RD Maio/2015
PIB DO ABC Economia da região encolhe pela quarta vez seguida SEMASA MP acusa Aidan Ravin por formação de quadrilha
TECNÓLOGO X BACHAREL Mercado pede dinamismo na formação profissional e universidades dizem sim
Maio/2015
Editorial
Tecnólogo: solução encontrada pelo mercado
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ara atenderem exigências maiores do mercado, serem competitivas e crescerem, as empresas precisam de mão de obra qualificada e com nível superior. Mas a formação de bacharéis demora muito. O mercado não pode esperar. A solução está nos cursos tecnológicos, de curta duração e que formam profissionais focados nas necessidades específicas das empresas. Direcionada para a questão educacional, a matéria principal desta edição da RD em Revista mostra o que são esses cursos que formam os tecnólogos. Quais as vantagens e desvantagens e o que considerar na hora de escolher entre um curso tecnológico e um bacharelado. No momento, o primeiro apresenta taxa maior de empregabilidade, porém, o profissional é um pouco mais restrito em comparação com o bacharel. E nessa linha dos tecnológos apresentamos matéria sobre os vestibulares de meio de ano. Universidades da região oferecem diversos cursos para quem deseja ser tecnólogo. Já quem deseja aprender
Mandarim, talvez tenha de se deslocar para São Paulo, pois a falta de professores tem dificultado a criação de cursos no ABC. Outra informação é sobre a acusação, feita pelo Ministério Público, de corrupção por parte do ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin. Ele estaria à frente de um esquema criminoso dentro do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Se for condenado, pode pegar até 27 anos de prisão. Vamos acompanhar o desdobramento deste, que é um dos maiores escândalos de corrupção da história da cidade. Leia também entrevista exclusiva com o atual presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart. Recém-empossado, ele afirma que a grande luta da categoria neste momento é contra a aprovação do Projeto de lei 4330, Airton Resende que regulamenta a terceirização. Diretor do Jornal Repórter Diário Boa leitura!
4 Opinião
Índice
6 Entrevista – Agora, a luta dos químicos é contra o PL 4330 8 Rastilho – Marinho vai à Justiça contra o governo federal 10 Política – MP acusa Aidan de corrupção e formação de quadrilha 12 Economia – Economia do ABC encolhe 5% 13 Economia – Crise impacta nas ações municipais para geração de emprego e renda 14 Alta Roda – Alegria e tristeza 16 Educação – Bacharel e tecnólogo dividem mercado 18 Educação – Falta de professor emperra mandarim no ABC 19 Educação – Faculdades do ABC inscrevem para vestibular de inverno 20 Mobilidade – Vila Luzita ganha ciclovia 21 Saúde – ABC faz 1ª cirurgia de troca de sexo 22 Rápidas – Terceiro Poupatempo do ABC inicia serviço
Jornalistas e editores responsáveis: Airton Resende Mtb 16.372 airton@reporterdiario.com.br Maria do Socorro Diogo Mtb 16.283 msdiogo@reporterdiario.com.br Redação: redacao@reporterdiario.com.br Reportagem: Anna Clara Mota, Caíque Alencar, Maria do Socorro Diogo, Marcelo de Paula, Tiago Oliveira e Victor Felix Diagramação: Flória Napoli Projeto gráfico: Rubens Justo Capa: NZ7 Comunicação Imagem: depositphotos.com Departamento Comercial: Claudia Polimeni Claudia Plaza comercial@reporterdiario.com.br Tecnologia: André Resende resende@gmail.com Suporte operacional: Pedro Diogo Endereço: Rua Álvares de Azevedo, 210 Conjuntos 41/42 - Centro Santo André - SP - CEP 09020-140 Tels.: 11 4436-3965 - 4427-7800 Internet: www.reporterdiario.com.br www.twitter.com/reporterdiario facebook/jornalreporterdiario É proibida a reprodução do conteúdo sem prévia autorização por escrito dos editores. A RD em Revista não se responsabiliza pelos conceitos e informações emitidos nos artigos de terceiros.
23 Artigo – Assalto no shopping: quem se responsabiliza? 24 Turismo – Arquitetura e belezas naturais são atrativos em Manaus 25 Decoração – Equilíbrio é o segredo ao escolher a cor da parede 26 Cultura – Promessas de Guerra marca a estreia de Crowe como diretor 28 Esportes – Letícia Zoppei é promessa no hipismo 29 Repórter Social – Polo Design realiza tradicional pós Milão 30 Gastronomia – Comida de boteco é ideal para dividir com amigos 2
Tiragem auditada por:
Maio/2015 Foto: Évora Meira
Opinião
crise hídrica, inflação, aumento exorbitante da taxa de energia elétrica necessária para bombear a água, não há como evitar o aumento da taxa de água. Importante destacar que São Paulo tem a terceira menor tarifa do País”. Welbi Maia Brito, sofre o reajuste da tarifa de água. Bancos empurram para caixas eletrônicos
Bancos “O problema já começa na entrada (das agências bancárias). Bandidos entram na porta giratória com armas e ela não trava e você, com um simples guarda-chuva, tem que esvaziar a bolsa inteira”. Gil Estevam, sobre matéria do RD a respeito da atitude dos bancos de empurrarem clientes para caixas eletrônicos e correspondentes bancários para pagamento de contas. Conta de água “Ninguém gosta de aumento, mas diante do quadro que enfrentamos com
Dia do Torcedor “E a dengue, como é que fica? É preciso ler muito para se ter ideias. Dia do torcedor, para que isso? No que esse dia colaborará para o bem da cidade?” Marilia Roberto, sobre a aprovação, na Câmara de Santo André, do projeto que criou o Dia do Torcedor Palmeirense a ser comemorado em 12 de junho na cidade. Precatórios “Sou herdeira de precatórios e ainda espero pagamento, tendo em vista que meu pai morreu há mais de nove anos e nem sequer viu o dinheiro enquanto eu e outras herdeiras portadoras de câncer nem resposta temos”
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Jacqueline Gomes da Silva, sobre a decisão judicial que obriga prefeituras, Estados e a União a quitarem dívidas de precatórios no prazo máximo de cinco anos. Foto: Pedro Diogo
O perigo está nas lajes das edificações
Dengue “Trabalho em um prédio pertencente a uma grande seguradora na avenida Portugal, em Santo André, e na laje sempre teve água empossada. Até o momento nunca tomaram providência a respeito e também nunca teve qualquer tipo de fiscalização. Seria interessante anunciarem o telefone para denúncias”. Luis Godoy, sobre o perigo do acúmulo de água em lajes e construções.
Entrevista
Fotos: Évora Meira
Agora, a luta dos químicos é contra o PL 4330 R
aimundo Suzart assumiu a presidência do Sindicato dos Químicos do ABC no dia 27 de abril. Em entrevista exclusiva à RD em Revista, o dirigente falou sobre os desafios que terá à frente da categoria e, principalmente, da luta que os sindicatos travam contra o Projeto de Lei (PL) 4330, que possibilitará às empresas a contratação de terceirizados inclusive para exercício de funções diretamente ligadas à atividade fim. Para o sindicalista, a medida representa retrocesso nas relações entre capital e trabalho com prejuízo direto para os trabalhadores. Leia os principais trechos da entrevista: o projeto passar no Senado, a presidenta Dilma vai vetar.
Fale um pouco sobre a categoria na região. Como ela está? Quantos trabalhadores o sindicato representa? O ABC conta com cerca de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras, distribuídos em 950 empresas nas sete cidades do ABC. Quanto ao sindicato, hoje temos em torno de 20 mil sócios. Então, metade da nossa categoria é associada à nossa entidade.
Mas esse número, 12 mil trabalhadores, é uma demanda das empresas? Elas trabalham para isso? Na realidade, a terceirização sempre foi a pretensão das empresas. A gente entende que se existe condição de terceirizar a atividade fim, a nossa primeira avaliação é que no primeiro ano o impacto seria esse. Muitas empresas demonstram o interesse de terceirizar, o que significa não ter nenhuma responsabilidade. Não gostou do fulano, não precisa demitir, basta trocá-lo por sicrano. Ah, mas simplesmente eu não quero mais o sicrano dentro da minha empresa, então, troca por beltrano. A contratante não tem compromisso com hora extra, não tem responsabilidade social com recolhimento de INSS e Fundo de Garantia. Tudo se resume a ter mão de obra sem compromisso direto. E onde terceiriza, a gente tem o conhecimento de que o salário diminui em até 30%.
E quais são os principais desafios desses cerca de 40 mil trabalhadores nos próximos anos? Olha, desafios nós temos muitos, mas hoje o principal deles é lutar, e lutar muito forte, contra o PL 4330, que é o da terceirização, porque para nossa categoria será extremamente prejudicial. Nós já temos a terceirização em parte da categoria, aliás, isso não acontece apenas entre os químicos. O que esse projeto de lei vai fazer é, simplesmente, acabar com os empregos formais. De que forma acontece a terceirização no setor? Em nossa categoria tem terceirização na portaria, limpeza, na cozinha e em alguns setores menores como de manutenção. Então, podemos dizer que na atividade fim da nossa categoria ainda não há terceirização. Mas fizemos um estudo em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos), cujo resultado aponta que o primeiro impacto do PL 4330 seria a terceirização de cerca de 30% de toda categoria, ou seja, em torno de 12 mil terceirizados somente no primeiro ano, caso o PL seja aprovado. Por isso, estamos lutando muito e tenho certeza de que se
Mas há quem defenda o PL 4330 e diga que existem pontos inclusos na proposta para proteção dos direitos dos trabalhadores. Você discorda disso? De forma nenhuma que protege. A prova é que hoje nós temos uma convenção coletiva com 80 cláusulas que garantem licença maternidade, auxílio creche, auxílio funeral entre outros. Mas quem trabalha em empresa terceirizada não é beneficiado porque existe a outra convenção coletiva para os terceirizados que, diga-se de passagem, nem parece convenção coletiva. Os trabalhadores, inclusive, reclamam que nem ao menos conhecem o sindicato que os represen6
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ta. Para se ter ideia, quando um funcionário terceirizado precisa de apoio, quem acaba negociando é o Sindicato dos Químicos. Então, não dá para acreditar que o PL vai proteger os interesses dos trabalhadores, que não haverá redução de custos. Qual seria, então, a vantagem dos empresários que investem tanto para aprovar a terceirização no Congresso Nacional? É inexplicável.
trabalho é para que ele não seja aprovado na Casa. O que é o Congresso dos Químicos do ABC, o que vai abordar e quando será realizado? É nele que a categoria delibera as políticas a serem desenvolvidas pela direção do sindicato neste quadriênio, que é o tempo do mandato. Em julho, entre os dias 4 e 5, nós vamos realizar esse congresso em Cabreúva, São Paulo, e vamos discutir toda a política a ser desenvolvida no período. Mas veja bem, não é a política da direção e sim da categoria. Por isso, participarão entre 250 e 300 delegados.
