TFG Renan Rosatti. Bixiga: Comunicação visual e identidade urbana

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Bixiga Comunicação visual e Identidade urbana

Renan Rosatti de Siqueira


Trabalho Final de Graduação janeiro 2015 Orientador Prof. Carlos Roberto Zibel Costa


Agradecimentos Agradeço ao professor Carlos Zibel pelos ensinamentos, paciência e dedicação, sem os quais esse trabalho não teria sido possível. Agradeço aos meus pais, por acreditarem e investirem em mim e pelo amor incondicional. Sem eles eu não teria chegado aqui. Agradeço à Lari, companheira de todas as horas, que me ouviu e me apoiou quando as forças pareciam faltar. Agradeço aos meus amigos, que me acompanharam durante todas as fases da vida e compartilharam as mesmas angústias, tristezas e alegrias.



Sumário

Introdução 7 O tema 9 O lugar 11 Método 13

Reflexões 15

O Bixiga

Imagem urbana O espaço na era digital Identidade vs. branding

História 27 Território 33

17 19 22

25

Referências de projeto 43

Projeto 69

Legible London 45 WalkNYC 49 Lyon Croix-Rousse 53 Avenida Paulista 57 [murmur] 63 Realidade aumentada 67

Tipografia 71 Cor 77 Sinalização 83 Aplicativo 101

Considerações Finais 121 Bibliografia 122 Lista de imagens

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Introdução



Este trabalho surgiu como uma tentativa de entender o processo de criação das imagens coletivas acerca de um determinado lugar, e de que maneira essas imagens podem ser influenciadas pela intervenção dos arquitetos e designers na cidade. Meu interesse era descobrir de que maneira a manipulação física de um ambiente urbano poderia reforçar ou mesmo alterar o significado dessa região para os grupos de pessoas que a vivenciam. As intervenções físicas sobre um determinado espaço podem ocorrer em diferentes escalas, nos âmbitos do planejamento urbano, arquitetura e design – desde o desenho urbano, zoneamento e paisagismo, passando por equipamentos públicos e edificações, chegando a escalas menores como mobiliário urbano e sinalização. Neste estudo, decidi focar no papel da comunicação visual na percepção do ambiente. A comunicação visual na cidade tem como função apresentar diversos tipos de informação de maneira organizada e legível ao cidadão, possibilitando assim que ele compreenda mais facilmente o ambiente onde vive e sinta-se confortável e seguro ao percorrê-lo. Essas informações são dirigidas a diversos públicos – de pedestres a motoristas, de moradores a turistas – na forma de placas de trânsito, itinerário e linhas de metrô e ônibus, indicação de pontos históricos e turísticos, orientação em parques, etc. Deficiências nesses sistemas de informação deixam os cidadãos dependentes da experiência cotidiana para se orientar, e dessa forma é praticamente impossível construir uma estrutura mental precisa da cidade como um todo. O interesse por essa relação específica entre identidade urbana e comunicação visual surgiu de questionamentos que muitos paulistanos já tiveram ao visitar uma cidade com um bom sistema de informação ao pedestre: por que é mais fácil orientar-se em uma cidade desconhecida do que

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O tema


pegar um ônibus diferente do habitual em São Paulo? Como deve sentir-se um turista que vem a São Paulo pela primeira vez e precisa tomar um ônibus sem um mapa das linhas, indicação de onde deve descer e, caso desça no ponto certo, para onde deve prosseguir a partir de lá? Como essa desorientação total – além de gerar uma terrível sensação de desconforto e insegurança – altera a percepção do espaço e, consequentemente, as imagens mentais de significado e identidade que construimos desse ambiente? Apesar de os campos da comunicação visual e da imagem urbana inicialmente parecerem um tanto desconexos, logo percebi que de fato eles caminham lado a lado no ambiente urbano. Parte da experiência de viver em uma metrópole consiste em estar permanentemente cercado por todo tipo de comunicação – anúncios, letreiros de estabelecimentos, sinalização viária –, e tudo isso influencia diretamente nossa percepção do ambiente. Identificar as diferentes partes da cidade a partir de suas características, como topografia, tipologia de seus edifícios, tipo de comércio e arborização, e organizá-las em uma estrutura clara pode ser um exercício bem complexo em São Paulo ou qualquer outra cidade com mais do que alguns poucos quilômetros quadrados. Um ambiente legível e, consequentemente, a consistência de sua imagem para cada um de seus habitantes são de extrema importância para seu bem-estar. É fácil subestimar essa necessidade até que se experimente uma situação de desorientação e alienação extrema – como estar completamente perdido em uma cidade desconhecida – e a angústia e mal-estar dela resultantes. O ser humano necessita do conforto e da segurança emocional proporcionados pelo reconhecimento de elementos familiares em seu ambiente. Esses elementos, que podem ser grandes como um arranhacéus ou tão pequenos como um banco de praça, remetem a memórias do passado e ajudam a criar uma estrutura mental da cidade e seus percursos.


1 | LYNCH, 2011, p.106

2 | LONGO, 2014, p.217

O lugar Em uma cidade tão grande em extensão e diversidade é muito difícil idealizar ou concretizar um projeto único que seja eficiente em atender todas as demandas nessa escala. Por isso, foi necessário escolher um recorte territorial para a etapa de projeto deste trabalho. Como ponto de partida, busquei um bairro que representasse o sucateamento e esquecimento do design urbano como programa e a subsequente crise de identidade e imaginabilidade que a cidade vem sofrendo ao longo das últimas décadas.

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Kevin Lynch chama de imaginabilidade a qualidade presente em determinados ambientes urbanos que facilita sua identificação e estruturação visuais{1}. Na cidade de São Paulo, quando buscamos uma região imaginável, logo pensamos na Avenida Paulista – um dos raros exemplos em uma metrópole tão extensa. Além dos elementos topográficos – traçado retilíneo sobre o espigão central – e tipológicos – presença de altos edifícios enfileirados e largas calçadas – da avenida, também chama a atenção a singularidade de sua comunicação visual, marcada pela sequência ritmada de altos postes com informações ao pedestre e motorista. O projeto de João Carlos Cauduro e Ludovico Martino de design abrangente e sistêmico para a avenida, que data de 1973, já sofreu enorme descaracterização ao longo dos anos, mas ainda é um símbolo residual de um tempo no qual se pensava em um projeto integrado de design urbano para uma cidade que se preparava para entrar na era da informação. “De lá para cá, a discussão da imagem da cidade como lugar público simplesmente desapareceu das agendas administrativas”{2}.


Obviamente, não fazem parte desse universo as novas centralidades que surgiram a partir da expansão urbana mais recente e são alvo das grandes incorporadoras, atraindo serviços e moradores – como o Itaim, o Morumbi, ou as Marginais. O desenvolvimento desses novos polos de atração significou para outros bairros a perda de parte de sua população, seu comércio e principalmente investimentos, resultando em uma crise de atratividade e identidade. Entre os mais afetados por esse processo estão os bairros do centro de São Paulo, incluindo o bairro do Bixiga, que receberá atenção especial nesse trabalho. Polo teatral na década de 1960, ponto de encontro de músicos e artistas nos anos 1970 e circuito do Rock na década de 1980, o Bixiga foi gradualmente substituído nas últimas décadas por novas centralidades de cultura, vida noturna e gastronomia, como a Vila Madalena e o Itaim. A imagem do bairro perdeu força e hoje limita-se na mente do paulistano ao seu maior estereótipo – a gastronomia italiana – e a imaginabilidade do Bixiga nunca se viu tão frágil. Projetar um sistema de informação para o bairro do Bixiga significa valorizar sua identidade e atender às suas demandas específicas, tanto estéticas quanto funcionais. O design sistêmico não implica na aplicação indiscriminada de um modelo genérico por toda a cidade, mas na criação de modelos que valorizem a riqueza de identidades e contrastes existentes na metrópole, sem abrir mão de uma linguagem visual que os identifique como parte de um sistema mais abrangente. Portanto, o objetivo desse recorte é mostrar, a partir de um estudo de caso, como o design pode contemplar simultaneamente as especificidades de uma determinada região sem opor-se à existência de um sistema integrado a nível municipal ou mesmo metropolitano.


3 | LYNCH, 2011, p.9

4 | MAIA, 2013

Tão importante quanto compreender a influência do design na imagem de uma determinada unidade espacial é entender de que forma a identidade desse local – memórias, imagens de grupo e características físicas – serve como base para o surgimento de uma linguagem visual própria. Dessa maneira, o próximo passo foi estudar a fundo o bairro do Bixiga buscando esses elementos históricos, sociais e tipológicos que pudessem ser traduzidos visualmente, assim como as demandas específicas que deveriam ser atendidas no projeto. Para realizar essa análise do bairro, primeiro foi necessário me familiarizar com o conceito de identidade e imagem urbana, e adquirir repertório para observar e compreender a paisagem urbana com a qual eu trabalharia. Tomei como ponto de partida o método de análise de Kevin Lynch, atentando para “os tipos formais de elementos imagísticos nos quais podemos adequadamente dividir a imagem da cidade: vias, marcos, limites, pontos nodais e bairros”{3} para a análise do território do Bixiga. A lógica de Lynch foi elaborada para estudar as cidades americanas na década de 1960, e naturalmente não é adequada para estudar os fenômenos sociais da cidade brasileira contemporânea. A cidade é uma construção social, um produto dos encontros entre os indivíduos de uma sociedade urbana{4}. Essa é a principal lógica por trás da identidade do Bixiga, um bairro essencialmente construído pela confluência de diversos grupos, criando uma mistura que representa cada uma dessas culturas diferentes. Essa base teórica que auxiliou na análise do bairro do Bixiga está desenvolvida no primeiro capítulo, chamado reflexões. Nesse capítulo também são levantadas algumas questões sobre as transformações que a cultura

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Método


digital está causando no modo como nos comunicamos e vivenciamos a cidade, e sobre a situação atual dos projetos de identidade urbana. Essas questões foram essenciais para a elaboração das diretrizes de projeto. Com essas bases teóricas em mãos, fui estudar a fundo o bairro, através de visitas a campo, entrevistas e bibliografia específica. Esse estudo, apresentado no segundo capítulo – O Bixiga –, está dividido em três partes: um panorama histórico e social, uma análise do território e elementos físicos do bairro, e uma síntese que relaciona aspectos da identidade do Bixiga a percursos e locais específicos. Após coletar todos os dados necessários para entender as demandas e potencialidades do bairro, o próximo passo foi buscar projetos de referência. Fazem parte dessas referências alguns projetos consagrados de orientação ao pedestre em grandes cidades (Londres e Nova Iorque) e em áreas históricas (Lyon), e a experiência paulistana já citada da Avenida Paulista. O levantamento, apresentado no capítulo Referências de projeto, também abrange projetos que utilizam meios digitais para propagar memórias individuais e coletivas sobre um local (murmur) e alterar o modo como nos relacionamos com o espaço (realidade aumentada). A última etapa e objetivo final do trabalho foi o projeto de um sistema de orientação ao pedestre que possibilitasse aos visitantes e aos moradores do bairro compreender melhor esse espaço. Um entendimento mais profundo do Bixiga – tanto em relação à sua organização geográfica, quanto à sua história e aos elementos significativos para a construção de sua identidade – é condição determinante para atingir uma imagem coletiva estruturada e consistente do bairro. O projeto busca criar justamente essas condições para que a identidade do Bixiga seja resgatada e o bairro volte a se inserir de maneira mais significativa na cena do lazer e turismo na metrópole.


Reflex천es


“O espaço abstrato e genérico, o imaginário global de uma cidade nada mais é do que uma forma de torná-la invisível, de transcendê-la em um panorama que mostra tudo, mas que nada revela. O que é Paris, a ‘cidade-luz’, Nova York, a que nunca dorme, Salvador, a cidade da alegria, Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, a não ser denominações de um panorama que as deixam pairar na invisibilidade genérica?” — LEMOS, 2013, p.234


1 | LYNCH, 2011, p.3

Para analisar a imagem do Bixiga de maneira mais objetiva, decidi me apoiar na leitura de A imagem da cidade, de Kevin Lynch. Nesse livro, ele examina a estrutura das cidades a partir de 5 elementos: vias, limites, pontos nodais, bairros e marcos. O resultado das relações entre esses elementos é a estrutura física do ambiente, que é organizada pelos indivíduos em um modelo mental desse espaço. Nas primeiras visitas ao bairro, procurei ficar atento a esses elementos para tentar organizar o bairro em um modelo estruturado, e o método – apesar de já ter mais de 50 anos – provou-se eficaz para esse propósito. Kevin Lynch procurou compreender em A imagem da cidade como se constroem as associações dos indivíduos aos elementos físicos de uma cidade e como são atribuídos significados individuais ou de grupo a um determinado local. Lynch estudou três grandes cidades americanas (Boston, Jersey City e Los Angeles) através de detalhadas entrevistas com moradores e uma extensa pesquisa de campo, para tentar compreender quais são os elementos que guiam a percepção do ambiente urbano e como essa experiência resulta em imagens de significado, identidade e relação. Lynch explora o conceito de legibilidade e imaginabilidade e aponta falhas nas cidades estudadas, sugerindo maneiras de intervir no espaço para tentar atingir uma cidade legível, “cujos bairros, marcos ou vias fossem facilmente reconhecíveis e agrupados em um modelo geral”{1}. Desse modo, o estudo de Lynch constrói uma base de princípios para o design urbano, lidando com a forma visual em escala urbana. No entanto, a imagem da cidade também depende de outros fatores sociais, que em determinados casos tem uma influência muito maior no imaginário coletivo e individual. “As imagens grupais de significado ten-

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Imagem urbana


dem a ser menos consistentes nesse nível do que as percepções de identidade e relação. Além disso, o significado não é tão facilmente influenciado 2 | LYNCH, 2011, p.10 pela manipulação física como esses outros dois componentes”{2}. Essa afirmação reflete precisamente o escopo de atuação desse projeto de comunicação visual. A intenção não é criar novos significados para o bairro através de um re-branding – termo comum no universo do marketing –, mas respeitar a tradição e as memórias “A paisagem também desempenha um dos moradores, tornando o Bixiga mais legível e imaginável através da papel social. O ambiente conhecido estruturação de sua identidade e de por seus nomes e familiar a todos sua relação com a cidade. oferece material para as lembranças e Lynch ressalta essa “necessidade de identidade e estrutura em nosso símbolos comuns que unem o grupo mundo perceptivo, e [...] a relevâne permitem que seus membros se cia especial dessa qualidade para o comuniquem entre si” caso específico do espaço urbano, — LYNCH, 2011, p.143 complexo e mutável”{3}, e afirma também que a imagem ambiental 3 | LYNCH, 2011, p.12 não é uma realidade absoluta instrínseca a um local, mas resultado de “um processo bilateral entre o observador e o observado. O que ele vê é baseado na forma exterior, mas o modo como ele interpreta e organiza isso, e como 4 | LYNCH, 2011, p.149 dirige sua atenção, afeta por sua vez aquilo que ele vê”{4}. Portanto, agir sobre a maneira com que os indivíduos interagem com o ambiente através da comunicação visual é, sem dúvida, influenciar de alguma forma a identidade desse lugar.


