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REPÓRTER DIÁRIO Ano 7. Nº 5. ABC, sexta-feira, 30 de março de 2012
Natureza chega ao telhado Cozinha se transformou em espaço para reunir os amigos e familiares
Cadeiras decorativas ou funcionais deixam o ambiente mais bonito
Telhado verde e ecoparede ganham mercado e unem sustentabilidade e bem-estar
Espaço do animal de estimação também requer praticidade e conforto
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Sexta-feira, 30 de março de 2012
Prateleiras remetem à organização e praticidade A
prateleira é um dos primeiros elementos na hora de planejar a organização e a praticidade da casa ou do escritório. Disponível numa infinidade de formatos no mercado, a peça também pode compor, e muito bem, a decoração do ambiente. O produto normalmente se diferencia pelo material e o tipo de fixação na parede. “O suporte de metal, chamado mão francesa ou com maneira invisível, usando a parte interna da própria prateleira, é a versão mais comum”, ensina a arquiteta e urbanista Luciana Machado. A dica é que em ambientes maiores seja priorizada a madeira, por garantir melhor visualização. “Esse material tem a tendência de ser mais presente visualmente”, explica a arquiteta e urbanista Anny Machado. Nos projetos com conceito minimalista o ideal são as prateleiras de vidro, pois são mais discretas e não poluem o ambiente. Independente do local onde a prateleira será fixada, a principal vantagem a peça é garantir praticidade na organização e ter os objetos mais usados sempre por perto. “Ela tem função estética a partir do momento em que recebe objetos de arte ou porta-retratos”, ensina Luciana. Mas apesar de garantir praticidade, a prateleira não é indicada para cozinha, porque pode acumular gordura. Já no banheiro, cai bem para colocação de artigos de higiene, ou dentro do box, para dar suporte ao sabonete e xampu, e no quarto das crianças para organização de brinquedos e livros. Outro espaço interessante é o quarto do bebê, onde pode ajudar as mamães na organização de produtos da criança.
Nichos - Se o conceito do ambiente permitir, os nichos - espaços quadrados ou retangulares podem fazer a vez da prateleira. Bem planejados e organizados, deixam o ambiente com ar de moderno. “Os nichos são mais charmosos e ajudam a valorizar o ambiente”, diz a arquiteta Maria Cristina Tonelotti. Como normalmente os objetos instalados na prateleira são tirados do lugar muitas vezes, o desgaste do material pode ser acelerado. Para evitar que isso ocorra, Luciana indica o revestimento com fórmica para prateleiras feitas de madeira. “Isso a tornará mais resistente”, aconselha. Além disso, o local de instalação também merece atenção. É fundamental pensar em três importantes fatores: se não irá atrapalhar a circulação, se ninguém corre o risco de bater as mãos ou a cabeça ao passar por perto e se ficará em local de fácil acesso.
CONTATOS Luciana Machado e Anny Machado Telefone: 3515-2995 luciana@espacoarquitetos.com.br anny@espacoarquitetos.com.br Maria Cristina Tonelotti Telefone: 9974-6272 mctdesigner@yahoo.com.br Se o conceito do ambiente permitir, os nichos - espaços quadrados ou retangulares - podem exercer a função de prateleira
Rua Álvares de Azevedo, 210 Centro – Santo André Tels.: 4427-7800 / 4436-3965 www.reporterdiario.com.br Jornalistas responsáveis: Airton Resende e Maria do Socorro Diogo Textos: Aline Bosio, Luisa Peliello, Nathália Blanco e Tiago Oliveira. Diagramação: Flória Napoli. Projeto gráfico: Rubens Justo. Fotos: Marciel Peres, Nathália Blanco, Aline Bosio e Divulgação Comercial: Claudia Plaza e Célia Siqueira Suporte operacional: Pedro Diogo Administrativo: Rita de Cássia B. da Silva
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Vegetação chega ao telhado A