Mas representantes dos empresários afirmam que redução de custo não é tudo e que a terceirização possibilitará a especialização da mão de obra, já que o PL determina que a empresa terceirizada atue num ramo específico, ao contrário de hoje. Que essa especialização vai garantir mais produtividade e qualidade para as companhias brasileiras. Não é verdadeiro. Há duas situações. Primeiro que hoje há uma rotatividade no setor químico em torno de 30%. O trabalhador sai da empresa A e dentro de dois meses ele entra na empresa B. E ele entra ganhando um salário igual ao que ele tinha antes da data base. Ou seja, somente a demissão e a contratação do mesmo funcionário por outra empresa gera uma perda salarial entre 7% e 10%, conforme o que foi acertado na convenção coletiva. E quando diz que é um trabalhador especializado, a pergunta é: as empresas terceiras vão ser montadas para lucrar sobre a mão de obra terceirizada, essa empresa vai investir em informação e capacitação de profissionais? É impossível porque o lucro dela será de retorno para a contratante e não de especialização. Hoje a gente tem o Polo Petroquímico cujas empresas investem muito forte na capacitação dos trabalhadores e na formação. Mas as empresas terceirizadas não terão nenhum compromisso. Falo com experiência de que as terceirizadas não oferecem nenhum incentivo para a categoria se formar, se capacitar.
Quando é a campanha salarial dos químicos? Nós tivemos agora, em 1° de abril, a campanha do setor farmacêutico. Nós pegamos a reposição da inflação e aumento de 13% na PLR, entre outras. Mas a nossa grande campanha é a de novembro que pega 70% a 80% da categoria, que é o setor químico com exceção dos farmacêuticos. Qual o piso salarial? Nós temos dois pisos, um de R$ 980 para empresas com até 100 trabalhadores e outro de R$ 1.100 para empresas com mais de 100 trabalhadores.
Isso não pode ser feito em atendimento à legislação brasileira? Treinar um profissional leva tempo. E que empresa terceirizada vai poder fornecer mão de obra especializada tão logo a lei seja aprovada? Isso quer dizer que um profissional capacitado, que trabalha registrado conforme a CLT, com todos os direitos garantidos, será demitido, para ser contratado por uma terceirizada e passar a exercer a mesma função com salário menor. É claro que a terceirizada não pagará o mesmo salário nem respeitará as 80 clásulas da convenção coletiva que complementam a CLT. Estou falando que hoje as trabalhadoras da nossa categoria recebem auxílio creche de 50% do piso, temos uma PLR mínima na convenção coletiva, temos o auxílio funeral. São imúmeros benefícios que um trabalhador terceirizado não terá. E isso ocorrerá com os químicos e com todas as outras categorias. Você acha que o PL 4330 passa no Senado? Olha, nós estamos trabalhando muito forte com a CUT e com outras centrais sindicais. Houve uma audiência com o Renan Calheiros, presidente do Senado, e ele tem colocado que vai discutir o tema porque também o Senado e os vários senadores sentem que haverá perda para os trabalhadores. É a CLT de tantos anos que estamos rasgando. O presidente do Senado disse que ainda não tem prazo de votação, será avaliado. Mas nosso 7
Sindicato dos Químicos do ABC possui, atualmente, 20 mil sócios, metade do contingente da região
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Rastilho
Fotos: Banco de Dados
Dívida Marinho vai à Justiça contra governo federal
O prefeito de São Bernardo vai pedir à Justiça que obrigue a União a mudar o cálculo da dívida que a cidade tem com o governo federal. Caso consiga a liminar, São Bernardo terá sua dívida reduzida de R$ 53,5 milhões para R$ 3,5 milhões. Marinho não vê constrangimento em acionar a Justiça contra o governo petista. “Foi o próprio [ministro da Fazenda] Joaquim Levy, em reunião com a presidente Dilma, que sugeriu para assegurar o direito das prefeituras, que os municípios poderiam entrar com ação na Justiça”, afirma o prefeito, uma das maiores lideranças do PT.
Marinho quer que a União aplique novo indexador de dívida
Campanha salarial Maioria dos servidores define reajustes
Orlando e a nova direção do PSDB de SBC
Em quatro cidades da região servidores e Prefeitura entraram em acordo a respeito do reajuste salarial de 2015. São Caetano vai conceder o maior aumento da região: 9,15%. Em Diadema o aumento será de 7,89%, parcelado em seis vezes. Mauá vai aumentar os salários em 8,13% e Rio Grande da Serra concederá 9% de reajuste para a categoria. Em São Bernardo as negociações emperraram a tal ponto que os funcionários públicos entraram em greve por tempo indeterminado. A Prefeitura só vai apresentar alguma proposta no dia 28.
Novo comando Morando assume PSDB de São Bernardo
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) deu um passo crucial no seu plano de pavimentar a candidatura a prefeito de São Bernardo em 2016. O parlamentar passou a presidir o diretório municipal da sigla, após a Executiva Estadual do partido dissolver a antiga diretoria. A intervenção teve como objetivo afastar do caminho de deputado lideranças tucanas contrárias a sua candidatura, como por exemplo Admir Ferro, que anunciou desfiliação da sigla. O ex-prefeito William Dib (PSDB), que também quer disputar a prefeitura no ano que vem, está atrás na corrida interna tucana.
Santo André Vereador cria Dia do Torcedor Palmeirense
O torcedor do Palmeiras que mora em Santo André tem agora um dia para chamar de seu. Entrou em vigor no dia 8 projeto de lei do vereador José Araújo (PMDB) que cria o Dia do Torcedor Palmeirense. Fã incondicional do Verdão, Araújo escolheu o dia 12 de junho como data comemorativa. A data remete a 12 de junho de 1993, quando o Palmeiras venceu o Corinthians na final do Campeonato Paulista, após 16 anos sem títulos. Quem entra no gabinete de José Araújo (que é líder do governo Grana na Câmara) não tem dúvidas que ali trabalha um vereador palmeirense. O espaço tem diversos objetos que homenageiam o time.
Governador Alckmin cumpre agenda em Rio Grande e Mauá
Alckmin durante visita a Mauá 8
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) visitou duas cidades do ABC em espaço de apenas duas semanas. No dia 4, o tucano esteve em Rio Grande da Serra e não teve recepção das mais agradáveis: ouviu protesto de professores que estão em greve e pediam que o governo do Estado negociasse com a categoria. O grupo carregava faixas, panfletos e bonecos de chuchu, em alusão ao famoso apelido de “picolé de chuchu”. No dia 15 Alckmin esteve em uma empresa no bairro Sertãozinho, em Mauá, para acompanhar a incineração de drogas apreendidas pela Polícia. Nada menos que 1 tonelada de entorpecentes virou cinzas.
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Rápidas
Prefeitos pedem verbas em Brasília Três prefeitos da região fizeram peregrinação por Brasília neste mês: Carlos Grana (PT), de Santo André, Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano e Luiz Marinho (PT), de São Bernardo. Pinheiro foi pedir para o ministro da Educação a instalação de um campus da UFABC na cidade. Grana foi falar com o mesmo ministro e solicitou verbas para creches. Já Marinho cumpriu agenda com
Fotos: Banco de Dados
Donisete recua de aumento
O prefeito de Mauá desistiu de aumentar o próprio salário. A ideia inicial era que o reajuste de 8,13% acordado com os servidores beneficiasse também secretariado e prefeito, mas o petista Braga mantém enviou mensagem aditiva de última hora à salário igual Câmara excluindo sua remuneração da conta.
Plenário da Câmara é invadido
O clima ficou quente na sessão da Câmara de Diadema no dia 14. O polêmico projeto que permite à Prefeitura terceirizar o serviço de Saúde a uma OSS (Organização Social de Saúde) levou manifestantes a invadir o plenário da Casa, impedindo que a sessão continuasse.
Prefeitos conversam com Renato Janine Ribeiro na capital federal
diversas lideranças como secretário geral da Frente Nacional dos Prefeitos.
Caso Semasa Ailton aponta erros de Aidan Ravin
Ex-líder do governo Aidan Ravin na Câmara de Santo André, o vereador Ailton Lima (SDD) faz agora duras críticas ao ex-prefeito. “Ele tem muita dificuldade de articulação política e jurídica. Trata com descaso coisas importantes, que tomaram vulto, como a CPI do Semasa. Eu estava na Câmara, a gente avisava. Na época ele tratava com desleixo, deboche e desdém”, critica. “Parece uma criança mimada, que não liga e não se importa. As coisas não são tão simples assim”, afirma o parlamentar.
Ailton Lima foi aliado de Aidan
Vereadores integram conselho
Dois vereadores foram escolhidos para representar os Legislativos da região no conselho consultivo do Consórcio Intermunicipal. Marcelo Oliveira (PT), de Mauá, Leite integra conselho e Eduardo Leite (PT), de Santo André, serão os titulares das vagas. Vicentinho contrariou Planalto
Paço promete liberar emendas
Fator previdenciário
Cerca de 20% das emendas apresentadas por vereadores de Santo André ao orçamento de 2014 ainda não foram executadas, segundo a Prefeitura. A liberação ocorrerá até o final de agosto e será destinada a obras como instalação de semáforos e reforma de praças.