5 | LEFEBVRE, 2006, p.62

6 | MAIA, 2013

Enquanto Lynch procura compreender os elementos físicos que constroem a cidade como estrutura legível e imaginável, pensadores mais contemporâneos veem a estrutura física da cidade apenas como um substrato material para o desenvolvimento da vida urbana. “A cidade seria a projeção da sociedade sobre um local percebido e concebido pelo pensamento que determina a cidade e o urbano”{5}. Ainda segundo Lefebvre, a cidade pode ser compreendida como uma sobreposição de uma morfologia social e uma morfologia material. A morfologia social é o urbano, ou seja, uma construção coletiva a partir dos encontros e atividades de uma sociedade urbana. A morfologia material é a cidade: uma “realidade prático-sensível”, um meio no qual o urbano se realiza, e sem o qual ele é só uma possibilidade virtual. Segundo essa teoria, a cidade enquanto realidade material não configura por si só um ambiente urbano, dependendo das relações e dos encontros proporcionados por uma população urbana. Se o evento formador da urbanidade é a reunião de pessoas em um espaço de qualquer natureza, então sua existência está condicionada a determinados momentos e eventos, e podemos assim falar em Cidade Instantânea{6}. A comunicação entre indivíduos para a formação de coletivos, mesmo que instantânea e efêmera, ganha enorme importância nessa definição contemporânea de cidade. Essa definição de urbanidade torna-se particularmente verdadeira se levarmos em conta os processos formadores do bairro do Bixiga e o importante papel que o encontro e a mistura de grupos heterogêneos teve na construção dessa identidade tão peculiar do bairro. Na cidade contemporânea, os encontros casuais e condicionados pela simples proximidade geográfica entre os indivíduos cederam lugar para

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O espaço na era digital


conexões mais complexas entre grupos, condicionadas pelas Tecnologias do Encontro. Em uma comunidade tão grande como a cidade de São Paulo, é necessário que haja uma mediação extremamente eficiente entre os indivíduos, capaz de articular interesses e aproximar as pessoas de acordo com suas afinidades, e é esse o papel das Tecnologias do Encontro, que dependem cada dia mais dos meios “Para compreendermos a digitais. “Para quem ainda não está concomplexidade da cultura digital, vencido das transformações da cultorna-se imperativo ir além da tura digital, é recomendável parar separação entre sujeitos autônomos e pensar um pouco nas suas ações diárias: você acorda e pega logo o e objetos inertes, passivos e celular, vê se ele te avisa de algo, obedientes, simples intermediários. uma ligação perdida, um SMS, um Eles são também mediadores alarme da agenda... Se ele não te manda fazer nada, você checa os e a mídia é mais do que uma e-mails enquanto toma café, vê que externalidade do humano, uma vai ter que alterar a agenda e desfaextensão do homem.” zer um compromisso. Liga o tablet, — LEMOS, 2013, p.23 lê as informações pelos serviços de informação criados por algoritmos agregadores (e não por humanos) como Google Reader, Feedly, Flipboard, entre outros, ou baixa os jornais e revistas eletrônicos no seu e-reader e, da leitura, replica algumas das informações nas redes sociais cujos serviços, vão, automaticamente, fazer chegar essas notícias aos seus contatos (Twitter, Facebook, Pinterest...). Depois aproveita o embalo e vai se inteirar da vida dos amigos próximos (e dos nem tão próximos) no Facebook ou no Instagram e, antes de sair de casa com o carro, ou para pegar o transporte


8 | LEMOS, 2013, pp.203

20 | 21 reflexões

7 | LEMOS, 2013, pp.20-21

público, lança o aplicativo Waze para ver as condições do trânsito, mudando a rota, se necessário”{7}. A última década transformou drasticamente a lógica da informação. Se antes dependíamos da grande mídia para nos infomar, hoje a internet possibilita a construção colaborativa do conhecimento. Os editores das notícias que lemos são nossos amigos nas redes sociais, nossas escolhas de lazer são baseadas em eventos, fotos e curtidas nessas redes, e nosso caminho para ir e voltar ao trabalho é calculado com base em mapeamentos colaborativos. Além disso, “o lugar não é mais um simples intermediário (um fundo que transportava as conexões à internet sem influir substancialmente nessa conexão), ele passa para uma posição de agente diferencial, de produtor de diferenças, de mediador. Essa mudança é importante para compreender os desafios da sociedade da informação”{8}. A incorporação das tecnologias de mídias locativas ao projeto de comunicação visual é essencial para que o usuário possa receber somente as informações relevantes de acordo com sua localização e constituiu elemento central no desenvolvimento do aplicativo e da sua interface com o sistema físico.


Identidade vs. branding Quando falamos de identidade visual e imagem urbana, muitos podem pensar nos inúmeros exemplos de city-branding e city-marketing que encontramos quando viajamos a outras cidades ou países e na nossa própria cidade. Os conceitos de identidade visual e imagem urbana estão por trás do design que visa facilitar o reconhecimento e a orientação dos cidadãos em uma cidade – a arquitetura da informação –, e que dessa forma aumenta a sensação de conforto e segurança nesse ambiente conhecido, fortalecendo sua compreensão e o sentimento de pertencimento a ele. Do lado oposto temos o projeto de city-branding, que olha para fora em busca de turistas e investimentos, e cria frequentemente uma identidade artificial mais apropriada para os interesses econômicos da cidade, que transmita uma imagem moderna e atrativa para o mundo. Nenhuma cidade quer se ver excluída da competição por destaque baseada na propaganda, e nesse jogo publicitário é comum encontrar formas e abordagens muito semelhantes àquelas das campanhas comerciais. Enquanto ainda vemos muito poucos projetos que se preocupam com a legibilidade do espaço público e o bem-estar do cidadão, o número de cidades com logos, slogans, mascotes e todo tipo de parafernália publicitária vem crescendo a uma velocidade assustadora. Seu design genérico, com uso recorrente das mesmas linguagens e formas, dificulta muito qualquer leitura precisa sobre a identidade da cidade em questão – e algumas vezes os símbolos e imagens são tão genéricos que podemos transportá-los sem problemas para qualquer cidade do mundo. Esse fato faz Ruedi Baur questionar: “os cidadãos [...] conseguem, em sua significante diversidade, ver-se refletidos nisso? Ou seja, a imagem aqui disseminada realmente corresponde ao que eles são, vivem, e desejam? Ou um outro mundo está


22 | 23 reflexões

As cidades se apropriam muitas vezes das estratégias publicitárias utilizada pelas grandes companhias privadas e até mesmo das soluções formais dessas campanhas. Ruedi Baur compara algumas dessas soluções em Don't Brand my Public Space. Acima, os logos das multinacionais Unilever, Food & Drink Devon, Adobe e Helly Hansen. Abaixo, os logos criados para as cidades de Tottenham, Belfast, Metz e Bratislava.

9 | BAUR, 2013, p.91

10 | BAUR, 2013, p.76

sendo imposto a eles?”{9}. Todo cuidado é necessário para evitar suposições sobre as características de um lugar e seus significados e potencialidades. Na análise do Bixiga, a voz dos moradores foi a primeira a ser ouvida e o principal fator considerado para avaliar as necessidades da região, assim como seus símbolos que deveriam ser valorizados e seus segredos com potencial para serem explorados. Baur questiona ainda sobre o significado de um signo territorial: “o que o signo significa – o território como tal, seu governo, sua administração, ou uma ação política?”{10}. Na verdade, o city-marketing presta serviço ao governo da cidade como entidade – e frequentemente a uma administração específica – e pouco tem a ver com o bem-estar do cidadão. Em São Paulo, vemos esse tipo de propaganda institucional por todo lado. Hospitais públicos carregam o logo do governo do estado, junto com o slogan da administração atual e as cores do partido no poder. Do mesmo modo, escolas


Nessa imagem de Don't Brand my Public Space a famosa ação de city-marketing de Amsterdam é extrapolada para outras cidades europeias para destacar sua falta de relação com qualquer elemento reconhecível da identidade da cidade.

11 | BAUR, 2013, p.126

municipais carregam todo tipo de propaganda da prefeitura, junto com as cores de seu partido. Os ônibus municipais exibem logotipos das inúmeras viações que prestam esse serviço, caminhões de lixo e até as lixeiras públicas têm suas próprias marcas devidamente estampadas. “Se a presença de propaganda no espaço público hoje é quase universalmente considerada um fator de perturbação que deve ser regulamentado, a logomania institucional parece escapar dessa restrição”{11}. Por isso, optei por não criar nenhum logotipo para o Bixiga ou uma campanha específica. Em vez disso, o que me importava nesse trabalho era revelar o bairro de maneira objetiva, para que cada indivíduo pudesse criar de forma independente e precisa, a partir de sua própria relação com o espaço, a sua imagem do Bixiga.


O Bixiga


“No Bixiga, – o Bixiga é uma beleza, vocês não sabem – no Bixiga a raça italiana e criolo vivem juntas há muitos anos. Você vê criolo falar cantado, falar igual no Brás, falar cantado, igualzinho se fosse filho de italiano. Quer dizer, é um troço gostoso.” — Adoniran Barbosa


1 | YOUSSEF, 1999, p.9

2 | GRÜNSPUN, 1983, p.37

O primeiro loteamento que iniciou a urbanização nos Campos do Bixiga foi realizado em 1881, pouco antes da promulgação da Lei Áurea. Entre os primeiros habitantes da região estavam alguns negros e mulatos vindos de quilombos da região e, posteriormente, membros libertos de suas famílias. O processo de povoamento do Bixiga coincidiu também com o auge da imigração italiana em São Paulo, e milhares de italianos – principalmente os vindos da região da calábria – estabeleceram-se no Bixiga, constituindo assim o maior reduto italiano da cidade, a frente de Brás e Barra Funda. Em meados da década de 1930, a população do Bixiga era composta por cerca de 70% de italianos, 15% de negros e 15% de portugueses{1}. Essas características revelam que o bairro que hoje ocupa posição central na cidade surgiu com um caráter marginal, e seus habitantes trabalhavam nas fazendas dos homens ricos ou na construção dos edifícios que subiam em ritmo acelerado impulsionados pela riqueza do café. “Os homens trabalhavam na construção como os nordestinos ainda não haviam chegado a São Paulo. Construíram os bairros granfinos da Companhia City e o bairro de Pinheiros, mais popular”{2}. Com a intensificação da migração do nordeste para São Paulo, esses também vieram ao Bixiga, pois encontravam lá uma opção mais barata de moradia, enriquecendo ainda mais a mistura cultural característica do bairro. A partir da década de 1940, o bairro começou a desenvolver seu comércio próprio. Açougues, farmácias, barbearias, oficinas e padarias – essas, em grande número, até competiam entre si – eram abertos conforme os ofícios dos próprios moradores. Se o comércio não conseguia atrair muitos consumidores entre os humildes moradores do bairro, as missas de domingo na Paróquia Nossa Senhora Achiropita – construída pelos calabre-

26 | 27 o Bixiga

História


Cronologia 1790 Lugar passou a ser conhecido popularmente como “Campos do Bixiga”. 1881 Primeiro loteamento dos “Campos do Bixiga”. 1910 Ingleses batizam o bairro de “Bela Vista”.

1940 Atividades começam a se diversificar. Começam a surgir os primeiros empórios e quitandas, seguidos de alguns bares, restaurantes e pensões. 1942 Construção dos viadutos Jacareí e Dona Paulina.

1930 Surge o primeiro cordão carnavalesco da região.

1947 Fundação do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), um dos berços do teatro profissional brasileiro.

1935 Avenida Nove de Julho é construída sobre o córrego Saracura.

Criação do Bloco dos Esfarrapados, bloco carnavalesco mais antigo em atividade da cidade.

1969 Inauguração da Avenida Vinte e Três de Maio. 1972 Cordão carnavalesco torna-se a Escola de Samba Vai-Vai. 1987 Arcos do Bixiga são descobertos na demolição de um dos casarões da Rua Assembléia. Arcos construídos em tijolos pelos calabreses no final do século XIX como muro de contenção da Rua Assembléia.


