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Dezembro/2013


Editorial

Dezembro/2013

Jornalistas e editores responsáveis: Airton Resende - Mtb 16.372 airton@reporterdiario.com.br Maria do Socorro Diogo - Mtb 16.283 msdiogo@reporterdiario.com.br Reportagem: Cíntia Alves cintia@reporterdiario.com.br Iara Voros iara@reporterdiario.com.br Leandro Amaral leandroamaral.jornalista@gmail.com Ligia Berto ligia@reporterdiario.com.br Luan Siqueira luan@reporterdiario.com.br

Ciclo de Palestras promovido pelo RD na USCS discutiu a temática da mobilidade

É preciso executar A pauta da mobilidade urbana já virou discurso de uma tecla só. De um lado, o usuário reforça as reclamações do cotidiano do transporte público: ônibus lotado, passagem cara e lentidão no ir e vir. Por outro lado, os gestores municipais e os diálogos regionais dizem saber do diagnóstico, mas não têm a receita para uma resolução imediata. E nem a médio prazo. Qualquer ação mais impactante é para longo prazo. Um meio termo encontrado para abreviar a problemática foi pinçado pelo poder público: tentar reduzir o viário dos veículos particulares a ponto de seduzir o usuário ao coletivo. Vai dar certo? Só o tempo vai dizer. Em Santo André, por exemplo, a experiência teve início já no final de 2013. É uma forma de minimizar os impactos de uma equação que atormenta o poder público e o usuário: como dar mais fluidez no trânsito, sem prejudicar a produção de automóveis e, paralelamente, instigar a população a ingressar nos meios coletivos? O RD como ponte entre o cidadão e os agentes responsáveis pelas decisões das

cidades deu a sua contribuição ao promover o Ciclo de Palestras RD Ideias com a temática da mobilidade. Mais uma vez ficou claro, ao trazer à discussão gestores, especialista e usuários, que a solução parece algo intangível. Porém, nós, enquanto formadores de opinião e a sociedade, como principal beneficiária – ou prejudicada – do transporte coletivo, precisamos unir forças e cobrar sempre as autoridades responsáveis no intuito de estarem atentas ao triste cenário que tanto prejuízo causa a todos. Se ainda não existe a mágica para, no mínimo, conter o caos, sabemos que a inércia, sem dúvida, só contribuirá para o agravamento do problema. Por isso, é preciso avançar na discussão, avançar no debate e, principalmente, avançar na execução desde pequenas ações, como sincronização semafórica, campanha e estrutura para estimular o uso de bicicletas até grandes intervenções, como a chegada de outros modais a exemplo do monotrilho no ABC. Esse nó não pode continuar como está.

Diagramação: Flória Napoli Projeto gráfico: Rubens Justo Fotos: Banco de Dados RD, Rodrigo Lima, Evandro Oliveira, Forlan Magalhães, Marcos Luiz, Nilson Suguino e Divulgação. Capa: Rodrigo Lima Departamento Comercial: Claudia Polimeni comercial@reporterdiario.com.br Tecnologia: André Resende resende@gmail.com Suporte: Pedro Diogo Endereço: Rua Álvares de Azevedo, 210 Conjuntos 41/42 - Centro Santo André - SP - CEP 09020-140 Tels.: 11 4436-3965 - 4427-7800 Internet: www.reporterdiario.com.br www.twitter .com/reporterdiario É proibida a reprodução do conteúdo sem prévia autorização por escrito dos editores. A Revista RD Ideias não se responsabiliza pelos conceitos e informações emitidos nos artigos de terceiros.

Tiragem auditada por:

Airton Resende Diretor do Jornal Repórter Diário

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Indice

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EDITORIAL - É preciso executar. ARTIGO - Saúde conceito no novo HC-SBC Maurício Mindrisz. ENTREVISTA - Alexandre Padilha diz que o ABC terá 90 médicos estrangeiros até março.

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RADAR - Políticos no banco dos reus.

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MAUÁ - 2014 é ano de melhorias na área do transporte urbano na cidade, promete Doniste Braga.

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MOBILIDADE - Gestores colocam mobilidade como desafio. Mauá tem o maior bicicletário da América Latina.

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DIADEMA - Município faz 54 anos e elege a água como a principal marca do governo Lauro Michels.

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CIDADES - Santo André aposta na fluidez do trânsito com a instalação de 13 corredores de ônibus nas principais vias.

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PREVISÕES - 2014 é o ano das transformações. No horóscopo chinês é o ano do cavalo.

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SOCIAL - Rotary Norte comemora resultado financeiro da Festa Alemã patrocinada por 60 empresários.

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ARTIGO - A economia do ABC em 2014, com Leonel Tinoco Netto.

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ARTIGO - Por pra moer, hora do abono, com Cícero Martinha.

SAÚDE - HC deu novo fôlego para o ABC. Hospital de retaguarda é alternativa para completar a cobertura.

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Bicicletário em S.André é um dos vários da EMTU


Artigo

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Vista aérea da Fundação do ABC, mantenedora de vários hospitais, faculdade e outros equipamentos de saúde

Saúde conceito no novo HC-SBC É

motivo de orgulho para a Fundação do ABC fazer parte de projeto tão grandioso, com benefícios abrangentes a toda a população de São Bernardo do Campo. Particularmente, sinto-me honrado por estar na presidência da FUABC [Fundação do ABC] neste momento histórico, pelo qual poderei participar da inauguração do maior equipamento de saúde do ABCD: o Hospital de Clínicas Municipal José Alencar. Trata-se do principal projeto da Administração de São Maurício Mindrisz Bernardo, comandada por Luiz Marinho, para a área de é presidente da Saúde, que contará com tecnologia de ponta, integrada à Fundação do ABC, atenção aos pacientes e familiares, com funcionamento gestão 2012-2013 pautado na humanização do atendimento. Em parceria com a Prefeitura e com a Secretaria de Saúde de São Bernardo, dirigida pelo secretário Arthur Chioro, buscaremos oferecer excelência no campo da assistência, conforto aos usuários e condições adequadas de trabalho ao corpo clínico e a todos os colaboradores. Tenho certeza de que a conexão permanente entre ciência e sensibilidade colocarão o Hospital de Clínicas em posição de destaque, referência na prestação de serviços de saúde, no trabalho com foco na resolutividade e, principalmente, no cuidado mais próximo do doente e de seus familiares. Além da qualidade, o novo equipamento atenuará sobremaneira o déficit de leitos em São Bernardo,

principalmente em áreas importantes, como a Clínica Médica e a Neurocirurgia. Com três blocos e total de 293 leitos, o HC mudará a história da Saúde não só do município de São Bernardo, mas da região, do Estado e do País. Quando estiver em funcionamento pleno, terá capacidade para 10 mil consultas mensais, 1,5 mil internações e 1,5 mil cirurgias. Além disso, o Hospital de Clínicas Municipal José Alencar permitirá completar o ciclo de reformulações e adequações de serviços, tornando o sistema público de Saúde mais inteligente, prático e ágil para a população. Entre as novidades, o HMU (Hospital Municipal Universitário), com suporte do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), centralizará o atendimento à mulher são-bernardense, vocacionado à atenção à gestante e ao cuidado materno-infantil. Já o Hospital Anchieta será referência no combate ao câncer e também como hospital-geral. Por fim, teremos a construção do Hospital de Urgência e Emergência, com início das obras previsto já para 2014. O Hospital de Clínicas Municipal José Alencar não mudará a realidade somente do bairro Alvarenga, onde está instalado. Trará benefícios a todos os cidadãos, que passarão a contar com o conceito de unidade de primeiro mundo e com um sistema de saúde mais amplo, integrado e eficiente.

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Entrevista

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Alexandre Padilha afirma que o Mais Médicos é o seu grande legado

Programa Mais Médicos trará 90 estrangeiros ao ABC O

no jovem brasileiro que quer fazer medicina. Trabalhamos para termos mais vagas em cursos de medicina, mais vagas para formação de especialistas, mas não podemos esperar de 6 a 8 anos para a formação de um médico para atender a população. Então, nós adotamos essa política de atração de médicos estrangeiros. Não pode ser um tabu no Brasil, porque não é em outros lugares do mundo. Na Inglaterra, 40% dos médicos foram formados fora daquele país e nos EUA o índice é de 25%. Essa política de atração é para o atendimento não em clínicas particulares, mas de pessoas carentes da periferia. RD – Qual o resultado do programa até agora? Padilha - O Mais Médicos é um primeiro passo extremamente corajoso que vai provocar e exigir outras mudanças na área da saúde. Com a vinda destes médicos, vamos ter de ampliar os postos de saúde e equipá-los, como já fazemos no ABC. O programa trouxe novos hospitais, como o Hospital de Clínicas, em São Bernardo. Teremos serviços de radioterapia, que também será implantado no Mário Covas, em Santo André, além da reforma do Nardini, em Mauá. Daremos apoio aos hospitais filantrópicos e às Santa Casa com mais recursos do Ministério da Saúde. Estas unidades servirão de retaguarda para a região. Até a chegada dos médicos é iniciativa importante para organizar a estrutura e também ver quais os medicamentos e os exames que a população da região mais precisa. O Mi-

incentivo ao trabalho médico nas regiões mais pobres favorece a população que mais necessita do SUS, mas também pode turbinar os investimentos em outros locais, como o ABC. Este é o comentário que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez à RD Ideias em Revista ao fazer um balanço do Programa Mais Médicos lançado neste ano pelo governo federal. Atualmente o ABC possui 31 médicos estrangeiros e até março serão 90. Alexandre Padilha destaca que é possível sim pensar num curso de Medicina oferecido por uma universidade pública na região e que é preciso ocorrer a valorização dos profissionais da saúde. O ministro deixa transparecer seu objetivo eleitoral em 2014: ser o indicado do PT para a disputa do governo paulista contra a tentativa de reeleição do governador Geraldo Alckmin. Padilha deve ficar no comando do Ministério até janeiro, quando, segundo afirma, a presidente Dilma Rousseff fará a reforma ministerial e o deixará 100% focado na candidatura paulista. Acompanhe a entrevista e veja o que o Ministério planeja para o ABC. Repórter Diário – Por que atrair médicos estrangeiros para atuar no Brasil? Alexandre Padilha - O Brasil tem menos médicos do que Argentina, Portugal e Espanha. O Ministério da Saúde tem investido e quer investir mais no médico brasileiro e 6


