RD Abril/2015
ENTREVISTA Grana diz que cumpriu metade das promessas
MÊS DAS NOIVAS Mercado de casamento aponta tendências do setor
Empresários e sindicalistas travam duelo sobre projeto de
TERCEIRIZAÇÃO
DO TRABALHO
Abril/2015
Índice
Foto: Pedro Diogo
Jornalistas e editores responsáveis: Airton Resende - Mtb 16.372 airton@reporterdiario.com.br Maria do Socorro Diogo - Mtb 16.283 msdiogo@reporterdiario.com.br Redação: redacao@reporterdiario.com.br Reportagem: Anna Clara Mota, Caíque Alencar, Maria do Socorro Diogo, Marcelo de Paula, Tiago Oliveira e Victor Felix Diagramação: Flória Napoli Projeto gráfico: Rubens Justo Capa: NZ7 Comunicação Imagem: depositphotos.com
No aniversário de Santo André, nem tudo são flores: cidade enfrenta queda na arrecadação de impostos
Departamento Comercial: Claudia Polimeni Claudia Plaza comercial@reporterdiario.com.br Tecnologia: André Resende resende@gmail.com
3 Editorial – Devagar com o andor 4 Opinião 5 Entrevista – Carlos Grana diz que cumpriu metade do plano de governo 8 Rastilho – Donisete muda Sama e três secretarias 10 Política – Aumentar a arrecadação, a difícil tarefa de Santo André 11 Política – Cidade não conseguirá atender nova regra para os precatórios
Suporte operacional: Pedro Diogo Endereço: Rua Álvares de Azevedo, 210 Conjuntos 41/42 - Centro Santo André - SP - CEP 09020-140 Tels.: 11 4436-3965 - 4427-7800
12 Alta Roda – Peugeot 2008 pede passagem 13 Economia – Self Storage faz sucesso no meio residencial
Internet: www.reporterdiario.com.br www.twitter.com/reporterdiario
14 Economia – Aos 90 anos, Vigorito visa crescimento ‘sem pressa’
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16 Economia – Terceirização é ameaça ao trabalhador? 18 Moda – Transparências e bordados dão toque na hora do sim 19 20 21 22 23 24 25 26 27 30
– Na festa, a dica é ousar Decoração – Preço e qualidade ampliam espaço para porcelanato Saúde – Estação favorece doenças respiratórias Cidades – Unidades Poupatempo de Mauá e Santo André atrasam Rápidas/Cidades – Faculdades disputam medicina no ABC Mobilidade – Alckmin não cumpre promessa e monotrilho atrasa de novo Meio ambiente – Billings: qualidade da água piora Esportes – Laís Elena prevê basquete difícil nas Olimpíadas Cultura – Jackson e Downey Jr. voltam em Vingadores 2 Gastronomia – Cambuci é versátil e delicioso 2
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Tiragem auditada por:
Editorial
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Devagar com o andor
H
á tempos um Projeto de Lei (PL) não provocava tantas discussões a respeito das relações trabalhistas no Brasil. Sindicatos, empresários e empregados estão em meio a um turbilhão provocado pelo projeto 4.330/04, que regulamenta o trabalho terceirizado no País. Desengavetada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), depois de mais de uma década parada na gaveta do Congresso, a proposta tem gerado reações acaloradas. A pressa de Eduardo Cunha em aprovar o texto não condiz com a importância das mudanças que o PL pode promover. Alterações tão significativas exigem discussão mais ampla e profunda, muito diferente da forma açodada com que o peemedebista tentou conduzir o processo. Nesta edição, a RD em Revista traz para você elementos que ajudarão a esclarecer os principais objetivos do projeto e, principalmente, as consequências de uma possível aprovação do texto na vida do trabalhador. Empresários defendem o PL, mas a maioria dos sindicatos é contra. Dentro do próprio sindicalismo o assunto não é unanimidade. Uma coisa é certa: o debate no Congresso tem de
ser feito com responsabilidade e os parlamentares precisam ouvir a sociedade antes de tomar a decisão final sobre o futuro da proposta. Se for preciso que os trabalhadores saiam novamente às ruas e pressionem contra mudanças consideradas prejudiciais, que assim seja. A RD em Revista também traz neste mês entrevista com o prefeito de Santo André, Carlos Grana, que faz balanço da gestão e aponta os principais desafios para os próximos dois anos de mandato. A cidade que completa 462 anos neste mês tem como um dos principais objetivos garantir qualidade do serviço público em meio à queda de arrecadação de impostos. Veja também nesta edição que o monotrilho – chamado erroneamente por alguns de “Metrô do ABC” –, é uma promessa ainda distante no radar da região. A obra, que já foi adiada por diversas vezes, já deveria ter começado. O novo compromisso é que a construção da linha 18 comece no segundo semestre. A lista de adiamentos de obras de mobilidade na região é tão extensa, que fica difícil acreditar em qualquer novo prazo. Só vendo para crer. Airton Resende Diretor do Jornal Repórter Diário
Boa leitura!
O celular, a escola e as relações estabelecidas
É
fácil reconhecer que o interior da sala de aula é um universo que proporciona inúmeras possibilidades para se refletir sobre diversos temas. Nos dias atuais o uso do celular é apenas um desses temas. Cabe destacar que qualquer tema que se reflita em sala de aula necessita ser pensado e repensado por inúmeras perspectivas. Sendo assim não há um único modo de responder a qualquer questionamento levantado. Inclusive há respostas e caminhos mais adequados e outros que não são tão adequados como poderiam. Por conta da forte característica e da “imponência” do celular na sociedade atual, para falar sobre seu uso em sala de aula é preciso ter em mente que ele é usado além dos muros das escolas (locais de trabalho, hospitais, teatros, cinemas, igrejas, consultas, palestras, restaurantes etc..) e com regras próprias. E é exatamente pelo uso do celular fora da escola que é preciso e urgente refletir sobre seu uso dentro. Evidentemente sem perder o foco de que a escola é uma instituição coletiva e tem como meta a aprendizagem e o desenvolvimento dos sujeitos. Além de seguir padrões de organização convencionais determinados pela legislação educacional vigente.
Portanto questões: de legislação (educacional, civil e criminal); da forma como as pessoas em diferentes idades e locais se comportam ao usar o celular; de posicionamentos particulares; da formação docente (inicial e continuada); das inovações tecnológicas; sobre as funções da informação e comunicação na sociedade atual e de saúde pública com a Anomofobia (fobia de ficar sem um aparelho de comunicação móvel).
Desta maneira, esse tema nos apresenta inúmeras possibilidades para refletir e que certamente vão além de um simples: Sou contra ou a favor de seu uso na escola. Todos os envolvidos nas relações em sala de aula devem avançar em suas reflexões, posturas e ações. Eis aí um grande desafio!!! A escola de Educação Básica atua com modalidades de ensino e faixas etárias diferentes que apresentam necessidades específicas, o que torna qualquer ação complexa. Seria inadequado tratar o uso do celular por alunos com a mesma eficiência em faixas etárias tão distintas. Certamente alunos do Ensino Médio teriam condições diferentes desse uso no interior da sala de aula se comparados aos alunos da 3
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Educação Infantil. Isso pensando apenas na questão da idade. E há tantos outros aspectos a serem refletidos sobre o uso desse aparelho em sala de aula. A idade levada em consideração por si só já nortearia alguns levantamentos fundamentais. Toda reflexão necessitará abordar diversos aspectos para saber se estarão adequados em determinado momento para seu uso com a finalidade focada na aprendizagem e no desenvolvimento de posturas éticas. Discussões essas que deverão entender as especificidades da instituição escolar, portanto não é o lugar apenas do senso comum. Uma vez que a discussão seja feita o uso ou a restrição estará diretamente vinculado a essas regras. E mais uma vez estarão abertas quase que automaticamente novas reflexões e posicionamentos. Afinal a escola é por excelência o lugar da reflexão, do debate, do conflito, do conhecimento e da parceria. Francisca Escobedo Fernandez – Mestre em Educação, Pedagoga, Arte Educadora e Professora da rede municipal de Santo André e vice diretora do Centro Educacional ETIP Master – Unidade Lino Jardim
Abril/2015 Foto: Banco de Dados
Opinião
Hilda Lima sobre a manutenção nos equipamentos públicos de Santo André Drogas “Eu iria achar estranho se o consumo de drogas tivesse baixado” Paulo Roberto Martim, sobre a matéria “Tráfico de drogas aumenta 62% no ABC” Silmara Conchão recebe elogio
Mulher “Parabéns para a secretária Silmara Conchão pelas palavras inteligentes e pela demonstração de vontade para construir cada vez mais proteção às mulheres necessitadas” Joana Silvério, sobre entrevista concedida pela Secretária de Políticas para as Mulheres de Santo André, Silmara Conchão Manutenção “Eu quero saber quando vão limpar nossas praças aqui na Vila Palmares e refazer o asfalto porque tem mais buraco do que rua asfaltada”
com 78% no nivel, por que economia e a falta da mesma?” Harley Jerry de Souza, sobre a falta de água no ABC e Grande São Paulo
Garis “Pensei que a greve dos garis ia continuar até o final do ano”. Graça Godói a respeito do fim da greve dos coletores de lixo Manifestações “As pessoas deveriam ir a São Paulo, onde a concentração de manifestantes era maior. Aqui em Santo André só fizeram piorar o trânsito” Élly Dantas, sobre as manifestações contra o governo realizadas em Santo André e no Brasil Desabastecimento “Eu quero entender! Se o que abastece aqui é o braço Rio Grande da Billings, que está
Moradora reclama dos parquímetros
Moedas “Agora inventaram uma nova: parquímetros que engolem as moedas e não imprimem o tíquete. Às vezes, girando o botão vermelho, as moedas voltam, mas nem sempre. Tenho andado em outras cidades do ABC e não vejo essa loucura por causa de um tíquete para estacionar, é bem mais tranquilo. Sandra Bello, sobre o sistema de parquímetros em Santo André
ENTREVISTA
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Carlos Grana diz que cumpriu metade do plano de governo H
á dois anos e três meses no comando da Prefeitura de Santo André, Carlos Grana (PT) avalia que conseguiu cumprir até o momento metade das promessas previstas no plano de governo apresentado na eleição de 2012. O prefeito recebeu o RD em seu gabinete para falar sobre o aniversário de 462 anos da cidade e fazer balanço da gestão. O petista não tem dúvidas em apontar a queda de receitas como o principal problema a ser enfrentado no terceiro ano de mandato. “A gente está com o maior desafio, sem dúvida, de equilibrar os gastos e a receita do município”, avalia o prefeito. Somente em 2014 a cidade arrecadou R$ 18,8 milhões a menos de ICMS em relação ao ano anterior. Com capacidade limitada para investir, a Prefeitura depende de financiamentos ou da liberação de verbas federais e estaduais para tirar do papel obras de grande visibilidade, com potencial para virar vitrines do mandato – caso do alteamento da avenida dos Estados e da revitalização do Parque Guaraciaba, por exemplo. Apesar das limitações orçamentárias, o prefeito vislumbra para 2016 a entrega de diversas obras, como a nova Estação de Tratamento de Água o Hospital da Vila Luzita. “Temos pouco mais de 1 ano e meio de mandato e creio que a gente vai conseguir alcançar, se não 100%, mas muito próximo daquilo que nós propomos”, estima. Um dos prefeitos do ABC que menos mexeu no secretariado desde o começo da gestão, Grana não descarta a possiblidade de realizar trocas no primeiro escalão até o final do mandato.
