Renova news ago2015

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n RENOVA ews l i s a r B o D

Número 30 - Ano 3 - Agosto 2015

para o mundo! A conclusão bem-sucedida do projeto “Bond” abre as portas de um novo (e promissor) futuro para a Renova. Pág. 6


Editorial

Olá, pessoal, tudo bem? Chegamos a mais uma edição do Renova News e destacamos em nossa capa a operação envolvendo a SunEdison e TerraForm. O negócio é muito importante para o futuro da Renova e queremos compartilhar com vocês, não só as informações conceituais do projeto, mas também os bastidores e curiosidades da transação que já é considerada por especialistas como um feito de extrema relevância para o setor de energia e do mercado financeiro do Brasil. Escolhemos Rafael Osório, gerente de Finanças Corporativas, para narrar os principais acontecimentos, uma vez que ele foi um dos personagens mais atuantes em todo o processo da transação. Você não pode deixar de ler o “pingue-pongue” na matéria da página 6. Na coluna Você, apresentamos a trajetória de Penha, que é coordenadora de Projetos na unidade de Salvador. Uma pernambucana linda, inteligente, guerreira e que está há sete anos na Renova. Outra matéria imperdível é a que aborda a realização, pelo segundo ano consecutivo, da Semana de Qualidade de Vida da Renova. O evento foi sucesso de público e de crítica. Confira nas páginas 4 e 5. Um abraço e até o próximo mês. Josy Alves.

Fala, Galera

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É extremamente gratificante ver o projeto que gerencio, não só ser colocado em evidência dentro da Renova e apresentado de forma tão bacana para todos os meus colegas da empresa, mas, principalmente, ter participado ativamente da elaboração da matéria. Meu muito obrigado pela oportunidade de mostrar o trabalho da área de Desenvolvimento de Projetos Eólicos.

Enviado por Fábio Saturnino, SANTAPAPE. Resposta da Redação: Nós que agradecemos Fabão! Boa sorte e parabéns também a toda equipe do SANTAPAPE!

Acontece

Liderança Sustentável

O 4º Encontro Anual da Plataforma Liderança Sustentável, realizado no início de agosto, em São Paulo, marcou também o lançamento do livro do consultor Ricardo Voltolini, Sustentabilidade no Coração do Negócio. A obra apresenta histórias de nove conceituadas empresas, contadas por seus líderes, sobre a inserção do conceito da sustentabilidade na estratégia dessas corporações. A Renova é um dos

destaques, ao lado de empresas como Itaú, Votorantim e Itaipu, com um capítulo baseado no depoimento de Mathias Becker. Durante o evento, a gerente de Sustentabilidade da Renova, Luciana Gutmann, foi homenageada com o troféu Sabiá Laranjeira por sua atuação como apoiadora do conceito na empresa. A Plataforma Liderança Sustentável é um movimento lançado em 2011, que reúne 39 presidentes e 11 executivos de renomadas empresas brasileiras em torno da missão de conectar, inspirar e educar jovens líderes de negócios para o tema da sustentabilidade. RN

Capacitação de Professores Em julho, 180 professores de escolas municipais de Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida e Riacho de Santana participaram de um curso de capacitação do Programa de Educação Ambiental (PEA). Promovido pelo Território do Saber, o curso de capacitação do PEA tem como objetivo incentivar os professores a desenvolveram projetos de pesquisa na região sobre temas relacionados ao lugar onde vivem. As próximas etapas incluem trabalho de campo, visitas e entrevistas sobre o tema escolhido. Os resultados serão socializados junto à comunidade no final do mês de outubro. RN

EXPEDIENTE . Renova News é uma publicação interna, com periodicidade mensal, dirigida aos colaboradores da Renova Energia. Diretor vice-presidente Jurídico, Regulação e de Relações Institucionais: Ricardo Assaf. Colaboraram nesta edição: Emanuela Cabib, superintendente jurídica; Marcio Douglas, gerente de Comunicação Interna e Eventos; Ricardo Romero, gerente de Performance e Sara Machado, assistente administrativo de Comunicação. Editora: Josy Alves, gerente de Comunicação Externa e Projetos. Jornalista responsável: Silvio Monteiro, MTb 18.089. Produção Editorial: Vox Comunicação, Vinícius Carvalho. Fotografias: Shutterstock e arquivo Renova. Editoração: Leela Estúdio. Impressão: Alphagraphics Tiragem: 350 exemplares.

