RD Setembro/2015
SÃO BERNARDO Hitoshi Hyodo estuda criar Zona de Exportação DECORAÇÃO Banheiro funcional depende de planejar espaço
SEMANA NACIONAL DO
TRÂNSITO
- Pedestre é alvo de campanha de conscientização na região - Redução de velocidade tem apoio de GT do Consórcio
Índice
Editorial
Setembro/2015
Transporte público é a solução
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matéria de capa desta edição do RD em Revista mostra aquilo que nossos políticos têm dificuldades para enxergar: o modelo de mobilidade baseado na locomoção por carros está falido. Como os próprios especialistas dizem, a única solução é investir pesadamente em transporte público para que as pessoas, aos poucos, deixem seus automóveis na garagem e passem a usar ônibus, trem ou metrô. Os investimentos no transporte público até existem, mas de forma tímida se comparado ao montante de recursos despejados na ampliação ou abertura de novas vias. O metrô ABC, que ligará a estação Tamanduateí a São Bernardo, passando por São Caetano e Santo André, e o Expresso ABC, que usará a linha de trem já existente que liga a estação do Brás à Rio Grande da Serra, são projetos que o governo do Estado demonstra não ter pressa alguma para tirar do papel. Uma pena porque ajudaria muito a convencer os cidadãos a trocarem seus carros pelo transporte coletivo. Enquanto isso, motoristas usam a tecnologia da internet em seus dispositivos móveis para driblar o
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caos que toma conta das vias do ABC diariamente, principalmente nos horários de pico. Mas mobilidade não é apenas transporte. Também envolve educação. Em entrevista exclusiva ao RD, a especialista em Planejamento Urbano, Andrea Brisida falou da nova campanha Travessia Segura, que será lançada pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Uma campanha bem vinda porque educar pedestres e motoristas é uma ação urgente para salvar muitas vidas e reduzir o número de acidentes. Na área econômica, a edição traz entrevista exclusiva com o novo secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Hitoshi Hyodo, que estuda a possibilidade de transformar São Bernardo em Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Há também matéria sobre a adesão de empresas da região ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e sobre um mercado que tem crescido à medida que aumenta o número de idosos no País, o Airton Resende de clínicas de repouso. Diretor do Jornal Repórter Diário Boa leitura!
Editorial Opinião Política – Miriam Belchior anuncia mudanças no Minha Casa, Minha Vida – Imbróglio jurídico trava futuro de Auricchio – Correria nos bastidores esquenta cenário em Diadema Rastilho – Grana participa de Ato em Defesa da Democracia Entrevista – Redução do limite de velocidade é necessária, avalia Consórcio Economia – PPE recebe sim de três empresas da região – Procura por clínicas de repouso cresceu até 40% – Hyodo aposta em São Bernardo como Zona de Exportação Rápidas / Economia – Mr.Cat inaugura unidade no ParkShopping São Caetano Economia – Guacical projeta crescer 75% em um ano no ABC Alta Roda – Pressão monitorada Mobilidade – Dia Nacional do Trânsito pede ações efetivas Decoração – Planejamento é essencial na hora de projetar banheiro Objetos de desejo Decoração – Mobiliário sob medida é tudo Empreendedorismo – Stabilitá quer expandir e crescer até 30% Rápidas / Cidades – Vigilância Sanitária interdita cozinha do Colégio Jatobá Saúde – Atendimentos a não morador incham rede de Saúde pública Esporte – Jogadores profissionais do Santo André são emprestados para base Cultura – Nova saga Maze Runner traz mais ação Turismo – Chapada dos Guimarães é passeio imperdível – Flytour abre em shopping Artigo – O processo de aprendizagem em tempos de crise Cultura – Mariana Avena faz tributo a Mercedes Sosa, em Santo André Gastronomia – Food Trucks viram febre – ABC tem bons endereços de carnes nobres Social – Nicolelis abre congresso médico na FUABC
Jornalistas e editores responsáveis: Airton Resende - Mtb 16.372 airton@reporterdiario.com.br Maria do Socorro Diogo - Mtb 16.283 msdiogo@reporterdiario.com.br Redação: redacao@reporterdiario.com.br Reportagem: Anna Clara Mota, Caíque Alencar, Maria do Socorro Diogo, Marcelo de Paula, Tiago Oliveira e Victor Felix Diagramação: Flória Napoli Projeto gráfico: Rubens Justo Capa: Imagem: Pedro Diogo Departamento Comercial: Claudia Polimeni Claudia Plaza comercial@reporterdiario.com.br Tecnologia: André Resende resende@gmail.com Suporte operacional: Pedro Diogo Endereço: Rua Álvares de Azevedo, 210 Conjuntos 41/42 - Centro Santo André - SP - CEP 09020-140 Tels.: 11 4436-3965 - 4427-7800 Internet: www.reporterdiario.com.br www.twitter .com/reporterdiario É proibida a reprodução do conteúdo sem prévia autorização por escrito dos editores. A Revista RD Ideias não se responsabiliza pelos conceitos e informações emitidos nos artigos de terceiros.
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Setembro/2015
Opinião
Foto: Paula Lopes
Loja não respeita horário para colocar lixo
Lixo na rua “Sou moradora da rua Luis Pinto Flaquer. É realmente horrível essa situação. Passo todos os dias na volta do trabalho, às 20h, e ainda está lá aquele entulho, que atrapalha, fora a sujeira que fica. E fora o carroceiro que vai retirar papelão que também atrapalha”. Ivani Albuquerque sobre matéria intitulada ‘Lixo atrapalha pedestres em Santo André’. Ciclovias “Finalmente. Quem conhece aquela região sabe perfeitamente que por ali passam vários ciclistas diariamente e que esta
Foto: Divulgação
ciclovia trará maior segurança às pessoas que se locomovem de bicicleta. Como foi possível notar, a ciclovia não retirará faixas de rolamento, apenas as diminuirá. Quem se opõe é, no mínimo, mesquinho”. Felipe Claros sobre matéria intitulada ‘Vila Luzita vai ganhar ciclovia em três meses’. Áreas públicas “Resumindo esta transação, fica evidente a entrega do patrimônio público para empresas privadas. Outra incoerência, se a Prefeitura de Santo André precisa de dinheiro por que aceitou outro terreno na negociação?”. José Carlos Vieira sobre matéria intitulada ‘Secretário esclarece venda de áreas públicas de Santo André’. Desemprego “Estão dizendo que em setembro é que as coisas ficarão terríveis. Cada vez mais, as mentiras vêm à tona”. Renato de Luca, sobre matéria intitulada ‘Indústria tem diminuição de 28 mil vagas no ABC’.
Fundação passa por crise histórica
Fundação Santo André “Falam que a Previdência não tem recursos, mas ela (Fundação Santo André) é apenas uma entre milhões de empresas que não pagam a Previdência e os aposentados é quem sofrem com o fator previdenciário”. Carlos Roberto Silveira sobre matéria intitulada ‘Dívida atual da Fundação Santo André é de R$ 37,2 milhões´. Escola “Estou satisfeitíssimo com a qualidade dos meus alunos do Sesi 426, de Diadema”. Délio Lopes sobre matéria intitulada ‘Confira o desempenho das escolas do ABC no Enem 2014’.
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Política
Foto: Evandro Oliveira/PMM
Miriam Belchior anuncia mudanças no Minha Casa, Minha Vida Fotos: Pedro Diogo
Miriam Belchior anunciará em setembro nova etapa do programa
Donisete Braga falou da contribuição de Miriam para sua carreira
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m sua primeira passagem oficial por Mauá depois que foi nomeada presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Miriam Belchior adiantou que no dia 10 de setembro a presidente Dilma Roussef anunciará a terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida. A principal diferença para a etapa atual é que a nova versão buscará contemplar famílias com renda entre R$ 901 e R$ 2.300, que hoje têm dificuldades para obter financiamento para aquisição da casa própria. “Hoje o programa tem uma faixa para atender famílias com renda até R$ 1.600. Mas na prática, nós só conseguimos atender famílias com renda até R$ 900. Há uma lacuna a ser preenchida. Nós vamos criar uma modalidade específica para renda acima de R$ 1.000 até R$ 2.300 e a gente aumenta o subsídio para poder atendê-las”, explicou. A presidente da Caixa não quis adiantar o percentual a ser subsidiado. Disse apenas que será o suficiente para que as pessoas na faixa de renda anunciada consigam adquirir um imóvel. “Isso está sendo discutido. Vamos aguardar até o dia 10”. A declaração foi dada no dia 25 de agosto, durante entrevista concedida logo após a cerimônia de entrega das chaves de 116 unidades habitacionais para famílias que viviam em área de risco na cidade. O evento contou com a presença do prefeito Donisete Braga que, durante seu discurso, fez questão de lembrar que Miriam foi uma das grandes apoiadoras de sua carreira política e da importância dela para os interesses da região enquanto presidente da instituição financeira pública.
“Grande parceira, grande irmã e que tem nos ajudado muito como presidente da Caixa Econômica Federal. Além do que, ajudou muito na minha trajetória política.”, declarou Braga. A entrega das unidades habitacionais aconteceu simultaneamente à entrega de outros conjuntos de casas em três cidades do interior, Catanduva, Araraquara e Araras. Um telão unia as cerimônias de todas as localidades, sendo que a presidente Dilma Rousseff participou do evento a partir de Catanduva. Indústria - Miriam Belchior também sinalizou que a linha de financiamento com juros menores concedida ao setor automotivo vai ser estendida para outras cadeias produtivas. De acordo com a presidente da Caixa, já há conversações com alguns setores como o metal-mecânico, de máquinas e equipamentos e o eletroeletrônico para garantia de crédito nos mesmos termos acertados com a cadeia automotiva. “A ideia é atender a todos. A mesma lógica que adotamos e que a Petrobras já havia adotado com seus fornecedores será aplicada para as demais cadeias. Concederemos linha de crédito para que os fornecedores possam atender aos pedidos das grandes empresas”, afirmou. O objetivo é o de evitar distorções, pois setores da economia reclamam que o governo tem se preocupado apenas com a indústria automobilística e deixado outras áreas de lado. “Nós achamos que essa linha de crédito vai gerar equilíbrio e atenderá as necessidades da economia brasileira”, disse.
Política
Setembro/2015
Câmara de São Caetano reprovou as contas de Auricchio por 10 votos contra oito. O vereador Beto Vidoski (PSDB), não compareceu Foto: Banco de Dados
Imbróglio jurídico trava futuro de Auricchio
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os últimos quatro meses a vida política do ex-prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), ganhou uma dramaticidade digna de novela mexicana. Desde que as contas de seu mandato no ano de 2012 foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), o petebista trava árdua luta para garantir uma vaga na corrida pelo comando do Palácio da Cerâmica, em 2016. No último capítulo desta história, Auricchio conseguiu criar um imbróglio jurídico entre a Câmara e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que causou dúvidas sobre seu futuro. No dia 26 de agosto, o órgão especial do TJ-SP derrubou, por maioria (19 a quatro), a liminar concedida pelo juiz José Roberto Nalini, que considerou válido o parecer do TCE-SP que apontou irregular a prestação de contas do ex-prefeito no ano de 2012. A decisão do plenário criou dúvidas, principalmente no Legislativo são-caetanense, que no dia anterior tinha corroborado com a decisão do Tribunal de Contas. Na mais concorrida sessão ordinária dos últimos anos, com direito a forte esquema de segurança, plenário lotado e
dificuldade para acomodar autoridades que queriam apreciar a votação, a Câmara reprovou as contas de Auricchio por 10 votos contra oito, sendo que o vereador Beto Vidoski (PSDB), não compareceu, pois estava em Brasília (DF). A decisão foi encarada por muitos como a última esperança política do petebista, pois com a decisão do parlamento municipal o ex-prefeito teria os seus direitos políticos suspensos pelos próximos oito anos e, por consequência, faria o atual prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) como franco favorito a recondução do comando do executivo. Mesmo a após a sessão, os vereadores já sabiam que José Auricchio Júnior entraria na Justiça comum para reverter a decisão. “É um direito do ex-prefeito buscar todas as alternativas que ele tem. Nós fizemos tudo dentro do regimento, mas considero que ele deva fazer isso”, afirma o presidente da Câmara, Paulo Bottura (Pros), que votou pela aprovação das contas. Para Pio Mielo (PT), que votou pela reprovação, uma decisão judicial seria considerada como desrespeito. “É óbvio que ele vai entrar na Justiça, mas é um desrespeito à Câmara que fez tudo dentro da lei, tudo dentro do regimento e votou a favor. Agora o ideal é olhar para o futuro, olhar para a cidade, pois o que aconteceu nessa sessão é uma página virada”, diz o petista. Com a nova decisão do TJ-SP, vereadores “pró-Auricchio” consideram que a votação será anulada, diferente dos demais que acreditam que nada mudará, pois a decisão do Legislativo foi feita após a suspensão da liminar concedida ao petebista em julho e que derrubava a decisão do TCE-SP, e por consequência evitava qualquer votação na Câmara. Na espera - Como fieis espectadores dessa novela estão os caciques de PTB e PSDB. Membros de seu atual partido, como o secretário-adjunto de Justiça de São Paulo, Luiz Souto Madureira, que em visita à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Santo André, garantiu que José Auricchio Júnior continuará no partido e que será candidato a prefeito. Nos bastidores especula-se que Auricchio só ficaria no PTB com uma decisão desfavorável juridicamente, pois setores do PSDB não apoiariam a entrada do ex-prefeito sem que o mesmo pudesse concorrer ao pleito eleitoral de 2016. No PSDB, o convite já foi feito, resta aguardar as decisões judiciais para garantir ou não o ingresso do atual petebista na legenda. A questão é que ainda existe uma dúvida sobre quanto tempo teria José Auricchio Júnior para mudar de partido. Além dos imbróglios jurídicos, existe o tempo para se filiar a uma nova legenda. Segundo a legislação eleitoral, para ser candidato uma pessoa tem de se filiar até um ano antes da eleição, o que significa até o dia 1º de outubro de 2015. Um projeto no Senado pode mudar a situação, deixando a janela aberta até o fim de março de 2016, mas a matéria ainda não foi apreciada pelos senadores, o que aumenta a expectativa em torno desta novela em terra são-caetanenses.