R$ 130 milhões. Para você ter uma ideia: tínhamos uma expectativa de orçamento de 2014 em R$ 1,3 bilhão. A receita na verdade chegou a apenas R$ 1,07 bilhão. Estamos falando de uma diferença da ordem de R$ 225 milhões. Portanto, é um desafio, com certeza é o maior desafio. Até porque a cidade ampliou uma série de benefícios para o cidadão. Nós criamos o Bilhete Único Municipal. Agora acabamos de consolidar no início do ano o Passe Escolar Gratuito para estudantes, mais investimentos na renovação da frota, ampliação do serviço de saúde, ampliação do número de creches. Evidentemente que a gente está com o maior desafio, sem dúvida, de equilibrar os gastos e a receita do município. Qual sua avaliação sobre a decisão do STF, que determina que as prefeituras terão que quitar os precatórios até 2020? Se prevalecer o prazo de 2020 nossa situação fica insustentável. Nós já pagamos por mês em Santo André, desde que assumi, a ordem de R$ 6 milhões todo mês. Estamos falando de R$ 78 milhões por ano. Se consideramos os 4 anos de mandato, estou falando de praticamente R$ 300 milhões em precatórios, apenas no modelo atual. Dá 3,83% mensalmente do nosso orçamento municipal. Estamos empenhados em atuar junto ao Congresso Nacional para que faça uma nova PEC (Proposta de Emenda Constitucional) e que nesta PEC a gente tenha condições de atender tanto aqueles que recebem e tem direito a receber esses precatórios, como também o equilíbrio e a saúde financeira dos municípios.
Que balanço o prefeito faz desses dois anos e 3 meses de governo? Olhando o nosso programa de governo, que foi o compromisso que pactuei com a cidade em 2012, quando da eleição, creio que 50% a gente conseguiu alcançar. Temos pouco mais de 1 ano e meio de mandato e creio que a gente vai conseguir alcançar, se não 100%, mas muito próximo daquilo que nós nos propomos. Claro que existe uma conjuntura econômica, uma questão de limitação orçamentária que temos que administrar. Uma nova realidade, a partir de uma certa desaceleração da economia. Porem aquilo que é essencial, com certeza, na área de mobilidade, na área da melhoria da qualidade de vida, na área do desenvolvimento sustentável, são nossos três eixos fundamentais de governo. Vamos conseguir grandes conquistas para a cidade. Como manter o funcionamento da cidade com essa queda de arrecadação? É um dos principais desafios da sua gestão? A gente já herdou uma dívida da gestão passada, da ordem de
Foto: Évora Meira
Prefeito de Santo André cita queda nas receitas como desafio do terceiro ano de gestão 5
ENTREVISTA
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Haverá novas mudanças no secretariado até o fim do mandato? A gente nunca pode considerar que não vai haver mudanças. Eu não tenho nenhuma grande reforma. Mas eventualmente teremos sim alguns ajustes a realizar no nosso governo, que inclusive são cotidianos. Às vezes não necessariamente só no secretariado de primeiro escalão, mas sempre há alterações, diretores, coordenadores, então essa mudança pode ser algo que aconteça sim, não descarto nenhuma hipótese. A avaliação negativa do governo federal e do PT pode respingar na avaliação de prefeituras administradas pelo partido, como em Santo André? Acho que o cidadão avalia muito a gestão local. Tanto é verdadeiro, que mesmo no ABC, prefeitos que não tem absolutamente nenhuma relação com o governo federal tem apresentado um desempenho fraco. Eu creio que a relação do munícipe é muito voltada para a questão local, muito mais próxima. Ele avalia se o serviço público está lhe atendendo ou não. Eleição e disputa federal é uma situação e disputa municipal é outra situação. Desde quando nós assumimos, em janeiro de 2013, temos feito uma série de intervenções para melhorar a mobilidade.
Desde a renovação da frota e GPS em todos os ônibus. Promovemos a integração através do Bilhete Único, promovemos o Passe Escola Gratuito, e construímos mais dois corredores compartilhados de ônibus, na rua Carijós e avenida Dom Pedro I. Agora, para mudanças estruturais, é necessário um investimento de grande porte. No plano que nós estabelecemos com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), temos sinal verde, está em fase de conclusão a disponibilidade de R$ 125 milhões para a gente concluir o complexo do viaduto Adib Chammas, no Centro. O alteamento da avenida dos Estados vai ser na altura de Santa Terezinha, no final do [viaduto] Castelo Branco. Eu diria o principal ponto de entroncamento da cidade, que se agravou com a conclusão da interligação com o Rodoanel. São intervenções estruturantes, que requer um volume de recursos maior. Pretendo com certeza já em 2016 estar bastante avançado nessas obras. As verbas federais previstas para Paranapiacaba já foram liberadas? Quando as obras começam? Essas obras estão vinculadas ao PAC Cidades Históricas. Nós já concluímos boa parte dos processos li-
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citatórios. É um programa que ele terá um tempo de consolidação mais longo, talvez não seja nem concluído neste mandato que termina em 2016. Já está definido o que será feito na área que abrigava a favela Gamboa? A área não é só da Prefeitura, é também de propriedade da Eletropaulo. Estamos neste momento negociando com a Eletropaulo a destinação da área. A mais provável é incorporar toda aquela área e integrá-la ao Parque Central, inclusive com uma integração com o Parque Sabina. Essa é a tendência. Agora, temos que negociar com a Eletropaulo. Falando em parque, como obter os R$ 35 milhões necessários para as obras no Parque Guaraciaba? Não posso abrir o parque om aquela vulnerabilidade que existe ali. Mesmo fechado, tivemos vítimas fatais. Imagina uma população se utilizando sem uma garantia de segurança, uma garantia de condições. Não tem no munícipio recursos dessa magnitude. Não vamos reabrir para fazer algo improvisado. Com vidas a gente não pode improvisar. Enquanto a gente não conseguir recursos, vai manter fechado, até que a gente tenha efetivamente uma parceria.
Por que o Hospital da Vila Luzita ainda não foi inaugurado? A gente teve problemas com a empresa que estava executando as obras, suspendemos o contrato e refizemos o processo licitatório e evidentemente estão sendo retomadas as obras. Nosso planejamento é até o final do ano que vem, no máximo, entregar o hospital totalmente pronto, para atender 75 leitos. É uma necessidade e a gente está empenhado nesse sentido. Eu destacaria a rede de proteção da saúde da família. A gente praticamente dobrou o número de equipes na minha gestão, uma aposta na saúde preventiva. Mais do que isso, passamos por um processo de humanização na saúde, de melhoria do atendimento, de melhoria ao cidadão. Vamos entregar nesse mês uma novidade para a cidade, que é a criação do Hospital Dia. Dentro das próprias instalações do CHM (Centro Hospitalar Municipal), vamos destinar toda uma área que será para atender o cidadão. Ele chega de manhã, faz sua cirurgia de pequena e média complexidade, e ao final do dia pode voltar para casa, sem a necessidade de passar a noite no hospital. Leia a íntegra da entrevista no www.reporterdiario.com.br Foto: Évora Meira
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Rastilho
Fotos: Banco de Dados
Trocas Donisete muda Sama e três secretarias
O prefeito Donisete Braga (PT) trocou o comando da Sama, responsável pela distribuição de água em Mauá. Paulo Sérgio Pereira, que é ligado ao deputado estadual Átila Jacomussi (PCdoB), deixa a função de superintendente da autarquia e passa o bastão para Alessandro Baumgartner. A mudança é um rompimento com o clã Jacomussi, apesar de o prefeito negar isso. Ruzibel Sena de Carvalho assume a secretaria de Finanças, Jocelen Ramires vai para a chefia de Gabinete e Elídio Moreira deixa a superintendência da Arsep para assumir a pasta de Comunicação.
Baumgartner, Ruzibel Sena, Jocelen Ramires e Elídio Moreira
Investimento Grana realoca verbas para mobilidade
Belmiro assume presidência em julho
A prefeitura de Santo André pediu à Câmara autorização para realocar verbas do orçamento. Dos R$ 15,6 milhões previstos para reforma do Paço, R$ 6,7 milhões serão utilizados para pagar a contrapartida ao empréstimo do BID destinado a obras de mobilidade. A promessa é começar a construir a segunda alça de acesso do viaduto Adib Chammas no segundo semestre e o alteamento da avenida dos Estados (na região de Santa Terezinha) em 2016. Já a reforma do prédio da Prefeitura vai começar em maio deste ano.
Eleição Sindicato dos Bancários elege novo presidente
Belmiro Moreira foi eleito no dia 15 como novo presidente do Sindicato dos Bancários do ABC. Funcionário do HSBC, Moreira é secretário de Finanças da entidade e substituirá o atual presidente, Eric Nilson, a partir do dia 1º de julho. Eric Nilson, que está no comando do sindicato desde 2012, participará da próxima gestão como membro do conselho de diretores. Aproximadamente 30% da atual diretoria será renovada em julho, com a posse da nova administração. Moreira não teve adversários nessa eleição - a Chapa 1, Experiência e Garra, foi a única a se inscrever. O mandato da nova diretoria será de três anos.
Redes sociais Lixo no Parque Central causa polêmica na web
Um dia após o show de aniversário de Santo André, realizado no dia 12 de abril, as redes sociais foram tomadas por uma polêmica envolvendo o Parque Central, que abrigou o evento. Circularam vídeos e fotos de lixo acumulado no parque. Em um dos vídeos o cinegrafista chegou a falar em “desrespeito ao meio ambiente”. A Prefeitura não deixou por menos e postou na tarde do dia 13 fotos do parque limpo, e o texto: “Um dia após o show de aniversario da cidade, o Parque Central está impecável novamente. E o mais importante de tudo isto: todo material recolhido foi encaminhado para a Central de Triagem de Resíduos Recicláveis”.
Servidores parados Lauro diz que greve é mentirosa e política
Prefeito de Diadema criticou paralisação 8
O prefeito de Diadema fez duras críticas à paralisação dos servidores da cidade, que teve início no dia 15. A categoria, que está em campanha salarial, reclama que Lauro Michels (PV) ofereceu apenas 3,5% de reajuste - muito longe de repor a inflação. “São pessoas que têm partido que pararam de trabalhar. A greve tem muito mais motivação política do que luta pelos interesses dos funcionários”, dispara o verde. A justificativa de Michels para oferecer 3,5% de reajuste é que esse foi o único índice possível para evitar que a cidade não corra o risco de ser enquadrada na Lei de Responsabilidade Fiscal. O prefeito não deu sinais de que vai recuar da proposta.
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Terceirização opõe deputados do ABC
Vicentinho e Alex têm visões opostas sobre tema
Rápidas Auditoria investiga Auricchio
A Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude (SELJ) decidiu instaurar uma “Comissão Averiguadora Interna” para fiscalizar os convênios firmados em 2014. Durante o período, a pasta era comandada pelo ex-prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr. (PTB).
Os dois deputados federais do ABC têm posicionamentos distintos a respeito do polêmico projeto de lei 4330/04, que regulamenta a terceirização. O texto-base da proposta foi aprovado no dia 8 com um placar elástico de 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções. O deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), é frontalmente contra o projeto. Alex Manente (PPS) votou a favor.
