Folder Super Imperatriz de Santo Amaro

Page 1

D E P O I S

F A Z

D E

U M A

C O N Q U I S T A R

H O M E N A G E M

N O V O S

A

S A N T O

E S P A Ç O S

A M A R O


um pouco da história de cada lugar, com o objetivo de homenagear seus habitantes. Agora, o SuperImperatriz quer agradecer por todos estes anos em que os moradores e vizinhos de Santo Amaro serviram-se na antiga loja, e colocar à disposição este novo SuperImperatriz, que, a partir de hoje, passa para a história como uma das mais modernas e bem equipadas lojas da Rede SuperImperatriz. Muito obrigado, Santo Amaro, e sirva-se à vontade!

O

Sal & Açúcar

Imperatriz Beiramar Shopping é o futuro da Rede , dizia o folheto de lançamento do SuperImperatriz em 1993. Naquela época, buscava-se uma nova filosofia para a Rede de Supermercados Imperatriz, orientada pelo atendimento familiar de suas pequenas lojas, e direcionada para um mercado disputado e exigente, na Avenida Beiramar Norte, um ponto nobre da Ilha de Santa Catarina. O desafio para encontrar soluções que mostrassem para a cidade-capital, que um pequeno grupo familiar do interior poderia fazer bonito frente ao grande empreendimento ilhéu, movimentou o SuperImperatriz.

Escritórios de arquitetura, engenharia, marketing e publicidade foram contratados para buscar soluções de espaço, cor, materiais, luz e conforto nas principais capitais do Brasil e do mundo. A comunicação foi dirigida para o resgate das raízes da família Lohn, e a programação visual centrou-se no manancial de Pilões, em Santo Amaro. Assim, nasceu um novo SuperImperatriz. Seguindo essa filosofia, o SuperImperatriz conquistou Imbituba, Coqueiros, Rio do Sul, Balneário Camboriu, São José e Canasvieiras, com textos e imagens que contaram

NESTA PÁGINA: Acima: as famosas pedras da orla ilustram o SuperImperatriz Coqueiros. Abaixo: Em Imbituba, o SuperImperatriz evidenciou as belas paisagens marinhas. PÁGINA AO LADO: A monumental Cachoeira Fundo Cobras, do SuperImperatriz em Rio do Sul. Acima: foto a partir da Pedra Branca, tema da loja de Campinas. Ao centro: os oleiros de São José foram homenageados pelo SuperImperatriz com esta foto, no calendário de 1995. Também ganharam grandes painéis, na loja do Shopping Itaguaçu. Abaixo: belos cenários do norte da Ilha de Santa Catarina estão expostos no SuperImperatriz Canasvieiras. NA CAPA: Navio aproxima-se do Porto de Imbituba. Vista superior de Balneário Camboriú. Pilões, em Santo Amaro.



Este novo SuperImperatriz é uma homenagem ao santamarense

A

nova loja do SuperImperatriz é um convite para rever ou conhecer, através de grandes painéis fotográficos, cenas que o tempo levou e aquelas que estão escondidas, atrás de pedras, cachoeiras, montanhas e florestas. Todas as fotos são de Santo Amaro, terra fértil, Paraíso das Águas e dos esportes radicais. Vôo livre, canoagem, descidas em cachoeiras, caminhadas em vales profundos e escarpas impressionantes, são convites permanentes para visitantes ou moradores. Além de ter grande parte de seu território preservado pelo Parque da Serra do Tabuleiro, Santo Amaro também é procurada para a cura, pois abriga vários lugares sagrados, desde quando os indígenas cuidavam desta terra. Esta e outras histórias vêm a seguir, neste breve ensaio ilustrado que está em suas mãos. Boa leitura!

NESTA PÁGINA: Acima: Rua Natividade no início da década de 1920; tia-chica, livre no Tabuleiro, come fumobravo e uma carroça no detalhe ???????? ACERVO/FOTOS

ANTIGAS:

LUIZ C. GOEDERT

Ao centro: borboletas do Combatá; bromélia no Morro Queimado e uma das cachoeiras do rio Águas Claras. Abaixo: da BR 282 avista-se parte da Serra do Tabuleiro. PÁGINA AO LADO: Acima: Engenho do Imperador, em Caldas e alambique do Seu Zeca Lohn, ainda em funcionamento no Alto da Varginha. Ao centro: foto de 1970; as casas à direita deram lugar ao primeiro SuperImperatriz. ACERVO: DINAH

DA

SILVA HERZMANN


mercadorias. Foi então que adquiriu um F600 de segunda mão, desta vez, em melhores condições de uso. Somente em 1967 comprou seu primeiro caminhão zero, um Mercedes Benz 1111. Três anos após, em 1970, contava com mais um caminhão novinho. A frota aumentava e os pontos de entrega também. Algo precisava mudar, imediatamente!

