Stormy glenn operações especiais 04 o coração de harley [revhm]

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O Coração de Harley Operações Especiais 4


Depois de ser resgatado após dez meses passados no inferno, tudo o que Thomas Harlan quer é ir para casa de volta para o homem cuja lembrança o manteve vivo. O problema é que Miko não está aonde Harley o deixou. Thomas Mitsuaki ficou de coração partido quando o seu marido não voltou para casa após uma missão. Ele não desistiu quando as cartas pararam ou mesmo quando a sua sogra fez um funeral para Harley. Mas quando ele é forçado a sair da sua casa, Miko finalmente admite que talvez Harley esteja realmente morto. Ainda assim, ele quer continuar os sonhos que tinham planejado juntos, não importa o quão impossível eles podiam ser. Quando Harley aparece na sua porta, Miko fica chocado ao saber que ele está vivo. Miko só não sabe se a vida que ele criou vai ser o suficiente para manter o homem em casa e feliz. Quando o problema começa, Harley e Miko tem que colocar de lado suas diferenças e aprender a trabalhar em equipe ou as pessoas empenhadas em mantê-los separados permanentemente terão o seu desejo atendido. Com a ajuda de alguns amigos, eles podem ter a chance de manter a sua pequena família unida.


Capítulo Um

― Eu acho que é isso. Harland ― Harley ― Thomas tocou a longa cicatriz pelo seu rosto quando olhou para aonde o motorista e amigo, Manny, apontava. Seu coração


batia um pouco mais rápido assim que ele olhou para a calçada. Ele não podia deixar de rir quando leu o Nome do rancho que pairava sobre a calçada. Crazy Acres. Isso soava apenas certo. Ele não podia ver nada do lugar além do sinal enquanto as árvores se alinhavam em ambos os lados da calçada para tão longe quanto os olhos podiam ver. Harley acenou para Manny, e o SUV se virou lentamente para a entrada de automóveis. ― Droga. ― Manny disse enquanto eles passavam da linha das árvores e a vista se abriu para mostrar uma visão majestosa. Ele deu um assobio baixo quando os seus olhos se lançaram sobre a terra. ― Isso é muito bom, cara. Harley não poderia concordar mais. Era exatamente como ele havia imaginado, talvez até melhor. Cercas se alinhavam em ambos os lados da calçada por todo o caminho até a casa. O campo do lado do passageiro do veículo estava vazio, mas o campo ao lado do condutor tinha vários cavalos pastando nele, parecendo como se não tivessem nenhum problema no mundo. Além das pastagens da casa e da cerca, o lugar era todo cercado por montanhas cobertas de árvores, como se o pequeno vale em que a fazenda estava tivesse sido criado somente para ela. A entrada de automóveis terminou em um círculo redondo bem na frente de uma grande cabana de madeira. Situado no interior do círculo estava um grande carvalho com grama crescendo em torno dele. Manny parou o SUV em frente à casa. ― Você quer que eu vá a algum lugar com você? ― Ele perguntou quando desligou o motor e se virou para olhar para Harley.


Harley sorriu enquanto olhava para Manny, e depois para o banco traseiro, aonde Bill e o seu amante Angelo estavam sentados. Ele balançou a cabeça. ― Não, eu tenho isso. Harley abriu a porta e balançou as pernas para o chão. Seus pés tocaram a calçada pavimentada, e ele fez uma careta quando teve que pegar novamente a sua bengala. Ele teria preferido fazer isso sem uma bengala, mas se ele quisesse andar, tinha que carregar a maldita coisa com ele. Enquanto se dirigia para a casa, os olhos da Harley contemplavam todo o lugar, bebendo da visão que ele tinha sonhado. Era exatamente como ele tinha em seus sonhos, até o alpendre envolvente e as grandes janelas frontais. Ele esperava que o interior também fosse exatamente como ele tinha visto na sua cabeça. Usando a sua bengala, Harley fez o seu caminho lentamente até os degraus até a porta da frente. Ele levou um momento para olhar em volta, ver o trabalho duro que tinha levado a construção do lugar. Além dos pastos cercados e a casa, havia um celeiro situado além da entrada de automóveis. Era tudo tão pitoresco. E perfeito. Antes de levantar a mão e bater na porta, Harley respirou fortemente e então lentamente expirou. Era isso. Os próximos segundos poderiam quebralo, e ele sabia disso. Ele havia passado por um inferno de pesadelo, e viveu por apenas uma única razão. Com alguma sorte, essa razão estava prestes a ser a sua recompensa por permanecer vivo.


O coração de Harley parecia subir em sua garganta e apertar a sua própria respiração quando ouviu uma voz suave musical de dentro da casa, e em seguida a porta se abriu bem devagar. Sua respiração congelou em seus pulmões, e ele achou difícil respirar quando viu a cascata de longos cabelos pretos e os olhos caramelo profundos piscando para ele através da porta de tela. Harley teve que literalmente começar a respirar novamente. A visão era tão impressionante que tudo o que ele queria fazer era ficar ali e admirar o homem. ― Olá, Mitsuaki ― ele sussurrou em uma voz que soava como um eco e parecia vir de muito longe. ― Harley-chan? ― Havia um ligeiro tom de admiração na voz de Miko, a melodia mágica puxando Harley profundamente. ― Você vivo, Harleychan? ― Harley sentiu as lágrimas obstruírem a sua garganta, mas ele conseguiu dar um sorriso trêmulo apesar delas. ― Eu estou vivo, Miko. ― Mal, mas agora não era o momento de pensar nisso. Harley preferia pensar sobre a beleza de pé diante dele. Ele não tinha pensado em mais nada por meses. Miko tinha assombrado os sonhos de Harley, acordado ou dormindo, como uma visão que se envolvia ao seu redor e lhe trazia conforto no momento em que ele mais precisava. Ele tinha certeza de que o homem lindo era a única razão pela qual estava vivo e de pé na varanda de uma casa que tinha apenas fantasiado ao invés de morto nas garras de algum traficante louco na América Central. A porta de tela lentamente se abriu, e Miko tropeçou fora, olhando para Harley como se estivesse vendo um fantasma, como se ele não fosse real ou tangível. A mão de Miko tremia quando ele a estendeu e deu o mais leve


dos toques contra a lateral do rosto de Harley, seus dedos tão suaves como seda e tão quentes como o sol de verão. ― Você vivo, Harley-chan! Harley grunhiu e baixou a bengala quando Miko pulou em seus braços com exuberância. Ele cambaleou para trás até que bateu no parapeito da varanda com o seu traseiro, e depois usou isso para manter-se de pé enquanto envolvia uma mão sob a bunda de Miko e a outra em seus longos cabelos pretos. As pernas de Miko serpentearam em volta da cintura Harley. Seus braços em volta do seu pescoço. Parecia que Miko não tinha planos de deixar Harley ir embora a qualquer momento, e isso era apenas como Harley queria. Ter Miko envolvido em seus braços novamente não parecia real. Harley ainda se sentia como se estivesse andando em algum tipo de sonho. Ele estava com medo de piscar e Miko não estar mais envolvido em torno dele, fazendo Harley se sentir como o homem mais sortudo do mundo. A primeira tentativa de beijo foi gentil, doce, e quase casto. A segunda não foi nada assim. Ele estava fora de controle, irritantemente frenético, e incrivelmente necessitado. Seus dentes colidiram juntos, seus lábios se esmagaram, e Harley engoliu a língua de Miko enquanto sondava dentro da sua boca. Os dois homens estavam quase devorado um ao outro enquanto suas mãos tocavam e seguravam qualquer parte do corpo que poderiam alcançar. ― Harley-chan, Harley-chan ― Miko sussurrou sem fôlego contra os lábios de Harley, ― ai shiteru1, Harley-chan. ― Eu também te amo, Miko.

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“Eu te amo” em Japonês


― Itsumo aishiteru2? ― Miko perguntou em um sussurro rouco. O sorriso de Harley se alongou. ― Sim, eu sempre vou te amar. Oh deuses, era tão bom segurar Miko em seus braços novamente. Houve um tempo em que Harley pensou que nunca iria experimentar essa felicidade de novo, e ali estava ele, finalmente. Ele tinha uma forte vontade de viver, passado por semanas de cirurgia e fisioterapia, um longo passeio em um carro, apenas pela enorme necessidade de ver Miko novamente. Miko inclinou-se para mais um beijo rápido e depois se afastou para trás, batendo com o punho contra o pequeno peito Harley, uma carranca irritada cruzando os seus lábios inchados com os beijos. ― Eu esperei, e esperei, mas você não voltar para casa. Por que você não voltar para casa? Harley soltou o seu aperto do cabelo de Miko e começou a alisá-lo. ― Oh, bebê, eu não podia. ― Os olhos de Miko se abaixaram, mas não antes de Harley ver um olhar que dizia que todo o mundo do homem estava caindo aos pedaços. ― Você não me amar mais? ― ele perguntou hesitante. ― Hey. ― Harley levantou o queixo de Miko com o polegar e o dedo indicador até que ele foi capaz de olhar para os olhos caramelo do seu belo marido. Aqueles eram os olhos que Harley tinha sonhado. Eles eram o tipo de olhos que eram escritos em poemas. Ele agradeceu a quem estivesse ouvindo por ser capaz de olhar mais uma vez essas belezas mágicas. ― Não acabei de dizer que eu vou te amar para sempre? ― Hai. 2

“Eu te amo para sempre” em Japonês


― Então, eu vou. Miko não parecia totalmente convencido. A dor e a mágoa ainda estavam nadando em seus olhos, e sua expressão se encheu de dúvida. ― Então por que você não voltar para casa, Harley-chan? ― Fazendo uma careta nas memórias que ele queria esquecer e no olhar triste no rosto do seu marido, Harley manteve uma mão sob a bunda de Miko e apontou para a bengala caída na varanda com a outra. ― É por isso que eu não poderia voltar para casa, Miko. As sobrancelhas escuras de Miko piscaram enquanto ele olhava da bengala até o rosto de Harley. ― Você machucou, Harley-chan? ― Sim, querido, eu estava ferido. A mão de Miko traçou delicadamente o rosto de Harley através da cicatriz que corria do alto da sua testa, por sua bochecha até o canto da sua boca. Era feia e só agora estava rosa e enrugada. ― Quando isso acontecer? Harley engoliu em seco, com medo da reação de Miko. Miko tinha passado horas traçando os contornos do rosto de Harley, sempre dizendo o quanto ele era bonito. E se Miko o achasse um monstro agora? E se ele não fosse mais tão bonito para o seu marido? Esses temores tinham ficado dentro de Harley e ele fez o seu melhor para evita-los vir à tona. Mas agora que Miko estava avaliando o seu rosto abertamente, Harley não podia deixar de se sentir ansioso. ― Eu não sou mais tão bonito, Miko. Miko teve uma única lágrima se arrastando para baixo em seu rosto quando olhou nos olhos da Harley. Seus lábios estavam entreabertos, e ele tinha um olhar que disse que não lhe importava como Harley parecia agora.


― Mas você não morto, Harley-chan. Harley inclinou a cabeça, confuso pela maneira que Miko expressou suas palavras. Não era uma pergunta, e sim uma declaração. ― Não, Miko, eu não estou morto. As sobrancelhas de Miko se reuniram em uma carranca agonizante enquanto mais lágrimas começaram a transbordar dos seus olhos cheios de angústia. ― Ela diz que você morto, Harley-chan. Ela diz para não voltar para casa, não mais. ― Quem? ― Harley perguntou baixinho, seus olhos se estreitando. ― Quem disse que eu estava morto? A linha de concentração se aprofundou ao longo das sobrancelhas de Miko e sob os seus olhos. ― Hum... você... ― Miko acenou com a mão em um movimento circular, como se a palavra que ele estava pensando lhe escapasse. ― Você... Okasan3. ― Minha mãe? ― O tom de Harley tornou-se frio quando ele se apertou em torno de Miko. ― Minha mãe disse que eu estava morto? ― Hai. ― Quando você viu a minha mãe, Miko? ― Depois das cartas parar. Havia uma nota amarga na voz de Miko que fez Harley fazer uma careta, mas ele poderia entender a amargura se o que Miko disse era verdade. As cartas pararam quando ele não podia mais escrever-lhe. Isso significava que, nos últimos 16 meses, Miko tinha pensado que ele estava morto. 3

Palavra Japonesa para “mãe”.


Ele quase podia sentir a dor que o seu marido tinha sofrido pensando que ele estava morto. Se Harley pudesse, ele limparia toda a angústia que o seu amante tinha sofrido. Harley puxou Miko novamente para ele, quase violentamente. Seus braços cercaram Miko, uma mão em suas costas quando ele começou a balançar Miko suavemente para trás. ― Eu sinto muito, Mitsuaki ― ele murmurou contra o topo do cabelo preto sedoso de Miko. ― Eu sabia que eu não podia escrever para você, mas eu nunca sonhei que você ia pensar que eu estava morto. Esse pensamento nunca tinha passado pela mente de Harley. Isso tinha que ter acontecido, mas ele tinha estado muito ocupado sonhando com o dia que iria ver o homem novamente. Ele só não tinha pensado que ele iria aparecer como um fantasma aos olhos de Miko. ― Eu não achava que você está morto há muito tempo, mas ela diz morto, e ela... ela... ― As mãos de Miko se apertaram na camisa de Harley, como se a dor crua fosse demais para suportar. ― Ela te enterrar. Não me deixou ir. Disse que eu não bem-vindo. A raiva de Harley se tornou uma fúria escaldante em um piscar de olhos. ― Minha mãe fez um funeral para mim? ― Hai. ― E ela lhe disse que você não era bem-vindo? ― Hai. ― Você disse a ela que estávamos casados? ― Hai ― Miko fungou quando descansou a sua bochecha contra o peito de Harley. Harley passou a mão sobre o seu amante, tentando o seu


melhor para trazer conforto para o que era certamente uma memória muito dolorosa. ― Ela não acreditou. ― Eu aposto que ela não fez ― rosnou Harley. Ele podia imaginar o que a sua mãe disse a Miko e até mesmo o tom arrogante que ela usou. Ela tinha um jeito de usar a língua de serpente que o fazia se sentir como lixo. Se ele tivesse a mulher na sua frente naquele momento, ele não poderia dizer que não iria socar a sua boca hipócrita. ― Ela diz que não se casar com olho rasgado. Harley estava bem familiarizado com a falta de respeito da sua mãe para qualquer um que não fosse branco e socialmente aceitável. E socialmente aceitável no livro da sua mãe significava que tinha uma porrada de dinheiro. Sua mãe era uma fanática, pura e simplesmente. O fato de que Harley tinha escolhido casar com um homem era insignificante para ela. Aos seus olhos casar com alguém de uma origem étnica diferente ou alguém que não veio de uma rica família era um crime pior. Miko era descendente de japoneses e não tinha um centavo em seu nome quando Harley o conheceu há dois anos. Harley não poderia ter se importado menos. Bastou uma olhada profunda em Miko, em seus olhos caramelos, e o seu coração estava perdido. Era assim que o amor deveria funcionar. Ele não deve ser baseado em dinheiro ou raça, mas tentar dizer isso a sua mãe era como tentar arrancar um bife cru da boca de um leão. Harley levantou o rosto de Miko e esfregou o polegar sobre o canto das suas pálpebras. ― Eu amo esses olhos. ― Inferno, Harley era totalmente


fascinado por eles. ― Eu sonhei com esses olhos, Miko ― E aqueles olhos castanhos pareciam estar estudando Harley atentamente. ― Eu sonho com você, também, Harley-chan. Eu não desistir de esperar você chegar em casa, mesmo quando você está morto. Harley riu apesar do seu coração dolorido no que a sua mãe tinha feito para Miko. ― Bem, voltar para casa teria sido muito mais fácil se você não tivesse se mudado, Miko. Demorei quase dois meses para encontrá-lo. ― Não ficar ― Miko disse. ― Mãe dizer ir. Ela foi para casa Harleychan. Um músculo piscou furiosamente na mandíbula de Harley. Isso explicaria por que Miko não estava em casa quando Harley chegou lá depois de ser liberado do hospital. ― Miko, ela não pode fazer isso. Eu coloquei o seu nome na escritura quando nos casamos. Aquela casa é sua, tanto quanto é minha. Miko o olhou exasperado. ― Digo isso, Harley-chan. Mostrar seus papéis. Ela pegou papéis, rasgou. Disse que o casamento não é legal aqui. ― Harley apertou os dentes enquanto tentava controlar a sua raiva. ― Nosso casamento é legal, Miko. Só não é reconhecido neste estado. É por isso que eu dei poder ao meu advogado e lhe fiz meu beneficiário, de modo que tudo iria para você se algo acontecesse comigo. ― Eu não quero sair, Harley-chan ― Miko disse e puxou o botão de cima da camisa de Harley. ― Mas grandes homens vêm, me fazer sair. A boca de Harley se escancarou. ― Ela o forçou a sair da nossa casa? Miko estremeceu.


― Eles homens realmente grandes. Harley rosnou, raiva o queimando com a ideia do que poderia ter acontecido com o seu belo e pequeno Miko. Ele passou dois meses em seu apartamento depois de sair do hospital e nenhuma vez cogitou a ideia de que Miko tinha sido forçado a sair da sua casa. Ele castigou o seu cérebro durante a pesquisa por Miko, agonizando sobre por que o homem o teria deixado. Ele até havia cogitado a ideia de que Miko sabia dos seus ferimentos e não queria se casar com alguém que precisaria de cuidados por um longo tempo. Ele ia se curar, eventualmente, mas isso levaria tempo. Ele pensou que talvez Miko não quisesse lidar com isso. Mas o olhar de espanto no rosto de Miko, quando ele abriu a porta e, em seguida, a alegria imensa que tinha colorido os seus belos olhos caramelos quando ele viu Harley tinha colocado essa preocupação de lado. Harley baixou Miko a seus pés e, em seguida, apontou para a bengala. ― Miko, me entregue a minha bengala, por favor. Miko franziu o cenho e depois se inclinou para pegar a bengala caída na varanda. Ele a estendeu para Harley, seus olhos indo para cima e para baixo em seu corpo. ― Como você machucar, Harley-chan? ― É uma longa história, Miko, e eu prefiro dizer dentro da casa. ― Harley engoliu em seco quando uma preocupação repentina entrou em sua mente. ― Se eu puder entrar. Uma curva suave e amorosa tocou os lábios de Miko. ― Esta casa você, Harley-chan.


Harley encontrou o sorriso de Miko com um próprio. ― Se importa se eu convidar alguns amigos? Miko franziu a testa e, em seguida, olhou através de Harley para o SUV preto estacionado na garagem. Sua boca se apertou com desagrado quando ele olhou para Harley um momento depois. ― Você convida amigos e não me contou? Harley riu e agarrou Miko quando o homem fechou o punho e bateu em seu peito. Ele puxou Miko de volta para ele, precisando sentir o seu amante em seus braços novamente. Tinha sido assim por muito tempo, e por um tempo Harley achou que nunca mais iria experimentar esta pequena intimidade. ― Eu senti sua falta, Mitsuaki, ― Harley sussurrou. ― Eu senti muito a sua falta. Miko deu a Harley um de seus sorrisos encantadores e tímidos e bateu no lado do seu rosto. ― Você casa agora, Harley-chan.

Capítulo Dois


Miko teve tantas emoções lhe atravessando que ele não sabia qual resolver em primeiro lugar. Seu choque ao ver Harley vivo e de pé na frente dele estava na frente. Seu alívio de que Harley estava vivo era o próximo. Ele foi seguido por uma enorme necessidade de não deixar Harley fora da sua vista por um único segundo. Ele estava com medo. De que se ele desviasse o olhar ou tirasse os olhos de Harley, o homem pudesse desaparecer novamente. A última vez tinha sido duro o suficiente, mas Miko tinha lentamente se recuperado e começado a seguir em frente com a sua vida. Se Harley desaparecesse uma segunda vez, Miko não tinha certeza de que ele iria sobreviver novamente. ― Você vem, Harley-chan ― Miko disse quando ele puxou a mão de Harley. ― Traga os seus amigos. Harley riu quando ele acenou para os seus amigos e depois seguiu Miko pela porta da frente. Miko o guiou até o banco pela porta da frente e empurrou o peito de Harley, até que ele se sentou. Ele balançou o dedo para Harley. ― Fique ai ― disse ele antes de decolar por toda a casa. Ele correu para o quarto e depois para o seu armário, caindo de joelhos para pegar uma pequena caixa de madeira no fundo do armário. Ele estava de pé e correndo de volta para a sala principal, um momento depois. Até o momento em que Miko chegou até Harley novamente, outros três homens estavam em pé ao lado da porta. E maldição se não eram grandes. Dois dos homens eram tão altos como Harley, se não, mais. O outro era mais baixo, mas ainda mais alto do que Miko. Ele se sentia como um camarão em torno de todos eles.


― Você fez um bom trabalho com o hall de entrada, Miko. Ficou muito bem feito e parece se encaixar bem com o resto da casa. ― Hai ― Miko assentiu enquanto olhava ao redor da genkan 4. Reconhecidamente, o resto da casa estava aberta, mas ele tentou tão duro combinar culturas e gostos, quando a casa foi construída. Ele honrou o desejo de Harley por um piso plano aberto, mas manteve a entrada formal da sua cultura. A porta da frente se abria para uma pequena área de entrada. Não havia paredes para separá-la do resto da casa, apenas um piso único de madeira. Agora que Harley estava sentado no banco ao longo da prateleira de sapatos, Miko estava feliz de que ele tinha ido com a prateleira em vez do tradicional Abako. De pé, enquanto os sapatos foram removidos pode não ter sido possível para Harley neste momento. Miko caiu de joelhos de novo na frente de Harley. Ele desamarrou as botas de Harley e as tirou, colocando-as cuidadosamente de frente para a porta no lugar vago no topo da prateleira de sapatos, o que havia permanecido vazio durante o último ano e meio. As mãos de Miko tremiam quando ele abriu a caixa de sapatos e tirou o uwabaki5 que ele amorosamente tinha feito para Harley depois de se conhecerem. Os chinelos de pano macio tinham sido o seu presente de

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Genkan ( 玄 关 ?) são tradicionais japonesas na entrada áreas para uma casa, apartamento ou construir algo de uma combinação de uma varanda e um capacho. A função principal do genkan é para a remoção de sapatos antes de entrar na parte principal da casa ou do edifício. Genkan são frequentemente encastrada no chão, para conter qualquer sujidade que é controlado a partir do exterior (como em uma sala de lama ).


casamento para Harley, e um dos poucos itens que tinha sido capaz de levar com ele quando ele tinha sido forçado a deixar o apartamento de Harley. Miko sentiu lágrimas em seus olhos quando ele ergueu um dos pés de Harley e percebeu que havia ataduras em volta do seu pé sob a sua meia fina. Ele olhou para Harley por um momento e depois de volta quando ele lentamente retirou à meia. ― Harley-chan? ― ele sussurrou hesitante. Ele não se atreveu a puxar as ataduras para fora, mas ele estava desesperado para descobrir o que aconteceu e por que Harley estava com o pé enfaixado. ― Isso vai curar, Miko. Miko fechou os lábios e balançou a cabeça quando ele pegou os chinelos e, cuidadosamente, os colocou no pé de Harley. Ele cuidadosamente colocou o pé de Harley no chão e levou apenas um momento para ter as suas emoções sob controle antes de pegar mais três conjuntos de chinelos. Ele ficou de pé e se virou para os amigos de Harley, se curvando respeitosamente para frente, segurando os chinelos para eles. Todos se viraram para olhar para Harley, com olhares perplexos em seus rostos. Harley riu. ― É falta de educação usar sapatos dentro de casa, pessoal. ― Ele bateu com a mão para baixo no banco que ele se sentava. ― Isso é chamado de Abako. Depois de tirar os sapatos, os coloquem aqui, de frente para a porta. Os chinelos são chamados uwabaki, e eles são apenas para ser usados dentro de casa.

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Miko ajudou Harley a ficar em pé, em seguida recuou e esperou que os três homens tirassem os sapatos e colocassem os chinelos. Ele não tinha conhecido nenhum dos amigos de Harley antes de Harley partir, assim ele esperava as apresentações. Miko só não tinha certeza de como se sentia em relação a Harley apresentá-lo aos seus amigos, e não após a reação horrível que ele tinha recebido da mãe de Harley. Ele ainda estava se recuperando do confronto que teve com a mulher. Ele havia ficado devastado quando ela começou a gritar com ele de que Harley estava morto e nunca mais voltaria, mas nem mesmo ele esperava ser expulso da sua casa. Aquilo quase o esmagou. O apartamento era tudo o que tinha sobrado de Harley. Até agora... Miko nunca pensou que Harley ainda estivesse vivo, mesmo que ele tivesse sonhado com isso e esperasse isso do fundo do coração. As cartas tinham parado de vir, a mãe de Harley disse que ele estava morto, e ainda realizou um funeral para ele, e Miko não conhecia nenhum dos amigos de Harley. Miko esperou durante meses para ouvir sobre Harley, mas com o passar do tempo, ele começou a perder as esperanças. Ele canalizou a sua dor em transformar os sonhos de Harley em realidade, mesmo que Harley não estivesse lá para compartilhá-los com Miko. E agora, lá estava ele. Miko estava animado para mostrar a Harley tudo o que ele tinha feito desde que o homem tinha ido embora. Tudo havia sido planejado e implementado com Harley sonhou. Ele só esperava que Harley não ficasse chateado com qualquer uma das coisas que ele tinha feito.


― Miko ― disse Harley, quando todos os seus amigos estavam prontos. ― Estes são alguns dos homens com quem trabalho, meus amigos. Eles também foram importantes em me trazer para casa. ― Domo arigato6 ― Miko inclinou-se respeitosamente. ― Ele disse muito obrigado ― , disse Harley, quando os três homens olharam para ele. Harley apertou o braço em torno dos ombros de Miko. ― Fale em inglês, bebê. Eles não entendem japonês. ― Hai ― Miko sorriu para os homens. Ele não sabia exatamente o que eles tinham a ver com trazer Harley para casa, mas ele seria para sempre grato. ― Obrigado. ― Ele acenou com a mão em direção à sala de estar. ― Bem-vindos à nossa casa. ― Ele olhou rapidamente para Harley para se certificar de que ele tinha falado as suas palavras direito. Inglês não era sempre uma linguagem fácil de aprender. Harley sorriu e acenou com a cabeça. ― Este é Bill Harrison ― Harley apontou para um homem com cabelo castanho curto e olhos castanhos e, em seguida, se virou para os outros homens − Angelo Martinez e Manny Lopez. Miko acenou para cada homem, curvando-se ligeiramente. Angelo tinha os olhos castanhos escuro e cabelo castanho curto. Manny também tinha olhos castanhos escuros e o cabelo castanho curto. Ele também estava despenteado parecendo que ele precisava de um bom corte. Miko esperava que não fosse muito difícil distingui-los. Todos tinham algo marrom. Ele pulou um pouco quando ele foi puxado mais perto na curva do lado de Harley. Nos seis meses que passaram juntos antes de Harley sair, Miko tinha apenas começado a se acostumar com as demonstrações públicas de 6

Muito Obrigado


afeto de Harley, antes de Harley desaparecer. Não era algo que ele tinha experimentado depois. ― Este é o meu Miko ― disse Harley. Manny arqueou uma sobrancelha quando ele estendeu a mão para apertar a mão de Miko. ― Eu gostaria de dizer que Harley nos contou tudo sobre você, mas ele meio que manteve em segredo até apenas um par de meses atrás. ― Manny sorriu e largou a mão de Miko. ― E agora eu posso ver por que. Miko lançou um olhar rápido para Harley, não tendo certeza se isso era um elogio ou um insulto ou algo completamente diferente. Ele muitas vezes não compreendia as maneiras sutis dos americano falarem. Havia insinuações escondidas em suas palavras que Miko quase sempre fracassava em entender. ― Quando você começou chamar por Miko quando você foi ferido, chefe, eu não tinha ideia de que Miko era tão bonito. ― Manny piscou para Miko. ― Eu suponho que você não tem irmãos, não é? Miko assentiu. ― Hai. As sobrancelhas de Manny dispararam para cima, o que parecia divertir os outros homens na sala. Todos começaram a rir. Miko olhou para todos eles em confusão, sem entender o que era tão engraçado. ― Se bem me lembro ― disse Harley, ― Miko tem dois irmãos e uma irmã. ― Hai ― Miko de repente se lembrou de Harley lhe dizendo para usar o Inglês. ― Sim, dois irmãos, Eiko e Yukio, e uma irmã, Akari. ― Uh... ― Manny franziu a testa para Harley por um momento e depois sorriu para Miko. ― Eu ficaria honrado em conhecê-los um dia.


― Hai ― Miko não tinha certeza de por que o amigo de Harley queria conhecer os seus irmãos e irmã, mas, se isso era o que o homem queria, Miko iria ver o que ele poderia fazer sobre isso. Ele não conseguia pensar em quanto ele não faria para os homens que trouxeram Harley de volta para ele. ― Você pode fazer um chá, Miko? ― Hai ― Miko se curvou para cada homem novamente e, em seguida, correu para a cozinha. Harley amava o seu chá, e era uma coisa que Miko poderia lhe dar agora. Miko não sabia por que ele tinha mantido a mistura especial de chá no armário quando ele não bebia, mas ele não tinha sido capaz de se livrar dela. Agora, ele estava feliz de que ele não tinha feito. Ele podia ouvir os homens falando baixinho entre si, enquanto ele preparava o chá, colocando a panela de água para ferver e, em seguida, puxando para baixo a lata que segurava as folhas de chá doce. Ele rapidamente preparou uma bandeja com quatro xicaras, um coador de chá, açúcar e creme. Quando a água estava quente, ele a colocou sobre a bandeja e, em seguida, levou a bandeja para a sala. O coração de Miko ficou preso na garganta quando viu Harley sentado na cadeira que ele sempre imaginou o homem dentro. Ele tinha tanta certeza de que Harley adoraria a cadeira que ele não tinha permitido que ninguém se sentasse nela. E agora, aqui estava Harley, sentado na cadeira mesmo sem saber que Miko a tinha escolhido para ele. Miko respirou fundo e então levou a bandeja para a sala. Ele se ajoelhou no chão ao lado da mesa e começou a preparar o chá para cada um dos homens. Ele sabia exatamente como Harley gostava do seu chá e facilmente fez e entregou-o ao homem.


― Açúcar ou leite? ― Miko perguntou quando ele olhou para os outros três homens. As sobrancelhas de Bill estavam perto do topo da sua cabeça, como se nunca tivesse tomado chá antes. ― Uh, açúcar e leite, por favor. Miko rapidamente preparou o chá do homem e entregou a ele e, em seguida, olhou para Angelo. ― Açúcar ou leite? ― Só o leite para mim, obrigado, Miko. ― Você não tem nada... err... mais forte? ― Manny perguntou quando Miko olhou para ele. Miko olhou para Harley para esclarecimentos. ― Você tem algum uísque, Miko? ― Hai ― Miko ficou de pé e correu para o armário aonde guardava uma garrafa do uísque favorito de Harley. Ele sabia que era estúpido manter algo em torno que ele nunca ia beber, mas talvez ele nunca tivesse perdido a esperança de que a Harley voltasse para casa. Miko pegou a garrafa e um copo pequeno e, em seguida, correu de volta para a mesa. Ele quebrou o lacre do frasco e derramou um pouco no copo para Manny. Depois de recolocar a tampa, ele entregou o copo para ele. Uma vez que todos tinham sido servidos, Miko caminhou para ficar atrás da cadeira de Harley. Mesmo que não fosse algo que ele estava acostumado, ele não conseguia parar as suas mãos de acariciar sobre os ombros de Harley só para se assegurar de que o homem era real e não uma alucinação. Miko se sentia como se estivesse sonhando. Seu coração tinha estado tão pesado por tanto tempo. Ele tinha acabado de começar a clarear ao longo dos últimos meses, e agora o seu


maior sonho estava se tornando realidade. Miko estava com muito medo de que algo fosse acontecer para tirar tudo dele. ― Você fica agora, Harley-chan? ― Miko sussurrou. Harley inclinou a cabeça para trás, seu cabelo roçando o estômago de Miko. Seu sorriso era um pouco torto, como sempre tinha sido. ― Eu não vou a lugar nenhum, Miko. Eu estou em casa para ficar. Eu prometo. ― Miko inclinou a cabeça para frente e deixou o seu longo cabelo cair para cobrir o rosto, enquanto as lágrimas brotavam de seus olhos com as palavras de Harley. Demonstrações emocionais na frente de estranhos, especialmente estrangeiros, não eram permitidas. Essa lição foi perfurada na cabeça de Miko por seus desde muito cedo. Ele simplesmente não conseguia parar agora. ― Vem cá, amor. Quando Harley puxou a sua mão, Miko permitiu-se ser guiado em torno do homem e, em seguida, ser puxado para o seu colo. Ele sabia que não era educado, mas era exatamente aonde ele queria estar, e, no momento, ele não conseguia se cuidar, não especialmente quando os grandes braços musculosos de Harley se fecharam em torno dele. ― Está tudo bem, Miko, ― Harley sussurrou. Miko esfregou o seu rosto no pescoço de Harley e permitiu que as suas lágrimas silenciosamente caíssem. Ele sentiu a mão de Harley esfregar para cima e para baixo no meio das suas costas. Por outro lado Harley cerrou o punho no cabelo de Miko, segurando-o firmemente ao seu peito. ― Eu achei que você nunca voltaria para casa ― Miko murmurou. ― Eu achei que eu nunca te veria novamente. ― Estou em casa agora, Miko.