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nistério da Saúde faz o registro dos médicos, o que vai agilizar a tramitação e o atendimento dos profissionais. Em todo o Estado de São Paulo temos até agora mais de 60 médicos estrangeiros, inclusive no ABC, em cidades como Rio Grande da Serra, Mauá e São Bernardo. RD – Quantos médicos já estão no ABC? Padilha – Temos até agora 31 médicos estrangeiros e teremos 90 até março de 2014. RD – O programa Mais Médicos resolve o problema da falta de médicos no País? Padilha - O Mais Médicos não vai resolver todos os problemas de médico do Brasil, mas é um passo muito importante e o mais corajoso para levar esses profissionais ao atendimento básico nos postos de saúde para milhões de brasileiros. Nós temos vários bairros do ABC com um equipamento de saúde, mas não tem médico para atender todos os dias. RD – Quais outras ações foram executadas para resolver as demandas da saúde? Padilha - O Ministério da Saúde criou um programa para reformar, ampliar e construir todas as unidades de saúde que o município precisa. Temos locais que possuem centros e equipamentos de saúde, mas os responsáveis ficam até com receio de terem medicações no local, pois não há médico no local e não querem que leigos façam uso ou indiquem o uso equivocado. Por isso, a presença do médico é decisiva até para a infraestrutura na saúde. Eu me formei na Unicamp, em São Paulo, e atuava no Hospital das Clínicas e nós [estudantes] decidimos montar um núcleo de saúde no meio da região Amazônica. Então eu tenho essa experiência pessoal de atuar nas regiões mais periféricas do País. Quando cheguei lá não tinha estrutura nenhuma. Mas com a presença dos médicos, novos investimentos foram feitos e novos recursos vieram até a região. RD – O Hospital de Clínicas, em São Bernardo, foi inaugurado, mas tem a demanda do Hospital São Caetano (de retaguarda). O Ministério vai dispor de recursos para isso também? Padilha - É uma prioridade do Ministério da Saúde e eu disse isso ao vereador Pio [Mielo, PT]. Quando nós definimos recursos para a urgência e emergência do ABC, nós já prevíamos e colocamos recursos para a criação de leitos de retaguarda. A pessoa tem a sua vida salva pelo SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]e UPA [Unidade de Pronto Atendimento] e fica dentro de um PS [pronto-socorro] esperando internação. O leito ficará de suporte ao PS para isso. O Ministério já colocou recursos, vamos dar duas vezes mais do que se paga pelo tratamento da tabela SUS para estimular essa abertura. Esse valor é do custeio. Desde 2011, todo leito que serve de retaguarda, nós pagamos o dobro da tabela. É estímulo de manutenção e custeio. RD – E o jovem que pretende seguir carreira médica, como tem sido tratado pelo governo? Padilha - Todo profissional médico que se formar poderá fazer uma especialidade médica, através da residência médica. Vai poder fazer pediatria, cirurgia, entre outras, porque nós precisamos formar muitos

médicos especialistas em nosso País. O Brasil precisa Ministro Padilha dar mais oportunidade aos jovens que desejam ser mé- aventa criação de dicos. Com o programa, abriremos mais faculdades de curso de medicina medicina no ABC e daremos mais oportunidades aos em universidade pública no ABC jovens daqui. Já existe uma norma dos ministérios da Saúde e da Educação na qual o governo financia todos os custos do curso de medicina. Se esse estudante, depois de formado médico, for atuar no SUS, onde mais precisamos dele, o trabalho vai quitar a dívida que ele fez com o Ministério da Saúde e com o MEC. Independente disso, ele ganhará seu salário do município ou do Estado. RD – Mas a mensalidade custa caro. Padilha - Primeiro devemos pensar em uma universidade pública. O ABC sonhou muito tempo em ter uma universidade pública como a do ABC. Por que não ter um curso de medicina em uma universidade pública da região? Por outro lado também queremos expandir o número de vagas nas particulares. RD – Existe um programa de valorização? Padilha - Esse programa [valorização] é uma opor 7


Entrevista

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tunidade de médicos receberem R$ 8 mil diretos do RD – Qual o legado que o senhor deixa ? Ministério da Saúde por mês, terem curso de especialiPadilha – O Mais Médicos que resgatou a essência zação, acompanhamento e supervisão da universidade do SUS. Não vem para resolver todos os problemas, e, se trabalharem durante 1 ano nos bairros mais pomas é um passo. Colocar a saúde das pessoas que mais bres do ABC e, forem bem avaliados, além precisam em primeiro lugar. Além de leda bolsa, esse médico ganha 10% da prova var médico, o programa reforça a mentaquando for prestar alguma especialida- “Estou convencido lidade de que a saúde não acontece só no de médica. Esse programa teve início em que o potencial hospital. É um médico que está disposto a 2012. Hoje são 4.714 médicos que particiouvir e dialogar antes de qualquer coisa. econômico pam desse programa. São 246 médicos no Outro item fundamental é a construção Estado, sete em Santo André. Temos invespaulista merece de uma indústria de inovação. Usamos o timentos que vão gerar até 2015 mais de de compra do Ministério para estialgo mais que os poder 35 mil postos de trabalho médico no SUS. mular investimentos que gerem emprego, 20 anos de RD – Qual avaliação das UPAs? pesquisa e conhecimento. O Brasil volta a Padilha - O grande diferencial para reproduzir insulina, entrou na última fronmesmice no duzir o tempo de espera são as UPAs, que teira dos novos medicamentos, muitos Estado” estão sendo criadas e estruturadas no dos quais custam R$ 15 a R$ 20 mil e que ABC. As UPAs ocuparão uma lacuna que agora são oferecidos pelo SUS. existe no SUS entre o posto de saúde e o atendimenRD – Falando das eleições do próximo ano, o seto de urgência no pronto-socorro. De cada 100 pesnhor acredita na vitória do PT na disputa paulista? soas que precisam ir ao pronto socorro, 97 resolvem Padilha - Estou convencido que o potencial econôseus problemas na UPA 24 horas. Com isso, ganha mico merece algo mais que os 20 anos de mesmice quem mora perto da UPA e ganha ainda mais a cidade no Estado. O Brasil conseguiu um novo espaço com inteira, porque reduz a fila no ps e, assim, conseguio presidente Lula e com a presidente Dilma Rousseff. mos acelerar o atendimento para toda população. Está na hora de o Estado de São Paulo fazer o mesmo.

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Radar

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Joaquim Barbosa fez pressão no Caso Mensaleiros

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Políticos no banco dos réus

política nacional em 2013 foi pautada pelo Judiciário. A discussão das grandes e aguardadas reformas ficou em segundo plano. A Justiça foi protagonista ao definir a prisão, em junho, do deputado federal Natan Donadon (ex-PMDB –RO). O deputado foi o primeiro parlamentar preso da História desde a promulgação da Constituição de 1988. Apesar de condenado pela Justiça, Donadon foi absolvido pelo corporativismo dos colegas de plenário que, em votação secreta, quiseram preservar o seu mandato. Na sequência, o Judiciário, mais precisamente o STF (Supremo Tribunal Federal), dirigido pelo ministro Joaquim Barbosa, definiu a prisão dos chamados mensaleiros, envolvidos no emblemático caso do primeiro governo da gestão de Lula. Por fim, a Justiça teve papel decisivo na criação de mais dois partidos – Pros e o Solidariedade -, mas foi contra a criação da Rede, idealizada pela ex-presidenciável Marina Silva.

Grana abre governo para aliados em Santo André

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Grana fez exceções para governar

om a tarefa de retomar o protagonismo e a unidade do PT de Santo André, Carlos Grana chegou ao comando do Paço. O petista arquitetou um amplo arco de alianças no período eleitoral e, posteriormente, na escolha do primeiro escalão. Políticos com reduto eleitoral importante na cidade, como Raimundo Salles e Paulinho Serra, hoje secretários de Cultura e Obras, respectivamente, tiveram e têm importante peso no elo do governo do PT com a classe média, tradicionalmente avessa ao petismo. Entre os destaques da gestão estão a conquista do Poupatempo, a reforma do viaduto Adib Chammas, que cedeu na avenida dos Estados, e os investimentos na área da saúde, fruto de parcerias com o governo federal.

Marinho quer continuar os avanços em São Bernardo

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prefeito Luiz Marinho (PT), considerado líder regional do PT, teve um ano marcado pela continuidade do mandato. Marinho tem orientado os secretários a não entrarem no piloto automático. Dentre as conquistas desLuiz Marinho te ano destaque para a entrega do Hospital de comemorou o Clínicas (HC), que vai ter peso fundamental no HC no município atendimento da rede municipal e até regional de saúde. Na política, Marinho conviveu com a especulação de ser citado como provável candidato do PT ao governo paulista e, mais recentemente, com o impasse fruto de o petismo local ter três candidatos a deputado estadual – Ana do Carmo, Luiz Fernando e Teonílio (Barba). O nome do PT foi definido para a sucessão de Alckmin – Padilha – e o mandatário tem dito que é possível eleger os três companheiros na Assembleia Legislativa. 10


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Pinheiro prioriza finanças em São Caetano

(Fundo de Participação dos Municípios) e recursos da Caixa Econômica Federal. O desafio de Donisete Braga fica por conta do transporte coletivo com a polêmica concessão do Lote 2 para operação dos ônibus. Uma verdadeira novela na Justiça faz com que Prefeitura e a empresa Leblon sejam responsáveis por sucessivas ações com perdas e ganhos.