O começo, na Varginha

H

oje, Santo Amaro tem apenas dois engenhos. Um, em Caldas da Imperatriz, e outro na Varginha. E pensar que, no início do século XX, possuía 780 engenhos! Na Varginha, local onde a história da família Lohn teve início, com uma população de dois mil habitantes, existiam 100 engenhos de açúcar e 60 de farinha, 500 casas e duas escolas em 1910. E foi neste lugarejo que Procópio André Lohn chegou no início do século XIX e instalou o primeiro armazém de secos & molhados da região. Vendiase de tudo! Foi aí, também, que nasceu Vidal Procópio Lohn, que aprendeu com o avô e com o pai, o ofício de comerciante. Naquela época era preciso persistência e disposição. Com as estradas interrompidas pelas chuvas, por exemplo, as mercadorias demoravam muito para chegar ao seu destino. Banana, polvilho, açúcar, milho, feijão e cachaça não podiam esperar muito tempo na estrada. No início, as entregas eram feitas em carro-de-cavalo, mas como o comércio prosperava e a família aumentava, Seu Vidal comprou um velho caminhão F8, em 1964. Porém, não durou muito tempo. Precisava de mais espaço e de maior segurança no transporte das

Tempo de mudanças

O

ano de 1974 foi um marco importante na família, pois abriam-se as portas do primeiro super mercado da região, com 8 por 15 metros de fundo. Quase toda a família trabalhava no super mercado , pois havia muito o que fazer. Ter comércio não é fácil, a gente acorda antes das galinhas, dorme depois e trabalha até depois da missa , confessa Dona Vilza, esposa do Seu Vidal e mãe de onze filhos, que logo cedo tiveram muito o que fazer para ajudar os pais com o comércio, pois, assim como eles, não parava de crescer.

Ponte do Imaruí foi o segundo local a ganhar um SuperImperatriz, depois veio São José, Aririú, Barreiros, Kobrasol, Rita Maria*, Bom Retiro*, Alfredo Wagner*, Trindade*, Palhoça, Coqueiros, Campinas, Kobrasol, Jurerê, Mauro Ramos, Beiramar Shopping, Rio do Sul, Imbituba, Balneário Camboriú, Estreito, Barreiros, Saco dos Limões e Shopping Itaguaçu. Muita coisa mudou, porém o espírito familiar e o atendimento carinhoso continuam tal qual, um dia, sonhou Seu Vidal, para sua querida cidade. (*) Estas lojas foram transferidas para outras localidades.


Desbravadores no vale do Cubatão

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o século XVIII, começaram a chegar os primeiros desbravadores do Arraial do Cubatão, diversas famílias de origem açoriana vindas de São José e Enseada do Brito, tempos em que o Arraial ainda era coberto de matas virgens e habitado pelos índios. Mais tarde, os imigrantes alemães deram impulso à lavoura, e construíram vários engenhos de açúcar, farinha e alambiques, responsáveis pelo início do ciclo comercial que viria caracterizar a localidade como um dos principais produtores e distribuidores de alimentos para a região. Ainda no final do século XVIII, o Rio Cubatão emprestava seu nome para a vila de colonos que se formava e, sobre ele escreveu-se: O próprio rio, em suas curvas, mostrando altas ribanceiras sobre suas praias de brancas areias, água correntosa e límpida, dá aos lavradores de ambas as margens, via de comunicação franca e fácil. Por ele são conduzidos os cereais, os produtos de suas fábricas, os laticínios e todos os produtos coloniais, em canoas bordadas, de onde são enviados para os mercados das cidades vizinhas e para Nossa Senhora do Desterro, na Ilha de Santa Catarina. Em Santo Amaro havia grande quantidade de nogueiras donde se

óleo de mamona, copaíba e bicuíba, utilizado no tratamento de dores reumáticas. O mel de abelhas era colhido em abundância, vendido in natura ou transformado em vinho de excelente qualidade. E, como se não bastasse, cultivavam-se flores. As mais belas e variadas espécies. Atualmente, a agricultura orgânica é apontada como uma opção sustentável para a extraía excelente óleo usado na preservação do ambiente. Neste iluminação, como cosmético e na sentido, algumas experiências estão preparação de tintas, por substituir o sendo desenvolvidas com sucesso, no óleo de linhaça. Também eram extraídos município.