Mauá convoca concursados
A prefeitura de Mauá vai convocar nos próximos dias 62 funcionários que passaram em concurso público. Os profissionais vão trabalhar na unidade do Poupatempo que está em construção no município. A previsão é que os serviços tenham início em junho.
Burocracia PAC pauta encontro de prefeitos e Caixa
A burocracia continua atrapalhando importantes projetos que poderiam melhorar a mobilidade do ABC. Somente neste mês os prefeitos da região participaram de duas reuniões com a Caixa Econômica Federal para tentar destravar os projetos. No dia 10 os gestores foram a São Paulo se encontrar com a presidente do banco, Miriam Belchior. No dia 17 conversaram com o vice-presidente do banco, José Carlos Medaglia Filho. Muita conversa para pouco efeito prático. As obras continuam esperando...
Miriam recebeu gestores municipais
Auricchio foi secretário
Prefeitos discutem precatórios
Os prefeitos da região depositam no Congresso Nacional as esperanças para se livrar da determinação do STF, que obriga as prefeituras a quitar todos os precatórios Braga chama até 2020. A ideia é costurar a criação de concursados um projeto de lei que estabeleça novas regras para o pagamento.
Lages veio ao ABC e deixou ministério
Perda de tempo
Bahia critica Paulinho Serra
Encontro com ministro micou
O vereador Evilasio Santana Santos, o Bahia (DEM), está com o discurso afiado contra o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra. O parlamentar elevou o tom contra a gestão de Paulinho em sessões na Câmara.
Não serviu para nada o encontro que os prefeitos do ABC tiveram com o então ministro do Turismo, Vinícius Lages, em março. Menos de um mês depois da reunião, Lages foi substituído no cargo pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. A mudança, aliás, já era cogitada há várias semanas. As demandas apresentadas pelas cidades para reforçar o turismo regional vão ter que ser agora ser apresentadas ao novo ocupante da pasta. O Consórcio ainda não definiu se convidará Alves para visitar a entidade.
Atendimento modernizado
A Câmara de Santo André recebeu projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contrair empréstimo Bahia critica de R$ 20 milhões junto ao BNDES. O valor faz Serra parte de uma linha de financiamento destinada a municípios que querem modernizar o serviço de atendimento ao munícipe.
Limpeza de piscinões demora E o troféu “tartaruga” vai para o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão estadual que somente agora começou a limpar o piscinão de Capuava, em Mauá, depois que o período de chuvas e enchentes já passou. Pior ainda: a última limpeza do reservatório tinha acontecido em 2011.
Drenar Marinho pede a Kassab verbas para piscinão
S. Caetano perde Nelson Robles
As obras do piscinão do Paço de São Bernardo, principal vitrine do governo Luiz Marinho (PT), voltaram a ser tema de reunião entre o prefeito e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab neste mês. Marinho pediu aporte complementar para concluir a construção do reservatório. A prefitura pretende retomar a construção em maio. Kassab ouviu pedido de
Morreu no dia 14 o mestre de cerimônias Pinheiro da Prefeitura de São Caetano, Nelson lamentou Robles, que ocupava o cargo há 18 anos. O locutor tinha 72 anos e atuou nas nas rádios Globo, Bandeirantes, América e Olinda. O prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) lamentou a morte e disse que o profissional é um “exemplo a ser seguido”.
verbas para São Bernardo 9
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Política
Foto: Miguel Denser/PMSA
Obra no córrego Guaixaya, cuja primeira fase já está entregue; recursos federais ajudam a cumprir orçamento
Foto: Banco de Dados
Alberto Alves de Souza relata desafios
Aumentar a arrecadação, a difícil tarefa de Santo André S
anto André comemora seus 462 anos de fundação com uma tarefa difícil em tempos de crise: melhorar sua arrecadação para depender menos de recursos externos. Para cumprir o orçamento deste ano, estipulado em R$ 3,178 bilhões, o município deverá receber R$ 1,150 bilhão em repasses dos governos federal e estadual, cerca de 36,20% do total necessário. Outros R$ 706 milhões ficarão a cargo da administração indireta e o restante previsto, R$ 1,322 bilhão, será realizado com receita própria. Segundo o secretário de Orçamento e Planejamento Participativo de Santo André, Alberto Alves de Souza, a gestão atual assumiu em situação orçamentária e financeira bastante adversa. “O déficit era da ordem de R$ 110 milhões que somados à desaceleração da economia exigiu um esforço em buscar equilíbrio financeiro”, afirma. Desenvolver projetos para captar recursos externos foi uma das formas encontradas para tirar do papel obras importantes para a cidade. Cerca de 80% da verba captada tem origem nos cofres do governo federal e o restante vem do Estado. “Temos bons projetos para captar recursos e trazer novos investimentos ao município. É dessa forma que, mesmo em um momento difícil, conseguimos entregar obras diversas nas áreas de Saúde, Mobilidade Urbana, Educação, entre outros”.
O reajuste nos valores de tributos municipais como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços) é uma forma de aumentar a arrecadação municipal e reduzir a dependência de repasses externos. Essa perspectiva existe, mas Souza nega que ela será feita durante a gestão atual. “Não temos previsão de aumento dos tributos municipais. Trabalhamos também com a perspectiva de melhorarmos a cobrança da dívida ativa”, comenta. Entre as obras entregues este mês pela Prefeitura estão a primeira etapa da canalização do córrego Guaixaya, a revitalização do Parque Chácara Pignatari, que passou a ter padrão paisagístico semelhante ao do Parque Celso Daniel, creche do Jardim Milena e a reforma da unidade de Saúde do Centreville, entre outras ações. Passe livre - O secretário de Orçamento explicou que o passe livre para estudantes no transporte público de Santo André não impactará as finanças do município. O motivo é que o valor da tarifa de R$ 3,50 acordada com as empresas de ônibus da cidade já incluia os custos com esse benefício. “O que a Prefeitura subsidia é o Bilhete Único, assim como fazem outras cidades vizinhas, como São Bernardo e São Paulo”. 10
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Cidade não conseguirá atender nova regra para os precatórios S
Credores - Integrantes da Comissão de Precatórios da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santo André, os advogados Fernando Stábile e Pedro Stábile aprovam a decisão do STF de determinar o pagamento total dos precatórios no prazo de cinco anos. Da forma como estava, a lentidão era tamanha que cerca de 30% dos credores morreram antes de receber o dinheiro a que tinham direito. “Temos oito processos em andamento.No primeiro deles, que envolve 1.397 funcionários públicos de Santo André, cerca de 19% receberam integralmente o pagamento. Outros 30% receberam a dívida parcialmente e cerca de 50% não receberam nada. Falo de um processo que teve início em 1994. Vários clientes morreram e não viram a cor do dinheiro, que ficou para um sucessor”, afirma Fernando. A dívida com precatórios em Santo André é astronômica por conta de uma diferença salarial devida aos funcionários públicos do município. Em 1989, na gestão do prefeito Celso Daniel, uma lei mal escrita deixou dúvida seu um valor extra concedido aos servidores era apenas um abono ou um reajuste salarial. Em 1996, o prefeito Newton Brandão decidiu incorporar o valor em questão aos salários. A decisão resultou em processos por conta da diferença salarial do período (1989 a 1996) que gira em 25%, em média.
e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em 25 de março, de obrigar os municípios a quitarem seus estoques de precatórios até 2020 for mantida, Santo André não conseguirá cumprir a exigência sem que isso afete o investimento em áreas definidas pela Constituição. A cidade deve hoje R$ 800 milhões e destina 3,83% da receita líquida corrente para efetuar os pagamentos ano a ano – acima do exigido pela lei, que fica entre 1% e 2%. Em março esse percentual significou recursos da ordem de R$ 5,8 milhões. A questão dos precatórios (dívidas do poder público) é antiga. Há, inclusive, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) em tramitação no Congresso para definir novas regras. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estima que o montante esteja próximo a R$ 94 bilhões no País. Se o Congresso votar ainda este ano as novas regras para pagamento dos precatórios, a decisão do STF ficará superada e os pagamentos deverão obedecer a esses novos parâmetros. “Caso não ocorra a votação, Santo André praticamente deverá dobrar seu aporte, o que é incompatível com o patamar de despesas existentes, colocando em confronto esses pagamentos e as demais obrigações constitucionais da Prefeitura”, afirma o secretário de Finanças de Santo André, Antônio Carlos Granado. Granado explica que a exigência de quitar os precatórios até 2020 aumentaria os gastos mensais do município entre R$ 11 milhões e R$ 12 milhões por mês. Porém, como se trata de um problema que afeta muitas cidades brasileiras, o secretário acredita que a solução parta do Congresso Nacional.
Discordância - Pedro discorda do discurso da Prefeitura de Santo André sobre a incapacidade de pagamento caso a regra estabelecida pelo STF seja mantida. Ele afirma que a Constituição Federal prevê o financiamento dos precatórios por parte da União. “As prefeituras e os Estados devedores podem pegar dinheiro emprestado com o governo federal para quitar as dívidas de uma única vez e depois pagar o empréstimo num prazo alongado. O que falta é vontade política para isso”, afirma Pedro.
