou olhando. Ele não viu muito compromisso no seu relacionamento com Drew, principalmente porque o homem estava tão zangado com ele, ele mal podia suportar ficar perto dele. Garret não tinha certeza de que ele tinha um relacionamento, com Drew. ― Cada instinto que eu tenho grita para eu tranca-lo no meu apartamento com um regimento inteiro para protegê-lo. Electus Ucathya riu ― Eu já fiz isso. Rowan tem um guarda-costas em tempo integral aqui no hotel. Jackson vai a toda parte com ele. Se ele sai do
hotel por algum motivo, ele tem que levar uma unidade de pelo menos quatro soldados com ele. ― Drew quer correr ― Bastou dizer as palavras que fez o estômago de Garret apertar ― Ele quer ficar o mais longe de tudo isso, como ele pode, fingir que não existe. ― Você vai deixá-lo? Garret virou-se para olhar pela janela, sua mente apenas apreciava a vista dramática do último andar do hotel. Ele estava muito ocupado tentando pensar em uma maneira de obter o seu anamchara de volta ao seu lado. ― Eu não quero forçar Drew a fazer qualquer coisa que ele não quer fazer, mas eu... eu não posso suportar a idéia dele lá fora, por conta própria, sem proteção. Os caçadores sabem sobre ele agora. Eles vão estar mantendo um olho sobre ele, e ele pode não sobreviver se ele for capturado novamente. ― Essa é a única razão pela qual você quer que ele fique? Garret
sorriu,
mas
a
emoção
por
trás
dele
foi
direcionado
principalmente para si mesmo ― Eu me sinto como um ioiô. Deixei Drew no início porque eu estava com medo por sua segurança dentro da tribo. Eu voltei para ele, porque eu não podia suportar outro momento longe dele. E então eu o deixei de novo, porque eu estava com medo por sua segurança. Eu não acho que eu sou forte o suficiente para protegê-lo. ― Por causa da sua lesão? Garret assentiu enquanto ele olhou para sua perna artificial. ― Nem sempre foi tão fácil. Eu tive que aprender a andar com essa coisa quando Drew foi seqüestrado. ― Ele precisava de você. Garret engoliu quando ele olhou para cima ― Eu precisava dele. Eu continuo a fazer. Os cantos dos lábios do Electus Ucathya se levantaram quando ele sorriu ― Você o ama.
― Com cada respiração que eu respiro.
Capítulo Doze
Drew torceu os dedos quando ele se sentou lá e assistiu o monitor de segurança mostrar a cena da sala de estar de Electus Ucathya ― E ele não sabe que ele está sendo monitorado? ― Garret estava falando a verdade ou fazendo um show para o benefício de Drew? Rowan sacudiu a cabeça ― Não, Luca não disse a ele que a sala é monitorada. Drew esperava que Rowan o levasse para falar com um cara chamado Azizi. Em vez disso, o lobo-shifter levou-o pelo corredor até a sala de segurança, sentado na mesa ao lado dos monitores de segurança e lançandoos para a sala de estar. Drew
ouviu
cada
palavra
que
Garret
falava,
observava
cada
movimento agonizante. Seus movimentos eram agitados até Drew podia reconhecer. Garret sempre puxou o cabelo dele quando ele estava frustrado. Drew ainda não tinha certeza de como ele se sentia sobre o mundo paranormal. Ele não tinha certeza de que ele jamais saberia. Mas observando os movimentos agitados de Garret fez pensar se era realmente importante que ele soubesse de tudo. Talvez apenas querendo estar ao lado de Garret era suficiente. ― Você o ama. ― Com cada respiração que eu respiro. Drew inalou lentamente enquanto observava a transformação no rosto de Garret. A necessidade nos olhos dourado-âmbar de Garret fez a sua
respiração difícil. A garganta de Drew estava fechando, um nódulo bloqueando a sua passagem de ar. ― Você sabe, ser o anamchara de um vampiro não é tão ruim ― disse Rowan qunado ele pulou fora da mesa ― Eles são superprotetores, teimoso como todo o inferno, e pode sugar a diversão de um quarto no estalar de dedos, mas você nunca vai encontrar alguém ninguem tão fiel ou dedicado a fazer você feliz. ― Garret sendo infiel nunca foi o problema. É todo me fazendo coisa feliz. Ele já me deixou duas vezes. Como posso esperar que ele fique por perto quando ele me deixa na queda de um chapéu? ― Será que ele reivindicou você? Drew piscou ― Huh? Rowan sorriu ― Uma vez que ele o reivindicar, a distância é difícil para um casal. Eles precisavam estar na proximidade. Eles precisavam tocar muitas vezes. Separação por longos períodos de tempo pode, na verdade, vir a ser doloroso para eles. ― Eu não sei se Garret já me reivindicou ou não. Eu sinto que estou morrendo a cada segundo que estou longe dele ― Drew inalou tão profundo uma respiração quanto conseguiu ― Mas eu não acho que ele se sente da mesma maneira ― Seus lábios torcidos em um sorriso amargo ― Às vezes eu acho que ele não pode esperar para ficar longe de mim. Rowan bateu no monitor do computador com os nós dos dedos ― Eu acho que você está vendo as coisas em termos humanos. ― Isso é tipo difícil não ― disse Drew ― Eu sou humano. ― Bem, duh. Mas tente ver isso a partir do ponto de vista de Garret. Ele passou toda a sua vida como um vampiro, sabendo dos perigos do mundo em que vivemos. E, em seguida, ele encontra o seu anamchara, e ele é humano.
