Memorial - TFG - Arquitetura Escolar

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ARQUITETURA ESCOLAR ESTADUAL PROFESSORA NADIR SANTOS COSTA

RENATA COSTA | ORIENTADOR: JOÃO VERDE 2017



ARQUITETURA ESCOLAR ESTADUAL PROFESSORA NADIR SANTOS COSTA

Trabalho Final de Graduação realizado sob orientação do Professor João Manuel Verde dos Santos para a faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

RENATA COSTA | ORIENTADOR: JOÃO VERDE 2017


[ 1. RESUMO ] No presente Trabalho Final de Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, será abordado o projeto de uma escola pública de Ciclo II (Nível Fundamental) + Ensino Médio, projetada com base nos parâmetros estabelecidos pela Fundação de Desenvolvimento da Educação. A proposta visa construir um ambiente didático, que garanta a inserção do aluno na educação, na cultura e no esporte através do seu programa de necessidades. A implantação do projeto se dá numa área de centralidade na região Aeroportuária de Campinas, dentro de um projeto urbano elaborado na disciplina de Pré Trabalho Final de Graduação.

[ 1.1 ABSTRACT ] In the present Final Work of Graduation of the Faculty of Architecture and Urbanism, the project will be approached the public school of Cycle II (fundamental and average levels), projected based on the parameters established by the Foundation of Education Development. The proposal aims to build a didactic environment, which ensures the insertion of students in education, culture and sport through their needs program. The implementation of the project takes place in an area of centrality in the Campinas Airport region, within an urban project elaborated in the discipline of Pre-Graduation Final Work.

[ 1.2 PALAVRAS CHAVE ] Arquitetura, escola, arquitetura escolar, fde, espaço público.


[ AGRADECIMENTOS ] Devo agradecimentos primeiramente a Deus, pela maior benção que poderia ter me dado, a vida, e por fazê-la repleta de pessoas e momentos únicos e maravilhosos. Aos meus pais, Nadir e João, toda a minha gratidão por terem me dado todo o suporte, incentivo, investimento, força e até puxões de orelha para que eu chegasse até a presente etapa da minha vida. Na ausência deles, nada teria sido possível.

Ao querido professor João Manuel Verde dos Santos por ter orientado o presente trabalho com muita responsabilidade, comprometimento, por todo ensinamento repassado e por ter despertado um novo olhar a respeito da Arquitetura e Urbanismo. Ao meu professor e estímulos concedidos.

orientador

Marlon

Paiva

da

etapa

anterior

por

toda

atenção

e

Ao meu grupo de TFG: Ana Júlia Sanchez, Bárbara Marques Schneider, Betina Careta, Karoliny Tasse, Mariana Trevisan e Tami Naniwa , por terem dado sempre o melhor de cada uma na fase de projeto em grupo e por terem o conduzido com muito amor e capricho. À querida professora Laura Machado de Mello Bueno pela oportunidade de realizar uma iniciação científica, pelo apoio e por tudo o que aprendi nesses parênteses da minha graduação.

A todos os meus familiares que torceram por mim, me incentivaram e demonstraram orgulho pela minha conquista. Principalmente ao meu querido avô e padrinho Enildo e à minha “Gada”, à avó Francisca , ao meu avô Severino e à tia Maria que se foram no meio dessa jornada, mas que sei que estarão felizes e vibrando positivo pelo que consegui. Ao meu amigo e namorado Ramon Nicolenco, por

todo apoio, companheirismo e paciência,

A todos os meus amigos, amigas, familiares, professores e funcionários da Puc Campinas que de alguma forma me ajudaram a concluir a etapa mais importante da minha vida até hoje.


[ INTRODUÇÃO GERAL] O presente Trabalho Final de Graduação foi elaborado a partir de um projeto urbano realizado para uma área de estudos localizada na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil. Essa região foi denominada “Fronteiras”, visto que sua principal característica é a dificuldade de acesso dada pela presença das rodovias Santos Dumont, Bandeirantes e Lix da Cunha. Outra característica fundamental é a proximidade ao Aeroporto Internacional de Viracopos, que demandou atenção às restrições urbanísticas, à importância que emprega à área de estudada e ao projeto de expansão. A região em questão se configura como um vazio urbano entre os bairros Jardim Campo Belo e Jardim Nova América. Nela foi projetada uma nova urbanidade afim de suprir a carência de ocupação da terra, de habitação de interesse social, de equipamentos de cultura, educação, saúde, esporte e lazer para os novos habitantes e habitantes dos bairros já consolidados do seu entorno. Dentro dessa proposta, foi de extrema importância a implantação de uma ESCOLA PÚBLICA do ciclo II + Ensino Médio, que abrange os níveis fundamental e médio de acordo com os parâmetros estabelecidos pela FDE (Fundação de Desenvolvimento da Educação), que “é responsável por viabilizar a execução das políticas educacionais definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, implantando e gerindo programas, projetos e ações destinadas a garantir o bom funcionamento, o crescimento e o aprimoramento da rede pública estadual de ensino.” [1]