Regras - Uma emenda constitucional de 2009 determinava que os pagamentos dos precatórios fossem parcelados em até 15 anos. A correção dos títulos era feita com base na TR (Taxa Referencial) e era aceita a realização dos chamados leilões inversos, que permitiam ao credor que oferecesse o maior desconto ter preferência para o recebimento. Mas essa emenda foi derrubada em 2013 pelo próprio STF que, desde então, passou a discutir novas regras. No dia 25 de março deste ano, o STF resolveu concluir o assunto decidindo pela exigência de quitação dos precatórios até 2020. Pela nova regra, a correção dos títulos passou a ser pelo IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) a partir do dia 26 de março. Todos os pagamentos realizados do dia 25 de março para trás, com base na TR, foram validados pelos ministros para evitar questionamentos na Justiça. 11
Foto: Banco de Dados
Granado vê com preocupação decisão do STF sobre precatórios
Pedro e Fernando Stábile mostram a quantidade de documentos para transferência dos pagamentos para os sucessores Foto: Évora Meira
Alta Roda
Abril / 2015
Peugeot 2008 pede passagem A
verdadeira invasão de SUVs compactos e crossovers no mercado – três modelos novos em menos de um mês – certamente terá impacto em outros segmentos. Na realidade, acrescentando outros dois nacionais (Ford EcoSport e Renault Duster) e importados como Chevrolet Tracker e Suzuki S-Cross, além dos chineses, haverá mudanças até certo ponto radicais. Stations e monovolumes pequenos serão ainda mais atingidos, mas os próprios hatches e sedãs, tantos os compactos como os médios-compactos, perderão participação. O mercado Foto: Divulgação está ávido por modelos com maior altura livre do solo e inspirados no modo “aventureiro”. Um fenômeno mundial, sem explicações racionais, em tempos de economia de combustível e preocupações com gás carbônico (CO2). Veículos mais pesados e altos vão na contramão do viés de “salvar o planeta”. O 2008 é um típico crossover sem possibilidade de tração 4x4 e nem mesmo versão de entrada. Peugeot assumiu que o público prefere modelos completos e abandonou pacotes de opcionais. É o produto mais em conta (à exceção do Duster) ao Fernando Calmon é engenheiro e jornalista partir de R$ 67.900 (Allure) e chegar a R$ 79.590 (Griffe). Como referência, um Jeep Renegade Trailhawk a diesel 4x4 automáespecializado desde tico, com tudo que tem direito, pode passar de R$ 140.000, se 1967. Sua coluna automobilística aparecer comprador disposto. semanal Alta Roda Em estudo meticuloso, a marca francesa fez comparaé publicada no UOL ções com os concorrentes, inclusive precificando itens que Carros, além de uma estes dispõem e o 2008, não. Na planilha apresentada no rede de 105 jornais, lançamento sempre apareceu com menor preço em versões revistas, portais, sites equivalentes, mas faltaram alguns itens como superfícies de blogs brasileiros. plástico suave entre aqueles visíveis e suspensões indepenCorrespondente para América do Sul do site dentes nas quatro rodas, entre os poucos visíveis. Também just-auto (Inglaterra), não se justifica eliminar encaixes Isofix (originais) para bancos infantis por uma diferença de R$ 100. Em manobras é consultor técnico há avisos sonoros, mas é melhor câmera de ré. de automóveis, de mercado Entre características bastante apreciáveis estão menor diâmeautomobilístico e de tro do volante, o que permite leitura do quadro de instrumentos comunicação por cima dele e o teto panorâmico de vidro (Griffe somente). Tela
multimídia colorida de 7 pol. inclui aplicativo para telefones inteligentes com funções extras. Porta-malas de 355 litros é maior em relação ao EcoSport e Renegade, mas perde para os do Honda HR-V e Duster. A engenharia fez um belo trabalho nas suspensões para conciliar estabilidade e um vão livre de 20 cm. Equipado com o primeiro motor turboflex – THP de 173 cv e 24,5 kgfm – em modelos pequenos (antes do up! que chega dentro de um mês), o 2008 Griffe faz jus ao título dessa Coluna. Por ser relativamente leve, pede passagem até a carros maiores: acelera de 0 a 100 km/h em apenas 8,1 s com câmbio manual de seis marchas. Há quatro modos de assistência à tração nesta versão mais cara, suficientes para uso leve fora-de-estrada. A Peugeot garante que não há espaço físico para um câmbio automático de seis marchas no seu modelo de topo. Mas fontes asseguram que o de quatro marchas será totalmente substituído pelo de seis, já em 2016, em todos os compactos tanto da Peugeot quanto da Citroën, inclusive no motor aspirado de 1,6 L/122 cv. O câmbio automático atual foi recalibrado, tem modo econômico, mas deixa a desejar embora vá representar 70% das vendas, segundo prevê o fabricante.
Foto: Divulgação
Peugeot 2008 é um típico crossover sem possibilidade de tração 4x4 12
RODA VIVA LAND ROVER guarda uma surpresa para o início de 2016, quando inaugura fábrica de Itatiaia (RJ). Conforme a Coluna adiantou, o primeiro modelo a entrar em produção é o Range Rover Evoque, atualmente o mais vendido da marca no Brasil e no mundo. Alguns meses depois será a vez do Discovery Sport. Venda começa agora, importado da Inglaterra. ANFAVEA assumiu que, pelas condições atuais da economia, os números de produção (com impacto direto sobre empregos), vendas e exportações em 2015 serão (bem) piores do que previa. Agora admite queda de 10% e 13,2%, respectivamente, para os dois primeiros indicadores. Restou apenas um dado positivo: mais 1,1% nas exportações. ESTOQUES totais (fábricas e concessionárias) caíram de 50 dias em fevereiro para 46 em março, ainda em torno de 50% acima do ideal. Sindipeças prevê declínio de 11,5% no faturamento nominal de seus cerca de 500 associados. Durante a feira Automec, só setores de peças de reposição e manutenção confiavam na grande frota circulante para sopro de otimismo. EXISTE equilíbrio de vendas entre versões do Cruze: 52%, sedã e 48%, hatch (Sport6). Em termos de câmbio, automáticos estão em 80% dos hatches e nada menos que 95% dos sedãs. Aperfeiçoamentos no automático aparecem claramente no uso cotidiano, em cidade ou estrada. Ambos muito agradáveis de guiar, mas suportes laterais dos assentos dos bancos dianteiros são duros. INMETRO anunciará nos próximos dias a extensão do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) a veículos leves a diesel. Picapes e SUVs de todos os portes terão índices de consumo de combustível para compradores conhecerem os mais econômicos. A GM deve, finalmente, readerir ao PBE, embora não 100% de seus modelos, o que só acontecerá em 2018.
Abril / 2015 Fotos: Évora Meira
Economia
Self storage faz sucesso no meio residencial
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segmento residencial é, por enquanto, o carro-chefe nas demandas da empresa de self storage, Metrofit, que inaugurou em março um edifício de 8 mil m² de área construída e 6 mil m² de área bruta locável, na avenida D. Pedro II, em Santo André. Ainda novidade no município, o empreendimento, até o momento, locou cerca de 150 m² do espaço disponível, o que estaria dentro da meta estipulada, segundo o diretor Hans-Peter Scholl, que já tem plano de expansão no ABC. Pouco difundido no Brasil, o self storage é um conceito de locação de boxes para armazenagem para variados tipos de produtos. A estrutura é montada para atender o consumidor comum e também empresas. De acordo com Scholl, a escolha de Santo andré se deu por conta de pesquisas de mercado que apontam o alto poder aquisitivo da população e carência de locais semelhantes que atuem dentro do mesmo sistema. “Estamos instalados em um ponto estratégico, próximo a residências de alto padrão e com muitas empresas comerciais no entorno. Por enquanto, a procura tem sido maior por clientes residenciais. E tem sido boa. Fomos consultados por um cliente de Santos, pois lá ainda não há nada parecido”, diz. A procura maior por cliente pessoa física não é exclusividade de Santo André. Na unidade localizada na marginal Tietê, em São Paulo, 60% das locações são feitas por este público. Lá o índice de ocupação está em torno de 40%. Até o primeiro trimestre de 2016 a região ganhará outro empreendimento da Metrofit, no Espaço Cerâmica, em São Caetano. Esta unidade receberá investimento de cerca de R$ 30 milhões e terá 9 mil m² de área, sendo 6,4 mil m² de área bruta locável. A expectativa é de que dentro de três a quatro anos, cada unidade fature em torno de R$ 4 milhões por ano.
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Praticidade - Scholl faz questão de reforçar que a empresa não oferece serviço, mas praticidade e comodidade. O interessado paga, em média, R$ 70 o metro quadrado e pode locar espaços de 1 m² a 30 m² . O transporte e armazenamento dos objetos são de responsabilidade do locatário. “Não fazemos o transporte. Temos parceiros que costumamos indicar. O que oferecemos é o espaço em si e toda a infraestrutura necessária para garantir a movimentação dos bens da entrada do prédio até o box, inclusive segurança 24 horas com pessoal treinado e câmeras de vídeo”, explica. Há docas com dois níveis de altura para carga e descarga, elevadores, carrinhos de mão para transporte, e as portas dos boxes foram importadas dos Estados Unidos porque no Brasil não há similares. “É uma porta com um sistema de molas que torna o abrir e fechar bem fácil. Assim, qualquer pessoa, homem ou mulher, pode manusear sem dificuldade. A ideia é que o espaço seja uma extensão da casa”, explica. As possibilidades de uso são muitas. Pode-se armazenar móveis, carros motos, canoas, produtos eletroeletrônicos, materiais de construção, roupas e tudo aquilo que o cliente Hans-Peter Scholl, quer guardar, mas não tem espaço. “É claro que há algumas diretor da Metrofit, restrições. Por exemplo, não permitimos o armazenamento diz que chegou de combustível porque há risco de explosão. Mas tudo está em Santo André e especificado no contrato”, comenta. também vai para Outra vantagem apontada por Scholl é que o contrato São Caetano de aluguel é de apenas um mês e o pagamento é feito por meio de boleto bancário. Desta forma, o contrato pode ser rompido a qualquer momento ou, se houver necessidade, o espaço locado pode ser trocado por outro maior ou menor.”Em média as pessoas mantém o armazenamento pelo período de seis a nove meses. Cerca de 20% deixam os bens guardados por tempo indeterminado”, conta.
Abril/2015
Economia
Foto: Évora Meira
Aos 90 anos, Vigorito não tem pressa para crescer Hermes afirma que o ABC é estratégico para os negócios do Grupo
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rescer devagar e de forma contínua para não perder o foco na qualidade é a estratégia do Grupo Vigorito, que comemora 90 anos de fundação. Com quatro unidades no ABC, a empresa é uma das mais tradicionais redes de concessionárias do País. No ano passado faturou R$ 1,043 bilhão e a meta para 2015 é pelo menos repetir o desempenho, apesar da crise econômica que tem atrapalhado as vendas de automóveis no Brasil. “Crescer muito rápido significa abrir mão de certos princípios como, por exemplo, investir em treinamento de funcionários. Isso pode trazer problemas de atendimento. Por isso, nossa ideia é crescer com calma. O mercado de veículos se baseia na oportunidade, ninguém abre loja somente porque deseja”, afirmou o diretor superintendente do Grupo, Hermes Schincariol Júnior. Em média, os funcionários passam por 30 horas de treinamento por ano. A parte técnica é de responsabilidade das montadoras e à concessionária cabe a realização de cursos e palestras, a maioria voltada à área de atendimento tanto de vendas quanto de oficina. A rede - A Vigorito foi fundada em 1925 por Felício Vigorito no município de Capivari, interior do Estado, como revenda autorizada da General Motors. Nos anos 1960 a sede da empresa passou a ser em Guarulhos e em 1999 foi aberta a primeira unidade no ABC, por meio da aquisição da antiga Diasa, em Santo André. Há uma outra unidade da Vigorito em Mauá e duas unidades da Vigo Motors, que atua com a bandeira Volkswagen, uma em Santo André e outra em São Bernardo. O Grupo como um todo tem 850 funcionários (cerca de
200 no ABC) e é formado por 14 lojas que representam as marcas Kia e Nissan, além das já citadas GM e Volkswagen. “Fomos nos reinventando ao longo dos anos para ganhar mercado e expandir nossos negócios. É um modelo que deu certo”, garantiu Júnior. As unidades instaladas na região são consideradas estratégicas para o grupo por conta do poder aquisitivo dos clientes. O executivo tomou como exemplo as vendas da concessionária GM que, além das duas revendas locais, conta com outras seis espalhadas pela Grande São Paulo. “Cerca de 40% do faturamento é obtido pelas duas lojas daqui”.
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Promoção - Os últimos cinco anos foram importantes para a Vigorito, cujo faturamento saltou dos R$ 780 milhões para R$ 1,043 bilhão, salto de 33,09%. Em termos de unidades vendidas o crescimento tem sido de 10% ao ano. Ocorre que 2015 começou diferente para os planos da empresa. Com a crise econômica as vendas tiveram retração em torno de 20% neste primeiro trimestre. Festejar o aniversário de 90 anos justamente em um período de crise pode ser um diferencial para manter a comercialização de carros em um patamar tranquilizador. Para celebrar as nove décadas, as lojas do Grupo estão sorteando um carro por mês até o final do ano. Para concorrer é preciso comprar um carro (novo ou usado) ou gastar a partir de R$ 500 em peças e serviços de oficina. “O cliente ganha um cupom. Já entregamos dois carros e em breve entregaremos o terceiro. Queremos que os nossos clientes se sintam especiais e também aumentar as vendas de veículos novos e usados que, no momento, está em 2 mil unidades por mês”, disse o diretor superintendente.