Drew franziu a testa não gostando da maneira que esta conversa estava indo ― Não há nada de errado em ser humano. ― Eu não estou dizendo que existe. Um dos meus melhores amigos é humano. Eu só estou dizendo que a perspectiva de Garret sobre as coisas é um pouco diferente da sua. Ele vê a vida com o seu anamchara em termos de eternidade. Não há divórcio no mundo paranormal. ― Mas... ― E se Garret não reivindicou você ainda, realmente é porque ele acredita que é o melhor para você, porque não pode ser confortável para ele negar a si mesmo o seu maior desejo na vida. Ele iria sacrificar a sua própria vida para vê-lo seguro e feliz... principalmente seguro ― Rowan sacudiu a cabeça ― Eles tem uma espécie de obsessão com essa coisa de segurança. ― Ele me mandou embora depois que ele perdeu a perna em um ataque que foi ruim. ― Sim, eu ouvi algo sobre isso ― Quando Rowan olhou para a tela, Drew encontrou-se fazendo o mesmo ― É difícil dizer que ele já foi ferido em tudo, não é? Drew tinha que concordar. Só porque ele tinha conhecido Garret por tanto tempo e se acostumou a ver o homem fazer tudo o coxear era quase imperceptivel, passo confiante do homem. Alguém que não conhecia Garret provavelmente nunca teria notado. ― Ele mal parece ferido. ― Pelo que eu soube no momento em que ele soube que você tinha sido sequestrado, Garret começou a tentar andar para que ele pudesse encontrá-lo e montar uma missão de resgate. Electus Everson teve que pedirlhe para ficar na cama tempo suficiente para a sua lesão se curar até o ponto onde ele poderia usar uma prótese.
Drew sentiu algo mudar no seu peito enquanto ele estendeu a mão e arrastou os dedos pela tela sobre a imagem de Garret ― Ele aprendeu a andar por minha causa? ― Drew, eu não acho que há muito que o homem não faria por você. Drew estava começando a acreditar nisso. Ele ainda não sabia o que isso significava para o seu relacionamento, mas talvez valesse a pena descobrir. Viver sem Garret não estava indo tão bem para Drew. Na verdade, era francamente desanimador. ― Existe algum lugar que eu possa conversar com Garret em particular? ― Drew olhou para a tela novamente, em seguida, para Rowan. ― Em algum lugar que não tem câmeras? ― Não, mas podemos desligar as câmeras em um dos quartos de hóspedes ― Rowan riu quando ele estendeu a mão e digitou alguma coisa no teclado na frente do monitor de segurança ― Está feito. ― E agora? O sorriso que cruzou o rosto de Rowan foi um de Drew nunca queria ver de novo na sua vida. Era travesso, não mal-intencionado, mas ainda levou o inferno fora de Drew. ― Siga-me. Apreensão desacelerou os passos de Drew enquanto seguia Rowan e seu guarda-costas para fora da sala de segurança e pelo corredor. Ele orou que estava fazendo a coisa certa em confiar em um estranho total. Ele não poderia ter se importado menos que Rowan era um loboshifter. No grande esquema das coisas que mudaram no mundo de Drew no último mês, alguém não ser humano era a menor das suas preocupações. Rowan parou perto de uma porta aberta e se virou ― Eu vou ter Garret enviado para falar com você. ― Obrigado. ― O jantar é às seis.