CONTEXTO

|URBANO


[INTRODUÇÃO AO PROJETO URBANO] A grande motivação intrínseca à esse Trabalho Final de Graduação é elaborar um plano para uma área fragilizada da cidade de Campinas, escolhida por notadamente carecer de um olhar sensível do ponto de vista urbano, afim de sanar as questões sociais, ambientais, habitacionais, de saúde, educação, qualidade de vida e lazer. Busca-se mudar os rumos da cidade, movida pelo interesse do capital e da especulação imobiliária, colocando o ser humano e o meio ambiente como ponto de partida do desenho urbano. A intenção é fazer valer a arquitetura no seu papel social, o auxilio na formação de uma cidade mais justa, menos desigual, mais acolhedora e com condições melhores de vida e habitação para todas as classes sociais. Segundo João Sette Whitaker Ferreira [2], em seu texto “Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil: Qual o papel da profissão?”, publicado em julho de 2011 no site Vitruvius: “É a única conclusão que se pode tirar ao olhar para um país onde, em média, 40% da população urbana vive precariamente, sem arquitetura nem urbanismo. Uma tragédia, que deveria tirar o sono dos arquitetos. A arquitetura e o urbanismo, quando vistos como uma profissão central na sociedade, que reflete e propõe a organização do território e do espaço construído, tem uma vocação indiscutivelmente transformadora. “Porém, para além das boas obras de autores individuais, ela indiscutivelmente não foi capaz de sustentar uma urbanização decente no nosso país.”

Cientes de nosso papel de agentes transformadores do espaço e da sociedade, se dará o enfrentamento projetual em uma área segregada, com resquícios de ilegalidade e resultante do processo de espraiamento urbano, processo este que resultou na periferização da maioria dos centros urbanos brasileiros nas décadas de 60 e 70, ao qual se pode associar a cidade de Campinas-SP e a região a ser estudada.


[METODOLOGIA] 1. Seleção da área de estudo, levando em consideração as problemáticas urbanas que definem o potencial projetual e de transformação urbanística e social. 2. Definição do recorte: vazio urbano entre as rodovias Santos Dumont, Bandeirantes e Lix da Cunha e entre os bairros Vila América e Jardim Campo Belo, fazendo limite com o Aeroporto Internacional de Viracopos. 3. Visita a campo para reconhecimento do território, levantamento fotográfico e observação de fatores pertinentes à situação atual da área de estudo. 4. Levantamento de dados para diagnóstico da área e de seu entorno: uso e ocupação do solo, sistema viário, sistema de áreas verdades, dados censitários, equipamentos urbanos, levantamento de dados e mapas que possibilitem a compreensão do com texto urbano, metropolitano e macro metropolitano em que a área se insere. 5. Leitura de bibliografia sugerida pelo professor orientador fundamentar o entendimento do território e o projeto urbano.

Marlon

Paiva,

afim

de

6. Elaboração de diretrizes gerais e conjunto com os demais grupos da sala, cuja escolha da área de estudo se deu nas proximidades uma da outra, objetivando conectar os projetos entre si e com a cidade de Campinas, sobretudo através do sistema viário, do transporte público (TAV E VLT) e do sistema de áreas verdes. 7. Setorização da malha urbana existente e descrição de cada setor.


[CONTEXTO METROPOLITANO] A área selecionada para o projeto urbano e, posteriormente, arquitetônico, situa-se no Brasil, no estado de São Paulo, na cidade de Campinas que, cidade que faz parte da Região Metropolitana de Campinas que, por sua vez, nasceu do processo de urbanização iniciado nos anos 50 e acelerado na década de 70 com o aprofundamento da industrialização do país.


A RMC é composta pelas cidades de Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D‟Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, com acréscimo da cidade de com o acréscimo da cidade de Morungaba a região passa a ter aproximadamente 3,8 mil Km² de área com uma população de 2.797.137 habitantes (IBGE-Censo Demográfico - 2010) 13.290 estabelecimentos industriais, 5.542 estabelecimentos de construções civis, 63.847 estabelecimentos comerciais, 34.835 estabelecimentos de serviços e 3.938 estabelecimentos agropecuários, extração vegetal, caça e pesca, segundo fonte da (ACIC-Associação Comercial e Industrial de Campinas/RAISMinistério do Trabalho e Emprego). CAMPINAS, 2006. A RMC foi concretizada em 19 de junho de 2000 pela Lei Complementar 870 e a partir de 13 de março de 2014 pela Lei Complementar nº 1234. Com essa nova realidade, todas as questões de interesse comum de todos os municípios, são levantadas e trabalhadas num âmbito metropolitano. O processo de articulação urbana dado entre a cidade de Campinas e os municípios que a ela fazem limite foi consequência da expansão urbana observada na região a partir dos anos 70. Tratava-se de uma crescente horizontalização e periferização dos espaços urbanizados que se consolidou na região sudoeste de expansão do município, na direção das cidades de Sumaré, Indaiatuba, Monte Mor e Hortolândia, compreendendo, portanto, a área de estudo selecionada para este Trabalho Final de Graduação. Ao longo da via Anhanguera, a expansão urbana se deu principalmente em decorrência da instalação de indústrias, em função do processo de interiorização do desenvolvimento que, por sua vez, favoreceu grandes eixos rodoviários regionais. Essa expansão não apresenta descontinuidade de ocupação, o que configura uma mancha urbana de caráter contínuo, se estendendo até Americana e trabalhando na articulação entre a economia, o mercado de trabalho e a vida desse conjunto de municípios. Tal movimento, que culminou na periferização da região, foi fortalecido pela abertura do Aeroporto de Viracopos, pela implantação do Distrito Industrial de Campinas e pela construção de diversos conjuntos habitacionais. No que diz respeito à região da Anhanguera-interior, tem-se uma caracterização marcada pela localização de populações de baixa renda. Em contrapartida, na região que segue em direção a Valinhos e Vinhedo, verifica-se uma ocupação de renda média e alta. [3] 13