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prefeito de São Caetano, eleito na disputa que teve o clima mais tenso na região, marcou um início de governo conturbado em 2013. Paulo Pinheiro (PMDB) anunciou ainda em janeiro a dívida herdada da gesPinheiro pediu tão de Auricchio – quase R$ 300 milhões – o socorro à União que, segundo Pinheiro, inviabilizaria grandes conquistas no primeiro ano de gestão no Pae ao Estado lácio da Cerâmica. Ao final de 2013, o chefe do Executivo quitou R$ 90 milhões da dívida e projeta um orçamento menor para 2014. Porém, apesar de números desfavoráveis, Pinheiro busca na relação política com o governo estadual e o Palácio do Planalto obter recursos para suprir a falta de verba para fazer investimentos. Entre as prioridades está novo modelo de atendimento para o Hospital São Caetano. A principal conquista da gestão foi a retomada da CND (certidão negativa de débitos) que permite a obtenção de empréstimos.

Saulo tem início salgado em Ribeirão

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Saulo segurou o Festival do Chocolate

Lauro faz governo ‘virar água’ em Diadema

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Lauro Michels trocou Saned pela Sabesp

prefeito Lauro Michels (PV ) enfrentou uma longa e polêmica discussão logo no início do mandato. O jovem mandatário teve de decidir pelo fechamento da Saned (Saneamento Básico de Diadema) em prol do serviço da Sabesp no fornecimento e gestão da água na cidade. A Saned não tinha mais fôlego financeiro para se sustentar e nem abastecer os moradores. A partir de 2014, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), órgão estadual, será responsável pela água local. A discussão e a mudança em Diadema pautou o tema em outras cidades que também detêm dívidas com a companhia, como Mauá e Santo André. Mesmo sendo o principal prefeito da região fora das fileiras do PT, Lauro Michels reclamou da falta de respaldo do governo estadual, comandado pelo PSDB.

Donisete Braga tira Mauá do vermelho

iteralmente faltou ação concreta para deixar o primeiro ano mais doce na estãncia turística. Com problemas financeiros, em Ribeirão Pires, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) viu sua principal festa, a nona edição do Festival do Chocolate, presente no calendário estadual de eventos turísticos e gastronômicos, desmoronar. O prefeito anunciou que por falta de verba a festa anual foi cancelada em 2013. O impacto foi extremamente negativo. Além disso, Ribeirão Pires pouco conseguiu se beneficiar dos anúncios de investimentos na região feitos pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pelo governador Geraldo Alckmin. A conquista no município ficou por conta do aporte para obras do novo hospital; Dia 10 de dezembro Saulo Benevides garantiu R$ 5 milhões para finalizar a construção do Complexo Hospitalar. Outro avanço foi a intervenção no trevo de acesso ao rodoanel.

Gabriel articula recursos externos

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Gabriel colhe os primeiros resultados

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pesar de ser eleito pelo PT, o prefeito Donisete Braga tirou a cidade do vermelho. Não a cor que representa o partido, mas o estado das contas do município. Mauá Donisete atacou não liquidou os débitos, mas conseguiu importantes articulações, principalmente no as contas do governo federal, para voltar a receber o FPM município 11

prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), mesmo no comando da menor cidade em termos populacionais e orçamentários, conseguiu se virar ‘nos 30’ ao grudar nos governos superiores. No diálogo com petistas e tucanos, Maranhão conseguiu atrair recursos do Estado e da União a ponto de emplacar conquistas, como a Unidade de ProntoAtendimento (UPA). em Rio Grande da Serra, que contou com a voz apoiadora do prefeito Carlos Grana (Santo André). Recentemente, Gabriel Maranhão recebeu a notícia, na última visita do governador Geraldo Alckmin ao ABC, de que a cidade terá também um equipamento voltado à formação de profissionais – a ETEC (Escola de Tecnologia). Rio Grande da Serra era o único município que não tinha a unidade na região.


Saúde

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Hospital de Clínicas deu novo fôlego para ABC A

abertura do Hospital de Clínicas (HC), em São Beros transplantes, passam por rigoroso critério de habilitação e crenardo, tem impacto em toda a rede de saúde do ABC. denciamento por parte do Ministério da Saúde”, destaca. Com o equipamento em operação, as outras unidades hosO funcionamento do hospital ocorrerá em três etapas. A pitalares da região, como o Mário Covas – em Santo André primeira, oficializada no último dia 13 de dezembro, contem– e o Serraria – em Diadema -, terão as demandas desafopla serviço de neurocirurgia, traumaortopedia, clínica médigadas e maior espaço para atender mais pacientes. Essa é a ca, leitos de UTI e ambulatório. Depois de seis meses serão expectativa dos gestores do empreendimento. mais 180 leitos para realização de várias cirurgias. Depois de “Conseguiremos absorver parte significativa dos atendium ano, o equipamento estará em pleno funcionamento, inmentos que mandamos para fora do municíclusive, com habilitação para alguns serviços, “Com o HC pio. Traumatismo craniano, por exemplo. Meu como transplantes. neurocirurgião consegue avaliar se é um caso As obras do Hospital de Clínicas, no Alvaconseguiremos renga, clinico e atendemos aqui na cidade. Agora, se é começaram em 3 de setembro de 2010 absorver parte e o prazo de inauguração do local estava cirúrgico, não tem na região. A única opção é o Mario Covas que já está sobrecarregado. Com significativa dos previsto para o primeiro semestre de 2012. o HC atendemos essas demandas que hoje poCom área total de 36 mil metros quadrados, atendimentos o equipamento terá capacidade de fazer 10 dem até ser encaminhadas para unidades em São Paulo’, explica o secretário de Saúde de São que mandamos mil consultas, 1,5 mil internações e 1,5 mil Bernardo, Arthur Chioro, também coordenacirurgias por mês. Entre as especialidades espara fora de dor do Grupo de Trabalho Saúde, do Consórcio tão cardiologia, nefrologia, doenças infectoSão Bernardo” contagiosas, pneumologia, reumatologia, Intermunicipal Grande ABC. Localizado na estrada dos Alvarenga, 999, gastroenterologia, neurologia, hematologia, no bairro Alvarenga, o Hospital de Clínicas dermatologia e atendimento pediátrico. terá, em pleno funcionamento, 293 leitos, sendo 60 de O HC conta com recursos dos governos estadual e federal. UTI. Alguns dos serviços que o hospital vai disponibilizar De Brasília vieram R$ 88 milhões para a obra e R$ 22 milhões são medicina nuclear, exames por imagem, hemodiálise e para o custeio de equipamento. Do Palácio dos Bandeirantes especialidades clínicas e pediátricas. O hospital também vai foram mais R$ 40 milhões. Somente a obra estrutural custou captar órgãos para transplante e fazer cirurgias ortopédicas cerca de R$ 50 milhões. Com 35 mil metros quadrados de eletivas de grande porte. área construída, o HC é maior do que o Hospital Mário CoA implementação operacional da unidade será feita em três favas, com 30 mil metros quadrados. ses. “Alguns serviços que estão previstos para a última etapa, como Segundo Chioro, São Bernardo não terá problema para 12


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Equipamento secundário pode completar cobertura

manter o custeio da manutenção do equipamento. ‘Todos os novos hospitais inaugurados a partir de 2003 contam com 70% do custeio do governo federal. O município entra com 30%. O HC vai custar para São Bernardo menos do que as unidades, por exemplo, do Anchieta, o HMU [Hospital Universitário] e o Pronto Socorro Central”, observa. O novo hospital é gerido pela própria Prefeitura em parceria com a Fundação do ABC. Com a abertura do Hospital de Clínicas, outro impacto positivo recairá sobre as mulheres. Cerca de 20 leitos do HMU, localizado no bairro de Rudge Ramos – serão transferidos para o HC. Com isso, o HMU se tornará um Hospital da Mulher e poderá atender toda a demanda. “‘Hoje temos de mandar cerca de 150 partos todo o mês para o Hospital Serraria em Diadema”, diz Chioro. “Vamos continuar usando o Mário Covas e o Serraria. Mas mandando menos casos, vamos contribuir para desafogar as demandas do ABC”, sustenta.

O coordenador dos serviços de Saúde do governo do Estado, Geraldo Reple Sobrinho, ex-superintendente do Hospital Mário Covas, em Santo André, destaca que o Hospital de Clínicas, de São Bernardo, terá importante impacto na rede regional. Na visão do ginecologista, o problema financeiro para manter o equipamento está encaminhado, pois o governo federal vai auxiliar mensalmente com recursos. Agora, segundo o especialista, falta o ABC se debruçar sobre o hospital secundário, tratado ultimamente como hospital de retaguarda. “Nós temos um grande déficit no atendimento de especialidades e, neste sentido, o HC de São Bernardo vai auxiliar. Porém, precisamos de leitos para o hospital secundário. Uma parcela dos pacientes – 20% a 30% - é crônica e poderia estar em outro nível de atendimento. Nós estamos tentando isso junto aos governos [estadual e federal]”, destaca ao se referir a São Caetano, onde há estudos para transformar o Hospital São Caetano em equipamento com leitos de retaguarda. Para Reple, todas as partes estão interessadas. “Foi uma demanda do Consórcio [Intermunicipal Grande ABC]. Vamos montar uma comissão”, adianta Geraldo Reple. Segundo o médico, o local precisará de ampla reforma, pois ficou muito tempo fechado. Além disso, está na lista de reivindicações para o custeio da manutenção do espaço.