3 | GRÜNSPUN, 1983, p.97

4 | GRÜNSPUN, 1983, p.31

Música A exemplo das rodas de samba, toda a cultura do Bixiga é resultado de uma rica mistura entre povos e culturas diferentes. O fato de o bairro ter sido destino de muitos imigrantes e migrantes que chegavam à cidade de São Paulo contribuiu para a construção de uma identidade extremamente diversa e única na cidade. O ambiente resultante criou as condições perfeitas para o nascimento de uma cena artística boêmia que foi o berço do samba e do teatro paulistanos.

28 | 29 o Bixiga

ses – eram o evento que conseguia reunir semanalmente toda a população, e “eram tão concorridas que obrigaram o padre a planejar mais de uma missa por domingo. [...] Os habitantes dos Jardins, se juntados todos, não conseguiam encher uma igreja, mas os habitantes de uma única rua do Bixiga davam para deixar a igreja repleta”{3}. Os moradores do Bixiga não tinham dinheiro para frequentar o teatro Paramount, construído em 1929, ou as matinées e soirées que também se instalaram na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, e por isso esses lugares não pertenciam realmente ao bairro. O lazer ali eram as rodas de samba, que juntavam a gente em torno de “alguns pandeiros, baterias, cuícas e muita caixa de fósforo – além de pinga, tudo isso junto fazendo uma escola-de-samba num terreno do fim da rua Marquês de Leão com a rua São Vicente e rua Santo Antônio”{4}. Essas rodas de samba, que se iniciaram muitos anos antes com os negros que praticavam as tradições africanas, foram crescendo e reunindo italianos, portugueses e nordestinos, e culminaram mais tarde – já com samba-enredo e carros alegóricos – na tradicional escola de samba Vai-Vai.


busto de Adoniran Barbosa na Praça Dom Orione

5 | Adoniran Barbosa, em entrevista

A música no Bixiga assumiu várias faces com diversos grupos e artistas que buscavam referências e inspiração nas mais variadas fontes. Seguindo a mesma receita das rodas de samba, reunindo-se na rua, onde todos podiam assistir e participar da música, predominaram nas décadas de 1940 e 1950 os grupos de choro e os seresteiros. A cena musical foi ganhando força, e nos anos seguintes surgiram nos bares do Bixiga grandes nomes da MPB como Trio Mocotó, os Demônios da Garoa e Adoniran Barbosa – o mais eminente entre eles, que se tornou símbolo maior do bairro, apesar de nunca ter morado no bairro. “Como é que eu faço samba? Não sei como é que eu faço samba, é uma pergunta que não tem resposta. Como é que faz samba? Não entendo, nem sei responder, eu faço. Por exemplo, eu nunca morei na Vila Esperança e fiz Vila Esperança, nunca morei em Jaçanã e fiz Trem das Onze, fiz Um Samba no Bixiga e nunca morei no Bixiga, só frequentei o Bixiga muito, né, o Nick Bar na Major Diogo”{5}.

“Domingo nós fumos num samba no Bixiga Na Rua Major, na casa do Nicola À mezza notte o’clock saiu uma baita duma briga Era só pizza que avoava junto com as brajola...” Adoniran Barbosa – Um samba no Bixiga


Somente a elite tinha condições de assistir os filmes e espetáculos americanos no cinema e teatro Paramount, que era dominado pelas companhias estrangeiras. Em 1947, com a intenção de abrir espaço para artistas brasileiros e tornar as artes cênicas mais acessíveis à população, o italiano Franco Zampari fundou o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) na Rua Major Diogo. O teatro, que inicialmente abrigava artistas amadores, acabou tornando-se um dos berços do teatro profissional brasileiro, e muitos outros teatros abriram nas imediações. Dessa forma, o bairro conseguiu reunir em uma rica cena artística boêmia atores, músicos outros artistas de vanguarda. Entre 1965 e 1970, já durante a ditadura militar, o Bixiga tornou-se palco de uma ebulição cultural e política na cidade, junto com a Rua Maria Antônia. Em 1968 a peça Roda Viva, com Marília Pêra e música de Chico Buarque, foi apresentada no Teatro Ruth Escobar – que foi invadido pelo CCC (Comando de Caça aos Comunistas), resultando em muitas prisões. Além de Chico Buarque, nos anos 1960 apresentaram-se no bairro nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Nara Leão, entre outros, no Festival de Música Brasileira, da TV Record, no Teatro Paramount, então já mais popularizado. O bairro abrigava na década de 1970 grandes produções musicais, teatrais e produtoras de cinema, e chegou a ser chamado de “Broadway Brasileira” pela atriz Ruth Escobar. Hoje o Bixiga ainda concentra alguns dos principais teatros da cidade (o Ruth Escobar, Bibi Ferreira, Sérgio Cardoso, Imprensa, entre outros) mas, além do atual Teatro Renault (antigo Paramount, que voltou a exibir somente musicais da Broadway), a quantidade de espectadores e dinheiro movimentada pelas suas produções, assim como sua expressividade, diminuiram bastante.

30 | 31 o Bixiga

Teatro


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Não há uma delimitação oficial do Bixiga. Na verdade, o bairro só existe mesmo na cultura do paulistano, pois oficialmente ele está em algum lugar do distrito da Bela Vista, subprefeitura da Sé, centro de São Paulo. No entanto, os moradores e frequentadores não hesitam quando perguntados sobre os limites do bairro: “O lado do Bixiga começava para mim no ponto de encontro da Major Diogo com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, quase junto à Avenida Paulista, onde os sírio-libaneses já tinham seus palácios, e ia até a ponta da rua Santo Antônio na descida para o vale, perto do viaduto 6 | GRÜNSPUN, 1983, p.21 que separava o outro lado da Bela Vista”{6}. Outros são mais abrangentes e dizem que é todo o morro que acaba nos Córrego do Saracura – batizado com o nome da ave que é símbolo da escola de samba Vai-Vai – e Ribeirão do Itororó, hoje canalizados sob as avenidas Nove de “Bela vista? Nunca ouvi falar. Deve ser Julho e Vinte e Três de Maio, respectivamente. Pode se dizer, de maneira geral, que a região marna Zona Norte.” — Adoniran Barbosa cada em amarelo no mapa reflete fielmente os limites do bairro, contendo os marcos mais representativos do Bixiga. Entre eles estão a Igreja Nossa Senhora “O Bixiga é um estado de espírito, você Achiropita, a Escadaria do Bixiga e a Praça Dom Orione, sente quando está no Bixiga, você todos localizados na Rua Treze de Maio, considerada a mais importante do Bixiga. Quase no vale da Avenida cheira o Bixiga.” — Armandinho do Bixiga Nove de Julho está a escola de samba Vai-Vai, onde já na década de 1930 se fazia samba. Do outro lado, já beirando a Avenida Vinte e Três de Maio, destacam-se na paisagem os Arcos da rua Jandaia e a Vila Itororó, que leva o nome do Legenda: ribeirão que a banhava, e cujo restauro para abrigar centro cultural e teatro Limites do Bixiga parece cada dia mais próximo.

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Território


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Patrimônio tombado ZM-3a (Zona Mista de Alta Densidade)

Igreja Nossa Senhora Achiropita

Escadaria do Bixiga

Vila Itororó

Arcos da Rua Jandaia

Patrimônio Histórico e Cultural O bairro do Bixiga está quase completamente inserido em Zonas Especiais de Preservação Cultural. Esse fato evidencia a importância do bairro na formação da identidade da cidade de São Paulo como berço de determinadas culturas e grupos – especialmente de imigrantes europeus e afrodescendentes – e de uma cultura arquitetônica típica de uma época – a arquitetura de cortiços do início do século XX – que encontrou no bairro sua manifestação mais expressiva e bem-sucedida. As Zonas Especiais de Preservação Cultural (ZEPEC) são áreas do território destinadas à preservação, recuperação e manutenção do patrimônio histórico, artístico, arqueológico, podendo se configurar como sítios, edifícios ou conjuntos urbanos. No mapa estão marcadas as ZEPECs da Área do Bixiga e Área da Vila Itororó, de oeste a leste, e o o patrimônio tombado pelo DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) em nível de preservação 1. É possível perceber duas centralidades – a primeira em torno da Rua Treze de Maio e a segunda perto do viaduto Júlio de Mesquita Filho, passando pela Rua Major Diogo. A região intermediária, apesar de ser tão antiga e historicamente importante quanto as outras, foi ocupada desde o início por cortiços e casas mais simples, que possuem menor valor histórico ou cuja arquitetura já foi por diversas vezes descaracterizada. A distribuição das ZEPECs e dos imóveis e praças tombados pelo DPH também coincidem com a delimitação cultural da região denominada Bixiga dentro do distrito posteriormente batizado de Bela Vista. Isso confirma o Bixiga como sendo o núcleo histórico de uma urbanização que se espalhou, gerando o que conhecemos hoje como Bela Vista. Mais do que uma parte desse distrito, o Bixiga é o centro e a alma da Bela Vista.

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Legenda:


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7 | PMSP, Lei no 13.885, de 25/08/2004

8 | PMSP, Lei no 13.885, de 25/08/2004

Legenda: ZM-3a (Zona Mista de Alta Densidade) ZCP-a (Zona de Centralidade Polar) ZCP-b (Zona de Centralidade Polar) ZEIS (Zona Especial de Interesse Social)

A região marcada em verde no mapa, que corresponde à parte central do bairro do Bixiga, é Zona Mista de Alta Densidade (ZM-3a), em contraste às Zonas de Centralidade Polar (ZCP-a, ZCP-b) que a circundam. Essa zona é uma ilha de caráter predominantemente residencial dentro da região da Bela Vista. Essas zonas mistas são definidas como “porções do território destinadas à implantação de usos residenciais e não residenciais, inclusive no mesmo lote ou edificação, segundo critérios gerais de compatibilidade de incômodo e qualidade ambiental”{7}. São portanto zonas onde predominam o uso residencial e do pequeno comércio, como oficinas, restaurantes e padarias, muitas vezes dividindo o mesmo edifício. As Zonas de centralidade polar (ZCP) permitem maiores taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento, e são “destinadas à localização de atividades típicas de áreas centrais ou de subcentros regionais, caracterizadas pela coexistência entre os usos não residenciais e a habitação, porém com predominância de usos não residenciais”{8}. Essas zonas têm o objetivo de regulamentar e, muitas vezes, incentivar o desenvolvimento em certos eixos centrais da cidade. Esse é o caso da região do Bixiga abaixo do Viaduto Júlio de Mesquita Filho, cuja ocupação é muito similar à região mais alta, apesar de estar inserida em uma zona diferente. Além disso, tanto a leste quanto a oeste do “centro” do Bixiga se encontram Zonas de Interesse Especial (ZEIS 3), justamente nas onde havia maior quantidade de cortiços, alguns dos quais ainda sobrevivem. As ZEIS são zonas onde a produção de habitação de interesse social (HIS) e de habitação de mercado popular (HMP) é incentivada para garantir que as populações mais carentes continuem a ter acesso a essa terra mesmo com a chegada de novos empreendimentos.

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Zoneamento


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Legenda: Corredor Gastronômico Caminho da Boemia Caminho da História Caminho do Teatro

A melhor forma – e provavelmente a única – de compreender um espaço em sua totalidade é estar presente e vivenciá-lo com todos os sentidos. A materialidade de um lugar não pode ser transmitida com palavras, fotos ou dados, apesar de esses elementos serem importantíssimos nessa e em qualquer análise. Portanto, boa parte da pesquisa apresentada nesse trabalho foi realizada em campo, através de entrevistas com moradores e simples visitas e percursos feitos a pé a fim de imergir no clima do Bixiga. Após algumas visitas e um mapeamento mais detalhado do bairro, incluindo seus principais marcos e atividades predominantes, foram traçados quatro percursos para proporcionar um entendimento do Bixiga com um olhar mais seletivo. Cada um desses quatro caminhos sugeridos poderia ser percorridos com um olhar apurado e focado em um aspecto da cultura do bairro: a arquitetura e o patrimônio histórico, o teatro e as artes, a boemia e vida noturna, e a gastronomia. O mapa à esquerda mostra cada um dos quatro percursos detalhadamente, assim como os respectivos pontos de interesse, marcados na mesma cor. Esses percursos, que muitas vezes se cruzam ou são concorrentes, não devem ser vistos como a única forma de vivenciar o bairro, ou seguidos muito a risca, mas devem ser utilizados como sugestões de percurso para começar a perceber o bairro com um olhar mais atento, a partir do qual o indivíduo pode buscar seus interesses individuais com seus próprios passos.

38 | 39 o Bixiga

Percursos


Caminho da História Esse percurso histórico reúne os edifícios que foram – e continuam sendo – marcantes durante a história do bairro. Eles são os marcos visíveis que guardam um significado muito importante para a identidade dos moradores e do bairro, e são utilizados para orientação e referência. O percurso começa na Paróquia Nossa Senhora Achiropita, onde os moradores do bairro reuniam-se no século passado e continuam a se reunir nos dias de hoje, principalmente no mês de agosto, quando acontece a festa da padroeira. Em seguida, sobe a Rua dos Ingleses até chegar ao topo da Escadaria do Bixiga, de onde se pode avistar a Praça Dom Orione e muito além, em direção do vale do Ribeirão do Itororó, atual Avenida Vinte e Três de Maio. Da Praça Dom Orione – coração do Bixiga e sede da Feira do Bixiga, que acontece todos os domingos – o percurso segue até a Rua Martiniano de Carvalho, onde estão a Vila Itororó, que dá acesso ao vale, e mais adiante o Convento e Basílica do Carmo. Descendo mais um pouco pode-se avistar na Avenida Brigadeiro Luís Antônio o palacete conhecido como Casarão do Bixiga, para finalmente terminar o percurso que contorna quase o bairro inteiro na Rua Major Diogo, onde escondida atrás do grande viaduto está Casa de Dona Yayá, Centro de Preservação Cultural da USP.

