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Renan William
Procuro turvar minhas águas, para que pareçam mais profundas. Tento me esconder da luz, para o mistério do escuro me fazer brilhar. Faço da letra poema, para um texto simples disfarçar. Transformo a tranquilidade em inquietude e o caos em um céu límpido, com uma lua. Tudo que eu preciso dizer, nunca seria ouvido só com letras. Eu, oceano que sou, salgo ao paladar, de quem é acostumado a água doce, barrenta. A claridade de minhas águas que tento escurecer, talvez demonstraria mais do que uma poça barrenta. Mas esse reflexo, nem sempre será agradável, como disse, aos paladares desacostumados.