Sustentabilidade - Uma das preocupações na elaboração do projeto do edifício foi com o aspecto sustentabilidade. Neste sentido, algumas das inovações aplicadas no edifício foram a instalação de placas solares para a redução do consumo de energia elétrica e de captadores de água pluvial para reuso. Os elevadores também adotaram sistema de recuperação de energia a partir da frenagem dos próprios equipamentos.

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Geraldo Reple diz que o ABC possui déficit no atendimento especializado

Projeto do HC valorizou recursos de sustentabilidade


Saúde

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Pio Mielo: o nosso Legislativo tratou do assunto com o ministro Padilha

Desiré Callegari: Mário Covas recebeu R$ 10 milhões para equipamentos

Hospital de retaguarda é alternativa de reforço

Mário Covas estuda envio de remédio pelo Correio

utro compromisso que promete desafogar os equipamentos de saúde das sete cidades é transformar o Hospital São Caetano em retaguarda para a região. A proposta, sinalizada em outubro pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), está em fase de negociação entre as esferas estadual e federal. O vereador Pio Mielo (PT ) defende que o hospital deve atender 40% em especialidades clínicas e 60% em longa permanência. Para o vereador, as unidades básicas também precisam de atenção. “Mas para isso o espaço do hospital retaguarda precisa ser recuperado e reestruturado para canalizar essas demandas regionais”, aponta. São Caetano conta com três hospitais municipais (Márcia Braido, Maria Braido e Euryclides de Jesus Zerbini), um pronto-socorro central (Albert Sabin) e mais de 20 unidades básicas e centros de saúde. Além disso, a UPA (Unidade de ProntoAtendimento), no bairro Mauá, está em fase final de construção, após um ano de atraso. O investimento necessário para concretizar a proposta ainda não foi fechado. Pinheiro se reuniu com o secretário de Estado da Saúde, David Uip, para tratar do assunto. “Queremos ceder o espaço sob o bom argumento de que metade dos pacientes atendidos em nosso pronto-socorro municipal vem das cidades vizinhas e por isso São Caetano merece um hospital regional”, afirma. Durante passagem pelo ABC em outubro, Uip sinalizou a intenção de o Hospital São Caetano servir de retaguarda para o ABC. “Sendo desejo dos municípios e tendo a necessária parceria com o governo federal, vamos levar o projeto para frente”, afirmou. O hospital, tradicional na cidade, foi fechado em 2010 e reaberto em 2012. Atualmente, funcionam apenas 38 dos 157 leitos e o ambulatório de especialidades médicas.

Administrado pela Fundação do ABC e referência no atendimento para todos os municípios da região, o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, realiza por ano, em média, 11,8 mil internações, 193,8 mil cirurgias ambulatoriais, 193 mil consultas médicas e 7,2 mil sessões de quimioterapia. O hospital possui farmácia que fornece medicamentos para 1,5 mil munícipes diariamente. Para agilizar a retirada, alvo de constantes reclamações, Desiré Carlos Callegari, superintendente, estuda a possibilidade de programar entregas pelo Correio. “Dessa maneira, conseguiremos diminuir o fluxo de pacientes dentro do hospital e evitar as enormes filas”, afirma. O projeto de entrega ainda não possui estimativa para sair, mas poderá beneficiar 30% dos pacientes hipertensos, diabéticos e demais que possuem rotina medicamentosa. Em outubro, o hospital recebeu investimentos estaduais na ordem de R$ 10 milhões para renovação dos equipamentos. Segundo Callegari, com o repasse do Estado será possível repor todas as peças de importância para o setor técnico, utilizadas desde a inauguração em 2001.

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Estadual de Diadema investe na ressonância

Para desafogar a realização de exame ressonância magnética no Mário Covas, o Hospital Estadual de Diadema, no bairro Serraria, abriu para realização de 400 exames por mês e atendimento aos sete municípios. A Secretaria Estadual investiu R$ 2,6 milhões para compra do aparelho, mobiliário e readequação da estrutura do ambiente. “Nosso objetivo é oferecer atendimento mais rápido e de qualidade com melhor estrutura aos usuários do SUS”, afirma o secretário de Estado da Saúde, David Uip. O Hospital Estadual de Diadema realiza por ano, em média, 1,6 mil internações; 90,8 mil cirurgias ambulatoriais; 90,8 mil consultas médicas; e 31 mil atendimentos externos.

David Uip: Estado vai auxíiliar a transformar o São Caetano em retaguarda

Hospital Estadual Mário Covas 14


Dezembro/2013

Se sair negociação com o governo, o Hospital São Caetano será de retaguarda

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Cidades

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2014 é ano de melhorias no transporte de Mauá

nicipais, resolvido. Para isso, o petista pretende lançar novo edital á um ano no comando do Paço de Mauá, o petista Donisede concessão do sistema. O prefeito destaca que pode impedir a te Braga é categórico ao apontar qual é a marca da gestão participação das duas concessionárias, porque, segundo o Paço, são em 2013: planejamento. “Até a ministra [do Planejamento] Miriam “inidôneas”. O governo se apoia em decisão do Tribunal de Justiça, Belchior esteve nesta sala [o gabinete do prefeito], para nos ajudar que acatou a acusação de fraude no sistema de bilhetagem eletrônica a entender o que podemos apresentar como demandas ao govercontra as duas empresas. Com a disputa judicial entre ambas, que no federal. Fizemos a lição de casa e, no próximo ano, a população buscam recursos para manter a operação, e o município, que já resvai começar a sentir”, diz. Apenas do PAC (Programa de Aceleração cindiu os contratos, a Suzatur foi acionada emergencialmente para do Crescimento) Mauá conseguiu angariar R$ 500 milhões. disponibilizar ônibus municipais. A cidade encarou desafios em 2013, quando fez Mauá também projeta a repactuação da dívida 59 anos. Se dividiu entre o transporte público e a “Tínhamos uma negociação de uma dívida, que já batia a casa de R$ 1 dívida histórica com a Caixa Econômica Federal, devido a empréstimo feito nos anos 1990, para a canalização dos córbilhão. “Queremos a MauáTrans”, decreta ao se refede quase regos Corumbé e Bocaina. Em função da dívida, desrir à criação de autarquia que gerenciará o transporte R$ 1 bilhão e de 2004 sofre com retenção dos recursos do Fundo coletivo, que hoje, diz, é sem controle. Mas há novidade, como a integração entre os ôniconseguimos de Participação dos Municípios (FPM). Após diálogo, bus municipais e a linha 10-Turquesa da CPTM (Com- formatá-la em Donisete negociou o passivo em 240 parcelas (duas décadas de pagamento). “Nós tínhamos uma dívida panhia Paulista de Trens Metropolitanos). A iniciativa, inédita no ABCD, começará no primeiro trimestre de R$ 469 milhões” que ultrapassava quase R$ 1 bilhão, foi reduzida para R$ 766 milhões e, agora, conseguimos formatá-la em 2014, e vai beneficiar mais de 100 mil usuários com a R$ 469 milhões”, aponta. redução da tarifa. Quem realizará quatro viagens por dia A ideia era ver a negociação sair do papel para retirar as ações (ida e volta), sendo duas de ônibus e duas de trem, poderá economizar que tramitavam sobre o caso na Justiça e receber novamente até R$ 1 diariamente. Mauá vai dividir os custos da integração com a CPTM. Enquanto isso, o Paço realiza a compra dos equipamentos para a inte40% do FMP – o restante seria destinado para o pagamento da gração e tenta acelerar os investimentos em reformas e construção de dívida.”O Tesouro e a Caixa ainda estão se entendendo, isso leva estações, nos bairros Guapituba e Capuava. tempo porque é negociação difícil. Esse formato ainda nem existia Em janeiro, a cidade também espera ver o imbróglio envolvendo no Brasil. Para se ter ideia, a presidente Dilma teve de baixar medias empresas Leblon e Cidade de Mauá, que atuam nas linhas muda provisória para fazer esse modelo ser reconhecido”, comenta. 16


Dezembro/2013

IPTU segue inflação, mas água e esgoto têm reajuste No primeiro ano no comando de Mauá, o prefeito Donisete Braga diz que a cobrança do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) será reajustado seguindo a inflação, medida adotada pela maioria das prefeituras da região. “Os serviços essenciais não serão alterados, nada previsto”, afirma. Porém, Donisete não descarta rever a cobrança do imposto nos próximos anos. “Queremos buscar justiça tributária, fazer a atualização da PGV (Planta Genérica de Vendas), mas não no sentido de aumentar a carga tributária por aumentar. Não queremos penalizar o cidadão, não é certo alguns munícipes pagarem IPTU mais caro do que algumas empresas”, diz. A partir de janeiro de 2014, a Prefeitura de Mauá vai reajustar as taxas de cobrança dos serviços de água e tratamento de esgoto. A medida será feita por meio de decreto, conforme publicado no Diário Oficial do Município no dia 28 de novembro. O consumo mínimo residencial de até 10 metros cúbicos de água e esgoto subirá de R$ 14 para R$ 15,36. Para uso comercial e de órgãos públicos, a mesma quantidade mínima de consumo será fixada em R$ 33,67. A taxa de outros serviços do setor, como troca de hidrômetros e abastecimento de carro pipa, também foi majorada.

tiveram problemas com o fornecimento do produto em 2013. Na saúde, além de UPAs, Donisete diz que Mauá conseguiu concluir o pregão eletrônico para compra de medicamentos e, com isso, zerar o problema. “Também padronizamos o salário dos médicos, pois antes alguns ainda ganhavam menos do que os profissionais da Fundação do ABC”, frisa o prefeito. Entre outras novidades, está a garantia de R$ 5,2 milhões do Ministério da Saúde para reforma de 16 unidades básicas de saúde, a partir de 2014. Além disso, o governo do Estado liberou R$ 6,5 milhões para reforma do pronto-socorro e mais R$ 1 milhão por mês para o custeio do Hospital Nardini. O equipamento ainda conta com mais R$ 3,1 milhões de emendas parlamentares da senadora Marta Suplicy para reforma da maternidade e aquisição de equipamentos.