Caminho do Teatro Esse percurso conecta os teatros mais importantes do bairro do Bixiga. Infelizmentem não fazem parte dele o TBC e o Cine Rex/Teatro Zaccaro, desativados. No entanto, seu legado permanece e é lembrado nesse cami-


Caminho da Boemia Esse caminho é o mais variado dos quatro, agrupando os dois principais componentes da boemia característica do bairro: música e vida noturna. Esses dois aspectos estão quase sempre associados, como nas festas na quadra da Vai-Vai, bares com música ao vivo e as festas animadas por DJs. O percurso começa justamente na quadra da Vai-Vai, uma das escolas de samba mais tradicionais da cidade, que além de suas festas e desfiles realiza trabalhos sociais que reúnem os habitantes do Bixiga. De lá, passa pelas ruas Santo Antônio e Treze de Maio, onde é possível encontrar todo tipo de opção, desde pequenos botecos que oferecem comidinhas saborosas,

40 | 41 o Bixiga

nho com teatros dos mais variados estilos, como o Teatro Oficina, Ruth Escobar e Renault. O percurso começa no Teatro Sérgio Cardoso, e depois de passar pelo pequeno Top Teatro e em frente ao edifício abandonado do Cine Rex/Teatro Zaccaro, sobe em direção ao Teatro Ruth Escobar, na Rua dos Ingleses, passando em seguida pelo também pequeno Ágora Teatro. Já descendo a Avenida Brigadeiro Luís Antônio pode-se avistar, frente a frente, os teatros Bibi Ferreira e Brigadeiro, e adiante, na Praça Pérola Byington, em frente ao Teatro Imprensa o pedestre pode escolher virar à esquerda e terminar o percurso no Teatro Oficina ou seguir adiante, em direção ao majestoso Teatro Renault. Esse percurso, mais do que guiar o pedestre em um passeio por todos os teatros em um só dia, busca conscientizá-lo sobre a quantidade e variedade de opções de lazer desse tipo no bairro. A ideia é aproximar o usuário desses teatros e informá-lo sobre suas atrações para que ele passe a frequentar mais esses locais.


como o Bar Amigo Giannotti, até bares com bandas de rock ao vivo, como o Café Piu-Piu e Café Aurora, importantes na cena do rock paulistano. Mais adiante na Rua Treze de Maio os estabelecimentos misturam gastronomia e boemia, oferecendo todo tipo de comida e bebida para seus clientes. O percurso termina no Madame Satã, boate famosa por seu estilo undergound que mistura punk, gótico e metal.

Corredor Gastronômico O “Corredor Cultural e Gastronômico” faz parte dos Projetos Estratégicos de Intervenção Urbana da Prefeitura de São Paulo. O PEIU-06 tem por finalidade a requalificação da Rua Treze de Maio e adjacências e incentivar os proprietários a reabilitar as edificações para atividades culturais e de lazer. Os restaurantes da Rua Treze de Maio atraem um grande número de visitantes ao bairro, e são responsáveis por movimentar a economia local. O Corredor Gastronômico reinterpreta o projeto do “Corredor Cultural e Gastronômico”, adaptando o percurso à estrutura já existente. Considerando a grande concentração de restaurantes nas ruas Conselheiro Carrão e Rui Barbosa, é pertinente fazer um desvio no percurso para contemplar essa realidade. O projeto da prefeitura tem a intenção legítima de explorar o potencial da Treze de Maio para o Corredor, mas carece – por ser apenas uma diretriz urbanística– de um estudo mais detalhado da realidade, essencial para esse tipo de operação urbana. Retornando à Rua Treze de Maio, o Corredor Gastronômico finalmente a conecta à Rua Avanhandava, já fora dos limites do Bixiga, que também abriga inúmeros restaurantes, principalmente italianos.


ReferĂŞncias de projeto



Esse sistema de orientação foi desenvolvido pela parceria entre os escritórios Applied e Lacock Gullam e entrou em fase de protótipo em 2007 no centro de Londres. Desde então, o sistema foi significativamente ampliado para regiões mais periféricas da cidade e foi utilizado inclusive como complemento ao sistema oficial de sinalização dos Jogos Olímpicos de 2012 nos arredores do Parque Olímpico. A ideia do Legible London foi concebida no ano de 2005, quando era possível identificar somente no centro de Londres 32 sistemas de sinalização para pedestres independentes e muitas vezes conflitantes entre si. O objetivo era acabar com a poluição visual causada por esse excesso de informação e fornecer ao pedestre informações precisas e ricas sobre o ambiente construído. Além de fornecer orientações geográficas simples através de totens de orientação e postes diretórios, os designers buscaram introduzir dados mais complexos no sistema, como informações de outras modalidades de transporte – mapas de linhas e pontos de ônibus, do metrô e de estações de aluguel de bicicletas – e até estabelecimentos comerciais, faixas de pedestre e sanitários acessíveis. O desafio agora era transformar um conjunto tão amplo e complexo de informações em um sistema visualmente simples e coordenado. Para proporcionar unidade e facilidade de identificação do sistema à distância foram utilizados o símbolo do “walker” em conjunto com a faixa amarela em todos os totens e postes do Legible London. A cor amarela chama atenção também em componentes menores do projeto, como seus mapas, nos quais é utilizada para destacar os edifícios mais importantes – alguns são até representados tridimensionalmente com pequenas ilustrações para tornar o mapa mais interessante e auxiliar na orientação.

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Legible London


O sucesso do projeto fez com que ele começasse a ser adotado como paradigma tanto localmente – até empreendimentos privados da cidade copiaram a experiência bem-sucedida em seus próprios sistemas de sinalização em escala reduzida – quanto em escala global, inspirando sistemas de orientação para pedestres em todo o mundo. O sistema de sinalização é composto de um tipo de totem maior (monolith) e um mais esbelto (minilith), assim como postes dedicados para sinalização de direção (finger posts). Os totens contêm números úteis para turistas e moradores, onde podem obter mais informações sobre sua localização e serviços de transporte. O Legible London é complementado por mapas afixados nas saídas das estações de metrô, pontos de ônibus e estações de aluguel de biclicleta, locais onde também é possível retirar um exemplar de bolso.


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Pontos Positivos

Pontos Negativos

Sistema multimídia integrado – presente em totens na superfície, nas saídas do metrô, estações de aluguel de bicicletas, aplicativo para smartphone e mapas de bolso. Mapa detalhado contém estabelecimentos comerciais importantes, faixas de pedestre, sanitários acessíveis para deficientes, pontos de ônibus, acessos do metrô, edifícios expressivos em 3D. Heads-up map – mapa é rotacionado conforme posição do totem, para que o usuário conecte mais facilmente sua visão à representação cartográfica do local.

Contém somente estabelecimentos comerciais mais expressivos, excluindo bares, restaurantes e outros locais de potencial interesse para o pedestre. Sistema é visualmente genérico e não preocupa-se em explorar a riqueza de identidades que diferencia as diversas regiões da cidade.



Detalhe de mapa em totem do projeto WalkNYC.

Uma iniciativa similar ao projeto Legible London, o WalkNYC foi desenvolvido pelo PentaCityGroup como parte de uma campanha para diminuir a competição entre os meios de transporte e transformar as calçadas e vias de Nova Iorque em um espaço menos estressante e mais vívido. Nessa campanha, além do sistema de orientação WalkNYC, foi implantada a campanha LOOK! – que alerta os pedestres para os perigos de cruzar a via sem atenção – e foi feito um redesenho das placas de estacionamento na cidade, tornando-as mais claras e sucintas através de uma hierarquia simples. A sinalização instalada ainda em fase de testes em maio de 2013 tinha como principal objetivo instrumentar o pedestre com todas as informações necessárias para que ele se deslocasse da maneira mais eficiente entre dois pontos, sempre se valendo da intermodalidade do transporte oferecido na cidade de Nova Iorque. Assim como no caso de Londres, o sistema foi expandido para os pontos de ônibus e estações de aluguel de bicicletas, unificando as linguagens e a informação. Do ponto de vista econômico, o tráfego de pedestres também é altamente benéfico, à medida que atrai consumidores para os pequenos negócios, que dependem fortemente da circulação de pedestres. Dessa maneira, andar a pé não é apenas uma atividade de lazer ou turística, como também um meio de transporte saudável, sustentável e economicamente benéfico para percorrer distâncias mais curtas e efetuar transferências entre meios de transporte mais rápidos, como a bicicleta, o ônibus e o metrô. O projeto também visa orientar os milhões de turistas que visitam Nova Iorque anualmente. Para comunicar a esses grupos tão diversificados de usuários, o PentaCityGroup recorreu a pictogramas para indicar lojas de souvenires, pontos de acesso Wi-Fi, bares e até playgrounds. Para pontos

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WalkNYC


1 | http://mashable.com/2013/10/23/walknycpentagram/. Acesso em: 01 jun. 2014.

de referência e marcos históricos mais representativos há um desenho em forma de silhueta simplificada em vez de um simples pictograma para que o usuário saiba exatamente o que ele representa. O PentaCityGroup diz que a princípio apostava nos mapas com o norte sempre para cima, mas após suas pesquisas revelarem que um terço dos nova-iorquinos não sabem encontrar o norte verdadeiro mesmo em uma cidade famosa pela simplicidade de navegação em suas avenidas nortesul e ruas leste-oeste em grelha ortogonal. Michael Bierut, designer-chefe do projeto, afirma: “Não tenho certeza se faríamos um mapa assim em um mundo pré-GPS. Mas agora, as pessoas não querem girá-lo em suas cabeças”{1}. A verdade é que a maioria das pessoas prefere um mapa que se orienta de acordo com o usuário, e não se importam com o norte verdadeiro, talvez um subproduto da nossa dependência causada pelo GPS no smartphone, que se adapta ao longo do percurso.


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Pontos Positivos

Pontos Negativos

Totens contêm uma rica representação dos mapas de transporte da cidade, demonstrando um foco maior em facilitar os deslocamentos dos cidadãos e turistas. Aplicação de telas com itinerário dos ônibus nas paradas transmitem informações importantes para os passageiros, proporcionando conforto e segurança e facilitando o planejamento de suas viagens.

Assim como o projeto Legible London, o WalkNYC aplica uma solução única para todos os lugares da cidade e não procura explorar a identidade de seus bairros. O conceito aplicado aqui é o do design puramente funcional.



2 | http://www.irb-paris.eu/projet/index/ id/103. Acesso em: 01 jun. 2014.

Esse sistema de sinalização foi criado pelo escritório Intégral Ruedi Baur para a cidade de Lyon na data de sua inclusão na lista da UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, em 1998. O sistema abrange toda a cidade, desde o centro histórico à zona industrial, passando pelo coração financeiro da cidade. No entanto, a parte que ganhou destaque devido ao tratamento sofisticado e cuidadoso que recebeu foi a parte histórica de Lyon, em seu centro velho e em especial nas encostas da Croix-Rousse. “Em vez de uma proposta genérica baseada na repetição simples e padronização dos elementos de sinalização, o projeto se desenvolve em toques sucessivos, a partir das noções de identidade e diferença, do conceito de que a riqueza de uma cidade vem também de seus contrastes. A ideia era criar uma linguagem visual que permitisse reconhecer a entidade Lyon sem apagar as especificidades de cada bairro ou de cada uso. Uma grande família de mobiliário foi criada. Ela constitui a constante funcional, ao lado de um sistema de pictogramas e tipografias. Por outro lado, os tratamentos gráficos dos fundos dos painéis e sua materialidade vão além de simples questões de orientação e transmitem uma leitura mais sensível da cidade. Três vocabulários específicos foram desenvolvidos: sítios turísticos (estudo aplicado a Vieux-Lyon e às encostas da Croix-Rousse), espaços verdes (estudo aplicado ao Parc des Hauteurs, Parc de Gerland e Parc de la Tête d’Or) e áreas de desenvolvimento econômico (estudo aplicado ao boulevard científico Lyon-Gerland, ao bairro da Part-Dieu e às zonas industriais da metrópole)”{2}.

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Lyon Croix-Rousse


Pontos Positivos

Pontos Negativos

Materiais, pictogramas e paleta de cores foram baseados na tipologia do local. Os elementos gráficos marcantes da paisagem foram traduzidos em ornamentos, cores e padrões recorrentes para a sinalização da região histórica. As regiões foram divididas e organizadas em percursos históricos que foram definidos e sinalizados utilizando elementos bem variados. Em cruzamentos há um mapa geral do percurso para orientação, nas atrações há placas com informações históricas e em pequenas passagens ou escadarias há pequenas placas com orientações complementares.

Sinalização dedicada predominantemente a fornecer informações relativas ao turismo histórico. Muitas informações que podem ser relevantes para outros grupos não considerados no estudo são omitidas, é o caso de informações sobre transporte para os moradores ou de restaurantes, bares e outros tipos de atração para o visitante de final de semana ou que procura vida noturna e gastronomia.