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Setembro/2015 Foto: Banco de Dados
Correria nos bastidores esquenta cenário em Diadema E
m meio a correria nos bastidores em busca do apoio das legendas aos pré-candidatos à Prefeitura de Diadema, uma novidade cria uma incógnita, principalmente ao atual prefeito Lauro Michels (PV) que busca a reeleição em 2016. O secretário de Transportes, José Carlos Gonçalves pediu a desfiliação do PR, assim reduzindo o partido, momentaneamente, ao vereador Luiz Paulo que assumiu o comando da legenda no primeiro semestre. Agora, a legenda aguarda uma conversa com o comandante do Paço para definir o posicionamento “Ainda vamos procurar o prefeito para conversar sobre o assunto e resolver essa situação”, afirmou de forma sucinta o legislador. O partido trabalha em duas frentes: a primeira em relação à participação do vereador na base aliada e a segunda em relação a requerer ou não a Pasta de Transportes, o que pode tirar Gonçalves do governo. A legenda, que tinha quatro vereadores, expulsou dois: Reinaldo Meira (PSC) e José Zito da Silva, o Zézito (sem partido), e está em vias de concretizar a saída de Talabi Fahel. O caso já está na Justiça. A ideia de Luiz Paulo é deixar tudo acertado até o dia 2 de outubro quando também pretende anunciar os novos nomes do PR. A situação republicana acontece em meio a correria de Lauro Michels para consolidar os apoios para a eleição. Além do PR, outra legenda que causa dor de cabeça ao verde é o PRB. Existe uma expectativa interna de que o partido consiga lançar candidato próprio. O principal nome em vista é do vereador Wagner Feitosa, o Vaguinho do Conselho.
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Atualmente no PSB, Vaguinho já deixou clara a sua vontade de disputar o comando do Paço diademense, mas enfrenta dificuldades no comando socialista, que prefere apoiar o verde. Lauro Michels já procurou o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, para evitar uma nova baixa. O atual governo de Diadema está em busca de minimizar o prejuízo. O PTB já deixou a base após a falta de apoio do prefeito à candidatura da vice-prefeita, Silvana Guarnieri (PTB), a deputada estadual, em 2014. No PT – O Partido dos Trabalhadores aguarda um posicionamento do ex-prefeito José de Filippi para fixar o seu nome como pré-candidato. Segundo o vereador Manuel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), tudo será decidido até a primeira quinzena de setembro. Caso Filippi não confirme a situação, a legenda tentará uma solução caseira. As opções são o próprio Maninho e o vereador José Antônio. Uma terceira possibilidade foi levantada: a do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT/ SP). Mas nos bastidores, a possibilidade é encarada como uma tentativa para levantar o nome de Joel Fonseca que chegou a ser vice-prefeito, que no entanto não conseguiu alavancar a sua candidatura a vereador em 2012. Outro ponto defendido pela legenda é a concepção de uma chapa pura, algo que não acontece desde as eleições de 2004 quando Filippi e Fonseca formaram a candidatura vencedora daquela eleição. Em 2008 e 2012, o partido coligou com o PSB, formando a chapa com Reali e Gilson Menezes (atual PDT).
Foto: Divulgação
Gonçalves espera oficialização de saída do PR
Foto: Banco de Dados
PT aguarda posicionamento de Filippi até dia 15
Rastilho
SETEMBRO/2015
Santo André Grana participa de ato para democracia
Foto: Tiago Nogueira
O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), participou do “Ato em Defesa da Democracia” que aconteceu no dia 28 de julho, no Paço andreense. A atividade, liderada pelo PT, aconteceu para defender o mandato da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). “Santo André é uma cidade que precisa de paz, amor e democracia”, afirmou Grana. O deputado estadual e presidente do PT andreense, Luiz Turco, também participou do encontro, além de vereadores e outros servidores do município. Segundo os organizadores, mais de 2 mil pessoas participaram da agenda petista que reuniu pessoas Grana afirmou ser contra o “golpe” contra a presidente Dilma Rousseff de toda a região do ABCDMRR.
Seminário
Mauá
Os ex-presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Uruguai, José Mojica, participaram do Seminário Internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século XXI, na sede do Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cenforpe), em São Bernardo. O objetivo do encontro foi discutir a participação pública na gestão das cidades, refletir sobre valores e comportamentos, e o alcance das ações coletivas no desenvolvimento dos municípios. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também participou do evento.
A Câmara de Mauá aprovou em sessão extraordinária a regulamentação da lei federal nº 151/2015, que autoriza transferência à conta do Tesouro municipal de depósitos judiciais e administrativos e a instituição de um fundo de reservas para o pagamento de pendências judiciais como precatórios. Segundo o projeto, com a aprovação da medida, 70% dos recursos de depósitos judiciais e administrativos, advindos de processos judiciais, podem ser usados para investimentos na cidade. Os 30% restantes vão para fundo de reserva para garantir a restituição dos recursos judiciais, em caso de vitória na Justiça comum.
Encontro reúne Lula e José Mojica
Mojica aproveitou para visitar sindicatos
Câmara aprova uso de recursos judiciais
São Caetano
São Bernardo
Muitos questionamentos surgiram com a ausência do vereador são-caetanense Beto Vidoski (PSDB) da sessão que reprovou as contas de 2012 do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB). O petebista é a principal barreira de Vidoski em sua articulação para ser candidato a prefeito, em 2016. Auricchio é dado como nome certo do PSDB na cidade, mas que aguarda uma decisão judicial que possa definir o seu futuro. Por enquanto, Vidoski mantém as esperanças de emplacar a sua vontade dentro do tucanato de São Caetano. Vidoski articula candidatura para prefeito Resta aguardar os próximos capítulos.
Nos bastidores do PT de São Bernardo já corre a notícia de que o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira desistiu da disputa interna da legenda para a escolha do candidato à sucessão do prefeito Luiz Marinho (PT), em 2016. Com o fato, resta saber o dia e hora para que Marinho anuncie o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, como o candidato. Os vereadores petistas consideram que o fato deve ser anunciado o quanto antes para conseguir trabalhar melhor o nome do secretário que já faz a sua parte e comparece a todos os eventos possíveis, inclusive ao liderar o Seminário sobre Participação Cidadã, realizado na cidade.
Ausência de Vidoski causa estranheza
Luiz Fernando deixou disputa interna de lado
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Saulo busca recursos para Ribeirão Pires O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), esteve em Brasília (DF), no Ministério das Cidades, para acompanhar liberação dos recursos das obras das avenidas Prefeito Valdírio Prisco e Ribeirão Pires. O peemedebista foi acompanhado do deputado federal Baleia Rossi (PMDB/SP). O curioso foi a reclamação de Saulo sobre a rápida viagem que o deixou muito cansado. “Fiz um bate-volta para Saulo brincou com o cansaço pelo bate-volta economizar”, afirmou o prefeito. na capital federal em busca de recursos
Diadema
Câmara evita polêmicas em sessão
Almir Cicote pode ir para o PSDB
Santo André
Almir Cicote visita Pedro Tobias
O vereador andreense Almir Cicote (PSB) visitou o deputado estadual e presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias. O encontro foi para falar de política e entre os assuntos estava a possibilidade de Cicote conseguir uma vaga na Assembleia. Quarto suplente, o socialista pode ocupar uma das cadeiras por causa de deputados do partido que serão candidatos a prefeito em 2016. Além disso, Cicote e Tobias podem virar colegas de partido. O vereador é sondado pelo PSDB em Santo André para se juntar a outros nomes que são sondados.
Paulinho Serra pode se filiar ao PSDB
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Zé Ferreira pede articulação
Em meio a disputa com o G9, o líder do governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), José Ferreira (PT), vem perdendo novamente as forças para articulação na Câmara. José Albino, secretário de Governo, tenta auxiliá-lo.
O coordenador regional do PT, Claudinho da Geladeira, conseguiu fechar o apoio do PRB para sua campanha para prefeito de Rio Grande da Serra, em 2016, quando tenta desbancar o atual prefeito Gabriel Maranhão (PSDB).
Claudinho ganha apoio
Debate sobre a Petrobras
A Câmara de Diadema promove no dia 11 de setembro audiência pública para debater a situação da Petrobras. O principal objetivo é refletir sobre a atuação na extração de petróleo na camada Sandra lidera pré-sal. PT pediu a audiência. dez mulheres
Sandra comanda Frente
A vereadora mauaense Sandra Regina (PMDB), irá comandar a Frente Parlamentar de Vereadores do ABCDMRR. O próximo passo da frente é se encontrar com o presidente do Consórcio, Gabriel Maranhão (PSDB), para discutir projetos.
Pio Mielo no PMDB
Faltam poucos detalhes para que o vereador são-caetanense, Pio Mielo consiga a transferência para o PMDB. As conversas com membros dos dois partidos estão avançadas e o anuncio ocorrerá até o final de setembro.
Dib some do cenário
Paulinho evita comentários
Zé Ferreira perde força
PRB fecha apoio a Claudinho
A Prefeitura de Mauá anunciou a abertura de concurso para a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsep). Não foi informado o número de vagas, mas serão contratados profissionais da área administrativa e de comunicação.
Sondagem
O ex-secretário de Obras de Santo André, Paulinho Serra (PSD), pode parar no PSDB para ser candidato a prefeito em 2016. Muitos consideram que a troca de partidos já está certa. Serra afirma que tem carinho pelo partido, mas diz apenas é um sondagem. Será?
Fotos: Banco de Dados
Mauá abre concurso na Arsep
Amortização de dívida da ETCD é aprovada A Câmara diademense aprovou, em primeira votação, a amortização das dívidas da extinta Empresa de Transporte Coletivo de Diadema (ETCD) com a Viação Imigrantes. A ETCD devia R$ 4,8 milhões, mas também existia uma dívida da Viação para o município de R$ 5,5 milhões. A diferença pode virar um crédito da Prefeitura junto à empresa que, atualmente, cuida de parte da frota de ônibus da cidade. A surpresa foi em relação aos vereadores que evitaram os fortes debates sobre o assunto que sempre esquenta o clima na Casa.
Rápidas
Pio Mielo espera troca
O ex-prefeito de São Bernardo, William Dib (PSDB) causou certo furor nos bastidores devido ao seu sumiço das rodas políticas. Dib sumiu A última notícia do tucano foi em maio da política quando tentava articular apoios à nova candidatura a prefeito.