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Você

Projetos tamanho família! Maria da Penha Nogueira de Oliveira divide sua vida entre os projetos da empresa e os projetos pessoais Não é à toa que o cargo de Maria da Penha Nogueira de Oliveira traz o nome de coordenadora de projetos. Afinal, gerir projetos é com ela mesmo! Foi assim desde que começou a trabalhar, aos 16 anos. “Iniciei em um escritório de arquitetura, depois trabalhei alguns anos com projetos e execução de loteamentos, depois com projetos de barragens para geração de energia e abastecimento”, explica. Formada em engenharia civil, com pósgraduação em (adivinha?) gestão de projetos, Maria da Penha está na Renova há sete anos. Hoje, ela é responsável por elaborar a documentação técnica para cadastro dos parques eólicos nos leilões, documentação técnica para solicitação de outorga na ANEEL, projetos básicos de parques eólicos e documentação técnica para solicitação de anuência do COMAR. “Apesar de ter sido contratada pela minha experiência com pequenas centrais hidrelétricas, atualmente, trabalho com projetos eólicos e solares. É uma função muito desafiadora, com cronogramas apertados e que necessita de muita interface com as demais áreas da empresa. Isso, às vezes, não é tão simples em função da distância física”, destaca.

Meow... O principal projeto Dentre tantos projetos realizados, há um que ocupa lugar especial no coração e na vida de Maria da Penha: ele atende pelo nome de Anna Laura, sua filha de sete anos. “Até esse ‘projeto’ tem alguma ligação com a Renova. Quando fiz a entrevista para trabalhar na empresa, estava grávida de sete meses. No dia em que a Anna completou três meses, comecei a trabalhar na Renova”, relembra.

Maria da Penha e sua mãe, Maria Nogueira.

Pernambucana, nascida em Serra Talhada, integrante de uma família grande – quatro irmãs, três irmãos, além do marido Hélio, da Anna Laura e dois gatos – Maria da Penha define que a família é tudo para ela. “Por isso, passo boa parte do meu tempo livre fazendo programas com eles”, diz.

Ansiosa e otimista, como ela mesma se define, Maria da Penha cita o filme “Um sonho de liberdade” como o seu preferido e revela uma escolha incomum para o seu time de futebol: o Íbis, considerado o pior time do mundo. “Assim, não sofro”, brinca.

Mas, mesmo quando o assunto é família, a Renova também ocupa importante espaço na vida da coordenadora. Afinal, para ela, a empresa é como uma extensão da sua casa. “A Renova é como uma continuidade de minha família. Aqui, do que mais gosto? Das pessoas que geram um bom clima de trabalho.”

Projeto para o futuro? Maria da Penha está terminando um novo curso de especialização, agora em Engenharia Geotécnica. RN

Programas em família, com a filha Anna e o marido Hélio

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Segurança

Uma nova atitude faz toda a diferença! Renova realiza a segunda Semana de Qualidade de Vida Entre os dias 3 e 7 de agosto, as unidades de Caetité, São Paulo e Salvador receberam a segunda Semana de Qualidade de Vida da Renova. Realizada pela área de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), com apoio e parceria das áreas de Comunicação Interna, Compras e Sustentabilidade. A ação teve como objetivo central promover a construção da cultura de segurança na empresa. É o que explica Mirele Oliveira, coordenadora de Segurança e Saúde Ocupacional: “É uma semana voltada para a conscientização e orientação dos colaboradores a assuntos pertinentes à segurança e saúde no trabalho. A ideia é reforçar a formação da cultura de segurança e proporcionar o levantamento do histórico de saúde física e mental de nossos colaboradores no decorrer de 12 meses”.