NESTA PÁGINA: Acima: é a terra do palmito. Ao centro: grandes araucárias brotam no Parque da Serra do Tabuleiro. Abaixo: QUAL FLOR É ESTA???????. Resíduos de Baga-de-macaco, ao lado, (Posoqueria acutifolia) foram encontrados no caminho, durante este ensaio. Evidência de macacos por perto. PÁGINA AO LADO: Torre da Catedral. No detalhe, a enigmática imagem de Santo Amaro, exposta na Torre.


O enigma da imagem de Santo Amaro

E

ntre 1837 e 1839 foi construída uma capela, no Morro da Tapera, também conhecido como Morro do Eusébio, para onde foi trazida uma imagem que viria a ser a padroeira do Cubatão, Sant Ana, por religiosos colonizadores da Galiza, uma das regiões históricas mais antigas da Espanha. Vindo daí o segundo nome da localidade, Sant Ana do Cubatão. Com o aumento da população, a capela de Sant Ana ficou pequena e o povo procurou um outro local para a construção de uma nova Igreja. Porém, ninguém esperava que em 1850, com a mudança de local, mudassem a padroeira e o nome da cidade. Até hoje é um enigma, pois não se sabe quem encomendou a imagem que viria a ser padroeira de Santo Amaro, onde foi feita, e quem a remeteu para a sede do Arraial de Sant Ana do Cubatão. A imagem - de Santo Amaro - foi guardada durante

meses pelo pároco, a fim de ser entregue a quem reclamasse. Concluída a nova Igreja, como ninguém reclamou a posse, a imagem foi entronizada e Sant Ana passou a ser chamada Santo Amaro do Cubatão. Em 1941, através de um Decreto Federal, Santo Amaro do Cubatão foi substituído por Cambirela, pois deveriam ser eliminadas duplicatas de nomes de cidades e vilas em todo o país. Santo Amaro foi para a Bahia, Santo Amaro das Brotas para Sergipe e Santo Amaro de Campos ao Rio de Janeiro. Inconformada com o nome Cambirela, em finais de 1948, a comunidade encaminhou um abaixoassinado ao governo propondo que voltasse a ser Santo Amaro do Cubatão ou Santo Amaro da Imperatriz, este, afinal, escolhido e oficializado no mesmo ano.


Antes de tudo, um lugar sagrado

S

ão do início do século XIX os primeiros registros de águas termais nas margens do Rio Cubatão, inclusive a fonte de Caldas da Imperatriz. Antes dos civilizados , os indígenas já conheciam as águas termais, consideradas sagradas, que deveriam ser protegidas com suas próprias vidas. Nesta mesma época, um destacamento policial foi dizimado pelos nativos, não tardando a retaliação por parte do governo que iniciava a

construção do Hospital de Caldas do Cubatão para aproveitar os benefícios daquelas águas. É a primeira Estância Termal no Brasil, decretada por lei, em 18 de março de 1818, por D. João VI. Durante a construção sofreu vários ataques indígenas e em 1855 instalaram as seis banheiras de mármore de Carrara, doadas pela Imperatriz em 1814, existentes até hoje. Após várias reformas, em 1920, o hospital passou a funcionar como hotel, tendo em anexo um restaurante e uma engarrafadora de água. A primeira avaliação científica é de 1833, chegando-se ao resultado de uma água superior a muitas outras, não só pela sua limpidez, como também pelos princípios minerais que encerra. Segundo especialistas, é a segunda do mundo em qualidade, precedida apenas por Vichy na França. Considerada estimulante, estomacal e antireumática, contém Bicarbonato de Sódio, de Cálcio, de Potássio, de Magnésio, Ferro, Cloreto de Sódio, Azotado, Sulfato de Cálcio, de Bário e Óxidos de Alumínio e Silício. Sua temperatura permanece estável em 40oC, independente da temperatura ambiente. A sua cor, quando vista por transparência, é comparável a um cristal e, além de tudo é radioativa. A água mineral Imperatriz, durante muito tempo, foi considerada milagrosa. Começou a ser engarrafada em 1924 e nesta mesma década participou de um musical, no Teatro Álvaro de Carvalho.

