Borussia Dortmund Magazine

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ESQUADRÃO IMORTAL 1994 - 1997 COMEÇO DÍFICIL

REIS ALEMÃES

Em 1991, o Borussia fez uma de suas melhores contratações da história ao anunciar como técnico Ottmar Hitzfeld, vindo com uma bagagem vitoriosa no futebol suíço. O trabalho do treinador começou razoavelmente bem, com o time voltando ao pelotão de elite da Bundesliga, mas ainda incapaz de brigar por títulos. Foi então que na temporada 1992-1993 os alemães alcançaram uma final continental: a Copa da UEFA. Porém, o sonho de conquistar uma taça europeia novamente (a última havia sido a Recopa da UEFA de 1966) foi para o espaço com uma acachapante derrota de 6 a 1 no placar agregado para a Juventus (3 a 1 na Alemanha e 3 a 0 na Itália). Muitos poderiam criticar o trabalho de Hitzfeld por perder uma final com essa diferença de gols, mas a Juventus era uma seleção com Peruzzi, Júlio César, Kohler, Dino Baggio, Antonio Conte, Andreas Möller, Roberto Baggio e Vialli. Depois da derrota, o técnico do Borussia soube recompor o elenco e viu na rival italiana peças que seriam ótimas para reforçar o time do Borussia. Tempo depois, o clube anunciou as contratações de Júlio César, Kohler, Paulo Sousa e Möller, que se juntariam ao líbero Matthias Sammer como os grandes talentos que dariam ao time de Dortmund a força que faltava para brigar, enfim, por conquistas.

Na temporada 1994-1995 o Borussia mostrou força de elenco, perdeu apenas uma partida em casa e faturou depois de 32 anos o Campeonato Alemão, com 20 vitórias, nove empates e cinco derrotas em 34 jogos. Os destaques foram os triunfos sobre Bayern München (1 a 0), 1860 München (4 a 0) e Stuttgart (4 a 0) em casa, além de um 4 a 0 no Hamburgo e um 6 a 1 no Köln, ambos fora de casa. O time conseguia levantar a Bundesliga demonstrando muito talento e a inteligência tática e técnica de Ottmar Hitzfeld, que conseguia extrair de seus jogadores o máximo e montar uma equipe forte defensivamente e muito rápida quando chegava ao ataque, com muita pontaria e precisão, reflexo direto de um dos melhores ataques do torneio naquele ano (67 gols) e também da melhor defesa (33 gols sofridos). Michael Zorc, com 15 gols, e Andreas Möller, com 14, foram os destaques do time no torneio. O defensor Matthias Sammer começava naquela temporada a se transformar num dos maiores jogadores da Alemanha e da Europa com muita qualidade técnica e atuações memoráveis, muito graças à adaptação feita por Hitzfeld ao recuar o jogador para a posição de líbero. O técnico dizia na época que Sammer tinha tudo para ser o “Beckenbauer dos anos 90”.


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