“Muito legal conscientizar as pessoas sobre alimentação, ergometria e nível de estresse.”

Com o tema “Recicle-se, Uma nova atitude faz toda a diferença”, a Semana de Qualidade de Vida contou com uma equipe especializada de profissionais da saúde. Ao longo da ação, foram realizados atendimentos aos colaboradores como a realização de medidas antropométricas (peso, altura e circunferência abdominal), medições de porcentagem de gordura corporal por meio de bioimpedância, aferição de pressão arterial, testes de glicemia e colesterol, orientação médica e nutricional, avaliação do nível de estresse, orientação ergonômica, além de promover a conscientização da doação de medula óssea e de sangue (veja box ao lado). Um dos indicadores do sucesso do evento e da participação maciça dos colaboradores foi a necessidade da abertura de uma nova data de testes em São Paulo, realizada no dia 21 de agosto.

“Achei muito legal a participação dos colaboradores de São Paulo nesta campanha. O pessoal fazia questão de ficar na fila para participar. Poucas vezes vi isso ocorrer na Renova. Além disso, achei as profissionais que realizaram os testes e nos orientaram muito atenciosas e competentes. Parabéns pela iniciativa.” “Parabéns por mais uma Semana de Segurança bem-sucedida. A equipe conseguiu encontrar um formato ainda melhor que o da primeira edição.”

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“Acho que a semana de qualidade de vida é importante pra maioria da empresa, pois noto que as pessoas têm muita dúvida sobre diversos assuntos. Acho importante a Renova trazer informação pra ‘dentro de casa’.”

Campanha de Conscientização para Doação de Sangue e para o Cadastro de Medula Óssea

Segundo Mirele, a Semana de Qualidade de Vida é fundamental, uma vez que atua de forma preventiva na preservação da saúde dos colaboradores. “Com as medições conseguimos propor medidas corretivas e preventivas para preservação da saúde e qualidade de vida dos nossos colaboradores, além de trazer informações para que eles possam tomar atitudes de mudança de hábitos”, explica. Esta é a segunda vez que a empresa realiza uma evento nestes moldes. Com a boa participação dos colaboradores, já está prevista uma próxima edição para janeiro de 2016. RN

Uma importante ação realizada ao longo da Semana de Qualidade de Vida foi a campanha de conscientização sobre o valor da Doação de Sangue e do Cadastro Nacional de Doadores de Medula Óssea para Transplantes. O objetivo era informar e conscientizar os colaboradores da Renova sobre a importância em realizar a doação de sangue e o cadastro de medula óssea para transplantes, além de tirar dúvidas e desmistificar possíveis medos em relação a essas doações, por meio de palestras. Segundo Patrícia Costa Lino de Góes Barbosa, coordenadora de Sustentabilidade, apesar de a empresa já ter realizado campanhas para doação de sangue, esta foi a primeira vez que incluiu o cadastro de doadores de medula óssea. “A proposta é que esta campanha entre no nosso calendário anual das ações de Sustentabilidade, para que consigamos um número cada vez maior de doadores”, reafirma. Além da campanha, a empresa realizou parcerias com instituições para encaminhar os colaboradores inscritos. Em São Paulo, com a Associação da Medula Óssea (Ameo); em Salvador e Caetité, com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia (Hemoba). “Como em Caetité não dispomos de um hemocentro na cidade, os colaboradores inscritos foram encaminhados até o centro mais próximo, que fica na cidade de Guanambi”, explica Patrícia.