NESTA PÁGINA: Acima: índio Xokleng, com arco e flecha, nos primeiros momentos do contato. ACERVO: SÍLVIO COELHO

DOS

SANTOS

Abaixo: Hotel Caldas da Imperatriz na década de 1920 e atualmente, em 2005. ACERVO/ANTIGA: HOTEL CALDAS

DA IMPERATRIZ

PÁGINA AO LADO: Pilões tem seus altos e baixos, uma água preciosa que não pode ser desperdiçada.


Pilões torna-se imprescindível à região

V

em das escavações naturais nas suas rochas, em forma de pilões, o nome deste Salto, sem dúvida o mais importante de Santo Amaro, pois abastece toda a região da Grande Florianópolis. No final da década de vinte iniciaramse os estudos para o aproveitamento do manancial de Pilões, situado entre 150 e 240 metros de altitude com vazão aproximada de 800 litros por segundo, previsto para abastecer 20 mil pessoas.

Em 1946 foi instalada a primeira adutora no Salto de Pilões, com 1.750 metros, em canal de alvenaria revestido e 26.840 metros em tubo de ferro fundido, levando água da nascente do Rio Vargem do Braço para Santo Amaro, Palhoça, São José e Florianópolis. De 1946 até os dias atuais foi construído outro reservatório e outras adutoras, numa tentativa de suprir o consumo de uma população que não pára de crescer.


Sant Ana recebe o Imperador

E

m outubro de 1845, tempo em que Santo Amaro ainda era Sant Ana, houve uma grandiosa festa em homenagem as Majestades Imperiais, D. Pedro II e sua esposa Teresa Cristina, ele com 19 e ela com 23 anos de idade. Uma marcha verdadeiramente triunfal, pois que desde a Vila de São José até aquele ponto que dista 5 léguas, toda a extensão da estrada achava-se ornada, em distâncias proporcionais, com diversos arcos de flores naturais , registrava um artigo publicado à época. Esta foi a maior festa que aconteceu na região, tanto que muitos acreditam ter surgido daí o nome para Caldas da Imperatriz. Porém, o nome já havia sido escolhido, quando D. Tereza Cristina assumiu o título de protetora do Hospital de Caldas do Cubatão em 1844, doando, inclusive, uma grande soma em dinheiro para a obra.


Mescla de culturas temperam o vale

A

çorianos, germânicos e africanos convivem há tempo na região. Assim, pode-se observar, por exemplo, a confecção de tarrafas e rendas de bilros por alemães. A culinária também reflete essa mistura. Diversificada, inspira-se também na população indígena, quando utiliza a mandioca e o milho. Estes aspectos, mais a grande produção local, fez com que surgisse a Festa do Milho, que acontece todos os anos. E, onde tem festa, tem música. Desde 1970, Santo Amaro é palco dos Festivais de Bandas. E elas surgiram cedo. Em 1907, fundou-se a Banda Natividade, seguida pela Glória Sete de Setembro que se uniram, formando a Banda da Imperatriz.

Antes da primeira Banda, em 1905, surgia o Coral Santa Cecília. Em 1910 com a instalação da nova matriz, cantou sua primeira missa, em latim! O cinema foi introduzido na década de 1920, e o Cine Elias, primeiro cinema

da cidade, era movido à mão. Em 1937 surgiu a Rádio Monarca do Ar. Citado por Cruz e Sousa e Virgílio Várzea, Horácio Serapião de Carvalho foi um ilustre poeta santamarense, nascido em 30 de outubro de 1872.

A tradição do Divino Espírito Santo

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razida pelos açorianos, a Festa do Divino é praticada em Santo Amaro desde maio de 1854. O culto ao Divino remonta ao período medieval, mas foi em Portugal e nos Açores que essa tradição tomou formas rituais definidas, através do culto ao império . No imaginário popular, o império contém o sentido de organização e o imperador passa a ser um mediador entre o céu e a terra, estabelecendo um clima de

harmonia, de ordem e de igualdade. A Festa do Divino deveria estar vinculada ao Pentecostes do calendário católico, porém o que importa ao povo, é aquilo que parece ser resposta ao repartir comunitário, como o cortejo, a coroação, a distribuição de pães, queima de fogos, bailes e comidas. Contudo o Espírito Santo é representado por uma pomba branca, visão evangélica e franciscana, símbolo de abundância, proteção e fertilidade.