busca pela sustentabilidade e qualidade de vida subiu no telhado. Mais comum na Europa, o telhado verde, também conhecido como ecotelhado ou cobertura verde, chega com força no Brasil e traz como apelos a estética e o meio ambiente. O tipo de cobertura vegetal, que pode ser formada por grama ou planta, cai bem em coberturas de prédio ou sobre telhados convencionais, como o de telha cerâmica. Normalmente é composta por conjunto formado por telha vegetada e subtelhado, que pode ser de telha de fibrocimento, metálica, laje de concreto impermeabilizada e até mesmo telha de cerâmica. A impermeabilização constituída pela telha isola o interior do ambiente da umidade, enquanto a telha vegetada, que vai sobreposta ao subtelhado, serve como base para a vegetação. João Manuel Feijó, diretor da empresa Ecotelhado, uma das pioneiras do sistema no País, conta que os principais benefícios do telhado verde são o aumento da biodiversidade e a melhora da qualidade do ar. “A evaporação da água que fica armazenada no local também refresca o ambiente, melhorando o clima ao redor do imóvel”, afirma o executivo. SUSTENTABILIDADE - O telhado verde contribui, ainda, para a retenção da água de chuva. “Em grandes centros urbanos, onde praticamente tudo está impermeabilizado, é cada vez mais comum a instalação do telhado verde, porque ajuda a evitar enchentes ao reter a água da chuva ao invés desta ir direto para bueiros e rios”, diz Feijó, ao afirmar que este setor cresce cerca de 50% ao ano no Brasil. Quanto às vantagens da novidade para o
imóvel, destaque para o conforto térmico e acústico promovidos aos ambientes. Além disso, muitos dos materiais utilizados para a construção do telhado verde são derivados de recicláveis. Para quem se aventurar, o preço da instalação varia de acordo com o tamanho do local de cobertura, a versão escolhida e o sistema utilizado. O preço do metro quadrado pode partir de R$ 100 e a manutenção, segundo o diretor da Ecotelhado, é simples. “Não há necessidade de ficar cortando grama, por exemplo. A vegetação colocada no local é de fácil ou praticamente nenhuma manutenção”, ensina.
Parede verde transmite aconchego
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vegetação também começou a tomar conta das paredes. O jardim vertical, ou parede verde, pode ser instalado em ambientes internos ou externos. “Este tipo de jardim na parede é responsável por deixar o ambiente mais aconchegante. Dá outra vida ao ambiente, principalmente para locais onde não há espaço para ter um jardim convencional”, explica a designer Claudia Dias. Mas a arquiteta e paisagista Carmen Cristina Bosso, da Fórmula Verde, em Mauá, destaca que para ambientes internos é necessário planejamento. “É preciso haver um espaço para a água escoar, uma vez que a irrigação deve ser constante”, adverte. Dependendo do sistema utilizado, a irrigação pode ser automatizada para facilitar o trabalho.
Assim como o telhado, a parede verde possui diferentes sistemas de montagem (vasos de plástico no formato meia lua, placas de fibra de coco ou suportes vazados), mas é o tipo de planta que determina o preço. Orquídeas e bromélias são as mais comuns. “Planta com flor exige ambiente com boa iluminação e o onde há sombra constante o indicado é a samambaia”, ressalta Carmen.
CONTATOS Ecotelhado www.ecotelhado.com.br Claudia Dias Telefone: 4427-8353 Carmen Cristina Bosso fv.paisagismo@gmail.com Telefone: 4555-1603
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Espaço é para toda família
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Cozinha, doce cozinha Costume de jantar em casa e cozinhar para os amigos transformou o espaço em lugar de reunião
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ngana-se quem pensa que cozinha integrada e americana são a mesma coisa. As duas versões são completamente diferentes e oferecem recursos também distintos. Enquanto a cozinha americana é separada do resto da casa na maioria das vezes por balcão, a outra se caracteriza pela integração à sala de jantar e até à sala de estar, como se fosse um único cômodo. A cozinha americana evita o fácil acesso ao seu interior e é indicada para pequenos ambientes e famílias pouco numerosas. O designer de interiores Natanael Felipe explica que o formato
é inspirado no modo de vida dos norteamericanos, que não costumam preparar tantas refeições e não utilizam com frequência os utensílios da cozinha. “Americano usa o freezer e o micro-ondas para comida congelada, não precisa de muita coisa”, diz. Mas a designer Marisa Garcia ressalta que o formato de cozinha americana está ultrapassado. A evolução do pequeno cômodo e com poucos equipamentos é a cozinha integrada, cada vez mais preferida pelas famílias, principalmente entre aquelas com adeptos da arte de cozinhar.