Drew viu quando o homem passou por ele. Ele tinha certeza que ele sabia a resposta, considerando que ele tinha vivido com Garret há meses, mas ele só tinha que ter certeza ― Os vampiros comem comida de verdade, né? ― Ah, sim ― Rowan assentiu ― Eles simplesmente preferem a sua carne mal passada. ― O que eu devo fazer? Desta vez, foi o guarda-costas de Rowan quem respondeu ― Apenas puxe o Band-Aid de uma vez e leve-o através de uma sala quente. Drew ficou olhando os dois homens com um pouco de apreensão, enquanto caminhavam pelo corredor. Ele não tinha certeza de que ele estava indo algum dia se acostumar com alguns aspectos da vida no mundo paranormal. Drew ficou olhando até Rowan e Jackson caminharem em torno do canto e, em seguida, virou-se e entrou no quarto. Como quartos de hóspedes, esta era muito bom. Inferno era melhor do que o seu apartamento, maior também. Uma grande cama com um colchão com uma colcha padronizada e quatro almofadas de pelúcia estavam contra a parede à direita, mesinhas de cabeceira de madeira de ébano de cada lado. Uma lareira de azulejos branco e preto estava na parede a esquerda em frente da cama, uma TV presa à parede por cima da lareira. Havia uma mesa com papel, caneta, um telefone, os controles remotos de televisão, e um guia de serviço de quartos ao lado da porta, uma cômoda de ébano no lado oposto. Do outro lado da porta estava uma pequena cozinha com um balcão, uma máquina de café com café, chá, açúcar, creme de leite em pó, caneca de café, copo de água, balde de gelo, e um mini-bar. Drew pensou em colocar fora o sinal de “não perturbe” na porta e desfrutar de um cenário de luxo, mas ele tinha outras coisas que precisava lidar. Mas ele não se importaria de voltar para um período de férias. Ele só
podia sonhar em ficar em um lugar como este. Tudo parecia que era da mais alta qualidade. Drew andou até as cortinas e as abriu, observando a vista da cidade para além da janela. Estava escuro lá fora, e as janelas tinham gotas de chuva sobre elas. Mas as luzes da cidade faziam os edifícios brilharem à luz do luar. Era lindo, e ainda deixou Drew triste ao mesmo tempo porque ele estava vendo a bela vista sozinho. Ele não tinha ninguém que pudesse chamar e dizer ― Vamos lá ver isso. Era só ele. E isso era uma existência muito solitária. Drew endureceu quando ouviu a porta ser aberta, em seguida, logo atrás dele. Ele sabia sem se virar que era Garret. Ele não sabia como ele sabia. Ele apenas sabia. Apesar das suas respirações pesada, houve silêncio no quarto por mais tempo. Drew podia sentir Garret observando-o, sentir que os olhos do homem estavam observando cada movimento que ele fez até o seu peito subindo e descendo enquanto respirava. ― Você quis dizer o que disse? ― Drew perguntou, com medo da resposta, de qualquer forma. Se Garret dissesse que sim, como Drew poderia negar ao homem o seu maior desejo? Se Garret negasse o que ele disse, como Drew poderia negar a si mesmo o seu maior desejo? ― Eu quis dizer cada palavra. No momento seguinte, Drew sentiu o hálito quente de Garret em toda a volta do pescoço dele. Os braços de Garret em volta dele enquanto eles balançavam para trás e para frente, dançando a música silenciosa que só os dois podiam ouvir. Como o homem atravessou a sala sem fazer barulho, Drew nunca saberia. Era meio assustador. Mas depois Drew não se importava mais.
Garret girou em torno dele e capturou os seus lábios naquele exato momento, roubando todos os pensamentos da cabeça de Drew enquanto ele roubou o fôlego dos pulmões de Drew. Ele gemeu no beijo quando o desejo e a necessidade profunda encheram todos os poros do seu corpo. O beijo foi brutal, esmagador, e Drew poderia provar o sabor metálico de sangue na sua boca. Drew poderia rapidamente tornar-se viciado em beijar o homem o dia todo, todos os dias. Era malditamente bom. Garret rasgou a camisa de Drew, um som animalesco saindo do fundo da
garganta
dele.
Garret
estava
marcando-o,
fazendo
a
sua
própria
reivindicação, e Drew estava tão ligado que ele estava prestes a explodir no seu jeans, especialmente quando ele estava nos braços de Garret e foi levado para a cama. Ele se deitou no colchão e deixou Garret fazer o que quisesse. Uma vez que Garret teve a sua camisa rasgada, ele começou a trabalhar na calça de Drew. Seus movimentos eram selvagens, implacável, e Drew não ousou interferir, para detê-lo. Ele não fez absolutamente nada, além de assistir. Drew gemeu quando sentiu uma grande, suave, mão deslizar até o seu peito até que a mão de Garret estava vagamente em torno da garganta de Drew. Ele devia estar com medo de que ele tinha um enorme vampiro pairando sobre ele com dentes afiados brilhando na luz baixa e uma mão em volta do seu pescoço, mas por incrível que pareça, Drew não estava. Estava se transformando em um grande momento em seu lugar. ― Seja meu, Andrew ― Garret rosnou na boca de Drew quando sua língua traçou ao longo do lábio inferior de Drew, fazendo com que todo o seu corpo tremesse com a necessidade ― Deixe-me reivindicar você. ― Sim. ― Foi tão fácil.