Economia
Fotos Públicas/ Davi Alves/
Terceirização é ameaça ao trabalhador?
de obra. “O grau de especialização vai aumentar e não vejo como isso poderá reduzir salários porque os trabalhadores continuarão protegidos pela CLT. Ao contrário do que dizem o empresário não quer simplesmente economizar com salários. O que precisa é de flexibilidade”, diz. O presidente da seção de Santo André da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fábio Picarelli, concorda. Para o dirigente, o trabalhador não será prejudicado porque uma das emendas garante manutenção do piso salarial de acordo com a atividade econômica. Na sua opinião, o que está em jogo é a representatividade sindical. “Em tese, se a atividade fim for terceirizada, os sindicatos de prestadores de serviços ganham e os tradicionais perdem porque a base atual deles tende a encolher”, analisa.
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Márcio Ferreira negocia com a Pirelli lay-off de 450 funcionários
Aroaldo Silva discorda de que a PL 4330 protege os trabalhadores
Projeto de Lei (PL) 4.330, de 2004, que versa sobre a terceirização do trabalho, é a mais nova preocupação da classe sindical brasileira. No ABC, berço da indústria nacional e cenário das mais expressivas manifestações do País em defesa dos direitos dos trabalhadores, todos os sindicatos, mesmo aqueles ligados à Força Sindical – que apoia o PL – se dizem contrários ao trabalho terceirizado. Enquanto isso, empresários comemoram a aprovação do PL na Câmara dos Deputados, mesmo que ainda falte a votação de emendas e a aprovação no Senado. Quem é a favor diz que a nova regra tornará as empresas mais competitivas, pois dará a elas mais flexibilidade de gestão. Quem é contra afirma que haverá precarização do trabalho e, com isso, redução da remuneração da mão de obra. Mauro Miaguti, vice-diretor do Ciesp São Bernardo (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), entende que o projeto beneficia os dois lados porque regulamenta o mercado. “Isso vai contribuir com a geração de empregos principalmente porque as empresas investirão nesse segmento sem medo, já que agora têm um conjunto bem definido de regras, o que não havia até agora”, analisa. Entre as emendas propostas, há a exigência de que a prestadora de serviço seja especializada em uma determinada área ou função. Sendo assim, as empresas ficarão proibidas de oferecer mão de obra para setores diferentes da contratante. Uma empresa de vigilância não pode também oferecer serviços de limpeza ou de alimentação. E isso vale para atividades meio (de apoio) ou para a atividade fim (principal) da contratante. Flexibilidade - Para Miaguti, as terceiras terão de investir em treinamento e isso vai melhorar a qualidade da mão
Metalúrgicos temem rotatividade
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), Aroaldo Oliveira Silva, rebate a tese de que o trabalhador estará protegido caso a terceirização seja aprovada em todas as instâncias, e lembra que o histórico de terceirização no Brasil é negativo. “Na década de 1990 começou um processo de demitir funcionário e recontratá-lo como pessoa jurídica, sem nenhum direito assegurado”, conta. Aroaldo até concorda que a PL, ao regulamentar o setor, contribui positivamente em questões pontuais, como a exigência de que a contratante fiscalize o recolhimento do INSS e FGTS. “Atualmente isso está solto”, diz. Mas reforça que a terceirização reduzirá os benefícios e aumentará a rotatividade nas empresas. “A prestadora de serviços pode ser trocada a qualquer momento ou o contrato de prestação de serviços pode ser por tempo determinado”, afirma. 16
Abril/2015 Fotos: Banco de Dados
Outra preocupação é que numa grande empresa, cada setor poderá ser operado por diferente prestadora de serviço, o que enfraquecerá os funcionários nos momentos de negociação do dissídio coletivo. Hoje os pisos salariais são definidos conforme o porte das empresas. Elas são separadas em grupos. Nas montadoras, o piso é maior do que em uma pequena autopeça com 50 empregados registrados. O trabalhador não será mais funcionário da grande indústria e sim da pequena prestadora de serviços. Cícero Martinha, presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, tem a mesma opinião. Ficará mais difícil para o sindicato fiscalizar uma grande quantidade de pequenas empresas. Vale ressaltar que o sindicato andreense é ligado à Força Sindical, central que apoiou a aprovação do projeto na Câmara. “Muitas delas não vão ter nem Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e já está comprovado que, no Brasil, as terceirizadas pagam salário 25% a 30% menor, em média e o índice de acidentes é o dobro se comparado com empresas onde não há terceirização”, diz.
funcionários tenham os contratos suspensos. “Queremos pelo menos garantir vale transporte para os afastados, pois eles terão de frequentar cursos durante os cinco meses de duração do lay-off ”, diz. Coincidência ou não a Pirelli foi adquirida pelo grupo chinês ChemChina (China National Chemical Corp) por US$ 7,7 bilhões, mas a empresa garante que isso não teve influência alguma no lay-off. A razão seria a queda vertiginosa nas Martinha lembra vendas. Na ocasião do anúncio da compra, em março, a ne- que o histórico da gociação estimulou especulações de que a empresa pudesse terceirização não é sair de Santo André. muito bom no País A Mercedes-Benz anunciou a demissão de 500 dos 750 trabalhadores da fábrica de São Bernardo que estavam em regime de lay-off. A montadora alega que a planta de São Bernardo está operando com baixa produção, com ociosidade na casa dos 40%. Os desligamentos dos 500 profissionais entram em vigor no dia 4 de maio. A Volkswagen por sua vez anunciou férias coletivas entre 4 e 14 de maio e a General Motors já ofereceu programa de demissão voluntária (PDV ), que teve baixa adesão. Tudo para diminuir a mão de obra. Miguel Torres diz Números divulgados pelo Ciesp revelam o tamanho do que o projeto drama. As indústrias do ABC fecharam 2.950 postos de trababase em si é um lho em março, o que significa redução de 1,38% em relação retrocesso ao número de empregados em fevereiro.
Força apoia com emendas
Até mesmo a Força Sindical diz que só apoiou a aprovação do projeto de lei por conta de emendas sugeridas pelo presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. “O projeto base em si é um retrocesso. Mas nos dias de hoje já há muita gente terceirizada no mercado e sem proteção alguma da lei. Por essa razão, decidimos apoiar a aprovação desde que as emendas indicadas também sejam aprovadas”, diz o atual presidente da Central Sindical, Miguel Torres. As emendas citadas por Torres buscam instituir a responsabilidade subsidiária e solidária da contratante caso a contratada não cumpra com as obrigações trabalhistas e também assegurar a representação sindical dos trabalhadores nas negociações entre a empresa fornecedora de mão de obra e a contratante. Uma das emendas propostas visa evitar que parte dos trabalhadores tenha a representação sindical alterada. Isso porque a prestadora de serviço tem de ser da mesma categoria econômica da contratante. Dessa forma, quem presta serviços para uma indústria metalúrgica estará automaticamente ligado ao sindicato da categoria profissional, proposta que desagrada os sindicatos que representam os trabalhadores terceirizados na atualidade.
Investimento - Na contramão, a Toyota, anunciou em março a conclusão da fase inicial do projeto de revitalização da planta de São Bernardo. Batizado São Bernardo Reborn, o projeto contempla diversas ações, como a implantação do terceiro turno no setor de forjaria, que passará a produzir peças para abastecer a futura fábrica em Porto Feliz (SP), com previsão de inauguração no primeiro semestre de 2016, e onde serão fabricados os motores 1.3L e 1.5L do Etios. A fase inicial do projeto contempla a transferência da sede administrativa da Toyota de São Paulo para o ABC. Outra boa notícia é de que a montadora produzirá o veículo híbrido Prius na região.
Com unidade em Santo André, Pirelli foi afetada pela queda nas vendas Foto: Évora Meira
Demissões são outra preocupação
O próximo Dia do Trabalho, 1° de maio, tem tudo para ser um dos mais agitados. Além da luta contra o projeto de terceirização, os sindicatos locais e a base de trabalhadores representada por eles têm pela frente um cenário repleto de demissões em diversos setores, suspensão temporária de contratos de trabalho (lay-off ) e programas de demissão voluntária. Na Pirelli, em Santo André, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Borracheiros da Grande São Paulo (Sintrabor), Márcio Ferreira, negocia com os executivos da fabricante de pneus sistema de lay-off. A previsão é de que 450 17
Moda
Abril/2015
Transparências e bordados dão toque na hora do sim
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Novos modelos de vestidos abusam do tule e jovialidade
aio está quase aí. Apesar dos casamentos acontecerem ao longo de todo o ano, o mês ainda é o preferido por muitas noivas para subir ao altar. Por isso, a RD em Revista quis saber quais são as novas tendências quando o assunto é o vestido e descobriu algumas novidades, em modelos e tecidos, na ótica de Sonia Angeli, coordenadora de moda da Casablanca, em Santo André; e Eliane Piccinin, estilista de São Bernardo. Sonia diz que a maior diferença hoje é em relação ao vestido modelo tomara-que-caia, que caiu em desuso. O figurino, que era escolhido por mais de 90% das noivas, ganhou tules e transparências. No ramo dos vestidos feitos sob medida, o mais procurado também foge do que era considerado tradicional. “As mangas longas são cada vez mais pedidas”, diz Eliane ao atribuir à estação o motivo da preferência. Ainda assim, é um elemento que acrescenta elegância ao modelo, e pode ser usado em qualquer época do ano, completa. Sonia conta que nas lojas os modelos princesa e semi-sereia são os mais procurados. O primeiro lembra os vestidos usados pelas protagonistas dos contos de fadas da Disney. É justo na parte do busto e da cintura e, para contrastar, tem uma saia
bem cheia e rodada. Já o semi-sereia modela mais o corpo da mulher. É uma variação do conhecido sereia, mas permite maior conforto para a noiva, por ficar mais solto a partir das coxas. Em relação aos tecidos, a renda ainda lidera o ranking dos casamentos, um dos motivos é a versatilidade do material. “A renda traz sempre uma pitada de tradição ao visual. Pode tanto recobrir todo o vestido, como ser reaplicada em outros materiais, para criar novos desenhos, é versátil”, comenta Sonia. Os bordados também aparecem com frequência. “As opções mais escolhidas são os cristais e as pérolas, que sempre fazem a noiva brilhar”, diz a coordenadora de moda da Casablanca. Os detalhes acompanham os tules, responsáveis pela transparência e ousadia do modelo de casamento de 2015. “São vestidos diferentes, mas no limite. Fogem do tradicional, mas ainda têm cara de noiva”, conta. Os véus longos são elementos que estão em alta. “Mas as caudas muito exageradas já não são muito usadas”, conta Eliane. São acompanhadas por vestidos que, muitas vezes, dão destaque às costas ou têm decote em forma de V. Os visuais de ombro a ombro ou de um ombro só também são pedidos por quem procura hoje os ateliês. Esses modelos variam de acordo com a cliente e o corpo, mas compõem a maioria dos vestidos atualmente. Para quem procura uma alternativa para o branco, o nuance da cor chamado off-white é uma opção. O tom puxa mais para o pérola, e é um diferencial que não se afasta tanto do que é normalmente usado. “Além do off-white, também temos alguns modelos com bordados em outras cores, como o vermelho, para as noivas que querem ousar mais”, diz Sonia. O preço do vestido dos sonhos oscila bastante, em ambos os casos. Tudo depende do tecido e dos detalhes escolhidos pela noiva. Mas, para comprar um vestido pronto ou realizar o primeiro aluguel, a faixa inicial é de R$ 3,5 mil. Já para ter o modelo feito sob encomenda precisa desembolsar pelo menos R$ 6 mil.
