CASA DE PARTO DAVID CAPISTRANO FILHO

from Renata Alcântara Martins_TGI II

CASA DE PARTO DO MÉXICO

Casa de Parto David Capistrano

Filho

A Casa de parto David Capistrano Filho, fica localizada em um ponto carente da cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Realengo na zona oeste da cidade, o hospital de referencia é o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, localizado no bairro de Bangu, ficando a 5 km da “Casinha” apelido dado pelos moradores a CPN . O projeto da casa de parto, teve sua inauguração no em março de 2004 pela Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, sendo a terceira casa aberta no país, até hoje a única que presta esse serviço na cidade. O histórico que acompanha o projeto, teve vários episódios pouco favoráveis, como o CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), por motivo de falta de médico no local, registrou uma acusação de ilegalidade dos serviços, causando interdição pela Vigilância Sanitária.

Casa de parto David Capistrano Filho Fonte: Google maps

Mesmo com esses imprevistos, a defensoria do parto humanizado e da mulher não se deu por vencida e, continuou lutando, pela escolha da mulher onde realizar seu parto Em 2009 a Vigilância Sanitária concedeu a autorização de funcionamento da casa. O projeto contém 374,40 m² de área construída, em seu início a maior dificuldade encontrada pelos autores, foi como seriam os espaços internos, pois até então não havia nenhuma diretriz para esse tema . Foi com a colaboração de vários profissionais da área de saúde da mulher, com várias discussões sobre os espaços necessários em como isso se daria. Chegando à conclusão que o conceito domiciliar seria o mais propício para esse projeto, remetendo ao conforto do lar e à segurança que o mesmo se dá, tentando sair ao máximo do ambiente hospitalar que era visto até então. A autora do projeto, a Arquiteta Iva Rosa Copedé, com a ajuda do Dr. Fabio Bitencourd seguindo o conceito definido, optou pela formulação básica do sistema de saúde que remete a uma cruz.

Desenho de Fábio Bitencourt (2018) Fonte: IPH

A concepção do projeto teve seu início pela entrada da casa, onde contaria com atividades para as mães como: amamentação, sanitários, sala de reuniões e comemorações com contato com a área externa, consultório ginecológico com banheiro, sala de administração e uma recepção. Nas laterais da cruz, ao lado direito e ao lado esquerdo, seria locado em um lado espaços de logística, apoio técnico e, do outro lado, local para a entrada, saída, espaço para a ambulância e na parte central uma área de enfermaria. Em toda a sua extensão interna, foi determinado cores claras como rosa salmão, móveis de vime, fotos de pacientes nas paredes, almofadas coloridas, cama de casal comum, e outros móveis que podem ser encontrados em lares comuns, transformando assim em um espaço que remete a um espaço de residência domiciliar, essa opção de espaço é adotada até os dias atuais, tendo muito pouca alteração desde sua construção. E em sua área externa foi locado o espaço de estacionamento e uma varanda. Possível perceber o cuidado e a delicadeza com que foi tratado o projeto para manter a referência domiciliar.