Drew se mexeu sob Garret quando sentiu o homem retirar sua calça. Drew estava desesperado para sentir o grande, grosso pau do homem no seu traseiro, e para o inferno com quem poderia estar os observando na câmera de segurança. ― Eu preciso de pele ― A voz de Garret estava tensa, quase como se ele estivesse tão desesperado como Drew para sentir as suas peles se tocarem. Drew estendeu a mão, puxando a calça jeans de Garret. Garret apenas se inclinou para trás e permitiu que Drew o despisse. Quando ele puxou a calça de Garret para baixo, Drew engolido ao redor do caroço seco na garganta. Ele olhou para a perna artificial que se estendia desde a parte inferior do joelho de Garret. Seus dedos tremiam quando ele traçou a borda, onde a pele era rosada e com medo ― Está doendo? ― Às vezes. Drew engoliu em seco, tentando decidir como se sentia sobre o seu amante com uma perna artificial. Ele sabia que era possível uma vez que ele ouviu falar da explosão. A vida tinha ficado tão complicada depois disso que ele nunca teve a chance de pensar sobre isso. ― Será que te dá nojo? A cabeça de Drew se levantou com a hesitação tranquila na voz de Garret ― Você está vivo e você está aqui, e isso o que me importa. ― Não é bonita ― admitiu Garret. ― É uma prova de que você sofreu algo horrível e voltou para lutar outro dia. Isso é suficiente para mim. ― Drew terminou de puxar a calça de Garret para baixo da sua perna e jogou-a fora. Ele observou os olhos de Garret enquanto ele cuidadosamente beijou o seu caminho de volta até a perna artificial do homem para sua coxa.
― Não pare agora, chara ― Garret se abaixou atrás de Drew e bateu no seu traseiro, fazendo queimar com a lembrança da mão que tinha acabado de se conectar com a sua pele. Drew riu com puro deleite quando ele levantou-se e puxou a camisa de Garret sobre a sua cabeça e jogou-a de lado para se juntar ao seu jeans. Drew subiu na cama e virou-se, dando Garret uma bela vista da sua bunda, tentando desesperadamente tentar o homem a foder com ele e se calar. ― Assim é melhor? Ele gritou quando outra mão voou pelo ar, conectando com a outra nádega. Drew gritou um momento depois, quando sentiu a ponta de um dedo em torno de seu buraco. Uma leve pressão aplicada, em seguida, o dedo de Garret afundou em águas profundas. Drew ofegava pesadamente, querendo sentir mais, mas necessitava de um minuto para se ajustar. Ele não tinha certeza se gritava ou balançar para trás e para frente sobre a invasão. O balanço venceu quando Drew começou a se mover para trás e para frente em suas mãos e os joelhos, gritando alto quando Garret adicionou um segundo dedo e foi em busca da sua próstata. Sentia-se tão completo e maravilhoso. Garret torceu o pulso, passando sobre o ponto doce de Drew. O pau de Drew lançou um jorro de pre-sêmen enquanto ele chorou mais alto. Um terceiro dedo rapidamente se juntou aos dois, empurrando várias vezes antes de serem removidos. A sensação de vazio começou a sobrecarregar Drew até que sentiu a cabeça sem corte do pau de Garret se empurrar na sua entrada. Drew estava tão ligado que ele mergulhou para trás, espetando o seu corpo no pau de Garret. ― Drew!