ENTREVISTA
Setembro/2015
Redução do limite de velocidade é necessária, avalia Consórcio Foto: Paula Lopes
Andrea Brisida diz que agora a linha 18 depende da vontade política para sair do papel
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC aproveitará as comemorações da Semana Nacional do Trânsito - 18 a 25 de setembro -, para retomar a campanha Travessia Segura, programa criado em 2011 e que visa conscientizar motoristas e pedestres com o objetivo de reduzir atropelamentos. Em entrevista exclusiva à RD em Revista, a especialista em Planejamento Urbano, Andrea Brisida responsável pela discussão regional de temas como trânsito e transporte coletivo, por meio do Grupo de Trabalho Mobilidade do Consórcio, defende medidas como a redução do limite de velocidade, adotada recentemente na Capital em meio a muita polêmica. “Por mais que desagrade a maioria, aquela medida é necessária. Você pegar uma avenida numa área mais central, a 60 km/h, é um risco muito grande, principalmente para os pedestres”, afirma. A coordenadora do GT fala ainda sobre o desafio de expandir ciclovias, a demora para construção da linha 18 e as obras do PAC Mobilidade - que ainda se arrastam, dois anos depois de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado verbas federais para a região. Como será a Semana Nacional do Trânsito no ABC? Esse ano o Denatran [Departamento Nacional de Trânsito] foi bem feliz na escolha do tema. Geralmente eles são focados em um assunto específico, como a não utilização de bebidas ao volante e esse ano o tema fala sobre a mudança do trânsito: Seja você a mudança. E eu acho que ele acaba coincidindo muito com todo o trabalho que a gente pensa no Consórcio como um todo, de que a mobilidade não pode ser tratada de forma isolada em nenhum município. É um pouco o que a campanha Travessia Segura já tem trabalhado ao longo desses últimos anos. A campanha está sendo retomada. Qual a diferença em relação à primeira edição? Acho que de diferente a gente está mudando um pouco a estratégia publicitária em si. O objetivo não é eliminar a campanha anterior, mas passar por nova etapa. A gente entende que ainda precisa instituir para o pedestre a questão do gesto, que ainda é uma forma do pedestre se sentir um pouco mais seguro. A ideia é que a gente foque nessa etapa da campanha na implementação do gesto do pedestre solicitando a passagem para o motorista. Acho que quando a gente entra em um carro pode ter a sensação que somos superiores a quem está na rua, e não é verdade. O motorista tem de começar a observar que quanto mais devagar a gente anda, mais bonita a cidade fica. Quando a gente está numa velocidade mais reduzida, a gente consegue enxergar coisas na cidade que quando a gente está correndo não enxerga. A pessoa é a mesma quando ela está caminhando e a mesma quando está dentro de um carro. Acho que por isso eu sempre digo que o Travessia Segura é o mais audacioso projeto, porque é muito difícil mudar esse conceito.
De quanto foi a redução de atropelamentos após o início da campanha? Tivemos uma redução de cerca de 16% no número de atropelamentos no ABC, mas temos uma preocupação além da questão da travessia em si, que é a questão da velocidade, isso também precisa ser considerado. Tivemos casos recentes em São Paulo de motoristas que perderam controle por alguma razão, ou por embriaguez ou excesso de velocidade e atropelaram pessoas no passeio público. A velocidade precisa ser controlada também. O ABC pensa em implantar redução de velocidade máxima das vias como em São Paulo? Nós não chegamos a discutir isso ainda no GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade, até porque nesse momento o trabalho está muito voltado à finalização do processo de licitação no início dos projetos do Consórcio, do PAC Mobilidade, e a questão da Travessia Segura. Eu acho que essa medida que foi tomada em São Paulo é necessária. Por mais que ela desagrade a maioria das pessoas, ela é necessária. Você pegar uma avenida numa área mais central, a 60 km/h é um risco muito grande. Principalmente para os pedestres. Acho que São Paulo está tendo uma atitude corajosa e não só em reduzir a velocidade, mas o prefeito Haddad está fazendo uma transformação no olhar da cidade com relação às pessoas. Ele está tirando de lado, bem tranquilamente, a prioridade do automóvel e da velocidade e transformando a cidade para as pessoas. Ele está implementando ciclovias em todos os lugares possíveis, criando espaços de convivência maiores, e a redução da velocidade faz com que as cidades se tornem mais humanizadas. Quando você passa numa via que é 30 ou 40km/h, o risco de um acidente é muito pequeno. E as pessoas nesse sentido se sentem mais confortáveis para circular. Essa redução no limite de velocidade deve ser discutida de forma conjunta entre os prefeitos? Seguindo toda diretriz que o Consórcio tem trabalhado nos últimos anos, eu aposto em dizer que não há mais nenhum grande projeto de mobilidade que não seja discutido em âmbito regional. Hoje o ABC é uma única grande região de 2,5 milhões de habitantes. Nada do que se passa em São Bernardo não tem reflexo em Santo André ou em Diadema ou em Mauá. Nessa questão, tanto da mobilidade quanto da infraestrutura ou do transporte coletivo, não há mais sentido de a gente trabalhar isso se não for unificado, uma discussão regional. Por que o ABC não conseguiu expandir a rede de ciclovias na mesma velocidade que São Paulo? São Paulo acabou sendo mais audacioso nesse sentido e tomou uma decisão arriscada. São Paulo decidiu, ao invés de pensar numa infraestrutura um pouco mais ampla, mais segura e mais demorada, fazer ações de implantação imediata. É uma alternativa, uma proposta que tem que ser considerada e respeitada. Se vocês forem analisar mais adiante, quando a gente estiver desenvolvendo os projetos em torno
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O Consórcio tentou implantar um programa de ciclofaixas no ABC. Por que não deu certo? Nós lançamos duas vezes o chamamento público. Num primeiro momento lançamos o da ciclofaixa de lazer e depois da ciclofaixa de lazer com as bicicletas de aluguel, para ver se conseguia atrair um pouco mais de público. Acho que a grande diferença entre os projetos de São Paulo, que têm uma relevância grande, e a nossa região é a questão da publicidade exterior. Em São Paulo, você ter sua marca registrada numa bicicleta de aluguel ou ciclofaixa vale ouro. Aqui os investidores olham pela cidade e pensam: “Vou gastar R$ 10 milhões [custo do projeto de ciclofaixas em um ano] ou vou gastar R$ 10 milhões em outdoor, busdoor, painéis eletrônicos e abrigos de ônibus?” A política de prioridade à bicicleta e ao transporte público veio para ficar? Certamente. É a gente começar cada vez mais a se convencer de que a cidade não é dos automóveis, é das pessoas. Esses elementos todos são muito polêmicos. Quando você tem um viário restrito, quando não há condições de fazer um alargamento e você decide tirar uma faixa dos automóveis e fala que vai passar bicicleta ou transporte coletivo é uma decisão muito dura, mas é uma decisão que precisa ser tomada. Ninguém está dizendo que as pessoas não devem ter automóvel, mas eu tenho que saber o quanto custa esse automóvel para mim. A minha ida ao centro da cidade, por exemplo, ela vai ter de ser considerada um estacionamento privado. Vou ter de pagar para ir para o centro da cidade com meu carro. Agora se eu for a pé é outra história... Em agosto completaram dois anos do anúncio de verba para mobilidade feito pela presidente Dilma no ABC. Não está demorando demais para começarem as obras? Dá uma sensação de que o tempo passa muito rápido e a gente não consegue acelerar. Todos os processos de financiamento, de obtenção de recursos, são morosos mesmo. Todas essas obras que foram anunciadas aqui pelo governo federal estavam em um estágio ainda muito incipiente naquela época [agosto de 2013, quando Dilma veio ao ABC]. Tinha uma ou outra que estava um pouco mais avançada. Rio Grande da Serra acabou sendo o primeiro, que saiu na frente mesmo. O prefeito [Gabriel Maranhão] se dedicou a isso, se comprometeu a fazer projeto executivo e acelerou na frente de todo mundo. A gente conseguiu já ter a primeira obra em Rio Grande da Serra e na sequência devem sair as demais cidades. Houve cortes nas verbas federais para mobilidade? As informações que nos passaram é que tudo o que está já garantido, já assinado no PAC, não terá corte de recursos. Apesar desse cenário econômico muito complicado, o que tem chegado para nós é que não estão acontecendo bloqueios de recursos ou de financiamentos. A gente não tem nenhuma razão para temer que esses recursos não venham. Qual o tempo que foi percorrido desde o anúncio da verba? O anúncio foi feito em agosto de 2013 e os convênios foram assinados
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em julho de 2014. É esse trâmite burocrático que complica bastante. Fizemos um esforço enorme de fevereiro a abril de 2013 quando a [então] ministra [do Planejamento, Miriam Belchior], recebeu formalmente o plano. A presidente anunciou a primeira etapa em agosto, mas de lá até a formalização dos convênios demorou muito tempo. E hoje a regional do ABC da Caixa tem uma grande quantidade de empreendimentos e projetos de recursos destinados. Então eles atendem os sete municípios e mais esse grande Plano Regional do Consórcio. A gente às vezes fala, “poxa, vai pra Caixa e fica muito tempo, demora muito”. Eles têm uma quantidade grande de projetos e uma quantidade limitada de técnicos. Ninguém faz mágica. Quando a linha 18 deve sair do papel? Nossa, essa pergunta eu adoraria fazer para o governador Geraldo Alckmin... Nós estamos acompanhando bem de perto todas as etapas do desenvolvimento do projeto. O prefeito [Luiz] Marinho está colocando pressão. A ideia é que a gente consiga iniciar, mas a expectativa é que não comece antes de janeiro ou fevereiro do ano que vem. Como ainda depende desse recurso de financiamento que o Estado está pleiteando para começar a desapropriação, a gente não consegue obra sem esse processo em andamento. O governo do Estado culpa o governo federal pela falta de financiamento para bancar as Nova campanha desapropriações. Se fosse exclusivamente recurso do PAC, poderia Travessia Segura deve focar na até fazer algum sentido. Mas tem uma parte do recurso que é sim do governo do Estado. Poderia antecipar isso para acelerar, mas é uma implementação do gesto com o pedestre questão de vontade política. Depende da caneta. Foto:Divulgação
dos eixos, a intenção é onde a estrutura permitir a gente contemple também o sistema de circulação de bicicleta. A própria linha 18 tem uma ciclovia projetada ao longo de toda a linha. Santo André, por exemplo, com os corredores previstos no BID, tem malha cicloviária prevista também. A mesma coisa em São Bernardo.
Economia
Setembro/2015
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PPE recebe sim de três empresas da região
ouco mais de dois meses após o lançamento da medida provisória nº 680/2015, que implementou o Plano de Proteção ao Emprego (PPE), cinco empresas aderiram à medida do Ministério do Trabalho e Emprego, sendo três do ABC paulista. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), outras cinco empresas negociam a entrada no plano e mais 20 procuraram a entidade para informações. A primeira empresa a aderir ao PPE na região foi a Rassini Automotive Auto Peças, em São Bernardo, que adotou a medida na segunda semana de agosto. Os 550 funcionários aprovaram por unanimidade a redução de 15% da jornada de trabalho e de salário pelos próximos quatro meses, sendo que metade das perdas salariais (7,5%) serão complementadas com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Na mesma semana, a Trefilação União de Metais S.A. também anunciou sua entrada no Programa. Também localizada em São Bernardo, a produtora de aço trefilado, retificado e descascado, aprovou em assembleia que contou com 114 funcionários a redução da jornada de trabalho e de salários em 20%. A terceira empresa da região a aderir é a Melling do Brasil, de Diadema, fabricante de bombas de água, de óleo e válvulas a frio. O acordo prevê a redução de 9,83% da jornada de trabalho e dos salários para todos os 200 trabalhadores da fábrica, e a complementação pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT ) de metade dessa redução salarial (4,9%). Para Maria Regina Gasparini, gerente de Recursos Humanos da Rassini, o PPE é um programa inteligente à Rassini, em São medida que traz vantagens para todas as partes envolvidas. Bernardo, abriu a “Nossa ociosidade hoje é de 15%. Demitir gera custos imelista de adesões ao programa do governo diatos e leva à perda de mão de obra capacitada, o que é Foto: Pedro Diogo
ruim. Com o PPE a gente consegue manter os empregos e a confiança dos funcionários também é mantida”, comenta. A projeção da Rassini é de que 2016 seja tão difícil quanto 2015. As vendas deverão ser fracas no último mês deste ano e nos dois primeiros do ano seguinte. Em março deve haver melhora que possibilite chegar ao patamar de produção semelhante à atual, que está muito baixa. Por conta disso, a expectativa da empresa é renovar a adesão ao PPE por mais oito meses, tão logo essa primeira etapa termine. “Nossa perspectiva para o PPE é muito boa. Com certeza, faremos acordos importantes na nossa base. Nesse momento, cada emprego salvo é uma alegria para o Sindicato. Temos a perspectiva de poupar de 3 a 4 mil postos de trabalho. Essa é missão fundamental do Sindicato nesse momento de crise: preservar os empregos”, diz Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Montadoras - O Sindicato dos Metalúrgicos conversou com duas montadoras do ABC sobre a inclusão no PPE. A primeira é a Volkswagen, que num acordo com os trabalhadores que acabou com a greve instaurada em janeiro – com duração de 11 dias –, já previa o Programa de Proteção ao Emprego, mas até o momento não indicou publicamente a sua entrada. Em 6 de julho, 2.357 funcionários foram colocados no regime de lay-off por dois meses. A Mercedes-Benz também negociou com o sindicato, mas não fechou acordo. Pelo contrário, no final de agosto a empresa enviou telegramas para 1,5 mil funcionários informando sobre a demissão deles a partir de 1º de setembro. A categoria se mobilizou por meio de greve na fábrica e passeatas que paralisaram a via Anchieta. Em junho, antes do lançamento da medida provisória, a empresa fez uma oferta para reduzir a jornada de trabalho em 20% e os salários em 10%, mas a proposta foi rejeitada por 74% dos funcionários. Na época, a multinacional alemã informava manter 2 mil funcionários excedentes na fábrica, de um total de 7 mil trabalhadores. No Estado de São Paulo, outras duas empresas aderiram ao PPE. A primeira foi a Grammer do Brasil, fabricante de assentos de carros localizada em Atibaia, que fez acordo com os 500 funcionários para fazer uma redução de 10% da jornada de trabalho e do salário. A proposta foi acertada poucos dias após o lançamento do programa. No final de julho a Caterpillar Brasil, fabricante de equipamentos de construção e mineração, fez um acordo para reduzir a jornada de trabalho e salários no limite permitido pela PPE, 30%. O acordo durará seis meses. A medida provisória que resultou no Programa de Proteção ao Emprego foi promulgada em 7 de julho. A expectativa no ABC é que 6 mil trabalhadores possam ser beneficiados em médio e longo prazo.