54 | 55 referĂŞncias de projeto



3 | LONGO JR., 2007, p.88

O projeto de comunicação visual da Avenida Paulista é o mais emblemático e mais importante já desenvolvido na cidade de São Paulo, do ponto de vista da imagem urbana. O projeto abrange várias áreas do design, e compreende sinalização e mobiliário urbano. No entanto, ainda foi capaz de manter uma relação visual entre todos os elementos do projeto, e influenciou fortemente a imagem que temos da avenida nos dias de hoje. Em 1973, “a prefeitura, através da Empresa Municipal de Urbanização, encomendou à arquiteta Rosa Grena Kliass um projeto paisagístico para a Avenida. Nesse ínterim, em conversa com a diretoria da Emurb (presidida pelo arquiteto Alberto Botti), João Carlos Cauduro e Ludovico Martino sugeriram que também fosse feito um projeto de comunicação visual e mobiliário urbano, com o objetivo de recriar a legibilidade da Avenida, reafirmando sua função significante dentro da cidade”{3}. Essa ideia é fortemente influenciada pelas teorias de Kevin Lynch e sua intenção de organizar o ambiente em um modelo reconhecível e facilmente estruturável através de uma intervenção física. Os novos elementos organizadores contribuiriam para uma imagem coletiva mais coesa e precisa desse ambiente. “Partindo da análise da situação vigente e do conceito de entropia, concluiu-se que a Avenida Paulista [...] mostrava-se desordenada e em avançado grau entrópico quanto à proliferação de mensagens: numa mesma esquina, por exemplo, chegavam a coexistir até dez suportes distintos para placas de trânsito, 4 placas de logradouros, placas indicativas de percursos, semáforos e equipamentos urbanos (como lixeiras, telefones públicos, caixas de correio etc.) que, independentemente de suas características e qualidades isoladas, formavam um conjunto conflitante e desinformante. Estava aí a chave para solucionar parte do projeto: concentrar o maior

56 | 57 referências de projeto

Avenida Paulista


4 |LONGO JR., 2007, p.88

5 | LYNCH, 2011, p.92

número possível de mensagens num único suporte”{4}. Aí nota-se novamente o caráter organizador do design modernista, cujo objetivo principal é facilitar a leitura e compreensão do cidadão em meio a um ambiente cada vez mais visualmente poluído. A distribuição sequencial e ritmada dos postes de uso múltiplo permite que o usuário tenha acesso à informação gradualmente, dando tempo para que ele a assimile e memorize. “Para a segurança emocional e a eficiência funcional, é importante que tais sequências [de marcos] sejam relativamente contínuas, sem maiores intervalos, ainda que os detalhes possam tornar-se mais densos nos pontos nodais. A sequência facilita o reconhecimento e a memorização”{5}.


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Pontos Positivos

Pontos Negativos

Poste de uso múltiplo: esquema de cores para diferenciar postes com nomes de rua, orientação direcional com nomes de bairros e identificação de ponto de interesse. Incorpora orientação ao automóvel e ao pedestre em um único elemento, variando tamanho de fonte e imagens de acordo com o público ao qual são destinados. Foge do projeto de sinalização genérico, aplicável em qualquer lugar. Comunicação e mobiliário urbano foram especialmente projetados para a Avenida Paulista, para justamente criar uma imagem identificável e única para esse marco da cidade de São Paulo.

Apesar da simplicidade e visibilidade das informações contidas nos postes de uso múltiplo, a quantidade de informações ao pedestre é muito pequena. Escala aumentada dos postes não permite a repetição suficiente nem posicionamento livre de acordo com necessidades do pedestre. Ausência de mapas para orientação do pedestre. Apesar da enorme quantidade de informação visível nos postes em sequência, ainda é muito fácil acabar desorientado.





6 | http://urbantimes.co/2012/02/if-onlythese-walls-could-talk-urban-history-andtorontos-murmur-project/ Acesso em: 01 jun. 2014.

7 | http://saopaulo.murmur.info/ Acesso em: 01 jun. 2014.

“[murmur] é um projeto de documentação oral, focado em revelar o passado de Toronto através de histórias orais sobre locais específicos espalhados pela cidade. O formato de história oral é muito adequado ao projeto, já que a história oral tem a vocação de dar voz a pessoas e lugares que ficariam normalmente em silêncio”{6}. Com um formato revolucionário, [murmur] foi um projeto iniciado em 2003 na cidade de Toronto, que foi posteriormente expandido para os Estados Unidos, Irlanda e Austrália. Placas verdes em formato de orelha revelam a presença de uma história específica àquela posição geográfica. O passante atento que percebe a presença da orelha liga para um número de telefone e pode ouvir uma – ou mais – histórias contadas sobre outros usuários sobre aquele lugar. O conteúdo da gravação é sempre um mistério, e pode ser desde uma lembrança pessoal de algo que aconteceu naquele local até um conjunto de fatos históricos sobre um edifício específico. De dezembro de 2007 a janeiro de 2008, como parte do MobileFest, foi realizada uma amostra do projeto [murmur] no SESC Paulista, em São Paulo. Entre as histórias sobre a Avenida Paulista, estão relatos de Paula, que vinha de Santo André só para dirigir na avenida assim que tirou sua habilitação e que avistou uma outra vez um homem desfilando apenas de sapato e meias pela esquina da Paulista com a Augusta, e Fabio, que conta de uma casa muito bonita na esquina da rua Teixeira da Silva com a Avenida Paulista, que, ao ser derrubada para a construção do metrô, despertou seu amor pela cidade de São Paulo{7}.

62 | 63 referências de projeto

[murmur]


Pontos Positivos

Pontos Negativos

Caráter colaborativo: qualquer pessoa pode gravar sua história e compartilhar com outras pessoas interessadas em descobrir as histórias que se escondem por trás de cada canto da cidade. Catálogo online exibe mapas das regiões mais importantes da cidade de Toronto com todos os pontos onde há histórias disponíveis para serem ouvidas. Histórias podem servir de “audioguia” enquanto uma pessoa passeia por uma determinada região, pois a informação está inteiramente contida em seu celular.

Inclusão de memória oral depende da instalação prévia de uma “orelha” verde, limitando a liberdade de escolha de locais únicos com significado pessoal e reduzindo as localidades disponíveis a um grupo préselecionado.


64 | 65 referências de projeto

Mapas oficiais ou feitos por usuários indicam os pontos onde foram deixadas memórias, como se fossem mapas de uma caça ao tesouro.



A realidade aumentada é uma tecnologia que já se tornou realidade, e nos últimos anos vem se desenvolvendo de maneira incrivelmente rápida. Alguns aplicativos como Wikitude e Layar são capazes de identificar uma imagem e exibir informações relativas a essa imagem na tela do smartphone. Suas principais aplicações são comerciais, como acessas páginas promocionais através de um anúncio de revista ou comprar ingressos para um show escaneando um pôster desse show. No entanto, alguns pontos turísticos, hotéis e restaurantes já começam a explorar a aplicação dessa tecnologia no ambiente urbano. Com um smartphone e aplicativos como o Layar e o Wikitude, podemos submergir na realidade aumentada em seu senso mais estrito, e novos dispositivos móveis como o Google Glass prometem tornar essa experiência ainda mais real e fluida. Escaneando os arredores com a câmera e o com auxílio do GPS, esses aplicativos projetam as informações diretamente sobre a imagem da cidade na tela do celular. É possível apontar o aparelho para um edifício e ver as informações sobre ele na tela, como uma foto desse mesmo edifício no passado, ou visualizar direções para um determinado lugar como um caminho traçado pelas ruas, ou as avaliações sobre um restaurante bem na sua porta. Os usos da realidade aumentada já estão se expandindo para a cidade, mas ainda de forma predominantemente comercial. A incorporação de bases de dados colaborativas a essa tecnologia poderia potencializá-la, tornando possível deixar informações, alertas e todo tipo de mensagem espalhados pela cidade de maneira virtual e georreferenciada. Essas mensagens seriam encontradas e desvendadas à medida que os outros usuários fossem explorando esses lugares específicos.

66 | 67 referências de projeto

Realidade aumentada


Pontos Positivos Qualquer tipo de informação pode ser adicionada em tempo real pelos usuários sem necessidade de nenhum suporte físico. A quantidade de informação no ambiente pode ser reduzida significativamente, e o usuário pode escolher e filtrar qual tipo de mensagem ou informação ele quer receber em uma determinada situação.

Pontos Negativos A tecnologia só se faz possível para quem possui um smartphone, gerando segregação social no acesso à informação.


Projeto



1 | Primeiro Axioma da Comunicação de Paul Watzlawick (1922-2007), de seu livro Pragmatics of Human Communication.

2 | SPIEKERMANN, 2011, p.61

“Você não pode não comunicar”{1}. A tipografia é parte vital de qualquer tipo de comunicação e não pode ser vista apenas como um meio de transmitir uma mensagem. A escolha de fonte é em si uma mensagem muito poderosa, podendo contribuir para a construção de uma linguagem visual ou para a destruição de uma intenção estética. Algumas características são instrínsecas a uma fonte e podem ser atribuídas a seu desenho, mas muitas outras são fruto de nossa experiência, sendo construídas pouco a pouco cada vez que a vemos aplicada a um determinado contexto. Eden Spiekermann compara o processo de escolha de uma tipografia à escolha de roupas para uma viagem: “Há certos tipos que lhe são familiares. Você sabe como se comportarão sob certas circunstâncias e onde estão. Por outro lado, há aqueles tipos da moda que você sempre quis usar, mas não está bem certo de que este trabalho é o momento ideal para experimentá-los. É exatamente como escolher quais sapatos levar em sua viagem – os confortáveis não estão à altura da moda, mas os da moda machucam”{2}. Não existe uma fórmula para escolher o tipo exato para cada situação, nem as fontes são classificadas de acordo com as demandas que atendem, mas em meio a centenas ou milhares de fontes – entre as mais consagradas e aquelas da última moda – podemos buscar pistas nos propósitos específicos que guiaram a criação das famílias tipográficas. A Frutiger, acima, foi criada em 1976 para a sinalização do aeroporto Charles de Gaule, em Paris, e desde então é considerada uma das mais adequadas para projetos de sinalização devido à sua neutralidade e legibilidade. Ela possui uma grande gama de pesos e larguras, e é muito comum em diversos tipos de projetos gráficos, desde sinalização de aeroportos a identidades corporativas.

70 | 71 projeto

Tipografia


Capitolium, Gerard Unger, 2000

3 | UEBELE, 2007, p.276

Frutiger, Adrian Frutiger, 1976

FF Scala Sans, Martin Majoor, 1993

Em muitos casos, no entanto, a neutralidade da Frutiger é justamente o oposto do que o designer procura. Para seu projeto de sinalização para as Comemorações do Milênio, em Roma, Gerard Unger desenhou a Capitolium (acima) como imagem e síntese de toda a tradição estética e tipográfica da cidade milenar. A fonte é inspirada nas inscrições gravadas nos edifícios públicos de Roma – “o berço da serifa em sua forma mais perfeita”{3} – e apesar de fontes com serifa não serem muito usuais em projetos de sinalização, seu desenho específico para esse propósito a torna perfeita para expressar a identidade da cidade, além de muito eficaz e legível em grandes formatos, Para esse projeto, eu buscava uma família tipográfica que representasse um meio-termo entre esses dois extremos. Uma fonte que não possuísse serifas ou detalhes complexos que pudessem distrair o leitor em tamanhos maiores, mas que tivesse uma dimensão humana, de acordo com a mensagem e o ambiente onde está inserida. Além disso, parti do princípio de que essa mesma família tipográfica deveria ser empregada em todo o sistema de informação da cidade, não limitando-se apenas ao bairro do Bixiga. Com essas demandas em vista, escolhi a Scala Sans, uma fonte humanizada criada em 1993 por Martin Majoor para o Muziekcentrum Vredenburg em Utrecht, na Holanda. Criada para uso institucional, a fonte tem um desenho baseado nas fontes serifadas clássicas e apresenta caracteres bem


72 | 73 projeto Note como os detalhes de uma fonte serifada (Capitolium), essenciais para uma boa legibilidade em tamanhos pequenos, como no corpo de um livro, podem tornar-se uma distração quando o tipo é ampliado. O contraste entre as hastes horizontais e verticais também pode prejudicar a legibilidade a distância, e os espaços negativos podem tornar-se um ruído visual bastante pronunciado em um suporte retangular.

caligráficos. A fonte possui também uma versão serifada, a Scala, que não está presente no projeto, mas é utilizada nesse texto. No entanto, além de adequação estética, a tipografia deve atender aos requisitos de legibilidade para poder ser utilizada em sinalização. Essa característica é muito importante nesse tipo de projeto, pois é essencial que o texto seja legível para todos os públicos a grandes distâncias e em condições pouco controladas de iluminação. Para testar a legibilidade da fonte, coloquei a Scala Sans ao lado da Frutiger – conhecida por sua legibilidade notável – e avaliei e comparei ambas as fontes de acordo com uma série de critérios objetivos. Os critérios que se prestam a avaliar a legibilidade de uma fonte e que definem, finalmente, sua adequação ou não para os fins da sinalização são os seguintes{4}: 1. altura da maiúscula, que deve ser proporcional à largura da letra; 2. desenho, que deve ser robusto, com pouco contraste de hastes; 3. descendente, que deve ser o menor possível; 4. ascendente, que deve ser mais alto que a maiúscula; 5. forma interna (olho ou oco), que deve ser o mais aberta possível; 6. altura-x, que deve ser grande;

4 | BASTOS, 2004

7. serifa (sem serifa ou com serifa forte, do tipo slab ou egípcia).


maiúscula

ascendente oco

altura-x descendente

haste altura / largura da maiúscula: 1,79 altura-x / altura da maiúscula: 73,04% ascendente em relação à altura da maiúscula: mais alta descendente em relação a ascendente: menor proporção da forma interna: 1,20 contraste de hastes: muito baixo

maiúscula

ascendente oco haste altura / largura da maiúscula: 1,74 altura-x / altura da maiúscula: 68,65% ascendente em relação à altura da maiúscula: mais alta descendente em relação à ascendente: menor proporção da forma interna: 1,22 contraste de hastes: muito baixo

altura-x descendente

Confrontando os dados resultantes da avaliação, percebe-se que os valores das duas fontes são muito parecidos. A Scala Sans tem uma altura-x um pouco menor em relação à da maiúscula, mas tem um contraste menos acentuado entre as hastes mais finas e mais grossas. Após a confirmação da boa legibilidade da fonte, a Scala Sans é escolhida definitivamente para o projeto. As aplicações da fonte são apresentadas a seguir.