Drew ignorou o surpreso protesto de Garret quando ele bateu de volta mais uma vez. Arrepios explodiram em todo o corpo de Drew. Ele levantou ainda mais a bunda, gritando o seu prazer enquanto Garret deslizava dentro e fora da sua bunda como se ele nunca tivesse ido embora. Em poucos segundos, Drew estava à beira do orgasmo. Ele não estava disposto a deixar esse momento acabar tão cedo, mas se Garret mantivesse o seu ritmo atual, ele seria um caso perdido. Drew rangeu os dentes juntos, protelando o seu orgasmo. ―Tão bom, chara, ― Garret cantarolou. ― Garret ― Drew gritou quando Garret começou a bater na sua bunda com tanta força que a cabeceira da cama bateu na parede, deixando todos em todo o piso saber exatamente o que estava acontecendo no quarto de hóspedes. Eles não precisavam das câmeras de segurança. Garret mergulhou mais para baixo e empurrou o seu pau duro na bunda de Drew, seus olhos rolando na parte de trás da sua cabeça enquanto um prazer incalculável acumulou no seu corpo. Garret lambeu o lado do pescoço de Drew, fazendo-o gritar de prazer. Fazia muito tempo desde que Garret o havia tocado assim. ― Deixe-me reivindicar você, chara. Drew deixou cair a cabeça para o lado, dando espaço Garret para reivindicá-lo. Ele sabia que era um caso perdido quando esse grande pau se empurrou na sua bunda. Garret sabia como usá-lo e fazer Drew gritar de prazer. Ele sempre soube. Drew gritou no topo dos seus pulmões quando Garret inclinou-se e mordeu o seu pescoço. Sua mente se estilhaçou quando o seu pau explodiu, puxando o saco dele com tanta força para o seu corpo que, elepensou que ele iria ficar assim para sempre.
Garret rosnou ao redor do ferimento no pescoço de Drew enquanto o seu pênis martelava na bunda de Drew. Drew não se lembrava do sexo entre eles, sendo tão bom. Tinha sido muito espetacular, e Drew podia sentir o prazer de Garret dentro dele. Mas ele também podia sentir a alma do homem, como uma luz, iluminando tudo o que Garret sentia. Drew queria absorvê-la, envolvê-la em torno dele, e nunca deixar ir. Drew gritou de desagrado quando Garret tirou os dentes, e o seu pênis, até de Drew viu o que o seu companheiro estava fazendo. Garret o virou e, em seguida, empurrou o seu pênis de volta no seu buraco inchado. Drew levantou a bunda, dando espaço para Garret mergulhar mais fundo. Seus impulsos eram fortes enquanto ele pistoneava dentro e fora do traseiro de Drew. Eles começaram a se mover juntos em um ritmo tão familiar e tão novo a cada vez que fizeram amor. Enterrando a cabeça em cabelo úmido de Drew, Garret se moveu um pouco mais rápido, suas estocadas se tornando um pouco mais desesperadas. ― Eu amo você, Drew. Drew virou a cabeça, olhando para Garret. Ele sabia no seu coração que ele não ia deixar o vampiro ir. Garret era dele. Drew não poderia deixá-lo ir . Ele simplesmente não conseguia. ― Eu te amo, Garret. Drew sabia que Garret estava perto. Ele não só podia dizer pela forma como o homem se movia, mas pelo olhar brilhante nos olhos cor de âmbar de Garret. Eles estavam cheios de prazer cru. Garret empurrou o seu pênis para dentro de Drew, fazendo-o gritar quando suas unhas cravaram nos ombros de Garret. O homem sabia exatamente o que estava fazendo. Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Drew podia sentir os dedos ardentes de fogo descendo pela sua espinha agora
enquanto Garret empurrava dentro das profundidades apertadas do corpo de Drew, fazendo-o gemer em cada estocada. ― Acaricie o seu pau, chara. Goze. A mão de Drew desceu pelo seu estômago, e então os seus dedos se enroscaram em torno do seu pênis dolorido, acariciando-o rápido. O pré-sêmen estava vazando mais rapidamente, escorrendo nas laterais dos dedos de Drew. ― Sim! ― Drew assobiou. Ele não agüentava mais, e ele gritou quando o orgasmo se chocou contra ele. Seu pênis irrompeu entre eles enquanto sêmen revestia o seu estômago. Garret jogou as pernas de Drew para trás enquanto os seus movimentos se tornaram erraticos e depois ele se esticou, sua cabeça caiu para trás enquanto ele rugiu. Drew podia sentir o pau de Garret pulsando dentro dele enquanto ele estava deitado lá tentando desesperadamente recuperar o fôlego. Talvez essa coisa de anamchara não fosse tão ruim.
Capítulo Treze
Garret não conseguia manter o sorriso extravagante fora do seu rosto enquanto caminhava de volta para o Grand Hotel com o braço envolto em torno dos ombros do seu anamchara. Aqueles que sabiam da sua luta para reivindicar o homem sorriram para ele, compartilhando a sua felicidade. Ninguém mais importava tanto quanto Garret estava preocupado. Houve momentos em que ele realmente amava ser um vampiro, e ter um anamchara era um deles. Era contra a lei vampiro qualquer um tocar em Drew sem a permissão de Garret. Eles não tinham.