― Por que você ficou fora por tanto tempo? ― Eu estava em uma missão, Miko. As coisas deram errado. Eu fui capturado pelas pessoas que eu deveria estar observando. Eles me seguraram por um tempo muito longo, e me machucaram. Até o momento em que eu fui resgatado, eu tive que ir para o hospital. Quando tentei encontrá-lo, o telefone tinha sido desligado. Eu mandei alguém para te encontrar, mas eles disseram que o apartamento estava vazio. Eu não sabia aonde procurar por você. ― Como você me encontrou? Miko sentiu o sorriso de Harley contra a sua cabeça. ― Suas joias, Miko. Eu conheci alguém em uma festa que estava usando um dos seus colares. Eu soube assim que eu vi que era uma das suas criações. Perguntei-lhe sobre o artista, e ela me contou tudo sobre este belo homem japonês que tinha feito o seu colar. Eu sabia que era você, e eu o segui através do seu agente. Miko se inclinou para trás para que ele pudesse ver o rosto de Harley. ― Ele não te falou. ― Ele sabia que seu o agente não iria contar a ninguém onde estava. Cecil o adorava, e ele era muito protetor da privacidade de Miko. Harley riu. ― Ele não precisou. Um amigo hackeou os seus arquivos do computador e pegou o seu endereço. Miko franziu a testa. Cecil não ia gostar disso. ― Você, não é agradável roubar. ― Seria melhor que eu não tivesse feito isso e nunca ter encontrado você? ― Não, mas roubar é errado.


― Eu não vou roubar novamente. ― Harley ergueu a sua mão solenemente, mas a contração dos seus lábios mostrava sua diversão. ― Eu prometo. Miko bufou e deitou a sua cabeça no peito de Harley. Ele realmente não poderia ficar com raiva de Harley, e não quando o que ele tinha feito trouxe o homem de volta para ele. Mas, ainda assim, roubar era errado, e Harley sabia. ― Me fale mais sobre esses homens que invadiram a nossa casa, Miko, ― Harley disse. ― Você se lembra como eram? ― Eles eram grande. Harley riu. ― Você já disse isso, bebe. Eu preciso saber se você se lembra de algo mais sobre eles. Como se pareciam, se mencionaram quaisquer nomes ou qualquer coisa. Eu preciso saber exatamente quem eles eram. Miko encolheu os ombros. Ele não sabia por que isso importava. Ele esperava nunca vê-los novamente. Ele tinha ficado com um medo do inferno, quando eles chegaram ao apartamento e o obrigou a sair. Tinha sido dado a Miko 15 minutos para recolher as suas coisas e sair, nem mais um minuto. E eles passaram por tudo que Miko levou com ele, mesmo pegando alguns itens do seu material e os colocando de volta no apartamento. O que Miko sentia mais falta era o pequeno vaso de cristal que Harley lhe tinha dado, quando eles se casaram. Harley sempre deixava flores no vaso para Miko. ― Eles pegaram o vaso do casamento, Harley-chan. Disseram que eu não poderia tê-lo. ― Eu vou pega-lo, Miko. ― Harley acariciou a sua mão ao lado da cabeça de Miko novamente. ― Eu vou ter certeza de pegá-lo de volta.


― Eu apenas estou feliz por ter você, Harley-chan. Não há necessidade do vaso. ― Miko amava esse vaso porque Harley havia dado a ele, mas segurar Harley novamente era muito mais importante do que manter um vaso de cristal. ― Você pode ter os dois, bebe.

Capítulo Três

Harley estava nervoso quando se sentou estendido sobre o colchão, recostando-se contra a pilha de travesseiros no topo da cama. Ele e Miko tinham desfrutado de uma excepcional relação sexual antes de sair em sua missão, mas isso foi há quase dois anos. Muita coisa tinha acontecido. Harley não era o mesmo homem que ele era dois anos atrás, e ele não achava que Miko também fosse. Havia uma nova confiança no homem que não estava lá antes. Uma luz de certeza de que ele poderia assumir o que quer que o mundo jogasse para ele e lidar com isso por conta própria.


Enquanto era provocativo, e Harley estava orgulhoso de Miko, ele também estava com medo. O Miko que ele conheceu antes precisava de Harley para combater os males do mundo, e para mantê-lo a salvo desses males. O Miko, que o encontrou na porta parecia que não precisava de ninguém. Harley se sentiu obsoleto. Seu tempo sob a mão cruel de Miguel Fernandez tinha causado danos permanentes e lhe deixou obsoleto em sua carreira, e agora ele se sentia desnecessário em casa. Harley já não sabia mais aonde ele se encaixava. Ele já não sabia mais se Miko precisava dele, para qualquer coisa. Harley ficou tenso quando ouviu o barulho da porta do banheiro se abrindo. Ele esfregou as mãos sobre os cobertores que ele tinha puxado até a cintura, alisando as rugas para baixo, não que houvessem muitas. Mas lhe deu algo para fazer com as mãos. Miko saiu do banheiro em uma camiseta e boxers de algodão. Ele enfiou seu cabelo atrás da orelha enquanto os seus olhos corriam até Harley depois de volta para o chão, e de repente Harley percebeu que Miko estava tão nervoso quanto ele. ― Vem cá amor, ― ele disse, estendendo a mão para o homem. Miko atravessou o quarto, mas abrandou quando chegou à cama, arrastando-se com cuidado sobre o colchão. Ele fez uma pausa quando chegou ao topo da cama, seus olhos percorrendo de cima a baixo o corpo de Harley. ― Não machuca, Harley-chan? ― Não, querido. ― Harley estendeu os dois braços, querendo sentir o seu amante perto dele, mas Miko só continuou ajoelhado ao lado dele, observando-o. ― Miko? ― Como você se feriu, Harley-chan?


Harley suspirou. Ele tinha evitado essa pergunta durante toda a noite, mas ele sabia que Miko não adiaria para sempre. ― O homem que me capturou era realmente desagradável, Miko. Ele me estragou muito mal. A cabeça de Miko se inclinou para cima, seus olhos se trancando com os de Harley. ― Como? Harley passou a sua mão ao lado do seu rosto, encolhendo-se quando sentiu a cicatriz que ia do alto da sua têmpora, descia por sua bochecha até o canto da sua boca. ― Ele fez isso com a ponta de uma navalha. Eu tenho mais algumas iguais a essa na minhas pernas. Miko engoliu em seco alto suficiente para Harley ouvir. ― O que mais, Harley-chan? Conte-me tudo. ― Eu precisei de duas cirurgias para corrigir o que ele fez no interior das minhas pernas. Ele usou produtos químicos para queimar os meus pés, é por isso que um deles ainda tem um curativo. E há algum dano nos tendões das minhas mãos. ― Só isso? ― Miko sussurrou. ― Ele me afastou de você. Miko engoliu em seco novamente, e acenou com a cabeça enquanto corria as mãos para cima e para baixo em seus braços como se de repente estivesse com frio. Angústia crua brilhavam em seus grandes olhos cor de caramelo. ― Me desculpe, Harley-chan. Eu não sabia. ― Oh, bebê, eu sei disso. ― Eu fiquei com raiva, Harley-chan, tão irritado. Eu... eu achei que você não me queria mais, e eu fiquei com raiva de você, mas eu... ― Miko balançou a cabeça. As lágrimas se derramavam dos seus olhos e caíram por


suas bochechas. ― Eu nunca quis... ― Miko acenou com a mão pelo corpo de Harley. Harley sentiu como se o seu coração estivesse sangrando quando ele se aproximou de Miko. Ele sentiu alguma resistência quando tentou puxar Miko, mas depois de um momento, Miko cedeu e caiu contra o peito de Harley, soluços grandes torturando o seu pequeno corpo. ― Bebê ― Harley sussurrou contra o topo da cabeça de Miko, ― nada disso foi culpa sua. O que Fernandez fez comigo, ele fez porque é um bastardo doente, não por causa de qualquer coisa que você fez. E você provavelmente tinha o direito de estar com raiva de mim. Era para eu ter ficado fora duas semanas, um mês no máximo. Eu fiquei fora muito mais tempo do que isso. ― Eu sinto muito, Harley-chan ― Miko chorou. ― Eu sinto muito. Harley segurou o queixo de Miko, inclinando a cabeça para que os seus olhos se encontrassem. ― Miko, isso não foi culpa sua. ― Mas... ― Não, Mitsuaki ― disse Harley, com uma nota de aço em sua voz. ― Você nunca me trouxe nada além de amor e felicidade. Você é a razão de eu estar aqui hoje. Se eu não tivesse as memórias do nosso tempo juntos para me segurar, eu teria morrido naquele buraco do inferno. Você não me machucou. Você me salvou. Os olhos de Miko ficaram grandes e líquidos, perfurando a distância escassa entre eles. ― Eu te amo, Harley-chan. Eu nunca deixei de amar. O aperto no peito Harley soltou. O ar correu para fora dos seus pulmões, e ele conseguia respirar novamente. Ele segurou o longo cabelo de Miko com a mão e puxou o rosto do homem mais perto até que as suas testas estavam pressionadas uma na outra.


― E foi por isso que eu voltei, Miko. Miko fungou depois riu enquanto ele limpava o nariz. ― Eu não chorar mais. Os lábios da Harley se espalharam em um sorriso. ― Eu também não. Miko se afastou e estendeu a mão para o criado-mudo, voltando com uma grossa escova de cerdas macias. Ele estendeu-a para Harley. ― Por favor! Harley pegou a escova e abriu as pernas, esperando Miko se ajoelhar entre as suas pernas, de costas para Harley. Fazia muito tempo desde que ele teve a oportunidade de escovar o longo cabelo castanho escuro de Miko. ― Está mais comprido ― disse Harley enquanto ele acariciava a escova entre os fios longos e grossos. ― Está quase na sua cintura. ― Hai. ― É lindo, Miko. ― Obrigado, Harley-chan. Harley adorava a sensação dos cabelos longos de Miko deslizando entre os seus dedos. Ele sempre adorou o cabelo de Miko. Dava a Miko uma beleza etérea que Harley nunca tinha visto em nenhum outro lugar do planeta, e ele tinha visitado um monte deles. Harley colocou a escova de lado e inclinou o rosto no cabelo de Miko, respirando a fragrância mágica do seu amante. Ele não percebeu o quanto tinha sentido falta até o suave aroma de jasmim encher os seus sentidos. ― Esse cheiro ― ele murmurou, ― esse cheiro doce. Eu ansiava muito por isso enquanto eu estava fora. Eu achei que nunca mais fosse sentir esse cheiro de novo. ― O estômago de Harley se contraiu quando Miko riu. Agora, esse era um som que ele não tinha ouvido em dois anos, um som que nunca tinha esquecido em todo o tempo em que ele tinha ido embora.


Memórias de Miko jogando a cabeça para trás e rindo foi o que ajudou a manter Harley vivo. Era o som da luz do sol. Harley envolveu os seus braços em Miko e o puxou para trás. A cabeça de Miko caiu para trás sobre o seu ombro. Harley virou a cabeça e deu um beijo contra a lateral do rosto de Miko. Suas mãos se moveram para baixo no peito de Miko. ― Eu quero te tocar, Miko. ― Hai, Harley-chan. ― As palavras foram ditas em um sussurro rouco, quase inaudíveis, mas Harley as ouviu. Ele arrastou as suas mãos até a bainha da camiseta de Miko e deslizou-as para baixo. Pele macia, sedosa roçou os seus dedos quando Miko inalou profundamente. Havia uma ligação tangível entre eles, uma intensa consciência. Sempre tinha existido, desde o momento em que se conheceram em um pequeno café à beira da rua na cidade. Miko estava trabalhando, servindo mesas. Harley tinha parado para tomar café, deu uma olhada em Miko, e soube que o seu coração não era mais seu. Levara semanas para fazer Miko concordar em sair com ele, semanas de flores e telefonemas e até mesmo implorando. Quando Miko finalmente concordou com um encontro, Harley quase pensou que estava sonhando. Precisou ainda mais tempo para Miko aceitar se casar com ele, mas foi um dos dias mais felizes da sua vida, apenas igualado ao dia em que Miko tinha tomado o seu nome. Harley nunca tinha olhado para trás ou se arrependido da sua decisão de perseguir o pequeno e lindo homem. Miko fazia o seu coração parecer mais


leve só por estar na mesma sala com ele. Os longos meses longe tinham sido mais dolorosos por causa da separação entre eles do que de qualquer coisa que Miguel Fernandez havia feito com ele. E agora que ele tinha Miko em seus braços mais uma vez, Harley ia aceitar o presente que tinha recebido e nunca mais deixar Miko sair do seu lado novamente. E ele não se importava quem ele teria que matar para que isso acontecesse. Ninguém ia tirar isso dele novamente. Harley sentiu o ritmo desigual da respiração de Miko e sabia que o seu amante estava tão afetado por sua proximidade como ele estava. Ele arrastou os seu dedo sobre a pele sedosa de Miko, circulando o seu umbigo antes de avançar até o peito. Ele podia não ser capaz de ver aonde os seus dedos estavam indo, mas ele podia ver a resposta ao seu toque na tenda se formando nas cueca de Miko. ― Você gosta quando eu te toco não é, Miko? ― Hai ― Miko gemeu. ― Sim. ― Você sentiu falta do meu toque ― Harley murmurou quando acariciou os dedos sobre os mamilos tensos de Miko. O gemido ansioso que caiu dos lábios de Miko foi a única resposta do homem. Harley sentiu uma onda de excitação rolar por ele ao som necessitado. ― Eu senti falta de tocar em você, Miko. Deuses, ele tinha sentido falta de tocar o seu amante. O corpo de Miko foi feito para ser amado. Seu corpo magro se encaixava perfeitamente nos braços de Harley. Sua pele macia e ossos delicados estavam em contraste tão profundo com o corpo de Harley, duramente enfraquecido que era quase inspirador olhar. Miko gritou e arqueou, se empurrando na mão de Harley quando ele rolou um mamilo duro e beliscou entre os dedos. A boca de Harley ficou seca


com a visão. Miko sempre tinha sido tão extremamente sensível ao toque, e saber que ele era o único homem que já viu o prazer de Miko tornou ainda mais especial. Harley se abaixou e pegou a bainha da camiseta de Miko puxou para cima. Miko ergueu os braços, e Harley puxou a camisa de algodão fora, jogando-a para o lado da cama. Harley passou as suas mãos para baixo sobre o peito de Miko novamente, empurrando-os para o cós da cueca de Miko. Quando o homem não ofereceu nenhum protesto, Harley empurrou o cós da cueca para baixo, liberando a grossa ereção de Miko. Ela saltou para cima e bateu contra o abdômen de Miko, deixando um rastro de pré-sémen contra a sua pele. Uma espiral de fome atravessou Harley com a visão da carne endurecida. O pênis de Miko era perfeito em seus olhos, não muito pequeno e não muito grande, nem muito fino e não muito grosso. Apenas perfeito, assim como Miko. Harley ouviu a parada da respiração de Miko quando ele envolveu a sua mão ao redor dele. Harley sorriu e soprou um pouco de ar contra a orelha de Miko. ― Você gosta disso bebê? ― ele perguntou quando deu ao eixo espesso um curso longo com a mão. ― Hai! Havia um brilho de admiração nos olhos de Miko quando ele inclinou a cabeça para trás e olhou para Harley. Era demais para Harley resistir. Ele enfiou a mão no cabelo de Miko e uniu as suas bocas, devorando os lábios de Miko com toda a fome reprimida que ele vinha sentindo nos últimos dois anos. Ao mesmo tempo, ele acariciou o pênis de Miko, apertando os dedos, soltando-os, tirando o prazer, desde que ele podia.


Os pequenos ruídos carentes que Miko começou a fazer abafaram o barulho do coração de Harley. Harley deslizou a sua mão para baixo no abdômen de Miko e puxou o homem de volta para o ápice das suas coxas até onde ele iria. Ele empurrou Miko de volta contra ele, prendendo o pênis de Harley, duro e dolorido entre eles. ― Meu bebê doce, ― Harley sussurrou contra os lábios de Miko, sabendo que o seu amante gostava de ouvi-lo falar quando estavam sozinhos como agora. Era uma das poucas vezes em que Miko sentia que poderia ser aberto e livre com o que ele estava sentindo. ― Tão lindo e todo meu. ― Hai, Harley-chan ― Miko choramingou. ― Todo seu, só seu. ― Música para os meus ouvidos. ― Goze para mim, Miko, ― Harley exigiu quando acelerou o movimento da sua mão. O rebolado do corpo de Miko contra o seu pênis estava empurrando-o mais perto da sua própria libertação, e ele queria assistir Miko gozar antes que isso acontecesse. Ele precisava. ― Mostre-me o quanto você me quer, bebê. Um nó subiu na garganta de Harley quando Miko gritou e se arqueou. Os quadris de Miko se empurraram, dirigindo o seu pênis na mão de Harley. Cordas de sémen branco pérola dispararam do seu pênis e salpicaram sobre a mão de Harley e abdômen de Miko. ― Droga, bebê ― sussurrou Harley quando uma dor quente aumentou em sua garganta. Ele se inclinou para trás contra os travesseiros para que ele pudesse chegar para baixo e espalmar o seu próprio pênis dolorido, mas antes que ele pudesse, Miko se girou e o engoliu até a raiz. ― Miko!


Os olhos de Harley reverteram em sua cabeça enquanto um prazer intenso inundou todos os nervos no seu corpo. Harley sabia que tinha sido um longo tempo, mas ele gozou quase embaraçosamente rápido. Uma longa lambida da língua de Miko e uma chupada e Harley estava gritando o seu lançamento, o bombeando tiro após tiro de esperma na boca do seu amante. Harley fechou os olhos quando caiu para trás contra os travesseiros, ofegante. Ele sentiu Miko mover-se para se esticar ao lado dele, e sentiu o toque delicado dos dedos do homem sobre o seu peito. ― Você está bem, Harley-chan? Harley sorriu quando abriu os olhos para olhar para Miko. ― Eu estou perfeito, bebê. ― Não... ― os olhos preocupados de Miko percorreram o corpo de Harley. ― Não muito. ― Não amor, está tudo bem. ― Harley olhou em volta e então riu. ― Mas uma toalhinha seria uma boa ideia ― disse ele enquanto levantava a mão coberta de esperma. ― Eu pego. ― Miko saltou da cama e correu para o banheiro. Ele estava

de

volta

um

momento

depois

com

um

pano

limpo.

Miko

apressadamente os limpou, em seguida pegou o pano e levou de volta para o banheiro. A cama saltou novamente quando Miko voltou e subiu. Harley estendeu o braço, deixando escapar um suspiro profundo quando uma paz que não sentia há meses entrou em sua alma quando Miko se enrolou ao seu lado.


A cabeça de Miko repousava sobre o peito de Harley, seus dedos acariciando a sua pele. Harley envolveu os seus braços em Miko e segurou-o perto, passando a sua mão para cima e para baixo nas costas de Miko. ― Você estar aqui de manhã, Harley-chan? Harley deu um beijo contra a parte superior da cabeça de Miko. ― Sim, querido ― ele respondeu, sabendo que levaria tempo para Miko perceber que ele não iria a lugar nenhum. ― Eu vou estar aqui de manhã, e todas as manhãs depois disso. Eu estou em casa para o bem, Miko. Miko bateu no peito Harley. ― Eu gosto disso.

Capítulo Quatro

Miko torceu as mãos enquanto saltava de pé para pé, observando ansiosamente pela janela da frente. Seu estômago estava em nós, pela espera e pela expectativa esmagadora. Houve muitas mudanças na vida de Miko desde que Harley estava se movimentando para uma casa nova, e Miko estava com medo de que Harley fosse ficar zangado com ele quando descobrisse.


Ele realmente não esperava ver Harley novamente. Isso não quer dizer que ele não teria feito o que ele fez se soubesse que Harley estava voltando, porque ele faria. Ele só teria falado com Harley sobre isso primeiro. Agora, era tarde demais. Miko ficou com a boca seca quando ouviu um carro subindo a calçada. Ele reconheceu imediatamente o pequeno sedan prata. Ele estava esperando por ele. Miko olhou para a sala de jantar aonde Harley e seus amigos estavam conversando e bebendo o seu café. Era isso. Os próximos momentos iriam fazer ou quebrar ele. ― Harley-chan. ― Miko engoliu o medo na sua garganta. ― Posso falar com você na sala de estar? Miko apertava as mãos enquanto ouvia a cadeira raspar no chão, em seguida, o som de Harley andando em direção a ele. Um momento depois, Harley apareceu na esquina. ― Sim querido, e aí? Miko fez um gesto para Harley se sentar. ― Sente-se, por favor. A sobrancelha de Harley dispararam, mas ele fez o que Miko pediu, atravessou a sala e se sentou na espreguiçadeira que Miko tinha escolhido para ele. Suas sobrancelhas franziram juntas, olhado para Miko, com a confusão evidente. ― Qual é o problema, Miko? ― Harley perguntou enquanto pegava a mão de Miko. ― Por que você está tão chateado? ― Espere, por favor! ― Miko rapidamente deu um passo para trás. Ele estava com medo de que se deixasse Harley tocá-lo, ele nunca seria capaz de fazer o que ele precisava fazer. Ele ia acabar começando a chorar em seu


lugar. Miko lançou mais um longo olhar para Harley virou-se e foi até a porta da frente. Seu coração batia tão rápido no seu peito que ele realmente doía. Ele parou na porta da frente e olhou por cima do ombro. ― Fique, por favor. Este pedido foi ainda mais significativo do que Harley sabia, mas Miko fez. Miko abriu a porta e saiu, fechando a porta atrás de si. Ele sorriu para a motorista, ela saiu do carro, então ele se apressou a descer os degraus para o banco de trás. ― Viagem foi boa, Akari? ― Ah, sim, foi maravilhosa. Nós tivemos um ótimo tempo em gastar todo o seu dinheiro. E o lugar do Cecil é lindo. Ele tem a vista mais incrível da cidade pela janela da frente. Mas eu tenho que lhe dizer, o homem é mais estranho do que um pato. ― Cecil é mesmo um tipo, sim. ― Miko riu quando ele deu a sua irmã um rápido abraço em seguida, abriu a porta de trás. ― Ele dorme. Isso é bom. ― Ele tomou a sua mamadeira de manhã, e eu o troquei na última parada de descanso. Ele deve ficar bem por um par de horas. ― O pai dele está aqui. ― Miko disse enquanto soltava a criança dormindo e o puxava para fora do assento do carro. Ele embalou o bebê ao peito, em seguida, pegou de volta o cobertor do bebê brilhantemente impresso, cuidadosamente cobrindo-o da cabeça aos pés. ― Harley? ― Akari sussurrou enquanto olhava para a porta da frente. ― Harley está aqui? ― Hai. ― Bastou dizer a palavra que trouxe um novo fluxo de lágrimas para os seus olhos. ― Ele veio ontem com os amigos.


― Aonde ele estava? ― As mãos de Akari pousaram em seus quadris estreitos, um gesto irritado que Miko conhecia muito bem. ― Por que ele não veio para casa antes? Se ele pensa que pode... ― Chega, Akari. ― Miko poderia entender a raiva da sua irmã e a confusão, mas ela não sabia de todos os fatos. ― Harley era prisioneiro na América Central. Está ferido. Ele não foi capaz de voltar para casa antes de agora. ― Miko não poderia estar mais aliviado agora que Harley estava em casa. Sabendo o que poderia ter acontecido a Harley assustou até a sua alma. ― E você acredita nele? ― Akari estalou. ― Eu vejo as cicatrizes no corpo com meus próprios olhos, Akari. Ele não se machucar. Akari empalideceu. ― Ele tem cicatrizes? Miko assentiu. ― Ele usar bengala agora. Pernas feridas. O pé ainda está enfaixado. Harley diz que ele irá se curar com o tempo, mas... ― Será que ele sabe sobre Kei? Miko balançou a cabeça. ― Ainda não. ― Como você acha que ele vai reagir? ― Não sei. ― Miko orou para que Harley recebesse bem a notícia, porque ele não podia dar Kei, nem mesmo para Harley. ― Iremos descobrir. ― Miko foi para a porta da frente. Ele parou por um momento e se inclinou pressionando o seu rosto contra o topo da cabeça do bebê, atraindo o perfume infantil limpo. Os bebês e cachorros, não havia dúvida deles. Reunindo toda a coragem que ele tinha, Miko empurrou a porta e voltou para dentro da casa. Seus olhos imediatamente procuraram Harley, ampliando quando viu o olhar curioso sobre o rosto do homem.


Miko engoliu em seco novamente e entrou na sala de estar. Ele podia sentir a tensão no ar, enquanto ele gentilmente colocava o bebê nos braços de Harley. Os braços de Harley tremiam conforme ele embalava o bebê. ― Miko? Quanto tempo Miko tinha sonhado com este exato momento? Mesmo pensando que Harley estava morto, Miko tinha sonhado com o seu marido segurando o seu filho. Era tudo muito surreal agora que estava realmente acontecendo. ― Este é Harland Kei Thomas, nosso filho. ― Nosso filho? ― Harley repetiu, com uma expressão de confusão. ― Como? Que... você o adotou? ― Não. ― Miko se ajoelhou na frente de Harley e, com uma mão muito instável, puxou o cobertor para trás do rosto do bebê. Kei olhou para eles com espanto enquanto chupava o seu pequeno dedo com a sua boca. O coração de Miko se apertou com a visão de Harley segurando ele. O bebê não tinha ideia, mas Miko tinha certeza de que ele iria em breve conhecer o som da voz do seu pai e amá-lo tanto quanto ele o amava. ― Ele é você e eu. ― Explique, Miko. ― O tom de Harley pode ter sido conciso, mas seu toque era gentil enquanto acariciava um dedo pela bochecha gordinha de Kei. Miko observava a maneira que os olhos do seu marido se suavizavam enquanto olhava para Kei. Os seus olhos azuis brilharam com admiração enquanto o pai sorria para filho. ― Seu esperma bebê, Harley-chan. Você os congelou na instalação de freezer, lembra? A mandíbula de Harley estava aberta enquanto sua cabeça levantava e olhava para Miko. ― Você usou o esperma que eu tinha congelado?


― Hai ― Miko assentiu, sem saber o que Harley sentia sobre o que ele tinha feito. Ele não podia ler nenhuma das emoções de Harley... Nada, exceto que Harley estava olhando para Kei como se não pudesse arrancar os seus olhos longe da criança. ― Contratei um advogado e a minha irmã gerou o bebê, por isso Kei é você e eu. Harley olhou para a mulher de pé ao lado deles. ― Você nos deu um bebê? Akari sorriu. ― Mitsuaki queria algo de você. Ele se ofereceu para pagar a faculdade de medicina se eu gerava um bebê para ele. Com o seu esperma e os meus genes, fizemos bebê de ambos. Eu não podia dizer não. E Miko seria para sempre grato por esse ato altruísta. ― Você é o pai na certidão de nascimento. ― Miko disse rapidamente. ― Eu adotei. ― Como... ― Harley lambeu os lábios enquanto olhava de volta para o bebê em seus braços. ― Quantos anos ele tem? Miko sorriu com orgulho. ― Ele fez um mês ontem, o dia que você voltou para casa. Harley repente franziu o cenho. ― Por que ele não estava aqui quando eu cheguei em casa? Akari riu. ― Eu o levei para a cidade para comprar-lhe roupas novas. Ele está crescendo como uma erva daninha. Nós nos hospedamos a noite no Cecil, de modo que Mitsuaki poderia obter algum trabalho feito. Escola de medicina custa muito dinheiro. Se ele não funciona, eu não consigo ir para a faculdade. Os olhos de Harley ficaram úmidos enquanto levantava o bebê e o colocava contra o seu ombro, segurando-o lá com um braço. Ele passou o


braço livre ao redor dos ombros de Akari. ― Obrigado. Nem que seja a última coisa que eu faça, eu vou ter certeza de que você vai cursar a faculdade de medicina. ― Eu teria feito isso de qualquer maneira. ― Akari fungou. ― Significou muito para Miko. Miko olhou entre os dois. Ele nervosamente mordeu o seu lábio inferior. ― Você não está bravo, Harley-chan? ― Miko ficaria arrasado se Harley estivesse. Tudo o que ele queria era uma pequena lembrança do homem que amava e que ele pensou que estivesse morto. ― Não, querido. ― disse Harley olhando agraciado para Miko com um largo sorriso. ― Eu não estou bravo. Desnorteado, confuso e um pouco com medo, considerando que eu não sei nada sobre bebês, mas eu não estou bravo. ― Kei é um bom bebê. ― Miko insistiu enquanto se levantava. ― Ele dorme muito e não chora muito. Ele não incomoda. Harley riu. ― Eu tenho certeza que isso vai mudar quando ele ficar mais velho. ― Kei será um bom menino. ― Miko prometeu. ― Papai está em casa agora. Harley piscou, seus cílios tremulando loucamente porque ele não considerou que seria pai de um bebê, apesar do que Miko lhe tinha dito. ― Eu sou um pai. ― ele sussurrou. Então ele começou a sorrir. Ele começou lento, apenas um tremor no canto dos lábios, mas cresceu rapidamente, se espalhando por todo o rosto. ― Eu sou um pai. ― Hai. ― Você ainda precisa de mim, Mitsuaki?


Miko inclinou a cabeça, confuso com a pergunta e se perguntando, porque ele simplesmente não entendeu. ― Não entendo, Harley-chan. ― Você começou a sua carreira, que pelo que eu sei é de grande sucesso. ― Harley acenou com a mão ao redor da sala. ― Você construiu a nossa casa dos sonhos. ― Seus olhos caíram para o bebê em seus braços. ― Você nos deu um filho. ― Os olhos de Harley estavam cheios de angustia quando ele finalmente olhou para Miko. ― Você fez tudo isso com os seus próprios pés. Por mais que eu esteja muito orgulhoso de você por tudo o que você tem feito, meio que me faz pensar se você precisa de mim depois de tudo. Miko de repente entendeu a dor nos olhos de Harley. Ele sorriu enquanto se aproximava e passou a mão sobre o lado do rosto de Harley. ― Eu preciso de você para respirar, meu Harley-chan.

Miko cantarolava baixinho para si mesmo enquanto ele costurava as pérolas minúsculas para a bolsa personalizada manualmente que ele estava trabalhando. Era para ser feito até o final da semana, apenas a tempo para a sua cliente ir a algum coquetel que ela estava frequentando. O trabalho era meticuloso, mas Miko gostava. Ele amava os desenhos que ele poderia criar com miçangas, pérolas e fios de cores diferentes. Ele


tinha uma regra de ouro quando um cliente pedia algo sem sentido. Tudo o que ele pediu eram as cores que iriam no item e, em seguida, ele deixava o fluxo do projeto a partir desse ponto. Até agora, suas bolsas e joias, e até mesmo algumas peças de roupa, tudo tinha sido muito bem recebido. Ele tinha uma lista de encomendas que iria mantê-lo ocupado durante os próximos meses, e isso nem incluía os itens que ele fazia devido a alguma inspiração. Além disso, ele poderia fazer toda a sua criação a partir do conforto da sua própria casa, o que significava que ele não tinha que deixar Kei. Ele era um pai que ficava em casa. Ele amou cada minuto da sua vida. Tendo Harley lá para fazer parte da sua vida só fez tudo isso muito melhor. Harley só tinha estado em casa por apenas alguns dias, mas eles já estavam caindo em uma rotina. Ambos se levantavam com o bebê na parte da manhã, davam banho juntos, o vestia e o trocava. Miko tentou chegar primeiro a Kei quando ele acordava no meio da noite, não querendo perturbar Harley, mas na metade do tempo, Harley chega a criança pequena. Quando Kei cochilava, Miko trabalhava em seus projetos. Harley estava ocupado se familiarizando com a casa que Miko tinha feito para eles e fazendo longas caminhadas para construir a força nas suas pernas. Era tudo muito doméstico. Miko estava apavorado de que Harley iria ficar entediado. Harley garantiu a Miko que ele estava feliz exatamente aonde ele estava, mas havia uma inquietação em seus olhos que desmentiu essa afirmação.