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Especial

o v o n m u s a v o n , o p tem s e d a d i n u t r opo Conduzido ao longo dos últimos meses, o projeto Bond (título de dívida) envolveu praticamente todas as áreas da companhia e chegou a um desfecho bem-sucedido, com a venda de ativos e a entrada da SunEdison no bloco acionário da Renova. Afim de conhecer detalhes dessa negociação, as etapas envolvidas e, sobretudo, o impacto da operação nos negócios, tanto para a empresa quanto para o dia a dia dos colaboradores, o Renova News conversou com Rafael Osório Dantas, gerente de Finanças Corporativas, que participou de perto de todo esse processo. Confira nesta e nas próximas páginas todos os detalhes da operação Bond, que marca um novo tempo na história da Renova. 6


Poderia nos dar um resumo do que é a “operação Bond”? O projeto teve início no final do ano passado, quando, em uma reunião entre o Mathias e o Ahmad, CEO da SunEdison, sobre alguns pontos da joint-venture de solar que as duas empresas têm, foi levantada a possibilidade de estendermos a parceria para algo bem maior. Na ocasião, três eventos estavam acontecendo e contribuíram bastante para a parceria firmada: a Light vendendo sua participação na Renova; a Renova interessada em um novo modelo de negócios, o YieldCo; e a SunEdison criando sua segunda YieldCo, a Terraform Global, dedicada aos mercados emergentes.

O que são YieldCo? YieldCo são empresas de geração de energia que pagam um dividendo crescente por ação. Basicamente, essas empresas só possuem ativos de geração de energia em fase operacional e que compram esses projetos, já operacionais, das suas empresas “mãe” ou de terceiros, de maneira recorrente. Dessa forma, essas empresas possuem um baixo perfil de risco, pois detêm fluxo de caixa estável e previsível, não correm o risco de construção, e ainda contam com uma alta visibilidade dos novos projetos que vão comprar, uma vez que suas “mães” são influentes desenvolvedoras. O grande benefício dessa estruturação é o baixo custo de capital que os investidores exigem dessas empresas, tornandoas assim muito competitivas. Aliás, a título de curiosidade, vale dizer que o próprio nome do projeto, Bond, foi extraído de uma “definição” desse novo modelo de negócio: “YieldCo é uma ação negociada a um custo de dívida (os chamados Bonds)”, normalmente mais barato que o capital de acionistas.

Mas, voltando à negociação... Então, nesse ambiente favorável, ficou claro que a melhor opção para a Renova seria a SunEdison comprar a participação da Light e se tornar acionista da Renova, com a Renova passando a ser a plataforma de desenvolvimento de ativos no Brasil para a Terraform Global. Foi aí que começaram todas as dificuldades da estruturação desse projeto, que tinha como objetivo final propiciar à Renova o acesso a capital competitivo, através da Terraform Global, que será listada no mercado de capitais americano, possibilitando uma reciclagem de capital de forma acelerada, contribuindo para um maior crescimento da companhia.

E o montante de capital levantado está dentro do que era a intenção inicial da Renova? No início das tratativas, depois de estarmos todos imbuídos do novo modelo de negócio, tínhamos que saber se, de fato, o que tínhamos em mente funcionaria na prática e com os números reais. E mais: se funcionaria para o mercado brasileiro. As YieldCos e os projetos comprados por elas, até então desenvolvidas para o mercado americano, tinham que ser “tropicalizados”. Foi aí que tivemos diversas rodadas de negociações e o entendimento da melhor maneira de desenhar o novo Plano de Negócios da companhia, de forma a maximizar o valor a ser percebido pelos novos acionistas e pela Terraform. Ao final, chegamos em uma precificação bastante satisfatória, dentro das nossas expectativas (que, diga-se de passagem, são sempre bem altas, rsrs) e entendendo que todo o valor que poderia eventualmente ser capturado por ambas as partes tinha sido realmente percebido por todos.