Claro que, mesmo com a lei em vigor não garantia que todos iriam segui-la, e isso era o que tinha preocupado Garret por tanto tempo. Mas ele tinha finalmente chegado à conclusão de que ter Drew ao seu lado e diante dele em todos os momentos era melhor do que ficar se perguntando o que estava acontecendo com o homem. Garret levou Drew para o elevador e depois direto para o escritório do Electus Everson no andar de cima. Ele enviou a Drew um sorriso tranquilizador quando ele bateu na porta. ― Garret, estou com medo ― Drew sussurrou enquanto esperavam permissão para entrar ― E se ele não quiser que eu fique? ― Electus Everson nunca iria manter companheiros separados, chara. Na verdade, ele é o único que me incentivou a ir atrás de você pela primeira vez, e depois novamente após a explosão. Ele gostava muito de você, e ele vai ficar feliz que eu reivindiquei você. Drew parecia cético ― Ele sabe que eu sou humano, certo? ― Ele sabe ― Garret sorriu para a confusão de Drew. Tudo seria muito claro para ele em breve ― Basta lembrar, Drew. Electus Everson é um vampiro acasalado não só com um shifter lobo, mas o Alfa do Bando Eastern City. Eles trouxeram uma tribo de vampiros e uma matilha de lobos juntos sob o mesmo teto. Se alguém entende nosso acasalamento incomum e vai apoiálo, são esses dois homens. ― Eu espero... ― Drew engoliu em seco quando a porta se abriu de repente, empalidecendo um pouco ― Olá. ― Andrew ― Kerry assentiu com a cabeça antes de levantar os olhos para encontrar Garret ― Garret, é bom vê-lo de volta com o seu anamchara ao seu lado. Meus parabéns. ― Obrigado, Kerry ― Garret não conseguia parar de sorrir ― Eu preciso falar com Electus Everson. Kerry ficou para trás, segurando a porta aberta.
Garret manteve a mão na parte de baixo das costas de Drew enquanto ele acompanhou-o até a sala. Deu dois passos para dentro da sala antes de pegar a parte de trás do cós de Drew e puxar o homem a parar. ― Será que vamos interromper alguma coisa? ― Garret perguntou quando seus olhos caíram sobre Jesse, que estava caído em uma cadeira no canto. O homem tinha o maior beicinho no rosto Garret já tinha visto. Nem mesmo Rowan poderia ter um tão grande. ― Estávamos apenas tendo uma discussão sobre a incapacidade de Jesse para manter os lábios selados. Garret engoliu em seco quando seus olhos dispararam de volta para Electus Everson. O homem tinha as mãos cruzadas sobre o peito, juntamente grande, mas ele estava tocando os polegares juntos de novo e de novo. Ele não era um Electus feliz. ― Senhor? ― Chegou ao meu conhecimento de que Jesse se meteu em um pouco de dificuldade ― Electus Everson respondeu ― Em um esforço para obter-se fora do problema, ele deu informação aos caçadores sobre não só a nossa tribo, mas sobre o seu irmão, bem como, ajudando no seqüestro do seu irmão. A inspiração rápida de Drew disse tudo. Garret apertou o punho que tinha na parte de trás da calça de Drew ― Enquanto eu não concordo com o que Jesse fez, senhor, eu sei que ele não tinha qualquer intenção de prejudicar verdadeiramente o seu irmão. Jesse é imaturo e ingênuo às vezes, mas ele não é malicioso. Pelo menos, Garret esperava que ele não fosse. ― Eu não acredito que ele entendeu o peso do que ele estava fazendo, ou o que isso afetaria. Jesse é um monte de coisas, mas ele ama o seu irmão. Disso eu não tenho nenhuma dúvida.
― Seja como for, ele ainda sabe muito e não pode ser autorizado a sair. Poderia ser muito prejudicial para o nosso povo, se ele sair, e isso inclui o seu anamchara se o meu entendimento da sua apresentação formal está correta. ― Sim, senhor. Drew me deu permissão para reivindicá-lo. ― Você já pagou o preço companheiro? ― Quando eu saí para vir aqui e ser o seu tenente, deixei dinheiro para Drew se cuidar. Jesse o tomou. Como tal, considero o preço companheiro pago integralmente. ― Muito bem. Como você já pagou o preço companheiro e você reivindicou oficialmente Andrew diante de testemunhas, eu vou considerar a situação com você e o anamchara fechado ― Electus Everson respirou fundo quando ele se virou para encarar Jesse novamente ― Isso não atenua a situação de Jesse, no entanto. Ele ainda não pode ser confiável para manter a boca fechada. Jesse bufou, revirando os olhos como ele descobriu toda essa situação ridícula ― Eu já disse que eu não vou dizer nada. ― Até a próxima vez que você precisar de dinheiro ― disse Drew amargamente ― Você vai fazer qualquer coisa por dinheiro, até mesmo me vender. Tanto quanto Garret queria discutir com o que Drew estava dizendo, ele sabia que o seu anamchara estava certo. A próxima vez que Jesse precisasse de dinheiro, ele iria vender o que ele sabia a quem pagasse mais. Isso não pode ser permitido. ― Eu tenho medo que eu tenho que concordar com Drew ― Garret admitiu ― Jesse não podem ser deixados à sua própria sorte. Electus Everson suspirou profundamente, a expressão resignada no rosto fazendo-o parecer cansado ― Depois que me deixa com apenas uma opção que eu estou com medo.