Miko se mantida à espera de Harley lhe dizer que ele estava saindo em outra missão. Ele não viu um marinheiro ficar feliz por estar em casa com um parceiro e uma criança sem nada para fazer. Harley estava muito acostumado a ser ativo e a estar no meio das coisas. Ele nunca seria plenamente feliz sendo um pai que ficando em casa. ― Miko, sua irmã está no telefone. ― Obrigado. ― Miko respondeu. Ele estava se esforçando para aprender direito o inglês e falar melhor, mas o idioma era difícil. Ele queria que Kei aprendesse ambos, mas ele queria que o seu filho falasse as duas línguas corretamente, não o discurso quebrado de Miko. ― Olá, Akari. ― Ele sumiu, Mitsuaki. Foi tudo embora. Havia um ligeiro tom histérico na voz de Akari, fazendo Miko ficar imediatamente preocupado. Akari nunca ficava chateada. Ele colocou a bolsa na mesa e deu toda a sua atenção para a sua irmã. ― O que sumiu, Akari? ― Miko perguntou, falando em japonês para conversar melhor com sua irmã. ― O dinheiro para pagar as mensalidades e os livros... ― ela chorou. ― ...sumiu tudo. ― O que quer dizer sumiu? ― Miko sabia que ele havia depositado o dinheiro na conta da sua irmã para pagar o próximo semestre da universidade. ― Só o que eu disse... ― Akari estalou. ― Eu fui ao banco para sacar o dinheiro para pagar a minha mensalidade, e eles me disseram que o dinheiro foi retirado, tudo isso. ― Mas isso não pode ser. ― respondeu Miko. ― Eu depositei o dinheiro na semana passada. ― Bem, ele não está lá agora.


Miko esfregou a palma da mão contra a testa. O dinheiro tinha que estar lá. Miko recebia um bom dinheiro com os seus itens personalizados, mas ele não era um milionário. Se o dinheiro sumiu, ele não tinha certeza de como ele estava indo substituí-lo. Por um lado, o negócio era um bom negócio. Akari tinha dado a Miko o seu maior desejo. Ele tinha que fazer o mesmo por ela. ― Vem pra casa. Vou preencher um cheque que você pode levar diretamente para a universidade. Eu tenho algum dinheiro na mão que eu posso dar-lhe para comprar os seus livros e outras coisas. ― E você? ― Akari perguntou, sua voz caindo para um tom mais uniforme. ― Você pode dar-se ao luxo de pagar a minha mensalidade duas vezes? ― Ele não poderia, realmente, mas Miko nunca diria isso a sua irmã. ― Nós vamos ficar bem. Eu tenho um pouco mais guardado no banco e projetos suficientes para me manter ocupado durante os próximos seis meses. Não se preocupe com isso, Akari. ― Tem certeza? Miko sorriu, embora Akari não estivesse olhando para ele, sabia que ela seria capaz de ver o sorriso triste e preocupado. ― Tenho certeza disso, Akari. Apenas venha buscar o cheque. Se você não se inscrever para as aulas, você terá que voltar a morar aqui, e eu estou... tipo... na minha lua de mel no momento. ― Tudo bem. ― O profundo suspiro de alívio da Akari podia ser ouvido através da linha de telefone. ― Eu vou passar aí amanhã. ― Eu estarei esperando. ― Depois de dizer adeus a sua irmã, Miko ligou para o seu banco e os questionou sobre o problema. Ele sabia que havia depositado o dinheiro na conta da sua irmã. O registro da transferência de fundos estava no seu laptop.


Ele queria saber aonde foi parar o dinheiro. Dez minutos depois, Miko sentia que ia puxar o seu cabelo. O banco não sabia de nada. Eles insistiram que o dinheiro tinha sido retirado através dos canais normais. Canais normais... o que diabos isso significa? Miko bateu o telefone no gancho e apenas olhou para ele. Ele sabia que podia pagar a mensalidade Akari e os livros para mais um semestre e ter sobra apenas o suficiente para fazer o seu pagamento da hipoteca. Não haveria mais dinheiro depois disso. E, em três meses, ele precisava pagar tudo de novo. Ele havia guardado dinheiro na poupança em caso de emergência. Não era muito, mas ele tinha esperança de não ter que mexer no fundo por um tempo. Os projetos que já estavam agendados iriam trazer dinheiro, apenas a tempo para ele pagar tudo novamente. A menos que... Miko pegou o telefone e discou o número de Cecil. Ele bateu o pé inquieto enquanto esperava que o homem neurótico atendesse. ― Preciso de ajuda, Cecil. ― disse ele, tão logo seu empresário respondeu. ― É claro, Mitsuaki. ― Cecil respondeu sem hesitar. ― Em que posso ajudá-lo? ― Akari teve o seu dinheiro para aula desaparecido. Preciso de mais trabalho. ― O que quer dizer com que o dinheiro sumiu? ― Akari me ligou dizendo que o dinheiro desapareceu. Banco diz que o dinheiro foi retirado através dos canais normais.


― Isso não soa bem, Mitsuaki. ― Não brinca! Miko revirou os olhos. ― O dinheiro da poupança será usado agora. Preciso de mais trabalho. ― Tudo bem, tudo bem, vou chamar algumas das pessoas na lista de espera e descobrir o que eles querem, mas tem certeza que você pode fazer mais trabalho, Mitsuaki? Você já está no limite. Eu não quero que você exagere. ― Tudo bem! ― Mitsu... Miko bufou. ― Eu digo que tudo bem, então tudo bem. ― Claro, eu ouvi, mas eu só vou fazer isso se você prometer que vai me dizer quando o trabalho começar a ser demais. Você tem o meu afilhado para cuidar. Você não pode exagerar. Se você está tão desesperado por dinheiro, eu posso dar-lhe um empréstimo. Miko sorriu apesar de estar muito preocupado. Cecil tinha um coração quente, mesmo que ele não gostasse de mostrá-lo. Ele tinha estado olhando por Miko desde o dia que se conheceram. Cecil tinha dado uma olhada em Miko e viu um cachorrinho perdido. Miko estava perdido no momento. Foram apenas alguns dias depois de ter sido expulso do apartamento de Harley. Ele não tinha para onde ir e estava morando em um hotel sujo e barato de estrada. Ele tinha estado tão desesperado por dinheiro, que ele estava considerando vender o seu anel de casamento, a única coisa além dos seus pertences pessoais que Harley lhe tinha dado e que tinha sido autorizado a sair com ele.


Cecil havia adotado Miko, o levado sob sua asa, e o ajudou a criar um lar. Cecil não era apenas o padrinho de Kei, mas era considerado da família. Ele tinha um convite permanente para vir e ficar aqui enquanto quisesse. ― Só preciso de mais trabalho, Cecil. Eu vou ficar bem, prometo. ― Cecil já tinha dado muito a Miko. Miko não queria tomar o seu dinheiro, também. Cecil tinha suas mãos sobre o dinheiro. Ele tinha toneladas dele e poderia facilmente ter recursos para dar a Miko um empréstimo, mas Miko não queria que o dinheiro estivesse entre eles. Amizades não continuam quando o dinheiro estava envolvido. ― Tudo bem, Mitsuaki, se é isso que você quer, eu vou ver se consigo mais alguns clientes. Não deve ser muito difícil. A esposa do senador, a Sra. Hamilton, foi a bela do baile com o colar que você fez. Todos, desde o senador de categoria mais baixa estão ligando para saber se eles podem obter algumas joias feitas pelo famoso Mitsuaki. Miko desatou a rir com a ideia. ― Eu não sou famoso. ― Oh, sim, você é, meu amigo. Mitsuaki está se tornando um nome conhecido na sociedade de classe alta. As pessoas gostam de ver e ser vistas, mas eles também querem fazê-lo apresentando o seu melhor. Este ano, procurando o melhor significa vestir algo feito por Mitsuaki. ― Você é engraçado, Cecil. ― Eu estou falando sério, Mitsuaki. ― Se você diz isso. Cecil riu. ― Eu digo sim. Agora, vai beijar o meu afilhado. Eu vou agendar alguns clientes para você e depois olhar para essa coisa bancária. Eu tenho certeza que é apenas uma confusão de alguém lá dentro, provavelmente um erro de escrita. Vou cuidar disso eu mesmo.


― Obrigado. Isso é bom. Isto é muito bom. ― Miko ia ter que fazer em algumas horas extras de trabalho, mas se ele trabalhasse direito, ele poderia ter dinheiro suficiente para pagar a sua hipoteca que vence nos próximos três meses e pagar a mensalidade da Akari. Miko se sentiu muito melhor quando desligou o telefone e voltou para as pérolas que estava costurando na bolsa em que ele estava trabalhando. Com a ajuda de Cecil, ele teria três meses para descobrir o seu próximo passo, porque agora, ele não tinha a menor ideia do caralho.

Capítulo Cinco

Harley abriu os olhos apenas uma fenda e viu quando Miko saiu da cama, vestiu-se e saiu do quarto. Assim que a porta se fechou silenciosamente atrás dele, Harley rolou de costas e olhou para o teto. Se ele não soubesse, ele suspeitaria que Miko não gostava de dormir na mesma cama com ele. Nos últimos dias, Miko esteve se esgueirando da cama no meio da noite só para voltar logo antes de Kei acordar. Ele ficava fora por horas.


Na primeira noite, Harley pensou que Miko não estava querendo ter alguém na cama com ele. E enquanto esse pensamento o irritava, também o confundia. Devido a sua recuperação, ele não tinha sido capaz de fazer mais do que fazer carinhos e um boquete um no outro. Miko não parecia precisar de mais nada, muito menos estava querendo mais. Ele parecia contente em apenas estar ao lado de Harley a cada noite. Harley estava ficando cansado disso, maldito! Ele não queria um companheiro de quarto, que merda! Ele queria o seu amante de volta, o homem que havia roubado o seu coração. Ele queria Miko. Harley rolou para o lado da cama e sentou-se. Sorriu para si mesmo enquanto olhava para os seus pés e mexeu os dedos do pé. Todas as caminhadas e exercícios que o médico lhe disse para fazer estavam funcionando. Ele já conseguia quase integralmente usar suas pernas e pés novamente. O resto do seu corpo parecia estar absorvendo os treinos também. Harley se sentia mais como o seu velho eu do que ele teve nos últimos anos. Pelo menos, o seu corpo fazia. Seu coração era outra questão. Harley pegou a calça do pijama e vestiu-a. Ele se levantou e caminhou até o outro quarto, verificou Kei. Uma onda de contentamento e ternura o varreu enquanto olhava o bebê dormir. O que foi rapidamente ofuscado por uma necessidade de proteger Kei de todos os males do mundo. Harley tinha conhecimento de primeira mão o quão doente e depravado algumas pessoas poderiam ser. Ele seria condenado se ele deixasse alguém machucar o seu filho, ou Miko. Ele pode não estar totalmente bem, mas ele ainda era um marine, e uma vez um marine, sempre uma marine. Ele ia lutar até a morte para manter a sua família a salvo de qualquer coisa.


Mas, primeiro, ele tinha que ter certeza de que ele tinha uma família. Harley cuidadosamente encostou a porta do berçário até que estivesse apenas uma fresta, então dirigiu-se para encontrar o seu homem. Ele não se surpreendeu, quando ele encontrou a luz na área de trabalho de Miko. Ele tinha suspeitado que as saídas de Miko tivessem algo a ver com o seu trabalho. O aumento de picadas nos dedos de Miko eram uma grande pista. Harley foi até a pequena área de trabalho e inclinou-se contra uma das prateleiras altas que abrigavam os suprimentos de Miko para os seus projetos. Ele ficou surpreso quando viu Miko torcer e transformar um pequeno pedaço de metal, acrescentando pérolas e cristais. O trabalho era complicado e parecia não ter sentido visível, mas depois de alguns minutos, Harley poderia ver o projeto tomando forma. ― Harley-chan, eu acordá-lo? ― Não, querido. Harley já estava acordado quando Miko deixou o quarto. Ele estava esperando para ver se Miko iria deixá-lo dormir sozinho mais uma vez. Ele tinha, e agora Harley queria saber o por que. ― No que você está trabalhando? ― São um colar e brincos para a esposa do senador. ― Miko sorriu quando ele levantou dois brincos combinando. ― Ela tem uma grande festa política para ir, e quer a joia para o evento. ― Quando é o evento? ― Talvez por isso Miko estava trabalhando tão tarde, uma data específica de vencimento. ― Em dois meses. As sobrancelhas de Harley dispararam. ― É preciso dois meses para obter algo? ― Não. ― Os cabelos bonitos e longos de Miko estavam puxados para trás em um rabo de cavalo, mas alguns fios tinham caído livres em torno


do seu rosto quando ele balançou a cabeça. ― Apenas alguns dias, talvez uma semana. Não muito tempo em tudo. Harley se moveu para se encostar no banco bem na frente de Miko, e cruzou os braços sobre o peito. ― Então, por que você não está na cama? Por que você não fica na cama nos últimos dias? Você não quer dormir comigo mais? ― Os olhos de Harley caíram enquanto passava as costas da sua mão na cicatriz no seu rosto. ― Eu sei que não sou tão bonito como eu era antes, mas... ― Não, não, Harley-chan ― Miko gritou quando ele se pôs de pé, apertando a mão de Harley. ― Você é bonito, Harley-chan. Você sempre foi bonito para mim. ― Então por que você continua deixando a nossa cama? ― O coração de Harley começou a doer quando os ombros de Miko caíram. ― Miko, fale comigo. Só me diga o que está acontecendo. Nós não guardamos segredos um do outro, lembra? ― O dinheiro se foi, Harley-chan, tudo se foi. ― Miko pegou uma pilha de arquivos e mostrou a ele. ― Eu chamei Cecil, para pedir mais trabalho. Eu não quero deixar a nossa cama, mas é mais fácil trabalhar à noite, quando Kei esta dormindo. ― Bebê, faria sentido se você não trabalhasse o dia todo também. ― Harley podia ver as bolsas sob os olhos de Miko e sabia que ele não estava fazendo um bom trabalho cuidando do seu amante. Miko estava exausto. Como ele conseguia ficar em pé durante todo o dia, e ainda cuidar de Kei, limpar, cozinhar, e trabalhar em seus projetos, Harley nunca saberia. ― Tenho que trabalhar, Harley-chan. ― Miko desviou o olhar e começou a torcer as mãos, a preocupação vincando cada linha no seu rosto pálido. ― Hipoteca deve, e Akari precisa de dinheiro para as aulas. Kei está


crescendo rápido e precisa de roupas novas. Preciso trabalhar para ganhar mais dinheiro. ― Miko, por que você não veio a mim para falar sobre isso? ― Havia uma parte de Harley, que ficou irritada com a recusa de Miko de falar com ele sobre as suas dificuldades financeiras. Ele sabia que tinham contas a pagar. Ele nunca pensou de onde o dinheiro estava vindo. Até agora... ― Você não se preocupe ― disse Miko. ― Eu vou conserta tudo. ― E com o que eu devo me preocupar, Miko? ― Harley podia sentir a sua mandíbula apertar com a necessidade de gritar com Miko. Ele não era necessário para ajudar com o bebê. Miko fazia isso. Ele não era necessário para cozinhar e limpar. Miko fazia isso. Ele não era necessário para ajudar com as finanças. Miko fazia isso. Ele nem sequer era necessário na cama. Não era necessário a ninguém. Harley abriu os braços para enfatizar o seu ponto. ― Só me diga aonde eu me encaixo em tudo isso, Miko? Você lida com o bebê, a cozinha, faz a limpeza, consegue o dinheiro. Você lida com tudo. O que está lá para eu ajudar? ― Você não se preocupe. Você cura, melhor. Eu corrigir. Harley rosnou e se afastou, para fora da área de trabalho de Miko. Ele ouviu Miko chamá-lo quando ele abriu as portas do pátio e saiu. Harley ignorou o grito suave e continuou andando. Ele nem parou quando chegou ao parapeito da varanda. Harley só a agarrou e pulou para o chão do outro lado. Ele estava tão chateado que mal podia ver aonde estava indo. Ele não era um inválido. Seu corpo poderia ter tomado uma surra, mas sua cabeça estava trabalhando muito bem, e atualmente estava tão cheio de raiva que Harley tinha certeza de que vapor estava saindo das suas orelhas.


Talvez voltar em tempo integral foi a escolha errada. A ele tinha sido oferecido um trabalho de treinamento, uma maneira de permanecer no serviço. Ele iria manter a sua posição, e talvez até mesmo avançar, mas ele nunca iria sair para o campo novamente. Ele estava bem com isso. Harley sabia que, depois de ser torturado por dez meses, ele não tinha o coração para o trabalho de campo mais. Ele só queria se estabelecer com Miko, e agora Kei, e viver uma vida longa e muito feliz. Ele pagou as suas dívidas. Só um pouco de paz e calma seria pedir demais? Sim, ele imaginou que iria ficar um pouco entediado, mas ele sabia desde o dia em que ele se juntou aos fuzileiros que ele não estaria na ativa toda a sua vida. Ele tinha feito um ponto para encontrar outros interesses. Ele gostava de ler e assistir filmes. Inferno, até gostava de boliche. Certo, aquelas não eram carreiras, mas eles ajudariam até que ele descobrisse o que queria fazer com o resto da sua vida. Ele tinha acabado de pensar que Miko estaria envolvido nessa vida. Agora, ele não tinha tanta certeza. Miko tinha estado sozinho por um longo tempo. Ele tinha aprendido muito. Ele não era mais o homem de olhos arregalados e inocente que Harley tinha caído de amor. Isso não queria dizer que Harley adorava menos Miko. Se qualquer coisa, o seu tempo longe tinha mostrado a ele o quanto ele amava Miko. Ele sofria pelo homem a cada segundo que ele esteve longe. Voltando para casa e para Miko ele tinha cumprido todas as promessas que tinha feito a si mesmo através de horas de tortura e dor.


E agora, tudo parecia que foi por nada. Harley entendeu que Miko sentiu que tinha que trabalhar, embora Harley tivesse preferido ser o ganhapão da família. Mas, bem, se Miko sentia necessidade de trazer dinheiro, Harley iria lidar com isso. Mas ele pode ser útil em outras áreas. Ele não era o cozinheiro incrível que Miko era, mas ele poderia fazer alguns pratos. Não preciso ser um cientista de foguetes para mudar uma fralda ou lavar alguns pratos. Se devidamente treinado, Harley ainda tinha certeza de que ele poderia dobrar as roupas. Havia um monte de coisas que ele poderia fazer para ajudar em casa. Ter uma família e ser casado significava que todos tinham que fazer algo. Sim, às vezes uma pessoa fazia mais do que a outra pessoa e vice-versa. Nem todo mundo estava no topo do jogo todo o tempo. Mas isso também significava dar e receber. Se Miko estava trabalhando com os dedos até os ossos para fornecer para eles, então Harley certamente poderia assumir algumas das tarefas domésticas. Se ele pudesse convencer Miko disso. Harley parou seu ritmo rápido e se encostou na árvore mais próxima enquanto ele olhava ao redor. Suas sobrancelhas se levantaram quando ele percebeu que tinha feito todo o caminho para o lago há dois quilômetros de sua casa. Ele geralmente levou um par de horas para chegar ao lago. Hoje à noite, ele tinha feito isso em apenas 30 minutos. Droga. Suas pernas nem sequer estavam cansadas, Harley riu. Ele se sentiu bem. Cansado, mas bem. Talvez ele devesse ficar chateado com mais frequência. Isso certamente parecia fazer o seu corpo trabalhar melhor. Infelizmente, era uma merda para o seu coração. Discutir com Miko fazia mal ao estômago. Eles deveriam ser uma equipe. Eles contra o mundo.


Assim como Miko tinha dito, eles precisavam um do outro para respirar, e, ultimamente, o seu nível de oxigênio tinha estado, no mínimo. Eles precisavam ter uma longa conversa, sem perder a calma, Harley foi voltando para casa. E então talvez eles precisassem de férias em família. Harley sorriu quando uma ideia começou a se formar na sua cabeça. Ele sabia exatamente o lugar para visitar. Ele estava cheio de serviço ativo e aposentados marines. Eles poderiam ser capazes de ensinar a Harley e Miko uma coisa ou duas sobre estar juntos depois de serem expulsos do serviço. Mas, primeiro, ele precisava chegar em casa, rastejar, e esperar que Miko o perdoasse por ser um idiota. Harley pensou um pouco mais fácil em si mesmo quando ele começou a voltar para casa. Sua perna pode não estar sofrendo agora, mas estaria se ele continuasse a fazer essas loucuras como a de hoje. O sol estava começando a nascer sobre as montanhas no momento em que a casa ficou à vista. O chão ainda estava molhado com orvalho da manhã, e uma leve neblina pairava em toda a calçada e os campos de cada lado. Ele olhou para a pequena cabana e as árvores que cercavam a sua nova casa, era um pitoresco lugar, aonde Harley foi duramente pressionado para se lembrar de ter visto em qualquer outro lugar. Miko realmente tinha feito um bom trabalho em encontrar-lhes um lar. Harley sabia que precisava dizer isso a Miko, o quanto ele apreciava tudo o que Miko fez para tornar os seus sonhos realidade, mesmo que ele não estivesse lá para ajudar a fazê-las acontecer. Harley ouviu um grito logo que ele pisou na varanda. Era Miko, e ele estava gritando com alguém. O coração de Harley trovejou em seu peito


enquanto ele corria para dentro da casa. A visão que encontrou fez Harley não ter deixado o serviço ou as suas armas. Miko tinha o seu filho chorando, firmemente em seu peito com uma mão. A outra agarrando a uma faca de cozinha muito grande, e ele estava acenando freneticamente na frente dele. Ele estava do outro lado da sala de estar, a mãe de Harley com mais dois dos maiores homens que ele já tinha visto. ― Apenas me dê o pirralho! ― Marilyn Thomas cuspia enquanto ela estendia as mãos. ― Fique longe! ― Miko gritava, brandindo a faca na frente dele como um guerreiro, ou um pai aterrorizado. ― Você não vai ficar com Kei. ― De ele pra mim! ― Marilyn berrava. ― Ele disse não, mãe ― Harley falou quando entrou na sala. ― E isso quer dizer não. ― Harley atravessou a sala e pegou Kei das mãos de Miko. Ele podia sentir todos boquiabertos enquanto ele gentilmente falou com o bebê e bateu em suas costas, sussurrando ruídos baixinhos para Kei até que os soluços do bebê se acalmaram e ele enfiou a mão em na boca. Harley beijou o topo da cabeça de Kei e entregou-o de volta para Miko. ― Eu acho que ele precisa ser trocado. ― Hai. Harley esperou até Miko e Kei desaparecerem no quarto, então virouse para colocar todo o peso da raiva que estava rolando por ele na sua mãe. ― Que diabos você pensa que está fazendo entrando na minha casa e exigindo que meu filho seja entregue a você?


― Este não é um lugar para uma criança a ser criada... ― o lábio superior de Marilyn se curvou para trás enquanto ela olhava ao redor da casa aconchegante. ― Aqui no campo selvagem, bárbaro? ― Invente outra, mãe. Você poderia se importar menos se Kei estivesse sendo criado no campo. Tenho certeza de que você preferiria que ele apenas desaparecesse da face da terra. Se a sua mãe estivesse preocupada com o bem-estar do seu filho, ele comeria esterco, um caminhão cheio. ― Agora, me diga por que você está aqui de verdade. ― A máscara caiu do rosto da sua mãe, num piscar de olhos. Harley não estava surpreso. Ela era uma mulher acostumada a conseguir o que queria. Ela normalmente tentou o charme, o que não funcionava com Harley e nunca funcionou. ― Esse homem está dizendo que o moleque é seu. Eu quero que ele pare de dizer isso. O nome Thomas não irá estar associado a um desse tipo. ― Esse tipo? ― As sobrancelhas de Harley dispararam. Ele sempre soube que a sua mãe era uma fanática. Ele nunca pensou que ela iria dizer isso na sua cara. ― Você quer dizer humano? Marilyn deu um olhar inexpressivo a Harley. ― Você sabe exatamente do que eu estou falando, Harland, então pare de agir como um idiota. Faça-o parar de dizer que o pirralho é seu ou eu vou ser obrigada a ver o meu advogado. ― Desculpe chover no seu desfile, Mãe, mas Kei é meu filho. Marilyn jogou o cabelo sobre o ombro depois escovou-o, Harley tinha certeza de que era um pedaço imaginário de fiapos no seu ombro. ― Não seja


ridículo, Harland. Você está desaparecido há mais de um ano. Não há nenhuma maneira do pirralho poder ser seu. Harley inclinou a cabeça para um lado enquanto ele cruzava os braços sobre o peito e olhava para a sua mãe. ― Assim como você sabe quanto tempo eu estive fora? ― O comandante me disse, é claro. ― Não, ele não o fez, mãe. ― Seu comandante estava plenamente consciente da relação inexistente de Harley com a sua mãe, assim como o seu casamento com Miko. Ele não teria dito uma palavra. Harley estava certo disso. ― Miko é o meu parente mais próximo, não você. Se eles fossem informar as pessoas de que eu estava desaparecido, eles teriam informado Miko, não você. Então, como você sabe? ― Eu recebi uma carta. Eu achei que veio do seu comandante. ― Uma ruga que Harley tinha certeza que a sua mãe desejava que não estivesse na sua testa. ― E por que esse o homem está listado como o seu parente mais próximo? Ele não é nem americano. ― Você quer dizer que ele não é branco e cheio de dinheiro, não é? ― Harland, não seja grosseiro. ― Ah, sim. ― Harley riu alto. ― Nós não devemos ser grosseiros quando você insulta outra cultura não é? Eles que tem estado em torno por centenas de anos a mais do que a América. O rosto de Marilyn escureceu com raiva. ― Harland Thomas, você vai cuidar dessa sua língua, ou então... ― Ou então o que, mãe? ― Os olhos de Harley brevemente se desviaram para os dois homens grandes de pé atrás da sua mãe. Eles eram enormes. Em sua condição atual, Harley não estava certo se poderia levá-los.


― Ou você vai mandar os seus capangas baterem em mim? Não é o que você fez com Miko quando o chutou para fora do nosso apartamento? ― Ele estava morando lá ilegalmente, Harland. ― O inferno que ele estava! ― Harley rebateu. ― Ele tinha todo o direito de estar lá. Era a sua casa, e você sabia disso. Miko lhe mostrou os documentos. ― Documentos podem ser forjados, Harland. Um pedaço de alguma coisa mexeu na parte de trás do cérebro de Harley, mas ele estava muito chateado para descobrir o que era no momento. Ele tinha um peixe muito maior para fritar, como a obtenção da sua mãe e seus capangas contratados fora da sua casa, então, ir verificar a sua família. ― Eu acho que é hora de você sair, mãe. ― Eu vou sair quando eu fizer o que eu vim fazer aqui, Harland, e não um momento mais cedo. ― Você não vai conseguir o meu filho. ― Harley podia sentir a tensão começar a puxar os seus músculos enquanto se preparava para lutar por sua família. ― Eu não vou permitir que esse moleque leve o nome Thomas, Harland. Agora, eu entendo que pode haver alguma ligação, e eu estou disposta a encontrar-lhe uma boa casa com a sua própria espécie. Mas ele não pode continuar a levar o nome da família. Certamente você entende isso? ― O que eu entendo é que você está tentando tirar o meu filho de mim. Com isso você irá obter pelo menos 20 anos atrás das grades, mãe. O que os seus amigos da alta sociedade pensariam de você, então?


Marilyn suspirou e esfregou a ponta do seu nariz. ― Eu realmente não queria ir por esse caminho, Harland, mas se você não pode ser trazido à razão, eu não tenho outra escolha. Harley estava esperando por isso, então ele não entendia por que ele ficou surpreso quando a sua mãe fez sinal para os dois capangas atrás dela. Talvez ele pensasse, que havia uma chance de que a sua mãe tivesse uma alma. Ele estava errado. No segundo em que os dois homens foram em direção a ele, Harley virou e correu para a porta do quarto, gritando no topo dos seus pulmões. ― Corra, Miko! Corra! Harley foi abordado antes que ele pudesse andar mais do que um par de passos. Seus braços foram virados para as costas e amarrados com um laço zip. Harley levantou a cabeça quando ouviu a porta do quarto sendo aberta, seu coração batia freneticamente. ― Eu juro por Deus, Mãe, ― Harley rosnou ― Se você machucar um fio de cabelo na cabeça deles, eu vou te caçar e te matar. E eu posso fazê-lo. Os marines me treinaram muito bem. ― E o seu pai me treinou, Harland, ― Marilyn disse quando ela se agachou na frente dele. ― Eu sempre consigo o que eu quero. ― Me desculpe, minha senhora ― um dos homens disse quando ele se afastou para fora do quarto. ― Eles se foram. Eles fugiram. O coração de Harley quase parou. Ele só sabia disso. Eles conseguiram fugir. ― O que quer dizer com, eles se foram?


― O quarto e o berçário estão vazios. A porta para o pátio está aberta, no entanto. Eu suspeito que eles escaparam enquanto vocês estavam falando. ― Encontrem-nos! ― Marilyn gritou. ― Procure na casa, no celeiro, nas dependências, em tudo. Eu quero que os encontrem. Entendido? ― Senhora, se você quiser nos podemos chamar reforços. ― Não, quanto menos pessoas souberem sobre essa bagunça, melhor. Apenas encontre-os. Harley começou a rir. ― Você nunca vai encontrá-los, mãe. Miko sabe mais sobre como ocultar-se do que eu sei sobre lutar. Se ele foi embora, você nunca vai vê-lo novamente. Harley engoliu em seco quando a sua mãe sorriu para ele. Nenhuma mãe deveria olhar para a sua prole de uma maneira tão mal. ― Eu poderia não vê-lo de novo, mas você também não. Harley franziu a testa em confusão, sem entender o que a sua mãe queria dizer até que a viu acenar para um dos seus capangas contratados e um punho bateu na sua cabeça. E então, ele não viu mais nada, apenas a escuridão.