crescente hábito de receber amigos e familiares em casa tem contribuído para o aumento da preferência pela cozinha integrada. Mas Natanael Felipe ensina que a versão é para casas com amplo espaço. “Preparar um prato numa cozinha integrada é como estar no espaço da ‘nona’ no domingo, todos que estão no local conversam com quem está na sala ou na mesa de jantar”, exemplifica. Marisa Garcia comenta que, atualmente, a cozinha é um dos principais cômodos da residência. “Hoje este espaço não serve apenas para cozinhar e isolar o cozinheiro. Virou cômodo para decorar, com eletrodomésticos bonitos, cores diferenciadas e estilo retrô, e unir a família”, afirma. Assim é cada vez mais comum encontrar eletrodomésticos e utensílios diferenciados e com adornos.
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Área gourmet garante sofisticação
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integração da cozinha não precisa ser só com a sala de jantar ou de estar. Segundo Marisa Garcia, a sacada com fogão ou churrasqueira ganhou status de espaço gourmet. “A integração com a sacada transforma a cozinha em espaço muito mais sofisticado, grande e integrado”, comenta. A decoração da cozinha integrada pode ser feita de diferentes formas. Se a integração transformar a cozinha num cômodo, todos os elementos devem estar em harmonia no espaço. Porém, nada impede que a cozinha integrada seja diferente do resto da casa. Outra dica é que, independentemente de como a integração seja feita (americana ou integrada), os elementos da cozinha devem estar em harmonia com o que está ao redor. “Se houver visão para a sala de estar, mesmo fora do cômodo, os dois devem seguir o padrão para o ambiente não ficar poluído”, diz Felipe.
CONTATO Natanael Felipe nfstudio@hotmail.com
Frituras - O designer de interiores explica que, como normalmente a cozinha americana é pequena, é
Marisa Garcia Telefone: 4368-3894 www.marisagarcia.com.br
praticamente inevitável não deixar odor de fritura em outros cômodos da casa. A instalação de coifa pode resolver problema. “Como a cozinha integrada é, normalmente, um ambiente maior, o equipamento de boa sucção elimina o cheiro”, diz Marisa.
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Pet Home aproxima dono do animal de estimação Proposta é concentrar tudo
do bicho no mesmo local, sem abrir mão da praticidade e elegância
Objetos ajudam na decoração
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achorros e gatos ganham cada vez mais espaço na vida do ser humano. Por isso, a dica é ter um ambiente dedicado: moderno, prático, eficiente e aconchegante. Feito para o dono cuidar, conviver e guardar os pertences do bicho de estimação. Responsável pela criação e decoração do espaço Pet Home, na Mostra de Design de Interiores Polo Design Show, em 2010, a arquiteta Elaine Benedetti desenvolveu projeto inspirado na falta de espaços para bichos nas exposições. “Só existem projetos para salas, quartos de casal e crianças, senti que faltava planejar um ambiente específico para animais”, declara. A proposta é concentrar tudo o que é preciso para atender as necessidades do animal, sem abrir mão da praticidade e elegância. Espaço para as necessidades fisiológicas, banho, armazenamento de comida, roupas, coleiras e todos os pertences dos pets; itens que não podem faltar na hora de montar um ‘quarto’ para os bichos domésticos. A ideia é organizar tudo. Separar um lugar para cada objeto. “Isso também ajuda no adestramento do cão, pois o animal aprenderá onde está cada coisa e, consequentemente, fará menos bagunça”, explica.
Elaine conta que o pet home pode ser montado em casa ou apartamento. “Criar um espaço assim é igual a criar qualquer outro projeto arquitetônico. Independentemente do tamanho, é preciso olhar, criar e planejar”, diz. Na hora de escolher os materiais a serem usados no piso, na parede e até mesmo dos móveis, a recomendação é que todos possam ser lavados e higienizados. “O espaço que projetei recebeu pintura com tinta acrílica, piso em porcelanato e armários de madeira laqueada”, revela Elaine.