Vicentinho vota contra governo
Líder do PT na Câmara Federal durante o final do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), ajudou a aprovar um projeto que desagradou - e muito -, o Palácio do Planalto. Ele foi um dos nove parlamentares petistas que votou a favor de mudanças no cálculo do fator previdenciário. Pela primeira vez o posicionamento de Vicentinho foi o mesmo que o do outro deputado federal da região, Alex Manente (PPS), que também votou a favor de alteração no cálculo.
Callegari visita Legislativo
A Câmara de Santo André recebeu no dia 14 a visita do superintendente do Hospital Mário Covas, Desiré Callegari. O médico foi ao Legislativo falar com os vereadores sobre as reclamações a respeito do atendimento no Callegari foi equipamento de saúde. Uma das críticas mais à Câmara comuns diz respeito às filas enormes para pegar medicamentos de alto custo.
Consórcio promove concurso Foi realizada no dia 17 a prova do concurso do Consórcio Intermunicipal, que oferece 31 vagas, sendo 14 para contratações imediatas e 17 para formação de cadastro reserva. A avaliação teve 50 questões de múltipla escolha. A classificação será divulgada no mês de junho.
Troca Carlos Ferreira deixará PDT rumo ao PPS
Célio Boi comanda PSB
O vereador Carlos Ferreira (PDT), que substituiu Cosmo do Gás na Câmara de Santo André, está de saída do PDT. Insatisfeito com a legenda, o parlamentar vai para o PPS, onde está abrigado o ex-secretário de Cultura e prefeiturável Raimundo Salles. “O PDT de Santo André está parado e Salles e Ferreira: aliados esvaziado de candidatos”, afirma Ferreira.
A Executiva Estadual do PSB dissolveu o diretório municipal do partido em Diadema. O novo presidente da sigla é o vereador Célio Boi, que substitui Manoel José da Célio preside Silva, o Adelson. O objetivo é construir partido a candidatura do vereador Vaguinho do Conselho a prefeito no ano que vem. 9
Política
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MP acusa Aidan de corrupção e formação de quadrilha O
Aidan diz que o MP não tem provas de seu envolvimento no escândalo do Semasa
que fizesse essa cobrança com a finalidade de arrecadar recursos para campanhas eleitorais e enriquecimento pessoal”, explica o promotor Roberto Wider Filho. Dois empresários que alegam ter sido pressionados a pagar propina colaboraram diretamente com as investigações. Em um dos casos, a quadrilha pediu R$ 300 mil para emitir a licença de um empreendimento. Caberá agora à Justiça definir o futuro dos 11 acusados. Além de Aidan, cinco pessoas foram denunciadas por formação de quadrilha e corrupção: Calixto Antônio Júnior (advogado que atuava para o Semasa), Dovílio Ferrari Filho (ex-superintendente adjunto do Semasa), Eugênio Voltarelli (ex-assistente técnico da autarquia), Antônio Feijó (ex-assessor de Gabinete) e Beto Torrado (ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e articulador do governo). O ex-superintendente do Semasa, Ângelo Pavin, é acusado de cometer três crimes: formação de quadrilha, corrupção e falsidade ideológica. De todos os denunciados pelo MP, Pavin é o que pode pegar a maior pena, já que é o único que responde por três acusações. O ex-diretor de Gestão Ambiental do Semasa, Roberto Tokuzumi, foi denunciado por corrupção. Tokuzumi foi o principal denunciante do caso. Não foi possível calcular o montante total envolvido no esquema, porque os empresários que teriam pago propina não contribuíram com a investigação do MP.
ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PSB), foi acusado formalmente pelo Ministério Público por corrupção e formação de quadrilha. Se a Justiça aceitar a denúncia e o ex-prefeito for condenado, a pena pode chegar a até 27 anos de prisão. Outras 10 pessoas também são apontadas pelo MP como integrantes de esquema criminoso instalado no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) para liberação de licenças ambientais mediante pagamento de propina. De acordo com o MP, o esquema teve início em meados de 2011 e foi interrompido em março de 2012, quando as primeiras denúncias de corrupção vieram a público. O Ministério Público concluiu que integrantes do Paço, sob comando do prefeito, cobravam suborno de empresários para emitir as licenças ambientais. “Essa investigação surgiu com a notícia de um dos denunciados sobre a existência de um esquema de cobrança, por ordem direta do prefeito, de valores indevidos para liberação de licenças. O prefeito incumbiu um advogado, que é o Calixto, para
Ex-prefeito diz que não há provas sobre envolvimento em esquema
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A RD em Revista ouviu Aidan Ravin sobre a denúncia do Ministério Público. “Pelo que eu entendo de processo tem de ter prova para acusar alguém. Não entendo palavras de pessoas como provas”, afirma. “Não sou culpado de nada, nunca participei de nada. O próprio promotor vasculhou meu imposto de renda, minhas contas e constatou que não tem nada que me desabone. Tudo o que eu tenho condiz com que eu ganhava na época”, afirma o ex-prefeito. “O Semasa é uma autarquia, que tem um superintendente com autonomia. Eu tomava conta de mais 21 secretarias e três autarquias. Não tinha envolvimento direto com o Semasa, que tinha perna própria e caminhava sozinho”, diz. Provável candidato do PSB a prefeito em 2016, Ravin não vê riscos de a denúncia arranhar a imagem. “Em 2012 houve todos os dias publicação de informações sobre o processo da CPI do Semasa. De 82 mil votos [no primeiro turno da eleição] fui para 145 mil [no segundo turno]. Quem conhece de todas as manobras que se faz na cidade vai saber que isso aí não tem sentido pra cima de mim”.
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Câmara criou CPI para apurar acusações contra ex-prefeito
Promotoria espera que sentenças saiam neste ano
A expectativa do Ministério Público de Santo André é que a denúncia apresentada neste mês seja aceita pela Justiça e que o caso tramite no Judiciário com celeridade. O MP acredita que até o final do ano serão conhecidas as sentenças impostas a cada um dos acusados de participar do esquema de cobrança de propina. A pena para formação de quadrilha varia de 1 a 3 anos. Já o crime de corrupção tem pena prevista de 2 a 12 anos. O tempo de reclusão para o crime de falsidade ideológica é de 1 a 3 anos. Parte dos denunciados, entre eles o ex-prefeito Aidan Ravin, foi acusada duas vezes de corrupção porque dois empresários confirmaram ao Ministério Público que teriam sido extorquidos. Por isso a pena para esse tipo de crime será dobrada. No caso de Aidan Ravin, a pena máxima seria de 24 anos por corrupção, mais 3 anos por formação de quadrilha. Ângelo Pavin, ex-superintendente do Semasa, pode pegar até 30 anos de reclusão, a maior punição entre todos os denunciados pelo Ministério Público. Ângelo Pavin é o único denunciado pelo promotor Roberto Wider Filho que também é acusado por falsidade ideológica, pois teria adulterado a data de um documento com o objetivo de atrapalhar as investigações, segundo o Ministério Público.
As primeiras denúncias sobre o esquema de cobrança de propina para liberação de licenças ambientais no Semasa surgiram no início de março de 2012. O caso veio à tona pelas mãos do então diretor de Gestão Ambiental da autarquia, Roberto Tokuzumi. Naquele mesmo mês, a Câmara de Santo André abriu uma CPI para investigar o caso. No dia 16 de maio de 2012, em depoimento à Polícia Civil, Ângelo Pavin afirmou que partiu de Aidan a ordem para que os pagamentos da autarquia ficassem a cargo do advogado Calixto Antônio Júnior, considerado operador do esquema. No dia seguinte à essa declaração, no dia 17, o então prefeito exonerou Pavin do cargo de superintendente do Semasa. A Comissão Parlamentar de Inquérito aberta na Câmara de Santo André foi encerrada no final de maio de 2012 – durou apenas 75 dias. O relator da CPI, vereador Toninho de Jesus (na época no DEM), fez um relatório enxuto, sem conclusões concretas, aprovado por quatro dos cinco integrantes da comissão. O voto contrário foi do único vereador da oposição na época, José Montoro Filho, o Montorinho (PT). O petista elaborou um relatório paralelo em que pedia o afastamento do então prefeito Aidan Ravin.
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Fotos: Évora Meira
Roberto Wider Filho concluiu que Aidan comandou esquema de cobrança de propina
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Economia
Foto: Volkswagen
Economia do ABC encolhe 5% Indústria de transformação puxou a queda, pois tem peso significativo na economia regional
Foto: Banco de Dados
Sandro Maskio ressalta que os municípios têm poucas ferramentas para reverter a recessão
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PIB (Produto Interno Bruto) da região caiu pelo quarto ano seguido. Levantamento realizado pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista, divulgado no dia 29 de abril, revela que a retração da economia do ABC foi de 5,09% em 2014 em relação ao ano anterior. Neste mesmo período, o PIB do Estado deSão Paulo caiu 1,90% e o Brasil teve crescimento modesto de 0,15%. Os números deixam claro que o ABC tem sofrido mais com os impactos da desaceleração econômica que atinge o País. A explicação para o número alarmante está na indústria de transformação, que tem peso significativo na economia regional e fechou 2014 com desempenho sofrível – mais de 14.500 empregos formais foram eliminados no setor no ano passado. A construção civil cortou 1.150 postos de trabalho. Segundo Sandro Maskio, coordenador de Estudos do Observatório Econômico da Metodista, o Estado e o País têm economias mais diversificadas, que não dependem tanto da atividade industrial como o ABC. Há o setor agrícola, por exemplo, que tem apresentado desempenho positivo nos últimos anos. “É natural que do ponto de vista regional as economias dependam de um outro setor especificamente e por isso a gente sofre muito quando aquele setor específico vai mal”, afirma A retração de 5,09% do PIB do ABC contrasta com o crescimento de 11,83% do Produto Interno Bruto da região em 2010. Naquele ano, a indústria automobilística vivia o auge dos benefícios provocados pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A partir do ano seguinte, a economia da região só registrou quedas: 2011 (-1,08%); 2012 (-5,30%) e 2013 (-0,41%).