Capítulo Seis


Miko suavemente retirou Kei dos seus braços, rezando para que o bebê continuasse dormindo. O menor grito da criança seria ouvido a distancia, e então eles estariam condenados. A partir de todos os gritos e as coisas que a mãe de Harley tinha dito quando ela exigiu que Miko desse Kei para ela, sabia que nada de bom resultaria se eles fossem descobertos. A mulher era pura maldade. Como ela deu a vida a um homem tão maravilhoso como Harley, Miko nunca entenderia. Eles eram polos opostos. Marilyn era uma cadela malvada que precisava de lições sobre boas maneiras, polidez, e gentileza para com os outros. Harley era um anjo com botas de combate. Ele se preocupava com todos, até mesmo com a sua mãe malvada. Ele nunca iria deixar que aquela mulher horrível colocasse a mão no seu filho e de Miko. Ele lutaria até o último suspiro para mantê-los seguros. Miko estava apavorado que era exatamente o que aconteceria. Ele tinha ouvido muitos gritos e bate bocas e depois nada. Tudo estava tranquilo na última hora. Miko estava apavorado demais para ir olhar o que estava acontecendo. Em vez disso, como um covarde, ele se escondeu dentro do esconderijo secreto que ele havia projetado no armário do banheiro. Quando ele tinha projetado, ele nunca imaginou que seria realmente necessário. Parecia a coisa certa a fazer no momento. Após a sua experiência de ser expulso da sua casa anterior e sabendo da antipatia de Marilyn com pessoas que não era exatamente como ela, Miko


tinha pensado que seria prudente ter um lugar para esconder os seus bens mais preciosos. Ele nunca imaginou que ele estaria escondendo Kei. Miko pulou quando ouviu um arranque de carro na entrada de automóveis. Ele orou para que isso significasse que os intrusos foram embora, mas ele não queria correr nenhum risco de cair em um truque. Miko esperou mais uma hora antes de abrir a porta secreta e sair do fundo do armário. Ele olhou em voltar de dentro e cuidadosamente cobriu Kei com um cobertor, então fechou a porta secreta. Ouvindo os sons, Miko se arrastou para fora do armário e silenciosamente fechou a porta. Ele realmente esperava que eles tivessem comprado o seu plano e pensado que ele tinha levado o bebê e escapado pelas portas dos fundos. Esse tinha sido um plano de momento. Miko tinha tido a sensação de que ele precisava se esconder até que Marilyn fosse. Ele tinha feito uma mala para o bebê, abriu as portas do pátio, e foi se esconder. Miko pressionou a sua cabeça contra a porta do quarto, escutando. Quando ele não ouviu nada, ele a abriu um pouco. A sala parecia estar vazia. Miko tomou outa respiração profunda e se arrastou em direção à porta do quarto. Esta estava aberta. Miko olhou pela fresta da porta, aonde encontrava com o quadro. Ele não viu nenhum movimento, mas isso não significava que não havia alguém lá fora. Havia ainda um monte de casa que ele não podia ver. Miko caiu no chão e engatinhou lentamente a até a borda da porta da sala principal. As lágrimas encheram os seus olhos quando ele viu tudo destruído. Os móveis foram destruídos junto com todos os vasos, bugigangas, e o quadro de imagem do local. Até a sua estação de trabalho havia sido


destruída, todo o trabalho que tinha feito nas últimas semanas se foi. Parecia que um tornado havia passado através da casa. Tudo estava destruído, e Miko não se importava nem um pouco, logo que ele encontrasse Harley vivo e ileso. Tudo o que tinha sido destruído não poderia substituir o buraco que começou a se formar no coração de Miko, quando ele não viu Harley na sala principal, onde ele tinha estado. Miko começou a procurar num lado da casa, procurando no banheiro de hóspedes e quartos. Quando ele não encontrou Harley, ele procurou no outro lado da casa, começando com na cozinha e a sala de jantar. Ele até procurou na despensa. A última sala que Miko tinha que procurar era do outro lado da casa no quarto principal. Também era mais próximo da porta da frente. Miko engoliu o caroço de medo que estava entalando na sua garganta e abriu a porta para o quarto. ― Harley! ― Miko correu para o quarto e caiu de joelhos ao lado do corpo deitado no chão. As lágrimas que ele vinha tentando desesperadamente segurar enquanto ele o procurava na casa caíram desesperadamente pelo seu rosto quando ele viu o grande hematoma no lado do rosto de Harley. ― Harley-chan, acorda ― Miko gritou quando ele sacudiu o homem. ― Por favor, acorde. Harley estava deitado de lado, assim tomou um momento para Miko perceber que as suas mãos estavam atadas atrás das costas. Ele fez uma careta para as marcas vermelhas na pele de Harley, então ficou de pé e correu até a mesa para pegar uma tesoura. Miko tentou ser o mais cuidadoso possível, enquanto ele cortava a gravata de plástico grosso, mas estava bem difícil cortar, pior até mesmo de


alguns dos fios de metal que Miko usava em suas joias. Despois de algum tempo ele conseguiu. Miko colocou a tesoura em cima da mesa, em seguida, delicadamente rolou Harley em suas costas. Ele acariciou o rosto Harley um par de vezes. Quando isso não o fez dar qualquer resposta, Miko foi até a pequena geladeira escondida atrás da sua mesa e pegou uma garrafa de água. Ele mordeu o lábio inferior quando ele a pegou, puxando a tampa, e derramando a água sobre o rosto de Harley. Harley cuspiu a água e foi despertando. Miko saltou de volta, mas não antes de um dos punhos da Harley bater no lado do seu rosto. Miko gritou e caiu de joelhos, segurando o seu rosto em suas mãos. ― Miko? ― Harley sussurrou em estado de horror. ― Oh Deus, bebê, me desculpe. Eu não sabia que era você. ― Você bate como uma menina. ― Bem, isso não era verdade. Harley batia como um caminhão. Miko sentia como se o seu rosto fosse explodir. Mas a auto aversão na voz de Harley não faria qualquer um deles se sentir bem. Miko sabia que Harley não quis fazer isso. ― Oh Meu Deus, querido. ― Miko ansiosamente foi para os braços de Harley se sentido confortado por ele. ― O homem que me sequestrou na América Central jogava agua no meu rosto para me acordar. Foi uma reação automática. Eu nunca intencionalmente iria machuca-lo. Você sabe disso, certo? Miko sorriu quando ele acariciou o rosto Harley. ― Eu sei. ― O que aconteceu? ― Harley perguntou quando ele olhou em volta. ― A última coisa de que me lembro foi de ser amarrado e a minha mãe


mandar os seus capangas encontrar você e... ― Harley repente enrijeceu, os olhos freneticamente à procura na sala. ― Miko, onde está Kei? ― Ele esta seguro, Harley-chan. ― Miko se levantou, então esticou a mão para Harley. Logo que ambos estavam de pé, Miko começou a puxar Harley para fora do escritório. ― Eu não gosto de como a sua mãe olhava para Kei. Então nós escondemos. ― Aonde? Eles vasculharam a cama... oh, Miko, ― Harley tropeçou a um impasse quando entrou na sala principal e ele viu todos os danos. ― Nossa casa, ela esta destruída. ― A casa podemos corrigi-la. ― Miko puxou a mão de Harley novamente para colocá-lo em movimento. ― Mas perder você não pode ser corrigido. ― Para onde estamos indo, Miko? ― Para o esconderijo. Harley enrugou a testa com uma expressão confusa. ― Onde? ― Depois que a sua mãe tomou o vaso de casamento, eu fiz um esconderijo para esconder lembranças preciosas. ― Miko riu um pouco quando ele balançou a cabeça. ― Nunca pensei iria esconder lembrança mais preciosa lá. Quando

chegaram

ao

banheiro,

Miko

abriu

o

armário

e

cuidadosamente abriu a porta secreta. Ele sorriu quando viu que Kei ainda estava dormindo. ― Ele dormiu durante toda confusão. ― Isto é engenhoso, Miko, ― Harley disse quando ele olhou para o pequeno espaço.


― Claro! ― Miko gentilmente levantou Kei para leva-lo para fora do esconderijo. Ele não ficou surpreso quando Harley tirou-lhe o bebe e o embalou em seus braços. ― Ele está bem. ― Graças a você. ― A Carranca de Harley se aprofundou, e um brilho pensativo surgiu em seus olhos azuis. ― Eu falhei com você e Kei, Mitsuaki. Eu não os mantive seguros. Eu sei que é imperdoável, mas eu sinto muito. ― Você não sabia que sua mãe era louca. ― Ah, não, eu sabia que ela era louca. ― Harley riu amargamente. ― Eu nunca esperava que ela viesse atrás de você e Kei. ― Ela obse... obse... ela está insana. ― Pior ainda, ela provavelmente vai voltar. Eu sei como é a minha mãe e ela não vai desistir até conseguir o que quer. ― Ela não vai conseguir ter Kei. ― Ela não quer Kei, exatamente. Ela só não quer que Kei tenha o nome Thomas. ― Isso não faz sentido. O que há de errado com nome Thomas? É um bom nome. O rosto de Harley escureceu, virando para raiva. ― É um bom nome, Miko. Minha mãe não quer que Kei tenha o nome Thomas, porque ela não acredita que seja bom o suficiente para Kei. ― Oh ― Miko baixou os olhos, não sabendo de verdade como responder a isso. Ele sabia que havia pessoas lá fora que não gostavam dele por causa da sua herança japonesa. Ele teve que enfrentar um monte de coisas desde que chegou a América.


E ele nem sequer começou a abordar quando as pessoas, tanto americanos e japoneses o trataram quando descobriam que ele era gay. ― Nós podemos mudar o nome ― Miko sussurrou, embora ele estivesse relutante em fazê-lo. Kei deveria crescer tendo orgulho de quem ele era. ― Nós não estamos mudando o nome de Kei ― Harley rebateu. ― Ele é meu filho, e não me envergonho dele. Ninguém, e eu quero dizer ninguém, nunca vai fazê-lo se sentir menos do que ele é. Nem mesmo a minha mãe. Miko sorriu para Harley. ― Ai shiteru, Harley-chan. Harley piscou para Miko por um momento, depois lentamente, sorriu. ― Eu também te amo, Miko. ― Eu não gosto da sua mãe, Harley-chan. Não quero aqui de novo. ― Não, eu não gosto muito da minha mãe também. Infelizmente, eu não tenho certeza de como pará-la. Uma vez que ela tem algo preso na sua cabeça, nem um pé de cabra tira. ― Nós vamos. ― Miko balançou a cabeça, sabendo que sair era o seu melhor curso de ação. Ele foi para o esconderijo e pegou a bolsa de bebê que ele tinha embalado para Kei. ― Nós vamos ficar em outro lugar, enquanto a sua mãe estiver louca. ― Sairmos por alguns dias pode não ser uma má ideia. ― Harley apertou os seus braços em torno de Kei. Ele estendeu a outra mão e a enrolou em Miko. ― Eu preciso que vocês dois estejam em um lugar seguro enquanto eu tento parar a cadela. Miko sorriu mesmo quando ele deu um tapa no peito nu de Harley. ― Não fale palavra feia na frente de Kei.


― Sim, Miko. ― Harley riu antes de se inclinar para roçar os lábios nos de Miko. ― Vai fazer uma mala, uma para todos nós. Coloque coisas suficientes para alguns dias. Eu estou indo buscar o carro. ― O carro. Harley acenou com a cabeça em direção à sala de estar. ― Se eles podem fazer isso na casa, não posso sequer começar a imaginar o que poderiam ter feito para o carro. Miko estremeceu. Ele não estava acostumado a este tipo de violência. Enquanto a sua vida não tinha sido boa antes de vir para a América, ela tinha sido relativamente livre do derramamento de sangue. Ele preferiu mantê-la assim, especialmente considerando que ele tinha um bebê para cuidar e educar. ― Eu vou embalar. Você verifica carro. ― Miko estendeu a mão para Kei. Ele podia ver a relutância na cara de Harley quando o homem entregou o seu filho. ― Não se preocupe, Harley-chan. Se eu ver o perigo, eu vou gritar muito alto. A risada que deslizou de Harley suavizou o seu rosto, tomando o lugar das linhas de tensão. ― Se eu ver alguma coisa, eu vou gritar, também. ― Realmente alto ― Miko acrescentou. ― Sim, Miko, muito alto. Miko assentiu e se virou para ir para o quarto. Ele colocou Kei para baixo no meio do colchão e começou a pegar as coisas e enfiá-las nos sacos. Miko viu Harley se vestindo com o canto dos olhos, e ele lembrou que eles não tinham muitas roupas para Harley. A maioria das coisas dele ainda estava no apartamento. ― Nós vamos para o apartamento, Harley-chan?


― Não, meu amor. Nós estamos indo passar um tempo com Bill, Angelo, e Manny. ― Ok. ― Miko gostava dos três homens. Não só tinham trazido Harley de volta para ele, mas eles eram simpáticos e o faziam ri. Especialmente Manny. O homem era hilário, mesmo ele tendo um fascínio natural por Pringles. ― Eles vão ficar bem com Kei? ― Claro. ― Harley assentiu. ― Charlie, outro amigo nosso da marinha, tem dois filhos, Kenny e Emily. Todos eles vivem na mesma grande casa juntos. Isso era bom saber, porém não era a resposta que Miko queria. ― Eles estão bem com Kei sendo japonês? ― Não vai ser um problema, Miko. Eu juro. Eles não vão nem mesmo notar que você e Kei são japoneses. Esses caras não são como a minha mãe. ― Eles vão estar bem com a gente? A cabeça de Harley se levantou de onde ele estava puxando os seus sapatos. ― Quer dizer com você e eu sendo casados? Miko assentiu. ― Miko, o amante de Charlie é o xerife da cidade. E você viu Bill e Angelo juntos. Ser gay não é definitivamente um problema naquela casa. Miko respirou lentamente. ― Ok, Harley-chan. ― Eu nunca iria levá-lo ou Kei em qualquer lugar que não iriamos ser bem-vindos, Miko.


― Hai. Harley sorriu quando ele ficou de pé. ― Nós vamos ficar bem, Miko. Você acaba de embrulhar as coisas, e eu vou ver o carro. Vamos sair daqui e passar em algum lugar seguro antes de conhecê-los. ― Esteja seguro, Harley-chan. Eu não quero te perder agora. Miko voltou a arrumar as malas deles. Desde que Harley tinha dito que ele só precisava fazer as malas para alguns dias, Miko empurrou o seu material e o de Harley na mesma bolsa. Ele usou as outras duas para guardar o material de Kei. Bebês precisavam de um monte de coisas. Sabendo o quanto de danos a mãe de Harley e seus capangas tinham feito na casa, e temendo que eles voltassem, Miko colocou Kei amarrado no seu assento de carro, em seguida, correu para pegar alguns objetos pessoais que ele não queria se separar. Algumas coisas eram muito importantes para deixar para trás. Uma vez que tudo estava arrumado e guardado, Miko se vestiu, certificando-se de que ele tinha um bom casaco, botas e jeans. Ele não sabia quanto tempo eles estavam indo estar na estrada, e ele queria estar preparado para tudo e qualquer coisa. Miko tinha acabado de fechar a mochila quando Harley veio correndo para o quarto. Ele nem sequer parou em seu passo quando ele pegou o assento do carro e os cobertores de bebê extras colocados na cama, em seguida, dirigiu-se para as portas do pátio. ― Corra, Mitsuaki! Miko pegou as três malas que tinha embalado e correu até as portas do pátio atrás de Harley. Eles correram para baixo das escadas e através do quintal, à direita para a floresta atrás da casa. No momento em que pararam, Miko estava ofegante, totalmente sem ar.


Harley cuidadosamente colocou o banco do carro no chão e se agachou para verificar Kei. Ele colocou os cobertores em torno da criança ainda dormindo em seguida, levantou-se e olhou para trás verificando quanto eles tinham se afastado. ― Por que... ― a garganta de Miko se sentia seca e árida. Ele engoliu em seco para obter um pouco de umidade na sua garganta. ― Por que nós corremos? ― Havia uma bomba sob o capô do carro. ― Bo-bomba? ― Miko sentiu a sua cabeça nadar em medo quando imagens do que poderia ter acontecido encheu a sua cabeça. Eles poderiam ter morrido. E para quê? Porque uma mulher louca e burra não queria que um bebê inocente tivesse o seu sobrenome? ― O nome Kaneko é bom. Talvez nós devêssemos usa-lo. Harley

teve

um

súbito

ataque

de

riso

acordando

Kei,

que

imediatamente começou a chorar. Harley tremeu em resposta ao choro sincero. ― Ele ainda me assusta quando ele faz isso. Nosso filho não deve chorar assim. ― Os bebês choram, Harley-chan ― Miko disse quando ele soltou o bebê do assento de carro e levantou-o em seus braços. ― Eu sei que os bebês choram Miko, mas isso não é um choro de fome ou fralda suja. Ele está com medo, e nosso pequenino nunca deve ter medo. ― Todo mundo fica com medo Harley-chan, até mesmo você e eu. ― Miko começou a ninar suavemente o bebê contra o peito, acariciando as suas costas ao mesmo tempo. ― não problema ter medo. Tendo muito medo de... ― Miko franziu a testa enquanto tentava encontrar a palavra certa. ― Ter muito medo de agir é o problema.


Harley riu. ― Você está certo, bebê. ― Claro! ― Miko sorriu. ― Eu sempre tenho razão ― Você pode levá-lo? ― Harley cabeceou para o bebê enrolado nos braços de Miko. ― Eu posso levar todo o resto. Temos um caminho a percorrer. Eu esqueci de pegar o meu telefone, e eu não quero dar chance ao voltar para a casa. Mal as palavras saíram da boca Harley uma grande explosão sacudiu o chão debaixo dos seus pés. Harley saltou para frente colocando os braços ao redor de Miko, arrastando-os todos para o chão. Miko colocou-se em torno de Kei e enrolado no peito de Harley, tremendo de medo. Será que o carro explodiu? ― Eu não gosto disso, Harleychan. ― Nem eu, Miko. Uma vez que a tranquilidade encheu o ar novamente, Miko lentamente levantou a cabeça. O seu coração saltou em sua garganta quando viu as chamas laranja e vermelho pulando para o céu acima da linha das árvores. Ele estava com muito medo, pois ele sabia o que causou as chamas, não era o carro. ― Era nossa casa Harley-chan? ― Miko sussurrou suavemente. Harley apertou os braços ao seu redor, quase a ponto de dor. ― A nossa casa é onde nós três estamos Miko, não alguns paus e pedras no meio da floresta. ― Eu estou assustado, Harley-chan. ― Miko não tinha problema em admitir que ele estava com medo. Inferno, ele estava completamente apavorado. Alguém tinha tentado matá-los, todos eles, não apenas Miko ou Kei, mas Harley, também.


― Eu estou com medo, também, Miko. ― Harley se inclinou para trás para olhar para Miko. Sua mão no lado do rosto de Miko. ― Mas nós vamos ficar bem. Eu não vou permitir qualquer outro resultado. Ninguém vai tirar a minha família de mim, não agora, não depois que eu lutei tanto para chegar em casa para você. ― A garganta de Miko estava entupida com lágrimas que ameaçavam a se derramar pelo seu rosto. Ele queria chorar como Kei tinha feito a meros momentos antes. Ele queria gritar com a mãe de Harley e dizer à mulher horrível para deixá-los sozinhos. Ele queria que alguém tirasse aquele olhar triste do rosto de Harley. ― Você chega a casa, e nós estamos vivo. Vamos Encontrar uma nova casa juntos. O resto vai se resolver no tempo certo. ― Miko silenciosamente prometeu ao seu amante. Se dependesse dos poderes do céu e da terra, ele estava indo construir uma nova casa com Harley novamente. Harley deu um sorriso fraco e balançou um pouco, mas estava lá. Ele gentilmente chegou mais perto de Miko e pressionou os seus lábios em um beijo carinhoso que fez com que as preocupações de Miko desaparecessem. ― Eu tenho o meu coração ― Harley sussurrou quando ele levantou a cabeça, um momento depois, com os olhos acariciando as características de Miko. ― O que mais eu preciso?


Capítulo Sete

Harley estava tão orgulhoso de Miko que ele poderia ter estourado. Miko nunca reclamou enquanto eles marcharam pela floresta em direção à civilização, e nem uma única vez. Ele apenas deu um passo de cada vez, transportando Kei pela floresta como se fosse um passeio em família. No momento em que chegaram à estrada principal, a perna de Harley estava começando a agir. Eles poderiam ter simplesmente andado pela floresta paralela a calçada e chegado até a estrada principal, em questão de minutos, mas Harley suspeitava de que as pessoas estavam os observando e os esperando. Se a sua mãe era louca o suficiente para tentar sequestrar Kei, e em seguida, explodir a sua casa, ela era louca o suficiente para estar à espera de todos os sobreviventes que sairiam do desastre. Harley não queria correr nenhum risco com a sua família. Ele tinha Miko seguindo a trilha para o lago, passando por entre as árvores grossas ao longo da borda da água. De suas viagens anteriores, Harley sabia que havia uma cabana do outro lado. Ele estava esperando por um telefone dentro do lugar. Se não, tinha uma estação de serviço e uma pequena loja a poucos quilômetros após o lago. Harley só esperava que Miko pudesse chegar tão longe. Felizmente, ainda era dia. Harley sabia que não iria durar, mas ele esperava chegar perto o suficiente da civilização para que eles não ficassem


tropeçando pela floresta. No pior dos casos, eles passariam a noite na cabana à beira do lago. ― Como você está se segurando, Miko? ― Harley chamou. ― OK! Harley revirou os olhos. Essa foi a mesma resposta que Miko lhe deu a cada vez que ele perguntou. Foi a mesma resposta que Miko sempre lhe deu. Só uma vez, Harley desejou que Miko fosse verdadeiro com ele. Ele sabia que Miko estava com medo. Ele estava com medo, então como Miko poderia não estar? Miko não era um lutador. Ele não estava acostumado a estar em perigo. Harley era um soldado. Situações perigosas eram uma segunda natureza para ele, e ele estava apavorado. ― Você precisa de mim para levar Kei? ― Eu disse que está tudo bem. Harley pegou Miko pelo braço e puxou-o a uma parada. ― Se você está bem, então por que você está chorando? As sobrancelhas de Miko se reuniram até que chegou a tocar sua bochecha. ― Eu chorando? Oh,

cara...

Harley

tentou

não

segurar

Miko

perto

demais,

considerando que Kei estava esmagado entre eles, mas Miko precisava de um abraço mais do que precisava respirar. Ele estava caindo aos pedaços, e ele nem sequer percebeu isso. Harley sabia que era choque. Ele esperava. Ele odiava que Miko tivesse que passar por isso. ― Nós vamos ficar bem amor, ok. Eu prometo. ― Promessas não, Harley.


Harley sorriu e segurou o queixo de Miko com os dedos, inclinando a cabeça do homem para cima. ― Eu faço promessas, Mitsuaki. Enquanto estamos juntos, não há uma força no mundo que possa nos vencer. ― Ela explodiu a casa, Harley-chan ― Miko sussurrou, desespero e angústia escurecendo os seus olhos cor de caramelo. ― Ela tentou levar Kei. Ela quer a gente morto. Como nós vamos parar isso? ― Nós não ― assegurou Harley a Miko. ― Temos meus amigos, e eles ajudaram a parar. Miko inclinou a cabeça para um lado, uma carranca curiosa em seu rosto. ― Como eles param uma mãe louca? ― Eles me encontraram, não foi? ― Hai. ― Eu não acredito que há muitas coisas que eles não podem fazer quando eles trabalham juntos. E, Miko, eu confio neles com a minha vida, a sua vida e a vida de Kei. Se alguém puder nos ajudar, eles podem. ― Harley respirou fundo, odiando estourar a bolha que ele esperava que ele tivesse acabado de começar a construir para Miko. ― Nós só temos que chegar a eles. ― Chame Cecil, ― Miko disse, sem parecer, no mínimo, como se a sua bolha tivesse estourado. ― Ele nos leva. Harley arqueou uma sobrancelha. ― Cecil? ― Ele tinha ouvido falar muito sobre o homem, mas ele ainda tinha que conhecê-lo. Considerando o quanto Miko falou bem do homem, Harley não tinha certeza se ele precisava se preocupar ou não. ― Cecil sempre ajuda. Ele endureceu. Miko soou tão certo que Harley sentiu uma lasca de ciúmes passar por ele.


― Assim quão bem você conhece o Cecil? Miko encolheu os ombros com indiferença. ― Ele é um amigo. Harley franziu a testa para a resposta evasiva. ― Como exatamente um amigo? O riso doce de Miko encheu o ar, fazendo o sorriso de Harley crescer apesar do perigo que eles estavam correndo e o ciúme corroendo por ele. O riso de Miko era como os sonhos sonoros eram feitos. ― Amigo. Ele é o gerente. Ele arrumou contatos de negócios, para começar o trabalho pra mim. ― Oh ― Harley fez uma careta. Miko sorriu. ― Cecil Montgomery conhece as pessoas certas nos lugares certos. ―

Cecil

Montgomery...

Eu

conheço

esse

nome

Harley

simplesmente não conseguia se lembrar de como ele conhecia o nome. ― Não se preocupe, Harley. Cecil apenas é um amigo. Já é seu o meu coração. ― Bom ― disse Harley firmemente, puxando Miko de volta em seus braços. ― Você vai entender quando você encontrar Cecil. ― Miko deu um sorriso travesso quando ele bateu no peito de Harley, o que fez Harley nervoso. ― Ele não é meu Harley. Harley mal conseguia parar de estufar o peito com as palavras de Miko. Ele não tinha ideia do que Miko entendia por eles, mas eles o fizeram se sentir com dez metros de altura. Isso pode não ter sido a intenção de Miko, mas esse foi o resultado.


Enquanto o coração de Miko pertencia a ele, ele poderia estar sobre o mundo e loucas mães. ― Vamos, amor. Há uma cabana no lago não muito longe daqui. Se tivermos sorte, talvez haja um telefone. Se não, há uma estação de serviço do outro lado a um par de milhas da cabana. E eu sei que tem um telefone. ― Precisamos parar na cabana de qualquer maneira. Kei precisa de uma nova fralda e uma mamadeira. ― Então vamos parar lá por um tempo. ― Francamente, Harley estava maravilhado como que Kei ainda estava dormindo, considerando o barulho da explosão e do frio no ar. Ele estava dormindo como se ele não tivesse um cuidado no mundo e estivesse totalmente inconsciente do perigo em que ele estava dentro. Harley esperava que continuasse assim apenas um pouco mais de tempo. Os passos de Miko eram um pouco mais lentos, quando eles partiram para a cabana novamente. Harley sabia que o seu amor estava ficando cansado e precisava de descanso. Talvez parar na cabana um pouco mais de tempo era a sua melhor escolha. Kei podia comer e Miko poderia descansar. Se não houvesse um telefone lá, eles poderiam começar a próxima etapa da sua viagem depois. Harley estava tão feliz de ver a cabana entrar em exibição 20 minutos mais tarde que ele poderia ter dançado uma dancinha feliz. Kei tinha acordado, e ele não era um bebê feliz. Não importa o que Miko fazia, a criança não se acalmava. Ele estava gritando para tudo o que valia a pena.


Harley caminhou até o grande deck em frente à cabana e pousou o banco do carro e as sacolas que ele estava carregando. Ele assegurou que Miko e Kei estavam à vista, em seguida, caminhou até a porta. Harley bateu na porta e esperou, ouvindo os sons de que alguém estava por perto. Quando ninguém respondeu a sua batida ou a próxima, Harley começou a procurar uma chave, esperando e rezando para que isso fosse apenas um refúgio de verão de alguém. ― Sim ― ele exclamou quando levantou uma pedra com boas-vindas escrito nela e encontrou uma chave. Ela se encaixava facilmente na maçaneta. ― Fique aqui, Miko, ― Harley disse quando ele girou a maçaneta e abriu a porta. A primeira coisa que Harley notou quando ele entrou na cabana era o ar bolorento obsoleto. Ninguém tinha estado dentro deste lugar por algumas semanas, se não meses. Harley rapidamente procurou na cabana, o que não foi difícil considerando que ela só tinha dois quartos. A cozinha, sala de estar, quarto tudo estava em uma grande sala, embora a cozinha estivesse em uma pequena alcova. A outra única sala era um pequeno banheiro. Uma vez que Harley teve certeza de que o lugar estava vazio, ele caminhou de volta para a varanda e pegou as coisas que ele estava carregando. ― Vem para dentro, Miko. Vamos cuidar de Kei e então você pode deitar um pouco e descansar. ― A casa tem telefone? ― Miko perguntou quando ele se levantou e seguiu Harley na cabana. ― Eu não olhei ainda, ― Harley disse timidamente. ― Eu queria ter você e Kei dentro primeiro. Miko sorriu e deu um tapinha na bochecha de Harley quando ele passou por ele, indo para a cama no canto. ― Papai, bom.


Harley observou por um momento quando Miko colocou Kei na cama e começou a procurar através de uma das malas. Kei começou a se acalmar em algum lugar entre ter mudado a sua fralda e ter recebido uma mamadeira. Harley sorriu quando o som de choramingo de Key virou o som de um bebê se alimentando, rindo ele se virou para começar a procurar um telefone. Quanto mais ele olhou em volta, menos esperança Harley teve de que iria encontrar um. O lugar mal parecia que tinha encanamento, e muito menos eletricidade ou linhas de telefone. O fogão era a gás, o que fazia sentido, considerando o tanque de gás grande do lado de fora. Não havia água, quando ele ligou a torneira, mas algo marrom e fétido por vários minutos. Harley deixou pingando enquanto ele continuou a sua busca. Ele esperava que a ferrugem escorresse. ― Eu não acho que há um telefone, Miko. ― Harley franziu a testa quando ele não obteve uma resposta. Ele olhou em volta do canto da cozinha. ― Oh, bebê ― ele sussurrou quando viu Kei e Miko enrolados dormindo na cama. Harley se aproximou e pegou um dos cobertores dobrados na parte inferior da cama. Ele balançou para fora, tossindo com a poeira que enchia o ar, em seguida, estendeu-o sobre os seus dois caras. Miko murmurou em seu sono e se enrolou em torno de Kei só um pouco, como se estivesse tentando se agarrar a pequena criança. Harley terminou a busca pela cabana e descobriu que ele estava certo. Não havia telefone. Havia, no entanto, uma lareira de pedra agradável, uma pilha de madeira do lado de fora da porta, e uma bomba com água fresca no quintal, perto da cabana.


Harley foi ao fogão e começou a aquecer água. Ele não sabia por que ele precisava aquecer a água, só que ele deveria. Bebês precisavam de água quente, não era? Pensando na água marrom que estava pingando da torneira em qualquer lugar perto de Kei fez Harley tremer em repulsa. Harley também começou um fogo na lareira. Ele sabia que qualquer pessoa com um mínimo de senso iria ver a fumaça, mas a sua família precisava se aquecer. Podia ser o final da tarde, mas o ar de fora já estava segurando um calafrio. Ele não ia permitir que Miko e Kei congelassem. Alimentos, no entanto, era uma história diferente. Os armários tinham pratos e copos e todo o necessário para cozinhar. Só que não havia nada para cozinhar, exceto especiarias, arroz, e farinha. Mas, sabendo que esta era uma casa de férias de verão, Harley fez um pouco de pesquisa. No momento em que o sol se pôs e Miko apareceu na cozinha, Harley tinha duas trutas e uma panela de arroz cozido no fogão. Não seria muito, mas era algo. Iria encher os seus estômagos. ― Hey, bebê ― disse Harley quando ele se virou e sorriu para Miko. O homem ainda tinha aquele olhar sonolento em seus olhos, e o seu cabelo estava um pouco desgrenhado. Ele estava simplesmente impressionante. ― Você descansou o suficiente? ― Hai ― Miko disse quando ele esfregou os olhos e deu um grande bocejo. ― Quanto tempo eu dormir? ― Cerca de cinco horas. Miko piscou. ― Muito longo. ― Você precisava. Miko inclinou-se na ponta dos pés e olhou para a frigideira.


― Isso cheira bem. Harley riu quando ele ouviu o rosnar do estômago de Miko. Ele apontou para o prato e garfos que ele havia limpado antes. ― Vai pôr a mesa. Isto deve estar pronto em alguns minutos. ― Onde você encontrou peixe? ― Miko perguntou quando ele pegou os pratos e garfos e os levou para a pequena mesa. ― O Harley é um homem de muitos talentos, meu amor. ― Harley mexeu as sobrancelhas de brincadeira para Miko. Miko deu uma risada que encheu a sala. ― Hai. Inacreditavelmente, Harley sentiu o seu rosto corar com a insinuação escondida na voz de Miko. Enquanto eles tinham se tocado ao redor um pouco desde que ele chegou em casa, eles não tinham ido mais longe do que acariciar um ao outro em um par de sessões de masturbação mútua. Harley estava de repente sentindo saudades disso. Tinha sido um longo tempo desde que tinham sido verdadeiramente íntimos. Quando Harley chegou em casa, ele estava ainda em estagio de cicatrização. Quando ele tinha ficado forte o suficiente, ele ainda se mantinha fora, acreditando que Miko precisava de tempo para se acostumar a eles serem um casal novamente. Mas talvez o tempo houvesse terminado. ― Está com fome, Miko? ― Hai. Harley trouxe a frigideira e a panela de arroz, colocando cada uma em uma almofada quente. Ele se sentou em frente a Miko e serviu a ambos um prato. ― Eu meio que gostei desta pequena cabana. Acho que devemos ter algo parecido com isso, assim que as coisas se estabeleçam, um lugar onde


podemos ir nas férias em família com Kei e quaisquer outros que escolhemos ter. O garfo de Miko pairou perto da sua boca quando ele olhou para Harley em descrença atordoada. ― Você quer mais filhos? ― Claro! ― Harley sabia que a ideia tinha deixado Miko surpreso, mas ele estava pensando sobre isso desde que ele encontrou Miko, muito antes dele mesmo saber sobre Kei. ― Eu cresci como filho único, e eu odiava isso. Kei deve ter um irmão ou irmã, você não acha? ― Não tenho certeza que Akari concorde novamente. ― Por mais que eu gostaria que eles fossem dos mesmos genes, eu não me importaria de um menino ou uma menina com os seus belos olhos. Nós podemos sempre encontrar um outro substituto. ― Harley sorriu. ― Eu quero uma família grande. ― Harley louco! Harley riu enquanto observava Miko voltar a comer. Pelo menos o seu marido não tinha dito não a ideia. ― Talvez depois de comer, tomar um banho e obter Kei cuidado, podemos começar a fazer essa família? ― Harley mordeu o lábio inferior para não rir quando o garfo de Miko caiu na mesa. ― Eu estaria disposto a tentar, até que um de nós ficasse grávidos. O rosto de Miko ficou vermelho. ― Você... ― Miko lambeu os lábios, em seguida, apontou o dedo para Harley. ― Você louco! Harley sorriu e voltou a comer. Isso não foi um não.