Mapa da cidade de Campinas FONTE: Elaborado pelo autor 14


[ 4.3

CAMPINAS:

SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO]

[HISTÓRICO: CAMPINAS – SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO] Para melhor compreensão da área de estudo, faz-se necessário o entendimento do território em que está inserida, no caso, a cidade de Campinas-SP, município do interior do Estado de São Paulo, localizado na região Sudeste do Brasil. Trata-se de um dos mais importantes pólos de tecnologia, cultura e economia do Estado. Campinas conta com pouco mais de 260anos de história de urbanização, tendo seus primeiros registros de formação colonial na primeira metade do século XVIII como um bairro rural da denominada Vila de Jundiaí. Paulistas do Planalto de Piratininga abriram, entre 1721 e 1730, uma trilha que seguia em direção às recém-descobertas minas dos Goiases. Às suas margens foi implantado o povoamento do “Bairro Rural do Mato Grosso”, que teve início com as instalações de um pouso de tropeiros nas proximidades da Estrada dos Goiases. No ano de 1767, reuniam-se no bairro rural "Campinas do Mato Grosso" uma população de cerca de 185 pessoas. O pouso foi “erguido em meio a pequenos descampados ou „campinhos‟, em uma região de mata fechada” (Campinas, 2006) e o seu desenvolvimento foi impulsionado por diversas atividades de abastecimento, o que justifica a relativamente grande concentração populacional. Ainda na segunda metade do século XVIII, a chegada de fazendeiros advindos de Itu, Porto Feliz, Taubaté e outras cidades, movidos pelo interesse em instalar lavouras de cana e engenho de açúcar, abriu espaço a um novo cenário econômico, político e social na região. Foi somado ao interesse do Governo da Capitania de São Paulo, que também influenciou essa nova dinâmica, que o bairro rural do Mato Grosso se transformou em Freguesia da Nossa Senhora da Conceição de Campinas do Mato Grosso no ano de 1774; posteriormente, em 1797, tornou-se Vila de São Carlos e, finalmente, no ano de 1842 foi denominada Cidade de Campinas. Nesse período as plantações de café já ultrapassavam as lavouras de cana e tinham domínio sobre as paisagens da região. Foi quando a economia cafeeira se difundiu e impulsionou um novo ciclo de desenvolvimento do município, o que demandou uma grande quantidade de trabalhadores, em sua maioria escravos e livres de diferentes procedências, que eram empregados em atividades rurais e urbanas.


Ainda em 1842 se deu a inauguração da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, quando o transporte ferroviário chegou à cidade de Campinas no seu trajeto até Jundiaí. Entretanto, o desenvolvimento econômico e demográfico que vinha transformando a cidade foi desarticulado pelas epidemias que afetaram os seus moradores. A principal delas, a de febre amarela, se iniciou em 1889 e dizimou cerca de 30% da população. A cidade sofreu um “esvaziamento” num período de cerca de 45 dias, quando uma considerável parte da população dirigiu-se às cidades vizinhas e fazendas da região. Em meados de 1920, o país passava por uma transformação que se baseava na implantação do modelo rodoviarista. Embora Campinas fosse um importante centro ferroviário (abrigava a Cia Mogiana, a Cia Paulista de Estradas de Ferro, a Cia Sorocabana e a Funilense), passou nesse período por um intenso processo de “modernização dos meios de transporte e de produção de vida”. Em 1929 a cidade passou por uma crise agrária, o que resultou em mais uma mudança econômica, desta vez resultou em uma fisionomia mais voltada à indústria e serviços. O Aeroporto Internacional de Viracopos, principal equipamento nas proximidades da área de estudo desse Trabalho Final de Graduação, foi fundado em Campinas no ano de 1930. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o mesmo era usado como campo de operações aéreas. Paralelo a isso, durante toda a década de 30 a cidade vivenciava uma nova realidade histórica: o fenômeno da migração, a multiplicação de bairros nas proximidades das fábricas e a construção de novos estabelecimentos e grandes rodovias. Em 1938, afim de reordenar a vocação urbana de Campinas, foi implantado o “Plano Prestes Maia”, que visava impulsionar novos e velhos talentos da cidade, como pólo tecnológico do interior do Estado de São Paulo. As novas fábricas, agroindústrias e demais estabelecimentos comerciais instalados na época atraíram um grande contingente de migrantes e imigrantes do país e do mundo. A partir disso, a cidade passou a concentrar uma população mais significativa. O “Plano Prestes Maia” foi o primeiro plano de caráter urbanístico implementado na cidade de Campinas. Os enfoques projetuais eram fortemente marcados por conceitos de estética urbana e valorização da paisagem. 16