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Cenário nebuloso - O boletim EconomiABC, divulgado pela Metodista, é um raio-x da economia da região que inclui também indicadores levantados por outras instituições. Os dados compõem um quadro preocupante, composto quase que somente por indicadores negativos. A balança comercial da região fechou o ano passado com déficit de US$ 240 milhões, puxado pela queda de 23,2% nas exportações, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além disso, 2014 foi o ano em que ocorreu a maior redução no número de empregos na região nos últimos 15 anos segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. A renda do trabalhador do ABC também caiu. De acordo com a fundação Seade, a massa salarial diminuiu 8,4% em 2014 no ABC, enquanto a queda na região metropolitana foi menor (-3,3%). A renda reduzida impacta diretamente no comércio, que passa a vender menos. O custo da cesta básica subiu 11,24% em um ano, chegando ao preço de R$ 470,20 em dezembro de 2014, segundo a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Na avaliação de Maskio, os municípios têm poucas ferramentas para reverter a recessão, já que o quadro é provocado mais por fatores macroeconômicos, fora do alcance das prefeituras. “O que conseguimos fazer regionalmente é agir a longo prazo, organizando o espaço urbano para garantir estrutura para o setor produtivo. No incentivo fiscal ou tributário o município tem pouquíssima autonomia sobre questão tributária. ISS e IPTU não representam quase nada no cômputo do tributo”, avalia.
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Crise impacta nas ações municipais para geração de emprego e renda Foto: Évora Meira
Martinha vê a crise como oportunidade para empreender
Centros de Trabalho oferecem cursos de qualificação
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ível de emprego em queda, Produto Interno Bruto (PIB) regional com índices negativos, renda média menor. Problemas macroeconômios que afetam diretamente a classe trabalhadora, mas também influenciam negativamente os resultados das políticas públicas municipais para geração de emprego e renda. Com menos vagas disponíveis para encaixar pessoas desempregadas, cabe às administrações investirem na qualificação para que o desempregado consiga colocação. O secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Luis Paulo Bresciani, lembra que as políticas locais costumam ser mais efetivas em pequenas cidades, mesmo assim, ele entende que elas devem ser implementadas nos municípios da região. “Não é uma política municipal que será capaz de reverter uma situação macro, porém, ela reduz impactos negativos. E quando falamos daquele estrato da população mais vulnerável, as políticas locais podem fazer toda a diferença”. Preparação - O secretário de Trabalho e Renda de Mauá, Marcelo Lucas Pereira, lembra que a crise tem impacto na arrecadação dos municípios o que limita ainda mais a capacidade de ação. Em seu entendimento, com poucas vagas disponíveis, a Prefeitura deve se voltar para cursos de requalificação e, no caso da preparação de jovens para o mercado de trabalho, dar a orientação adequada para que Foto: Evandro Oliveira/PMM
não haja acúmulo de oferta de mão de obra para poucos segmentos. “Precisamos fazer um estudo das vagas existentes para treinar a mão de obra de forma a atender as necessidades locais. Um exemplo é o Polo Petroquímico. Quando tem a parada para manutenção, vem gente até de outros estados porque aqui não há gente especializada o suficiente. Então, por que não preparar nossos trabalhadores para ocupar esses espaços?”, analisa. Hoje, Mauá oferece 3.558 vagas em cursos de qualificação, mantém 224 pessoas nas frentes de trabalho e dá suporte para 18 empreendimentos de economia solidária na cidade. Carlos Antônio Gonçalves, secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, concorda que a qualificação é importante para os trabalhadores em geral, mas destacou a importância de se investir em inovação, pesquisa e desenvolvimento. “A inovação é essencial e deve ser vista como diferencial dentro da qualificação”, afirmou. Em seu ponto de vista, o trabalhador não deve se limitar à busca de uma colocação no mercado, e sim colocação de qualidade, com bom rendimento, que lhe propicie vida melhor. Gonçalves cita o trabalho desenvolvido por meio do Centro de Trabalho e Renda do município, que atende 400 pessoas por dia, mas frisa os esforços da Prefeitura para diversificar a economia da cidade, hoje dependente do setor automotivo. A Administração trabalha para atrair empresas do setor de defesa e de petróleo e gás, além de contribuir para fortalecer 20 empreendimentos de economia solidária. Quanto à crise, o secretário-adjunto reconhece os problemas gerados principalmente com a queda na arrecadação, mas acredita que ela se limitará ao primeiro semestre. Desafio - Cícero Firmino da Silva, o Martinha, secretário de Trabalho, Emprego e Economia Solidária de Santo André, destaca as oportunidades que a crise pode trazer. Sua pasta também atua no fortalecimento dos empreendimentos de economia solidária, segmento que, em sua opinião tem uma barreira cultural a ser vencida. “É difícil porque as pessoas têm a cultura do trabalho na condição de empregados e não de empreendedores. Em época de crise, quando há demissões, surge mais gente disposta a enfrentar o desafio”, disse. A Pasta comandada por Martinha tem como principal função a recolocação de trabalhadores no mercado de trabalho por meio do Centro Público de Trabalho e Renda. A demanda tem crescido nos últimos meses e, no início da semana, o número de atendimentos chamou a atenção do secretário. “Normalmente, atendemos cerca de 300 pessoas, mas no dia 27 de abril registramos a passagem de 420 pessoas. Um aumento significativo e que nos obriga a trabalhar mais, pois há aumento da procura e redução da oferta”, afirma o secretário andreense.
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Alta Roda
MAIO / 2015
A
Foto: Divulgação
Fernando Calmon é engenheiro e jornalista especializado desde 1967. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda é publicada no UOL Carros, além de uma rede de 105 jornais, revistas, portais, sites blogs brasileiros.
Alegria e tristeza
importância da nova fábrica Jeep, em Goiana (PE), transcende os números grandiosos: mais de R$ 7 bilhões de investimentos (incluindo o parque de 16 fornecedores), capacidade de 250 mil unidades/ano em três turnos, 9 mil empregos no polo produtivo (78% de pernambucanos) e 700 robôs nas áreas de funilaria, pintura e montagem. Como o projeto levou mais de cinco anos para maturar, aplicaram-se as melhoras práticas industriais, de produtividade, de controles de manufatura e organização. O tempo prolongado também permitiu treinar mão de obra local e implantar importantes ações sociais, bem além do que se fez em Betim (MG), onde a Fiat não enfrenta greves nem mesmo breves interrupções. O sindicato local de metalúrgicos nada tem de hostil e o de Goiana, então, muito menos quando existir. Marcas japonesas ao se instalar nos EUA cumpriram a mesma estratégia de se afastar de conflitos trabalhistas, de escolher áreas de atividade agrícola anterior e de receber generosos financiamentos públicos usuais ao redor do mundo. Quem visita as instalações praticamente não vê nenhuma referência à Fiat, salvo a discreta logomarca FCA (Fiat Chrysler Automobiles), o que faz parte da estratégia do grupo de ampliar a imagem da Jeep no mundo. Está certo que, inicialmente, haverá dois Jeep – atual SUV compacto Renegade e outro SUV médio-compacto em 2016 – e apenas um Fiat, a picape média de cabine dupla para uma tonelada, dentro de seis meses. Mas, de fato, os três partilham a mesma arquitetura do Fiat Punto/Linea, alargada, alongada e reforçada (batizada de Small
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Wide US 4x4). A marca americana juntou seu histórico de robustez à criatividade italiana para lançar produtos que terão forte impacto no mercado brasileiro e na América Latina. A nova unidade industrial produzirá, ainda, outros dois modelos de 2017 em diante. Embora a FCA nada adiante sobre o assunto, esperam-se produtos Fiat de maior valor agregado para acelerar a recuperação dos investimentos. Por isso hatch e sedã médios-compactos são escolhas óbvias a fim de enfrentar a tibieza da marca frente ao Cruze, Focus, Golf/Jetta e aos encastelados Corolla e Civic. Por fim deve-se saudar o empreendimento da FCA no Nordeste brasileiro como a maior fábrica de carros inteiramente nova construída no Brasil desde a chegada da Nissan a Resende (RJ) no ano passado. Aqui ainda estão sendo erguidas outras três (Honda, Jaguar Land Rover e Mercedes-Benz), além de Audi (agregada à VW) e JAC (em processo de definição). Elas vão se juntar as 20 existentes, o que seria motivo de comemoração não fosse o mau momento da economia, às voltas com inflação alta e recessão de volta. Também desconsola termos perdido para o México a liderança histórica de produção de veículos na América Latina em 2014. E podemos ficar mais para trás, pois depois do anúncio da Audi há dois anos, os mexicanos não param de receber investimentos bilionários: BMW, Mazda, Kia, Mercedes-Benz (associada à Nissan) e Toyota. Para o Brasil resta o sentimento duplo de alegria pelas novas fábricas e de tristeza por não poder usar todo o nosso potencial de baixa taxa de motorização e dimensões continentais à espera de estradas.