Quais as etapas envolvidas? Como todo bom casamento, esse começou com um belo namoro, rsrs. Tivemos as fases iniciais nas quais o principal driver era seduzir a noiva, algumas reuniões para convencê-los dos potenciais do mercado de renováveis brasileiro e, ainda mais do que isso, mostrar como a Renova estava preparada para ser o braço de desenvolvimento da SunEdison aqui. Após essa etapa de convencimento, começou a dura conversa de precificação dos ativos. Era necessário fazer uma reformulação do nosso Plano de Negócios. Verdades até então incontestáveis começaram a “cair por terra”. Uma delas foi a de que, para o negócio ficar de pé, teríamos que pagar antecipadamente todas as dívidas dos projetos com o BNDES, no momento em que fizéssemos a venda 7


Especial

de cada ativo para a Terraform Global. Tivemos algumas rodadas de “valuation” em que aprendemos a analisar o ativo da maneira que eles avaliam. Passou a reinar ai o famoso CAFD, que, a partir de agora, acredito que passará a fazer parte da nossa vida na Renova. Ainda em uma analogia com o relacionamento, diria que essa deve ter sido a fase do orçamento para a festa de casamento. Chegando num acordo em relação ao valor dos ativos, restava ainda a elaboração dos documentos da transação, momento em que outra maratona se iniciava. Sem dúvida, deve ter sido bem similar a uma discussão de acordo pré-nupcial, rsrs. Nesse momento, todos os detalhes aparecem, é uma dificuldade prever em um contrato todas as possibilidades do futuro. E, claro, nessas discussões sempre se retornava para a questão da precificação, tornando as discussões ainda mais complexas. Mas, com certeza, depois dessas etapas superadas, a expectativa agora é ver pela frente um próspero casamento!

Quantas pessoas e quais as áreas envolvidas nesse projeto? O trabalho exigiu um envolvimento expressivo de diversas áreas da companhia. Na linha de frente, sempre contamos com Mathias, Pedro e Assaf liderando o processo. As discussões iniciais podem ser divididas em duas etapas: nosso entendimento sobre YieldCo e as possibilidades do mercado brasileiro para energias renováveis, com um amplo suporte de RI e Planejamento Estratégico. Na sequência, entrou um trabalho forte da área de Finanças Corporativas no novo desenho para a companhia, visando otimizar a precificação dos nossos ativos. Logo em seguida tivemos a etapa da due diligence, na qual, de fato, acredito que todas as áreas, e arrisco a dizer, sem exceção, foram envolvidas. Nesse momento, sob a coordenação da equipe de RI, todas as

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áreas tiveram que, de alguma maneira, providenciar material de suporte ou até mesmo participar de reuniões com a equipe da SunEdison, para esclarecer acerca de questionamentos sobre os ativos que eles estavam adquirindo. Foi uma carga de trabalho intensa para a execução de uma due diligence em tempo muito curto, pois a SunEdison tinha datas específicas para atender às demandas da SEC (Securities and Exchange Comission), que é uma Comissão de Valores Mobiliários oficial dos Estados Unidos, responsável por regular o mercado de ações. Terminada a due diligence, partimos para a elaboração dos documentos finais, que, por sua vez, contou com a participação maciça da equipe do Jurídico. Para conseguirmos atender a nossos ritos de governança e às demandas da SunEdison com a SEC, separamos a operação em duas fases. Primeiro foi a venda dos três ativos, Salvador, Bahia e ESPRA; e, na segunda fase, a venda dos demais ativos juntamente com a venda da participação da Light.

A Renova também teve que realizar uma diligência “ao redor do mundo” para avaliação dos ativos da TerraForm? Isso mesmo, a operação envolve o recebimento de ações da Terraform Global como parte do pagamento pela venda dos nossos ativos. Assim, foi necessária a realização de uma avaliação dos ativos que vão compor o portfólio dessa empresa, para saber se são, de fato, bons. A “dificuldade” é que esses ativos estão localizados nas mais diversas regiões do globo. Assim, o Alexandre Machado ficou responsável pelas visitas técnicas, tendo que viajar em um curtíssimo período de tempo para países como Índia, China e Peru. Com o auxílio de uma equipe de assessores, ele foi responsável por avaliar todos os ativos e dar o veredicto sobre a qualidade de cada um, viabilizando o recebimento de ações da Terraform como forma de pagamento, o que julgamos ser uma possiblidade muito boa para nós.