Uniformes - Na parte de uniformes, Donisete destaca a conclusão do processo licitatório que garantirá a distribuição de 20 mil uniformes a partir de fevereiro de 2014. A medida é considerada conquista, principalmente porque outros prefeitos do ABC

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UPA Barão de Mauá tem duas salas de espera e farmácia 24 horas

Mauá completou dia 8 de dezembro 59 anos com balanço positivo


Mobilidade

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Arquimedes Pessoni, Andrea Brisida e Leandro Prearo participam do Ciclo de Palestras RD, com apoio da USCS

Gestores colocam mobilidade como desafio para o ABC S

200 mil habitantes nas próximas duas décadas e de 145 mil automóveis novos chegar às ruas a cada ano. Incentivos não faltam. Em uma década, portanto, o ABC terá mais 1,450 milhão de carros, complementando a frota atual de mais de 1,062 milhão de veículos – média de 2,4 pessoas por carro. Na avaliação do professor Leandro Prearo, gestor do Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Inpes/USCS), os números relevam uma leitura “sem romantismo” da realidade local. Representando os gestores públicos do ABC, a coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida, reconheceu que a dimensão dos problemas é desafiadora, e destacou que os prefeitos estão focados na execução do Plano de Mobilidade Regional que, em sua totalidade, prevê, mais de 100 intervenções viárias. Por sua vez, o mestre em Comunicação Arquimedes Pessoni, falou em nome do munícipe que, sem ter as expectativas em relação ao transporte coletivo atendidas – os ônibus vivem lotados, fazem trajetos longos, e tudo por uma tarifa alta – raramente abre mão do conforto do carro. Como mudar, então, o que já parece incrustado em nossa cultura? Nas páginas a seguir, estão bons exemplos relacionados ao assunto.

e há um assunto recorrente na pauta dos prefeitos das sete cidades da região este assunto é mobilidade. E não tem a ver apenas com as manifestações de junho, que cobraram tarifas mais baratas em todo o País. Resolver os gargalos do trânsito em diversos pontos do ABC, com a construção de ciclovias, ciclofaixas e corredores de ônibus; e incentivar o uso de bicicletas e do transporte coletivo constituem desafios para os gestores públicos há muito tempo. Para debater o tema, o Repórter Diário promoveu, em novembro, o Ciclo de Palestras RD Ideias sobre Mobilidade. Na mesa, três especialistas de áreas diferentes apresentaram dados e pontos de vista que convergem numa preocupação: a elaboração de um plano de investimentos em infraestrutura viária, por meio do Consórcio Intermunicipal Grande ABC - entidade que reúne as sete prefeituras da região -, é uma conquista em termos de planejamento, principalmente por contar com ajuda financeira dos governos estadual e federal. Porém, novas políticas públicas complementares e até mesmo a participação individual dos moradores da região precisam ganhar território. Pensar em alternativas se torna ainda mais urgente quando os dados são analisados. A começar pela possibilidade de a frota veicular superar o crescimento populacional. Enquanto o ABC vive a expectativa de ganhar mais 18


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Mobilidade

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Rubens dos Reis: moro em Mauá e faço tudo com a magrela

Maior bicicletário guarda 1,3 mil magrelas em Mauá Claudemir Moreno ainda acha perigoso usar a bicicleta

Gersenildo Santos reclama do desrespeito dos motoristas

Para Marcelo Nascimento, a saúde e o bolso agradecem a bike

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que guardam a magrela todos os dias no local. Marcelo Nascimento é professor e utiliza a Ascobike há dois anos. “Venho resolver algumas coisas no Centro e de bike é bem melhor”, destaca. Apesar do carro na garagem, o ciclista não vê problemas em trafegar de bicicleta. “Antes usava até skate. De bike, além de economizar, minha saúde agradece”, relata. Gersenildo Santos é segurança e usuário há oito anos. “Gasto 15 minutos de bike, de ônibus quase o mesmo tempo, não compensa”, diz. Mas Santos já quase foi atropelado. “Além do motorista não respeitar, a Prefeitura não ajuda o ciclista, não temos ciclovias e nada beneficia a gente”, reclama.

uso da bicicleta como meio de transporte ganha cada vez mais adeptos. A mostra está no maior bicicletário da América Latina, em Mauá. O espaço abriu em 2001 e hoje recebe cerca de 1,3 mil bicicletas por dia, mas já abrigou 1,7 mil diariamente até o ano passado, quando a avenida Barão de Mauá, onde está situado, ganhou mais uma faixa e espantou parte dos usuários, receosos com atropelamento. O local tem história. No começo dos anos 2000, Adilson Alcântara trabalhava na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em Mauá, onde o número de bikes presas nas grades da estação crescia cada dia. “Doia meu coração tirá-las de lá e resolvi fazer alguma coisa”, destaca Alcântara, que pediu à Companhia um terreno ao lado da estação para abrigar as bicicletas, a título de empréstimo. Era 2001 e começava ali a Ascobike (Associação dos Condutores de Bicicleta). O bicicietário atende durante 24 horas dois tipos de cliente, como o associado que paga taxa mensal de R$ 20, com seguro. A Ascobike oferece, ainda, oficina mecânica, 12 bicicletas reservas para suporte e até café e pão gratuitos, todos os dias. “Nunca imaginei que ia crescer tanto”, diz. No local, o usuário também pode pagar de forma avulsa. Basta desembolsar R$ 2 pelo dia e ficar seguro com a bicicleta. Há até o brechó da bike, que reutiliza as peças em bom estado, ideal para o ciclista que quebra um pedal, por exemplo. Os congestionamentos, a qualidade do transporte coletivo e o ganho na saúde estimulam para o enxame de ciclistas

Segurança - Ajudante geral, de Ribeirão Pires, Claudemir Moreno raramente deixa a bicicleta na Ascobike, só quando sai a passeio. Para o trabalho vai de carro, pois acha menos perigoso. “Já sofri acidente, ninguém respeita, mas compensa, pago só R$ 2 e a bicicleta fica o dia todo”, diz. Associado há um ano, Rubens dos Reis, preparador de máquinas, trabalha em Diadema. Como o trajeto não tem muitas subidas, Reis não larga a magrela. “Só tenho ela e não quero usar o transporte público, pois é um lixo e o terminal de ônibus é fedorento. “Pela quantidade de pessoas que moram em Mauá, ter um terminal imundo desse é um absurdo, fora que não tem suporte algum”, acrescenta. O usuário só utiliza outros meios quando está chovendo, que não tem condições para ir de bike. 20


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Carona Solidária pode tirar 20 mil carros das ruas no ABC P

ara melhorar a mobilidade urbana, algumas instituições resolveram desenvolver projetos que diminuem o número de automóveis nas ruas. É o caso do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que criou o programa Carona Solidária para incentivar a população a compartilhar o carro na hora de ir para o trabalho ou para a escola. O programa, criado no final de 2012, funciona como plataforma no gerenciamento de um banco de dados de usuários, que oferecem e pedem carona, análise de perfis que fazem trajetos similares. O Carona Solidária é gratuito e destinado a empresas e instituições de ensino do ABC que, depois de cadastradas, passam a gerir o banco de dados e a administrar o sistema. O consórcio estima que 2% dos usuários de automóveis estão dispostos a pegar carona todos os dias. A adesão ao programa significaria redução de 20 mil carros na região, onde segundo o Detran (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) a frota ultrapassou a marca de 1,5 milhão de carros em 2012. A Fundação do ABC foi uma das pioneiras no Carona Solidária e já conta com mais de 50 inscritos, todos funcionários. Edna Vitorio Doconski, assistente administrativa da presidência, dá carona para os colegas há mais de três anos, quando o programa começou, um deles Flávia de Moraes, assistente administrativo da Fundação. Para Edna, além de diminuir a quantidade de carros nas ruas e melhorar a mobilidade, o programa ajuda na conscientização dos problemas que os automóveis causam ao meio ambiente. “Eu tenho noção de que ajudando a mobilidade, eu também ajudo o meio ambiente”, diz.

População busca saídas

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ara fugir do trânsito, outros criam rotas alternativas ou mudam a rotina e até mesmo o local de trabalho. É o caso de Edson Luiz da Silva, mecânico de manutenção da Rhodia, que trocou o ônibus pela bicicleta para ir à empresa, na avenida dos Estados, em Santo André. Para percorrer 7 km, em 30 minutos no coletivo, Silva tinha de sair de casa, na Cidade São Jorge, uma hora antes e ainda assim o ônibus vinha lotado. Como já pedalava com os filhos, o mecânico optou pela magrela. Há mais de dois anos sobre a bike, Silva não quer outro meio de transporte para ir ao trabalho. Além de saúdável, diz que o modal evita aborrecimentos e maiores gastos. “O problema são as ruas esburacadas e a falta de respeito dos motoristas de carro”, critica. Para o mecânico, a falta de conhecimento sobre as leis dos ciclistas explica o desinteresse da população pelo uso da bicicleta. “Se aumentassem as iniciativas e as campanhas educativas, a população se sentiria mais incentivada a isso”, completa. Arquimedes Pessoni, professor da Escola de Comunicação e pesquisador do Programa de Mestrado em Comunicação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), é outro que deu um basta no trânsito. Pessoni desistiu do emprego na Faculdade de Administração e Negócios, na Liberdade, em São Paulo, porque não conseguia chegar no horário em razão dos congestionamentos todos os dias. O professor conta que trabalhava até as 18h, no Paço de Santo André, e nem de carro ou mesmo trem conseguia chegar. “Era tanta gente aglomerada e tanto carro que nada adiantava, eu sempre chegava atrasado”, explica. A solução encontrada pelo pesquisador foi trabalhar perto de casa. “Hoje, para chegar à USCS, eu não levo nem 15 minutos. Tudo que faço é perto de casa”, conta o professor, que mora em Rudge Ramos, São Bernardo.