― Não! ― Drew gritou antes de girar ao redor, agarrando a camisa de Garret ― Não, Garret, você não pode deixá-lo ferido Jesse. Ele não é uma pessoa ruim, apenas um pouco equivocado. ― Drew... ― Nós não prejudicamos aqueles que não nos prejudicaram, Andrew ―
disse
Electus
Everson
bruscamente
―
Eu
só
queria
dizer
que
o
comportamento de Jesse me deixa com apenas uma opção. Ele terá que ficar aqui no hotel sob vigilância até que a informação que ele tem não seja prejudicial para o meu povo. ― Hey, ― Jesse estalou quando ele ficou de pé ― isso é chamado de seqüestro. ― Estive lá, fiz isso ― Drew rosnou quando ele atirou em seu irmão um olhar profundo.― Isso não é um seqüestro. São umas férias de luxo no Clube Paranormal. ― Vou aceitar. Toda a atividade interrompida. Ninguém falou uma palavra. Então, lentamente, todos os olhos se voltaram para olhar para Kerry. ― Poderia repetir isso, Kerry? ― Disse o Electus Everson. ― Vou aceitar. Electus Everson observar Kerry atentamente pelo que pareceu uma eternidade antes de perguntar ― Você entende o que você está dizendo, Kerry? ― Eu Sei. ― Olhos de aço frio de Kerry pousou em Jesse, devorandoo do outro lado da sala. ― Ele é meu. ― Oh homem ― Garret passou o braço em volta da cintura de Drew e puxou o seu anamchara fora da linha de fogo. Se ele estava correto na sua suposição, e ele estava muito certo de que ele estava pela a maneira que Kerry estava agindo, Jesse era o companheiro do beta
― Você entende as implicações do que você está dizendo, Kerry ― perguntou Electus Everson. ― Ele não pode ser tratado como os outros companheiros são tratados, não quando ele é um perigo para si mesmo, assim como os outros. Os ombros largos de Kerry se levantaram quando ele cruzou as mãos atrás das costas, uma postura militar se alguma vez houve uma ― Estou plenamente consciente das minhas palavras e as intenções por trás delas, senhor. Jesse é meu. Como tal, é o meu dever cuidar dele, incluindo a sua proteção das suas próprias ações. Garret adoraria ser uma mosca na parede quando os dois ficarem juntos. Com certeza ia ser explosivo. Ele não queria qualquer má vontade do homem, mas Jesse tinha necessidade de uma mão forte para ensinar-lhe os erros dos seus caminhos. Ele estava malditamente certo de que Jesse tinha acabado de conhecer essa mão forte na forma de um muito duro e sério beta. ― Muito bem, Kerry. Dou Jesse aos seus cuidados. Kerry assentiu para Electus Everson ― Obrigado, senhor. ― Certifiquesse que ele não se machuque. ― Sim, senhor. ― Não havia nenhum sorriso de satisfação no rosto de Kerry quando ele virou toda a sua atenção sobre Jesse. Apenas um olhar frio que fez Garret se perguntar se Jesse realmente tinha idéia do que as suas ações lhe tinha metido. ― Agora, espere só um maldito minuto ― disse Jesse quando ele deu um passo para trás, levantando a mão como para afastar a tristeza e melancolia que estava prestes a cair sobre a sua cabeça. ― Você não pode me fazer... ― Silêncio! ― O Grito estrondoso de Kerry ecoou pelas paredes. Jesse obteve a boca fechada e apenas olhou para Kerry. Kerry apontou para uma mancha no chão na frente dele ― Vem.