Educação
Bacharel e tecnológ Fotos: Arquivo Pessoal
Celso Frauches diz que há conselhos favoráveis
Luiz Rosa diz que o bacharelado tem maior grade
Roberto de Melo acredita que a graduação é um diferencial
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ovos cursos de modalidade tecnológica entraram nas grades das universidades do ABC, o que indica que, num cenário de instabilidade econômica, o mercado acena para novo perfil de profissional. As instituições de ensino estão atentas às demandas dos candidatos e das próprias empresas, que buscam profissionais especializados. A Universidade Metodista de São Paulo dará início à graduação tecnológica de Estética e Cosmética no próximo semestre, além de outros 10 cursos à disposição dos candidatos do vestibular de inverno. A Fatec de Mauá, por sua vez, iniciará o curso de Gestão Empresarial, a quinta graduação da entidade. Os cursos tecnológicos se diferenciam dos bacharelados por apresentarem uma grade curricular mais enxuta, programada para atender às necessidades das empresas. Enquanto os cursos de bacharelado têm grade mais ampla, que exigem mais tempo de estudo e recursos financeiros, os tecnológicos possuem um ou dois anos a menos de duração e, consequentemente, são mais baratos. Tais características permitem uma entrada mais imediata no mercado de trabalho, principalmente em vagas cujas funções sejam operacionais e bem específicas para a área estudada. É o que Luiz Edmundo Rosa, diretor de Educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), chama de fast track, ou caminho rápido, em tradução livre. “O curso de bacharelado segue um modelo clássico, pois inclui campos de estudo como filosofia, sociologia e antropologia, que são matérias de conhecimento. Já o
tecnológico é um preparo profissionalizante que vai direto ao ponto, com um currículo abreviado”, explica. De acordo com o diretor da ABRH, a entrada dos profissionais tecnólogos no mercado torna a disputa pelas vagas mais acirradas. “Um tecnólogo em alimentos é mais bem preparado para ocupar certos cargos do que um engenheiro que precisa de longa especialização. Daí as empresas buscarem este tipo de profissional. Eles podem sanar, em um prazo menor, as necessidades das companhias por mão de obra qualificada”, explica. Celso Frauches, consultor educacional da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior, esclarece que bacharéis ainda têm benefícios em relação aos tecnólogos, como a aceitação dos conselhos regionais. “Graduados em cursos de bacharelado têm a garantia de que os conselhos permitirão o exercício da profissão, enquanto os tecnólogos ainda estão buscando esse reconhecimento”, afirma. Esse problema, no entanto, não ocorre de forma geral, depende da área. Estudantes tecnólogos de informática e administração já são aceitos por conselhos regionais, enquanto estudantes de saúde, não. “Porém, o mercado brasileiro tem carência de tecnólogos, pois eles se formam em menos tempo e podem continuar sua formação com pós-graduações e até um bacharelado”, explica o consultor. Paulo Sérgio Lopes Ruiz, gestor da Escola Tecnológica de Negócios da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), afirma que não há mais estigmas que desqualificam os tecnólogos ante os bacharéis. “Se os conselhos regio-
“O curso tecnológico é um formato que vai direto ao ponto, com currículo abreviado, daí ser interessante”
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Depositphotos
Maio/2015
go dividem mercado nais já aceitam a graduação tecnológica, isso quer dizer que o paradigma não existe mais, os tecnólogos são tão competentes quanto os bacharéis”, diz. Na universidade, a procura pelos cursos tecnológicos se mantém estável, o que é visto com bons olhos e otimismo. “O mercado está acessível e tem absorvido os profissionais formados”, afirma o gestor da Escola Tecnológica da USCS. Portas - A demanda das empresas tem determinado os tipos de cursos criados em escolas como as Fatecs. Adriana Lopes, representante administrativa da Fatec Mauá, esclarece que cursos como tecnologia em polímeros e logística visam, especificamente, formar trabalhadores para atuar nas indústrias da região. “Oitenta por cento dos nossos alunos estão empregados, muitos deles até iniciaram o curso porque buscavam uma promoção. O curso tecnológico abre muitas portas”, esclarece. Adriana Lopes informa que a demanda pelas vagas nos cursos tecnológicos tem aumentado de 10% a 20% anualmente. O professor Roberto Correia de Melo, diretor desta que é a primeira Fatec do ABC, acredita que a graduação é um diferencial para o profissional que está competindo num mercado com menos postos de trabalho. “Vivemos uma crise regional e nacional, então se a pessoa quer se inserir no mercado, ela deve fazer o curso tecnológico”, afirma. A questão salarial é outro aspecto que chama atenção dos estudantes. Segundo Vera Lucia Gouvea Stivaletti, pró-reitora de graduação da Universidade Metodista –
onde os estudantes tecnólogos já representam 30% do corpo discente da universidade -, algumas áreas remuneram melhor os funcionários tecnólogos do que os bacharéis. “Os estudantes de cursos tecnológicos de gastronomia terão quase certamente salários melhores que os bacharéis em nutrição”, afirma. Mas não é regra. Para Luiz Edmundo Rosa, da ABRH, o salário depende da vaga e da área de atuação. “Se exigir conhecimento especializado, a preferência será pelo tecnólogo. Vera Stivaletti conta Não importa se fez um curso mais longo que algumas áreas ou mais curto, o que conta é a competên- já pagam melhor cia em resolver problemas”, avisa.
“Oitenta por cento dos nossos alunos estão empregados; a modalidade é um abre portas para o mercado”
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Entraves - Algumas considerações ainda devem ser feitas pelos candidatos que não sabem qual modalidade de curso fazer. “Bacharelado têm um grade curricular mais genérica, adequada para estudantes indecisos, que não estão certos de qual área da profissão irão atuar”, diz Luiz Edmundo Rosa, que cita as agências bancárias com procura de bacharéis em engenharia Mercado está para trabalhar com contabilidade. “As contratações são acessível, diz feitas com base nas habilidades adquiridas pelo candi- Paulo Sérgio Ruiz dato durante a graduação, não na especialização. Isso já não é permitido para os tecnólogos”, diz. A qualidade do curso também é fundamental para nortear a escolha do candidato, segundo Edmundo Rosa. “O Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação, dá um parâmetro de qual curso prepara melhor o aluno. Um tecnológico de boa pontuação é bem valorizado pelo mercado. Curso tecnólogo de IGC 5 é melhor que um bacharel de IGC 3”, compara.
Educação
Maio/2015
Falta de professor emperra ensino de mandarim H
Boa parte dos alunos busca o curso por questões econômicas e não por afinidade cultural
Camila Damasceno, gerente comercial da escola. “Cem por cento dos alunos estão em busca de realização profissional, mesmo, não há atração pelo gosto cultural. Muitas vezes é até mesmo uma exigência direta da empresa”, diz. De acordo com Bruno Viterale, supervisor de marketing da Mandarim de Língua Chinesa, em São Paulo, 1% dos alunos são do ABC. “Mas não há facilidade para deslocarmos um professor até Santo André, apesar de sabermos que há demanda”, afirma. Viterale cita como exemplo de mecanismo de difusão do curso acordo firmado com escola de Santos para atender especificamente às demandas da cidade. Segundo o supervisor, no ABC seria tomada estratégia semelhante. “Um de nossos alunos estuda criar uma filial na região, mas isso dependerá de análise logística adequada, que levará em conta também o que as empresas têm esperado”, diz. A dificuldade é também sentida na paulistana NinHao, segundo a secretária Adriana Gazzaneo. “Para lecionar em nossa instituição não basta ser chinês e falar o idioma, é preciso ser avaliado por chineses e brasileiros”, afirma. O extenso processo identifica a didática do professor e o rigor da pronúncia, fator primordial no mandarim, sem o qual a comunicação pode ser gravemente prejudicada. “É inviável para um profissional de São Paulo ir para o ABC vários dias por semana, assim como é para os administradores da escola”, adianta.
á alguns anos o mandarim tem sido apontado como o idioma do futuro, uma vez que a economia nacional tem tornado as relações cada vez mais intensas com a China, o que exige dos brasileiros pelo menos domínio básico do idioma. No ABC, porém, a oferta de cursos é baixa, e isso não se dá pela pouca demanda. Ao contrário, escolas afirmam que a falta de profissionais qualificados é o maior empecilho para a difusão da língua na região. Na Countdown Idiomas, uma das poucas encontradas a oferecer o curso e com filiais em Santo André e São Caetano, o aumento de 30% na demanda em comparação com o ano passado levou o curso de mandarim a ser o 4º mais procurado. “A expansão das multinacionais é a principal razão para a ampliação da procura”, esclarece Foto: Divulgação
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Cultura chinesa - Como o perfil principal dos alunos – em todas as instituições – é de um profissional que busca um contato imediato com o idioma para se adequar às exigências do mercado, a NinHao aposta em eventos culturais para estimular o gosto do público geral pela cultura chinesa. “Realizamos palestras na celebração do Ano Novo Chinês, no bairro da Liberdade, e tivemos boa recepção. Temos ainda espaços nas nossas dependências voltados para o consumo de produtos culturais, como filmes, músicas e novelas chinesas”, esclarece Gazzaneo. Adriana Gazzaneo afirma que a dificuldade para o brasileiro aprender o idioma é o medo dos ideogramas, um sistema de grafia que não corresponde aos sons da palavra igual ao alfabeto. “Para ter um bom conhecimento da língua é preciso passar por todo o processo de aprendizado, desde o pin, que é o chinês escrito com nosso alfabeto ocidental, até o ideograma e a conversação”, afirma. O curso na Countdown, segundo Camila Damasceno, oferece um programa de até cinco anos. Os cursos realizados em grupo são mais em conta. O valor médio do curso é de R$ 350.
Vestibulares
Maio /2015
Faculdades do ABC inscrevem para vestibular de inverno
As faculdades privadas da região estão com inscrições abertas para os vestibulares das turmas do 2º semestre de 2015. Algumas instituições, como Unip, Metodista e FEI, terão mais de um dia para realização das provas, e isso demandará um pouco mais de atenção por parte do candidato. As notas do ENEM 2014 poderão também ser acrescidas às notas dos vestibulares de algumas instituições, ou ainda substituir por completo a realização de um vestibular tradicional. Os valores das provas variam de R$ 30 a R$ 110, e os cursos oferecidos se enquadram nas três modalidades do ensino superior – licenciatura, bacharelado e tecnológico. A oportunidade pode atrair, principalmente, os estudantes de cursos de gestão, engenharia e direito. Faculdade
Inscrições
Cursos
Valor
Prova
Informações
USCS
até 15/jun Administração, Engenharia de Produção,
Metodista
até 15/jun
Biomedicina, Direito, Tecnologia em Estática e Cosmética e outros.
FEI
até 15/jun
Administração, Ciência da Computação, Engenharia Elétrica e outros.