Vale bike - Para incentivar os inscritos, a Fundação realiza sorteios mensais de vales para gasolina no valor de R$ 50 e vagas de estacionamento. Cristina Passareti, assistente de projetos, acredita que a motivação é maior quando se pode ganhar algo com o programa. O próximo passo na Fundação é agregar os alunos ao banco de dados do Carona Solidária. “Passar para os funcionários serviu como programa beta, um teste para vermos se as pessoas se adaptariam”, explica. Outras instituições já olham para o programa, como a UFABC (Universidade Federal do ABC) e a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), que pretende atingir os associados. O programa, no entanto, não se restringe ao público das instituições cadastradas. Qualquer morador ou trabalhador do ABC, que faz trajetos entre os municípios ou para a Capital pode participar. Basta se cadastrar no site do Consórcio - http://www.consorcioabc.sp.gov.br/ documentos/formulario-carona-solidaria . Após o cadastro o interessado pode consultar informações prévias de usuários que fazem trajetos semelhantes e disponibilizam ou precisam de carona. 21

Edna Doconski dá carona para Flávia de Moraes, ambas da Fundação, todos os dias


Cidades

Dezembro/2013

Diadema faz 54 anos e elege água como marca de governo N

obras iniciadas pelo ex-prefeito petista Mario Reali. Entre as heranças de Reali estão a finalização do coletor tronco Curral Grande, a construção das unidades habitacionais Krones e Gema, moradias Vitória, edificação do galpão de coleta seletiva e a EMEB (Escola Municipal de Ensino Básico) Teotonio Vilela. Michels espera para 2014 a conclusão de projetos firmados em parceria com o governo estadual, como a construção de um Poupatempo e uma unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro. Questionado sobre a possibilidade de Diadema perder recursos federais da ordem de R$ 2,5 milhões para a construção da Unidade de Pronto-Atendimento 24 horas Piraporinha, devido ao impasse com a regularização do terreno onde será o empreendimento, o prefeito diz que o problema é a burocracia. “Já fizemos tudo o que a Prefeitura tinha de fazer. Estamos lutando para não perder esses recursos”, afirma. De acordo com a Prefeitura, parte do terreno pertence ao INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social). A ideia é obter a concessão do local para o Ministério da Saúde liberar as verbas. Ainda entre as obras previstas estão a primeira fase de reforma do Parque do Paço, construção da praca Georges Gebrail e reforma nas unidades básicas de saúde jardim Ruyce e Promissão.

o mês em que Diadema completa mais um ano de vida - fez 54 anos dia 8 de dezembro -, o prefeito Lauro Michels elege a água como principal marca do primeiro ano de mandato. O chefe do Executivo enviou para o Legislativo e os vereadores aprovaram o projeto de lei que concede a responsabilidade dos serviços municipais de saneamento para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Michels diz que o mais importante da gestão neste ano foi a quitação da dívida da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema). “Ela afundava o nosso governo. Foi a marca mais importante do nosso governo”, afirma. A partir de janeiro, a autarquia estadual assume o comando da Saned e, em contrapartida, a dívida – aproximadamente de R$ 1 bilhão - que a cidade tinha com a Sabesp será quitada. Esta foi a alternativa encontrada para evitar sequestro no orçamento no município. A Justiça já havia autorizado a Sabesp a receber meio bilhão do orçamento municipal. “Quitamos a dívida e ainda conseguimos manter o trabalho de todos’, comemora o prefeito do Partido Verde. Pacote de obras - Michels anunciou um pacote de 17 obras com previsão de entrega até o final de dezembro. Entre as intervenções estão construções de moradias populares, revitalização de praças e parques, e reformas de unidades básicas de saúde. O pacote, intitulado Prefeitura de Diadema Entregando Um Novo Presente, projeta ações de R$ 46,3 milhões. A maior parte dos projetos versa sobre a continuidade de

Metrô - Na mobilidade, Diadema recebeu na véspera do aniversário uma boa notícia: o Consórcio Intermunicipal Grande ABC pode custear a elaboração do projeto funcional do trecho da Linha 17-Ouro ( Jabaquara-Morumbi) do Metrô, que atenderá a Diadema. 22


Dezembro/2013

Pacote de obras custará R$ 46,3 milhões

Local: avenida Prestes Maia, 2080, Taboão. Investimento: R$ 344,4 mil (R$ 309,1 mil federal e R$ 35,3 mil da cidade) Galpão de Triagem - possui área de 380 m² e a obra inclui escritório, banheiros e vestiário para os coletores, além de maquinários, como balança eletrônica, mesa de triagem, prensa hidráulica, triturador de vidros e fragmentador de papel.

Local: avenida Luiz Merenda, s/n – jardim Campanário.

Local: divisa entre Diadema e São Bernardo, altura da vila São José Investimento: R$ 3,4 milhões (R$ 174 mil local) e R$ 3,2 milhões (federal). Córrego Ribeirão dos Couros - entrega da segunda etapa da canalização, com verba do PAC. O trecho concluído tem 150 metros e fica na av. Pirâmide, jardim Inamar. A primeira fase saiu em 2011.

Local: jardim Campanário Investimento: R$ 700 mil Praça Kaleman - na primeira grande inauguração da nova gestão, Diadema entrega à população um espaço para entretenimento, lazer e esportes. Quadras de basquete e futebol de salão, pistas de caminhadas, academia a céu aberto e playground fazem parte do espaço.

Local: rua P.de Morais,300, Promissão. Investimento: R$104 mil (R$ 100 mil federal e R$ 4 mil do município)

Local: avenida Presidente Juscelino, 1.475, Piraporinha. Investimento: R$ 4,5 milhões

UBS - Pintura geral; roçada; troca de maçanetas, vidros das janelas e toldo de entrada; colocação de corrimão nas escadas; reparos no telhado; ampliação da farmácia e da sala dos agentes comunitários.

Moradias - 60 unidades habitacionais, com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. A área total é de 48 m² e tem recursos da Caixa Econômica Federal e do município como contrapartida.

Local: rua Prudente de Morais, 306, jardim Promissão. Investimento: R$ 149,1 mil (federal)

Local: avenida Eldorado, 885, jd Ruyce. Investimento: R$ 180 mil (R$ 100 mil federal e R$ 80 mil município)

Local: Rua Barão de Iguape, 384 – Vila São José. Investimento: R$ 2,6 milhões

CRAS Leste -O Centro de Assistência Social terá novo telhado, estacionamento, manutenção de portas/janelas, reforma dos banheiros, troca de piso, forro, hidráulica e elétrica, e construção de abrigo para gás e pintura.

UBS - pintura geral; manutenção elétrica, hidráulica e do telhado; troca de vidros e portas; colocação de antiderrapante nas escadas; construção de um balcão de alvenaria para a recepção; e integração com arquivo.

EMEB Teotonio - O antigo prédio da escola foi demolido e ganhou mais de 1 mil m². O equipamento vai atender cerca de 260 crianças de quatro e cinco anos e conta com oito salas de aula, laboratório de informática e biblioteca.

Horta Comunitária Gema - tem aproximadamente 6 mil m² com canteiros de 4 m² e espaço comum para produção de composto orgânico e acondicionamento de materiais. Inicialmente, 36 famílias cuidarão de mais de 100 viveiros de hortaliças.

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Cidades

Dezembro/2013

Santo André aposta na fluidez com 13 corredores de ônibus N

bus de Santo André foi feito em audiência pública realizada na Câmara, em novembro, na presença de Paulinho Serra. De acordo com o titular, o investimento para a operação desses corredores será de R$ 876.580,00, com recursos próprios do orçamento municipal. Santo André pretende investir cerca de R$ 500 milhões no projeto completo, contando com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Além dos corredores de ônibus, o plano de modernização do transporte público de Santo André inclui o Bilhete Único Andreense, implantado nos primeiros meses de 2013, e a entrega de 75 ônibus para repor a frota sucateada. O sistema municipal de transporte é composto de 48 linhas, operadas por 404 ônibus, todos com GPS instalado, que transportam por mês 5,3 milhões de passageiros.

o início de dezembro, a Prefeitura de Santo André, por meio da SATrans (Santo André Transportes), começou a tirar do papel o projeto do governo Carlos Grana (PT) de implementar 13 corredores de ônibus em toda a cidade. A avenida Perimetral (corredor 11) e o binário que compreende as ruas Artur de Queirós e General Glicério (corredor 6) foram as primeiras vias contempladas. A faixa exclusiva da rua Arthur de Queiroz e rua General Glicério, que passará ainda pelas ruas Queiroz dos Santos, avenida Firestone e ruas Siqueira Campos e Luiz Pinto Fláquer, funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e aos sábados, das 8h às 14h, terá 3,1 km e transportará, por dia, 181 mil passageiros. A estimativa é que 148 ônibus circulem por hora nos corredores. Já o corredor Perimetral funcionará no mesmo horário. Terá 1,8 km de extensão e transportará 141 mil pessoas. No total, 102 ônibus circularão na faixa por hora. Segundo o secretário de Obras de Serviços Públicos (SOSP), Paulinho Serra, os próximos corredores a entrar em operação são os da rua Carijós e avenida Dom Pedro I, projetados para janeiro. Neste caso, uma faixa sentido bairro/ centro fará a ligação da avenida Brasília com a rua Coronel Seabra e terá funcionamento diferenciado, das 6h às 10h, de segunda a sábado. O corredor terá 4.390 km e transportará 24,5 mil passageiros ao dia. O corredor da avenida Dom Pedro I, que passará pela avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, funcionará também no mesmo horário com 2,6 km e transporte de 42.604 passageiros por dia. O anúncio sobre os quatro primeiros corredores de ôni-