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Setembro/2015 Foto: Pedro Diogo
Vitório Cabrera possui três unidades em Santo André
Procura por clínicas de repouso cresceu até 40% O
aumento da população idosa tem acarretado no crescimento significativo da procura nas clínicas de repouso. Na região, alguns empreendimentos registram aumento de até 40% na demanda entre o primeiro semestre de 2014 e o de 2015. A explicação é que, segundo a Fundação Seade, o número de habitantes com mais de 65 anos no ABC saltou de 213.470 para 279.885, entre julho de 2014 e julho de 2015. Se no ano passado a população nessa faixa etária representava 8% do total da população, neste ano essa projeção salta para 10%. O mercado comemora. Vitório Lopes Cabrera, proprietário da Casa de Repouso Sol da Manhã, conta que quando começou, em 2000, havia 4 ou 5 empreendimentos em Santo André. Hoje, acredita que há cerca de 40. Para Cabrera, a dificuldade para a família dar atenção especial justifica o aumento da demanda. “Alguns idosos dependem de sonda. Além disso, é difícil alimentar, trocar fraldas...”, comenta. Na Sol da Manhã, o aumento da demanda foi 40% neste primeiro semestre. Com 130 pacientes, a casa tem mais duas irmãs - Sol da Tarde e Residência Sol da Manhã. O valor mensal pago pela família varia de acordo com as necessidades do paciente. Vai de R$ 1,8 mil a R$ 3,5 mil. Na Casa Bella, em São Caetano, das 24 vagas disponíveis, 22 estão ocupadas. A demanda aumentou 15% no primeiro semestre deste ano, em comparação com mesmo período em 2014. “Cada dia tem mais idoso, a vida está se prolongando, mas as pessoas precisam trabalhar e os serviços de cuidador de idosos são caros”, explica a empresária Gisele Thiago. A Casa Bella foi fundada em 2013 e, por conta da crise, já enfrentou dificuldades”, relata. A mensalidade na Casa Bella é de R$ 3,5 mil. Hélvio Luiz Bravi, proprietário da Casa de Repouso Bem Viver, em São Bernardo, afirma que este segmento já está bem consolidado. “O que difere é a qualidade dos serviços. Mensalidades na faixa dos R$ 2,5 mil não cobrem todas as despesas dos idosos”, explica. Apesar de um primeiro semestre mais difícil, o empresário avalia que o início do segundo está bem favorável, com aumento de 30% na procura. “Em casa eles não têm assentos sanitários adequados, espaços para circular cadeira de rodas”, comenta. A casa, que cobra R$ 4 mil, atingiu a capacidade máxima de 12 pacientes, e só acolhe senhoras.
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Economia
Hyodo aposta em S.Bernardo como Zona de Exportação E
Hitoshi Hyodo diz que já trata o assunto com o governo federal e o Consórcio
Foto: Agência Brasil
mpossado como secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo no dia 30 de julho, Hitoshi Hyodo tem consciência de que o pouco tempo que resta para o fim da gestão Luiz Marinho dificulta a implementação de projetos próprios. Por esta razão, o secretário definiu como estratégia dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos pelo antecessor, Jefferson José da Conceição, que comandava a Pasta desde 2009, e também iniciar discussões para transformar a cidade em Zona de Processamento de Exportações (ZPE). As ZPEs garantem vantagens fiscais para as empresas instaladas como suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), PIS/Pasep, entre outras vantagens. Regulamentada em 2008 por meio de medida provisória, o sistema ainda engantinha no País. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), atualmente existem 22 ZPEs em diferentes fases pré-operacionais, distribuídas em 18 Estados. Hyodo diz que recentemente recebeu representante do Ministério do Desenvolvimento que trouxe um projeto para implantação de uma ZPE. “A nós foi dada a oportunidade de conversar com o secretário executivo especialista neste assunto para analisarmos a viabilidade de trazer para São Bernardo um projeto dessa envergadura”, afirma. O secretário também diz ter entrado em contato com o
Consórcio Intermunicipal Grande ABC para falar sobre a questão e da possibilidade de estender o projeto para outros municípios da região. “Já fizemos o convite para discutir o assunto que ainda não aconteceu por conta de agenda”, comenta. O Consórcio Intermunicipal confirmou o convite e disse que o assunto será tratado pelo Grupo de Trabalho (GT) Desenvolvimento Econômico e pela Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC em reunião cuja data será definida. Apesar de o município ter força nas exportações por conta da indústria automotiva, que engloba montadoras e autopeças, Hyodo vislumbra a possibilidade de transformar São Bernardo em uma máquina exportadora também em outros segmentos. “A ZPE é multisetorial, não se limita a uma única cadeia. É claro que se trata de discussões iniciais. Ainda precisamos realizar debates técnicos para disseminar esse assunto no âmbito regional”, explica. Realidade - Diretor licenciado do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo, Hitoshi Hyodo ainda está na fase de reconhecimento da Secretaria que assumiu. Seu objetivo é aproveitar a experiência no mundo corporativo para fazer uma interconexão com o poder público. “Quero trazer um pouco da realidade da indústria e tentar conectar com projetos do município que já estão em curso. Também estudo a adoção de iniciativas de curto prazo que auxiliem empresas que passam por dificuldades, já que vivemos um momento de crise”, diz. Para Hyodo, a Secretaria tem como função desenvolver políticas em conjunto com outras Pastas, que ficariam responsáveis pela execução dos projetos traçados. “É uma secretaria de inteligência”, definiu.
Dinâmica pública não “choca” novo secretário
Empresário do setor de tecnologia e diretor licenciado do Ciesp São Bernardo, Hitoshi Hyodo, disse não ter estranhado a dinâmica imposta pelo poder público que muitas vezes engessa iniciativas de interesse da sociedade. Na condição de secretário de Desenvolvimento Econômico, o discurso por menos burocracia dá lugar a um outro que reconhece a necessidade de haver cuidados nas tramitações de projetos. “Tem essa questão, não de burocracia e sim de tramitação legal. Nas empresas nós temos as áreas jurídicas. Aqui (na Prefeitura) a gente tem um jurídico permanente até para que o desenvolvimento dos processos não tenha nenhum tipo de problema no aspecto legal”, comentou. Essa é a segunda vez que Hyodo assume um cargo público em São Bernardo. Na primeira, dirigiu a Diretoria de Fomento à Indústria, na última gestão do então prefeito Maurício Soares.
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Setembro/2015 Foto: Divulgação
Rápidas
Calçados e bolsas
Mr.Cat inaugura unidade no ParkShopping São Caetano
Complementando o mix de lojas do ParkShopping São Caetano, a marca de calçados e bolsas Mr.Cat escolheu o empreendimento para inaugurar sua primeira unidade no ABC. Nascida no Rio de Janeiro em 1980, a rede conta com mais de 200 lojas espalhadas pelo País. A Mr.Cat divide suas coleções em masculinas e femininas, sendo o cliente encontrará disponível a moda verão 2016. Foto: Patricia Soares Lamelza
Mazurky fabrica papel ondulado
Recessão Mazurky cresce abaixo do esperado
O segundo semestre deste ano para a Mazurky, fabricante de embalagens de papelão ondulado em São Bernardo, começou estagnado. A empresa apresentou crescimento de 0.98%, índice bem abaixo do esperado, já que no primeiro semestre o faturamento da companhia havia crescido 20,58%, em função das vendas do primeiro trimestre. Para o diretor da empresa, Eduardo Mazurkyewistz, o cenário econômico do Brasil é desfavorável para as vendas. Foto: Beto Garavelo/PSA
Doceria Cristallo abre loja em Santo André
O Shopping ABC inaugurou em agosto unidade da loja Cristallo, tradicional doceria paulistana fundada em 1953, pelo italiano Armando Poppa. Referência em bolos, doces e petit fours, a rede já foi três vezes campeã do Guia Comer e Beber, na categoria Melhor Doce de São Paulo. Entre os destaques estão os bolos Gianduia, umedecido com licor italiano e coberto e recheado com creme gianduia.
Com 200 lojas no País, a Mr.Cat é especializada em calçados e bolsas
Virada Sustentável Braskem participa de ação sobre recursos hídricos Pelo quinto ano consecutivo, a petroquímica Braskem patrocinou a Virada Sustentável, evento realizado em São Paulo, de 27 a 30 de agosto. Nesta edição, a companhia apresentou ações interativas unidas pela temática água, ao ressaltar a importância do uso consciente dos recursos hídricos, da mobilização e educação para a sustentabilidade. A ação da Braskem foi realizada em quatro endereços da Capital.
Serviços Seminário reúne 115 empreendedores
O 1º Seminário do Setor de Serviços de Santo André e Região, realizado no dia 17 de agosto, atraiu 115 empreendedores. Organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, com o apoio da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), o seminário contou com a participação de Paulo Loffreda, presidente da entidade; Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), e outros . Objetivo foi promover um ambiente de diálogo. Seminário teve a participação de Amábile Pacios Foto:Divulgação
São Bernardo Shopping Metrópole inova com Feira Noturna
Desde o dia 25 de agosto, o Shopping Metrópole, em São Bernardo, passou a oferecer mais uma alternativa gastronômica para os consumidores. Trata-se da Noite de Feira, parceria com a Cooperativa Nacional de Produtores Agrícolas e Agronegócios (Coonagro) e apoio da Prefeitura. O evento acontecerá todas as terças-feiras, das 17h às 21h, no estacionamento do Piso Térreo do empreendimento, em frente ao Paço da cidade.
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Metrópole fez parceria com Coonagro para oferecer feira
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Economia
Foto: Paula Lopes
Guacical projeta crescer 75% em um ano no ABC Jeison ao lado de lote de cimento Cauê, parceira da empresa
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resente em Santo André desde agosto do ano passado, a distribuidora de cimento e cal, Guacical, tem bons motivos para comemorar o primeiro ano de operações da filial em Santo André. No período, a empresa mais que dobrou as vendas para o mercado da região ao saltar de 20 mil sacos por mês para 80 mil. A meta é aumentar, nos próximos 12 meses, as vendas em mais 60 mil unidades, o que significa crescer 75% caso a projeção se confirme. Fundada em abril de 1988 no bairro de Guaianases, zona leste de São Paulo, a distribuidora resolveu instalar a filial em Santo André depois de levantamento feito em conjunto com a InterCement, fornecedora de cimento da marca Cauê, que identificou a oportunidade na região. Segundo o diretor da unidade, Jeison Ávila Bernardo, a pesquisa mostrou que no ABC os clientes não tinham opções em termos de marca. “Apostamos no potencial da região e trouxemos nossa experiência no que diz respeito a preço competitivo, cumprimento de prazos e qualidade dos produtos. Deu certo e estamos bastante satisfeitos com o resultado”, diz. Bernardo lembra que antes de vir para a cidade, a matriz paulistana já vendia cerca de 20 mil sacos de cimento/mês para o comércio da região. O executivo ressalta a importância da parceria com o fornecedor para o sucesso do empreendimento, já que neste último ano o mercado apresentou retração em torno de
12% por conta da crise econômica. “Em momentos difíceis como este tivemos o suporte da InterCement para mantermos nossa competitividade. E como a vinda para o ABC proporcionou forte incremento nos resultados, a retração geral foi menos sentida por nós”, explica. As 80 mil unidades/mês comercializadas pela filial andreense representam entre 45% e 50% do total das vendas da empresa. Cerca de 70% dos clientes são depósitos de materiais para construção. Outros 15% são representados por pequenas construtoras. Grandes construtoras (10%) e consumidor final (5%) completam o público consumidor da Guacical no ABC. Bernardo explica que o fato de a empresa atuar com base em uma estrutura enxuta é importante porque ajuda a manter a competitividade, além de reduzir possíveis impactos decorrentes de crises econômicas. O executivo divide as tarefas com a esposa, Telma Bernardo, e conta com o apoio de um gerente de vendas, uma secretária e um funcionário no setor de expedição. Distribuidor da marca Cauê, a Guacical oferece sacos de cimento de 50 kg dos tipos CPII F 32, CPIII 40 – RS, CPV – ARI Estrutura e também CPV – ARI – RS, além de argamassa, massa pronta e cal. “Nosso produto foi muito bem aceito na região, mas sabemos que há muito para crescer por aqui. Acredito que com mais um ano de trabalho possamos ampliar nossas vendas em mais 60 mil unidades”, afirma.