O aspecto popular, na sua devoção ao Divino, vai mais longe. A mesma pombinha vai aparecer, por exemplo, no adorno dos telhados das casas, com a tradicional pombinha açoriana aplicada nos ângulos das quatro águas. Estes recebem um acabamento com telhas de goiva sobrepostos e recortados, adquirindo a forma de uma pombinha pousada, e, em alguns casos, também voando, para que a casa e seus moradores sejam abençoados pelo Divino.

NESTA PÁGINA: Acima: Sociedade Musical Recreativa Santo Amaro, em 1944. ACERVO: RUTE FREITAS

DO

NASCIMENTO

PÁGINA AO LADO: Acima: ilustração da chegada da Família Imperial, feita por Odilon de Souza e Waldyr Mira em 1953. ACERVO: PREFEITURA MUNICIPAL

DE

SANTO AMARO

Abaixo: figueiras plantadas a cada quilômetro, enbelezavam o caminho, à época da visita do Imperador. Esta, na margem do Rio Cubatão, é referência para o rafting da região.

Ver se tem a foto do Seu Vidal.


Vamos preservar o Paraíso das Águas

O

Rio Cubatão faz parte de uma bacia com 500km2, nasce na Serra do Tabuleiro e percorre 70km antes de chegar em Santo Amaro, uma cidade com mais da metade de seu território inserido no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, uma Unidade de Conservação criada em 1975. De Santo Amaro para cima, o Rio Cubatão corre por uma zona sobre lajeados, apertado entre altos morros. Para baixo, o leito deste rio é outro, corre franco, é arenoso, com águas claras e límpidas. Isso em 1919, quando ainda era navegável e repleto de peixes. O Rio Retiro, é o primeiro afluente da margem direita do Cubatão. É um rio forte, com um belo salto e dois outros

afluentes menores. Logo a seguir vem o Rio Vargem do Braço que nasce a 1.000 metros de altitude e espraia-se numa extensa área muito fértil. Nele desaguam o Rio Caldas, o Forquilhas, o Cachoeira do Campo, o Indaiá, alguns arroios e muitos córregos. Há ainda o Matias, o Rio dos Bugres e o São Miguel. O Cedro e o Rio Novo nascem na Serra da Boa Vista, um grande divisor de águas, de onde também partem o Rio Itajaí, o Tijucas e o Tubarão. Uma área que deve ser preservada a todo custo por ser fundamental no abastecimento da maior parte da população do Estado de Santa Catarina. A poluição atinge a maioria dos rios, com exceção de algumas nascentes protegidas por Unidades de Conservação e aquelas protegidas pelas íngremes montanhas da Serra Geral, Tabuleiro, Boa Vista e Faxinais. Mesmo assim, existem locais paradisíacos que sofrem com o uso indiscriminado de agrotóxicos e o ataque do turista-de-fim-de-semana, que teima em jogar, para qualquer lado, os resíduos de suas festas. São trilhões de bitucas de cigarros, papel de bala, embalagens plásticas, garrafas e latarias, simplesmente atirados para fora , como se o ambiente não fizesse parte de sua casa, de sua vida. Pense nisso e escolha um local apropriado para depositar seus resíduos. Reciclar é a melhor idéia.

SANTO AMARO DA IMPERATRIZ R. MAJOR J OAQUIM DE CAMPOS , 6037. FONE (48) 245 1378 L INHA D IRETA : 0800 488080 - WWW. SUPERIMPERATRIZ .COM . BR

Acima: esta fêmea de saí-azul vive nas imediações do Hotel Caldas da Imperatriz. Ao centro: as límpidas nascentes do Rio do Braço são fundamentais para a fauna. Nesta foto, um cascudo. O equilíbrio desta região, inserida na Mata Atlântica, depende de todos, do complexo homem ao simples inseto.

PESQUISA,

TEXTO, DESIGN E FOTOS:

Renato Rizzaro, verão de 2005.

AGRADECIMENTOS: Café do Tabuleiro, Dinah S. Herzmann, Edith M. Cordeiro, Luiz C. Goedert, Marcony, Maurício Della Rocca, Silvio Knabben/Aerton C. Gazziero, Ademar Rosa, Prefeitura Municipal de Santo Amaro. FONTES: Dutra, Arlete T. B. A Banda de Música..., 1992. Martins, Celso. Tabuleiro da Águas..., 2001. Pereira, Nereu do Vale. Os engenhos de Farinha..., 1993. Santos, Janete N. dos. Paraíso das Águas, 1994. Santos, Sílvio Coelho dos. Nova história de Santa Catarina, 2004 e Índios Xokleng: Memória Visual, 1997.


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