Unip
até 15/jun Arquitetura, Logística, Automação Indus-
Fatecs
até 15/jun Negócios e outros (verifique os cursos de
R$ 70
Esags
até 15/jun
Administração, Economia, Ciências Contábeis e Publicidade e Propaganda
R$ 45
14/6, às 14h
www.vestibularesags.com.br
Senac ( pós)
e Finanças, Gestão Estratéaté 15/jun Controladoria gica de Pessoas, Gestão da Comunicação
R$ 20
13/6
www.sp.senac.br/posgraduacao
R$ 110
15 a 19/6
http://portal.metodista.br/
Publicidade e Propaganda e outros.
trial e outros.
www.uscs.edu.br
R$ 40, pela prova digital ou prova digital + ENEM; R$ 80, pela prova tradicioanl ou prova tradicional + ENEM;
19/07, às 14h Prova tradicional: 31/5, às 9h
www.portal.metodista.br/ processo-seletivo
R$ 15, pelo ENEM R$ 90, pela internet. R$ 110, pelas secretarias dos campi e cursinhos pré-vestibulares
13 e 14/6, às 8h30
www.portal.fei.edu.br
Até 25/6, às 14h
www.unip.br
R$ 40
Polímeros, Cosmético, Informática para cada unidade).
Metodista ( pós)
19/07, às 14h
R$ 50
em Mídias Digitais e outros Administração, Ciências da Religião, até 15/jun Comunicação Social, Educação, Psicologia da Saúde
Anhanguera (pós) várias datas Alfabetização e letramento, Enfermagem
do trabalho, Engenharia, Psicopedagogia e outros 19
5/7, às 13h
www.vestibularfatec.com.br
www.anhanguera.com/home/
Mobilidade
Maio/2015
Vila Luzita ganha ciclovia S
anto André começou a instalar nova ciclovia que vai ligar a Estrada do Pedroso até a estação Santo André da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A ciclovia terá 10 km de extensão e vai passar pelas avenidas Capitão Mário Toledo de Camargo, Santos Dumont e Queirós dos Santos. As obras terão duração de três meses. A promessa do município é que nenhuma faixa de rolamento das avenidas precisará ser eliminada para dar espaço para as bicicletas. No entanto, haverá estreitamento das faixas nessas vias, o que significa que os carros ficarão mais próximos. Em alguns locais, as mudanças podem dificultar a vida dos motociclistas, acostumados a utilizar o espaço entre os veículos para cortar o trânsito. A faixa dedicada às bikes não vai provocar mudanças em faixas exclusivas de ônibus ou reduzir vagas de Zona Azul. Também no mês de maio começarão a ser implantadas as ciclovias da avenida Prestes Maia (3,9 km) e da rua Adriático (1 km). “A gente espera que com a estruturação desse roteiro, mais pessoas deixem o carro em casa e passem a usar bicicleta”, afirma o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra.
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Nos próximos dias o governo vai enviar para a Câmara projeto de lei com o objetivo de tornar a implantação de ciclofaixas e ciclovias como programa permanente do município. Os investimentos são provenientes do Fundo Municipal de Trânsito. Rede - Santo André enfrenta o mesmo problema que outras cidades da região: possui ciclovias que não estão conectadas, o que dificulta a utilização de bicicletas como meios de transporte capazes de substituir o carro ou o ônibus. O município possui 11,1 km de ciclovias. A Prefeitura espera mudar essa realidade com um plano de instalação de 40,3 km de ciclovias até 2017, que formarão uma rede constituída por sete rotas. Entre as vias que terão espaço dedicado a bicicletas estão a rua das Figueiras, rua Jorge Beretta, avenida Firestone, avenida dos Estados e avenida Presidente Costa e Silva. A partir do próximo domingo (3) a ciclofaixa de lazer, que funciona entre 10h e 16h, vai mudar de horário. O serviço passará a estar disponível das 7h30 às 13h30. A Prefeitura avalia que o novo período é mais adequado à demanda de ciclistas, que pediam que a abertura da ciclofaixa ocorresse mais cedo.
Saúde
Maio/2015
ABC faz 1ª cirurgia de troca de sexo O
Foto: Divulgação
Roberto Juliano coordenou a primeira cirurgia de troca de sexo feita na região
Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, realizou no dia 6 de maio a primeira cirurgia de troca de sexo. Conhecido tecnicamente como redesignação sexual, o procedimento no hospital é destinado à população transgênera atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os trabalhos foram coordenados pela disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC, em conjunto com o Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP. “A expectativa nesses primeiros meses é de realizarmos até duas cirurgias de redesignação sexual por mês. Trata-se de mais um serviço que a faculdade passa a oferecer à sociedade e que completa o trabalho que já desenvolvemos no campo da cirurgia genital. Até então, nosso foco eram procedimentos reconstrutivos, em casos de traumas ou de crianças com malformações, por exemplo”, explica o professor de Urologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Roberto Vaz Juliano. A primeira cirurgia no ABC ocorreu em paciente de 32 anos, para transformação do órgão masculino em feminino. “É um procedimento de alta complexidade, cuja duração média é de 3h30 minutos. Faremos a chamada genitoplastia, também conhecida como plástica genital, para promover a resignação de sexo no paciente”, explica. De acordo com o urologista, a cirurgia preserva os nervos existentes no órgão genital de forma que a sensibilidade é mantida, o que permite ao paciente sentir prazer normalmente durante o ato sexual.
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O médico também explica que o procedimento não termina apenas com o ato cirúrgico. É necessário aguardar cerca de 40 dias para cicatrização e irrigação dos tecidos. “Em geral, são necessários seis meses para saber se o resultado foi satisfatório. O pós-operatório é complicado e o paciente precisa de um acompanhamento médico constante”, afirma. Todos os pacientes a serem operados no Hospital Mário Covas, serão preparados e encaminhados pelo Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, na zona sul da Capital. Conforme preconiza o Conselho Federal de Medicina, quem deseja realizar esse tipo de procedimento necessita de acompanhamento multiprofissional por pelo menos dois anos antes da cirurgia. Além de responder pelo cuidado integral antes cirurgia, a equipe de psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, urologistas e ginecologistas do CRT DST/AIDS-SP também estará responsável pelo acompanhamento e tratamento pós-cirúrgico, em trabalho integrado com profissionais da FMABC e do Hospital, definido pela Secretaria de Estado da Saúde como centro referenciado para essa cirurgia.
Maio/2015 Foto: Pedro Diogo
Rápidas
Terceiro Poupatempo do ABC inicia serviço
Poupatempo funciona em shopping na av. Giovanni Battista Pirelli
Crime brutal
Inquilino mata pai e filha por aluguel
Uma discussão por causa de atraso de aluguel acabou em tragédia em São Caetano. José Lindomar dos Santos, de 38 anos, matou o aposentado Eliseu Polo Paz, de 78 anos, e a professora de História Carmen Lúcia Polo Paz, de 47. Ele era inquilino do aposentado, foi pedir prazo maior para quitar a dívida e acabou assassinando o idoso e a mulher.
O Poupatempo de Santo André abriu as portas para o público no dia 18. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, dentro do Shopping Atrium, na avenida Giovanni Battista Pirelli. Estão disponíveis os serviços de emissão de RG, atendimentos do Detran, da Secretaria da Fazenda, do Tribunal Regional Eleitoral, entre outros.
Reajuste Conta de água vai subir em toda região
Moradores da região terão que arcar com aumento na conta de água nas próximas semanas. Em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra a Sabesp vai reajustar tarifas de água e esgoto a partir de 4 de junho. Santo André, São Caetano e Mauá vão passar a pagar mais caro pela água comprada da Sabesp e elevarão as tarifas, mas ainda sem data. Foto: Divulgação
Drenagem São Bernardo mantém prazo de piscinão A Prefeitura de São Bernardo não pretende mudar o prazo de entrega do piscinão do Paço, apesar de a principal obra do segundo mandato de Luiz Marinho (PT) estar paralisada há meses. O governo alega que a paralisação ocorreu por imprevistos nas escavações, que alteraram o custo da obra. A promessa é entregar o reservatório até o final de 2016. Foto: Ana Paula Lazari
Poluição na Billings se agrava
Tarifas serão reajustadas na região
Foto: Divulgação
Cartão é utilizado em ônibus, trem e metrô
Transporte São Caetano vai ganhar quiosque do cartão BOM A Autopass, empresa responsável por gerenciar o sistema do cartão BOM, promete inaugurar em junho um quiosque para atendimento aos usuários na estação São Caetano da CPTM. O cartão é aceito no trem e no metrô, mas é usado principalmente por passageiros de ônibus intermunicipais. A região possui uma loja que ofereçe o serviço, na rua Jurubatuba, no centro de São Bernardo, além de quiosques ao longo do corredor ABD.