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Alta Roda
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Pressão monitorada U
ma das recentes novidades no programa Inovar-Auto (20122017) foi a adoção de pequenos bônus nos ciclos de aferição para as metas de redução de consumo de combustível. Trata-se de recursos técnicos que não podiam ser captados em laboratório, porém efetivos no uso cotidiano. Quatro itens passaram a valer: sistema desliga-religa o motor em paradas, indicador de troca de marcha no painel, controle da aerodinâmica da grade frontal e sistema de monitoração de pressão dos pneus (SMPP). É o mais importante não apenas Foto: Divulgação por evitar aumento de consumo de combustível de pelo menos 1% a cada 10% de calibragem dos pneus abaixo do recomendado. Deve-se notar que mesmo circulando por vias bem pavimentadas, com rodas e pneus novos, é normal perder no mínimo 10% de ar por ano. Mas, dependendo de outras condições, um pneu sem a checagem quinzenal recomendada pode rodar com pressão de 20% Fernando Calmon a 30% abaixo do normal sem que o motorista perceba. O segundo aspecto está na segurança. Pneus com pressão baixa é engenheiro dificultam o controle do veículo em manobras e frenagens emergene jornalista ciais. Pesquisas no Exterior indicam que em 86% de acidentes analiespecializado sados pelo menos um pneu estava subinflado. Também compromete desde 1967 sua durabilidade e atinge o bolso do motorista. Pneus sem pressão normal ficam mais sujeitos a furar. Assim, além do incômodo, pode comprometer a integridade dos ocupantes do veículo, se acontecer em locais de risco criminal. A pressa e o esquecimento são, em geral, citados pelos motoristas por negligenciar a calibragem. Recentemente, SMPP tornou-se obrigatório em toda a União Europeia e já o era nos EUA, valendo também para motocicletas e veículos pesados. Uma luz no painel indica a baixa pressão e, em modelos mais caros, aparece em qual ou quais rodas está o problema. Existem dois tipos de SMPP: direto e indireto. O direto é o mais utilizado e consiste de sensor de pressão na válvula de ar de cada pneu, pequeno transmissor de radiofrequência, além de microcontrolador e bateria. No painel há o receptor e ícone iluminado que aponta a anomalia em qualquer dos pneus sem individualização. Os mais sofisticados indicam a pressão em cada pneu, inclusive do estepe, e usam pequenas etiquetas ou transponders que dispensam bateria. Há vários fornecedores, inclusive no mercado de acessórios. Na Inglaterra, a empresa Wheel Right desenvolveu uma máquina para registrar automaticamente a pressão dos pneus em questão Equipamentos de segundos. Sem sair do carro (veja foto), o motorista recebe a trazem economia informação na tela do aparelho ou imprime. no consumo SMPP indireto trabalha com os mesmos sensores que medem a e zelam pela rotação de cada roda do sistema ESC (em inglês, controle eletrônico segurança de estabilidade), também obrigatório nos EUA e Europa. Se há perda de ar, altera-se o diâmetro dinâmico do conjunto roda e pneu, suficiente para acender a lâmpada no quadro de instrumentos. O arranjo é mais simples, porém exige que o motorista restabeleça o sistema por meio de um botão ou no computador de bordo, após recalibrar os pneus. Pelas vantagens diretas e indiretas, além de preço acessível, o SMPP deveria também ser obrigatório no Brasil. Por enquanto, é apenas equipamento incentivado no Inovar-Auto.
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Mobilidade
Dia Nacional do Trân N
o mês em que se comemora o Dia Nacional do Trânsito (25/9), motoristas da região não têm muito o que comemorar. Vias como a avenida Piraporinha, em Diadema, Perimetral, em Santo André, e Goiás, em São Caetano, são verdadeiros gargalos, com alta concentração de veículos e pouco espaço. Veja o mapa do caos. São Caetano tem um automóvel por habitante, Santo André, 1,8, e Diadema, cerca de 1,7. São Paulo tem 0,5 veículo por morador (5,7 milhões de veículos para 11 milhões de habitantes). A alta urbanização impede que as prefeituras criem rotas alternativas para desafogar o trânsito. Todos reclamam. “Após às 17h30, a Perimetral trava. Um percurso de cinco minutos eu já demorei mais de uma hora. Mesmo com a faixa exclusiva, não anda”, reclama Stella Precivalli, moradora de Santo André, que utiliza a linha de ônibus municipal T29 para voltar do trabalho. Sandra Rubio, moradora de São Caetano, sempre passa pela Goiás, a pior da cidade em congestionamento, principalmente na altura da Guido Aliberti. A Prefeitura diz que o trânsito diminuiu, mas Sandra discorda. “Nos horários de pico não. Na verdade, a gente desvia por outros caminhos. Se tivesse reduzido, eu usaria a Goiás para voltar do trabalho”, afirma. Marcelo Ferreira de Souza, secretário de Mobilidade Urbana de São Caetano, explica que a redução foi na duração do congestionamento. “Antes, o trânsito era das 17h às 19h e agora é das 18h às 19h30. Passamos pelo trânsito em menos tempo”, defende ao atribuir o ganho à nova sincronização semafórica. “A Goiás é rota principal de quem vai de Santo André para São Paulo e não há espaço para novas vias no entorno”, diz. Outra cidade que trava é Diadema, com frota de 225 mil veículos e quase 400 mil habitantes. “Não temos espaço para duplicação de via, então investimos na sinalização, sincronia de semáforo e alterações nas mãos das rotas”, esclarece José Carlos Gonçalves, secretário de Transportes. O maior problema é nas avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível, Presidente Kennedy e Piraporinha, além do Largo de Piraporinha e o Corredor ABD, numa média de 10 a 15 km de engarrafamento. “Diadema só está preparada para receber cerca de 100 mil veículos, e já tem 20 mil novas famílias chegando por causa dos programas habitacionais, ou seja, quase 20 mil veículos”, diz. Caos - Em Santo André, com 480 mil veículos, o caos se concentra, principalmente na Queirós dos Santos, Santos Dumont, Perimetral e 15 de Novembro, assim como avenida Dos Estados, Prestes Maia, D. Pedro II, Capitão Mario Toledo de Camargo, Presidente Arthur Da Costa e Silva, Giovani Baptista Pirelli, Oratório, Atlântica e Pereira Barreto. Segundo Epeus Monteiro, diretor do Departamento de Engenharia de Trânsito, metade da circulação vai de uma cidade à outra. “As cidades brasileiras sofrem com esse passado de ter dado preferência aos transportes individuais na década de 1950. Não existe solução de curto prazo”, afirma.
Mauá •Av. J •Av. C •Av. A •Av. B •Av. A
São Caetano: •Avenidas Guido Aliberti, •Avenida do Estado •Goiás Diadema: •Fábio Eduardo Ramos Esquível, •Presidente Kennedy •Piraporinha •Largo de Piraporinha •Corredor ABD
São Bernardo: •Faria Lima, •Lucas Nogueira Garcez, •Senador Vergueiro, •Caminho do Mar, •Jurubatuba, •Rotary, •Marechal Deodoro
A criação de mais vias é considerada inviável. “Teríamos de desapropriar imóveis para construir novas ruas e o custo é alto”, analisa Epeus Monteiro, diretor do Departamento de Engenharia de Trânsito de Santo André, ao apontar ações, como melhor sinalização, bilhete único e catraca eletrônica nos ônibus para agilizar o fluxo. “Nossas prioridades são uma nova mão no 18 do Forte, não executado ainda, e o alteamento da avenida dos Estados na altura do viaduto Castelo Branco”, informa. Os recursos foram liberados pelo Banco Intramericano de Desenvolvimento (BID) em abril deste ano. Em Ribeirão Pires, o gargalo é na Humberto de Campos, Santo André, Prefeito Valdírio Prisco, Francisco Monteiro e as ruas da área central. São cerca de 67 mil carros, ou seja, 0,5 carro para cada morador. Em Mauá,
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nsito pede ações efetivas
á: João Ramalho Capitão João Antônia Rosa Fioravante Barão de Mauá Alberto Soares Sampaio
Apps de trânsito se popularizam
Ribeirão Pires: •Humberto de Campos, •Santo André, •Prefeito Valdírio Prisco, •Francisco Monteiro
Santo André: •Queirós dos Santos, •Santos Dumont, •Perimetral e 15 de Novembro, •Av. Dos Estados, •Prestes Maia, •D. Pedro II, •Cap. Mario Toledo de Camargo, •Pres. Arthur Da Costa e Silva, •Giovani B. Pirelli, •Oratório, •Atlântica, •Pereira Barreto
há 0,4 veículo por habitante. O caos acontece na João Ramalho, Capitão João, Antônia Rosa Fioravante, Barão de Mauá e Alberto Soares Sampaio. “A nossa estratégia é o incentivo ao transporte coletivo”, explica Azor Albuquerque, secretário de Mobilidade Urbana de Mauá. Creso Franco Peixoto, professor de Engenharia Civil da FEI, diz que soluções clássicas como construção de viadutos e alargamento de ruas não resolvem em regiões com alta densidade de veículos. “Quem não saía de carro começa a utilizá-lo. Corredores de ônibus e ciclofaixas também demoram para ter efeito positivo”, afirma. Segundo o professor, além de metrô, a solução é transporte coletivo. “Tem de dar vontade de deixar o carro em casa e não ser obrigado a deixar o carro em casa”, pontua.
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Diante das dificuldades em transitar pelas vias da região, a tecnologia surge para ajudar. Aplicativos para smartphones, como Waze, Google Maps e Moov In são utilizados pela população para tentar fugir dos engarrafamentos, encontrar rotas alternativas e descobrir quais linhas de transporte público são mais viáveis. Os usuários recomendam os aplicativos, especialmente, pela praticidade. O Waze funciona como um GPS ao apresentar rotas para o usuário saber exatamente como chegar a seu destino. Muito útil para quem vai utilizá-lo em regiões que pouco conhece, está disponível para Android, iOS, Windows Phone e Blackberry. A estudante Giovanna Macarrão, de Santo André, não abre mão do aplicativo. “Andando pela região eu uso porque sou perdida mesmo e não sei caminhos”, comenta. Outra opção bastante comum é o Google Maps, maior concorrente do Waze e disponível para Android e iOS. Rodrigo Colombaro, de Ribeirão Pires, aderiu de vez ao sistema depois que o aplicativo passou a integrar informações contidas no Waze. “Desde que o Maps passou a incluir as informações compartilhadas no Waze, optei pelo Maps pela interface mais limpa”, conta.
Giovanna Macarrão é forte usuária dos aplicativos
Rodrigo Colombaro aprecia a interface clean do Maps
Número de motoristas com medo de dirigir cresce
O número de pessoas habilitadas que, por terem medo de dirigir, buscam ajuda em cursos especializados tem aumentado nos últimos anos. De acordo com Sergio Santos, diretor da rede de franquias Dirigindo Bem, que ministra aulas de direção para habilitados e possui lojas em Diadema e São Bernardo, a quantidade de alunos subiu de 3,7 mil em 2010 para 7,5 mil em 2014, sendo que a cada 100 inscritos, 80 são mulheres. Estudo feito pela psicóloga Neuza Corassa, autora do livro Vença o medo de dirigir, confirma que 80% das pessoas que têm a chamada síndrome do carro na garagem é do gênero feminino. “O medo é saudável, ajuda a ter cuidado. Mas quando excessivo, a pessoa fica travada e precisa de psicoterapia”, explica. O perfil de quem sofre da síndrome é de pessoas capacitadas e que se preocupam com o outro, mas que têm dificuldades em aceitar críticas. “Elas são perfeccionistas”, diz. Além da psicoterapia, uma saída é procurar fazer aulas extras. Mônica Balco é exemplo, pois depois de sofrer um leve acidente de trânsito, passou a ter medo de dirigir. “Tenho habilitação há quatro anos, mas há três não dirijo. As aulas foram muito boas. Hoje eu dirijo”, afirma. Giovana Peres, ao contrário, chegou a realizar cursos depois que tirou a carteira de habilitação, mas não surtiu efeito. “Ficava ansiosa, a ponto de querer sentar e chorar”, diz. Giovana, 26 anos, conta que nem chegou a concluir o curso especial.