Efetivadas todas essas etapas, como ficou a formatação final da operação? Com toda a estruturação concluída, podemos dizer que mudamos nosso modelo de negócio. A partir de agora, vamos construir nossos projetos objetivando a venda tão logo eles entrem em operação. O que antes demoraríamos em torno de 35 anos para ter o retorno do investimento, vamos antecipar para algo em torno de 3 a 5 anos. Tal antecipação possibilita um crescimento acelerado da companhia, uma vez que teremos mais disponibilidade de recursos para investir na construção de mais parques. Como comentamos, outra novidade é o fato de parte dos recebimentos pela venda dos nossos ativos ser feita com ações da Terraform Global, fazendo com que a Renova, ao deter ações da Terraform, ainda mantenha indiretamente um portfólio de projetos em operação. Porém, com um benefício, se comparado ao que tínhamos antes: os projetos estarão geograficamente diversificados, minimizando riscos inerentes a um


país específico. Também vale a pena pontuar o compromisso existente para desenvolver um plano de negócios conjunto entre Renova e SunEdison para uma empresa de gestão de ativos / prestação de serviços de O&M, mantendo como nossa responsabilidade a operação dos ativos aqui no Brasil. Além disso, é importante mencionar o alinhamento de interesses que passam a existir, uma vez que a SunEdison estará no nosso bloco de controle. Ou seja, ela é parte interessada para que a Renova seja rentável e sustentável no desenvolvimento de projetos, possibilitando a transferência constante de novos projetos para a Terraform Global.

E como isso tudo deve impactar, de forma mais direta, no dia a dia dos colaboradores? Acredito que, na essência, ainda continuaremos desenvolvendo as mesmas atividades que antes. Com ambições maiores, teremos que continuar com o desenvolvimento de projetos, visando garantir cada vez mais projetos vencedores. Estaremos cada vez mais focados na Implantação, asseverando que a execução saia dentro do previsto e que propicie o retorno exigido com as vendas dos ativos. E como maneira de assegurar a rentabilidade e criar outra nova fonte de renda para a Renova, teremos a responsabilidade de operar os ativos através da Renova Serviços. Dessa forma, entendo que continuaremos atuando em todas as fases de um projeto, mesmo que agora com propósitos pouco diferentes dos anteriores.

Como fica o bloco acionário da Renova? Nosso bloco de controle agora passa a contar com a SunEdison no lugar da Light. Essa mudança é positiva, uma vez que

trazemos um pouco mais de diversidade para as decisões tomadas. Tínhamos antes a Light, que era controlada pela Cemig, o que gerava na prática uma unidade de posicionamento com a Cemig. Mas, mesmo com essa mudança, o atual Acordo de Acionistas é preservado, mantendo as políticas de governança atualmente já empregadas e a necessidade de unanimidade nas decisões tomadas.

A entrada de um “acionista internacional” deve provocar mudanças à cultura organizacional? Em relação à cultura organizacional, posso dizer que, ao longo das minhas interações com a SunEdison e Terraform, foi interessante notar que nossas empresas são bem parecidas. Acho até que isso foi um fator importante para a relação. Para citar algumas características que entendo serem parte de nossa cultura e que pude observar entre eles foi um ambiente informal e alegre, com pouca burocracia, profissionais voltados para o resultado e relatos positivos de como a meritocracia funcionava por lá.