Entre as décadas de 50 e 90 o território de Campinas ficou 15 vezes maior e sua população cresceu cerca de 5 vezes. Os novos bairros, por sua vez, originalmente implantados sem infraestrutura urbana, receberam melhorias no processo de urbanização. Ainda neste período, foram instaladas novas rodovias que cortavam a cidade, como a Rodovia Bandeirantes em 1979 e a Santos Dumont na década de 80, década na qual a cidade registrou o maior número de loteamentos aprovados. No fim da década de 60, iniciou-se em Campinas o momento mais voltado à concepção do planejamento urbano, que substitui aos poucos o termo “urbanismo” na administração pública no nível nacional. É importante citar o Plano Preliminar de Desenvolvimento Integrado de Campinas (PPDI), realizado durante a gestão do Prefeito Orestes Quércia, na década de 70. Resumidamente, através de seu diagnóstico foi apontada a necessidade de implantação de novos eixos viários, visando estimular o crescimento urbano, visto que o centro tradicional da cidade passava por um momento de saturação. Apontava, ainda, a carência de outras ampliações no sistema viário para atender às necessidades do crescimento intenso ao qual a cidade passava, o qual não se ocupava, entretanto, das áreas de periferia da cidade, constituídas fora dos padrões da legalidade estabelecidos. “No ano de 1990 foi aprovada a Lei Orgânica Municipal - LOM e, em 1991, a Lei Complementar nº. 02 de 1991 que dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Campinas, situando na década de 90 o momento da introdução de princípios e instrumentos previstos na Constituinte Federal de 1988, notadamente no que se refere à função social da cidade/propriedade e à participação social na gestão urbana. “Em 1994, no segundo ano da administração do Prefeito Magalhães Teixeira (1993/1996), iniciam-se os trabalhos de elaboração do Plano de 1996, apenas três anos após a aprovação do plano anterior, fato explicado pelo enfoque dado a este que se auto-intitula de “plano de revisão”, buscando o aprofundamento de aspectos físico-territoriais e da estruturação urbana, considerando o “nível genérico” do Plano de 91, e tendo em vista que a Lei de Uso e Ocupação do Solo em vigor não contava com as novas premissas estabelecidas no Plano de 1991, por ter sido elaborada pouco antes, em 1988.”[x] O Plano Diretor mais recente da cidade é o de 2006, que é o Plano atual em vigor para a cidade de Campinas. 17


Embora se possa notar o esforço por parte do poder público em conceber uma legislação urbanística orientadora e definidora do desenvolvimento urbano, ela “não surgirá senão quando se torna necessária para a estruturação do mercado imobiliário urbano, de corte capitalista” e, ainda “a lei é utilizada como expediente de manutenção e fortalecimento de poder e privilégios, contribuindo para resultados como a segregação e a exclusão.”. Entretanto, “a questão central não está na lei em si, ou seja, na sua inadequação, mas na sua aplicação arbitrária.” [x] MARICATO, Ermínia Campinas conta atualmente com uma população de pouco mais de 1 milhão de habitantes e uma extensão territorial de cerca de 794.571 km².


[ÁREA SELECIONADA PARA ESTUDO] A área selecionada como objeto de estudo para esse trabalho situa-se na região sul da cidade de Campinas e tem como limites físicos as rodovias Santos Dumont, Bandeirantes e Lix da Cunha. Trata-se de um vazio urbano entre dois bairros já consolidados, segregados da cidade e entre si: a Vila América e Jardim Campo Belo. A região possui uma problemática urbana recorrente nas cidades brasileiras desprovidas de um planejamento urbano consciente.Conforme estudo Ermínia Maricato (2004) [x], a problemática em torno da moradia no Brasil tem raízes históricas, advindas da época do colonialismo e que culminaram em profundas e rápidas transformações no que diz respeito ao cenário urbano brasileiro. A área de estudo e seus bairros limítrofes são um claro exemplo de segregação urbana como resultado da especulação imobiliária. Sobretudo os bairros já consolidados, cumprem o precário papel de “ilhas urbanas” e tem o seu direito à cidade comprometido através da clara presença de barreiras físicas, sobretudo as rodovias, de dificílima transposição e, portanto, difícil acesso aos demais bairros e equipamentos da cidade. Outro fator importante que vem à tona ao analisar a região, é o conceito de ilegalidade, visto que o Jardim Campo Belo foi fundado a partir de uma ocupação ilegal. Trata-se de uma área isolada da cidade, que faz fronteira com o Aeroporto Internacional de Viracopos e sofre diariamente com os ruídos gerados pela movimentação aeroportuária, além das restrições legais para apropriação do espaço para vida urbana, fatores que são de desinteresse à especulação imobiliária e, portanto, de interesse à classe não possuidora de capital para tanto. Essas condições legais, somadas às condições morfológicas induziram a ocupação ilegal da área. Tem-se como principal desafio a conexão entre os dois bairros já consolidados e a conexão com o restante da cidade de Campinas A área selecionada para o desenvolvimento do estudo e do projeto urbano equivale ao tamanho de três Ibirapueras, sete parques Taquarais, e nove Campus da PUC- Campinas l, totalizando uma área de 7,4 kilometros quadrados.