Giovana Peres fez curso especial, mas não adiantou
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Decoração
Fotos: Eduardo Kacinskis
Planejamento é essencial na hora de projetar banheiro Para ganhar espaço no banheiro, as peças deixadas de lado voltam a compor o ambiente
O
banheiro perfeito não é construído a partir de uma fórmula pronta. Para que um dos cômodos mais utilizados da casa sempre arranque suspiros e ofereça o conforto necessário para o usuário, é preciso tempo e planejamento. A criação de um ambiente bonito e, ao mesmo tempo, funcional depende de como as possibilidades oferecidas pelo espaço são exploradas. Banheiros compactos representam a maioria nas novas construções. Então, para ganhar espaço, peças que tinham sido deixadas de lado, como o armário com espelho, voltaram. “Buscamos maneiras de acomodar uma grande quantidade de artigos, como cremes, shampoos e maquiagens”, conta Eduardo Kacinskis, arquiteto que atua com a Primeira Linha Banheiros, em Santo André. Nichos que são criados a partir da própria espessura da parede também são uma alternativa que aumenta a área aproveitável do cômodo. “Os nichos são funcionais em locais pequenos, como boxes, onde não cabem estantes”, diz. Para que todo o planejamento do banheiro seja valorizado, é essencial investir na iluminação. A luz branca e a luz amarela possuem efeitos diferentes e, por isso, devem ser utilizadas com foco em resultados específicos. “A luz branca dá a impressão de amplitude e a luz amarela auxilia na hora da maquiagem”, ensina.
Tendências - A linha moderna, com peças de visual quadrado, tem sido a mais procurada pelos clientes, segundo Oseias Romoaldo, gerente de Vendas da Sadh Hidráulica, loja localizada em São Bernardo. Em relação aos metais, o tradicional prata perdeu o lugar de destaque nos últimos projetos. “Chuveiros e torneiras dourados ou cobreados estão em alta”, comenta. No momento de crise, economizar se tornou prioridade. O público tem buscado por chuveiros econômicos, com vasão de 12 litros por minuto. Nas louças, há opção para quem não quiser trocar de aparelho e mesmo assim poupar. “Uma alternativa é instalar o regulador de vasão”, explica. Apesar de diminuir a quantidade de água, o aparelho não interfere na pressão do chuveiro, o que mantém a qualidade do banho. Outra tendência, confirmada pela Casa Cor, exposição de decoração realizada este ano em São Paulo, é a utilização de louças escuras. A preferência por revestimentos claros continua, mas os lançamentos são de cubas e lavabos pretos e marrons, por exemplo. “É uma tendência que começou de uns dois anos para cá e se intensificou de 2014 para 2015”, explica Elias do Amaral, proprietário da Maxi Banhos, que tem unidades em Santo e em São Bernardo.
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Objetos de desejo
Fotos: Anna Mota
Cabide Zen - modelo Diamond inox e cristais swarovski R$ 480. Maxi Banho
Saboneteira em acrílico preto com swarovski R$ 694 - Diamond, Sadh
Lavatório York em resina R$ 6.760 - Squalus. Maxi Banho
Saboneteira R$ 260 - By Poli, Maxi Banho
Conjunto de potes R$ 616 - Arte Poliéster Primeira Linha Banheira Slipper bebê é a versão mini das banheiras vitorianas da Doka. Em rocha vulcânica. R$1.658, na Sadh
Chuveiro c/ tubo parede quadrado Red Gold R$3.538, Sadh
Papeleiras de chão Crismoe amarela R$ 356 laranja R$ 429 Primeira Linha
Misturador lavatório Duna Quadratta Red Gold R$1.634. Sadh
Cuba de porcelana R$ 532 - Deca Maxi Banho
Bacia em porcelana R$ 3.600 - Deca Dream Maxi Banho
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Prateleira Vintage (inox) R$ 692. Sadh
Decoração
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Mobiliário sob medida é tudo Foto: Divulgação
Móveis podem ganhar diferentes cores e desenhos Foto: Divulgação
Peças são desenhadas para atender às necessidades dos clientes
Q
uando o assunto em questão é móvel sob medida, não há limites para a criação. Os projetos feitos com móveis personalizados criam cômodos únicos, que se adaptam a qualquer necessidade ou desejo do cliente. Aproveitar os menores espaços e desenhar peças antes inimagináveis se tornam tarefas fáceis com móveis sob medida. Dentre tantas possibilidades, o consumidor tem optado por peças com cantos arredondados e usinados Segundo César Pintor, proprietário da loja Stabilitá, em Santo André, os “usinados” passam por uma máquina que permite transportar qualquer tipo de desenho para o móvel, e que depois passa por um processo de laqueação. “Isso faz com que peças realmente personalizadas sejam produzidas”, explica o empresário. O aproveitamento total dos espaços é sempre característica predominante nas decorações com móveis planejados. O objetivo principal é adequar as peças às mais diferentes necessidades e gostos. “Fizemos um projeto para um cliente que tinha mais de mil discos, e precisava de um armário com as divisões certas para guardar esses artigos”, exemplifica Pintor. A tendência atual de mercado é fechar o projeto inteiro de uma casa quando se trata de móveis sob medida. Para isso, o cliente tem de esperar entre 60 e 65 dias úteis após a entrega da obra. Porém, caso o consumidor deseje realizar mudanças somente em um cômodo, também é possível. Carolina Gonçalves, diretora de Marketing da Florense ABC, em Santo André, conta que a cozinha tem sido o foco dos projetos atuais. “As pessoas não estão economizando na cozinha e, em muitos casos, derrubam paredes e criam um ambiente único com a sala”, explica. Outra preferência atual são os projetos com materiais de fácil manutenção. Segundo Carolina, os clientes alegam que, por falta de tempo e dinheiro, desejam utilizar materiais mais práticos e que não precisem ser trocados frequentemente. “As cores neutras estão entre as mais preferidas, pois combinam com diferentes tipos de móveis”, diz a executiva.
Foto: J. Vilhora
Cômodos ganham aparência personalizada com móveis planejados
Foto: J. Vilhora
Alternativas criativas são usadas para aproveitar espaço
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Empreendedorismo César Pintor investe em maquinário
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Stabilitá quer expandir e crescer até 30% A
Stabilitá, fabricante de móveis sob medida em Santo André, comemora 40 anos de fundação com planos de expandir suas operações pela região. A meta é, em 2016, abrir lojas da marca na região, em áreas a serem definidas, e crescer entre 15% e 30% em relação ao volume de vendas de 2015. Atualmente, a empresa opera com uma unidade (fábrica e show room), na avenida dos Estados. Os frequentadores, na maioria, são arquitetos e decoradores, muitos deles integrantes do Polo Design Center, à qual a Stabilitá é associada. A expansão da marca deverá ocorrer de forma orgânica, com lojas próprias, e será possível por conta da modernização do sistema de produção. “Do ano passado para cá, instalamos máquinas italianas que aumentarão nossa produtividade em torno de 20%. Também adquirimos um software que permite fazer qualquer desenho na madeira com rapidez e precisão”, comentou César Abner Pintor, diretor da empresa. Ainda segundo o empresário, a Stabilitá é uma das poucas empresas de marcenaria da região com centro de usinagem automatizado. Instalada em um terreno de 3 mil m² e área construída de 1,5 mil m², a Stabilitá conta com 25 funcionários e equipe de sete profissionais no setor de vendas e projetos. Mensalmente, a empresa recebe pedidos para a montagem de quatro a cinco apartamentos (todos os ambientes). A comercialização de peças em separado (um guarda-roupa ou um armário,
por exemplo) representa em torno de 25% do faturamento da Stabilitá. “Nossa intenção é continuar a vender bem a montagem de apartamentos completos, mas queremos aumentar a participação das peças individuais para 40%, porque se trata de um mercado importante”, explica. Pintor destaca o trabalho do Polo Design Center que possibilitou às empresas de arquitetura e decoração conquistarem a preferência do cliente local. Há uma década, as empresas de região sofriam forte concorrência de São Paulo, mas o desempenho da Stabilitá é prova de que a estratégia do Polo foi acertada. “Hoje, 65% das minhas vendas são para clientes do ABC. Outros 35% vão para São Paulo e interior”, afirma. Mercado - Segundo o empresário, nos dias de hoje os consumidores preferem, para seus móveis, materiais laqueados e minitextura porque eles permitem a construção de curvas e detalhes com mais precisão. “São detalhes de acabamento, em alguns casos, impossíveis de fazer em MDF ou em fórmica”, explica. O constante acompanhamento das tendências também contribue para que a Stabilitá se fortaleça no mercado. César explica que visita todas as edições da Feira de Decoração de Milão, na Itália, e também participa de outras no Brasil e no Exterior. “Estar a par do que há de mais moderno no mundo e investir em melhoria da produção e da qualidade foram fundamentais para que nossas vendas se mantivessem forte em plena época de crise econômica”, afirma.
Rápidas
Setembro/2015 Foto: Pedro Diogo
Contaminação
Vigilância Sanitária interdita cozinha do Colégio Jatobá
A cozinha do Colégio Jatobá, instituição em Santo André que teve 56 alunos internados com gastroenterite, foi fechada por tempo indeterminado. A medida foi tomada pelo Centro de Vigilância Sanitária de Santo André, após a divulgação de laudos do Instituto Adolfo Lutz que confirmam a contaminação alimentar de cinco crianças e um funcionário pela bactéria Shigella sonnei.
Foto: Nair Spina
São Caetano Cidade implanta terceiro turno em UBS
O Programa Terceiro Turno da Secretaria de Saúde de São Caetano, que amplia o horário de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) até as 23h, contemplou mais um equipamento da rede municipal. Desde o dia 1º de setembro, o Centro Policlínico Gentil Rstom, no bairro Nova Gerty, atende em horário ampliado. O munícipe não precisa agendar consulta para ser atendido. Foto: Edson Lopes Jr.
Estão liberadas até quatro bikes no último vagão
Colégio Jatobá teve 56 alunos internados com gastroenterite
Meta atingida Ribeirão Pires elimina casos de hanseníase
Atendimento em Policlínica é ampliado
Ribeirão Pires recebeu premiação por atingir a meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública, com nota máxima no desempenho dos indicadores de avaliação do Estado. Nanci Garrido, coordenadora do Programa Hanseníase da cidade disse que, desde o início, o foco estava na eliminação e conscientização sobre a doença, mas pondera que a cidade não pode descuidar.
Pedalada Bicicletas são liberadas nos trens da CPTM
Educação Escola recebe R$ 768 mil de investimentos
A entrada de bicicletas em trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) está liberada desde o dia 19 de agosto. Com a decisão, os usuários podem carregar bicicletas nos trens após as 20h30. Desde 2007, a medida é válida aos finais de semana, a partir das 14h de sábado até o encerramento da operação no domingo, e aos feriados durante todo o dia. São permitidas quatro bicicletas por viagem, embarcadas no último vagão.
São Caetano entregou, no dia 29 de agosto, a reforma e ampliação da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Senador Fláquer. A unidade está localizada na rua Heloísa Pamplona, 180, no bairro Fundação, e atende 597 alunos. O investimento na obra foi de R$ 768 mil e contemplou a cobertura da quadra poliesportiva e instalação de novo fechamento com alambrado, construção de sala de recurso pedagógico, reforma e ampliação da cozinha e refeitório.
Foto: Davi Rego Jr.