Tendo acompanhado tão de perto todo esse processo, que mensagem daria aos colegas da Renova? Acredito que essa operação põe mais uma vez a Renova na vanguarda do setor de renováveis, porém agora em nível mundial. Estamos entrando para o maior grupo de desenvolvedores de projetos de renováveis no mundo e seremos parte relevante de uma yieldco. Na verdade, a primeira dedicada para mercados emergentes. Para se ter ideia de quão novo esse assunto é, pode se dizer que as yieldcos mais velhas não têm mais de dois anos de existência. Todo esse movimento traz consigo a tão falada mudança no nosso modelo de negócios que, a meu ver, traz a oportunidade para buscarmos um crescimento ainda mais robusto, acelerado e de maneira sustentável, impactando diretamente o nosso futuro com diversas possibilidades que vão surgir a partir dessa nova fase. RN

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Gestão

Mais conhecimento Área de Sistemas realiza Plano de Treinamento para toda a empresa, levando desenvolvimento profissional aos colaboradores

Que a tecnologia é uma grande aliada das empresas, isso não é novidade. Afinal, cada vez mais as organizações, por meio de seus sistemas, possuem bases de dados integradas e únicas, permitindo tomadas de decisões mais rápidas e eficientes. E é por isso que a Renova possui sistemas que são instrumentos fundamentais para a gestão, auxiliando na correta aplicação das políticas e processos de cada área da empresa. Entretanto, para que estes sistemas possam ter seus recursos utilizados em toda a sua totalidade, é fundamental que a equipe de colaboradores conheça sua capacidade profundamente e possa utilizá-lo da forma mais eficiente possível. Foi pensando nisso que a área de TI Sistemas criou um Plano de Treinamento, elaborado com o objetivo de capacitar os colaboradores a executarem com excelência suas atividades. “Percebemos que, além de dúvidas quanto à utilização do sistema, também existia muito desconhecimento em relação às políticas e processos operacionais. Com o Plano de Treinamento, conseguimos sanar estas dúvidas e melhorar, a cada rodada de cursos, o conhecimento da equipe sobre o sistema. Foram desenvolvidas parcerias com outras áreas, como por exemplo, a área de Compras que participa dos treinamentos no módulo de compras e gestão de contratos esclarecendo dúvidas sobre as Políticas, fortalecendo o desenvolvimento profissional de todos os colaboradores”, explica Wilson Martins Junior, coordenador de TI Sistemas.

de colaboradores de cada área da empresa, os chamados Key Users. Aliás, por falar em Key Users, esta foi outra novidade implantada pela equipe de Sistemas: foram escolhidos usuários-chave em cada área. O objetivo é que este profissional seja capacitado no sistema e possa ser um multiplicador de conhecimento. “Os Key Users são os pontos focais para receber e transmitir aos colaboradores de sua própria área o conhecimento, obtido nos treinamentos, sobre sistemas, políticas e processos operacionais”, reforça Wilson. Hoje, na Renova, há 66 key users, nomeados pelos gestores de cada área com participação obrigatória nos treinamentos.

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Key Users O Plano de Treinamento consiste em cursos de um dia, realizados aproximadamente a cada três meses em todas as unidades da Renova, com a participação

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72% Equipe de São Paulo


Confira algumas deCLARAÇÕES sobre os Treinamentos:_ “O curso dá uma visão de todo o processo dos módulos de compras e utilização do Protheus.” Equipe de Salvador

Calendário e conteúdo Neste ano, já foram realizadas duas rodadas de treinamentos, nos meses de março e junho, e outras duas estão previstas, em setembro e novembro, conforme calendário e conteúdo disponível na intranet. O conteúdo tem foco em compras, gestão de contratos, processos financeiros, contábil, fiscal, ativo fixo e faturamento. Para 2016, já está prevista a entrada de novos cursos no ERP Protheus e também para o sistema que vem sendo implementado na empresa: o Clarity. No início do segundo semestre de 2014, já percebemos importantes resultados trazidos pelo Plano de Treinamento. “Ainda no ano passado, após a realização dos treinamentos, conseguimos uma redução geral da ordem de 40% no volume de chamados do primeiro semestre em comparação com o segundo. Além disso, tivemos uma queda de aproximadamente 15% nas operações efetuadas incorretamente”. Para 2015, os índices também vêm apresentando melhoras e os próprios treinamentos passam por um processo de evolução. “Como o plano é montado para as nossas necessidades, a cada feedback que recebemos, vamos aprimorando os cursos e tornando-os mais úteis e interessantes para o nosso público”. RN