Fotos: Divulgação
Moda masculina e infantil - Para os noivos, o segredo é a simplicidade. “O corte preferido é o slim, ajustado ao corpo”, diz Mirian Faian, proprietária da loja Vestire, em São Bernardo. Em tecidos, aqueles com mais brilho dão graça ao look. Quando o assunto são os pequenos, muitos adereços também não são recomendados. “Para os meninos, fazemos a mesma linha dos adultos. Já para as daminhas, os vestidos são sempre simples, com o diferencial apenas na cor da faixa da cintura”, comenta. Casablanca – rua Campos Sales, 466, Santo André. Tel.: 4436-8500. Ateliê Eliane Piccinin – avenida Getúlio Vargas, 499, São Bernardo. Tel.: 4123-0030. Vestire – avenida Caminho do Mar, 2995, São Bernardo. Tel.: 4368-5660. 18
Abril/2015 Fotos: Divulgação
Na festa, a dica é ousar F
estas de casamento são momentos de muita alegria, mas que geram tensão na tomada de decisões. Para ajudar nessa hora, profissionais do ramo contaram o que está em alta para festas de casamento hoje e, ainda, dão algumas recomendações. A principal é que o cardápio não precisa seguir um padrão. Simon Calcin, chef de cozinha do Grupo 7 Mares, rede com três buffets em São Caetano, comenta que os noivos devem ter liberdade em relação à comida ao realizarem uma festa. “O que é definido previamente é o estilo do cardápio, ou seja, a quantidade de pratos principais e finger food (alimentos que podem ser comidos com a mão) servidos”, diz. O tipo de comida fica por conta da criatividade e gosto do casal. O pacote oferecido pelo 7 Mares inclui, além do cardápio escolhido, coquetel, bebidas e sobremesa e sai cerca de R$ 100 por convidado. Na decoração, Heloisa Massolini, proprietária do Grande Ville Buffet, em Santo André, diz que a novidade são as festas vintage – em outras palavras, à moda antiga. “Objetos antigos, como
câmeras e máquinas de escrever, trazem graça ao ambiente em decorações vintage”, afirma. Para reforçar o estilo, a dica é os avós levarem as alianças ao invés dos pajens, comenta. As atrações em alta no mercado são as que interagem com os convidados. “Um bom exemplo são as cabines de fotos”, conta Heloisa. A máquina imprime as fotografias em apenas alguns segundos após serem tiradas. Há casos em que os noivos disponibilizam até acessórios para tornar a lembrança mais divertida. “A brincadeira fica como a lembrancinha da festa”, sugere. No campo - Mas, se o casal quiser um casamento fora do tradicional, a festa na chácara é uma opção. Alessandro Leone, proprietário da empresa Noivas no Campo, fala sobre as vantagens de casar no campo. “É uma alternativa econômica que foge da formalidade do casamento urbano”, diz. O ambiente rural é por si só agradável, e, assim, não exige uma decoração rebuscada. “A noiva pode fazer o cenário do casamento com a ajuda, por exemplo, do futuro marido ou da família”, comenta Leone. Grupo 7 Mares - estrada das Lágrimas, 1816, S.Caetano. Tel.: 4238-4622 Grande Ville Buffet - av. D. Pedro II, 3094, Santo André. Tel.: 4991-3170 Noivas No Campo (sede) - Emporium das Noivas - rua Amazonas, 1307, São Caetano. Tel.: 2376-5580 19
Decoração
Abril/2015
Foto: Marcello Garcia
Andreia diz que os preços atendem a todos os bolsos
Foto: Évora Meira
Para Rose, imitação de pedras nobres se popularizou
Preço e qualidade abrem espaço para porcelanato O
branco, cinza e marrom – e também o porcelanato acetinado, que além de ser liso possui tonalidade mais fosca. “Nós preferimos esses tipos mais versáteis por comprometerem menos a decoração e serem os que mais agradam os clientes”, explica.
que antes era uma opção restrita às classes mais altas e com melhor poder aquisitivo agora começa a se tornar mais acessível. Com a diminuição dos preços do porcelanato, a tendência é que o consumidor passe a utilizar mais o material na reforma ou construção da residência. De acordo com Andreia Hernandes, coproprietária do escritório AHPH de Arquitetura, a variação dos preços ainda é grande, mas o que chama atenção são as possibilidades para qualquer tipo de orçamento. A arquiteta conta que hoje o metro quadrado vai de R$ 30 a R$ 1 mil e depende muito dos modelos e do fabricante do produto. “O bacana disso é que democratiza o uso, pois tem preço para todos os bolsos”, afirma. Além disso, o porcelanato é um material nobre e com porosidade próxima a zero, o que o torna mais duro, compacto e resistente quando comparado ao revestimento de cerâmica. “Se uma chave de fenda cai de ponta no porcelanato e no revestimento comum, o dano vai ser maior na cerâmica”, exemplifica Andreia.
Pedras - A arquiteta Rose Chaves, do escritório Prime Revest, complementa que as peças que imitam pedras nobres (mármores e granitos) também estão se tornando mais populares por conta dos preços mais acessíveis. “O preço ainda é alto, mas mesmo assim é mais barato do que uma peça de marmoraria, porque a mão de obra está muito cara hoje em dia”, conta. Há também os porcelanatos coloridos, mas Andreia orienta que é preciso tomar cuidado com o local onde o material será aplicado. “Se o objetivo for dar um caráter mais lúdico ao ambiente, aí tudo bem”, comenta. Outra recomendação é que o porcelanato seja aplicado em áreas molhadas. “Nós sempre fazemos essa recomendação para cozinha, banheiro ou áreas de serviço porque o porcelanato não mancha e é mais fácil de limpar”, declara. Para completar, a arquiteta relembra que há os tipos antiderrapantes, que podem ser boas opções nesses casos. O porcelanato é tipicamente fabricado em tamanhos maiores que os pisos de cerâmica, portanto, o contrapiso do cômodo deve estar nivelado e sem irregularidades para não surgirem trincas depois. Rose Chaves informa que os tamanhos menores, de 60 x 60 cm, estão voltando ao mercado e são ideais para quem mora em apartamentos. “As peças normais são grandes, por isso as menores voltaram a ser fabricadas para os apartamentos pequenos”, explica. O alerta é quanto à aplicação ou remoção do porcelanato. Ao contrário do que muitos imaginam, o cuidado é indispensável na hora da instalação dos pisos, em razão das dimensões das peças, que variam de 80 cm a 1,20 m de lado, o que torna necessário o uso de ferramentas específicas no momento do corte. Com relação à remoção, a dificuldade é a mesma. “A probabilidade de perder peças é grande e eu falo para os clientes nem contarem com isso”, comenta Rose Chaves.
Variedade - A escolha do modelo do porcelanato depende do gosto do cliente. Entre as opções estão os porcelanatos brilhantes e não brilhantes, sendo que o segundo tipo se divide em acetinado (sem aspereza) e rústico (que imita madeira, concreto ou pedras nobres). Apesar da variedade, Andreia explica que sempre prioriza as cores mais neutras nos projetos arquitetônicos – como Foto: Divulgação
Com preço atraente e qualidade, porcelanato rouba reinado da cerâmica 20
Limpeza - Na limpeza, o cuidado é com relação ao uso dos produtos adequados. A contraindicação é somente no uso de produtos abrasivos. “O pessoal acaba utilizando o sabão em pó porque é o que está aí, mas não é certo. Tanto que muitas vezes a pessoa quer dar brilho e então ela passa o lustra móveis”, relata. Segundo Rose Chaves, o lustra móveis possui gordura e desenvolve espécie de camada de cera por cima do piso e isso faz com que ele precise de polimento, que se não é feito o porcelanato começa a estragar. “Muita gente não usa o produto correto porque não tem acesso, mas o ideal é usar o adequado”, ressalta.Na dúvida em relação ao produto ou procedimento correto, o melhor é o consumidor consultar um especialista na área.
saúde
Abril/2015
Estação favorece doenças respiratórias O
enças crônicas, como asmas e bronquites, mas a umidade do ar, principalmente se estiver abaixo da média. “Com o tempo seco, as vias respiratórias perdem um pouco da mucosa natural que funciona como proteção contra os vírus e bactérias”, afirma. “O frio oferece risco justamente pelo fato de as pessoas se aglomerarem em ambientes fechados para tentar se aquecer. Nesses ambientes, as doenças se espalham”, diz .
outono trouxe novamente a onda de problemas respiratórios, como alergias, gripes e outras doenças, em razão do tempo seco, poluição e hábitos da população, como permanecer em locais fechados. Por isso, a recomendação é aumentar a higiene das mãos, ingerir bastante líquido, cuidar da alimentação e evitar ambientes com pouca ventilação. Segundo especialistas, no outono aumentam em até 30% os casos de rinite, sinusite e gripes. Conjuntivite e outras doenças virais e bacterianas também estão na lista das mais recorrentes. Cristina Vidal, farmacêutica responsável da Farmácia Escola da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), afirma que é importante deixar sempre uma janela aberta no ambiente para permitir a circulação do ar. Em locais fechados os vírus e bactérias circulam mais facilmente e, com isso, os riscos de contaminação de quem está presente aumentam. A epidemia da H1N1, em 2009, para a farmacêutica, incentivou a população a higienizar melhor as mãos e a deixar que o ar circulasse nos ambientes, e essa prática não pode ser esquecida no outono. “É importante, mesmo no frio, ter sempre uma fresta na janela aberta para a circulação do ar, seja em escolas ou no transporte público”, ensina. Ao contrário do mito, o frio não é o principal fator a causar doenças em crianças, idosos e pessoas que já apresentam do-
Inversão térmica - As temperaturas mais baixas trazem, ainda, outro problema, principalmente em regiões urbanizadas, a inversão térmica, em que o ar frio se prende à superfície da Terra e impede a dispersão dos poluentes. Segundo a especialista, a alta exposição à poluição durante as estações frias acarretam, principalmente, maior incidência de alergias, como rinites e sinusites. Os usuários do transporte público estão entre as principais vítimas das doenças respiratórias. Cristina reconhece que não existem soluções individuais, apenas coletivas. “Além de se manter as janelas abertas, os gestores precisam pensar em políticas públicas para redução da emissão de gases poluentes, como incentivar mais o uso de transporte coletivo”, sugere. Outra preocupação de Cristina é sobre a automedicação. “É perigoso porque se uma da gripe não for bem tratada, o vírus poderá ficar encubado e se desenvolver como sinusite ou rinite”, alerta.