Segurança GCM de Santo André capacita Guarda Municipal de Valinhos
Santo André promoveu no final de agosto curso de capacitação para agentes da Guarda Civil Municipal de Valinhos. O município esperava capacitar equipes do seu efetivo, visando implantar um padrão de patrulhamento em motocicletas para essa cidade, já que Santo André dispõe do trabalho da Ronda com Motocicletas, a Romo. Os agentes da cidade do Interior passaram por aulas teóricas e práticas. Agentes de Valinhos receberam treinamento prático
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SAÚDE
Foto: Divulgação/FMABC
Atendimentos a não morador incham rede de saúde pública A
migração de moradores entre as cidades da região à procura de atendimento na área da saúde tem sobrecarregado os serviços de urgência e emergência das redes municipais. Cerca de 15% a 20% da demanda são originados de munícipes de cidades vizinhas. Em São Caetano, o número chega a 34%, enquanto em Mauá, 25%, e Santo André, cerca de 10%. Segundo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, uma medida para sanar o problema seria a criação de Câmaras de Compensação, mas a ideia depende da vontade de municípios que se beneficiam com a situação. De acordo com Homero Nepomuceno, secretário de Saúde de Santo André e diretor do Grupo Trabalho de Saúde, do Consórcio, as Câmaras de Compensação estão previstas no regimento do Sistema Único de Saúde e serviriam justamente para que as cidades não oneradas compensem as demais. “No final de um determinado período, haveria uma reunião para que o município que atendeu mais receba mais recursos”, diz o médico. Entretanto, afirma, nunca se chegou a um consenso quanto à forma real de funcionamento dessa Câmara. “Todo mundo acha que atendeu mais que o outro. Se todo mundo reclama, alguém está se dando bem”, pontua. Nepomuceno acredita que as cidades que têm maior evasão tendem a não querer discutir o assunto. “O município sabe que vai sair perdendo”, opina. Outro empecilho para o desenvolvimento da Câmara de Compensação seria a dificuldade do SUS de implantar o Cartão SUS, que unificaria um cadastro nacional com informações precisas sobre a cidade onde os cidadãos moram. Isso porque os municípios têm dificuldade para determinar de onde vêm os seus atendidos, uma vez que é comum o uso de endereços de parentes e conhecidos para se ter acesso aos serviços em determinada cidade. Odete Gialdi, secretária de Saúde de São Bernardo, não soube precisar o número de atendimentos a não munícipes justamente pela falta de dados concretos sobre a cidade de origem dos pacientes. Em Santo André, aponta-se que dos 386.788 atendimentos feitos entre janeiro e julho deste ano, 39.106 foram a moradores de outras regiões. Em Mauá, por sua vez, foram realizados 7.489 atendimentos. Do total, 1.304 atendidos são de fora. São Caetano, por fim, dos 142.840 atendimentos, 49.053 foram de pacientes, principalmente, de São Paulo e Santo André.
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Esporte
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Jogadores profissionais do Santo André são emprestados para base J
ogadores profissionais de futebol do Santo André, como os atacantes Anderson Ligeiro e Vinicius e o lateral Paulo, atualmente jogam emprestados à categoria de base e disputam o Campeonato Paulista sub-20. O motivo da atuação dos jogadores junto à categoria não profissional se deu pelo fato de o clube ter se abdicado de participar da Copa Paulista no segundo semestre por falta de recursos e porque o estádio Bruno José Daniel está em reforma. Como o Santo André é atual campeão da Copa Paulista, o atacante Vinicius Silveira diz ter ficado surpreso ao receber a notícia de que o clube não participaria da competição. “Estávamos preparados e aguardávamos jogar a Copa Paulista, porém, quando fui informado que seria convidado pelo ex–treinador do clube, Baroninho, para atuar com o sub-20, aceitei com carinho a solução proposta, afinal, ali com meus colegas de clube também represento a camisa do Ramalhão”, afirma. Com esta situação de estar com jogadores ainda não profissionais, o lateral Paulo já atuou pelo Barueri e Mogi Mirim. Paulo define esse semestre do Santo André como um momento difícil e de reestruturação do time. “Para o time profissional, o atual semestre se tornou uma agenda vazia. O clube não está em situação de crise, mas vive um momento financeiro delicado, como ocorre com a maioria
dos clubes brasileiros”, compara Paulo. Para o atacante Vinicius, com contrato até 2017, o sub-20 é um mercado diferente, mas ainda com oportunidade. Atuando na categoria, com a possibilidade de realizar uma boa campanha na competição paulista e ser visto pelo mer- Vinícius, Anderson e Paulo Victor vão à base cado dos profissionais, o atleta planeja também a possibilidade de adquirir mais sucesso no Santo André ou de transferências para outros clubes paulistas. Anderson Ligeiro, atacante do time do ABC, define que a condição para atingir resultados positivos na carreira depende muito do trabalho diário e da própria dedicação do atleta. Todos almejam atuar em clube grande, como o Santo André, uma equipe considerada importante, por ser um clube revelador de talentos. “Para nós, jogar em outra categoria ou no profissional é importante. Nada como um bom trabalho no dia a dia para que algo de bom possa vir no futuro”, define o atacante Ligeiro do Santo André.
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Cultura
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Nova saga Maze Runner traz mais ação Foto: Divulgação
epois de fazer muito sucesso no ano passado com o primeiro filme da franquia, Maze Runner: Correr ou Morrer, o segundo longa-metragem da série de adaptações dos livros de James Dashner, Maze Runner: A Prova de Fogo estreia no dia 17 de setembro, como um dos mais esperados de 2015. No primeiro filme, Thomas (Dylan O’Brien) e seus colegas enfrentam criaturas chamadas Grievers enquanto tentam escapar de um labirinto e encontrar uma
nova realidade, com cenas de ação de tirar o fôlego. A segunda produção segue a mesma fórmula e gera a sensação parecida com a primeira: faz com que o espectador não consiga desgrudar os olhos da tela, sem perceber que ele ficou horas de olho no filme. Com direção do cineasta Wes Ball, o filme retoma a história exatamente a partir do ponto em que o primeiro se encerrou, e então começa a desenvolver uma trama igualmente complexa, que desta vez traz os clareanos enfrentando novas criaturas
Para adultos Outro destaque nos cinemas é o drama erótico Love, com direção do argentino Gaspar Noé. A trama segue o estilo tradicional do roteirista e conta a história de Murphy (Karl Glusman), um homem frustrado com a vida que leva ao lado da mulher (Klara Kristin) e do filho. Um dia, ele recebe um telefonema da mãe de sua ex-namorada, Electra (Aomi Muyock), desaparecida há meses, e ela pergunta o paradeiro da garota. Mesmo sem encontrá-la há anos, a ligação cria uma onda saudosista em Murphy, que começa a relembrar fatos marcantes do relacionamento que tiveram. Classificação: 18 anos.
Não olhe!
O Senhores dos Dinossauros
O livro da vida
Depois de um beijo que sugou toda a sua energia, Nina consegue atravessar o portal de ligação entre a segunda e a terceira dimensão, se vê cercada de perigo e não entende por que quatro dos reinos três a querem morta. Junto com seu resgatador, Richard, Nina viajará por toda Zyrk e irá se deparar com um universo fantástico, um mundo violento, o plano da Morte. Na luta para se libertar de seus medos e determinada a encontrar seu caminho e sua identidade, Nina embarcará em uma jornada de descobertas arrasadoras, um percurso sem volta. Mas a garota das pupilas verticais descobrirá que as vontades do coração podem ser mais traiçoeiras que lendas ou maldições.
O romance se passa no Império da Nuevaropa, um continente inspirado na Europa do século 14, cuja cultura e costumes, religião, conflitos políticos, tecnologia e armamento são compatíveis com o último período da Idade Média. Além disso, neste mundo construído pelos Oito Criadores, os dinossauros também fazem parte do arsenal de guerra, fazendo com que Victor Milán materialize um sonho que milhares de leitores têm desde a infância: cavalgar os répteis pré-históricos. Amigo pessoal de Milán, George R.R. Martin, autor de Game of Thrones, define o que os leitores podem esperar da obra: “É como um encontro de Jurassic Park com Game of Thrones”.
Parece que se passaram séculos desde que Diana Bishop tocou pela primeira vez no manuscrito encontrado na biblioteca de Oxford, local onde costumava passar horas realizando suas pesquisas. Desde que se deparou com os escritos do alquimista Elias Ashmole, a vida de Diana nunca mais foi a mesma. Em O livro da Vida, a Trilogia das Almas chega ao fim, em sequência aos bem-sucedidos A descoberta das Bruxas e de Sombra da Noite. No livro, Deborah Harkness se prova uma alquimista literária ao combinar de elementos de magia, história, amor e ciência, numa narrativa que atravessa tempo, espaço e geografia. O resultado é um romance de fantasia para todas as idades.
Autor: FML Pepper Editora: Valentina Nº de páginas: 438 Preço sugerido: R$ 27,90
Autor: Victor Milán Editora: Dark Side Books Nº de páginas: 480 Preço sugerido: R$ 51,90
Autor: Deborah Harkness Editora: Rocco Nº de páginas: 560 Preço sugerido: R$ 49,50
A Prova de Fogo intensifica ainda mais o mistério, as reviravoltas e a violência da história
Livros
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num novo teste experimental e explora um cenário ainda pior e mais violento. Para quem espera respostas para o primeiro filme nessa sequência, ao invés de começar a respondê-las, o longa-metragem cria novas perguntas e gera ainda mais dúvidas. A pergunta que fica é: será que as próximas serão capazes responder a todas as perguntas e dar um fechamento digno à saga? O elenco da saga ainda conta com Nathalie Emmanuel e Aidan Gillen, que interpretam Missandei e Petyr Baelish em Game of Thrones, e Kaya Scodelario, da série Skins. A classificação é de 12 anos.
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Turismo
Fotos: Edilon Carmo
Chapada dos Guimarães é passeio imperdível P
Cachoeiras estão entre as belezas naturais à espera do visitante
ouco conhecido pelo potencial turístico, o Centro-Oeste brasileiro guarda paisagens deslumbrantes. Um dos locais que convida à contemplação pela beleza e diversidade é o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, que abrange as cidades de Chapada dos Guimarães e a capital Cuiabá, no Mato Grosso, e fica em meio ao cerrado e a formação rochosa com paredões de arenito avermelhados ideais para ecoturismo. Destaque do local, suas grutas trazem pinturas rupestres que instigam o imaginário dos viajantes e tornam qualquer passeio mais aventuroso. A beleza da caverna Aroe Jari, também chamada de Morada das Almas, não pode deixar de ser visitada. A gruta de arenito, com 10 metros de altura e 60 de largura, tem pinturas rupestres que tornam o local encantador. Estudos indicam que a região foi habitada pelos índios Bororós, que habitavam a Chapada, e os Caiapós, que mais recentemente podem ter utilizado a caverna para pernoitar em épocas de caça ou para recolher ervas. O acesso à caverna se dá por uma trilha de cerca de 1h20 de caminhada, e lá se pode conhecer a gruta da Lagoa Azul, famosa pelas águas límpidas.
O mergulho não é permitido e a presença do guia turístico é obrigatória, por motivos de segurança e de preservação ambiental. Uma das atrações mais populares no parque é a cachoeira Véu da Noiva. Com queda de 86 m de altura, a cascata forma um grande piscina natural utilizada por banhistas. Desde 2009, as visitas para a cacheira devem ser feitas com acompanhamento de monitor. No Mirante Morro dos Ventos, a vista é deslumbrante. Uma estrutura foi construída em aço, avançando para fora do paredão rochoso, com o objetivo de dar ao visitante a sensação de estar flutuando a 150 m de altura. Do topo se pode ver uma cachoeira e toda a extensão da Chapada. O restaurante panorâmico Morro dos Ventos foi construído no mesmo local, como típico quiosque de palha, para que os visitantes possam descansar e comer e contemplar a bela paisagem. O Circuito das Cachoeiras, por sua vez, chama a atenção com seu percurso de 6 km que perpassa as quedas d’água 7 de Setembro, Pulo, Degraus, Prainha, Andorinhas e Independência. Com exceção da última, todo o passeio é liberado para banhistas, até mesmo as piscinas naturais entre as cachoeiras da Prainha e das Andorinhas. A falta de pontos de comércio no circuito torna o passeio especial, pois reforça o afastamento da região dos centros urbanos, porém exige que se leve água e lanche. Os passeios devem ser feitos com agendamento prévio e supervisão de guias cadastrados no Parque (veja a lista de guias em http://www.ecobooking. com.br/) Quem gosta de compras pode aproveitar os finais de semana para circular pela praça central da Chapada dos Guimarães, ponto de encontro dos artesãos locais que oferecem produtos como luminárias de cerâmica e quadros feitos de espelho e plantas do cerrado. Aos sábados de manhã, a feirinha reúne produtores de queijos, doces, plantas medicinais e peixe fresco. O comércio se destaca pela oferta de trabalhos em bambu, como estantes, revisteiros e cortinas, além de cestas e cocares indígenas. Os pacotes para a Chapada dos Guimarães saem por cerca de R$ 3,3 mil.