O Aeroporto Internacional de Viracopos, principal equipamento nas imediações da área estudada, trata-se do segundo maior terminal de cargas do Brasil, também o transporte de passageiros proporcionado pelo aeroporto vem aumentando significativamente como passar dos anos. A fundação do aeroporto se deu no 1930, mas foi posteriormente ,em 1960, que se deu sua homologação oficial. Na época, ainda com as pistas feitas a base de enxadas e picareta, em 1932, período marcado pela Revolução Constitucionalista ocorrida no estado de São Paulo, que tinha como propósito derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e convocar uma assembleia geral constituinte, o aeroporto era usado como campo de operações aéreas. Após tal período conturbado o local ficou anos em estado de inatividade, quando, finalmente, em 1946 passou por processos de limpeza, terraplanagem, e extensões das pistas e logo em 1948 aconteceu a construção do primeiro andar e dois anos mais tarde da primeira estação de passageiros. No ano de 1957 o aeroporto passou por Profundas transformações, quando foram instalados todos os equipamentos necessários para torna-lo em um aeroporto internacional. Dadas essas novas mudanças em sua infraestrutura, em dezenove de outubro de 1960 o Viracopos foi homologado para aeronaves a jato e elevado a categoria de Aeroporto Internacional pela portaria ministerial número 756. Apesar de suas melhorias, uma série de reformas ainda são necessárias no aeroporto, a fim de acompanhar a evolução da aviação e as necessidades de âmbito regional, nacional e internacional. No ano 1980 a empresa brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) começou administrar o terminal de cargas do aeroporto, e em 1980 recebeu a administração geral do aeroporto internacional de Viracopos do Departamento de Aviação do Estado de São Paulo (DAESP).


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Com a inauguração do Aeroporto Internacional de Cumbica em Guarulhos, em 1986, o Viracopos perdeu parte de seu movimento, dividindo o tráfego entre as duas regiões metropolitanas, de São Paulo e de Campinas. Mas já em 1998 um novo Terminal de Cargas foi construído no aeroporto de Viracopos, e logo depois, dois anos mais tarde, o aeroporto passou a contar com uma das maiores Torres de controle do mundo. O número de passageiros e cargas foi acendendo como passar dos anos, o que implicou em mais transações e ampliações. Em 2012 a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos comprou o aeroporto em leilão, momento o qual o mesmo foi preparado para receber mais de oitocentos e dez milhões de passageiros por ano.[8] [9] 1. Atualmente a um plano em vigor para ampliação de Viracopos, de um novo terminal capaz de suportar a demanda de 25 milhões de passageiros por ano, além de vinte e oito pontes de embarque, segundo consta no site do aeroporto. 2. Sete novas estações remotas. 3. Estacionamento de veículos com 4 mil novas vagas. 4. Ampliação das pistas para manobra de aeronaves. 5. 178000 metros quadrados de área no novo terminal. 6. Trinta e cinco novas vagas para aeronaves e trinta já existentes.


[RESTRIÇÕES LEGAIS] A presença do Aeroporto Internacional de Viracopos gera impactos em suas imediações devido a sua proporção, e movimentação aeroportuárias, de escala nacional e internacional. Tais condicionantes implicam em restrições legais de uso e ocupação do solo estabelecidas por normas federais, que por sua vez, abrangem parte da área deste estudo. As determinações contam com uma área de aproximação dos aviões nas pistas pré existentes e as novas propostas para a ampliação do aeroporto. Outra questão abrangida pela Agência Nacional de Aviação Civil é o cone de aproximação, que determina o uso do solo e o gabarito de altura dos edifícios que estejam locados na área.[10]


Deve se levar em consideração os equipamentos da área e do entorno, como o aeroporto Internacional de Viracopos cuja presença na proximidade da área implica em restrições legais de uso e ocupação do solo, e agrega valor de interesse imobiliário ao entorno imediato, também as áreas industrias geram interesse e valorização do local. Porem a área dispõe enfrentamentos de barreiras sociais e físicas como as rodovias, questões habitacionais, de infraestrutura, transporte, problemáticas que devem ser atentadas, para que a área possa ser reintegrada a cidade de campinas, tendo acesso a cultura, esporte, educação, transporte, infraestrutura, e habitação.


Após o levantamento técnico, legal e histórico da área iniciou-se a etapa de desenho do projeto urbano. O ponto de partida para o desenho da nova malha urbana foram os parques, dada a principal necessidade das populações residentes em áreas urbanas atualmente: maior qualidade de vida através de espaços arborizados combatentes das ilhas de calor e de poluição do ar, além do equilíbrio entre a vida urbana e a natureza. O segundo passo foi o desenho dos principais eixos viários que cortam a área e a conectam com o restante da cidade. Depois foram criadas vias que promovem a articulação em seu interior e configuram o desenho das quadras, sempre levando em consideração a topografia. As fases seguintes se basearam na elaboração de metas e diretrizes para o uso e ocupação do solo, visando garantir que o novo desenho da malha urbano funcione de acordo com a dinâmica pensada pelo grupo a partir do entendimento de cidade ideal. Feitos todos os ajustes e detalhamentos necessários para aprimorar o desenho da nova urbanidade, chegouse no resultado final apresentado ao final do capítulo.