Thiago Sampaio, Salvador – Gerência de Projetos UMB/JACOBINA

“Permite total aplicabilidade no dia a dia e tem muita clareza no esclarecimento de dúvidas.” Lívia Rodrigues, São Paulo – Gerência de Assuntos Regulatórios

“Em cada dia de treinamento sempre aprendo algo mais, acho ótimo.” Regiane Ferreira, São Paulo – Tecnologia de Medições

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Aborígene Dia desses, voltei para casa depois de uma reunião sobre o caixa com a cabeça cheia de minhocas, preocupações, ideias, propostas etc. Eu ainda nem tinha terminado de traduzir parte do discurso da turma da “Corte Portuguesa” da Renova para digerir e entender melhor o assunto, quando minha filha falou que tinha um trabalho da escola para fazer com o tema:

Seca ou Estiagem? Sai do Google tradutor e fui ajudar minha pequena. Expliquei a ela que, durante toda minha vida nordestina, ouvi que a “seca” é um fenômeno natural, mas que as atividades humanas, como irrigação excessiva, o desmatamento (causador da erosão) desencadearam acontecimentos graves que afetam negativamente a capacidade da terra para capturar e reter a água. Também falei que a palavra “estiagem” só passei a ouvir aqui em São Paulo, referindo-se ao atual momento de crise hídrica vivido pelo Sudeste. E que eu achava que também era seca! Aí minha pequena me explicou que existe uma pequena diferença entre seca e estiagem: a estiagem é o fenômeno que ocorre num intervalo de tempo. Ou seja, a estiagem não é permanente; a seca é. Finalizamos o trabalho escolar e comecei a fazer uma analogia da situação hidrológica do Sudeste com a situação de caixa da Renova. O nosso caixa vive uma seca? Será que irrigamos nossos recursos para várias e simultâneas atividades, baixando, assim, nosso volume? Ou fomos excessivos no uso do caixa? (causando assim um desmatamento do mesmo e as erosões... os buracos que estamos vendo no fluxo de caixa).

As Seletas

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E agora, entendendo a diferença entre seca e estiagem, acredito que o que vivemos aqui na Renova é uma “estiagem”, um fenômeno que está acontecendo neste intervalo de tempo (próximos meses), por diversos fatores – crise na política brasileira, corrupção dentro da maior empresa do País (Petrobrás), as incertezas dos investidores – que ajudaram a gerar uma crise econômica que avança em diversos setores, principalmente no setor de infraestrutura. E ainda, com um clima de insegurança instaurado, os bancos privados, que sofreram vários calotes, aumentaram suas taxas de juros, e o principal banco financiador, o BNDES, passou a ser muito mais criterioso, segurando a liberação de recursos. A maneira como vamos administrar esta situação é que nos dirá se iremos viver apenas a estiagem, ou se deixaremos a terra secar e teremos períodos de desertificação. Sabemos que não estamos sozinhos nessa, pois o mercado todo está vivendo situação similar. Sobreviverão a este fenômeno aqueles que se adaptarem melhor e se tornarem mais fortes com tudo isso. Por fim, não estamos nadando na piscina de moedas do Tio Patinhas, também não há um fim de mundo à vista. Mas, é verdade, estamos passando por tempos difíceis: tempos que requerem economia, racionamento e aumento de eficiência no uso dos recursos. Somos todos profissionais competentes e preparados para superar desafios como este. E, ao passar esta estiagem, estaremos juntos novamente, comemorando a conquista de mais um desafio. RN


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