Harley assistiu Miko fazer alarido sobre Kei depois de embalar e reembalar a bolsa do bebê. Ele sabia que Miko estava nervoso sobre a vinda para a cama. Harley estava um pouco nervoso também. Tinha sido um longo tempo desde que ele tinha feito amor com alguém, não, desde a última vez que ele tinha feito amor com Miko. ― Você sabe que eu te amo, ne? A cabeça de Miko veio para cima. ― Hai. ― Então venha para a cama, Miko. ― Harley estendeu a mão para Miko ― Isso não é nada que não tenhamos feito antes uma centena de vezes. ― Miko pressionou os lábios firmemente juntos, quando ele colocou o saco do bebê no chão ao lado do assento do carrinho de Kei, em seguida levantou-se e atravessou a sala. Assim quando a mão de Miko tocou a dele, Harley puxou o lindo homem para baixo na cama ao lado dele. ― Isso faz você se sentir melhor em saber que eu estou nervoso, também? ― Por que você nervoso, Harley-chan? ― Porque você é tão bonito que você faz os meus dentes doerem, ― Harley sussurrou enquanto seus olhos percorriam as feições delicadas de Miko,


faminto por cada vislumbre do homem que ele amava. ― Porque você poderia ter qualquer homem que você quiser. Porque eu estou com medo de que tenha sido um longo tempo desde que eu fiz amor com você e que eu me esqueci de como fazê-lo. ― Só quero você, Harley-chan. Só te quero. ― Kokoro no aishiteru sokokara, Mitsuaki ― Harley beijou a ponta do nariz de Miko. ― Eu te amo do fundo do meu coração. ― Hai, Harley-chan, Itsumo aishiteru. ― Eu sempre vou te amar, também. Harley arrastou os seus dedos pelo rosto de Miko, então, os esfregou nos seus lábios. ― Portanto, não tenha medo de como expressar o amor que temos um pelo outro. Não há toque ou beijo ou gesto que pode estar errado entre nós. Miko ingeriu. ― Hai, Harley-chan. Harley sorriu quando ele se inclinou para beijar Miko, tentando colocar todo o seu amor e carinho no simples toque dos seus lábios. Em um piscar de olhos havia uma língua contra a dele, e Harley foi de terno e carinhoso para uma luxúria desenfreada. ― Miko ― ele gemeu quando ele rolou em cima do homem, prendendo o corpo de Miko por baixo dele. Miko abriu as pernas e Harley caiu entre elas, atraindo um profundo gemido de ambos quando os seus paus se esmagaram juntos através das suas roupas. ― Preciso, Harley-chan. ― Sim, querido, eu também. ― Harley começou a beijar Miko, começando no topo da sua cabeça e se movendo lentamente para baixo sobre o seu nariz e bochechas, ao lado da sua cabeça e logo abaixo do seu queixo.


Harley deu especial atenção a curva suave do pescoço de Miko, sobre a pele sensível. Se ele se lembrava corretamente, era um ponto erótico para o seu Miko. Quando Miko gemeu e virou a cabeça, mostrando a sua garganta, Harley sabia que ele tinha lembrado direito. ― Hana no kirei youni, ― Harley sussurrou no ouvido de Miko. ― Você é tão lindo como uma flor. Harley manteve a sua leveza nos toques enquanto acariciava a pele acetinada de Miko. Um dia desses ele sabia que teria que perguntar a Miko como ele mantinha a sua pele tão macia, mas não esta noite. Hoje à noite, ele queria festejar no buffet diante dele. Quando Harley encontrou o colarinho da camisa de Miko, ele estendeu a mão e agarrou a bainha, puxando a camisa para cima. Ele não se importava aonde ele jogou, enquanto ela não estivesse mais cobrindo o que ele sofria para olhar, tocar e beijar. Até o momento em que ele puxou a camisa de Miko sobre a sua cabeça e em seguida, puxou a calça jeans pelas pernas, o corpo inteiro de Miko estava tremendo. Harley se inclinou para trás em seus pés, chegando a puxar a sua própria camisa sobre a sua cabeça. Seus olhos brilhavam de excitação quando ele olhou para o corpo nu de Miko. Cristo, ele estava duro. Seu pau esfregou dolorosamente contra os dentes do seu zíper. ― Deus, você é muito sensível ― ele murmurou, com sua voz rouca e ofegante. Ele estendeu a mão para puxar suavemente o mamilo de Miko, atraindo um gemido ansioso dos seus lábios. ― Ta-bom? ― Miko sussurrou sem fôlego. ― Oh inferno, sim. Eu nunca conheci alguém tão sensível como você. É muito excitante, Miko. ― Harley segurou a mão de Miko e a colocou sobre a


protuberância muito saudável no seu jeans. ― Veja o que você faz para mim, o que você faz comigo? ― Preciso... preciso... ― Miko choramingou quando os seus dedos flexionaram contra o pau de Harley sob o seu jeans. ― Role sobre o seu estômago ― ele ordenou. Miko franziu a testa, mas fez como Harley ordenou, rolando em seu estômago. ― Oh droga, ― Harley sussurrou quando ele levou as mãos para baixo sobre as bochechas da bunda de Miko , massageando suavemente antes de separá-las. ― Você é fodidamente bonito, Miko. Harley se abaixou para passar a sua língua sobre o vinco entre as bochechas da bunda de Miko. Ele passou a língua sobre o vinco de Miko de novo e de novo, pressionando um pouco mais a cada vez. Vários gemido depois, ele finalmente levantou a cabeça e olhou para Miko. ― Você está pronto para mim, bebê? ― Hai! ― Miko respondeu de forma instantânea quando um tremor atravessou o seu corpo. Harley riu, quando ele pulou da cama e desabotoou a sua calça e camisa. Ele deixou cair no chão antes de subir de volta na cama entre as pernas de Miko. Harley rapidamente pegou a garrafa de óleo que ele tinha encontrado anteriormente durante a busca na cabana e despejou em seus dedos. Não era lubrificante, mas serviria. As pernas de Miko começou a tremer quando Harley esfregou um pouco de lubrificante para baixo entre as bochechas da sua bunda e sobre o seu buraco tremendo, empurrando suavemente com um dedo. Ele gemia


quando Harley tocou direto em seu ponto doce, acariciando-o várias vezes antes de adicionar um segundo dedo. ― Harley-ch-chan... não... não durar muito tempo ― Miko gemeu. ― Eu pensei que era essa a ideia. ― Harley riu quando ele acrescentou um terceiro dedo, cuidadosamente esticando o seu amor. ― Harley-chan... Harley... por favor, Harley... agora ― Miko implorou. ― Ok, bebê. ― Harley tirou os dedos e os substituiu com o seu pênis, empurrando lentamente o seu caminho, um gemido longo caiu entre os seus dentes cerrados. ― Oh inferno, Miko, eu senti tanto a sua falta. Miko pegou os lençóis ao lado dele em um aperto quando Harley começou a empurrar para ele, cada impulso mais forte e mais rápido até que a cama inteira tremeu. Os únicos sons na sala eram as suas respirações pesadas, o gemido ocasional, e o ruído de tapas quando os seus quadris batiam juntos. De repente, Harley parou, batendo de leve na bunda de Miko. ― Virese bebê. Eu quero ver você gozar. Miko rapidamente rolou. Ele arqueou as costas, os olhos fechados, quando Harley ergueu as suas pernas sobre os seus braços e se empurrou para dentro dele. As unhas de Miko cavaram nos braços de Harley quando ele se agarrou. ― Abra os olhos, Miko. Eu preciso ver os seus belos olhos ― Harley exigiu quando ele começou a empurrar em Miko novamente. Miko abriu os olhos, seu olhar estava desfocado quando ele olhou para Harley.


Deuses, ele estava quente. Os profundos olhos caramelos de Miko, estavam esfumaçados e cheio de desejo, enquanto ele olhava para Harley. ― Toque-se, bebê. Eu quero que você goze comigo. E é melhor você se apressar. Eu estou quase lá. ― Haiii ― Miko gemeu. Seus olhos reverteram em sua cabeça, seu pescoço e suas mãos arquearam apertando os braços de Harley. Quando ele gozou, surtos de creme branco dispararam do seu pênis para pousar entre eles. ― Ai caramba! ― Harley sentiu o canal apertado começar a contrair em torno dele, com intensidade quase brutal, e os seus golpes se tornaram selvagens e erráticos enquanto ele procurava a sua própria liberação. Ele rugiu enquanto empurrava duro em Miko, seu pênis pulsando com prazer. Os músculos internos de Miko se apertaram em torno dele, prolongando o seu orgasmo até que ele caiu em cima de Miko.

Capítulo Oito

Os olhos de Miko estalaram abertos de medo, paralisando-o quando ele percebeu que a mão de alguém cobria a sua boca. Ele pensou por um


momento que havia sido encontrado, e o seu coração doía, porque ele não sabia se ele poderia salvar Kei e Harley. E então ele viu os brilhantes olhos azuis de Harley olhando para ele. ― Alguém está lá fora, ― Harley murmurou sua voz quase um sussurro. ― Se vista, em seguida, pegue o bebê e se esconda. Não faça barulho. Miko acenou que ele entendeu. Assim quando Harley se afastou, Miko rolou para o lado da cama e pegou as suas roupas. Ele tentou ser tão tranquilo quanto ele possivelmente poderia quando ele puxou a calça jeans e a camisa. Ele dispensou os sapatos em favor de ir pegar o bebê. Kei estava dormindo pacificamente em uma pequena cesta ao lado da lareira, onde estava quente. Miko correu e o pegou, envolvendo o cobertor do bebê em torno dele. Ele segurou Kei contra o seu peito enquanto ele examinava o quarto aberto por um lugar para se esconder. Nada parecia promissor. Miko e Kei não ocupavam muito espaço, mas não parecia ter um único ponto aonde eles poderiam se esconder. ― Banheiro ― Harley sussurrou quando ele apontou para a única sala no local. Miko concordou e começou a ir para o banheiro quando ouviu uma chave na porta. Ele congelou os olhos fixos na maçaneta. Medo se agarrou a Miko, tornando quase impossível respirar. Quando a maçaneta começou a girar, Miko correu atrás da porta. Ele sabia que ele nunca iria chegar a porta do banheiro a tempo de não ser visto. O seu coração batia em seu peito quando ele se agachou e rezou para que não fosse visto.


A porta parecia abrir tão lentamente que os seus nervos começaram a aperta com a ansiedade. Enquanto ele não queria enfrentar a batalha, ele odiava a espera. Não sabendo o que ia acontecer era um inferno em seu pedaço de mente. ― Olá! ― Uma voz masculina gritou quando uma figura alta entrou no quarto. ― Fique aonde está, ― Harley chamou de volta. A mão do homem caiu da porta e, em seguida, os dois subiram lentamente para o ar. ― Olha, eu não quero nenhum problema. Apenas pegue o que quiser e vá embora. ― Nós estávamos indo embora. ― Nós? Que... ― O homem se virou lentamente, obviamente, digitalizando o espaço para quem quer que Harley estivesse falando. Seus olhos pousaram em Miko. ― Oh, inferno, você tem um bebê. ― Fique longe do meu filho! ― Harley estalou quando ele deu um passo ameaçador para frente. A cabeça do homem se virou para olhar para Harley novamente. ― Ele é seu filho? Os olhos de Harley se estreitaram. ― Sim. Os olhos do homem mais uma vez caíram sobre Miko e Kei. ― Onde está a sua mãe? ― Ele não tem uma mãe, ― Harley argumentou. Os olhos de Miko corriam para trás e para frente entre os dois homens. Ele podia ver um pouco da tensão nos ombros de Harley se soltar e esperava que fosse uma coisa boa. Tão lentamente quanto pôde, Miko ficou de


pé então correu em volta da mesa para ficar ao lado de Harley sem andar passando pelo estranho. Os braços de Harley imediatamente se fecharam em torno dele. ― Ele é seu, também? ― O homem acenou com a cabeça em direção a Miko. Harley rosnou, deixou cair os braços e deu um passo na frente de Miko. ― Sim. Ele é. Você tem um problema com isto? ― Não, apenas checando para ver o caminho que o vento sopra. Miko seria a primeira pessoa a admitir que ele não entendia um monte de gírias americanas, mas as palavras do desconhecido não faziam absolutamente nenhum sentido. ― Harley-chan? ― Miko perguntou em japonês. ― O que ele quer dizer com isso? ― Eu simplesmente queria saber se era seguro trazer o meu parceiro para dentro ― respondeu o homem em um japonês impecável. As sobrancelhas de Miko subiram para a sua testa. Ele atingiu o pico em torno de Harley quando choque rolou por ele. ― Você fala japonês? O homem sorriu, fazendo-o parecendo anos mais jovem que tinha quando entrou, ― Eu falo. ― O homem apertou as mãos e inclinou-se. ― Eu sou Harold Wright. É um prazer conhecê-lo. Miko repetiu o gesto o melhor que podia com Kei em seus braços. ― Mitsuaki Kaneko Thomas. ― Thomas Qualquer relação com o Thomas que comprou o rancho a oeste daqui? Miko correu para trás de Harley quando ouviu o rosnado homem.


Ele queria acreditar que o homem que falava japonês impecável não era um homem mau, mas, mesmo que ele não fosse estúpido o suficiente para pensar que falar japonês fazia alguém legal. ― Como é que você sabe sobre o rancho Thomas? ― Harley pediu, mas Miko podia ouvir a borda de aço de raiva em sua voz. ― É uma área pequena. ― Harold riu. ― Desde que eu tenho direitos sobre a água, eu sempre mantive um olho em qualquer pessoa que compra terras por aqui. Não quero o meu lago poluído, e o rancho Thomas faz fronteira do outro lado do lago. ― Sim, é a nossa fazenda. Harold balançou a cabeça como se ele já soubesse disso. ― E você está na minha cabana, por quê? ― Tivemos alguns problemas no rancho e tivemos que sair às pressas. Precisávamos de um lugar quente para passar a noite, ― Harley respondeu, um pouco da tensão desaparecendo da sua postura rígida, mais uma vez. ― Estava muito frio lá fora para Miko e Kei. Nós vamos pagar por tudo que usamos tão logo possamos chegar a um telefone. ― Você pode usar o meu. ― O homem enfiou a mão no bolso e tirou um telefone celular, segurando-o para Harley. ― A recepção é um pouco pegajosa, mas funciona a maior parte do tempo. Miko ficou atrás de Harley quando o homem pegou o telefone celular e encarou a marcação. Ele ouviu Harley falar, mas ele estava mais interessado no homem que podia falar impecavelmente japonês e não prestou atenção ao que a Harley estava dizendo. Além dos seus irmãos, tinha se passado um longo tempo desde que ele tinha conversado com alguém que pudesse falar japonês muito bem.


Harley falava, mas era óbvio que não era a sua língua nativa. Este homem poderia ter nascido no Japão. Miko saltou quando Harley bateu o telefone fechado e entregou-o de volta para Harold. Harley recuou e passou o braço em torno do ombro de Miko, mantendo-o próximo ao seu lado. ― Obrigado ― disse Harley. ― Se você não se importa da gente ficar aqui mais um par de horas, alguns amigos meus estarão vindo para nos pegar. ― Não, isso é bom ― Harold disse quando ele olhou para trás em direção à porta da frente. ― Mas você se importa se eu trouxer o meu parceiro para dentro? Droga.. Harley tinha endurecido as costas com as palavras do homem. Miko revirou os olhos. Ele estava ficando cansado de todo este material de capa e espada. Ele entendeu que eles estavam em um monte de perigo e Harley não sabia em quem ele podia confiar. Mas toda essa tensão não pode ser boa para ele. ― Por favor ― disse Miko em japonês de novo, ― Traga o seu parceiro pata dentro ― Harold olhou para Harley, esperando por ele acenar antes de se virar para a porta e acenar com a sua mão. Um momento depois, uma porta de carro bateu e depois passos podiam ser ouvidos quando quem estava do lado de fora se aproximou do pátio. O homem baixo, de cabelos escuros, que apareceu na porta não era o que Miko esperava. Seu cabelo era muito menor do que o de Miko, mas não havia como disfarçar a herança japonesa do homem. ― Hiroki, temos alguns convidados ― Harold disse ao pequeno homem em Inglês. ― Este é Mitsuaki e...


― Harland Thomas, ― Harley disse. ― Este é Mitsuaki e Harland Thomas, e seu filho. Eles são donos da fazenda do outro lado do lago. ― O sorriso de Harold se encheu de orgulho e adoração enquanto olhava do homem ao lado dele para Miko e Harley. ― Este é o meu Hiroki. Hiroki assentiu. ― Olá. Só então, Kei acordou e começou a agitação. Miko imediatamente se aproximou e pegou a bolsa do bebê, em seguida, levou-a para a cama. Ele colocou Kei deitado e começou a pegar as coisas para trocar a fralda do bebê e fazer uma mamadeira. Quando ele terminou, ele pegou o bebê e se virou. E congelou. ― Por que você olha? ― ele perguntou, vendo que todos na sala o estavam observando. Harley riu e caminhou para roçar um beijo no topo da sua cabeça. ― Nenhuma razão, bebê. Nós estávamos apenas vendo você ignorar a situação inteira cheia de tensão como se ela não existisse para que você possa cuidar de Kei. ― Ele molhado e com fome. Ele chorar. ― Essa foi uma explicação tão boa como qualquer uma que Miko poderia dar. ― Ele não feliz. Harley riu novamente e se virou para o sofá e cadeiras perto da lareira. ― Eu gostaria de pedir para que você se sentasse enquanto esperamos pelos nossos amigos, mas esta é a sua cabana. Harold sorriu quando ele levou Hiroki para uma das cadeiras, tendo a outra para si mesmo. E, enquanto eles poderiam estar sentados em assentos separados, as suas mãos estavam juntas no braço das cadeiras.


― Tem sido um longo tempo desde que tivemos convidados aqui ― disse Harold. ― Eu costumava vir aqui todo o tempo com a minha família. ― O sorriso caiu do seu rosto, e de repente ele parecia triste. ― Mas isso foi há muito tempo atrás. ― Você família morrer? ― Miko perguntou. ― De certa forma, acho que você poderia dizer isso. Minha família não aprova o meu relacionamento com Hiroki. Meus filhos não querem ter nada a ver comigo até que eu o deixe, e eu não vou. Isso seria como desistir do meu coração. Então... Miko entendia não ser aceito por membros da família por causa de quem ele escolheu para amar. Ele entendia de uma maneira demasiada. ― A mãe de Harley tentar tirar Kei, dizer que ele não tem nome Thomas. Ela louca quando disser não e fizer a casa ir boom ― Miko estalou os dedos no ar para enfatizar o que ele estava falando. As sobrancelhas de Harold se ergueram. ― É por isso que todos os caminhões de bombeiros estão empilhados na estrada. Achei que havia um incêndio ou algo assim. Eu estava meio preocupado com a cabana. Eu não tinha ideia de que era a sua casa. ― Os olhos de Harold correram entre Miko e Harley. ― Está tudo bem?! ― Nós saímos a tempo ― disse Harley. ― Mas agora você pode entender por que estavam usando a sua cabana. Nós estávamos tentando chegar a um telefone para que pudéssemos chamar alguns amigos para vir nos pegar. Nós esperávamos que houvesse um aqui. Como não havia, nós tínhamos planejado caminhar até a estação de serviço na estrada, mas Miko e Kei precisavam descansar primeiro. ― Você é bem-vindo a qualquer coisa que temos.


Harley riu. ― Se você não chamar a polícia por invasão de domicílio é mais do que suficiente. ― Bem... ― Harold olhou ao redor da pequena cabana. ― Eu realmente não acho que você quebrou nada. ― Como vocês se conheceram? ― Miko perguntou, interrompendo a conversa acontecendo entre Harold e Harley. Ele se lembrava claramente de como ele conheceu Harley. Ele estava curioso para saber como o outro japonês ele conheceu o outro americano como Harley. ― Essa é uma história muito longa, Mitsuaki ― disse Harold. ― Tem certeza que você quer ouvir? ― Hai. ― Bem, não diga que eu não avisei. ― Harold riu quando ele olhou para Hiroki depois, lentamente, voltou-se para olhar para Miko. ― Eu estava estacionado no Japão, quando eu estava no serviço. Eu conheci Hiroki no mercado local e estava imediatamente apaixonado. Mas, por causa da sua família e da não pergunte, não diga da política do governo dos Estados Unidos, tivemos que manter a nossa relação em segredo. Miko olhou para Harley. ― Isso porque seus amigos não sabem de mim? ― Vamos lá. Nós não éramos autorizados a falar sobre os nossos relacionamentos, se eles não eram do sexo masculino-feminino. Imagine a minha surpresa quando cheguei em casa e descobri que essa política tinha sido revogada. Fiquei emocionado e disse a todos sobre você. ― Ok, Harley-chan. ― Miko sorriu quando ele se virou para Harold. ― Você falar agora.


― Ok. ― Harold riu. ― Bem, Hiroki e eu estamos juntos há cerca de um ano, quando eu fui ferido. Eu foi enviado de volta para casa e acordei no hospital dos veteranos. Tentei enviar uma mensagem para Hiroki e deixá-lo saber aonde eu estava e que eu estava bem, mas o seu telefone tinha sido desligado. Todas as cartas que escrevi a ele foram devolvidas fechadas. Eu pensei que ele estava tentando me dizer que estava acabado. ― Hiroki repente se levantou e deu um passo para se sentar no colo de Harold. Para Miko, que sempre foi ensinado que demonstrações públicas de afeto estavam erradas, foi uma experiência de abrir os olhos por ver o outro homem japonês ser tão abertamente afetuoso com o seu amante. Ele espiou Harley para ver qual a sua reação para o ato. Harley estava sorrindo para os dois homens, parecendo feliz em vê-los juntos. Miko franziu a testa e olhou para Harold e Hiroki. Miko não tinha certeza se ele estava pronto para se sentar no colo de Harley, supondo que isso não estivesse gritando em seus os olhos, mas ele não se importaria de estar um pouco mais perto. Miko chegou mais perto de Harley no sofá até que as suas coxas se tocaram. Ele baixou os olhos e mexeu com o cobertor cobrindo Kei quando Harley olhou para ele. Um momento depois, sentiu o braço de Harley casualmente se envolver em torno dos seus ombros. Miko lhe lançou um rápido sorriu e voltou a ouvir Harold. ― Havia muita pressão da minha família e amigos, e sem o homem que eu realmente queria, não havia razão para não entrar. Então, eu encontrei uma garota, e me casei, e tive uma família. ― Harold sorriu novamente, mas ele estava cheio de tristeza e pesar. ― Minha Carrie era uma boa mulher. E ela foi honesta. Ela sabia sobre os meus sentimentos por Hiroki. Eu nunca escondi


isso dela. Quando ela ficou doente, ela me fez prometer que iria encontrá-lo depois que ela falecesse. Ela queria que eu fosse feliz. Harold respirou fundo e tentou sorrir novamente, mas Miko podia ver as lágrimas em seus olhos. ― Tivemos quase 20 anos juntos, e eu nunca me arrependi de um único deles. Quando Carrie faleceu, eu contratei um detetive particular para encontrar Hiroki. Eu pensei que ele ainda estaria no Japão, então eu fiquei chocado quando descobri que ele estava morando em Nova York. Eu fui e encontrei-o e... Hiroki acariciou os dedos pelos cabelos curto e grisalho de Harold, quando o homem virou o rosto no pescoço de Hiroki. Ele sorriu quando ele se virou para Miko e Harley. ― Minha família não queria que eu fosse com um americano. Eles queriam que eu me casasse com uma boa menina japonesa. Quando descobriram o meu relacionamento com Harold, eles me mandaram embora e não me permitiram entrar em contato com ele. Até o momento que eu voltei, Harold já tinha sido ferido e enviado de volta aos Estados Unidos. Eu o segui determinado a encontrá-lo. ― Você o encontrou? ― Miko perguntou quando o homem parou de falar. ― Eu fiz, mas até então ele havia se casado com a sua esposa e tinha um casal de filhos. Eu não queria interferir nisso, então eu fui embora de novo. Eu não o vi novamente por quase dez anos, e depois, um dia, ele simplesmente apareceu na minha porta. ― Hiroki repente sorriu e, desta vez, ele se encheu de alegria ao invés de tristeza. ― Isso foi há cinco anos. Nós não nos separamos nem uma única noite desde então. ― Só a sua esposa morreu? ― Harley perguntou. ― Eu pensei que você disse que a sua família inteira tinha morrido. ―


― Meu... uh... meus filhos não aceitam o meu relacionamento com Hiroki. Eles acreditam que eu estou sendo desrespeitoso à memória de Carrie por estar com ele. ― Harold fez uma careta. ― Eu não acho que tem alguma coisa a ver com Hiroki ser japonês ou até mesmo ser um homem. Eles só não podem me ver com ninguém, exceto a sua mãe. ― Eles vêm por aí ― disse Miko. ― Eles não apenas compreende. ― Talvez. ― A família precisa família ― Miko disse. ― Se você não quer a família, vamos levá-lo. A boca de Harold caiu aberta, e ele apenas olhou para Miko. Em seguida, uma alta risada caiu dos lábios do homem. ― Eu gosto de você, Mitsuaki. Você e um homem bom. ― Quantos anos você? ― Miko perguntou. Harold piscou. ― Huh... 47. Por quê? ― Você não tem idade para ser avô ― disse Miko quando ele se levantou e levou Kei para Harold, delicadamente colocando o bebê nos braços de Harold. ― Você ser tio. Miko estava muito feliz com ele mesmo quando ele ouviu o suave suspiro de Harold. Ele se virou e caminhou de volta para se sentar ao lado de Harley, não perdendo o aceno de aprovação que o seu amante enviou. Ele tinha feito direito, e ele sabia disso. Harold precisava de uma família que aceitasse o seu amor por Hiroki, assim como Harley. E se as suas famílias não aparecesse e se unisse, Miko criaria uma nova família para todos eles. ― Então, me diga sobre este problema que você está tendo.


― Minha mãe odeia o fato de que eu casei e tive um filho com alguém que não é rico, não branco, e não americano. ― Não é porque você está com um homem? ― Não, ela poderia se importar menos sobre isso. É a coisa toda da raça com ela. Minha mãe é uma fanática de ódio, puro e simples. Miko não tinha um centavo no seu nome quando eu o conheci, e ela não pode suportar isso. Mesmo que fosse com outro homem, minha mãe teria aprovado se eu tivesse me casado com um rico banqueiro de investimento ou um médico ou apenas alguém que veio de dinheiro. ― E a criança? ― Hiroki perguntou sua voz suave. ― Ele é seu? ― Ah, sim. ― Harley sorriu quando ele trouxe a mão de Miko à boca, um beijo contra a parte superior. ― Miko arranjou com a sua irmã para ser inseminada com o meu esperma. Foi o mais próximo que pudermos chegar a ter um filho com ambas as nossas genéticas. ― E a sua mãe odeia isso o suficiente para tentar matá-lo? ― Harold olhou duvidoso como se ele não pudesse entender a ideia. Miko sabia como ele se sentia. Ele ainda estava se recuperando do fato de que Marilyn tinha tentado matá-los todos. ― Ela queria apenas tomar Kei ― disse Harley. ― Ela até disse que iria encontrar uma boa casa com a sua própria espécie, desde que ele não levasse o nome Thomas. Quando eu disse que não, ela contratou capangas me nocauteou. Miko me encontrou e me libertou. Fui verificar o carro enquanto Miko arrumava tudo, e eu encontrei um dispositivo explosivo fixado à estrutura do carro. Corri para dentro e peguei Miko e Kei, e apenas corri. Mal tínhamos feito isso para a floresta quando a casa explodiu.


― Droga. ― Harold esfregou a mão sobre o rosto, um olhar de choque total fazendo o seu rosto pálido. ― Eu não posso acreditar que ela tentou matá-lo só porque ela não queria que o seu filho tivesse o seu nome. ― O nome Thomas é muito importante para ela, e ela está acima matando para mantê-lo brilhando do jeito que ela quer. ― Como podemos ajudar? ― Harold perguntou. Harley sorriu para o homem. ― Você já fez mais do que suficiente, acredite. Não nos entregando para as autoridades por invadir a sua cabana é uma grande ajuda. Uma vez que os meus amigos cheguem aqui, vamos estar fora do seu cabelo. Eu prometo. Harold acenou com a mão para Harley. ― Fique o tempo que quiser. Hiroki e eu gostamos de receber visitas. Só então, um veículo pode ser ouvido puxando para cima na unidade. ― Eu acredito que os seus amigos estão aqui. ― Harold soltou um suspiro alto. ― Eu acho que isso significa que eu tenho que devolver este pacote precioso. Miko sorriu quando ele se levantou e caminhou para pegar o bebê. ― Você pega o número de telefone, venha visitar o sobrinho a qualquer hora. ― Nós vamos fazer isso ― Harold respondeu. ― Obrigada. ― Miko, por que você não pega as malas ― disse Harley quando ele se levantou. ― Eu vou cumprimentar os rapazes para que eles saibam o que está acontecendo. ― Hai. ― Harold, gostaria de se juntar a mim? Eu gostaria de apresentá-lo a alguns dos meus amigos.


― Sim, eu posso fazer isso. ― Harold bicou Hiroki nos lábios, em seguida, colocou o homem de pé e se levantou. ― Eu volto logo, meu amor. ― Hiroki assentiu. Ambos assistiram quando Harley e Harold saíram da cabana. Miko caminhou até a cama e colocou Kei para baixo no colchão. Ele pegou uma das malas e começou a empurrar os itens de volta para dentro. Ele meio que odiado sair. Ele gostava daqui. Além do fato de que eles conheceram dois novos amigos, Harley e ele tinham uma espécie de reconecção neste pequeno lugar. Ele era especial. ― Posso segurá-lo? ― Hiroki perguntou. ― Hai. Miko olhou Hiroki quando ele levantou o bebê em seus braços. O homem era muito cuidadoso, certificando-se de que ele apoiava a cabeça Kei. Isso era bom. ― Ele cheira exatamente como eu pensei que um bebê deveria. ― Você não esteve em torno do bebê antes? ― Não. ― Você muito bem com ele. O rosto de Hiroki ficou vermelho. ― Obrigado. ― Você precisa ter próprio bebê. ― Minha família nunca aceitaria, e Harold não tem irmãs. ― Use substituto. Não tem que ser relação, apenas japonês. Hiroki riu. ― Eu acho que eu sou muito velho para me tornar um pai agora. ― Nunca se é demasiado velho. Bebê tornar jovem.


― Talvez. Miko virou e olhou para Hiroki, de repente, curioso sobre uma coisa. ― Como você fala Inglês tão bom? ― Estive aqui por um tempo muito longo. Eu me acostumei a falar Inglês. Para dizer a verdade, é uma espécie de refresco falar com alguém que sabe japonês. A pequena comunidade em que eu morava não me deixou ter qualquer coisa a ver com eles quando souberam que eu estava envolvido com outro homem. Miko balançou a cabeça em desgosto. ― As pessoas dizer. ― Enquanto eu tiver Harold, eu não ligo para o que os outros pensam. ― Hai ― Miko se sentia exatamente da mesma maneira. O resto do mundo pode ir se foder aonde Harley estava em causa. Enquanto ele tinha Harley e Kei, ninguém mais importava. ― A família é com a gente agora. Nós ficar bem. Hiroki sorriu. ― Hai. Miko chegou até a pegar o bebê novamente quando um grito veio de fora da cabana. Ele foi seguido quase imediatamente por um grande estrondo. Miko sabia o que aquele som era, e enviou uma corrida de gelo através da sua corrente sanguínea. Ele agarrou a bolsa e Kei. ― Hiroki, correr, se esconder! ― ele gritou quando ele correu para o banheiro. Antes que ele pudesse alcançar a segurança do banheiro, a porta caiu, se estilhaçando como se alguém a tivesse chutado. Miko virou, então, rapidamente começou a recuar quando ele reconheceu um dos grandes homens que tinha invadido a sua casa com a mãe


de Harley. Ele não sabia quem era o outro cara. Ele só sabia que tinha que ir embora. Ele tinha que ter Kei escondido antes de ser levado. ― Pegue o maldito garoto! ― um dos homens agarrou. ― Vou pegar o brinquedo do menino. Os olhos de Miko se arregalaram quando um dos homens foi em direção a ele. Ele se virou e correu para o banheiro. Miko deu dois passos antes dele ser agarrado por trás e empurrado para o chão. Ele mal conseguia evitar de cair em cima de Kei e esmaga-lo. ― Dê-me o moleque! ― Não! ― Miko gritou quando ele começou a lutar, tentando agarrar Kei e bater e chutar o homem ao mesmo tempo. Um punho grande de carne bateu na lateral da cabeça de Miko. Ele gritou e caiu no chão, Kei chorando quando ele rolou para fora dos braços de Miko. ― Não ― Miko sussurrou enquanto observava o grande homem pegar Kei. Sua cabeça latejava de dor. Seus olhos estavam tão embaçados que ele mal podia ver. ― Por favor, não. O homem ignorou Miko, virando-se para o outro intruso. ― O que você quer que eu faca com ele? ― O cara perguntou quando ele apontou para Miko. ― Idiota a senhora quer o cara japonês levado para ela. ― Qual? Há dois deles. ― Ah inferno, leve os dois. A patroa pode separá-los.