Meio Ambiente Qualidade da água da represa Billings piora
As análises preliminares da Expedição Billings, realizada pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), apontam para uma piora de mais de 20% na qualidade da água da Billings em comparação com a pesquisa de 2010. O problema é ocasionado, principalmente, pelo aumento das ocupações às beiras da represa nas cidades de Diadema, São Paulo e São Bernardo, além da má gestão de obras como as do Rodoanel. Segundo a professora Marta Marcondes, que liderou a Expedição, foram encontradas espécies de bactérias presentes em fezes humanas, causadoras de doenças de pele e problemas intestinais. Os braços da Billings que abastecem as casas estão em melhores condições, mas sofrem com o excesso de vazão das águas. 22
Artigo
MAIO/2015
Assalto no shopping: quem se responsabiliza? E Foto: Divulgação
Arthur Rollo é advogado, especialista em Direito do Consumidor e professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo
m virtude da falência da segurança pública estatal, cada vez mais as pessoas buscam os shoppings centers e hipermercados para satisfazer as necessidades do seu dia a dia. Desde a compra de mantimentos até o lazer existe a procura desses estabelecimentos em virtude da segurança que oferecem aos seus consumidores, ou ao menos que deveriam oferecer. Não é de hoje que existem casos de sequestros relâmpagos principalmente em estacionamentos de shoppings e hipermercados. Ultimamente esses crimes têm sido mais noticiados, pela ação de quadrilhas especializadas. Os estacionamentos desses estabelecimentos, mesmo gratuitos, atraem consumidores e geram lucro. Hoje em dia os consumidores não abrem mão dessa comodidade. Se incrementam a atividade dos fornecedores, por força da teoria do risco da atividade, devem responder pelos prejuízos causados aos consumidores no estacionamento terceirizado ou no shopping ou hipermercado. Esse dever de segurança assume ainda maior vulto nos estacionamentos pagos. Estacionamentos de shoppings cobram verdadeiras fortunas e é mais do que óbvio que, em contrapartida, surge o direito do consumidor de exigir uma segurança proporcional ao preço cobrado, em relação à integridade do veículo e de seus ocupantes. O STJ já decidiu que por ser o estacionamento um chamariz para aquisição de clientes, com base
na teoria do risco da atividade, o réu responde de modo objetivo pelos danos causados, o que significa que a sua responsabilidade se opera independentemente da existência de dolo ou culpa (AgRg no AREsp 365541, Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, j. 02.09.2014, DJe de 15.09.2014). Não se aplica nesse tipo de situação a excludente de responsabilidade denominada culpa exclusiva de terceiros, porque os shoppings são responsáveis, independentemente de culpa, pela segurança dos consumidores. O dever de segurança pública é do poder público, mas a segurança interna é dever dos estabelecimentos comerciais, que hoje ainda priorizam o patrimônio dos lojistas. O aumento de sequestros evidencia a necessidade da segurança se voltar às pessoas. Quem sofre sequestro relâmpago inegavelmente sofre um dano moral, que deve ser compensado pelo estabelecimento comercial. No mesmo precedente acima mencionado, decidiu o STJ que o dano é inegável (abalo moral decorrente da situação traumática provocada pelo seqüestro). Seria possível afastar a responsabilidade com a comprovação de que não existiu defeito na prestação do serviço, de culpa exclusiva do consumidor ou de culpa exclusiva de terceiro (art. 14, §3º, III, do CDC). Porém, não é o caso de se afastar a responsabilidade, uma vez que o sequestro relâmpago ocorreu em razão de falha no sistema de segurança. Sempre os sequestros relâmpagos decorrem de falhas no dever de segurança. O mínimo que se espera dos estacionamentos, shoppings e hipermercados é que notifiquem imediatamente as autoridades policiais assim que os sequestros acontecem. As câmeras de vigilância servem ao monitoramento de atividades suspeitas e também para que a polícia seja acionada, nos casos de crimes. A responsabilidade existe durante toda a permanência dos consumidores nas instalações e abrangem também pequenos furtos, como de carteiras em lojas. Apenas após a saída dos consumidores desaparece o dever de segurança e passa a vigorar exclusivamente a segurança pública estatal. Quem for vítima desse tipo de crime deve lavrar, tão logo seja possível, um boletim de ocorrência, a fim de que a autoridade policial requisite as gravações do sistema de vigilância para apurar o crime. A preservação da gravação será fundamental também para determinar a responsabilidade do estabelecimento em uma ação de indenização, que levará ao ressarcimento de todos os danos experimentados pelo consumidor, patrimoniais ou morais.
“Se incrementam a atividade, devem responder pelos prejuízos causados aos consumidores no estacionamento”
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Turismo
MAIO/2015
Arquitetura e belezas naturais são atrativos em Manaus
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ara quem vive na cidade grande, é interessante O turista tem de conhecer realidades diferentes, pela paisagem ou visitar o teatro e arquitetura de séculos passados. É assim Manaus, a capiver o encontro das tal amazonense, que se destaca como bom destino turíságuas dos rios tico. A cultura e o folclore indígena, ali, convivem com o requinte e suntuosidade dos teatros e capelas do século Fotos: Embratur/Amazonas 19. Exemplo é o Teatro Amazonas, um dos roteiros mais e Mario Oliveira emblemáticos. Inúmeras pinturas e obras ricas em significados ajudam a contextualizar a época em que a famosa casa de espetáculos foi fundada, quando a produção da borracha era fundamental para a região e os grandes empresários e políticos eram os principais frequentadores do teatro. A cultura e as tradições indígenas regionais em passeios preparados pelos índios é outra atração. Os membros das comunidades nativas simulam rituais típicos, em apresentações voltadas só para turistas. É válido ressaltar que as comunidades mais isoladas se relacionam minimamente com os turistas de outras etnias e culturas, portanto, as apresentações são atividades econômicas de grupos mais habituados à cultura ocidental. O passeio é interessante para quem é curioso e quer ter um primeiro contato com as tradições indígenas. Próximo ao Teatro Amazonas há a Igreja de São Sebastião, de 1888. Com estilo arquitetônico que mistura neoclassicismo e medievalismo, o edifício guarda belas pinturas
e vitrais intactos. Os painéis internos, que vão desde o chão até o teto, nas mais altas cúpulas, foram pintados por artistas como Silvio Centofanti, Francisco Campanella e Ballerini. O ápice cultural e político de Manaus é também preservado no Palácio Rio Negro, construído no início do século 20. O prédio fora construído para ser o lar de Waldemar Scholz, o Barão da Borracha, mas foi comprado pelo então governador Pedro de Alcântara Bacellar e se tornou sede do governo do Estado. Hoje, o Palácio abriga o Centro Cultural Rio Negro, onde são realizadas exposições diversas e há bibliotecas e salões abertos à visitação. O Palácio Rio Negro tem entrada gratuita. Conheça os botos - Mas ao visitar Manaus, perder o belo encontro das águas dos rios Negro e Solimões é incogitável para qualquer turista. A imagem da água barrenta do Solimões,correndo lado a lado por 6 km, com a água escura do Negro, é uma experiência que não pode ser dispensada. As agências de viagem oferecem passeios no encontro dos rios que duram o dia inteiro e incluem visitas a centros de artesanato indígenas, caminhadas pela floresta e passeios de canoa. Em Manaus também se pode conhecer as praias fluviais e, bem de perto, os botos-cor-de-rosa, animais aquáticos que inspiraram grandes lendas do folclore brasileiro. No Recanto do Boto, uma comunidade flutuante no lago Acajatuba, afluente do rio Negro, os turistas podem ter contato com os golfinhos, bastante dóceis. Para garantir o bem-estar dos mamíferos, as atividades são feitas com supervisão e instrução de especialistas locais. Os pacotes de viagem para Manaus variam de R$ 1,7 mil a R$ 6,7 mil. 24
DECORAÇÃO
MAIO/2015
Equilíbrio é o segredo ao escolher a cor da parede A
zul céu, marfim, verde musgo, laranja avermelhado, rosa choque. Com cinco exemplos, não é possível abranger nem um centésimo da variedade existente de cores. E, se as opções são tantas, o que fazer na hora de escolher somente algumas para colorir as paredes de casa? Para tentar resolver esse e outros dilemas, a RD em Revista conversou com dois especialistas no assunto. Em 2015, o laranja-acobreado é a cor mais citada entre as preferidas do ano. O tom, segundo Henrique Striker, gerente de marketing de produtos da Tintas Coral, é adequado tanto para ambientes internos quanto externos. “A cor da Tintas Coral se chama Sombra de Cedro e pode ser combinada com rosas, neutros, brancos, outras tonalidades de laranja, tons metálicos e cores amadeiradas”, explica. A tonalidade trouxe novidade ao mercado ao substituir os tons frios e verdes eleitos como as cores dos últimos anos. Para escolher quais tons darão graça ao dia a dia, Deise Melo, estilista de cores da Lukscolor, diz que não há certo e errado. “O que existe é uma falta de equilíbrio ao ponderar o tom com o tamanho do ambiente e os objetos que já existem nele”, esclarece. Para ambientes pequenos, a receita já é conhecida: evitar cores escuras. “Quanto mais profunda a tonalidade, maior a sensação de diminuição do cômodo”, diz. Se o desejo é ousar na decoração do local com tamanho reduzido, a dica é escolher alguns detalhes ou um lugar específico para explorar uma cor mais vibrante, por exemplo. Há ferramentas que ajudam a diminuir as chances de erro nas combinações, como o novo aplicativo Coral Visualizer, disponível para sistema iOS e Android no site da empresa. Striker explica que, com o utilitário, o consumidor pode pintar as paredes virtualmente e ver o resultado em tempo real conforme se movimentam pelos cômodos. Já para aqueles que não são adeptos à tecnologia, Deise oferece outra saída. “Fazer um esquema de cores em um papel sempre ajuda”, diz. A técnica consiste em colocar os tons do ambiente em quadradinhos em uma folha, e deixar um espaço em branco para experimentar
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cores e analisar qual combina mais na hora de escolher. Mas, antes de qualquer pintura, é importante lembrar que um bom preparo da superfície é essencial. O processo começa com a aplicação da massa niveladora. Depois, é necessário aguardar no mínimo quatro horas para, então, lixar, eliminar o pó com pano úmido. Enfim, é a hora de começar a pintar. “Sem um preparo eficiente, toda a pintura pode ser prejudicada, já que a resistência, a eficiência e a proteção oferecidas pelos produtos de acabamento diminuem”, explica Henrique Striker. Fotos: Divulgação
Cultura
Maio/2015
Promessas de Guerra marca estreia de Crowe como diretor Fotos: Divulgação
Figurino da Academia Australiana de Cinema e Artes Televisivas (AACTA), considerada a premiação correspondente ao Oscar da Austrália. Classificação a definir.
Trama atual é fiel ao enredo original
Dirigido por Russel Crowe, filme tem a Batalha de Gallipoli como cenário
O
drama Promessas de Guerra é um dos filmes mais esperados, que estreia no dia 28 de maio e marca a primeira experiência do ator Russel Crowe como diretor de longa-metragem, após inúmeras tentativas de projetos não concretizadas. Alguns exemplos são um documentário sobre o comediante Bill Hicks, um suspense sobre a morte de um policial e um drama sobre o exército, que nunca saíram do papel. Além disso, tem como cenário histórico a Batalha de Gallipoli ocorrida na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial, quando foram mortos 60 mil soldados e que completa 100 anos em 2015.