[DIRETRIZES INICIAIS]



[PROJETO URBANO FINAL] Em relação ao sistema viário foi proposta a priorização de transportes alternativos limpos, (VLT e BRT), incentivo aos ciclistas, através das ciclovias e a valorização do pedestre, através da criação dos eixos pedonais, quais interligam de forma direta os principais equipamentos propostos na região. Há duas propostas de transporte público: VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) e o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), a implantação de ambos promovem conexões com os demais bairros da cidade, ultrapassando os limites da área de projeto, criando assim alternativas de otimizar o transporte coletivo. Tratando ainda de transporte público, porem em uma abrangência menor, foi proposto um Bonde, o qual faz a articulação interna na área, passando pelos parques e principais equipamentos.



[Parques] Valendo-se da vegetação e dos cursos d‟agua pré-existentes foram projetados parques de diferentes portes que visam a melhoria e qualidade de vida urbana da população residente nessa nova centralidade da cidade de Campinas. Os novos parques são: Parque Ecológico Pedra Branca, possuem equipamentos urbanos, além de ser o que possui maior porte. Fica próximo a Biblioteca e a Agrovila. Parque das Sensações: parte deste parque fica na área do cone de aproximação, onde nada pode ser construído, com esta informação, propomos um parque, onde assim possamos diminuir os ruídos sonoros, além de levar vida para esta área com um parque onde as pessoas poderão obter diversas sensações ao estar nele. Nesta área há uma lagoa, qual será requalificada, e foi proposto uma área para pedalinhos. Jardim Botânico das Ligações: a proposta deste parque busca ligar o Projeto Fronteiras com o Bairro Campo Belo, destruindo assim barreiras físicas e socioeconômicas existente. Os parques funcionam de maneira a combater as ilhas de calor recorrentes nas cidades brasileiras, consequência do clima tropical Os parques funcionam de maneira a combater as ilhas de calor recorrentes da soma da alta impermeabilidade do solo ao aquecimento global. Além de auxiliar na barragem dos ruídos das rodovias. Em todos os parques há espaços destinados a caminhadas, trilhas, cinemas ao ar livre, entre outras atividades.


[Equipamentos Públicos e Privados] Este mapa mostra a disposição dos equipamentos, públicos e privados, a serem implantados na área de intervenção e préexistente. Entre eles destacam-se as creches, escolas, posto de saúde, centro de esporte e lazer, hotel, vilas, centro de educação e pesquisa, biblioteca, terminal e centro cultural. Tratam-se de equipamentos públicos essenciais que geram desenvolvimento, saúde e educação para os moradores da região. Além disso busca-se diminuir criminalidade através do acesso às políticas públicas de qualidade. Os portes dos equipamentos variam podendo abranger raios maiores do que somente a área de intervenção.


[Ocupações irregulares] Ao realizar o estudo da área foram levantadas as áreas de ocupação irregular nos bairros pré-existentes Jardim Nova América e Jardim Campo Belo. A política pública social pensada para sanar problemas de habitação visa desapropriar todas as ocupações instaladas em caráter de ilegalidade e realocar as áreas amparadas pela legislação com melhores qualidade de vida e acesso. Foram removidas ainda duas quadras em situação regular do bairro Jardim Nova América para otimizar a passagem do VLT proposto. Totalizase portanto, 510 lotes e 2550 famílias a serem realocadas.


[Áreas passíveis de reassentamento] As áreas destinadas ao reassentamento de edificações ilegais e desapropriadas estão destacadas em laranja no mapa. As famílias serão realocadas nas vilas residenciais e nos edifícios das quadras de uso misto aos quais possuem “cota de solidariedade”, que preveem que parte total da área do edifício seja destinas à pessoas de baixa renda. A cota varia de acordo com as diretrizes de cada tipologia de quadra.


O mapa mostra as principais diretrizes de uso e ocupação do solo proposto. Através de tais diretrizes, configuram-se as áreas de predominância residencial, de uso misto, as vilas residenciais, a principal centralidade da área, destaca ainda os equipamentos a serem desenvolvidos pela equipe, as quadras lindeiras à área rural e por fim as quadras destinadas à logística, quais são destinadas ao uso de industrias limpas. ara cada uma das subdivisões foram criadas novas diretrizes de ocupação conforme exposto nas páginas seguintes.









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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

8.