Capítulo Nove

Harley acordou tremendo. Um momento, ele estava com frio. O próximo, ele estava acordado e sabia que ele estava em apuros. A consciência em segundos veio para ele, ele começou a balançar o seu punho, determinado a tirar quem o estava atacado. Miko, Kei, e Hiroki estavam dentro da cabana, e eles precisavam ser protegidos a todo custo, mesmo que isso significasse a sua vida. ― Harley, cara! ― alguém gritou. ― Calma. O peito de Harley doeu com o quão rápido o seu coração estava batendo. Ele lentamente baixou os punhos quando ele percebeu que Bill pairava sobre ele. ― Bill... ― Tá. Peguei você. ― Bill olhou ao seu redor. ― Que diabos aconteceu aqui? Os olhos de Harley se arregalaram quando as suas memórias vieram a ele.


― Miko! ― ele gritou quando ele rolou de pé e correu para a cabana. Os piores temores da Harley foram realizados quando ele entrou e viu a destruição no interior do edifício vazio. Rezando, Harley correu para o banheiro. Estava vazio como o resto da cabana. Assim como estava vazio o coração Harley. ― Eles se foram. ― Quem, Harley? ― Bill perguntou. ― Quem está faltando? ― Miko e Kei. ― E Hiroki ― alguém disse. Harley se virou para ver Harold parado na porta da cabana, os punhos cerrados quando ele observou a cena dentro da cabana. ― Hiroki está faltando, também? ― Sim ― Harold rosnou. Seus olhos eram fendas estreitas de raiva quando ele girou para Harley. ― Eu quero saber em que porra você está envolvido e por que o meu Hiroki foi arrastado com ele. ― Eu não sei, Harold. Sinto muito! ― Desculpa não é bom o suficiente, porra! ― Harold gritou. ― Alguém pegou o meu Hiroki, e eu o quero de volta. ― Eles levaram Miko e Kei, também. Você não acha que eu os quero de volta? Todos eles? ― Harley ― disse Bill quando ele se aproximou dele, ― O que está acontecendo aqui? Onde estão Miko e Kei? ― Bill acenou com a mão ao redor da cabana destruída. ― O que aconteceu aqui?


― Oh! ― A garganta de Harley parecia que ia se fechar enquanto olhava ao redor da sala. Não havia muito no lugar para começar, mas o que havia tinha sido completamente destruído. ― Essa cadela o levou. Bill piscou. ― Você poderia ser mais específico, por favor? ― Minha mãe? ― Sua mãe fez isso? ― Não, minha mãe mandou os seus capangas para fazer isso. Eles pularam em mim e Harold quando fomos para fora. Ouvimos um carro e eu pensei que eram vocês chegando. Miko e Hiroki estavam dentro da cabana com Kei, recolhendo as nossas malas prontas para ir. ― Qual e a ultima coisa que você lembra? ― Nada. Harley fez uma careta quando ele correu os dedos por cima do seu couro cabeludo. ― Fui atingido na cabeça por uma arma. Bill se virou para olhar Harold. ― E você? Qual e a ultima coisa que você lembra? Nada. ― Praticamente a mesma coisa. ― Como eram? Harley franziu a testa enquanto ele se arrastou através das suas memórias. ― Eu acho que eram quatro ou cinco deles. Eu sei quem me bateu fora, e eu vi Harold lutando com outros dois. Dois saltaram em mim. Eu não me lembro de nada depois disso. ― Qualquer coisa que você se lembra?


― Eu vi pelo menos dois dos homens na minha casa com a minha mãe antes dela bater a minha bunda para fora e explodir a casa. As sobrancelhas de Bill subiram para a sua testa. ― Ela explodiu a sua casa? ― Sim. ― Ok, eu estou chamando Charlie ― disse Bill quando ele puxou o celular e o abriu. ― Nós vamos precisar de todo mundo junto. ― Todos? ― Harley perguntou. ― Quem é todo mundo? Bill sorriu. ― Metade deles fazia parte da equipe que entrou na América Central e puxou o seu rabo para fora. A outra metade estava em casa dirigindo o show. ― E você acha que vai ajudar? ― Harold perguntou. ― Eles não me conhecem ou Hiroki. Sem qualquer coisa, o sorriso de Bill cresceu ainda mais. ― Ah, sim, eles vão ajudar. A cabeça de Harold se inclinou ligeiramente quando ele franziu a testa. ― Por quê? ― Uma vez marine, sempre marine. A boca de Harold caiu. ― Como você sabia que eu era da marinha? ― É a maneira como você se comporta ― disse Harley, sabendo exatamente o que Bill estava pensando pelo sorriso no seu rosto. ― Todo homem que passou através da formação da marinha tem. ― Eu poderia ter estado em um ramo diferente das forças armadas ― Harold protestou. ― Não. ― Bill riu. ― Porque então eu não gostaria de você.


Algumas horas mais tarde, Harley se viu em uma sala cheia de fuzileiros navais, tanto na ativa e aposentados. Ele ainda estava se recuperando de tudo o que tinha acontecido, e o quão rápido isso havia acontecido. Num minuto Bill estava ao telefone. No próximo, Harold e Harley foram levados em um carro e levado a um heliporto nas proximidades. Eles foram levados pelo ar, pousando em um campo de tiro de pedra de uma grande mansão de antes da guerra civil. Agora, uma sala de guerra tinha sido colocada no escritório da mansão. Pessoas haviam sido chamadas para consultas iniciais e tinha tantos nomes que depois das suas apresentações Harley mal conseguia saber quem era quem. Do que ele reuniu, havia diversos marines lá, Harley sabia das missões que eles tinham ido juntos, um ex-agente da DEA, um xerife, um senhor que era mais rico do que Midas, um velho fazendeiro, e Charlie, que parecia tem mais conexões, que o Pentágono. ― Como você está, filho?


Harley esfregou o seu pescoço quando ele se virou para olhar para o velho falando com ele. Ele tinha certeza de que este era o agricultor. Ele certamente estava vestido como um fazendeiro. Harley tentou enviar-lhe um sorriso, mas sabia que ele falhou quando o homem bufou. ― Seja honesto, filho. Eu sei que você está com medo pela sua família. ― Eu estou. Eu sei do que a minha mãe é capaz de fazer. Eu também sei que Miko vai fazer qualquer coisa para manter o nosso filho seguro. Ambos os pensamentos me assustam até a morte. ― Se alguém pode encontrá-los, esse é Charlie. ― O velho fez um gesto por cima do ombro com o polegar. ― Ele é bom neste tipo de coisa. ― Ele teve que resgatar um monte de vítimas sequestradas, não é? ― Ele ajudou a planejar o seu resgate e de Ângelo. E alguns meses atrás, quando o meu neto Robby foi sequestrado por um psicopata, Charlie ajudou a resgatá-lo. Então, sim, eu tenho que dizer que Charlie é tipo muito bom nisso. Harley fez uma careta quando ele olhou para além do velho para os homens reunidos em torno de uma grande mesa. ― Isso é muito ruim. Eu não consigo pensar em nada pior do que se tornar bom em resgatar vítimas de sequestro. ― Infelizmente, esse é o mundo em que vivemos hoje. Harley deu um suspiro. ― Sim, eu suponho que é. ― Mas isso não é tudo o que Charlie faz ― o homem insistiu. ― Ah! ― Tome por esta casa. Charlie comprou, mas ele não entendia por que ele tinha comprado uma casa tão grande, na época, era só ele e os dois


filhos. Algumas semanas depois que ele se mudou, meu neto John Henry e um monte da antiga unidade de Charlie estavam vivendo aqui. Houve mais algumas adições ao longo do tempo, como Robby, Bill, e Ângelo. Mas Charlie criou uma casa aqui para eles, uma em que eles estão seguros para serem quem são e amar quem eles querem. ― Parece bom, ― Harley ponderou. Parecia muito legal. Viver em uma casa cheia de fuzileiros também soou seguro, a única coisa que ele não tinha sido capaz de dar a Miko desde que ele voltou. ― Oh, isso fica barulhento de vez em quando, mas é um bom lugar para estar. Eu sei que os meus netos nunca foram mais felizes do que quando eles se mudaram para morar aqui, todos os três. De repente, ocorreu a Harley quem o velho era. Bill tinha falado sobre o homem infinitamente, enquanto eles estavam em missões. ― Você é o avô de Bill. John Henry e eu sorrimos. ― Sou eu. ― Bill é um bom fuzileiro. ― É melhor que ele seja, ― o homem velho no quarto latiu quando ele andou até eles, o riso claro em sua voz. ― Ele foi criado pelo melhor artilheiro que sempre serviu as forças armadas ― Ele estendeu a mão para Harley. ― Eu sou Charles Kenneth Pennington I. Harley apertou sua mão. ― Harland Thomas. ― Eu sou o avô de Charlie. ― Prazer em te conhecer, senhor. Eu trabalhei com Charlie quando eu estava na ativa. Ele é um homem bom.


― Aqui? ― Charles estendeu um pequeno copo cheio de um líquido âmbar no mesmo. ― Eu pensei que você poderia usar isso. ― Obrigado, senhor. ― Harley pegou o copo e bebeu de um só gole, tossiu um pouco quando queimou o caminho para baixo. ― Calma, filho. ― John Henry disse rindo. ― Essa merda vai queimar o cabelo fora das suas bolas. ― Droga. ― Harley ofegou quando ele bateu no peito com o punho. ― Eu disse-te. ― John Henry riu. ― Viagem de Charles para a Louisiana. Ele recebeu de algum bode velho que vive nos igarapés por lá. Um velho louco, também. Ele não vai contar a ninguém aonde ele vive ou faz a sua bebida alcoólica, ou mesmo como ele faz a maldita coisa, mas ele envia uma dessas merdas para Charles a cada poucos meses. Harley sorriu. ― Parece o meu tipo de homem. John Henry assenti. ― Você tem saído com os caras errados, filho. ― Eu tenho saido com o seu neto, ― Harley protestou. As linhas ao redor dos olhos de John Henry se enrugaram quando ele sorriu. ― Exatamente. ― Desculpe interromper, Pops ― Charlie disse enquanto caminhava, colocando a mão no ombro de John Henry. ― Eu preciso falar com Harley. ― O humor jovial de Harley tinha aparecido enquanto falava com os dois velhos cavalheiros, evaporou em uma única frase. Medo renovou-se, tornando-se difícil para Harley respirar. Harley inclinou-se e baixou a cabeça em suas mãos. Bom Deus, ele tinha esquecido tudo sobre Miko e Kei. Pode ter sido por alguns breves minutos, mas ele ainda tinha esquecido de que os seus


entes queridos estavam sendo mantidos em cativeiro pela mulher sádica que lhe tinha dado a vida. Ele era um merda de um idiota. ― Ei, agora, meu filho, ― John Henry disse, dando um tapinha no ombro Harley. ― Eu sei o que você está pensando, e não pense. Tendo alguns minutos para relaxar em uma situação estressante vai fazer você mais capaz de lidar com o que está por vir. ― Se você ficar muito tenso ― Charles acrescentou, ― você não vai fazer nenhum bem para a sua família. ― Eu não estou fazendo a minha família qualquer bem agora. ― Então, venha falar comigo ― disse Charlie. ― Eu preciso obter algumas informações do que eu acho que pode nos ajudar a localizar Mitsuaki, Kei, e Hiroki. Harley ficou de pé, todos muito ansiosos para dar a Charlie qualquer assistência de que necessitava. Era melhor do que apenas se sentar em sua bunda preocupada. Harley queria tomar parte ativa na obtenção de Miko e Kei de volta. Ele deixou de considerada a cadela que levou a sua família como a sua mãe. Ela pode queimar no inferno por tudo o que importava. A única coisa que Harley queria era a sua família. Charlie caminhou pelo corredor indo para a cozinha, sendo a maior que Harley já tinha visto fora de um restaurante. Ele acenou para a Harley para tomar um assento na mesa do café. ― Precisamos saber aonde a sua mãe poderia levar a sua família e Hiroki. ― Hiroki é da família, ― Harley corrigiu Charlie quando ele pensou em como Miko havia adotado os dois estranhos. Seu marido nunca deixaria de surpreendê-lo. Sua casa havia sido destruída, e os bandidos estavam atrás


deles, mas ainda assim Miko encontrou bondade em seu coração para adotar dois desajustados que já não tinham uma família própria. Harley podia sentir-se começando a desmoronar com o que poderia estar acontecendo com os três neste momento. Mas ele não podia. Ele teve que se recompor ou ele não seria de nenhuma utilidade para Miko e Kei, ou mesmo Hiroki. ― Pode ser em qualquer lugar, ― Harley admitiu amargamente. ― Ela tem muito poucos investimentos imobiliários e dinheiro à sua disposição para escondê-los em qualquer lugar do mundo. ― Matou-o pensar para onde o seu marido e seu filho poderiam ter sido enviados. Ele não iria descartar que a sua mãe poderia enviá-los para o Japão. Ela era o mal do caralho. ― As primeiras 48 horas são as mais críticas ― Charlie disse. ― Eu preciso de você para fazer uma lista das suas propriedades e até mesmo aonde ela pode reside. Eu encontrei em casos como estes, o sequestrador gostando de manter a sua vítima perto, só assim eles podem manter um olho sobre eles. Harley não tinha tanta certeza sobre isso. Sua mãe não podia suportar a olhar para Miko, e ela não queria nada com Kei. Não havia um osso de avó em seu maldito corpo. ― Ela pode tentar e enviá-los para o Japão ― Ele expressou o seu pior medo. ― Então nós precisamos ver isso imediatamente. ― Charlie pegou um lápis e um pedaço de papel fora do balcão e enfiou-os na frente de Harley. ― Dê-me essas propriedades e o seu lugar de residência. Harley não tinha certeza do que seria bom fazer, mas ele anotou o que sabia. Não poderia ser mais, ou ela poderia ter vendido às propriedades existentes. Ele não tinha ideia do que ela fez com o seu tempo e dinheiro.


Aparentemente, algum do seu tempo foi gasto conspirando contra a família de Harley, no entanto. Se ele nunca mais a visse na vida, seria muito cedo. ― Aqui! ― Ele deslizou o papel para Charlie, dando ao homem um olhar solene. ― Por favor, traga-os de volta. Charlie balançou a cabeça quando ele pegou o papel e saiu da cozinha. Harley ficou lá se sentindo como se ele devesse estar fazendo alguma coisa, qualquer coisa para ajudar o seu marido e filho. Ele tinha acabado de conhecer Kei e realmente não tinha tido a chance de conhecer o seu filho. Não, ele não ia pensar assim. Harley tinha que permanecer positivo e confiante de que esses homens sabiam o que estavam fazendo. Se não fosse assim, todo o seu mundo iria desmoronar. Harold entrou na sala, dando uma boa olhada em volta. ― Você tem alguns amigos muito assustadores ― disse ele enquanto se sentava à mesa. ― Eu estou feliz que eu não sou o cara mau em tudo isso. Eu não quero que eles venham atrás para mim. ― Não ― admitiu Harley. ― Você não faria isso. ― Você realmente não tem a menor ideia de onde esta a sua mãe, não é? ― Harley inclinou a cabeça para um lado, não tinha certeza do que Harold estava falando. Harold apenas balançou a cabeça, uma pequena risada cair dos seus lábios. ― Sei, por experiência própria, que as pessoas com dinheiro acreditam que podem conseguir tudo o que querem da vida. A família de Hiroki veio do dinheiro velho. Eles usaram isso para tentar nos manter separados. Hiroki simplesmente foi embora, deixou tudo para trás. Ele poderia ter se


importado menos com todo o dinheiro que ele teria herdado se ele tivesse ficado e feito como a sua família queria. ― Soa como um bom homem. Os olhos de Harold tinham um brilho suspeito neles, quando ele respondeu. ― Ele é o melhor. ― Você acha que eles realmente sabem o quanto estamos envolvidos em torno dos seus pequenos dedos? Harold jogou a cabeça para trás quando um alto do riso encheu o ar. ― Oh, eles sabem. Acredite em mim, eles sabem. Harley fez uma careta, embora ele não estivesse exatamente chateado, mais resignado. ― Não é um pensamento assustador. Os olhos de Harold começaram a piscar com diversão. ― Miko é uma bonita pequena bola de fúria. Ele pode trazer-me de joelhos com uma única piscada. ― Harley sorriu mesmo quando ele sentiu as lágrimas se reúnem em seus olhos. ― Ele acha que é o seu trabalho me proteger do mundo. ― Sim, eles tendem a pensar que pode enfrentar o mundo, não é? Harley riu baixo em sua garganta quando ele assentiu. ― Mesmo pensando que eu estava morto, Miko... As sobrancelhas de Harold se juntaram quando de repente ele se sentou mais a frente. ― O que quer dizer morto?


― Eu fui capturado enquanto estava em missão na América Central. Eu fiquei preso por um traficante de drogas por quase dez meses. Durante esse tempo, minha mãe disse para Miko que eu estava morto e o chutou para fora do nosso apartamento. Ela ainda fez um funeral para mim. Os olhos de Harold se arregalaram. ― Droga. Harley riu. ― Miko não deixou que isso o detivesse, no entanto. Ele encontrou uma carreira que ele ama, nos construiu uma casa, e teve Kei. Ele fez os sonhos que falamos antes de eu sair se tornar realidade. Ele não deixou uma coisa pequena como a minha morte pará-lo. ― Meu erro. ― Harold sorriu. ― Todo esse tempo eu pensei que a sua mãe precisava se preocupar com os seus amigos. ― Sim, ela não é muito inteligente, não é? ― Harold perguntou seu desprezo evidente no tom da sua voz. ― Ela é estúpida o suficiente para levar a coisa mais preciosa do mundo de mim. ― Harold de repente ficou sério. Harley podia sentir a avaliação do homem nele, observando a reação dele enquanto ele falava. ― Você sabe que não pode simplesmente deixar ir, né? ― Eu não esperava isso de você ― respondeu Harley. Qual outra resposta poderia dar para Harold quando se sentia da mesma forma? ― Apenas certifique-se que você não possa se justificar em um tribunal de direito. Eu não quero que você pegue 20 anos porque minha mãe é loucura. ― Harley, você sabe do que eu estou falando aqui, certo? ― O canto da boca de Harley chutou quando ele cruzou as mãos e as descansou sobre a mesa. Ele sabia exatamente do que eles estavam falando. Ele não tolerava o assassinato, mas algumas pessoas precisavam ser retiradas para o bem da humanidade.


― Eu suspeito que você esteja falando da mesma coisa que eu. Fazer algo para a cadela que deu à luz a mim, não é uma ameaça para Miko, Kei, ou Hiroki nunca mais. ― Sim, bem... ― Harold esfregou a ponte do seu nariz, em seguida, baixou a mão sobre a mesa. ― Eu só queria ter certeza de que estávamos na mesma onda. Ela é sua mãe depois de tudo. ― Não. ― Harley balançou a cabeça. ― Ela deixou de ser a minha mãe no momento em que ela foi atrás de Miko e do meu filho. Ela não é nada para mim agora. ― Fico feliz em ouvir isso, ― Charlie disse da porta. ― Porque podemos ter uma vantagem.

Capítulo Dez

Miko andou de um lado para o outro no chão, embalando Kei em seus braços. Ele gentilmente acariciou a criança, tentando acalma-la. Kei tinha sido trocado, alimentado posto para arrotar. Nada parecia funcionar. Kei apenas continuou a chorar por tudo o que valia. Miko tinha usado todos os truques do livro, e Kei ainda chorava. Ele tinha estado chorando tão duro por tanto tempo


que agora apenas soltava gemidos abafados vinham do seu pequeno corpo cansado. Miko estava em uma perda. ― Como ele está? Miko olhou para Hiroki e balançou a cabeça. ― Ele está exausto. ― Será que ele vai ficar doente? ― Não sei. ― Miko orou para que Kei não estivesse ficando doente, porque ele realmente não sabia muito sobre bebês. Ele era uma espécie de aprendiz quando ele chegou. Era como um experimento insano e inepto. ― Talvez ele sinta falta do seu pai. Bem, isso fazia sentido. Miko sentia falta de Harley tanto que ele sentia que as suas entranhas estavam indo derramar fora dele. Se Kei estava sentindo falta de Harley tanto quanto ele, isso explicaria por que ele estava chorando. Miko só não sabia se um bebê tão jovem poderia sentir falta de alguém que tinha conhecido apenas por uma questão de dias. ― Qualquer ideia do que esta mulher quer de nós? ― Ela quer de mim, não de você. ― Ok. ― Hiroki franziu os lábios. ― Qualquer ideia do que ela quer de você, então? ― Ela é a mãe de Harley. Não quer que eu ou Kei tenhamos o nome Thomas. ― Miko olhou para Hiroki, odiando o fato que o cara tenha se arrastado para o lixo com a mãe de Harley. ― Ela é uma mulher ruim. Ela tentaria levar Kei antes de explodir a casa. Os olhos de Hiroki se arregalaram. ― Ela não soa muito como uma senhora para mim.


― Eu sinto muito, Hiroki. Eu não queria que isso acontecesse. Hiroki acenou com a mão desconsiderando Miko. ― Você não fez isso, Mitsuaki. Não há nada para você se desculpar. ― Você não estaria aqui se não fosse isso ― Os lábios de Miko estalaram fechados quando ele ouviu uma chave na fechadura da porta. Seu peito começou a doer, e ele percebeu que estava segurando a respiração. Tentou da uma respirada, mas nada parecia estar passando. A cabeça de Miko começou a nadar. Ele pressionou a mão no peito. Ele estava hiperventilando. ― Ai! ― Miko embalou a sua bochecha dolorida e olhou para Hiroki o homem tinha perdido a cabeça. ― Por que você bateu? ― Porque você está ficando histérico ― Hiroki estalou. ― Se eu aprendi alguma coisa de como lidar com os meus pais, é que você nunca os deixe vê-lo suar. Miko arqueou uma sobrancelha depois, lentamente, levantou o braço e cheirou. ― Eu não suo ― ele retrucou irritado que Hiroki tinha batido nele e disse que ele fedia. ― É uma metáfora, Mitsuaki. ― Meta-o quê? ― ― Metáfora ― disse Hiroki em japonês. ― Uma figura de linguagem. Isso significa que não importa o que, você não os deixava saber que você está chateado ou com medo. ― Por que você não disse isso? Miko não entendia por que Hiroki estava apenas olhando para ele, seus olhos piscando lentamente. Parecia uma pergunta razoável para ele.


Aparentemente, Hiroki estava na América por muito tempo. Ele estava pegando seu modo confuso de falar. Hiroki revirou os olhos e virou o rosto para a porta que se abriu. ― Basta se lembrar de não deixá-los saber que você está com medo, Mitsuaki. Miko não tinha certeza real de que fosse possível. Ele estava com mais medo do que nunca tinha estado em sua vida. Ele estava ainda mais assustado do que ele tinha estado quando Marilyn Thomas tinha aparecido no apartamento com os seus capangas contratados e o chutou para fora. Pelo menos esse tempo, ele sabia que ia viver. Desta vez, ele não estava tão certo. Miko sabia que o objetivo final de Marilyn era livrar-se dele e Kei. Ele não tinha certeza se a mulher era louca o suficiente para matar o próprio neto, mesmo que tivesse ideias de vendê-lo para de um casal japonês. Mas, a mulher louca não teria nenhum problema matando Miko, e isso era facilmente perceptível quando ela entrou no quarto com um dos homens protegendo-a. Seus lábios se torceram em uma careta irritada quando os gritos Kei encheram o ar. ― Você não pode calá-lo? ― Marilyn estalou. ― Eu tento, ― Miko disse rapidamente. ― Ele não para. ― Ele com medo ― acrescentou Hiroki em Inglês quebrado. Miko piscou por um segundo antes de olhar para Marilyn. Ele não tinha certeza de que jogo Hiroki estava jogando, mas se o homem não queria que Marilyn soubesse que ele falava Inglês perfeito, Miko não ia denunciá-lo. ― Bem, faça-o parar. ― Marilyn olhou. ― E limpe-o. Um comprador está vindo para olhar ele.


O coração de Miko quase pulou para fora do seu peito com as palavras de Marilyn. Ele apertou os seus braços ao redor de Kei. ― Não, ele é meu. Você não ai tomar. As sobrancelhas perfeitamente cuidadas de Marilyn arquearam-se em sua testa. ― Você não tem uma palavra a dizer neste processo. Você pode fazer o que lhe é dito, ou meus guardas vão fazer isso por você. Sua escolha, Mitsuaki. ― Por que você está tão mal? ― Miko perguntou. ― Ele é seu neto. ― Essa abominação não é meu neto! ― Marilyn estalou enquanto ficava avermelha de raiva. ― Todos os Thomas que já nasceram eram americanos. Nós não sujamos a nossa linhagem misturando com outros. Miko lambeu os lábios enquanto ele tentava chegar a qualquer solução que mantivesse Kei em seus braços. ― O nome Kaneko é bom para ele. ― Ah, não. ― Marilyn acenou com a mão para trás e para frente. ― É muito tarde para isso. Eu tentei ser razoável, mas você e o meu filho insistiram em mantê-lo. Eu sei que a Harland não vai desistir até que ele ter de volta o pirralho. A única maneira que eu posso resolver essa bagunça que vocês

conseguiram

com

o

nome

Thomas

é

remover

a

situação.

Permanentemente. ― Você não tem que fazer isso ― insistiu Miko com um sopro de desespero. ― Nós vamos embora. Nunca mais voltaremos. Eu juro. ― Como eu iria acreditar em um de vocês. Miko sentiu sua pele arrepiar quando Marilyn o olhou de cima a baixo. Ele sabia que não cumpria os seus padrões quando a mulher zombou dele. ― Seu tipo mente para conseguir o que quer.


Os olhos de Miko se arregalaram na implicação da mulher. Ele mentiu? Sério? A mulher já se olhou no espelho? ― Harley não vai aceitar algo como isso. ― Harley nunca vai saber. Você já terá ido na hora que ele descobrir o que está acontecendo. E por aí, vai ser tarde demais. Ele nunca vai ser capaz de rastrear o desaparecimento de volta a mim. ― Miko olhou para a mulher, fascinado pelo quanto ela realmente não conhecia sobre o seu filho. Miko não tinha dúvida de que não só Harley descobriria o que tinha acontecido, com Kei, e Hiroki, mas ele estava em seu caminho aqui para salvá-los. Eles só teriam que aguentar até que acontecesse. ― Você não vai leva-lo ― disse Miko novamente enquanto recuava, segurando Kei apertado contra o peito. ― Eu fico... Miko engoliu o medo na sua garganta quando ele viu os olhos estreitos em pequenas fendas de Marilyn. Esta vai doer. Ele só sabia disso. Marilyn virou a cabeça ligeiramente e olhou para um dos homens enormes de pé ao lado dela. ― Quero esse moleque pronto para ir nos próximos dez minutos. Meu comprador deve estar aqui a qualquer hora, e ele não vai gastar um bom dinheiro em uma criança chorando. O bandido assentiu e partiu para Miko e Kei. Miko recuou. ― Não, não, você! ― Dê-me o garoto. ― Não. ― Miko balançou a cabeça rapidamente. ― Ele é meu bebê. Os olhos do homem correram para um lado como se estivesse observando os outros na sala. Quando eles voltaram para Miko, havia uma ponta de arrependimento escurecendo-os. ― Dê-me o bebê para que ele não se machuque. ― O homem falou em japonês ruim, mas Miko o entendeu, no


entanto. ― Ela não está acima de usar a força para conseguir o que quer. Você não o quer pego no meio. ― O que você está dizendo a ele? ― Marilyn gritou. O homem de cabelos castanhos olhou para Marilyn sobre o seu ombro. ― Estou apenas dizendo-lhe para me dar o bebê antes dele se machucar, senhora. ― Hãn? ― Os lábios de Marilyn se apertaram como se ela não tivesse certeza se acreditava no homem. ― Bem, se apresse. ― Entendido. ― Ele virou a cara para Miko, segurando as mãos. ― Dê-me o garoto. Lágrimas brotaram nos olhos de Miko quando ele olhou para Kei. Ele sabia que Marilyn faria qualquer coisa para conseguir o que queria. O coração de Miko parecia que ia quebrar, mas ele sabia que seria melhor Kei ir com algum estranho do que morrer. ― Ele não se sente bem ― Miko sussurrou quando embrulhou o cobertor mais apertado ao redor do corpo de Kei. ― precisa se aquecer. ― As lágrimas que Miko estava segurando se derramaram pelo seu rosto quando ele beijou a testa de Kei, então, cuidadosamente o entregou para o homem grande. O cara era gentil manipulando Kei como se ele tivesse vasta experiência com crianças. Ainda assim, o coração de Miko bateu de forma irregular em seu peito enquanto observava o seu filho sendo levado para fora da sala. No segundo em que a porta se fechou atrás do guarda, Kei, e Marilyn, Miko gritou e caiu no chão. Ele gemeu e puxou o seu cabelo, sentindo como se a sua vida houve deixado-o com Kei. ― Shhh ― Hiroki sussurrou enquanto ele se ajoelhou ao lado de Miko. ― Nós vamos pegá-lo de volta, Mitsuaki.


― Como? ― Miko chorava quando ele acenou com a mão em direção à porta em que Kei tinha desaparecido completamente. ― Ela vendeu Kei. ― Vamos encontrar um caminho. Nós não vamos desistir até que tenhamos Kei de volta. ― Miko chorava quando ele caiu contra Hiroki. Ele não queria ouvir sobre encontrar uma maneira de ter o seu filho de volta. Ele só o queria de volta. Kei poderia ter estado em sua vida por apenas cerca de seis semanas, mas a pequena criança já se tornou necessária para a sobrevivência de Miko neste mundo. Ele não podia imaginar estar na mesma sem ele. Essa dor foi tão má como quando Harley morreu apenas de uma forma diferente. Miko ainda sentia como se o seu coração estivesse sendo arrancado do seu peito. Só que desta vez, ele sentiu que deveria ter sido capaz de fazer algo para segurar Kei. Foi culpa dele que ele havia perdido o seu filho. Se ele tivesse lutado mais... Se ele não tivesse dado o sobrenome de Harley a Kei... Se ele tivesse tentado alguma coisa em vez de só entregar o seu filho a um bandido. Se ele tivesse sido um bom pai e feito alguma dessas coisas, Kei ainda estaria deitado em seus braços. ― Mitsuaki, nós... Ambos olharam para cima quando a porta se abriu novamente. A mandíbula de Miko caiu para o seu peito quando viu o homem que entrou com Marilyn e os seus guardas, um dos quais ainda tinha Kei em seus braços. Ele começou a dizer algo, mas o brilho intenso nos olhos azuis olhando para ele lhe disse para manter a boca fechada. ― Qual é ele? ― Cecil Montgomery perguntou quando ele olhou Miko e Hiroki. ― Aquele com o cabelo longo, ― disse Marilyn.