Para compor a decoração, a administradora de empresas Nilza Reple, da Focinho Dourado, distribuidora de produtos pets, dá opções de objetos caninos e felinos, como camas, arranhadores e coleiras. Entre as novidades do mercado estão almofadas de veludo de vários tamanhos e diferentes estampas, que além de servirem de cama ajudam na decoração. “Esses almofadões são muito bonitos e fáceis de lavar, e possuem o tamanho GG, versão esquecida pelo mercado”, diz. Nilza também indica arranhadores para felinos, que vão dos mais simples, de sisal e carpete, e até os com aplicações de plush (material parecido com camurça). “O arranhador é brinquedo e também local de descanso para os gatos”, explica Nilza. CONTATOS: Elaine Benedetti Telefone: 4229-5288 ecbarquitetura@uol.com.br Focinho Dourado Telefone: 2311-0495 www.focinhodourado.com.br
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Imóvel com face para o Sul é convite para mofo
Impermeabilizar a parte da estrutura do imóvel que fica em contato com o terreno ajuda a evitar mofo e bolhas
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udo começa com uma pequena mancha. Com o tempo as marcas e bolhas se espalham pelas paredes e teto. É só uma questão de tempo para o mofo virar eterna dor de cabeça para o proprietário do imóvel. A umidade é a principal causa e a dica para evitar o aparecimento do problema é garantir boa ventilação no local. “O máximo de ventilação ajuda, o ideal é não permitir que a umidade tome conta do espaço. Se for uma área onde bate sol, vai ser difícil aparecer o mofo”, explica o professor de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Luiz Sérgio Coelho. Cuidados na hora da construção da residência também ajudam. Uma recomendação é impermeabilizar a parte da estrutura do imóvel que ficaria em contato com o terreno, o que ajuda a evitar mofo no rodapé. Em alguns locais, no entanto, nem mesmo a ventilação eficiente é capaz de evitar o surgimento do mofo. É o caso de residências que têm a face voltada para o Sul, recebem poucos raios solares e, consequentemente, têm mais chance de acumular umidade. Neste caso, o máximo a fazer é adiar o surgimento do problema.
“Não tem como acabar com o mofo se é uma estrutura de face Sul”, afirma o professor de Engenharia Civil, Luiz Sérgio Coelho. “A umidade interna, que não tem como secar, vai mofar”, explica. Limpeza - A especialista em organização Adriana Saade explica algumas ações que podem minimizar o problema. “Como o mofo já está instalado, uma das opções é usar uma escova grossa com água sanitária. O ideal é fazer uma mistura de duas partes do produto para uma de água, passar essa escova no local afetado pelo problema e depois um paninho em cima”, afirma. O professor da FEI aponta outras opções para tentar combater o mofo. “Pegue bucha, detergente e um pouco de água sanitária, depois pegue uma escovinha e esfregue bem, até tirar tudo. Ligue um ventilador bem forte no lugar para secar”, explica. “Não vai resolver o problema de vez, mas pelo menos tira a má impressão inicial”, pondera. Luiz Sérgio Coelho aponta ainda outra medida que pode minimizar o mofo em rodapés. “É possível fazer impermeabilização por cristalização. São feitos diversos buracos na parede e depois se aplica um aditivo, o que resolve por um período”, explica.
Pedra de cânfora e vinagre são paliativos Paredes e tetos não são as únicas vítimas do mofo. O excesso de umidade também pode fazer com que o problema apareça nas roupas. A dica de ventilação também vale para os armários. A recomendação é que pelo menos uma vez por semana as portas do armário fiquem abertas para que o ar circule no interior do móvel. Ao chegar em casa, roupas e sapatos não devem ser guardados imediatamente. O ideal é que as peças fiquem de duas a três horas
fora do armário para evitar acúmulo de umidade. A especialista em organização Adriana Saade dá outra dica. “Uma coisa que funciona muito é pedra de cânfora, que absorve a umidade. Você pode colocar seis ou oito pastilhas dentro do guarda-roupa”, explica Adriana. Se o mofo aparecer no armário, a dica é colocar vinagre para ferver e deixar a chaleira dentro do guarda-roupa por alguns minutos. O vapor ajuda a minimizar o problema.