Biblioteca Parque da Pedra Branca Centro Três Agrovila Raízes Sky Hotel Escola de Agronomia de Campinas Terminal Intermodal do Campo Belo Trama- Centro Comunitário do Campo Belo EE. Prof Nadir Santos Costa






PROJETO

|ARQUITETÔNICO

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA NADIR SANTOS COSTA


Nesse capítulo será abordado o projeto da Escola Estadual Professora Nadir Santos Costa, a ser implantada em uma quadra na nova urbanidade projetada para a cidade de Campinas. A área de inserção do projeto possui caráter de centralidade, fica próximo ao Parque das Sensações e à área do projeto urbano destinada à edifícios de uso misto (com cota de solidariedade de 10% para habitações de interesse social).

A EE Prof Nadir Santos Costa visa atender os novos habitantes em um raio de abrangência de A escola contará com cerca de 510 alunos por turno, a serem subdivididos nas 17 salas de aulas que possuem capacidade para 30 alunos cada. Por turno, a escola ainda contará com cerca de 42 funcionários. Estima-se que alunos terão idades aproximadas entre 10 e 18 anos e cursarão entre a 5ª série do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio. Espera-se que através do programa arquitetônico os estudantes tenham condições de ter uma vida escolar agradável e didática, e que a infraestrutura do espaço projetado possa contribuir para o bom funcionamento do currículo escolar.


O mapa ao lado mostra o raio de abrangência da Escola Estadual Porfessora Nadir Santos Costa. O mapa é da fase 2 de projeto urbano, mas elucida a abrangência da escola pública no âmbito da proposta urbana.


O mapa ao lado mostra a topografia do terreno fazendo um paralelo ao projeto urbano. Em vermelho está destacada a quadra de implantação da escola. As curvas estão equidistantes a 1 metro. A quadra possui característica plana.


A proposta teve como parâmetros projetuais os produtos técnicos estabelecidas pela Fundação de Desenvolvimento da Educação. Entende-se por produtos técnicos os Catálogos Técnicos de Ambientes, Serviços e Componentes, Tabela de Honorários, Listagem de Insumos, Listagem de Preços, Tabelas de Preços, etc.) que podem ser facilmente encontrados no site da FDE.

Tais catálogos foram elaborados a partir de pesquisas que permitiram a definição das especificações técnicas para construção de escolas no Estado de São Paulo, de forma a dar suporte e viabilizar as obras a cargo da Fundação. As especificações técnicas de mobiliário e equipamento para prédios escolares e administrativos contidas e sistematizadas nos Catálogos Técnicos apresentam projetos e detalhamentos, definem os materiais, processos e acabamentos foram levados em consideração para elaboração do projeto da Escola Estadual Professora Nadir Santos Costa. A Escola Estadual Professor Nadir Santos Costa Nadir Santos Costa será de Ciclo II + E.M; M8. Tais definições serão esclarecidas no decorrer desse capítulo.,


O Catálogo Técnico referente ao programa auxiliou no desenvolvimento do programa e distribuição de áreas do conjunto arquitetônico escolar. Como visto anteriormente, de acordo com as necessidades urbanísticas a quadra em questão foi destinada à escola de Ciclo II + E.M., que compreende os níveis Fundamental (do quinto ao nono ano) e Médio (primeiro ao terceiro ano). Para a definição do programa, os conjuntos são subdivididos entre: Direção/Administração, Pedagógico Vivência, Salas de aula, Serviço, além de salas de aula, pátio coberto, quadra coberta e 30% da área total deve ser destinada à área de circulação.


A Escola Estadual Nadir Santos Costa segue o padrĂŁo M9, com uma quantidade total de 17 salas de aula.


PROPOSTA ARQUITETÔNICA – FASE 1

A proposta é que a quadra de desta forma foi estabelecido quadras coberta e descoberta, pela população do entorno sem

implantação da que a área à afim de que as carecer de que

escola possua uma área destinada ao uso público, noroeste da quadra recebesse a implantação das mesmas possam ser utilizadas aos finais de semana a escola esteja em funcionamento.

O bloco arquitetônico que abrigará a escola ficará à nordeste da quadra e contará com o térreo e mais dois pavimentos. A distribuição do programa foi pensada de forma que o térreo seja uma grande área agradável de vivência, permanência e uso comum. No primeiro pavimento a predominância é de salas de aula, foram implantados também nesse pavimento banheiros, biblioteca, sala de uso múltiplo, circulações verticais e horizontais. No segundo pavimento, por sua vez, foram distribuídos os laboratórios, sala de recursos, banheiros, o mezanino da biblioteca e as circulações. Na fase inicial a proposta tinha notavelmente todos os seus ângulos retos. Outra característica principal é que quadra de implantação da biblioteca é plana.