Scala Sans Regular

Scala Sans Bold

6 mm – Títulos nos quadros de informação específica Todos os tamanhos de fonte utilizados no projeto têm como base um grid de 1,5mm. Todos os tamanhos maiores são definidos pela altura-x, pois em textos curtos, de no máximo 3 ou 4 palavras, é essa a altura que define a mancha visual. Os tamanhos menores compõem os textos mais longos, com várias linhas. Por esse motivo, esses são definidos pela altura da maiúscula, para compatibilizar o espaçamento entre linhas com múltiplos do mesmo grid. Os tipos estão representados em tamanho real.

Scala Sans Bold

74 | 75 projeto

4,5 mm – Texto corrido nos quadros de informação específica

12 mm – Sinalização direcional secundária em tótens

Scala Sans B

Scala San

15 mm – Sinalização direcional primária em tótens

Scala S

21 mm – Títulos dos tótens, pontos de ônibus e placas de identificação de locais

30 mm – Sinalização em postes (a 3 m de altura)



“Em sistemas de wayfinding, o contraste é importante para facilidade de leitura. Se letras coloridas são utilizadas sobre um fundo claro, o contraste é fraco. O contraste ótimo é branco sobre cores escuras e preto sobre cores claras. Sobre um fundo colorido o branco sempre fica melhor, mas somente se há contraste suficiente. Mesmo com cores claras, ou sobre tons escuros de amarelo, o branco é mais eficaz. Letras pretas tendem a se fundir ao fundo e fazer a cor parecer suja.” UEBELE, 2007, P.67

A cor pode servir para destacar ou camuflar os elementos de sinalização no ambiente, e tem um forte poder simbólico que pode ser utilizado para reforçar a natureza da informação. Uma placa vermelha tem o poder de atrair o olhar do pedestre para uma informação importante, que geralmente significa perigo. Por outro lado, cores mais discretas como cinza e preto podem passar despercebidas para os usuários que não estão em busca de informação. A cor também tem enorme influência sobre a legibilidade de um texto, e é importante entender de que forma os contrastes de brilho e saturação alteram nossa percepção da tipografia, como demonstrado na figura ao lado. A paleta de cores escolhida para o projeto leva em conta os usos específicos de cada cor e a correspondência imediata das mesmas com nomes simples – amarelo, vermelho, roxo, azul, verde, para evitar –, facilitando a memorização e associação a suas respectivas categorias. As cores são claras e vivas, de modo a chamar a atenção para a sinalização em um ambiente urbano tão repleto de informação, mas dialogam com a paleta de cores existente na arquitetura do Bixiga. O vermelho, roxo, azul e verde fazem referência às quatro categorias que representam os aspectos mais marcantes da identidade do bairro: a gastronomia, a boemia, a história e o teatro, respectivamente. O cinza escuro e o amarelo são destinados à orientação do pedestre. Enquanto o cinza mantém os elementos de sinalização discretos àqueles que não buscam esse tipo de informação, detalhes em amarelo fazem o oposto, oferecendo uma referência importante àqueles que estão desorientados. O projeto não depende somente da cor para codificar e identificar o propósito de uma determinada placa ou totem. “A cor sozinha não auxilia

76 | 77 projeto

Cor


C M Y K 0 0 0 85

R G B 77 77 79

C M Y K 0 25 100 0

R G B 255 194 14

C M Y K 0 75 75 0

R G B 242 102 73

C M Y K 25 75 0 0

R G B 189 96 165

C M Y K 75 10 0 0

R G B 0 174 230

C M Y K 75 0 50 0

R G B 8 184 157


5 | UEBELE, 2007, p.61

78 | 79 projeto

no wayfinding. Se ela é combinada com uma forma, o resultado será uma imagem marcante que pode ser utilizada para codificar”{5}. Às cores foram associados dois elementos para ajudar a codificar e identificar cada uma das categorias de informação: um pictograma, que identifica imediatamente os quatro tipos de estabelecimento – restaurantes, bares/boates, patrimônio histórico ou teatro – e orientação ou pontos de ônibus; e um motivo gráfico específico a cada cor, que confere textura e interesse aos suportes de informação. Esses motivos ou patterns foram compostos com fotos de elementos decorativos da arquitetura local, e dessa forma reafirmam a relação entre a linguagem visual do projeto e as características da tipologia local. Na página seguinte são apresentados os conjuntos de cor, pattern e pictograma utilizados no projeto.



80 | 81 projeto


R. Treze de Maio Igreja N. S. Achiropita 3000

2400

2100 R. Rui Barbosa Corredor Gastronômico

R. Treze de Maio Corredor Gastronômico Escadaria do Bixiga

Av. Brigadeiro Luís Antônio

1800

B

29

R. DR.

UA N AQ AR R.

R. MANOEL

R. MARIA

14

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R. FORTALEZA R. S ANT

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ELLIS ALFREDO

R. PEDROSO

Vergueiro 12 minutos R. SANTA

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R. MARTINI

Universidade Anhembi Morumbi

Trianon-Masp 12 minutos

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O BIXIGA

DE

9

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5

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B

25

50

100

R. PIO

XII

História 1 2 3 4 5 7 8

Praça Dom Orione Escadaria do Bixiga Museu do Bixiga Igreja N. S. Achiropita Igreja do Carmo Casarão do Bixiga Casa de Dona Yayá

R. DR. Gastronomia FAU

B4 B3 B3 B3 D3 D2 C1

Teatro 31 Teatro Ruth Escobar 32 Ágora Teatro 33 Top Teatro 34 Teatro Sérgio Cardoso 38 Teatro Oficina 39 Teatro Maria D. Costa

B3 C4 C2 C2 D2 A2

5

Hospital Paulistano

Gastronomia

STO

9 Restaurante e Sushi Bar Hideki 10 Pizzaria Speranza 11 Villa Tavola 12 Gigetto 13 Templo da Carne Marcos Bassi 14 Moscatel 15 Cantina Roperto 16 Mexilhão 17 Basilicata 18 Lazzarella 19 Cantina Da Conchetta 20 Cantina Mamma Celeste 21 Cantina Capuano 22 Taberna Do Julio

N

200 m

C

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Hospital Pró-Matre Paulista

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DE CARVALH

R. ALMIRANTE MARQUES DE LEÃO

32

– ARMANDIN

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O PUGLISI

10

R. DOS BELGAS

5m

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R. DR.

41

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R. ARTUR

VD. ARMAND

R. DOS ALEMÃES

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R. DOS HOLANDESES

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1

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B5 B4 B4 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3

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46 42

PRAÇA DOM ORIONE

11

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R.

43

12 31

Hospital Infantil Menino Jesus

23 Conchetta 24 Restaurante Amazônia 25 C... Que Sabe 26 Cantina Gran Roma 27 Padaria 14 De Julho 28 São Domingos

B3 B3 B2 B2 C1 B1

Boemia 41 Bar Ludus 42 Villaggio Café 43 Club Yacht 44 Bar Lua Nova 45 Choperia do Bixiga 46 Madame Underground Bar

B4 B3 B3 B3 B3 C3

O CARDIM

ANTÔNIO R. SANTO

R. DOS FRANCESES

MAIO

13

EMEF Celso Leite Ribeiro Filho

RAMALHO

15

R. RUI BARBOSA

18

16

UBS

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CARRÃO

R. CONSELHEIRO

3

1 tos

CEI Bela Vista

R. CONSELHEIRO

2

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i nu

FILHO

2

JOSÉ

3

R. DOS INGLESES

escala 1 : 20

45

19

R. TREZE DE

300

domingos 16:00 Chapeuzinho Vermelho 16:00 Pingo d’água 17:30 Se essa rua fosse minha 19:30 4 amigos 19:30 Casal TPM

i nu

33

R. UNA

AL

UITA

24 21 22 23 44

17 R. ROCHA

900

sábados 19:30 A sogra que pedi a Deus 21:30 Casal TPM

MESQ

25 4 20

TO

sábados 16:00 Branca e Neve e os Sete Anões 16:00 Os 3 porquinhos e o Lobo Rap 17:30 Os Saltimbancos

5m 26

O GRANA RENÇ . LOU DR AL LEME R. CARDE

quintas-feiras 21:30 Assalto alto sextas-feiras 21:30 A sogra que pedi a Deus 21:30 TPM – Terapia para mulheres

JÚLI O DE

34

R.

Em cartaz:

EE Maria José

BARRETO

1200

10 m

8

VD.

DUTRA

R. SÃO VICENTE

História Em 1963 foi inaugurado o Teatro Ruth Escobar, de propriedade da atriz Ruth Escobar, que, graças ao apoio obtido junto à colônia portuguesa, conseguiu levantar um admirável complexo arquitetônico, voltado para a realização de atividades culturais de todas as espécies. A montagem de estréia foi "A Ópera dos Três Vinténs", de Bertolt Brecht, sob a direção de José Renato, configurando, desde o início, o caráter revolucionário desta casa de espetáculos. Três décadas passadas e o teatro Ruth Escobar, escrevendo sua história nas páginas de heróica resistência política e cultural, marcou tentos inesquecíveis na consolidação de uma cultura genuinamente nacional. "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda, "Feira Paulista de Opinião", de vários autores, "A Viagem", de Carlos Queiroz Teles, "Revista Henfil", de Henfil, "Caixa de Cimento", de Carlos Henrique Escobar e "Fábrica de Chocolate", de Mário Prata são alguns espetáculos que contribuíram... definitivamente para a identificação dos rumos da moderna dramaturgia brasileira. Da mesma forma "O Balcão" de Jean Genet, sob a direção de Victor Garcia, "As Fúrias", de Rafael Alberti e "Romeu e Julieta", de Shakespeare colocaram o Teatro Ruth Escobar na vanguarda teatral do planeta, em absoluta sintonia com o seu tempo. 33 anos depois, em 1997, a APETESP, durante a gestão do então Presidente Sérgio D'Antino, dá início ao processo de compra deste equipamento teatral, evitando que o mesmo caísse em mãos da especulação imobiliária, em virtude da grave crise econômica pela qual passa o país. Este é um procedimento ainda não encerrado, e o próximo passo é captar recursos que possibilitem a transformação do Teatro Ruth Escobar em Centro Cultural Ruth Escobar, fornecendo à cidade de São Paulo um ponto fixo de referência para todas as atividades culturais desenvolvidas em nossa comunidade, finalizando assim o propósito com o qual esta casa de espetáculos foi construída, que era o de se transformar em sinônimo da cultura...

R. DR. LUÍS

2

C

27

R. MAJOR DIOGO

Teatro Ruth Escobar

BATISTA

ETEC Dra. Maria Augusta Saraiva

R. MAESTR

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51

R. PAIM

1500

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R. SÃO DOMINGOS

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R. SANT

DR. VD.

47

R. JOÃO PASSALAQUA

39

49

MAIO

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50 48

52

R. MAJOR DIOGO

A

R. TREZE DE

R.

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R. HUMAITÁ

NOV AV.

28 R. LUÍS PORRIO

R. CONS. RAMALHO

1

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30

R.

A

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R. ABOLIÇÃO

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R. JAPURÁ

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Teatro Sérgio Cardoso

R.

Av. Brigadeiro Luís Antônio Teatro Bibi Ferreira Corredor Gastronômico


O projeto de sinalização é composto de três grupos de elementos que atuam em diferentes níveis, e transmitem informações diferentes de acordo com sua escala e visibilidade. A sinalização sobre postes representa a escala mais ampla do sistema, e tem como objetivo fornecer direções gerais ao pedestre em pontos de tomada de decisão e indicar os pontos mais importantes ao pedestre a uma distância maior. Em uma escala menor, convidando o pedestre a aproximar-se e imergir na informação, há totens em tamanhos variados que exibem mapas úteis para a orientação do usuário. Na menor das escalas, oferecendo informações mais detalhadas e específicas ao local, estão as placas em suportes verticais, como paredes, muros e grades. Essas placas exibem identificam os pontos de interesse e fornecem direções ao longo dos percursos. Além de tipografia, cor e organização da informação, outro fator determinante para a legibilidade é a ergonomia. O usuário estabelece uma relação de interação física com o suporte da informação, mesmo não havendo contato, e portanto é importante estar atento a aspectos como a altura do olhar do observador, a distância à qual o texto poderá ser lido e se uma placa pode ser lida sobre as cabeças de uma multidão, por exemplo. Para a sinalização sobre postes, a altura mínima adotada foi de 3 m, para interferir o mínimo possível na paisagem mantendo boa legibilidade. Nos outros suportes, a informação fica ao nível dos olhos dos usuários, na faixa entre 90 e 180 cm do solo, confortável para leitura. Nos totens, acima dessa altura temos ainda sua identificação e indicação de direções principais, para que essa informação possa ser lida a uma distância maior, sobre as cabeças da multidão. Nas páginas seguintes, apresentarei os componentes do sistema individualmente.

82 | 83 projeto

Sinalização


3600

3300

R. Treze de Maio Igreja N. S. Achiropita

3000

Av. Brigadeiro Lu铆s Ant么nio Teatro Bibi Ferreira Corredor Gastron么mico

R. Treze de Maio 1800

escala 1 : 20

Igreja N. S. Achiropita


3600

Teatro Bibi Ferreira Corredor Gastronômico

84 | 85 projeto

Av. Brigadeiro Luís Antônio 3300

3000

Placa direcional sobre poste 660 x 165 mm Fixada com braçadeiras ajustáveis, permitindo seu uso em postes de diferentes diâmetros, como de iluminação pública ou de rede elétrica.