Corredores projetados: C-01: av. D. Pedro II e av. Industrial C-02: av. Vieira de Carvalho e viaduto Castelo Branco C-03: av. Príncipe de Gales e av. José Amazonas C-04: av. da Paz, awv. Martim Francisco e viaduto da Paz C-05: av. Itamarati e viaduto Antônio Adib Chammas C-06: rua Artur de Queiroz e rua General Glicério C-07: rua Carijós C-08: av. D. Pedro I C-09: av. Santos Dumont e av. Giovanni Batista Pirelli C-10: av. André Ramalho e viaduto Pirelli C-11: av. Perimetral C-12: av. Pedro Américo/av. Valentim Magalhães C-13: estrada do Pedroso 24



Previsões

Dezembro/2013

Ano de transformações C

vez com Marte retrógrado. Isso significa tendência a brigas e conflitos. Tuleski diz ser um período propício a protestos intensos, dando sequência às ações iniciadas em 2013. Como o primeiro semestre está carregado e turbulento, qualquer mal-entendido pode tomar proporções maiores. Apesar das tensões, o primeiro semestre reserva a passagem de Júpiter pelo signo de Câncer, fazendo com que as pessoas valorizem mais a família. Serão seis meses de atenção aos valores reais de felicidade e desapego em manter as aparências. “As pessoas buscam realizações prazerosas, como reuniões de família e amigos com muita animação e alto astral”, diz Tuleski.

urioso para saber o que os astros reservam para 2014? A Astrologia pode ajudar a entender qual será a tônica do Ano Novo, além de auxiliar em planejamentos, evitar problemas e ajudar a aproveitar oportunidades. A partir dessa linguagem simbólica milenar, que correlaciona a posição dos corpos celestes num determinado momento com suas características num local específico na Terra, é possível saber que tipos de energias estão mais atuantes em um fato em particular. O ano de 2014 inicia com Vênus retrógrado, isto é, aparenta estar andando para trás em relação à Terra. Como Vênus rege dinheiro, valores e relacionamentos, durante a retrogradação é necessário ter cuidado com investimentos de grande porte, como compra de imóveis. “Janeiro será um mês de tensões, que exige cautela para não cometer ações precipitadas de arrependimento posterior”, afirma Vanessa Tuleski, astróloga do Personare, site especializado em conhecimento alternativo. Outra retrogradação marcante em 2014 será Mercúrio. Os períodos de 6 a 28 de fevereiro, de 7 de junho a 1º de julho e de 4 a 25 de outubro devem ser anotados. Isso significa que o dia a dia tende a esbarrar em pequenos empecilhos e atrasos. “Quem pretende viajar, prefira um destino conhecido. Caso já tenha viagem marcada, apenas fique atento para algo não planejado durante a rotina”, prevê a astróloga. Entre março e maio, as complicações permanecem dessa

Investimentos - Aproveitando a passagem de Júpiter pelos signos, a partir do segundo semestre em Leão, as pessoas ficam mais alegres e festeiras. A previsão é boa depois de um início de ano praticamente com o pé esquerdo no mapa astral. Com a festividade em alta, o investimento nos ramos de eventos, estética e fotografia promete bom retorno. “Teremos aumento da natalidade, portanto, ensaios fotográficos de grávidas serão a combinação perfeita para esse período”, afirma a astróloga. Por outro lado, as festividades também exigirão certa cautela para que não haja complicações de saúde devido a excessos, principalmente com bebidas alcoólicas e fumo. Segundo as previsões da astróloga, será uma temporada de perda de celebridades. 26


Dezembro/2013

Carta do Carro rege o ano no tarô Pelas previsões do tarô, 2014 será um ano acelerado e de muitas realizações. Isso porque o arcano sete tem a carta do Carro como representante. O arcano é definido a partir da somatória dos números 2+0+1+4. O ano será caracterizado pelo livre arbítrio, mas as ações deverão ser bem estruturadas para evitar que as grandes forças voltem para si próprio. “O Brasil estará sob forte energia, que deve ser aproveitada para o bem”, prevê a taróloga Eloísa Gebara. Com as cartas é possível prever as vibrações que governam a sociedade em diversos setores. Na Economia, os brasileiros estarão mais controlados com as compras, motivados em conter os gastos e em poupar o dinheiro. Na leitura da Política, a carta do Enforcado (ou o Pendurado) foi a que apareceu e isso sugere mudar um olhar já viciado e deixar de insistir em padrões que não funcionam. “Caso não haja mudança radical nas atitudes dos poderosos [políticos], a tendência é continuar com as coisas por debaixo dos panos”, aponta a taróloga. No campo da emoção nota-se maior ansiedade para conquistas e certo liberalismo a mais. As pessoas estarão com a sensibilidade aguçada e usarão da intuição para se envolver em relacionamentos. No entanto, Gebara atenta para não se apegar muito às pessoas e não criar dependências desnecessárias, pois isso retorna em decepções que estragam a relação.

O que dizem os signos Áries - Transformação da própria identidade. Ano de sorte e grandes oportunidades. Touro - cuide do próprio corpo e evite resistir às mudanças que se apresentam. Gêmeos - Ano de acentuada sensibilidade, geralmente racionais, tornando-os mais emotivos. Câncer - Desafios e crescimento. Momento de começar projetos que visam a expansão e o aperfeiçoamento. Leão - Momento de mudanças e novidades em suas vidas, o que exige paciência e perseverança. Virgem - Importante, porém, cuidado com fanatismos de todo tipo, inclusive religiosos. Preste atenção às pessoas falsas em toda e qualquer área de suas vidas. Libra - 2014 é um ano em que você precisará negociar, fazer acordos, e usar toda a sua diplomacia para abrir novas portas e fechar novos negócios. Escorpião - Não se espante se você tiver muito trabalho e pouca energia para atividades físicas. Permaneça com foco e determinação. Sagitário - Cuidado com atitudes impulsivas, pois poderá ser mal compreendido e tomar caminho do qual se arrependerá depois. Capricórnio - Use toda a energia e facilidade adicional para focar em trabalhar arduamente e aproveitar um crescimento, que vai além das expectativas iniciais. Aquário - Resista à tentativa de jogar tudo para o alto e dar o seu grito de liberdade, ou o esforço feito até aqui terá sido em vão. Peixes - Aumento da fé em um poder superior, fazendo com que a crença de que o Universo sabe o que é melhor para cada um traga mais naturalidade e fluidez.

2014 é Ano do Cavalo

Segundo o horóscopo chinês, 2014 será regido pelo Cavalo, o sétimo signo do zodíaco, que começa dia 11 de fevereiro. Isso significa que 2014 será um ano de muita agilidade e pouco comodismo. O cavalo é um animal que simboliza mudanças, com pessoas a fazerem projetos e mais confiantes sobre novas realizações. Será um ano favorável ao bem estar físico e mental, em que os romances estarão no auge, já que o cavalo é um animal muito dócil e amoroso. “O cavalo é um animal positivo e harmonioso com os outros signos do zodíaco chinês, dessa forma as pessoas estarão mais conectadas”, aponta Luiz Netto, terapeuta holístico da Escola Esotérica de São Paulo. Apesar da positividade no reino, 2014 pede perseverança e coragem. Essas atribuições serão fundamentais para enfrentar possíveis epidemias previstas pelo horóscopo chinês. “O cavalo é muito vulnerável a doenças, por isso as pessoas devem se proteger e prevenir contaminações”, atenta Luiz Netto. O Ano do Cavalo substitui o Ano da Serpente, que comandou 2013. 27

No tarô, o arcano sete tem a carta do Carro como representante em 2014


Repórter Social

Dezembro/ 2013

Rotary Norte comemora resultados da Festa Alemã com 60 empresários Sessenta empresários foram homenageados pelo Rotary Norte, no Baby Beef, em Santo André, pelo patrocínio da Festa Alemã, no Aramaçan. A festa captou R$ 112 mil líquidos para o projeto Educando com Visão, que faz o diagnóstico oftalmológico para estudantes da rede de ensino de escolas estaduais e municipais, com doação de óculos. Nilson Colombo, presidente do Rotary Norte, foi o anfitrião da noite, que apontou, ainda, Valter Patriani, superintendente da CVC Turismo, como Profissional do Ano.

Ademir Vicente-Gilberto Ferreira e Marcelo Adorno-Porto Seguro

Nilson Colombo e Valter Patriani, da CVC Turismo e homenageado Profissional do Ano pelo Rotay

Marcelo Candido, Nilson Colombo, Eduardo Aguiar e Rodenei Lemes Jr

Lojistas de decoração dão tom de final de ano O Flag Bar, em São Bernardo, abriou happy hour entre lojistas e profissionais do mundo décor. Representantes de 13 lojas se reuniram para agradecer a parceria em 2013 e celebrar as festas de fim de ano. A confraternização foi animada por DJ e regada à caipirinha de morango com maracujá, chope e escondidinhos.