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Cidades
Abril/2015
Unidades Poupatempo de Mauá e Santo André atrasam A
Foto: Évora Meira
inauguaração das unidades do Poupatempo em Mauá e Santo André atrasaram. A entrega dos equipamentos estava prevista para março deste ano. Agora, cada uma das unidades tem um prazo diferente para ficar pronta. A Prodesp, responsável pela implantação da rede Poupatempo, prevê a inauguração em Mauá somente em junho, enquanto Santo André tem previsão de entrega para maio. A justificativa da Prodesp difere em cada cidade. “Em Mauá nós tivemos problema na licitação”, explica o diretor da Prodesp, Admir Ferro. “O certame teve recursos que acabaram atrasando a entrega, o que é incomum, porque normalmente nós não temos problema na licitação. Mas agora já está tudo definido. O contrato deve ser assinado já nesta semana e começa a correr o prazo”, diz. O Poupatempo de Mauá está sendo construído na rua Cineasta Glauber Rocha, no Jardim Cerqueira Leite, na região central da cidade. O terreno de 10,8 mil m² foi cedido pela Prefeitura e antes
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abrigava a Secretaria de Serviços Urbanos. A Prefeitura pretende convocar 62 funcionários aprovados em concurso para a unidade. Em Santo André, o problema estaria entre a Prefeitura e o shopping. “Eles [shopping] precisavam fazer a ampliação, mas pelas informações que eu tenho esse alvará demorou para ser emitido pela Prefeitura”, conta. O Poupatempo local vai funcionar no Shopping Atrium, na avenida Giovanni Batista Pirelli, ao lado do cinema. Adiamentos - O ABC conta com duas unidades do Poupatempo em operação: em São Bernardo e Diadema, esta inaugurada em dezembro do ano passado. A promessa do governo do Estado era também entregar em dezembro de 2014 as unidades de Mauá e Santo André, mas o prazo mudou para março, e agora foi alterado novamente. O Poupatempo de São Bernardo foi inaugurado em 2001 e funciona em um galpão antes ocupado pela Tecelagem Elni, na rua Nicolau Filizola. A unidade de Diadema foi instalada na rua Amélia Eugênia, no Centro, em espaço onde antes funcionava a central de atendimento ao munícipe.
Rápidas/cidades
Abril/2015 Foto: Évora Meira
Faculdades disputam medicina no ABC O Ministério da Educação divulgou a relação de instituições de ensino que estão na disputa para oferecer cursos de medicina em Mauá e São Bernardo. Em Mauá, a disputa ocorre entre Uninove e a Faculdade Renil. Em São Bernardo estão na briga Uninove, Anhanguera, Metodista, São Judas, Mackenzie, Anhembi-Morumbi, Sociedade Regional de Ensino e Saúde (de Campinas) e Universidade Estácio de Sá.
Meta é elevar de 6% para 20% o volume
Coleta seletiva Semasa pretende triplicar reciclagem
Com o objetivo de aumentar o índice de coleta seletiva em Santo André, o Semasa (Serviço de Saneamento Ambiental de Santo André) deu início neste mês a uma campanha de conscientização. O objetivo é elevar de 6% para 20% a quantidade de resíduos que vão para reciclagem. A meta é ambiciosa e não é nova. Em 2013, no primeiro ano do governo Carlos Grana, o Semasa já falava em elevar a coleta para 20%. Desde então, pouco se avançou. Foto: Divulgação
Tropa de elite ganha prédio na Goiás
Segurança
São Caetano ganha base avançada do Garra São Caetano terá até o início de maio o funcionamento de uma base avançada do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). A tropa de elite da Polícia Civil ocupará o prédio da avenida Goiás, 270, onde funcionava o Ciretran, cujo serviço foi transferido para o Atende Fácil.
Foto: Marcos Santos/USP/Imagens
Nove instituições brigam pelos dois cursos Foto: Banco de Dados
Mais devagar Ribeirão reduz limite de velocidade em via
A avenida Humberto de Campos, uma das mais importantes de Ribeirão Pires, teve a velocidade reduzida de 60 km/h para 50 km/h. O objetivo da mudança, segundo a Secretaria de Transportes e Trânsito, é reduzir o número de acidentes. A alteração é válida para toda a extensão da via.
Aumento será de 12,99% no mês que vem
Trânsito Reajuste Centro de Sto. André Corrida de táxi sobe tem mudanças viárias no dia 1º de maio A Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André implantou mudanças no viário da região central. O motorista que utiliza a rua Cel. Fernando Prestes (para quem tem a vila Assunção como destino), deve agora utilizar a rua Venezuela, não sendo mais permitida a conversão à esquerda na avenida dr. Alberto Benedetti. Segundo a Prefeitura, as mudanças visam o aumento da capacidade no fluxo das vias e a velocidade nos horários de pico.
Andar de táxi vai ficar mais caro no ABC. Os preços cobrados pelas viagens serão reajustados em 12,99% no dia 1º de maio. A bandeirada (valor que o passageiro desembolsa logo no início da viagem) vai passar de R$ 4 para R$ 4,50. O quilômetro rodado na bandeira 1 passa de R$ 2,42 para R$ 2,70. O quilômetro rodado na bandeira 2 aumentará de R$ 2,91 para R$ 3,20. A hora parada, que atualmente custa R$ 25, vai passar para R$ 29 a partir do mês que vem. A taxa de divisa entre as cidades continuará a ser cobrada.
Crise hídrica Billings começa a abastecer Capital
A Sabesp começou no dia 13 a levar água da represa Billings para a Capital. A empresa colocou em operação uma adutora de 2,1 km que liga o Rio Grande (braço limpo da Billings) a bairros da Zona Sul de São Paulo, na divisa com Diadema. Cerca de 250 mil moradores de bairros da Capital, como Balneário São Francisco, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacuri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira, que antes eram atendidos pelo sistema Guarapiranga, agora recebem água do Rio Grande. A construção da adutora custou R$ 7,6 milhões. A medida faz parte da estratégia do governo estadual para lidar com a crise hídrica. 23
Mobilidade
Abril/2015
Alckmin não cumpre promessa e monotrilho atrasa de novo O
Agora, surge um novo prazo. Procurado pelo RD, o Metrô informou que as obras só vão ter início no segundo semestre do ano. “Atualmente, o Consórcio Vem ABC [vencedor da licitação] desenvolve os projetos básicos, levantamento cadastral dos imóveis para desapropriações e também trabalha na obtenção das licenças para o início das obras que está previsto para o segundo semestre de 2015”, explica a empresa, em nota. No início de março a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei que autoriza o governo a contrair financiamento de US$ 182 milhões para poder bancar o custo das desapropriações. A retirada das casas será feita pela concessionária, mas os pagamentos às famílias serão feitos pelo governo do Estado.
governador Geraldo Alckmin (PSDB) não conseguiu cumprir a promessa de dar início às obras do monotrilho do ABC em março. Não há sinal de construção da linha 18 em nenhuma das quatro cidades por onde os trens vão passar – São Bernardo, São Caetano, Santo André e São Paulo. O prazo de março de 2015 foi anunciado pelo governador em novembro do ano passado, durante inauguração da estação Fradique Coutinho da linha 4-Amarela do Metrô. Antes deste evento, o governo sustentava a promessa de que as obras começariam até o final de 2014. Fotos: Évora Meira
Estado descumpre prazo de outras obras na região
A linha 18 não é exclusividade no quesito “atraso” no que diz respeito às obras de transporte coletivo do governo do Estado. Alckmin já reconheceu que algumas das principais obras de mobilidade sofrerão atrasos significativos. A linha 5-Lilás do Metrô, por exemplo, chegou a ser prometida para 2014, passou para 2016 e agora ficou para 2017. Uma das estações da linha será inaugurada somente em 2018. A Linha 4-Amarela, que está sendo construída há mais de uma década, ficará pronta em 2018, depois de inúmeros atrasos. Projetos de mobilidade prometidos pelo governo para a região ficaram no meio do caminho. É o caso do Expresso ABC, que não será mais realizado, e também da reforma das estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) da linha 10-Turquesa, que ainda não aconteceram. O governo também promete construir uma nova estação onde antes funcionava a Parada Pirelli, na linha 10. A promessa (que dificilmente sairá do papel tão cedo) foi feita quando o Shopping Atrium foi escolhido para abrigar o Poupatempo de Santo André.
Nos locais onde haverá estações não há qualquer placa indicativa de obra
Linha terá 13 estações e mais de 15 quilômetros de extensão
A linha 18-Bronze atenderá cerca de 314 mil passageiros e terá 13 novas estações 24
A linha 18-Bronze atenderá cerca de 314 mil passageiros por dia e terá 15,7 quilômetros de extensão. Serão 13 novas estações, que ligarão o centro de São Bernardo à estação Tamanduateí da Linha 2-Verde do Metrô. A ideia inicial da linha surgiu em 2009, quando a prefeitura de São Bernardo realizou projeto funcional para implantação de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no município. Posteriormente, o governo do Estado adotou o projeto. O processo de licitação da linha chegou a ser suspenso no ano passado por determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que viu indícios de conluio na concorrência. O Metrô precisou refazer o edital para que a licitação tivesse continuidade.
Meio Ambiente
Abril/2015
Billings
Foto: Ana Paula Lazari
Qualidade da água piora
Projeto teve início em 29 de março e as análises apontam para aumento da poluição
Marta Marcondes coordena a Expedição Billings
O
projeto Expedição Billings começou em 29 de março, mas os números das análises prévias já demonstram aumento na poluição do reservatório. Marta Ângela Marcondes, professora da Universidade de São Caetano do Sul (USCS) responsável pela iniciativa, alerta que os 35 pontos de coletas já feitas indicam uma piora de 20% na qualidade da água em comparação com os últimos levantamentos feitos em 2010. Marta demonstra surpresa com os resultados, e reforça que o agravamento da situação se deu em curto período de tempo. “As últimas pesquisas que fizemos foram em 2002 e 2010, nesta última com a participação da Rede Globo. O cenário urbano se modificou muito em cinco anos, e é por isso que o quadro se agravou”, explica a professora. “Hoje há muitas áreas que antes não eram ocupadas, que foram invadidas, que têm lançamento de matéria orgânica e sofreram assoreamento.” As obras do Rodoanel também são apontadas pela professora como causa do acúmulo de detritos no leito de parte dos braços da Billings. “Estamos ainda no início da primeira fase do projeto, mas já é observável que a lei da Billings não está sendo cumprida”, afirma Marcondes. Segundo a professora, a lei referida, sancionada em 2010, foi uma conquista de anos de estudo e engajamento em defesa do reservatório. “Trabalho na análise das condições da Billings há 20 anos. Há 50 os estudiosos têm alertado sobre o descaso com a represa. Só agora, com a crise hídrica e com a possibilidade de transposição das águas para o Alto Tietê, é que a represa voltou a ser discutida. A poluição não surgiu da noite para o dia”, diz. A professora lembra que os braços poluídos não são os mesmos que abastecem os lares da região. “As casas recebem águas dos rios Grande e Pequeno, que estão em melhores condições para consumo”. Até o fechamento da matéria, contudo, tais braços não haviam sido medidos. “Estamos numa situação em que sempre pode haver surpresas”, esclarece Marta. A estudiosa faz ressalva em relação ao enfoque dessas pesquisas, lembrando que a conservação das águas vai além das deman-
das quanto ao abastecimento. “A Billings é um ecossistema que abriga diversas formas de vida e espécies animais”, diz. “Apesar dos desequilíbrios ambientais afetarem a espécie humana de forma indireta, não é só essa questão que está em jogo. Temos que pensar além do abastecimento, porque não fizemos nossa lição de casa”. Tiro no pé - Em 1º de abril, o RD divulgou matéria relatando que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) irá reduzir em 55% os investimentos em tratamento de esgoto. O objetivo da instituição é garantir recursos para contornar a atual crise do abastecimento hídrico. Marta Ângela Marcondes critica a decisão. “Isso é um tiro no pé, uma iniciativa que não tem fundamento. Acredito que 50% do esgoto da região não é tratado, e a Sapesb vai reduzir mais? Como vão usar isso para resolver o problema da falta de água?”, questiona a professora. “É preciso investir na despoluição, na regularização das casas e, principalmente, na educação. Temos que ter um novo olhar sobre o problema, pensar melhor sobre o que consumimos e para onde lançamos nosso lixo, e isso começa dentro de nossas casas”, afirma.