IMPLANTAÇÃO GERAL


8

7 3

9

1 11

10

12

13

4

9

14

15

5 1. Campo de futebol 2. Quadra poliesportiva 3. Anfiteatro 4. Vestiários 5. Dep. de mat. esportivos 6. Guarita 7. Refeitório 8. Cozinha 9. Acesso vertical 10. Cantina 11. Wc masculino 12. Wc feminino 13. Pátio externo 14. Palco 15. Área administrativa 16. Estacionamento

2 16

6

PLANTA TÉRREO ESC: 1:250


2

2

2

2

3

1 4

2

2

2

5

6

7

4

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Biblioteca Sala de aula Sala de vĂ­deo Acesso vertical DML Wc masculino Wc feminino

2

2

2

2

2


2

2

3

1

4

7 6

5

8

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Mezanino da biblioteca Sala de informática Sala de recursos Acesso vertical Lab. Qúmica Láb. Matemática e Física Wc masculino WC feminino Sala de aula

9

9

9

9

9


PROPOSTA ARQUITETÔNICA – FASE 2

Julgou-se necessário um ajuste no desenho do paisagismo da quadra afim de quebrar a ortogonalidade. A ideia de subdividir a quadra em uma parte pública e uma parte destinada à implantação do edifício foi mantida e o programa foi aprimorado e detalhado. Criou-se um desnível de 1m entre as duas áreas afim de mudar a noção de espacialidade da quadra. Conforme recomendações da FDE, a estrutura da escola é feita a partir de elementos pré moldados em concreto. Sua malha estrutural é de 7,20x7,20m.




2

3

1 7 5

4

6

1. Biblioteca 2. Salas de aula 3. Sala multiuso 4. Depósito 5. WC. Masc. 6.WC. Fem. 7. Ciculação horizontal

7


1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Mezanino da biblioteca Lab. De informática Circulação vertical Laboratório de química e biologia Laboratório de matemática e física Banheiros Sala de aula


As peças gráficas ao lado mostram o estudo da volumetria e da disposição das janelas para composição das fachadas, que foram alteradas devido à orientação solar. Mostram também a ideia de caimento das águas da cobertura.


Os cortes a seguir sĂŁo um estudo de volumetria e entendimento da estrutura.

Cobertura da quadra a ser definida.


[PROPOSTA ARQUITETÔNICA – FASE 3] Para a proposta arquitetônica a seguir foram realizados ajustes nas circulações, no desenho da quadra, o deslocamento dos blocos para a criação de brises, o redimensionamento do tamanho dos pilares e o detalhamento dos ambientes. O projeto, no entanto, é parcial e sofrerá alterações e detalhamentos até a banca final. O pavimento térreo continua sendo destinado à área de vivência e permanência, tanto na área do interior da escola quanto na área externa. Para que isso fosse possível, foram distribuídos os ambientes com caráter de uso comum, como: cantina, anfiteatro, cinema livre (que serve como palco para apresentações), banheiros, área de apoio administrativo, cozinha e refeitório. A ideia é que nos horários de entrada, saída e intervalo das aulas os alunos se reúnam nesse grande espaço comum de convivência e permanência para realizar as diversas atividade de esporte, cultura, alimentação e lazer. Subindo ao primeiro pavimento, encontra-se o setor pedagógico com a maioria das salas de aula destinadas aos alunos do Ciclo II (Ensino Fundamental). Colocando-as no pavimento superior, torna-se o acesso mais restrito e o ambiente mais silencioso (em comparação ao térreo). No pavimento acima (segundo pavimento), encontram-se todos os laboratórios e as salas de aula do Ensino Médio, com o intuito de separar os alunos por faixa etária. Nesse pavimento as atividades são mais direcionadas a cada área do conhecimento e o seu uso é dado de acordo com a necessidade do currículo escolar.


1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

10. 11. 12. 13.

14. 15. 16. 17.

Quadra esportiva Anfiteatro Refeitório Cozinha Depósito Circulação vertical Foyer do anfiteatro Cinema livre 1 Área de apoio administrativo Quadra coberta Vestiário masculino Vestiário feminino Depósito de materiais esportivos Bicicletário Estacionamento Doca Área de ingresso à escola

10

2

4

3

5 6 7

8 + 9

7 6

6 11

8

9

12 13

14

15

16


1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Biblioteca Sala de aula Sala de uso múltiplo Circulação vertical DML WC. Masc WC. Fem

1

2

3

4 OBSERVAÇÕES: As salas de aula possuem portas nas duas extremidades, possibilitando a sua subdivisão sem haver a necessidade de obstruir a parede. Os blocos de salas de aulas foram deslocados dos pilares, possibilitando a implementação de brises. Foram destinadas 3 pontos específicos para circulação vertical, sendo duas escadas, dois elevadores e uma rampa. As salas de aulas do primeiro pavimento serão destinadas aos alunos do Ciclo II (Ensino Fundamental)

5

6

7

4 4


1.

2. 3. 4.

5. 6. 7. 8. 9.

Mezanino da biblioteca Lab. Informática Sala de uso múltiplo Lab. Qímica, biologia e ciências Lab. Matematica e física Circulação vertical WC. Masc. Wc. Fem. Sala de aula

2

2 3

1

6

4

5

OBSERVAÇÕES: As salas de aula do segundo pavimento serão destinadas aos alunos do ensino médio.

7

8 6

6

9


O quadro ao lado mostra o pograma da escola e as áreas de seus respectivos ambientes, feitos com base nas recomendações da FDE, porém adaptados para a Escola Estadual Nadir Santos Costa.


[Considerações finais] O projeto arquitetônico e o memorial descritivo seguirão sofrendo alterações até a banca final a ser realizada no dia 29/06/2017. Serão elaboradas peças gráficas definitivas para a apresentação final e o memorial será aprimorado.


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