Repetição de placas ao longo de percursos e em pontos de tomadas de decisão, como esquinas, proporcionam sensação de segurança e conforto ao pedestre. 2700 escala 1 : 5


3600

3300

3000

1800

escala 1 : 20

Igreja N. S. Achiropita


86 | 87 projeto

3600

3300

Igreja N. S. Achiropita 3000

Bandeira de identificação de ponto de interesse 600 x 390 mm Fixada com braçadeiras ajustáveis, permitindo seu uso em postes de diferentes diâmetros, como de iluminação pública ou de rede elétrica.

Permite ao pedestre identificar pontos de interesse mais importantes a grandes distâncias.

2700 escala 1 : 5


2400

2100

1800

1500

Teatro Ruth Escobar História

1200

Em 1963 foi inaugurado o Teatro Ruth Escobar, de propriedade da atriz Ruth Escobar, que, graças ao apoio obtido junto à colônia portuguesa, conseguiu levantar um admirável complexo arquitetônico, voltado para a realização de atividades culturais de todas as espécies. A montagem de estréia foi "A Ópera dos Três Vinténs", de Bertolt Brecht, sob a direção de José Renato, configurando, desde o início, o caráter revolucionário desta casa de espetáculos. Três décadas passadas e o teatro Ruth Escobar, escrevendo sua história nas páginas de heróica resistência política e cultural, marcou tentos inesquecíveis na consolidação de uma cultura genuinamente nacional. "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda, "Feira Paulista de Opinião", de vários autores, "A Viagem", de Carlos Queiroz Teles, "Revista Henfil", de Henfil, "Caixa de Cimento", de Carlos Henrique Escobar e "Fábrica de Chocolate", de Mário Prata são alguns espetáculos que contribuíram... definitivamente para a identificação dos rumos da moderna dramaturgia brasileira. Da mesma forma "O Balcão" de Jean Genet, sob a direção de Victor Garcia, "As Fúrias", de Rafael Alberti e "Romeu e Julieta", de Shakespeare colocaram o Teatro Ruth Escobar na vanguarda teatral do planeta, em absoluta sintonia com o seu tempo. 33 anos depois, em 1997, a APETESP, durante a gestão do então Presidente Sérgio D'Antino, dá início ao processo de compra deste equipamento teatral, evitando que o mesmo caísse em mãos da especulação imobiliária, em virtude da grave crise econômica pela qual passa o país. Este é um procedimento ainda não encerrado, e o próximo passo é captar recursos que possibilitem a transformação do Teatro Ruth Escobar em Centro Cultural Ruth Escobar, fornecendo à cidade de São Paulo um ponto fixo de referência para todas as atividades culturais desenvolvidas em nossa comunidade, finalizando assim o propósito com o qual esta casa de espetáculos foi construída, que era o de se transformar em sinônimo da cultura...

Em cartaz: quintas-feiras 21:30 Assalto alto sextas-feiras 21:30 A sogra que pedi a Deus 21:30 TPM – Terapia para mulheres sábados 16:00 Branca e Neve e os Sete Anões 16:00 Os 3 porquinhos e o Lobo Rap 17:30 Os Saltimbancos

900

600

300

escala 1 : 15

sábados 19:30 A sogra que pedi a Deus 21:30 Casal TPM domingos 16:00 Chapeuzinho Vermelho 16:00 Pingo d’água 17:30 Se essa rua fosse minha 19:30 4 amigos 19:30 Casal TPM


Teatro Ruth Escobar

88 | 89 projeto

1800

1500

História

Placa de identificação de ponto de interesse 900 x 210 mm Fixada em paredes e muros, placa identifica os pontos de interesse de acordo com sua categoria. Contém as informações principais do local, como sua história, programação, shows, cardápio, etc. Escaneando o QR code, o usuário é levado à página do local no aplicativo, com informações mais detalhadas.

Em 1963 foi inaugurado o Teatro Ruth Escobar, de propriedade da atriz Ruth Escobar, que, graças ao apoio obtido junto à colônia portuguesa, conseguiu levantar um admirável complexo arquitetônico, voltado para a realização de atividades culturais de todas as espécies. A montagem de estréia foi "A Ópera dos Três Vinténs", de Bertolt Brecht, sob a direção de José Renato, configurando, desde o início, o caráter revolucionário desta casa de espetáculos. Três décadas passadas e o teatro Ruth Escobar, escrevendo sua história nas páginas de heróica resistência política e cultural, marcou tentos inesquecíveis na consolidação de uma cultura genuinamente nacional. "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda, "Feira Paulista de Opinião", de vários autores, "A Viagem", de Carlos Queiroz Teles, "Revista Henfil", de Henfil, "Caixa de Cimento", de Carlos Henrique Escobar e "Fábrica de Chocolate", de Mário Prata são alguns espetáculos que contribuíram... definitivamente para a identificação dos rumos da moderna dramaturgia brasileira. Da mesma forma "O Balcão" de Jean Genet, sob a direção de Victor Garcia, "As Fúrias", de Rafael Alberti e "Romeu e Julieta", de Shakespeare colocaram o Teatro Ruth Escobar na vanguarda teatral do planeta, em absoluta sintonia com o seu tempo. 33 anos depois, em 1997, a APETESP, durante a gestão do então Presidente Sérgio D'Antino, dá início ao processo de compra deste equipamento teatral, evitando que o mesmo caísse em mãos da especulação imobiliária, em virtude da grave crise econômica pela qual passa o país. Este é um procedimento ainda não encerrado, e o próximo passo é captar recursos que possibilitem a transformação do Teatro Ruth Escobar em Centro Cultural Ruth Escobar, fornecendo à cidade de São Paulo um ponto fixo de referência para todas as atividades culturais desenvolvidas em nossa comunidade, finalizando assim o propósito com o qual esta casa de espetáculos foi construída, que era o de se transformar em sinônimo da cultura...

1200

Em cartaz: quintas-feiras 21:30 Assalto alto sextas-feiras 21:30 A sogra que pedi a Deus 21:30 TPM – Terapia para mulheres sábados 16:00 Branca e Neve e os Sete Anões 16:00 Os 3 porquinhos e o Lobo Rap 17:30 Os Saltimbancos

sábados 19:30 A sogra que pedi a Deus 21:30 Casal TPM domingos 16:00 Chapeuzinho Vermelho 16:00 Pingo d’água 17:30 Se essa rua fosse minha 19:30 4 amigos 19:30 Casal TPM

900 escala 1 : 5


2400

2100

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1200

900

600

300

escala 1 : 15


90 | 91 projeto

1800

1500

1200

Placa direcional 165 x 330 mm Placas fixadas em paredes e muros indicam direções para os diferentes percursos.

Podem ser posicionadas uma abaixo da outra a partir do topo, entre 1,80 e 1,20 m do chão. 900 escala 1 : 5


2400

2100

Corredor Gastronômico

1800

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Mapa heads-up – rotacionado de acordo com a posição do totem – marca o percurso específico e indica os seus respectivos pontos de interesse.

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Cor e pictograma no topo auxiliam a identificação da informação à distância.

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23 Conchetta 24 Restaurante Amazônia 25 C... Que Sabe 26 Cantina Gran Roma 27 Padaria 14 De Julho 28 São Domingos

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Escaneie o QR code e saiba mais:


Totem de orientação 2400 x 360 mm

2100

R. Rui Barbosa Corredor Gastronômico

Informação direcional na parte superior com ruas em destaque, em tamanho maior, seguidas pelos pontos de interesse localizados naquela direção.

R. Treze de Maio Corredor Gastronômico Escadaria do Bixiga

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Teatro 31 32 33 34 38 39

Teatro Ruth Escobar Ágora Teatro Top Teatro Teatro Sérgio Cardoso Teatro Oficina Teatro Maria D. Costa

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Restaurante e Sushi Bar Hideki Pizzaria Speranza Villa Tavola Gigetto Templo da Carne Marcos Bassi Moscatel Cantina Roperto Mexilhão Basilicata Lazzarella Cantina Da Conchetta Cantina Mamma Celeste Cantina Capuano Taberna Do Julio

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Guia de ruas na lateral, de acordo com sistema de grid alfanumérico do mapa.

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Lista dos pontos de interesse com fundos nas cores correspondentes, para que o usuário saiba por quais cores procurar para encontrar o local pretendido.

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Mapa na escala 1:2500 contém pontos de interesse numerados e codificados por cor, assim como hospitais, escolas e estações de metrô. Também há indicação da posição e direção do totem e dos raios de alcance em 5 ou 10 minutos de caminhada.

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Escaneie o QR code e saiba mais:

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Bar Ludus Villaggio Café Club Yacht Bar Lua Nova Choperia do Bixiga Madame Underground Bar

B4 B3 B3 B3 B3 C3

escala 1 : 7,5

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Praça Dom OrioneISTA Escadaria do Bixiga Museu do Bixiga Igreja N. S. Achiropita Igreja do Carmo Vila Itororó Casarão do Bixiga Casa de Dona Yayá

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B5 B4 B4 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3

25 C... Que Sabe 26 Cantina Gran Roma 27 Padaria 14 De Julho 28 São Domingos 29 Cantina Montechiaro 30 La Penisola

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Teatro Ruth Escobar Ágora Teatro Top Teatro Teatro Sérgio Cardoso Teatro Bibi Ferreira Teatro Brigadeiro Teatro Imprensa Teatro Oficina Teatro Maria Della Costa 40 Teatro Gazeta

B3 C4 C2 C2 D3 D3 D2 D2 A2 A5

41 Bar Ludus 42 Villaggio Café 43 Club Yacht 44 Bar Lua Nova 45 Choperia do Bixiga 46 Madame Underground Bar 47 Café The Wall 48 Alkatraz Rock Bar 49 Café Piu-piu 50 Café Aurora 51 Teatro Mars 52 Bar Amigo Giannotti 53 The Blue Pub

B4 B3 B3 B3 B3 C3 B1 B1 B1 B1 B1 B1 A5

Escaneie o QR code e saiba mais:


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Praça Dom OrioneSTA Escadaria do Bixiga Museu do Bixiga Igreja N. S. Achiropita Igreja do Carmo Vila Itororó Casarão do Bixiga Casa de Dona Yayá

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Assim como no outros totens, um QR code direciona o usuário ao aplicativo, com informações mais detalhadas.

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Sushi Bar Hideki Pizzaria Speranza Villa Tavola Gigetto Templo da Carne Marcos Bassi Moscatel Cantina Roperto Mexilhão Basilicata Lazzarella Cantina Da Conchetta Cantina Mamma Celeste Cantina Capuano Taberna Do Julio Conchetta Restaurante Amazônia

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Teatro Ruth Escobar Ágora Teatro Top Teatro Teatro Sérgio Cardoso Teatro Bibi Ferreira Teatro Brigadeiro Teatro Imprensa Teatro Oficina Teatro Maria Della Costa 40 Teatro Gazeta

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Boemia B3 C4 C2 C2 D3 D3 D2 D2 A2 A5

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Bar Ludus Villaggio Café Club Yacht Bar Lua Nova Choperia do Bixiga Madame Underground Bar Café The Wall Alkatraz Rock Bar Café Piu-piu Café Aurora Teatro Mars Bar Amigo Giannotti The Blue Pub

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escala 1 : 7,5

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475M/10 Jardim da Saúde 5106/10 Jardim Selma

Jardim São Savério Term. Pinheiros Term. Santo Amaro Term. João Dias Term. Capelinha Term. Santo Amaro Cidade Ademar Term. Santo Amaro Vila Santa Catarina Balneário S. Francisco Jardim Miriam Term. Guarapiranga Paraisópolis Real Parque Term. Santo Amaro Metrô Conceição

714C/10 Cohab Educandário 715F/10 Shopping Continental 715M/10 Jardim Maria Luiza

Legenda Linhas que servem essa parada Nome da parada

Outras linhas

Jardim São Savério Term. Pinheiros Term. Santo Amaro Term. João Dias Term. Capelinha Term. João Dias Term. Santo Amaro Cidade Ademar Term. Santo Amaro Vila Santa Catarina Balneário São Francisco Jardim Miriam Term. Guarapiranga Paraisópolis Real Parque Term. Santo Amaro Metrô Conceição

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Cohab Educandário Shopping Continental 715M/10 Jardim Maria Luiza

Escaneie o QR code e Linha Origem saiba mais: 475R/10 5100/10 5111/10 5118/10 5119/10 5119/22 5121/41 5131/10 5154/10 5164/10 5175/10 5178/10 5185/10 6412/10 6418/10 7550/10 9203/10

Term. Pq. D. Pedro II Term. Pq. D. Pedro II Term. Pq. D. Pedro II Largo São Francisco Largo São Francisco Largo São Francisco Metrô Santa Cecília Metrô Brás Estação da Luz Largo São Francisco Praça da Sé Largo São Francisco Term. Pq. D. Pedro II Term. Princesa Isabel Largo São Francisco Metrô Santa Cecília Metrô Brás

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475M/10 Jardim da Saúde 5106/10 Jardim Selma

Jardim São Savério Term. Pinheiros Term. Santo Amaro Term. João Dias Term. Capelinha Term. Santo Amaro Cidade Ademar Term. Santo Amaro Vila Santa Catarina Balneário S. Francisco Jardim Miriam Term. Guarapiranga Paraisópolis Real Parque Term. Santo Amaro Metrô Conceição

714C/10 Cohab Educandário 715F/10 Shopping Continental 715M/10 Jardim Maria Luiza

Legenda Linhas que servem essa parada Nome da parada

Outras linhas

Jardim São Savério Term. Pinheiros Term. Santo Amaro Term. João Dias Term. Capelinha Term. João Dias Term. Santo Amaro Cidade Ademar Term. Santo Amaro Vila Santa Catarina Balneário São Francisco Jardim Miriam Term. Guarapiranga Paraisópolis Real Parque Term. Santo Amaro Metrô Conceição

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Escaneando o QR code, o usuário pode acessar informações sobre tempo de espera, problemas no serviço, ou pesquisar melhores rotas de ônibus para seu destino.