Garret mordeu o lábio para não rir quando os olhos de Jesse se estreitaram ― Eu não sou um cachorro! ― Jesse gritou. Era quase tão alto quanto o grito de Kerry. Sim, coisa errada a dizer, especialmente para um lobo-shifter. E se o alargamento dos olhos de Jesse era qualquer coisa perto, o homem tinha acabado de perceber isso. Kerry apontou para a mancha no chão novamente ― Não me faça repetir. Jesse virou-se para olhar para Electus Everson, procurando alguém para salvá-lo. Electus Everson apenas levantou uma sobrancelha. Em seguida, Jesse se virou para olhar para Drew. Garret não podia ver a expressão do seu anamchara de onde ele estava, mas qual quer que fosse, os ombros de Jesse cairam e ele começou a ir a frente. ― Você vai se arrepender quando eu estiver morto ― , Jesse rosnou para Drew. Drew estremeceu. A mão de Kerry desceu na parte de trás do pescoço de Jesse, puxando-o mais perto do seu lado, direcionando seus movimentos ― Meu companheiro vai estar de volta para pedir desculpas por suas palavras depois de termos discutido o seu comportamento rude. A mandíbula de Garret lentamente começou a cair, enquanto observava Kerry levar Jesse para fora da sala. Ele estava começando a ficar com a impressão de que Kerry tinha alguns problemas de controle graves. ― Ele não vai machucar Jesse, vai? Electus Everson riu ― Não, Andrew. Kerry não vai machucar Jesse. Ele pode fazê-lo desejar que ele não tivesse sido tão rude, ou fazê-lo repensar algumas das coisas que ele fez. Ele pode até mesmo tornar difícil para Jessé sentar-se por algumas horas, mas Kerry não mais prejudicar Jesse ele iria preferir cortar o seu próprio braço a isso.
― Ok, então. Garret sorriu, principalmente porque ele podia sentir o pequeno tremor que teceu o seu caminho através do corpo do sua anamchara com a menção de Jesse tendo a sua bunda espancada. Isso lhe deu algumas ideias para tentar mais tarde. Por enquanto... ― Senhor, eu só queria trazer Drew e formalmente apresentá-lo a você. Nós estaremos movendo-o para os meus aposentos, tão logo eu possa reunir uma unidade e ir arrumar as suas coisas. Electus Everson se levantou e estendeu a mão para Drew ― Bemvindo à tribo, Andrew. ― Obrigado, senhor ― respondeu Drew quando ele apertou a mão do Electus. ― Eu também queria falar com você sobre Sam, senhor ― continuou Garret ― Eu não tenho certeza de que devemos deixá-lo sozinho na casa é uma boa idéia, agora que os caçadores sabem que ele está lá. ― Sam não está sozinho ― Alpha Gregory disse quando ele entrou na sala ― Electus Ucathya teve a gentileza de enviar o seu irmão Khalfani e o irmão de Rowan, Michael para ficar com ele. Garret fez uma careta ― Oh homem, Sam não vai ficar feliz com isso. ― É verdade ― Electus Everson concordou ― mas proteger o irmão do chefe dos caçadores e não tentar nos matar é melhor do que deixar os caçadores que estão tentando nos matar obter as suas mãos sobre ele. ― E se ele está chateado com alguém ― Alpha Gregory disse quando ele bateu os ombros com o seu companheiro ― ele não está jogando água benta sobre você. Electus Everson sorriu ― Não existe isso. Drew franziu o cenho. ― A água benta? ― É uma longa história, Andrew ― disse Alpha Gregory ― Eu vou explicar isso para você em algum momento.
Garret assentiu respeitosamente aos homens que levaram a tribo e matilha de lobos juntas. ― Obrigado, senhores. Se você nos der licença, eu quero obter as coisas de Drew resolvidas. Foram algumas semanas muito cheias para ele. ― Muito bom, Garret. Leve Andrew para descançar por algum tempo. Você também. Se aparecer alguma coisa, vamos ter certeza de entrar em contato com você. Até então, Kerry pode lidar com tudo. ― Obrigado, senhor ― Garret levou Drew para fora da sala antes que o seus chefes pudessem mudar de idéia. Ele sabia que, se houvesse uma situação que precisasse de atenção, ele seria chamado de volta. Até então, ele planejava passar algum tempo de qualidade com o seu anamchara ― Então, chara, o que você gostaria de fazer com o resto do seu dia? Drew olhou para ele. ― De verdade? Garret assentiu. ― Eu só quero voltar para a cama e te abraçar até crescer pelos na minha bunda, e então talvez ir dançar. Garret piscou por um momento e, em seguida, caiu na gargalhada quando ele abraçou o seu anamchara ao lado dele e levou-o pelo corredor em direção a nova casa do homem. ― Tudo o que você desejar, chara.
Fim