Os olhos de Cecil foram para Miko, uma careta chegando aos lábios. Se Miko não soubesse, ele teria pensado que Cecil estava desgostoso por ele. ― Ele não é muito a olhar, não é? ― Marilyn riu. ―Eles nunca são. ― Bem, acho que ele vai ter que servir. O levante e o coloque no meio da sala. ― Cecil acenou com a mão para Miko quando ele puxou uma câmera de bolso. ― Meus clientes vão querer ver uma foto dele antes de comprar o bebê. Apesar de saber que Cecil estava lá para resgatá-lo, Miko ainda se encolheu quando um dos guardas caminhou em direção a ele. Miko choramingou quando a mão do homem em volta do seu braço e o puxou de pé, em seguida, o puxou para o meio da sala. Cecil levantou a câmera e tirou várias fotos enquanto caminhou lentamente em toda a volta de Miko. Quando ele terminou, ele apontou para Hiroki. ― Que tal o presente? Será que ele tem algum pirralho? ― Não. ― Marilyn franziu o cenho quando olhou para Hiroki. ― Eu não tenho certeza de quem ele é. Ele estava com Mitsuaki e o garoto quando os meus homens os encontraram. Ele não fala Inglês muito bem, então eu não podia questioná-lo. ― Hãn? ― Cecil se aproximou e agarrou Hiroki pelos cabelos, sacudindo a cabeça para trás. ― Mostre-me os dentes. Hiroki apenas olhou com rebeldia para Cecil, seus lábios pressionados firmemente juntos. ― Mostre-me os dentes merda antes que ela descubra que não tem a menor ideia do que estou fazendo ― disse Cecil em japonês quando ele empurrou o cabelo de Hiroki. Hiroki abriu a boca, mas Miko tinha certeza de que ele estava espantado, em vez de cumprir com a demanda de Cecil. ― Bem ― disse Cecil quando ele soltou Hiroki depois de um momento e voltou para ficar ao lado de


Marilyn. ― Pelo menos ele tem todos os seus dentes. ― Cecil acenou para Miko e Hiroki. ― Eles são para a venda também? ― Eu suponho que poderia ser pelo preço certo ― respondeu Marilyn quando ela olhou para eles com a especulação em seus olhos. ― Eu só tenho que perguntar por que você gostaria deles. Eles quase não falam Inglês. ― São os dedos ― disse Cecil quando ele se aproximou e agarrou a mão de Miko, segurando para Marilyn ver. ― Veja como a ossatura é delicada? Eles são perfeitos para trabalhar em pequenos itens como joias e bolsas. Dedos grandes apenas estragam tudo. Esse tipo de trabalho intrincado precisa de dedos menores. A sobrancelha de Marilyn arquearam. ― É como você consegue as joias que eu ouvi tanto? Cecil sorriu. ― Eu tenho que manter os meus segredos, minha querida. ― Os lábios de Marilyn começaram a se curva para cima em um sorriso. ― Eu vou vendê-los para você por cem mil, e nem um centavo a menos. ― Cinquenta ― Cecil respondeu de volta, nem mesmo piscando para a quantidade de dinheiro que Marilyn estava exigindo. ― Oitenta. ― Sessenta e lembre-se que eu estarei levando-os para fora das suas mãos totalmente inexperientes ― Cecil largou a mão de Miko e se afastou dele, mas não antes de enviar a Miko uma piscadela. ― Como ágil os seus dedos são, ainda vai me levar meses para treiná-los. Minhas criações personalizadas não podem ser aprendidas durante a noite. ― Bem! ― Marilyn bufou. ― Sessenta e cinco mil dólares, e essa é a minha oferta final.


― Certo ― Cecil caminhou de volta para ficar ao lado de Marilyn. Ele agarrou a mão dela e levou-a aos lábios, pressionando um beijo em seus dedos. ― Você dirige um negócio duro, Sra. Thomas. ― Vamos discutir os acordos no meu escritório? ― Marilyn perguntou, apertando a mão contra o decote da sua blusa. Cecil sorriu, e era um sorriso que Miko conhecia bem. Era o que Cecil usava em pessoas que ele não queria estar, mas tinha de lidar com eles. Miko nunca tinha recebido um daqueles sorrisos ele mesmo, e estava feliz de fato. Era um sorriso muito frio. ― Gostaria de aproveitar muito, querida. ― Cecil olhou para os dois guardas de pé ao lado da porta. ― Certifique-se de que eles estejam prontos para ir, e não os machuque. Eu não posso treiná-los se eles estiverem machucados. ― Eu conhecia o seu pai, você sabe ― disse Marilyn enquanto se dirigiam para a porta. ― Você não é muito parecido com ele. ― Não, minha senhora, acho que eu puxei os traços da minha mãe. Ela era uma mulher a ser reconhecida, uma verdadeira dama. Meu pai nunca entendeu isso. Mas, novamente, minha mãe se casou cedo com o meu pai. ― Cecil deu um suspiro profundo. ― Eu acho que ela lamentou isso até o dia que morreu. ― Eu sinto muito ― Marilyn respondeu. ― Eu nunca tive a oportunidade de conhecer a sua mãe. Cecil sorriu. ― Você a teria adorado. Na verdade, você me faz lembrar dela. Ambas têm o mesmo ar de sofisticação refinada, outra coisa que o meu pai nunca entendeu. Eu juro que o homem teria comido com os servos se dado metade das chances. ― Seu pai não morreu alguns anos atrás?


O sorriso de Cecil se alargou, passando de época para época. ― Sim, ele foi. ― Você não parece de coração partido sobre isso. ― Ele nunca entendeu que o nome Montgomery é destinado a coisas maiores. Ele não deve ser misturado com aqueles que não merecem. ― Oh, um homem segundo o meu coração. Cecil enfiou o braço para fora. ― Vamos resolver nossos negócios, minha querida? E então talvez possamos desfrutar de um cocktail juntos. ― os risos de Marilyn encheram o ar quando ela colocou o braço em torno de Cecil. ― Isso soa divino, Cecil. Posso chamá-lo de Cecil? ― Eu ficaria encantado, Marilyn. Miko prendeu a respiração quando ele viu Cecil e Marilyn sair da sala, a porta fechando atrás deles. Ele sabia que Cecil estaria de volta, mas a partir do olhar sombrio no rosto dos guardas, ele não estava certo de que ele estaria em uma peça quando ele fizesse. Cecil melhor apenas você se apressar inferno. ― Que diabos foi isso? ― Hiroki sussurrou em japonês quando ele olhou para o guarda. ― Essa foi a nossa passagem para a liberdade. As sobrancelhas de Hiroki se ergueram. ― Você conhece o homem? ― Ah, sim. Isso é Cecil. ― Miko deixou o seu cabelo cair para frente para esconder o sorriso. ― E ele acabou de comprar o nosso jeito de sair daqui. ― Bem... ― Hiroki virou-se para olhar para a porta. ― Eu gostaria que ele se apressasse.


Miko desejava a mesma coisa. Ele estava mais do que pronto para dar o fora daqui. Ele só esperava que acontecesse. Se Marilyn suspeitasse, todos eles estariam mortos. Miko não sabia quanto tempo ele e Hiroki esperaram por Cecil voltar, mas pareceram horas. Quando a porta finalmente se abriu e o guarda que tinha tomado Kei entrou, Miko pensou que ele ia ficar doente do seu estômago. Seus nervos estavam totalmente alterados. ― Venha ― o homem disse e fez um gesto com a mão para Miko e Hiroki. Eles se levantaram devagar e atravessaram a sala. Assim que eles estavam dentro da distância, o homem estendeu a mão e agarrou a ambos por seus braços. ― Tente ficar longe de mim e eu vou quebrar os seus braços. Miko engoliu em seco e assentiu com a cabeça tão rápido quanto pôde. Ele e Hiroki foram escoltados para fora da sala e para baixo em um conjunto de escadas para o andar principal. Cecil estava esperando por eles na entrada, com o braço em volta da cintura de Marilyn enquanto falava com ela. ― Ah ― disse Cecil quando ele se virou. As sobrancelhas de Miko subiram quando ele viu o mesmo tom de batom na bochecha de Cecil e no canto da sua boca que Marilyn estava usando. Só o que eles tinham feito? ― são os meus pequenos joalheiros agora. ― Cecil olhou em volta, franzindo a testa profundamente. ― Onde está o pirralho? O coração de Miko pulou em sua garganta, os olhos dardejando ao redor. Onde estava Kei? ― Ele está na cozinha com a minha cozinheira, ― Marilyn disse calmamente. ― George, você seria tão amável de ir buscar o moleque? ― Sim, senhora ― o cara segurando Miko e Hiroki respondeu. Ele deixou cair os braços e saiu da sala.


Era tudo o que Miko poderia fazer para não gritar pelo retorno de Kei quando o homem caminhou de volta para a sala alguns minutos depois com um assento de carro na mão. Seus olhos lacrimejaram quando ele olhou para o banco do carro e viu o seu filho dormindo. ― Vamos ― disse Cecil. Ele sorriu quando ele se virou em direção a Marilyn, pegando a sua mão e beijando o topo mais uma vez. ― Você vai me ligar, você não vai, minha querida? ― É claro, Cecil, ― Marilyn respondeu. Surpreendentemente o suficiente, houve um leve rubor no rosto. Quem diria que a cadela velha poderia corar? ― Tem sido um prazer fazer negócios com você, Marilyn. Por favor, me ligue novamente se você se deparar com qualquer espécime. Eu sempre tenho clientes à procura de novos inventários. ― Eu. Claro. Cecil assentiu e se dirigiu para a porta. Ele olhou por cima do ombro, suspirando, exasperado, estalando os dedos. ― Bem, não fiquem aí parados ― disse ele enquanto olhava para o guarda com Kei. ― Leve-os para dentro do carro. Temos que entregar o moleque antes da meia-noite. ― Miko rangeu quando o seu braço foi agarrado novamente e ele foi escoltado para fora da porta da frente e para baixo para uma limusine à espera. Cecil estava de pé ao lado da porta aberta, parecendo irritado que as coisas estavam demorando tanto. ― Coloque-os dentro e depois amarre o pirralho ― Cecil ordenou. ― Se ele for danificado, não vou conseguir o meu pagamento, e isso é um monte de dinheiro. ― Miko e Hiroki foram empurrados para dentro da limusine. Um momento depois, o guarda subiu e sentou-se no banco em frente a eles, inclinando-se para colocar Kei ao lado de Miko. ― aperte o sinto ― o guarda


disse e se acomodou no assento como se ele não tivesse a intenção de ir a lugar algum. Miko rapidamente colocou o cinto do carro no lugar, então pairava sobre Kei quando Cecil subiu dentro. Cecil sorriu e apontou para o guarda sentado em frente a eles. ― Miko, eu gostaria que você conhecesse Creed. ― O homem saudou com dois dedos. ― Ele está mantendo um olho em Marilyn Thomas desde que nos conhecemos. Eu suspeitava que se ela foi estúpida o suficiente para joga-lo fora do seu apartamento e fazer um funeral de um filho que não estava morto, ela tentaria outra coisa. Eu estava certo. ― Você não é guarda? ― Miko perguntou sua opinião inteira do homem enorme começou a mudar. ― Ah, eu estava guardando tudo muito bem. ― Creed sorriu. ― Eu simplesmente não estava guardando as coisas para a cadela. Eu estava guardando-os para Cecil. ― Antes que Miko pudesse questionar Cecil, o homem se aproximou e bateu com a porta fechada e bateu no teto. A limusine foi para a frente tão rápido que Miko foi jogado para trás no sue banco. Ele envolveu um braço ao redor do banco do carro e agarrou o assento debaixo dele com o outro. Os olhos de Miko puxaram de um lado do carro para o outro enquanto iam para baixo da estrada em frente à mansão de Marilyn Thomas. Ele não deixou escapar a respiração que estava segurando até que a limusine atravessou os portões da propriedade. E então ele se virou e fixou os olhos em Cecil. ― Está louco. Cecil riu quando ele passou a mão sobre a boca, limpando os vestígios do batom de Marilyn. ― Eu também estou revoltado, contaminado, e com necessidade de alguns antibióticos pesados antes de morrer. ― Os lábios


de Cecil se contorceram em uma careta profunda. ― Eu não posso acreditar que eu deixei aquela mulher me beijar. As sobrancelhas de Miko dispararam quando o choque rolou por ele. ― Você beijou Marilyn? ― Eu tive que convencer a mãe de quem eu era ― Cecil fez aspas no ar com os dedos ― um de sua espécie. Eu estava tentando ser charmoso. Eu não tinha ideia de que ela ia pensar que eu estava vindo para ela. ― Nojento! ― O estomago de Miko ameaçou se rebelar só de pensar em beijar a mulher nojenta. Cecil sacudiu os dedos para Miko. ― Você deveria estar feliz que eu gosto tanto de você. Eu normalmente não faço isso para ajudar um amigo. Miko franziu a testa, as sobrancelhas se reunindo enquanto olhava para Cecil. ― Como você soube? ― Como é que eu soube o que? ― Como você soube que a mulher má sequestrou nós? ― Porque ela foi estúpida o suficiente para falar sobre isso ― respondeu Cecil. ― Eu sabia que Marilyn Thomas era a mãe de Harley. Nós nos encontramos algumas vezes em funções sociais. Quando soube que Marilyn tinha um bebê japonês que ela estava tentando se livrar, eu coloquei dois e dois

juntos,

especialmente

depois

que

descobri

que

o

dinheiro

que

desapareceu da sua conta bancária foi retirada por uma mulher mais velha loira que atende pelo nome de Sra. Thomas. ― Ela tomou o dinheiro da aula? ― Miko retrucou, sentindo uma vontade enorme de voltar para a mansão e bater na boca da mulher. ― Não é seu dinheiro. Ela não tomar.


― Não brinca. Eu já tenho o meu advogado e contador olhando para isso. Se eles podem provar que Marilyn teve acesso à sua conta, que eu sei que ela fez, então podemos acusa-la por roubo. ― Não é bom o suficiente, Cecil. Quero a cadela morta. Cecil riu, e foi uma risada baixa e ameaçadora que Miko estremeceu. Ele nunca tinha ouvido um som como o que saiu da boca de Cecil antes, e ele não esperava ouvir nunca mais. Foi mais assustador do que Marilyn Thomas. ― Não, eu acho que nós vamos deixar que a Sra. Thomas vá para a prisão pelos seus crimes, aonde vai ser colocada com a população criminosa em geral, assassinos e traficantes de drogas. Inferno se tivermos sorte o suficiente, ela pode até se tornar a cadela de alguma gangue. ― Cecil esfregou as mãos como um cientista do mal. ― E isso não seria agradável? ― Você é assustador, Cecil. Os dentes de Cecil perfeitos e brancos brilharam na luz baixa da limusine quando ele sorriu maliciosamente ― Você não tem ideia, meu amigo.

Capítulo Onze


― Ok, uma varredura de infravermelho mostrou pelo menos 10 pessoas dentro da mansão, ― Charlie disse inclinando-se sobre as plantas espalhadas sobre o capô do caminhão. ― Nós não temos certeza exatamente quem é quem, mas sabemos onde todos eles estão. Charlie olhou, apontando em diferentes pontos sobre as plantas. ― Os dois alvos no andar de cima não se mexeram desde que chegamos, então estamos assumindo que eles estão com Miko e Hiroki. Há três alvos na parte de baixo e na frente da casa, e um outro na parte de trás da casa. ― O sobre Kei? O coração de Harley subiu na sua garganta quando Charlie balançou a cabeça. ― Nós não o vimos Harley. Sinto muito! Harley apertou os lábios para não gritar em negação. Se algo tivesse acontecido ao seu filho, ele iria rasgar a sua mãe em pedaços. Ele não se importava se a mulher lhe deu a luz. Ela ia morrer. ― Nós vamos encontrá-lo Harley, ― Charlie disse. ― Nós não vamos parar até o encontrarmos. Eu prometo. Ele acenou com a cabeça, engolindo as lágrimas se formando em sua garganta, e olhou para trás, para baixo, para os planos de casa. Ele não tinha certeza se Charlie podia cumprir essa promessa. Se a sua mãe tivesse feito o que prometeu que faria, Kei já poderia ter ido embora. Eles poderiam nunca encontrá-lo. ― Carro saindo da propriedade Comandante, ― alguém sussurrou no comunicador que todos estavam conectados. Harley caiu atrás do caminhão para ficar escondido de quem estava chegando e observou os faróis aparecerem. ― É a mesma limusine de duas horas atrás.


― Copiado ― Charlie respondeu quando enrolou as plantas e as enfiou no caminhão pela janela aberta. ― Definir um alvo Manny. Eu quero saber quem está no veículo. ― Entendido, comandante. Manny pulou em um dos caminhões grandes que eles tinham chegado e parou em toda a estrada. Bill pulou no outro e colocou ao lado do veículo de Manny, o que tornava impossível para qualquer um passar por eles. Assim que os caminhões estavam no lugar, eles saíram e foram para o lado da estrada. Harley sabia que era apenas no caso de quem estava descendo a estrada pensar que poderiam fugir do bloqueio. Seus nervos estavam amarrados tão apertados que ele suspeitava que eles fossem explodir a qualquer momento. Eles tinham rastreado a sua mãe até a sua casa de campo em Hamptons, mas não tinham certeza de que Miko, Kei, e Hiroki estivessem lá dentro com ela. As assinaturas de infravermelho mostravam pessoas dentro da casa, mas não mostravam quem eram aquelas pessoas. Harley estava começando a se perguntar se ele veria o seu marido e seu filho novamente. Ele sabia que estava perdendo a esperança. Ele simplesmente não conseguia parar de pensar em quão miserável a sua vida seria sem Miko ou Kei. Sua mãe podia matá-lo. Inferno, Miguel Fernandez podia sequestrá-lo novamente. Harley não queria viver. Ele não tinha ideia de como Miko tinha sobrevivido pensando que ele estava morto. Harley mal conseguia digerir o pensamento sem vomitar. ― Faróis comandante ― disse alguém. Os olhos de Harley encaixaram nos faróis indo na sua direção. Ele não podia dizer que tipo de veículo era até que estava quase no local aonde


todos

estavam

escondidos.

A

limusine

reduziu

a

velocidade

parando

lentamente. Harley e Bill tomaram um lado do veículo. Manny e Charlie do outro. Juntos, eles caminharam nos seus lados potenciais da estrada em direção ao veículo. Harley sabia que as suas costas estavam sendo vigiadas pela unidade de Charlie. Se alguém dentro do carro fizesse uma jogada errada, eles estariam mortos antes que pudessem piscar. ― Saia do carro ― Charlie gritou em voz alta. ― Mãos pra cima. Durante muito tempo, nada aconteceu, e então a porta se abriu bem devagar e uma pequena figura saiu. ― Harley-chan? ― Tinha um tremor de admiração na voz que trouxe a paz de volta ao mundo de Harley. ― É você, Harley-chan? ― Miko? ― A respiração de Harley parou em seu peito quando os olhos caramelos piscaram para ele. ― Harley-chan! Harley mal teve tempo de baixar a arma antes de Miko se jogar nele. Ele pegou o pequeno homem em seus braços, segurando-o com tanta força em volta do seu amor que ele não sabia como Miko estava respirando. Ele absorveria Miko em sua pele se pudesse. ― Oh, bebê ― Harley sussurrou quando encheu o rosto de Miko com beijos. Ele passou uma mão sob a bunda de Miko a outra prendeu no longo do cabelo preto de Miko. As pernas de Miko se enrolaram em volta da cintura de Harley. Seus braços em volta do pescoço de Harley. Como se Miko não tivesse planos de deixar Harley a qualquer momento em breve, o que era exatamente o que Harley queria. Ter de volta


Miko em seus braços não parecia real. Harley ainda sentia como se estivesse andando em algum tipo de sonho. Ele estava apavorado que se ele piscasse Miko não estaria mais envolvido em torno dele, fazendo Harley se sentir o homem mais sortudo do mundo. Seus lábios se encontraram, se unindo. Os dois homens quase devoraram um ao outro enquanto suas mãos tocavam e depois seguravam firme em qualquer parte do corpo que podiam alcançar. ― Ai shiteru, Harley-chan ― Miko sussurrou sem fôlego contra os lábios de Harley. ― Eu também te amo, Miko. ― Itsumo ai shiteru? ― Miko perguntou em um sussurro rouco. Harley sorriu quando uma sensação de déjà vu flutuou através dele. ― Sim, eu sempre vou te amar. ― Oh deuses, parecia tão bom estar segurando Miko em seus braços novamente. Ele nunca ia soltar Miko. ― Você veio ― Miko sussurrou. ― Eu sempre virei te salvar, Miko. Você tem o meu coração. ― Lágrimas encheram os longos cílios de Miko quando ele se inclinou para trás e encarou os olhos de Harley. Um sorriso lento e fácil começou a se espalhar em seus lábios. ― Hai ―, Miko disse suavemente. ― Coração eu Harley. Não foi exatamente o que Harley disse, mas era próximo o suficiente, e era muito bem a verdade. ― Hai, anata nashidewa ikite ikanai, ― Harley respondeu. ― Eu não posso viver sem você! ― Maldita verdade!


Harley piscou surpreso. Ele tinha certeza de que nunca tinha ouvido Miko praguejar antes. Ele não estava exatamente reclamando, mas era apenas estranho ouvir qualquer palavrão sair da boca do seu amor. ― Você está bem? ― Harley perguntou quando passou a mão pelo cabelo de Miko. ― Ela não te machucou? ― Eu bem. Ela não machucar. ― E Kei? Ele está... ― A garganta de Harley se fechou quando ele considerou a possibilidade que Kei ainda estava desaparecido. Harley se virou pra Miko, ele seria para sempre grato por isso. Mas ele precisava do seu filho de volta nos seus braços também. ― É isso que você está procurando? Os olhos de Harley se prenderam no homem loiro elegantemente vestido, de pé a vários metros de distância, e o pacote enrolado em um cobertor azul preso firmemente em seus braços. A risada lírica de Miko encheu de luz o ar quando ele se afastou de Harley e caminhou para pegar o pacote. ― Domo arigato, Cecil. ― Os olhos de Harley se encheram de lágrimas enquanto observava Miko virar e voltar para ele. Suas mãos tremiam quando ele pegou o pequeno embrulho azul que Miko lhe estendia. Quando Harley abriu a borda do cobertor e viu o rosto dormindo de Kei, Harley gritou e caiu de joelhos no chão, segurando o seu filho firmemente contra o seu peito. Harley deixou as lágrimas se derramarem pelo seu rosto quando ele sentiu os braços de Miko envolvê-lo. Ele não se importava se todo mundo o visse chorando. Ele tinha a sua família de volta em seus braços, e isso era tudo o que importava. ― Não chore, Harley-chan ― Miko murmurou contra o seu pescoço. ― Estamos de volta. Nós bem.


― Oh bebê, ― Harley sussurrou puxando Miko na curva do seu braço e segurando os seus dois amores perto do seu corpo. ― Essas são lágrimas boas. ― Promete? Harley riu. ― Sim, Miko. Eu prometo. ― Ok, Harley-chan. ― Eu nunca vou deixar você ou Kei fora da minha vista novamente. ― Você precisar Harley-chan. ― O rosto de Miko ficou sério quando ele inclinou a cabeça para trás. ― Tenho que trabalhar. Deve dinheiro Cecil. ― Não se preocupe com isso Miko ― disse Cecil. ― Foi uma mudança de bolso. Eu gasto mais na minha lavagem a seco. Chame isso de um presente de Natal. ― Não Natal ― Miko insistiu. Cecil riu. ― Chame de presente de Natal antecipado, então. ― Miko, vamos encontrar uma maneira de pagar a propina de Akari. ― Não propinas ― Miko disse. ― Cecil comprar-nos da sua mãe. ― O quê? ― Harley rosnou com os dentes cerrados. Seus olhos lentamente se levantaram para encarar Cecil. ― Você comprou o meu marido e filho? ― E o seu amiguinho Hiroki ― Cecil disse, apontando para o outro lado da limusine. Harley olhou para ver Hiroki nos braços de Harold, os dois homens se beijando, como se eles não tivessem qualquer intenção de respirar nunca mais. Charlie estava logo atrás deles conversando com o maior homem que Harley já tinha visto. Ele era maior até do que Wren, e isso era alguma coisa.


Harley lentamente olhou para Cecil. ― Eu não tinha certeza antes, mas nós já nos conhecemos, não é mesmo? ― Nós nos conhecemos. Eu acredito que nós participamos da mesma angariação de fundos no passado. ― O homem curvou-se, mas não foi apenas uma mesura. Ele se curvou como um dançarino de balé, braços estendidos ao lado do corpo e uma perna em movimento atrás da outro. ― Cecil Montgomery, fada madrinha ao seu serviço. ― Fada madrinha? ― As sobrancelhas de Harley subiram na testa. ― Não quer dizer fada padrinho? ― Não. ― A mão de Cecil acenou para ele. ― Você já viu as meias que esses caras têm que vestir? É como empurrar dez quilos de sucesso em um saco de cinco libras. Eu prefiro ter a varinha mágica e tutu. ― Uh... ― Harley simplesmente não sabia o que dizer sobre isso. ― Obrigado. ― Miko é um cara bom. Ele merece ser feliz. ― Cecil sorriu colocando as mãos no bolso da calça jeans. Quando seus olhos se desviaram para além dele, Harley não tinha ideia pra onde o homem estava olhando. ― É claro que, se você quiser me apresentar a esse sonho de homem alto lá atrás, eu diria o mesmo. Harley olhou por cima do ombro. Ele podia ver vários homens de pé atrás dele, mas ele não tinha a menor ideia de quem Cecil estava falando. ― Você poderia ser mais específico, por favor? ― Harley perguntou olhando para Cecil. ― Há um monte de caras lá atrás. ― Eu diria que ele tem pelo menos 1,90 e cerca de 102kg. Olhos e cabelos

castanho-escuros,

pele

bronzeada,

e

um

monte

de

músculos

deliciosos. Eu suspeito que ele tenha alguma herança hispânica. ― A


mandíbula de Harley caiu quando ele se virou e se concentrou no homem que Cecil estava descrevendo. ― Manny? ― É esse o seu nome? ― Manuel Lopez, ― Harley respondeu. ― Nós o chamamos de Manny. ― Manny ― Cecil sorriu. ― Combina com ele. ― Eu ficaria mais do que feliz em apresentar vocês dois, ― Harley respondeu quando ele se virou para olhar para Cecil. ― Mas de quanto dinheiro estamos falando aqui? Cecil não tirou os olhos de Manny enquanto respondia à pergunta de Harley. ― Eu paguei cem mil por Kei e 65 mil por Miko e Hiroki. ― Dólares. ― Harley engasgou. Cecil finalmente olhou para Harley. ― Isso é o que sua mãe estava pedindo. Ela queria cem mil dólares por Miko e Hiroki, mas eu negociei até 65 mil. ― Harley não sabia o que sentia primeiro. Sua raiva pela sua mãe ter vendido a sua família ou a sua gratidão que Cecil estivesse lá para comprá-los. ― Eu não sei como eu vou retribuir, mas eu quero, mesmo que eu leve o resto da minha vida. O rosto de Cecil ficou vermelho. ― Como eu disse, apenas me apresente ao Sr. alto, moreno e sexy, e nós estaremos quites. Harley piscou. ― Feito. Os lábios de Cecil se espalharam em um sorriso largo. ― Perfeito. Cecil tinha perdido o juízo, e Harley não conseguia encontrar nenhum para o homem. Se ele queria conhecer Manny, Harley iria apresentá-los. Ele daria a Cecil quase tudo que ele quisesse. Ele devia ao grande homem no momento.


― Nós precisamos falar sobre a sua mãe, no entanto, ― Cecil disse. ― Essa mulher é uma merda louca. ― Sim, eu sou plenamente consciente das tendências insanas de Marilyn ― . Harley apertou os braços em torno de Miko e Kei, de repente sentindo como se toda esta confusão não tivesse acabado ainda. ― Eu apenas realmente não sei ao certo o que sobre isso. ― Cecil parecia pensativo por um momento, franzindo a testa. ― Você sabe o que um gerente faz, Harley? ― Uh... não exatamente. Cecil cruzou os braços sobre o peito e se inclinou contra o capô da limusine. ― Meu trabalho, como empresário de Miko, é ter certeza de que a sua vida seja tão calma quanto possível, para que ele possa trabalhar em sua arte. Não importa se isso implica fazer reservas para o jantar, ou rastrear instituições financeiras ou mesmo coletar provas para tirar alguma cadela louca fora da sua vida. Eu faço o que eu tenho que fazer para deixar o stress fora de Miko, de maneira que a sua vida corra bem e ele possa fazer as suas belas criações. As sobrancelhas de Harley dispararam. ― Você tem provas contra a minha mãe? ― Eu tenho, mas antes de entregá-las a você, eu quero saber o que você pretende fazer com elas. Você vai destruí-las para que sua mãe socialite possa continuar seus maus caminhos, ou você vai usá-las para condenar o seu rabo louco e colocá-la na cadeia? Harley ficou tão sério quanto Cecil, quando ficou de pé e respondeu. ― Já que os pelotões de fuzilamento foram proibidos, eu vou ter que condenar o rabo louco e jogá-la na cadeia. ― Ela é sua mãe.


― Não mais, ― Harley rebateu. ― Ela deixou de ser a minha mãe no momento em que ela começou a brincar com a minha família. ― Seus lábios se curvaram para trás em um rosnado irritado quando ele pensou em tudo o que a sua mãe havia feito com as pessoas que ele amava. ― Eu espero que ela apodreça no inferno. Harley podia sentir Cecil o olhando, medindo a veracidade das suas palavras. Inferno, ele poderia vê-lo. Os olhos azuis de Cecil apenas o encararam por mais tempo. Finalmente, Cecil balançou a cabeça como se tivesse chegado a algum tipo de conclusão. Harley só esperava que fosse o caminho certo. ― Creed ― Cecil chamou, sem tirar os olhos de Harley. Harley apertou os braços em volta de Miko e Kei e deu um passo atrás quando o homem que estava conversando com Charlie se aproximou. ― Você! ― ele retrucou, apontando o dedo para o homem. ― Você estava na minha casa com a minha mãe. Você era o homem que estava procurando Miko e Kei. O homem maior que a vida, simplesmente levantou uma sobrancelha, sem parecer nem um pouco intimidado pela explosão de Harley. ― Eu também sou o homem que não os encontrou, mesmo quando ouvi Kei chorando do seu esconderijo no armário do banheiro. ― Harley arregalou os olhos. ― Eu também sou o homem que esperou até que você e a sua família limpassem a casa antes de explodi-la. ― Você explodiu a minha casa? ― Eu tinha que explodir. A Sra. Thomas estava esperando no caminho para ver o lugar explodir. Se ela não visse uma explosão, ela teria ido atrás e descobriria que vocês três tinham escapado, e então ela teria chamado


reforços para ajudar a controlar você. Eu estava tentando lhe dar uma chance de fugir. Harley sentiu a necessidade de agradecer ao homem, mais ainda não. ― Por que você estava trabalhando para a minha mãe? Cecil levantou a mão. ― Eu posso responder isso. Quando eu conheci Miko e descobri o que a sua mãe havia feito, e o que estava circulado em várias funções sociais, eu não confiava que ela fosse deixar Miko viver sua vida. Eu contratei Creed para estar no lugar certo, na hora certa e ser contratado como um dos seus guardas. Eu queria que ele ficasse de olho nela e documentasse as suas ações, no caso de eu precisar disso mais tarde. Harley não sabia o que pensar quando Creed estendeu um pequeno pen drive prata. ― O que é isso? ― ele perguntou quando ele pegou e virou-o em sua mão. ― Esse pen drive ― Creed apontou para o pequeno dispositivo ― contém tudo o que você precisa pra colocar a sua mãe atrás das grades para o resto da sua vida. Cecil sorriu maldosamente. ― E eu espero que seja uma vida muito longa. ― O que tem nele? ― E como ele poderia usá-lo para tirar a sua mãe das suas vidas? ― Filmagens de Marilyn Thomas fazendo vários negócios ilegais para matar Miko e sequestrar Kei. Há também registros bancários que indicam o dinheiro que recebeu pela sua venda deles, bem como o dinheiro que ela pagou para sequestrá-los. ― Cecil sorriu, franzindo o nariz. ― Eu preciso que a informação mantenham a minha bunda de fora do estilingue, quando as autoridades souberem que eu os comprei. Tráfico de escravos humanos é ilegal.


― Eu digo a verdade, Cecil, ― Miko disse. ― Você pagar, mas você nos salvar. ― Bem, vamos esperar que as autoridades acreditem em nós, ou eu poderia acabar em cela ao lado da sua mãe. Há evidências suficientes nessas fitas para fazer um promotor federal gozar em suas calças. O queixo de Harley caiu. ― E está tudo aqui? ― Inferno, era o suficiente para colocar a sua mãe no buraco mais fundo, mais escuro imaginável. ― Não ― respondeu Cecil. ― Eu fiz Creed hackear o seu computador e conseguir cópias das suas declarações bancárias, e-mails e lista de contatos. Eu não fui capaz de passar por tudo isso, mas tão certo como eu estou aqui, há algo lá que irá apontar para algumas das coisas que a sua mãe fez. ― Você acha que ela fez mais do que apenas mexer com Miko? ― Os lábios de Cecil se transformaram em uma careta quando ele se virou para olhar Creed por um momento. Creed assentiu. Quando Cecil olhou para Harley, uma expressão resignada escureceu os seus olhos. ― Sinto muito, Harley, mas as provas que reunimos apontam para a sua mãe como a pessoa que contatou Miguel Fernandez e o informou aonde você estava. ― Não. ― Harley balançou a cabeça. ― Eu nunca disse à minha mãe aonde eu estava indo. Eu não faria isso. Era uma missão secreta. ― É verdade. ― Cecil assentiu. ― Mas a sua mãe estava dormindo com um dos seus comandantes nos últimos dois anos, cerca de um mês depois que você se casou com Miko. Eu suspeito que ela conseguiu a informação dele. Harley estremeceu, subitamente gelado até os ossos. ― Você está dizendo que se eu nunca tivesse me casado com Miko, nada disso teria acontecido?