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Lista das linhas de ônibus com número e destino, codificadas por cores de acordo com o mapa.

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Há dois mapas: um mapa dos arredores na escala 1:2500 e um mapa das linhas de ônibus na escala 1:5000. R.

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Mapa dos arredores R. DOS FRANCES

Testeira amarela facilita sua localização por pedestres e motoristas de ônibus.

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Parada Rui Barbosa

Ponto de ônibus 2400 x 270 mm

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Cohab Educandário Shopping Continental 715M/10 Jardim Maria Luiza

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Escaneie o QR code e Linha Origem saiba mais: 475R/10 5100/10 5111/10 5118/10 5119/10 5119/22 5121/41 5131/10 5154/10 5164/10 5175/10 5178/10 5185/10 6412/10 6418/10 7550/10 9203/10

Term. Pq. D. Pedro II Term. Pq. D. Pedro II Term. Pq. D. Pedro II Largo São Francisco Largo São Francisco Largo São Francisco Metrô Santa Cecília Metrô Brás Estação da Luz Largo São Francisco Praça da Sé Largo São Francisco Term. Pq. D. Pedro II Term. Princesa Isabel Largo São Francisco Metrô Santa Cecília Metrô Brás

475M/10 5106/10

Term. Amaral Gurgel Largo São Francisco

714C/10 715F/10 715M/10

Largo da Pólvora Largo da Pólvora Largo da Pólvora

escala 1 : 7,5

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2400



O aplicativo é parte integrante do sistema de orientação, e não pode ser dissociado dos elementos físicos de sinalização. O primeiro contato com o aplicativo ocorre quando o usuário escaneia pela primeira vez um QR code e é convidado a fazer o download. A partir daí, os planos físicos e digital estarão em constante interface, pois fornecem ao indivíduo informações complementares em situações diferentes. O caráter da informação nos suportes físicos e digitais é fundamentalmente diferente, fortalecendo a relação de complementaridade entre eles. As placas e totens exibem informações de cunho mais oficial e objetivo, que serão fornecidas pela própria instituição ou estabelecimento ao qual se referem. Por outro lado, o aplicativo receberá informações de várias fontes – de revistas a rede sociais –, fato que o torna ideal para informações mais subjetivas, como resenhas, avaliações e memórias. O meio digital também permite que as informações sejam atualizadas em tempo real. Assim os usuários podem receber e enviar alertas e recomendações de eventos próximos, além de acompanharem a posição e o tempo de espera dos ônibus enquanto aguardam no ponto. O uso de smartphones também substitui os displays eletrônicos, que são caros e menos eficientes, pois exigem uma certa mediação antes de exibirem a informação e não permitem que o usuário filtre os assuntos que o interessam. Portanto, o aplicativo apresentado a seguir proporciona uma plataforma para que os usuários possam enviar e receber informações em tempo real, de acordo com sua posição geográfica. Essa comunicação permite que cada indivíduo utilize o conhecimento compartilhado com outros indivíduos dessa rede para otimizar sua experiência no local e enriquecer seu entendimento do Bixiga.

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Aplicativo


Página inicial Na página inicial há um mapa dos arredores com indicador da posição do usuário. O mapa pode ser afastado ou aproximado com o toque (pinch zoom). Acima, é possível navegar entre as categorias deslizando as abas para os lados. Na parte inferior, é possível navegar entre os locais correspondentes à categoria destacada acima. Na barra de ferramentas acima, é possível pesquisar por locais ou endereços selecionando a caixa de texto ou tocando em . O botão leva às configurações. Deslizar a barra inferior com para cima abre a o símbolo câmera para escanear QR codes.


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PĂĄgina inicial Ao selecionar um local no mapa, seu Ă­cone aumenta e as abas correspondentes a ele aumentam. Os Ă­cones dos demais locais tornam-se mais discretos.


Página da categoria Tocar na aba de qualquer categoria leva à página dessa categoria, com uma lista de todos os seus respectivos locais. É possível navegar entre os locais deslizando para cima e para baixo (scrolling). Junto ao nome do local, aparecem as informações mais importantes de acordo com suas características e eventos, como horário de funcionamento para restaurantes, festas e shows para boates e bares e horários de espetáculos para teatros. Os locais podem ser ordenados por ordem alfabética, proximidade ou avaliação com o botão .


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Página da categoria Um toque no botão traz a caixa de inserção de texto e o teclado virtual. Conforme o usuário vai digitando, permanecem na lista apenas o locais que correspondem aos termos pesquisados. Ao tocar em um local, sua caixa muda de branco para um leve colorido correspondente à sua categoria como feedback visual ao usuário, e a página do local é aberta.


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Página do local A página do local é aberta com fotos e uma barra com links e suas páginas para seu site em redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter e Foursquare. Na ordem de relevância, são exibidas seções de informações sobre o local, como agenda no caso de teatros e boates, cardápio no caso de bares e restaurantes, história, etc.


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Galeria de fotos Tocar em qualquer foto traz a galeria de fotos, que aparece deslizando da direita e sobrepĂľe-se Ă pĂĄgina do local. Para fechar a galeria, basta deslizar a tela para a direita.


Página do local Rolando a página para baixo, novas seções vão aparecendo, como resenhas, avaliações, e citações e fotos em redes sociais.


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Agenda Da página do teatro pode-se acessar a agenda. No topo da página há botões para as páginas de resenhas e compra de ingressos , seguido por uma lista com todos os espetáculos. Selecionando um espetáculo, é aberta sua página.


Página do espetáculo Essa página, assim como as demais, traz a informação dividida em seções, começando com horário, preços, ficha técnica e sinopse.


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Página do espetáculo Mais abaixo, encontramos a seção das avaliações, na qual os usuários do aplicativo podem deixar seus comentários e uma nota de 1 a 5 estrelas. As avaliações aparecem na tela na forma de cartões quadrados, e é possível navegar entre as avaliações deslizando os cartões para os lados, seguindo o mesmo princípio das abas da página inicial e fotos.


Página do espetáculo O usuário pode escrever sua avaliação sem sair da página do espetáculo. Um toque na caixa de inserção de texto ou nas traz o teclado virtual para a tela. Assim que os campos de texto e estão devidamente da nota preenchidos, surge o botão para enviar a avaliação.


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Avaliações Tocando em qualquer avaliação, é possível ampliar essa seção para ter acesso ao conteúdo integral de todas as avaliações. Nessa página é possível comentar ou curtir as avaliações de outros usuários. Também há uma caixa que permite escrever e enviar sua avaliação. Para fechar a página, basta deslizá-la para a direita.


Redes sociais Ao final da página do espetáculo, aparecem as menções, fotos, comentários e eventos das redes sociais, como Twitter, Instagram e Facebook na forma de cartões. Selecionando um cartão de uma rede social, uma galeria referente a essa rede social desliza para a esquerda, sobrepondo-se à página do espetáculo. Nessa página é possível navegar pelas publicações, fazer comentários e curtir fotos, assim como acessar a publicação no site ou aplicativo de origem tocando no cabeçalho ou nome do usuário.


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Consideraçþes finais



120 | 121 considerações finais

Um assunto tão complexo como a identidade do bairro do Bixiga exige abordagens e soluções complexas, que passam por questões socioeconômicas e administrativas. No entanto, ao longo desse trabalho, fui notando como a imagem de um ambiente está diretamente relacionada ao processo de leitura desse espaço, e como a comunicação visual assume um papel importante nesse contexto. Nesse âmbito, vale questionar as soluções que estão – ou não estão – sendo aplicadas na cidade de São Paulo e o descaso da administração pública com a comunicação visual da cidade nas últimas décadas, e finalmente o impacto negativo de tudo isso na legibilidade da cidade para seus visitantes e, principalmente, moradores. O objetivo do projeto não foi detalhar para cada quadra e cada esquina quais informações seriam exibidas e seu posicionamento. Em vez disso, ele explora e proporciona uma nova maneira de interagir com a cidade, na qual o ambiente urbano deixa de ser um objeto inerte e passivo e torna-se também um agente que nos faz, seres humanos, executar ações específicas. A cidade contemporânea, como rede de informações, requer uma nova abordagem quanto à sua comunicação com seus habitantes, e é nessa lógica que se insere esse trabalho final de graduação.


Bibliografia Básica BAUR, R.; THIÉRY, S. Don’t brand my public space! On the symbolic poverty of the representational systems of territorial collectivities. Zurique: Lars Müller Publishers, 2013. GRÜNSPUN, HAIM. Anatomia de um bairro: O Bixiga. São Paulo: Livraria Cultura Editora, 1983. LEFEBVRE, HENRI. A produção do espaço. Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do original: La production de l’espace. 4e éd. Paris: Éditions Anthropos, 2000). Disponível em: <http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/arq_interface/1a_aula/A_producao_do_espaco.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2014 LEMOS, ANDRÉ. A comunicação das coisas: teoria ator -rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013. LYNCH, KEVIN. A imagem da cidade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.

MAIA, MARCELO REIS. Cidade instantânea (IC). Dissertação de Mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. UEBELE, ANDREAS. Signage systems + information graphics: a professional sourcebook. Londres: Thames & Hudson, 2007. YOUSSEF, ANDRÉ S. Bixiga: 125 anos de contrastes, 25 anos de propostas. Trabalho final de graduação – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

Complementar BASTOS, ROBERTO. Sinalização: a Comunicação Visual a serviço da identidade e dos ambientes. In MAGALHÃES, Eliane (Org.). Pensando Design – Porto Alegre: UniRitter, 2004. COSTA, CARLOS Z. Além das formas: introdução ao pensamento contemporâneo no design, nas artes e na arquitetura. São Paulo: Annablume, 2010.


122 | 123 bibliografia

CULLEN, GORDON. Paisagem urbana. São Paulo: Martins Fontes, 1983. DEL RIO, V. ; OLIVEIRA, L. Percepção ambiental: a experiência brasileira. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 1996. GRANATA, RICARDO. Leituras do espaço urbano: re -presentações da cidade de São Paulo. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO (PMSP). Lei no 13.885, de 25 de agosto de 2004. Lei de zoneamento do município de São Paulo. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ secretarias/desenvolvimento_urbano/legislacao/ planos_regionais>. Acesso em: 01 jun. 2014. SCHERER, F. V.; CARDOSO, E.; FETTER, L. C. Levantamento e Caracterização de Famílias Tipográficas para uso em Sistemas de Sinalização. 10o Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís, 2012.

LONGO JR., CELSO CARLOS. Design total: Cauduro Martino 1967–1977. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

SPIEKERMANN, ERIK. A linguagem invisível da tipografia: escolher, combinar e expressar com tipo. São Paulo: Blucher, 2011.

LUCENA, CÉLIA TOLEDO. Bairro do Bixiga: A sobrevivência cultural. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

SPINI, SANDRO. Bixiga: Avio de uma pesquisa urbana. Museu da Imagem e do Som, Istituto Italiano di Cultura, 1983.

PAES, CÉLIA R. Bixiga e seus territórios. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

WHYTE, WILLIAM H. The social life of small urban spaces. 1980.


Lista de imagens p. 23

p. 35

Logos de cidades e empresas privadas. Autor desconhecido. Em BAUR, 2013.

Arcos da Rua Jandaia. Autor desconhecido.

p. 24

p. 45

Montagem com a campanha “I amsterdam”. Design: Kesselskramer, 2004. Em BAUR, 2013.

Mapa do projeto Legible London. Autor desconhecido. http://mappinglondon.co.uk/

p. 30

p. 46, 47

Busto de Adoniran Barbosa na Praça D. Orione. Autor desconhecido. http://www.monumentos.art.br/

Projeto Legible London. Autor desconhecido. http://www.woodhouse.co.uk/

p. 35

p. 48

Igreja Nossa Senhora Achiropita. Fernando Moraes. http://vejasp.abril.com.br/

Mapa em totem do WalkNYC. City ID. http://www.edmontonwayfindingproject.com/

p. 35

p. 50, 51

Escadaria do Bixiga. Autor desconhecido. http://pt.wikipedia.org/

Projeto WalkNYC. Autor desconhecido. http://new.pentagram.com/

p. 35

p. 52, 54, 55

Vila Itororó. Daniel Souza Lima. https://geolocation.ws/

Projeto Lyon Croix-Rousse. Autor desconhecido. http://www.irb-paris.eu/


124 | 125 lista de imagens p. 56, 58, 59, 60, 61

p. 109 acima

Projeto Avenida Paulista. Acervo Cauduro Martino. Em LONGO JR., 2007.

Teatro Ruth Escobar. Ana Viggiani. http://coisasdeteatro.blogspot.com.br/

p. 62, 65 abaixo

p. 109 meio

Projeto [murmur]. Autor desconhecido. http://spacing.ca/

Teatro Ruth Escobar. Autor desconhecido. http://www.groupon.com.br/

p. 64

p. 109 abaixo

Projeto [murmur]. Autor desconhecido. http://herd.typepad.com/

Teatro Ruth Escobar. Eduardo Enomoto. http://entretenimento.r7.com/

p. 65 acima

p. 117

Foto do projeto [murmur]. Autor desconhecido. https://urbantimes.co/

Espetรกculo Assalto Alto. Rodrigo Monagatti. http://www.instagram.com/

p. 66 acima e direita

Aplicativo Layar. Autor desconhecido. https://www.layar.com/ p. 66 esquerda

Aplicativo Wikitude. Autor desconhecido. http://www.wikitude.com/





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