Livros
Nós
Promessas de Guerra tem o próprio Crowe como intérprete do personagem principal, o fazendeiro australiano Connor. O trabalhador descobre, durante a Batalha de Gallipoli, sobre o desaparecimento dos filhos. Então, decide viajar até Istambul para descobrir o paradeiro dos garotos. No caminho, se envolve com Ayshe, protagonizada por Olga Kurylenko, dona do hotel onde fica hospedado. Também conta com a ajuda de um policial turco para encontrar os três rapazes. A produção venceu os prêmios de Melhor Filme, Ator Coadjuvante ( Yilmaz Erdogan) e
Para Todos Os Garotos Que Já Amei
Poltergeist - A nova versão de Poltergeist, clássico filme de terror de Steven Spielberg e Tobe Hooper, de 1982, chega aos cinemas brasileiros no dia 21 deste mês. Com uma trama que segue fielmente os passos da original, o longa-metragem torna a história contemporânea sem modificá-la radicalmente. Por esse fato, o novo Poltergeist, escrito por David Lindsay-Abaire e dirigido por Gil Kenan, está entre as apostas da crítica de 2015. O filme tem o elenco formado por novos atores, e reinventa a clássica trama sobre uma família americana que tem a casa invadida por espíritos. Quando as terríveis aparições escolhem atacar um simples e harmonioso lar localizado em uma vizinhança tranquila, decidem partir pelo ponto mais frágil da família: a caçula. Assim, todos devem unir-se para resgatá-la e tentar vencer as forças obscuras. Classificação a definir.
A Vítima Perfeita
De David Nicholls, mesmo autor de Um Dia, Nós conta o dilema de Douglas Petersen, bioquímico de 54 anos que se depara com o pedido de divórcio da esposa após 25 anos de casamento. A situação se torna mais difícil pelo fato de o casal e o filho, Albie, estarem com uma viagem de um mês planejada para a Europa. Douglas está convencido de que as férias vão reacender o romance no casamento e fortalecer os laços entre ele e o filho. Nós é uma reflexão sobre a meia-idade, a criação dos filhos e sobre como sanar os danos que o tempo provoca nos relacionamentos.
Para todos os garotos que já amei já está na lista dos livros mais vendidos do jornal americano The New York Times. A obra conta a história de Lara Jean, que guarda cartas de amor numa caixa que ganhou da mãe. Não são cartas que a jovem recebeu de alguém, mas que escreveu. Os destinatários são os garotos que amou. Sinceras, são repletas de sentimentos que Lara não confessaria a ninguém. Mas, um dia, o material secreto é misteriosamente enviado aos meninos. Então, de uma hora para outra, a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e do seu controle.
Sophie Hannah, autora de A Vítima Perfeita, é considerada o principal nome da literatura policial contemporânea do Reino Unido. Naomi Jenkins é a protagonista da história de Sophie. A personagem, que constrói relógios de sol, esconde um passado turbulento. Tem um amante com quem se encontra às quintas-feiras, Robert Haworth. Porém, quando Robert não comparece a um dos encontros, Naomi investiga e se depara com um mistério de desaparecimento. A partir de então, entra em uma trama em que todos têm algo a esconder. Aos poucos, a rede de ligações torna a história mais interessante a cada página.
Autor: David Nicholls Editora: Intrínseca Nº de páginas: 384 Preço sugerido: R$ 39,90
Autor: Jenny Han Editora: Intrínseca N° de páginas: 320 Preço sugerido: R$ 34,90
Autor: Sophie Hannah Editora: Rocco Nº de páginas: 432 Preço sugerido: R$ 39,50
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Esportes
MAIO/2015
Letícia Zoppei é promessa no hipismo L
Foto: Arquivo Pessoal
etícia Zoppei tem apenas 15 anos, mas já é a grande promessa do hipismo brasileiro. A representante de Santo André já acumulou diversos títulos durante os quatro anos como atleta e busca alcançar posições ainda mais altas. Letícia falou sobre a paixão pelo esporte, sobre as dificuldades enfrentadas no começo do hipismo, pouco conhecido no Brasil, e sobre o que espera de 2015, ano em que a amazona já conquistou a primeira prova. Confira trechos da entrevista, disponível no canal RDtv pelo www.reporterdiario.com.br: O hipismo não é um esporte comum no ABC e no Brasil. Como você chegou à modalidade? Eu sempre gostei de cavalos. Por isso, com 10 anos comecei a procurar hípicas para praticar. Então, quando entrei na escola de quitação, conheci o esporte e gostei cada vez mais dele. Os atletas iniciantes sempre enfrentam dificuldades, como foi o começo da carreira? Você encontrou problemas pelo fato de o hipismo ser esporte de elite e ter muitos custos? Foi bem difícil. Não só por ser de elite, mas também por ser muito dolorido no começo. Até aprender a montar, é complicado. Tem de gostar bastante para continuar no esporte. Você tem algum ídolo que te inspira? Tenho vários. O César Almeida, pai da minha atual professora, o Rodrigo Pessoa e o Doda Miranda, que são olímpicos, o Zé Roberto... Você sonha em ser medalhista olímpica, principalmente com a chegada da Rio 2016? Sonho, claro, como todo atleta. Quais foram os títulos nos últimos quatro anos? Em 2011, meu primeiro ano no esporte, fui campeã em Santo André, na categoria iniciante. Em 2012, alcancei o mesmo ranking regional, como em 2013 e 2014. Como funcionam as categorias de competição do hipismo? Na equitação fundamental as categorias são por altura. Eu, por exemplo, salto hoje a um metro. Mas, na divisão por idade, a minha categoria corresponde a Jovens Cavalheiros B. E a questão de se apegar muito ao animal? Muito. Eu tive dois cavalos até ganhar o que eu mais me apeguei, o Eric, que ficou um ano e quatro meses comigo. Fazíamos tudo juntos, parecia meu cachorro. Mas faz 4 meses que ele faleceu. Agora eu tenho a Lady Dara, minha primeira égua. E tem diferença de cavalo pra égua? Na competição não, mas na vida a égua é mais estressada.
Letícia é iniciante, mas já carrega vários títulos e alma de veterana
Como funciona o fundo de incentivo de Santo André? É uma bolsa atleta que me ajuda a custear os campeonatos. É muito importante, pois sem o fundo já deixei de ir a vários campeonatos. 28
Repórter Social
Maio/2015 Foto: Divulgação
Polo Design realiza tradicional pós Milão com toda comitiva
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om o objetivo de fazer balanço, debater tendências e confraternizar, o Polo Design Center reuniu no dia 11, profissionais de arquitetura e design de interiores que estiveram no Salão Internacional do Móvel de Milão, realizado em abril. O pós-evento foi no Restaurante Tantra, em São Caetano, com cerca de 80 convidados, que ainda assistiram palestra de Marcos Ferraz, idealizador da Escola de Pensadores, que abordou o tema Marketing, Criatividade e Capacitação nos Negócios Promovendo um upgrade no mercado de decoração. João Carlos Mazza, presidente do Polo, comandou o encontro.
Empresários recebem arquitetos com jantar e stand-up
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rupo de empresários da Especialista, Blanco Design, Lustres Irie, Mais Revestimentos Cerâmicos e RS Design, do segmento de design de interiores, ofereceu nesta quinta-feira (14) novo jantar para arquitetos, no Sítio São Jorge, em São Bernardo. A assinatura do evento foi do Outside, projeto que inova ao promover fora de ambientes corporativos confraternizações que mesclam entretenimento e networking. Fábio Rabin, fera no stand-up comedy, animou o encontro, regado a comida de boteco.
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Luciana Pereira, Paula Santos, João Batista, Carlos Pereira, Sylvia Moreira, Benê Mira e Regina Mira
Inauguração da All Clean Auto Center
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ylvia Moreira recebeu amigos, clientes e parceiros na inauguração do All Clean Auto Center, novo centro automotivo no Marajoara, em Santo André. Lavagem a seco, cristalização, perolização de pintura, higienização interna, polimento, revitalização de bancos de couro, limpeza de ar condicionado, troca de óleo, baterias e freios estão no mix de serviços da nova casa voltada a veículos leves.
Gastronomia
Maio/2015
Comida de boteco é ideal para dividir com amigos
Foto: Divulgação
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em só de cervejinha sobrevive o happy hour. Os petiscos e porções dos bares estão aí para completar essa hora tão gostosa. São pratos que dispensam o garfo e a faca, e combinam com a descontração de um encontro com amigos. As opções para se deliciar são inúmeras, por isso a RD em Revista foi atrás de algumas dicas que fazem com que a vontade de correr para um boteco atenda às expectativas. Quando o assunto é variedade, o Old Town English Pub, em Santo André, é especialista. Três pratos tradicionais da casa são o Fish and Chips (R$ 28), iscas de merluza chilena com batatas fritas, as Onion Rings (R$ 24), anéis de cebola empanados com molho à base de cerveja, e o Filé Aperitivo (R$ 39), tiras de filé mignon puxadas na manteiga com molho de queijo gorgonzola. Todas servem de duas a três pessoas. “Todos são feitos para combinar com a carta de cerveja do Old Town”, diz Sérgio Melo, subgerente do bar, que terá
novo cardápio nas próximas semanas, e uma das novidades será a tábua de frios. “Será bem saborosa”, conta. A tradição predomina no Água Benta Bar, em São Bernardo. Jean Pucca, proprietário do boteco, conta quais são os preferidos dos clientes dentre uma grande quantidade de opções. “A porção de Filé à Parmegiana Aperitivo, a Isca de Frango ao Molho Gorgonzola e a Batata Gratinada com Bacon são os mais pedidos”, diz. Os pratos servem duas ou mais pessoas e, segundo Pucca, são perfeitos para dividir com os amigos. O sucesso do Boteco Maria, endereço andreense, está em um modo diferenciado de servir os petiscos. As empadas e bolinhos de bacalhau e de arroz com pernil circulam em bandejas pelos corredores do restaurante, ao alcance de quem está com fome. As empadinhas têm de oito a 10 sabores, de acordo com a produção do dia, e saem por R$ 8,90 cada. “Temos de tudo: carne seca, bacalhau, palmito, pernil, quatro queijos... opções para todos os gostos”, explica Geraldo Freire, gerente do local. Serviço: Old Town English Pub - rua das Figueiras, 913, Santo André - Tel.: 3593-2852 Água Benta Bar - avenida Antártico, 260, São Bernardo - Tel.: 2381-9316 Boteco Maria - avenida Padre Manuel da Nóbrega, 216, Santo André - Tel.: 4437-1333.
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