― Você conhece a sua mãe melhor do que eu Harley. O que você acha? ― Eu acho que a minha mãe é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer, incluindo assassinato e sequestro. Eu também acho que me casar com Miko foi a melhor decisão que eu já tomei, e eu passaria por tudo de novo se isso significasse que eu posso mantê-lo. Cecil riu, suas feições se suavizando. ― Boa resposta. ― Hai ― Miko disse, dando tapinhas na bochecha de Harley. ― Boa resposta. ― Estou feliz que você pense assim, amor. ― Harley riu quando ele entregou Kei a Miko. ― Eu preciso falar com Charlie sobre esta evidência. Eu quero a minha agradável mãe trancada e apertada antes de sair daqui esta noite. Ela tem bastante dinheiro e conexões para sair do país e fugir. Eu não vou permitir isso, depois do que ela fez. ― Harley virou e começou a caminhar ao redor da limusine quando ele percebeu que Miko estava logo atrás dele. Tão perto, na verdade, que quando Harley parou e se virou, Miko correu para ele. ― Miko ― Harley quase gemeu quando viu o desespero nos belos olhos caramelos arregalados olhando para ele. Ele sorriu. ― Eu acho que talvez você devesse vir comigo, hein? ― Miko assentiu rapidamente. Harley passou o braço em volta da cintura de Miko e caminhou com ele até onde Charlie estava conversando com Harold e Hiroki. Os dois amantes estavam enrolados um no outro, como se eles não tivessem qualquer intenção de se soltar. ― É um prazer vê-lo novamente, Hiroki. ― É um prazer ser visto ― Hiroki respondeu. ― Eu sinto muito que você tenha sido puxado pra esta bagunça.


― Bem, eu diria que não se pode escolher a família, mas Miko nos escolheu, então... ― Hiroki encolheu os ombros. ― Está tudo bem. Harold e eu estamos de volta, e nós temos mais do que tínhamos 24 horas atrás. Se lidar com a cadela do inferno o trouxe pra mim, então que seja. Eu não estou muito feliz por ter sido sequestrado, você entende, mas eu não estou arrependido de te conhecido vocês. ― Hunn obrigado. ― Mais uma vez, Harley encontrou-se confuso sobre o que dizer a alguém. Como ele deveria responder a isso? ― Você família ― Miko disse. Que praticamente diz tudo. Harley olhou para Charlie, não perdendo o sorriso no rosto do cara. Ele entregou o pen drive para ele. ― Cecil diz que esse pen drive tem provas suficientes para colocar a minha mãe na cadeia para o resto da sua vida. ― Ah! ― Charlie pegou o pen drive. ― Ele também disse que a minha mãe estava dormindo com um dos meus comandantes nos últimos dois anos e que há evidências de que foi ela que contatou Miguel Fernandez e que me manteve em cativeiro. Cecil acredita que ela conseguiu as informações do meu comandante. O queixo de Charlie caiu. ― Não brinca! ― Não brinca! ― Isso significa que isso é muito maior do que apenas o sequestro e a tentativa de homicídio, Harley. Você sabe disso, certo? Harley assentiu. ― Eu sei. Eu só quero a cadela presa. ― Só isso poderia conseguir. ― Charlie levantou o pen drive. ― Por que você não pega uma carona de volta para casa? Eu preciso fazer alguns telefonemas.


― Eu quero isso não importa o que aconteça Charlie. Preciso vê-la ir embora com os meus próprios olhos. ― Eu entendo Harley. Vou mantê-lo informado. ― Tudo o que você fizer ― disse Harley, ― é preciso fazer rápido. No segundo em que Marilyn souber que o seu pequeno esquema caiu, ela vai fugir. E ela tem amigos em muitos países, nem todos com tratados de extradição. ― Ah! ― Charlie sorriu, e era um daqueles sorrisos que faziam marines recrutas tremerem em suas botas de combate. ― Eu não tenho nenhuma intenção de deixar esta cadela ficar longe de mim, mesmo que eu tenha que caçá-la do outro lado do mundo. E há sempre maneiras de contornar a extradição. Se a sua mãe não fosse uma vadia, Harley teria sentido pena dela. Como era, ele só estava feliz que Charlie estivesse do seu lado. Ele não queria enfrentar esse homem quando ele estava chateado ou em uma missão. Charlie era assustador. ― Ok, eu vou ver se Cecil pode nos dar uma carona para casa. Você se importa se pegarmos Manny emprestado para nos fazer companhia? ― Não, isso seria ótimo. É provavelmente uma boa ideia você ser vigiado até que isso tudo acabe. ― Oh, não é por isso que eu queria Manny. ― Harley não pôde evitar o pequeno sorriso que caiu nos seus lábios. ― Eu devo a Cecil por resgatar Miko e Kei, e tudo o que ele quer em troca é ser apresentado ao Manny. Miko começou a rir. ― Sr. Gostoso. Charlie piscou. ― Huh. ― Cecil chama Manny de Sr. alto, moreno e sexy.


Um largo sorriso começou a cruzar os lábios de Charlie. ― Diga a Cecil para investir em Pringles. É provavelmente a única maneira de conquistar o coração de Manny. ― Harley sentiu seu rosto corar ao lembrar do desejo nos olhos de Cecil quando ele olhou para Manny. O homem queria comer Manny vivo. Manny pode ser um marine testado em batalha, mas Harley não achava que ele estava pronto para alguém como Cecil Montgomery. ― Não tenho certeza se é do coração de Manny que Cecil está atrás. Os lábios de Charlie se espalharam em um sorriso ainda maior. ― Perfeito. Harley balançou a cabeça quando ele conduziu Miko de volta para onde estava conversando com Cecil e Creed, mesmo que os olhos do homem ainda estivessem em Manny. ― Ei, eu estava me perguntando se eu poderia lhe pedir mais um favor. Cecil arqueou uma sobrancelha. ― Outro favor? ― Chame isso de uma troca. Miko e eu precisamos de uma carona de volta para a casa de Charlie. Charlie acredita que seria melhor se tivéssemos um guarda-costas com a gente até que tudo termine. ― Harley deu de ombros, sabendo do brilho crescente nos olhos de Cecil sabendo que o homem ia amar o que ele tinha a dizer. ― Eu pedi Manny. Cecil suspirou profundamente, pressionando a mão contra o peito, como se o seu coração estivesse batendo fora de controle. ― Você, senhor, é um verdadeiro cavalheiro. ― Não. ― Harley abraçou Miko e Kei em seus braços e esfregou o seu rosto por cima da cabeça de Miko. ― Eu sou apenas um homem que tem o seu coração de volta por causa de amigos como você. E isso significa mais para mim do que você pode imaginar.


― Não. ― Um brilho, triste melancólico surgiu nos olhos Cecil quando ele olhou de volta pra Manny. ― Eu posso imaginar muito bem.

Capítulo Doze

Miko acordou com o suor escorrendo dele. Ele endureceu quando sentiu um braço o puxando de volta contra uma rocha dura, um peito musculoso. Ele levou um momento para se lembrar de onde estava e quem estava deitado ao lado dele. Miko relaxou e ali ficou em silêncio. O homem era forte, reconfortante, e exalava masculinidade, algo que Miko sempre almejou. Harley era perfeito aos olhos de Miko e era todo seu. Miko engoliu quando sentiu um pau duro imprensado contra as suas costas. Ele estava com medo de mover um músculo. Seu coração estava batendo acelerado enquanto Harley murmurava, deslocando ao redor, e então pressionou o seu grosso pênis contra o traseiro de Miko. Miko mordeu o lábio para parar o gemido que ameaçava sair. Suas mãos se fecharam em punhos enquanto ele os apertava contra o seu


estômago, esperando, querendo. Sua respiração congelou em seus pulmões quando a mão de Harley acariciou o seu corpo. Seus dedos fizeram movimentos circulares nos quadris e, em seguida, continuaram a sua caminhada até o seu lado. Ele queria desesperadamente virar e deixar Harley fazer o que quisesse, mas a incerteza o manteve preso. Ele nunca se aproximou de Harley para iniciar o sexo. Ele só não se sentia confortável, ainda não. Ele estava trabalhando esse conforto nele. Miko gemeu enquanto os lábios de Harley suavemente beijaram atrás da sua nuca e, em seguida, arrastaram para baixo pela parte de trás do seu pescoço. O ar quente soprando sua carne era picante, masculino, e acolhedor. Miko estava morrendo por um beijo. ― Eu sei que você está acordado, Miko. Você quer que eu pare? ― Não... ― Miko gemeu com uma voz cheia de necessidade. Harley puxou o ombro de Miko, o virou e o olhou para dentro dos seus olhos através dos seus profundos olhos azuis. Nesse espaço de tempo, naquele momento único, Miko sabia que nenhum outro homem jamais iria fazer por ele o que o seu marido fazia. Harley olhou para ele como se Miko fosse o seu mundo inteiro. Depois do olhar de Harley sobre o rosto de Miko, seus lábios lentamente capturam os dele. Miko gemeu baixinho enquanto permitia Harley beijá-lo. As mãos de Harley o puxaram para mais perto conforme a sua língua empurrava entre os lábios de Miko, querendo entrada. Miko cedeu e finalmente o homem degustou e inflamou o seu desejo enquanto a língua de Harley varria a sua boca. Miko desenrolou suas mãos, timidamente, estendendo a mão e agarrando os ombros de Harley com força quando ele abriu a boca mais larga,


tentando o seu melhor para beber dentro de Harley. Ele engasgou quando uma perna de Harley deslizou entre as suas, fazendo o seu pau endurecer pelo atrito dos dois enquanto a mão de Harley incentivou Miko a mover os quadris. Ele montou a perna musculosa e forte de Harley, enquanto o seu marido rolava lentamente até que ele estava deitado em cima de Miko, seu peso pressionando Miko no colchão. A cabeça de Miko girava conforme Harley movia seus pênis juntos. Ele estendeu a mão, circulando seus braços em volta do pescoço de Harley, sentindo o quão forte o homem era através dos ombros largos que sentia sob as suas mãos. Miko queria... Ele precisava com um desespero que beirava a insanidade. ― Miko... ― Harley gemeu quando ele quebrou o beijo e então lentamente se empurrou para baixo do corpo de Miko até que os seus lábios pairaram sobre o pênis duro de Miko. Miko gritou quando Harley teve o seu pau em sua boca. Miko começou a ofegar, sua mente girando com luxúria. Ele gritou incapaz de parar o seu orgasmo. Miko queria que durasse, mas o seu corpo estava muito empolgado, muito animado para adiar. Harley emitiu um grunhido baixo enquanto bebia o sêmen de Miko, o lambendo e limpando enquanto ele massageava as bolas Miko. Miko piscou para o teto, sem saber o que fazer agora. Ele estava lá respirando com dificuldade enquanto se perguntava o que Harley queria. Harley deu uma longa lambida no seu pênis ainda duro e depois subiu de volta para o corpo de Miko. ― Porra, Miko. Você tem um gosto delicioso. ― Harley tomou os lábios de Miko, compartilhando o gosto de seu sêmen com ele. Miko gemeu. Ele queria fazer o mesmo para o homem, mas ele estava com medo de pedir o


que ele queria. Ele queria fazer alguma coisa. Ele não tinha certeza do que, mas ele queria fazer Harley gritar o seu nome. Harley se inclinou para frente, moendo o seu pênis em Miko. Miko alcançou entre eles e agarrou o pau de Harley. Ele observou o rosto de Harley enquanto lentamente acariciava o comprimento duro do homem, seus dedos deslizando sobre o pau. Harley mordeu o lábio inferior de Miko, empurrando o seu pênis na mão de Miko com seus quadris. ― Você quer chupá-lo? Miko ficou com a boca seca com o pensamento. Ele acenou com a cabeça rapidamente. ― Por favor, Harley-chan. Harley rolou até que ele estava de costas. Ele passou as mãos nos cabelos de Miko e depois guiou a cabeça para o seu grande pênis. Miko manobrou ao redor até que ele estava olhando diretamente para o pau de Harley. ― Chupa bebê. ― Os dedos de Harley massagearam a cabeça de enquanto a outra mão segurava a base do seu pênis, orientando os lábios Miko. Os lábios de Miko se separaram, levando a coroa na sua boca. O gosto salgado de Harley explodiu na sua língua quando ele abriu mais amplo, deixando a sua língua explorar a pele acetinada. ― É isso aí, Miko. ― Harley incentivou enquanto seus quadris começaram a empurrar, colocando o seu pau mais fundo na boca de Miko. Miko engasgou puxando para trás enquanto seus olhos lacrimejaram. Uma vez que ele recuperou a respiração, Miko tomou de volta o pênis de Harley em sua boca, balançando a cabeça para cima e para baixo, enquanto ele tentava agradar o seu marido.


A mão de Miko serpenteava por entre as coxas poderosas de Harley. Ele não tinha certeza se o seu boquete estava bom até porque baba escapava da sua boca e escorria para o pau de Harley, mas ele não ia desistir. Os dedos de Harley deslizaram pelos longos cabelos de Miko antes de seus quadris sacudiam para frente, gritando o nome de Miko enquanto jorrava sêmen na sua garganta, sufocando Miko. Ele engasgou e puxou para trás, a maioria do sêmen de Harley vazou da sua boca. Ele limpou o sêmen branco perolado da sua boca enquanto ele olhava em todos os lugares, menos para Harley. Ele estava um pouco envergonhado. ― Foi perfeito, amor. Harley se inclinou para frente e deixou cair um pequeno beijo no pescoço de Miko. ― Foi perfeito, amor. ― Sim? ― Miko perguntou olhando para Harley através da queda do seu cabelo. ― Sim, querido, foi maravilhosoooooooo. Miko soltou um suspiro de alívio. Ele poderia viver com maravilhoso. ― Hai, Harley-chan. ― Mas eu não acabei ainda. ― Harley se aproximou e puxou Miko até que o seu amante estava caído sobre o peito, olhando para ele. Miko se mexeu, seus pênis semiduros escovando juntos. Harley gemeu e agarrou os quadris de Miko. ― Eu quero você, Miko. ― Os olhos de Miko se arregalaram, e ele assentiu ansiosamente. ― Hai, Harley-chan. ― Harley inclinou-se para mais um pequeno beijo, depois outro, cada um ficando mais desesperado, até que ele não retirou os lábios da pele de Miko.


― Mmm, é tão bommmm. ― sussurrou Miko, arqueando a cabeça para trás e para o lado para expor mais a sua garganta. ― Sim? ― Harley sussurrou contra a pele sensível de Miko. ― Você gosta disso, bebê? ― Hai. ― Miko gemeu. ― Quero mais. ― Nunca deixe que digam que eu não o agrado. ― Harley estendeu a mão para o criado-mudo, pegando o lubrificante que ele havia depositado ali enquanto Miko estava tomando banho. ― Vire-se. Eu quero ver você esticar-se para mim. O corpo inteiro de Miko corou pelo pedido de Harley. Ele mordeu o lábio inferior e, em seguida, virou-se, apresentando a bunda para o prazer de Harley. Ele ouviu Harley abrir o lubrificante e, então, sentiu o líquido do lubrificante sendo esguichado no vinco de sua bunda. ― Me dê a sua mão. ― Miko esticou a mão para Harley. Uma vez que os seus dedos estavam encharcados, Harley colocou a garrafa de lado e guiou a mão de Miko em direção ao seu buraco. Miko tocou a sua entrada apertada e depois empurrou um dos dedos no anel de músculos. ― Oh inferno, doce. Miko escondeu o sorriso atrás do seu cabelo enquanto lentamente empurrava outro dedo dentro de si mesmo. Era uma sensação inebriante de saber que ele poderia puxar palavras sujas para fora do seu amante. ― É isso aí, bebê. Foda os seus dedos. ― Depois Miko inseriu um segundo e depois um terceiro dedo, Harley estendeu a mão e começou a massagear as suas nádegas arredondadas, amassando-as na palma das suas mãos.


― Eu estou pronto, Harley-chan. ― Miko se virou. Ele começou a sair fora de Harley, mas ele parou Miko de ir a algum lugar com uma mão em seu quadril. ― Você tem a pele macia. ― Harley sussurrou enquanto acariciava a mão pelo lado de Miko, até que ele chegou à curva do seu traseiro. Os dedos de Harley deslizaram diretamente para baixo entre as bochechas da sua bunda. Harley moveu a mão sob o queixo de Miko e segurou o seu queixo inclinando, a cabeça para trás. Miko gemeu enquanto sentia a língua de Harley sobre a sua pele. Não havia nada na terra tão bom quanto ser amado pelo seu Harley. ― Eu quero você, Miko. Quero amar você. ― sussurrou Harley contra a pele quente de Miko. Miko inalou bruscamente. ― Hai. ― Ele fechou os olhos por um momento com as palavras de Harley. Ele tinha sonhado segurar Harley em seus braços novamente por tanto tempo, que ele começou a se perguntar se iria ver o dia. Quando esse dia finalmente chegou, parecia que o destino em si estava conspirando para mantê-los separados. E, no entanto, aqui estavam eles. Quando Harley se inclinou para frente e reivindicou os seus lábios, Miko gemeu e inclinou-se para o beijo. Beijar Harley era mágico. Tocar sua pele, cheirar, amar era ainda melhor. Os suaves gemidos de prazer que saíram dos lábios de Harley enquanto Miko acariciava a sua pele aquecida fez o seu pau ficar mais duro do que aço. Ele sentiu que poderia foder uma parede de tijolos. Miko acariciou a mão sobre o peito de Harley enquanto ele o beijava. Seu coração disparou quando sentiu as pontas dos mamilos de Harley sob as


palmas da sua mão. Ele girou os dedos ao redor de um mamilo, acariciando a carne sensível até que Harley estava tremendo em seus braços. ― Você gosta, Harley-chan? ― Miko perguntou puxando um mamilo com os dedos. A única resposta de Harley foi um gemido lento arqueando em direção aos dedos de Miko. Miko riu levemente indo de um bico para o outro, dando-lhe o mesmo tratamento. ― O inferno, simmmmmm. ― Harley assobiou. ― Eu quero que você me cavalgue, Miko. ― Hai, Harley-chan. ― ele murmurou enquanto ele olhava para o homem dos seus sonhos com um pouco de apreensão. Fazia um tempo em que eles tinham feito amor nessa posição, exatamente há dois anos. Miko tinha medo de que ele não seria muito bom nisso. ― Eu vou mostrar a você, amor. ― Harley reposicionou Miko, segurando a base do seu pênis. Quando a ponta do seu pau tocou o buraco de Miko, Harley respirou fundo. ― Vá com calma. Miko colocou as palmas das mãos sobre o peito de Harley abaixando o seu corpo, espetando-se no pau de Harley. ― Que delícia, Miko. Miko corou com palavras as de Harley. ― Eu terminei. Harley sorriu para ele e, em seguida, agarrou os lados de Miko. ― Diga-me quando você estiver pronto para me mover, bebê. Miko respirou fundo e depois assentiu. Harley apoiou os pés no colchão e apertou os seus braços em Miko enquanto empurrava para cima. Miko lançou a cabeça para trás em seus ombros e de uma vez só o pau de Harley foi totalmente encaixado dentro dele. ― Você me tem, Miko, ― ele gemeu. ― Cada centímetro de mim.


― Hai, Harley-chan! ― Miko gritou ― Faça de novo. Harley envolveu os seus braços em Miko e começou a empurrar-se uma e outra vez. A cabeça de Miko estava nadando, e o seu corpo estava cantarolando enquanto tomava o prazer do pau batendo nele. O gemido que vinha crescendo no peito de Miko ia a toda velocidade até agora. Seu pênis doía tanto que ele estava com medo de que poderia quebrar. Miko estava no céu, e seu nome era Harley. Miko se inclinou e capturou os lábios de Harley. O beijo enviou novas espirais de êxtase através de Miko. Ele gemeu enquanto empurrava de volta, sentando-se em linha reta plantou os pés de cada lado de Harley. Harley ergueu as mãos para cima, dando a Miko algo para se prender quando ele assumiu e montou. ― Maravilhoso, Harley-chan. ― Os lábios de Miko se separaram um pouco quando Harley envolveu os seus dedos ao redor do pênis de Miko. Com apenas alguns toques em seu pênis dolorido, Miko estava chegando perto do limite da felicidade. Ele podia sentir suas bolas apertadas contra o seu corpo. Ele sabia que estava perto de gozar. Ele queria que Harley gozasse com ele. ― Goze, Harley-chan. ― ele sussurrou antes de afundar no pênis de Harley novamente. O estrondo da liberação de Harley inundou os ouvidos de Miko. Miko sentiu oscilar à beira do seu próprio orgasmo. Mais um impulso de Harley e Miko gozou. Em um momento ele saboreava a sensação deliciosa de ter o pênis de Harley profundamente dentro dele. No momento seguinte, ele estava gritando o seu gozo com tiro após tiro de sêmen espalhados pela pele bronzeada de Harley.


Miko estremeceu com a sensação do pau de Harley pulsando dentro dele. Cada pequeno tremor abalou através dele, prolongando o seu prazer até que Miko pensou que ele ia ficar inconsciente. Miko caiu no peito de Harley, suado e ofegante. Harley envolveu Miko em seus braços e puxou o cobertor sobre eles. Quando pôde finalmente respirar de novo, Miko inclinou-se e deu um pequeno beijo nos lábios de Harley. ― Amo você, Harley-chan. Harley sorriu. ― Hai.

Os nervos de Harley estavam tensos, fazendo-o inquieto e ansioso. Era tudo o que podia fazer para não gritar com Charlie para dirigir mais rápido enquanto se dirigiam em direção a mansão da sua mãe. Era isso, o confronto final. Eles descobriram evidências suficientes através de Cecil para colocar a sua mãe longe pelos próximos cem anos. Ela não estava apenas sendo presa por sequestro de Miko, Kei, e Hiroki, ou tentar matá-los. Essas acusações foram quase consideradas merda pequena em comparação com as inúmeras acusações federais que ela estava enfrentando. Suas contas bancárias haviam sido rastreadas para as operações de drogas que levaram todo o caminho até a América Central. Aparentemente, ela


tinha chamado Miguel Fernandez para informá-lo da missão de Harley, ela tinha feito negócios com o traficante para preencher a sua conta bancária. Considerando o quanto ela odiava alguém que não era branco, a informação foi um choque enorme. O policial que ela estava tendo um caso havia cantado como um pássaro, quando ao seu envolvimento no sequestro de Harley se tornou aparente. Marilyn

tinha

estava

chantageando-o

para

pôr

as

mãos

em

informações para que ela pudesse usar para ajudar Miguel a trazer drogas para os Estados Unidos. Harley estava apenas feliz que ele tinha sido autorizado a vir enquanto os federais fariam a prisão. Ele queria ver o olhar no seu rosto quando ela percebesse que tinha sido capturada. Ele só queria ter uma câmera para capturar o evento para Miko. Tinha sido apenas três dias desde que Miko e Kei haviam sido devolvidos a ele, e todos eles ainda estavam tentando superar todo o evento. Miko se recusou a sair do lado de Harley, a menos que alguém estivesse com os dois, olhando por eles. Ele estava com medo de que alguém iria separá-los novamente. Ele só concordou que Harley poderia vir nesta viagem quando ele prometeu ficar ao lado de Charlie e Manny. Cecil tinha ficado para trás na mansão com Miko, Kei, Harold, e Hiroki. A maioria dos homens de Charlie tinha ficado para ficar de olho neles. Manny se ofereceu para acompanhar Harley e Charlie, tão logo a missão veio para cima. Harley tinha certeza de que Manny se ofereceria para ir a uma missão à lua se isso o afastasse de Cecil. Harley não sabia o que tinha


ocorrido entre os dois homens nos últimos três dias, mas Manny estava correndo com medo. Harley não achava que ele estava indo ser capaz de correr o suficiente. Cecil era um homem determinado a conseguir os seus contatos na marinha a altura. E de alguma forma, Harley tinha certeza de que Cecil era também um homem acostumado a conseguir o que queria. Manny não tinha uma chance. ― Nós estamos aqui. ― Charlie disse puxando o caminhão para uma parada e desligou. ― Tudo bem, você precisa me prometer alguma coisa, ou você tem que ficar no caminhão. ― Charlie virou-se para olhar para Harley. ― O quê? ― Harley pediu tendo uma boa ideia do que Charlie queria. ― Você não pode ir atrás da sua mãe, não importa o que ela diga. Eu sei o quanto você quer que ela pague pelo que ela fez para você e Miko, mas essa coisa é maior do que apenas o problema de vocês. Se você tirar a merda vamos perder a vantagem que temos sobre ela. ― Charlie, eu só quero estar lá para vê-la ser presa. Eu preciso ver isso. Eu preciso saber que ela não conseguiu o que queria. ― Harley passou a mão pelo cabelo, distraidamente percebendo quanto tempo que ele tinha parado com as missões militares. ― Eu não vou causar quaisquer problemas. Eu só preciso vê-la. ― Nesse caso, você pode querer isso. A boca de Harley caiu aberta quando percebeu o pequeno objeto retangular que Charlie estava segurando para ele era um telefone celular.


Quando ele olhou para Charlie, o rosto do homem ficou vermelho e ele deu de ombros. ― Eu pensei que Miko podia querer ver também. ― Charlie apontou para um dos aplicativos do telefone. ― Isso é Face Time 7. Se você clicar nele e segurar o telefone, ele vai ver a coisa toda enquanto isso acontece. ― Deus, eu amo a tecnologia. ― disse Harley apertando o botão e esperou por Miko responder do outro lado. Quando o rosto lindo de Miko apareceu na tela, Harley começou a sorrir. Isso ia ser épico. ― Oi, bebê, pronto para assistir o show? ― Hai. ― Miko parecia nervoso, mas ele também parecia animado. ― Não se preocupe, Miko. Eu vou ficar em segundo plano. Eu só quero estar aqui para vê-la ser presa. Eu não vou entrar em qualquer dificuldade. ― Fique seguro, ou não terá bunda. Harley piscou, chocado que Miko realmente entendeu o que aquilo significava e estava usando-o como uma ameaça para mantê-lo na linha. E ele poderia dizer que Miko fez. Seu rosto estava vermelho... Todo vermelho. Talvez ele tivesse saído com Cecil demais. ― Eu vou ficar bem, Miko. Eu prometo. ― Então você começa a ter traseiro quando chegar em casa. Harley riu. Ele manteve o telefone ligado enquanto saia do caminhão e seguiu Charlie e vários agentes armados do FBI, do DEA, e do Serviço de Investigação Criminal Naval subindo na frente. Foi um esforço conjunto entre todas as agências, porque quase todos no governo queriam Marilyn Thomas por algum tipo de crime.

7

Aplicativo de vídeo conferencia.


― Fique quieto. ― Charlie murmurou. ― Você não vai acreditar o que levou a fazê-los concordar em permitir que você venha. Se você estragar isso, é a minha cabeça em uma bandeja. ― Eu posso me comportar. ― Harley sorriu ― Miko jurou reter o sexo se eu me comportar mal. Charlie olhou por um momento e depois começou a rir. ― Sim, isso me faria seguir a linha, também. Felizmente, John Henry não pode manter as suas mãos longe de mim o tempo suficiente para me ameaçar como isso. ― Quer apostar? ― Harley arqueou uma sobrancelha para Charlie. ― Eu aposto qualquer coisa que se John Henry pensar que você está em perigo, ele poderia fazer qualquer ameaça, inclusive sexo retido na fonte. ― Sim. ― Charlie suspirou. ― Você provavelmente está certo. John Henry pode ser irritável assim. ― Ele ama você. Apenas no par de dias que Harley e Miko se hospedaram na mansão, ele tinha visto o amor que praticamente vibrava entre Charlie e John Henry. Ele percebia que John Henry não poderia sair de casa para o trabalho mais de cinco segundos antes do homem caçar Charlie e o arrastar para uma rapidinha. Harley haviam aprendido a evitar a despensa. Charlie sorriu. ― Sim, ele faz. O riso de Harley desapareceu quando um dos agentes bateu na porta da frente. Seu coração começou a bater um pouco mais rápido do que esperava. Quando a porta se abriu e a sua mãe estava ali, Harley não tinha certeza se ficava olhando para a mulher ou apenas gritava com ela.


O braço que envolveu em torno do seu pulso decidiu por ele. Harley olhou para baixo para ver a mão de Charlie em volta dele. Quando ele olhou para Charlie, o homem deu de ombros. ― Pensei que poderia precisar de ajuda. Harley bufou e virou-se para assistir a cena diante dele, segurando o telefone celular de modo que Miko poderia assistir também. ― Aqui vamos nós, bebê. ― ele disse calmamente. ― Isto é, quando tudo termina. ― Marilyn Thomas. ― Um dos agentes do FBI agarrou os seus braços e começou a algemá-la. ― Você está presa pelo assalto e tentativa de assassinato de Harland Thomas, Mitsuaki Thomas, e Kei Harland Thomas. Você também está presa pelo sequestro e tráfico de seres humanos de Mitsuaki Thomas, Kei Harland Thomas, e Hiroki Sato e fraudes financeiras, roubo, falsificação e destruição de propriedade privada. Outro agente, com as iniciais do DEA na parte de trás da sua jaqueta avançou. ― Marilyn Thomas, você está presa por tráfico de drogas para os EUA, venda ilegal de drogas, e a cumplicidade com um traficante conhecido e fugitivo. ― Harley quase desatou a rir quando o agente NCIS avançou. ―

Marilyn

Thomas,

você

está

presa

por

vender

segredos

classificados como secretos, de traição contra os Estados Unidos, e por colocar em risco a vida de um fuzileiro naval dos EUA. Marilyn empalideceu ainda mais com cada carga que leram para ela. Ela começou a sacudir a cabeça. ― Deve haver algum engano, senhores. ― Não há nenhum erro, mãe. ― disse Harley se adiantando.


Ele sabia que não era para dizer qualquer coisa, mas ele não se conteve. ― Você finalmente vai conseguir o que está vindo para você, e vou passar o resto da minha vida com o meu marido e o meu filho, feliz em saber que você está atrás das grades aonde você deve estar. ― Maldito! ― Marilyn gritou, seu rosto indo da inocência ao vermelho de raiva. ― Isso aqui é tudo culpa sua! Se você não tivesse casado com... com um homem, nada disso teria acontecido. ― Não. ― Harley balançou a cabeça, uma parte dele dolorido que a sua mãe fosse uma mulher fria e não uma verdadeira mãe. ― Se você não tivesse sido uma vadia, nada disso teria acontecido e você não iria para a prisão por violação de leis mais do que eu posso contar. ― Harley sorriu porque havia uma parte perversa que estava realmente desfrutando assistindo a mãe dele conseguir o que estava vindo para ela. ― Você nunca vai ver a luz do dia novamente. Você vai passar o resto da sua vida enterrada em algum buraco do inferno, com todos os assassinos baixos e traficantes de drogas do planeta. Se você tiver sorte, um dos seus companheiros de prisão pode fazer de você a sua cadela. Marilyn gritou e se lançou em direção a Harley mesmo suas mãos estando algemadas. Ela começou a gritar e gritar sobre o que ela planejava fazer a Harley uma vez que estiver livre, e alguns deles foram bastante imaginativos. Harley sabia que mais de um agente lhe deu um olhar simpático. ― Adeus, mamãe. Eu realmente espero que nós nunca nos encontremos novamente. ― Dizendo essas palavras algo dentro de Harley se resolveu. Ele se virou e foi embora, sabendo que ele tinha um lugar muito melhor para estar do que aqui, em algum lugar aonde ele era amado e aceito. ― Charlie, você pode me dar uma carona para casa? Meu marido e filho estão esperando por mim.


― Sim, claro. ― Charlie olhou entre Harley e os principais agentes de Marilyn descer as escadas em direção a uma viatura a espera. Ele parecia um pouco assustado, mas correu atrás de Harley enquanto ele caminhava em direção ao caminhão. ― Bebê... ― disse Harley sorrindo para o belo rosto olhando para ele através da tela do celular. ― Eu estou no meu caminho para casa. ― Mesmo que a casa fosse uma enorme mansão cheia de fuzileiros navais. ― Bom. ― Os dedos de Miko se arrastaram sobre a tela. ― Venha para casa, meu Harley-chan. Nós estamos te esperando. Isso era bom o suficiente para Harley.

FIM


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