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Próximos passos - No último dia 10 de abril terminou a segunda semana da primeira fase da Expedição Billings, que corresponde às coletas de amostras feitas pelo eco esportista Dan Robson. “Ainda faltam cinco semanas, e no final teremos percorrido 150 áreas. Pretendemos, até o mês de julho, finalizar as análises e estatísticas para uma comparação mais concreta com os dados de 2010”, afirma. Em agosto se inicia a segunda fase, com devolutiva dos levantamento à sociedade civil. “Realizaremos seminários em todas as sete cidades do ABC e na Zona Sul de São Paulo, porque queremos a mobilização dos cidadãos em torno desse tema”. A primeira cidade a receber o seminário, segundo Marta, será Diadema, mas ainda não há data definida.
Abril/2015
Esportes
Foto: Divulgação/Associação Esportiva Kurdana
Laís Elena prevê basquete difícil nas Olimpíadas O
basquete feminino brasileiro vai passar muita dificuldade durante as Olimpíadas. A geração de Janete, Hortência e Paula teve muitos títulos, mais até que o masculino, porém a distância em relação às novas atletas é muito grande. O comentário é de Laís Elena, ex-treinadora do basquete feminino de Santo André, que anunciou o afastamento do time principal, após 32 anos à frente da equipe. Durante entrevista exclusiva ao RD, Laís falou do projeto de aposentadoria, da necessidade de haver mudanças na liga e da situação da modalidade no País, quase às vésperas das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Segundo a ex-técnica, a nova geração que surge é muito diferente daquela que fez sucesso no passado. “Por isso que em âmbito nacional, o basquete brasileiro feminino hoje está abaixo”, acredita. Laís Elena disse que não vai deixar de cobrar mudanças, porque isso corre em seu sangue. A primeira reivindicação que faz é a mudança na escala de arbitragem, pois a Liga manda árbitros de outros Estados para apitar em São Paulo. “Não podemos ter um jogo aqui e vir um juiz do Acre para arbitrar, a arbitragem precisa ser do Estado para diminuírem os custos”, afirma. A redução do número de jogadoras estrangeiras por equipe será outro pedido da ex-treinadora. “Antes eram duas atletas por time. Sem avisar os clubes, a Liga mudou e tem time, como o América, de Recife, que conta com quatro atletas de fora”, aponta.
da Liga Nacional. Com 73 anos, Laís explica que não tinha mais a paciência necessária para passar o trabalho tático às garotas do basquete de Santo André. “Quando isso acontece é porque está na hora de passar o bastão pra frente. Tenho a intenção de continuar como dirigente e supervisionar o trabalho feito na base e ajudar o trabalho adulto”, afirma a ex-treinadora. Natural de Garça, Interior de São Paulo, Laís Elena para, mas deixa um currículo invejável. Pelo Santo André, conquistou o Campeonato Paulista de 1995, o Torneio Nacional em 1999, foi vice-campeã pela mesma competição em 2000, o Campeonato Sul-Americano em 1999 e ainda conquistou os Jogos Abertos de 2005. Já como jogadora pela Seleção Brasileira, os triunfos marcantes foram os títulos dos Jogos Pan-Americanos, em 1967, no Canadá, e em 1971, na Colômbia. Arilza - A lenda do basquete andreense tomou a decisão da parada de última hora e nada foi planejado. A primeira e única pessoa avisada foi a sua auxiliar Arilza Coraça, que a partir de agora vai ser a nova técnica do basquete feminino de Santo André. “Quando resolvi parar de jogar eu tinha 34 anos e do nada falei que não ia mais continuar. Meu técnico na época não queria aceitar, mas o desfecho foi esse. Agora foi a mesma coisa. Quando falei sobre minha decisão para a Arilza ela duvidou”, comenta. Segundo Elena, mais difícil ainda foi convencer a auxiliar a assumiro time. “Ela não queria de jeito nenhum, mas conversei conversamos e as coisas foram se arrumando. Sempre eu levei os méritos e ela trabalhava por trás. Agora chegou a vez dela”, ressalta Laís.
Aposentadoria - Laís Elena anunciou sua aposentadoria no dia 31 de março, logo após o Santo André perder para o São José, por 54 a 49, em jogo válido pelos play-offs 26
Cultura
Abril/2015
Jackson e Downey Jr. voltam em Vingadores 2 Fotos: Divulgação
humana. Pelo caminho, também enfrentam a Feiticeira Escarlate e o Mercúrio, além de encontrarem um velho amigo numa nova forma. Classificação 12 anos.
Jennifer Aniston vive papel dramático
Capitão América (Chris Evans) é um dos seis super-herois que retornaram no longa
U
m dos filmes mais esperados do ano, Vingadores 2: Era de Ultron, chegou nas telonas brasileiras no dia 23 de abril. Produzido e distribuído por dois gigantes de Hollywood, a Marvel Studios e a Walt Disney Pictures, o longa-metragem é a continuação de Os Vingadores, lançado em 2012, que reúne mais uma vez a equipe de seis super-heróis, formada por Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro. O elenco de astros do filme inclui Samuel L. Jackson, Robert Downey Jr. e
Livros
Brasil - Os Frutos da Guerra
Scarlett Johansson. Segundo especialistas, a arrecadação de estreia está estipulada em cerca de US$ 200 milhões, o que o torna a segunda maior abertura da história, atrás somente do primeiro filme da saga. A narrativa inicia-se quando Tony Stark tenta alavancar um programa de paz virtual. Porém, as coisas dão errado e os Vingadores são chamados para resolver a situação do planeta. Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro devem reunir-se para derrotar Ultron, um vilão tecnológico que deseja a extinção
Grande Sertão: Veredas - Graphic Novel
Cake – Uma Razão para Viver Outra estreia é dia 30 de abril: Cake – Uma razão para viver, com atuação dramática de Jennifer Aniston. O filme conta a história de Claire Simmons, uma mulher traumatizada e depressiva. Ela busca ajuda em um grupo para pessoas com dores crônicas, no qual descobre o suicídio de um dos membros do grupo, Nina. Claire fica obcecada pela história e começa a investigar a vida da mulher. Aos poucos, desenvolve uma relação inesperada com o ex-marido de Nina, Roy. A narrativa fala sobre perder o dom de acreditar, desistir de novos rumos e viver as dores ao máximo. Situações cotidianas, mas que são escancaradas pelo diretor Daniel Barnz em Cake – Uma Razão para Viver. Classificação não informada.
Sono
Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, em 1939, o Brasil parecia muito distante do conflito. Porém, a paisagem de belas praias escondia uma realidade complexa. O então presidente Vargas via na guerra uma chance de ouro. As riquezas naturais e a proximidade geográfica com os Estados Unidos despertaram o interesse tanto dos Aliados quanto do Eixo. Brasil: os frutos da guerra apresenta um relato sobre como a habilidade política e o oportunismo econômico do governo brasileiro permitiram que o conflito transformasse o país em potência política e econômica da região.
O clássico da literatura Grande Sertão: Veredas, lançado pela primeira vez em 1956, de Guimarães Rosa, ganha uma nova versão. A edição de 2015 é digna de colecionadores, já que conta a narrativa de uma das mais importantes obras brasileiras em forma de quadrinhos. A Graphic Novel mantém um traço único do livro original, que é a linguagem utilizada pelo autor mineiro. Descreve o relato de Riobaldo, ex-jagunço que ao longo da história relembra suas lutas, seus amores, seus medos e o amor reprimido por Diadorim.
“Há 17 dias que não durmo” é como se inicia o livro Sono, escrito por Haruki Murakami. A obra conta a história de uma mulher que tinha uma vida normal até o dia em que deixou de conseguir dormir. O problema muda o rumo de sua rotina quando a personagem descobre um novo mundo enquanto o filho e o marido dormem. Sem perceber, as noites tornam-se muito mais interessantes do que os dias. As coisas revelam-se permeadas por sombra e silêncio, e nada mais é o que parece. Um universo onde não se pode fechar os olhos, não se pode sonhar. Somente é possível ver a realidade, repetitivamente, por novos ângulos.
Autor: Neill Lochery Editora: Íntrinseca Número de páginas: 376 Preço sugerido: R$ 39,90
Roteiro: Eloar Guazelli Editora: Globo Número de páginas: 180 Preço sugerido: R$ 199,90
Autor: Haruki Murakami Editora: Alfagara Brasil Número de páginas: 120 Preço sugerido: R$ 37,90
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Gastronomia
Abril/2015
A
Cambuci é versátil e delicioso
bril é o mês ideal para quem quer conhecer ou curtir novamente pratos e bebidas feitos à base de cambuci, fruto nativo da Mata Atlântica, que surge em abundância nesta época do ano. A dica é aproveitar o 12º Festival do Cambuci de Paranapiacaba, que segue até dia 26 (domingo). Na vila ferroviária, em Santo André, uma infinidade de restaurantes, bares e pequenas vendas oferecem cardápio cheio de novidades, salgadas, doces e bebidas, todas preparadas com a versátil e azedinha fruta do cambucizeiro. No Bar da Zilda, a sugestão é a cachaça curtida no cambuci, especialidade da casa. “Nós fomos os pioneiros no assunto”, diz a proprietária Zilda Pergamini, que também pilota o fogão. Todo o processo de produção da cachaça é artesanal e tudo é feito com muito cuidado”, comenta. O carro-chefe é a Tradição (R$ 30 o litro), uma cachaça mais suave e com o verdadeiro gosto do cambuci. “Ela transforma o sabor forte da bebida”, explica. O segredo é o tempo de curtição, mínimo de dois anos para consumo. No cardápio de pratos salgados, o Estação Cavern Club indica a costela suína assada com geleia de cambuci, receita duas vezes premiada no festival. “O prato possui uma combinação de sabores”, diz Zélia Paralego, proprietária e chef, que serve a carne com a geleia, responsável pelo sabor agridoce, tudo acompanhado de arroz negro. O prato sai
Foto: Divulgação
por R$ 55. O restaurante também é conhecido por outros pratos à base de cambuci, como suco, torta e sorvete, feitos sob encomenda. O estabelecimento trabalha apenas com reservas. O pudim gelado de cambuci é o forte de Zilda Peixoto, responsável pelo restaurante Big Ben. A ideia da sobremesa surgiu pela experiência com os sabores tradicionais do pudim feito com leite condensado e abacaxi, e também com Maria mole de cambuci. “Decidi juntar os dois para ver no que dava, e deu certo, aqui é um sucesso”, afirma ao contar que o gosto do novo pudim se assemelha a um mousse de limão. O pedaço custa R$ 3. Bar da Zilda - rua Direita, 420, Paranapiacaba - Tel: 4439-0140 Estação Cavern Club - av. Fox, 525/526, Paranapiacaba Telefones: 4421-1760 e 4439-0194 Big Ben - rua Anthonio Olyntho, 481, Paranapiacaba Telefones: 4439-0296 e 4439-0253 12º Festival Gastronômico do Cambuci Dias: 18, 19, 20, 25 e 26 de abril, das 10h às 17h Local: Parte baixa da vila de Paranapiacaba, Santo André
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