Cibele Petrangelo e Carolina Gonçalves

Maria José Riviera, Priscila Arruda, Marina Palácio e Claudia Ohta

Paloma Cardoso e Vivian Apter Leiser e Elaine Benedetti Artur Andrade e Cristiane Súcio 28


Dezembro/2013

Luan Santana faz show no São Judas O cantor Luan Santana agitou dia 21 de novembro o Restaurante São Judas Tadeu Demarchi, em São Bernardo. Fãs, amigos e clientes tradicionais da casa compareceram para ouvir os sucessos do cantor, que foi recepcionado por Rafael Demarchi. Este foi o nono grande show da casa em 2013. Fábio Jr., Leonardo, Daniel, Bruno e Marrone também já marcaram presença em 2013.

Atriz Karina Bacchi é a palhaça Felizká

Karina Bacchi entra para Big Riso e anima crianças Haroldo, Lorena e Rafael Demarchi prestigiaram o cantor Luan Santana

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A atriz Karina Bacchi é a nova voluntária do Big Riso, programa social da MBigucci. Com o apelido de Felizká, Karina fez a primeira visita de palhacinha ao Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. O programa nasceu em 2004 para ajudar na qualidade de vida das crianças e adolescentes com câncer, por meio do trabalho semanal voluntário de colaboradores da construtora, em hospitais públicos da Grande São Paulo.


Artigo

Dezembro/2013

A economia do ABC em 2014 A

Com a redução desses incentivos e, apesar das economia do ABC difere parcialmente das condições ainda propícias para o consumo, com a condições gerais da economia brasileira, em razão continuidade dos aumentos de renda e do baixo do comportamento de alguns setores específicos de nível de desemprego, o comércio mostra, no entanto, maior peso na atividade regional. Enquanto a indústria diminuição no ritmo de crescimento das vendas, brasileira pelos cálculos das contas nacionais mostra graças ao comprometimento de renda para pagamento contribuição próxima de 28%, com o setor terciário de compromissos assumidos e do crescente nível de contribuindo com 55% e a participação crescente do inadimplência. setor primário, graças ao avanço das exportações de Outro fator que impulsionou a economia regional produtos agrícolas e das demais commodities, no ABC foi a construção civil. A proximidade de São Paulo, o a situação é bem diversa: se apoia no comportamento custo favorável de terrenos e áreas para construções do setor industrial, no comércio e nos serviços. de moradias no ABC influenciaram positivamente as No que se refere à atividade industrial merece destaque vendas, além das facilidades de crédito imobiliário que a forte participação da cadeia automobilística, em especial viabilizaram os fortes investimentos em construções, para a produção de veículos leves e de caminhões, estes povoadas rapidamente por moradores, dos quais, últimos recebendo fortes investimentos das montadoras grande parte se desloca diariamente para como forma de atender a demanda crescente a Capital. Como consequência e pela falta por transporte, uma vez que os projetos “Não se deve de transportes alternativos, os gargalos do nacionais de melhoria no escoamento da sistema viário se agravaram, dificultando produção exigem elevado tempo de maturação esperar grandes o escoamento dos possuidores de dos investimentos planejados. modificações no automóveis e dos veículos de carga que É importante também a elevada demanda por serviços, solicitada pelo setor comportamento utilizam o sistema, paralisado em termos de novos projetos. secundário, buscando em áreas técnicas dos agentes Por tais motivos não se deve esperar diversas a complementação necessária econômicos da grandes modificações no comportamento às atividades de produção propriamente dos agentes econômicos em 2014 e sua ditas. A propalada diminuição do número nossa região influência no comportamento global da de indústrias regionais ocorreu em função em 2014” economia da região. As melhorias para do êxodo observado ao longo do tempo, reduzir os impactos negativos, com a provocado pelo acúmulo de fatores materialização das intenções e projetos desfavoráveis às cidades componentes, existentes, consumirão longo período muito embora se possa considerar sua de maturação para provocar reflexos operacionais participação ainda hoje relevante. positivos na atuação dos agentes atuais. Muitos motivos alinham-se como responsáveis pela Em conclusão, é possível afirmar que a participação redução do número de empresas industriais dentre os da indústria no produto total continuará elevada, quais, a oferta de condições fiscais mais atrativas de juntamente com os serviços e o setor comercial, que outras cidades, as dificuldades de novas áreas para exse valerá da continuidade da renda elevada das cidades pansão, os altos custos operacionais proporcionados do ABC, sem que outros motivos possam alterar no às empresas, quer no que se refere ao custo da mão curto prazo a atual situação e a participação dos de obra, quanto aos custos de deslocamento interno, personagens que atuam no palco econômico, até que provocados pelo sistema viário deficiente. Ao mesmo as ações conjuntas das municipalidades e do governo tempo, as indústrias que giram em torno das montadoestadual transformem as ideias em ações efetivas ras, fornecendo bens intermediários, enfrentam sérios melhorando a infraestrutura da região. problemas para o sucesso de suas operações, em função da forte participação das importações, de itens que, com tecnologia mais avançada e preços mais acessíveis, concorrem com aqueles produzidos internamente. No setor comercial, a iniciativa privada diante do potencial das cidades do ABC e do elevado valor da renda per capita da população, investiu Leonel Tinoco Netto é professor pesadamente em centros comerciais, na perspectiva de Economia na USCS de atendimento mais eficiente aos consumidores. (Universidade de São Caetano O desempenho do comércio varejista, diante dos do Sul e na Fundação Santo fortes incentivos ao consumo, mostrou a partir de André, e delegado regional do 2009 vendas anuais que superaram os dois dígitos Corecon (Conselho Regional de na comparação com anos anteriores. Economia) no ABC. 30


Dezembro/2013

Por pra moer, hora do abono O

salariais. Quando as empresas exigem trabalhadores de alta performance, nós, metalúrgicos e metalúrgicas, não medimos esforços para contribuir com a parte que se espera da gente. Na hora do retorno do abono, só temos notícias de bônus sendo repassado para os altos executivos e gerentes. Por isso, mesmo com o bom resultado da campanha salarial de 2013, com aumento real superior aos 2%, resolvemos por pra moer e buscar o abono salarial ou o adiantamento. Tratase de uma tradição aqui no ABC e não abrimos mão. Veja em que pé está nossa a campanha Por pra Moer. As empresas que anteciparam o reajuste para 1º de novembro foram a Ferkoda, Tupy, Paranapanema, Novelis, Quasar, Polimetri, Montoni, Andreolli, Flej, Cofej, Pichinin, Vecom e Prol Equipamentos. Mais 17 pequenas empresas anteciparam o reajuste para novembro. Empresas nas quais conquistamos abono ou reajuste acima dos 80% foram a GT do Brasil (reajuste em novembro, mais R$ 800 de abono, sem descontar os dois dias parados); Metal 2, reajuste em novembro e R$ 450 de abono; Maxion, reajuste em novembro e R$ 300 em vale compra; TRW, R$ 1.420 de abono e reajuste em janeiro; Magneti Marelli, reajuste em novembro mais vale-compra de R$ 300; Waltermic, reajuste salarial de 10%; e Plasmetel, abono de 30% em vez de 20%; reajuste de 10% na Gravaço. Vamos moer sempre!

Economia

s trabalhadores e trabalhadoras do nosso setor são profissionais de padrão mundial. Em termos de responsabilidade com a qualidade final da mercadoria ou peças que produzem, se igualam, sem tirar nem por, aos principais executivos das empresas que nos contratam. Têm consciência que cada peça produzida tem de ter padrão mundial. Sabem que depende deles a segurança do cliente que venha a usar a peça num veículo ou equipamento. E, principalmente, têm perfeita consciência que contribuem com cada atitude adotada no chão de fábrica para assegurar o melhor desempenho possível da empresa. Além disso, têm respeito à hierarquia e, mesmo quando não identificam os empresários donos da empresa, respeitam os interesses dos acionistas que esperam dividendos e lucratividade da companhia. Mas no fim do ano, na hora de renegociar salários, abonos e adiantamentos, os gerentes e executivos da empresa (prepostos dos patrões ou acionistas) cuidam dos seus bônus e dificultam o máximo que podem para negociar os adiantamentos salariais ou bônus dos trabalhadores. Por isso, o Sindicato pos pra moer neste ano. Os metalúrgicos de Santo André e Mauá merecem ser respeitados por todo o esforço, dedicação e profissionalismo que entregam para as empresas que os contratam. Por isso, exigimos nossos abonos

Cícero Martinha é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de S.André e Mauá.

PIB regional cai pelo 2º ano consecutivo O nível de atividade econômica do ABC apresentou novamente quadro negativo. Em 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) dos sete municípios teve queda de 5,78%. Em 2011, o resultado também foi vermelho: 1,3%. O anúncio foi feito pelo Observatório Econômico do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração e Economia da Universidade Metodista de São Paulo, no lançamento do Índice iABC. Em valores aproximados, o PIB (Produto Interno Bruto) da região foi de R$ 90 bilhões. Os motivos que influenciaram o desempenho local foram a desaceleração do crescimento do emprego na região, estagnação do crédito, redução real na renda média dos trabalhadores e os resultados deficitários da balança comercial, principalmente se tratando de bens intermediários, como autopeças. A soma dos fatores foi decisiva para desempenho ruim e explica também por que, no ano passado, a região ficou no vermelho, enquanto São Paulo cresceu 1,3% e o País 0,87%. Sandro Maskio, coordenador da pesquisa, diz que o ABC apresenta parada nas contratações formais. Além disso, a região perdeu cerca de 7 mil postos de trabalho na indústria em 2012.

“O emprego na indústria é o que detém a maior massa salarial e que aumenta a capacidade de compra”, aponta, o pesquisador. A previsão é de o PIB regional se manter com pouca variação. Maskio explica, porém, que o novo índice é uma previsão do índice divulgado, com bastante defasagem, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 31

Sandro Maskio lança o PIB do ABC, que teve novo tombo



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