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Flytour abre em shopping Foto: Anna Mota
Foto: Divulgação
Martinelli está à frente da nova franquia da rede
A
agência de viagens Flytour inaugurou em agosto sua segunda unidade em Santo André. O novo empreendimento está localizado no Shopping ABC, um local que João Martinelli, proprietário da franquia, considera pra lá de favorável para os negócios. O investimento de R$ 250 mil, segundo Martinelli, deve ser recuperado em período de um ano. A inauguração da unidade da agência vem marcar a iniciativa da empresa em se firmar na área de viagens de lazer, uma vez que a Flytour está há 40 anos no mercado com viagens comerciais. O franqueado acredita que, por adentrar o mercado de viagens de lazer, a Flytour tem vantagens em relação a operadoras concorrentes. “Outras agências têm números muito grandes de viajantes. Em viagens de multidão, 10% sempre apresentam algum problema com hotel, os ônibus demoram a levar os turistas e outras coisas”, diz. A Flytour conta com a experiência no setor de viagens comerciais para entrar no novo mercado de forma sutil. “Oferecemos um serviço mais organizado”, opina. O franqueado, porém, reconhece. “Quando crescermos, vamos ter exatamente esses mesmos problemas das grandes empresas, é inevitável”, diz. A unidade Flytour Shopping ABC prestará ainda serviços de emissão de passagens aéreas nacionais e internacionais, fretamentos, pacotes nacionais e internacionais, locação de veículos, reservas em hotéis, seguro viagem, cruzeiros marítimos, assistência total para obtenção de passaportes e vistos, cartões de moeda para uso no exterior e elaboração de roteiros personalizados. A localização da nova unidade tem ajudado no andamento dos negócios. “Iniciamos as atividades em 1º de agosto e já percebemos que há interesse do público, pois a empresa já é estruturada, assim como o shopping”, analisa o empresário, também responsável pela primeira unidade da rede em Santo André, localizada na Super Banca, na vila Bastos.
Estratégia para crise - João Martinelli comenta que o setor também enfrenta crise. Na primeira unidade, houve redução de até 20% do movimento nos últimos 12 meses. Por isso, a estratégia tem sido utilizar a redução dos preços dos pacotes e investir na relação emotiva do público ao desenvolver a viagem. “Um pacote de sete dias une mais Loja fica no piso a família do que uma viagem de final de semana. Ninguém quer abrir térreo do Shopping mão disso”, diz Martinelli. ABC, Santo André Manter as vendas, porém, tem exigido sacrifício, diz. É preciso estabelecer acordos com hotéis, empresas de aviação e outros fornecedores para garantir melhores preços. Contudo, com valores menores dos pacotes, é certo que não se terá 100% de aproveitamento. “Mas também não terá 100% de perda. O público não vai diminuir, ele vai trocar uma viagem mais cara por uma mais barata”, ensina o franqueado.
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Artigo
Setembro/2015
Processo de aprendizagem em tempos de crise
Foto: Banco de Dados
Camila Teodoro é psicóloga clínica e do esporte e coordenadora da Subsede Grande ABC do Conselho Regional de Psicologia
O
ano de 2015 tem sido marcado por um dos momentos mais críticos na economia brasileira. Inflação e recessão se tornaram parte de nosso cotidiano e o nível de desemprego aumenta a cada dia. São centenas de pessoas desempregadas nos grandes centros urbanos que até então apresentavam num ótimo nível de crescimento. Mas em tempos de recessão, como tem sido o diálogo entre pais e filhos? Como dizer não em tempos de crise? Fui desafiada a refletir sobre tais questionamentos e primeiramente devemos lembrar que vivemos um tempo de imediatismo. Crianças e adolescentes condicionados a ganhar ou obter através de recompensa presentes e prêmios por bons comportamentos, por serem obedientes ou, simplesmente, pela conseqüência da ausência familiar. Mas e quando a crise chega? Como se sustentam organizações familiares baseadas na lei da recompensa? Dizer não em tempos de crise pode ser uma situação complicada, porém é necessário tomar algumas medidas que podem auxiliar na reeducação de toda base familiar. Partindo do princípio de que todo comportamento é aprendido, podemos pensar que as organizações familiares podem aprender a se comportar de outra forma frente à retenção de gastos. Ao
invés de pensarmos na crise apenas em seus aspectos negativos, é necessário primeiramente encontrar pontos positivos como, por exemplo, as pessoas passam a se comportar de forma assertiva, ou seja, pensam antes de realizar uma compra, compram menos por impulso, organizam melhor o orçamento familiar. Diminuem gastos com bens e serviços e aumenta a preocupação com os padrões de consumo. Algumas questões pairam no imaginário como: “Preciso comprar isso”? O que necessito? O que desejo? Outro aspecto importante é que a crise possibilita maior atenção com os gastos, mas também com produtos já adquiridos quando as pessoas passam a observar e se perguntar porquê compraram tais itens, descobrem que talvez o padrão de consumo, até então consumista, pode dar lugar a comportamentos que possibilitam maior qualidade de vida como ir ao trabalho de bicicleta, a pé ou de transporte público por exemplo. Do ponto de vista psicológico, a crise também pode aproximar pessoas e relações abaladas. Afinal, as preocupações com os bens de consumo que podem ser adquiridos dão lugar a aspectos mais afetivos das relações familiares, aproximando, reconstruindo, reinventando, refazendo, reaprendendo a conviver nesta sociedade capitalista.
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Foto: Divulgação
Cultura
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Mariana Avena fez tributo a Mercedes Sosa no ABC O
espetáculo Por Siempre Mercedes Sosa, realizado pela cantora Mariana Avena, trouxe todo romantismo da música argentina para Santo André no dia 28 de agosto. No show, sucessos como Volver a Los 17, San Vicente e Guantanamera, dividiram o palco com a emoção transmitida por Marina, que homenageou Mercedes não apenas por ser um ídolo, mas também uma amiga. Mariana Avena cresceu em uma família de renomados músicos argentinos, que tinham contato íntimo com Mercedes Sosa. Por isso, desde pequena, se familiarizou com o trabalho da veterana. “Cheguei a assisti-la dentro de minha casa”, relembrou Mariana, num bate-papo com a RD em Revista. A relação se intensificou e fez com que a carreira musical apresentasse menos obstáculos, pois Mercedes se tornou, além de uma inspiração, a madrinha de Mariana. “Quero homenagear Mercedes por ser uma incrível musicista e também por ter sido uma grande amiga”, explicou. Após levar o tributo durante um ano e meio para o público de diversas cidades do Sudeste e do Sul do País, Mariana estava com grandes expectativas para a apresentação em Santo André. A oportunidade de voltar ao município onde realizou tantos shows com sua antiga banda, Raíces de América, da qual participou da fundação, animou a cantora. “Estava ansiosa e com saudade de Santo André”, declarou. Avena acredita que Por Siempre Mercedes Sosa tem uma missão além de prestar homenagem à cantora argentina. Mariana crê que o espetáculo traz à tona um tipo de música que tem uma grande legião de fãs, mas está esquecido pela mídia. “Quem era jovem nos anos 1980 sente saudade desse som e não sabe onde escutar”, observa. Segundo a cantora, o hábito de escutar música em espanhol foi deixado para trás. E, isso porque faltam personagens no cenário musical, como Mercedes e a banda Raíces, que façam a conexão entre o Brasil e a cultura latino-americana. “Mercedes foi uma das principais responsáveis por levar o trabalho de músicos brasileiros, como Milton Nascimento, para a Argentina e outros locais da América Latina”, diz.
Mariana Avena se considera Lembranças - A emoção tomou conta de todos que comparecerem à apreafilhada de sentação. Tanto sentimento se deve a toda história que existe entre Mariana Mercedes Sosa e Mercedes, que é passada ao longo das músicas. “O público entende um pouco da minha experiência de vida neste show”, declarou. Além disso, por marcar uma geração, a apresentação toca cada fã de uma maneira única. “Alguns se recordam da adolescência, enquanto outros se lembram da relação com os pais, marcada pelo encontro de gerações”, comentou Mariana. Após o lançamento de um CD que registra parte das músicas apresentadas no show, o projeto é lançar uma segunda edição do álbum até o início de 2016. Além disso, a cantora está com um show especial programado para outubro, que contará com a participação do coral da cidade de Santos, durante as músicas Solo Le Pido a Dios e La Missa Criolla. “Será uma experiência diferente para mim”, disse.
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Gastronomia
Setembro/2015
Foto: Divulgação
Carlos Roberto Moreira diz que o mercado tem de se adaptar
Food trucks viram febre na região O
s festivais de food trucks se tornaram febre na região. Principalmente por representarem uma alternativa às franquias industrializadas, comuns em praças e até em shopping center. Nova opção de passeio para toda a família, a tendência cresce sob a bandeira da boa gastronomia com preços competitivos, além dos aspectos mobilidade e variedade de opções. O sucesso da nova onda tem explicação. Em época de crise, o modelo de negócio oferece ao empreendedor a facilidade de produzir pratos de qualidade com custos mais baixos. Além disso, quem investe não fica limitado a único local e alcança outros tipos de públicos. Essa característica de diversidade também beneficia o consumidor, que ganha nova opção de passeio sem gastar muito. “É uma tendência que é sucesso, principalmente no Estado, onde dados do IBGE mostram que 39% dos gastos da população é com comida fora de casa”, esclarece Alberto Suen, professor e coordenador do curso de Economia da Universidade Federal do ABC (UFABC). Em Santo André, os food trucks já conquistaram uma das principais avenidas da cidade, a Perimetral. Já em São Bernardo, foi o Shopping Metrópole não resistiu e realizou a primeira edição em julho. E, em São Caetano, o festival Rolê Gastrô caminha para o terceiro encontro. A ação nasceu em abril e já reuniu 5 mil pessoas. “O sucesso fez a segunda edição acontecer em junho e a terceira em agosto”, comemora Juliana Mendonça, organizadora. Ao perceber que os food trucks eram fonte de diversão para as
famílias, Juliana focou ao investir. Por isso, as últimas edições contaram com áreas mais confortáveis, com cangas, almofadas e pequenas mesas. “É para as famílias se sentirem em casa”, explica. O investimento gira em torno de R$ 10 mil. “Entre R$ 2 mil e R$ 3 mil em cada edição”, comenta. No valor está embutida a ajuda de custo da Prefeitura Cada truck paga em torno de R$ 400 para participar e o tíquete do festival fica entre R$ 30 e R$ 50. Abner Barros, um dos proprietários do Barliviéri’s, participante do Rolê, explica o porquê do valor. “Vendemos coisas que também gostaríamos de comer”, diz. O truck completa um ano em setembro e já traz satisfação ao chef. O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) acredita que o mercado alimentício tem de se adaptar aos food trucks. Porém, Roberto Moreira, presidente, destaca a necessidade de regulamentação. “A preocupação é essencial para que a concorrência se torne válida”, explica. Na região, os trucks são regulamentados como ambulantes, diferentemente de São Paulo, onde há a Lei Andrea Matarazzo, específica para as comidas de rua.
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ABC tem bons endereços de carnes nobres ão é segredo que para ser deliciosa uma carne precisa ser suculenta e acompanhar guarnições que realcem o sabor. Porém, para ser considerada nobre, é necessário muito mais do que isso. Cortes nobres, conhecidos pela alta qualidade, são caracterizados pelo marmoreio, que é a acumulação de gordura intramuscular, atributo que faz com que a carne não seque e possa ser apreciada vagarosamente. Sobre o assunto, o público do ABC não precisa ir muito longe para encontrar carnes desse nível. O sabor da carne nobre se evidencia por uma preparação cuidadosa. “O ponto ideal, entre o bem e o mal passado, realça o diferencial do corte”, diz Daniela Basso, gerente de operações do Tendall Grill, em Santo André. O restaurante decidiu investir nas carnes nobres para se destacar no mercado. “A qualidade do produto tem de estar acima das expectativas dos clientes”, explica. No rodízio, que custa R$ 32,90 de segunda a sexta e R$ 42,90 aos sábados, domingos e feriados, a sugestão é o filé com bacon. Em São Bernardo, é possível provar a sensação do sabor argentino. “Trabalhamos com carnes argentinas, conhecidas pela maciez e sabor”, declara Ariel Suarez, parrillero do Parrilla Estação Leopoldina. Apesar de a casa servir cortes internacionais, como o bife ancho e o bife de chorizo, a composição se torna perfeita com iguarias tipicamente brasileiras. “Arroz birobiro - com bacon, ovos, batata palha e cebolinha - e farofa são ótimos acompanhamentos”, comenta. Para experimentar um corte nobre, a sugestão é o chamado bife de tira, o corte transversal da picanha, por R$ 80.
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A carne nobre se diferencia das demais desde o tratamento dos bois, alimentados somente com ração balanceada e que pastam em locais planos. “As nossas raças de carnes nobres têm procedência britânica, como o Red Angus e o Australian Beef Feed Lot”, esclarece Evandro Salute, sócio proprietário do Vivano Grill, em São Caetano. A sugestão de Salute no rodízio, que custa R$ 55 de segunda a quinta-feira e R$ 68 nas sextas, sábados, domingos e feriados, é o carré de cordeiro uruguaio.
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Prato é do Estação Leopoldina Serviço: Tendall Grill - av. Dom Pedro II, 518, Santo André, telefone 4990-1640. Parrilla Estação Leopoldina - av. Imperatriz Leopoldina, 434, São Bernardo, telefone 2564-7445. Vivano Grill - av. Goiás, 1135, São Caetano, telefone 4223-5555.
Repórter Social
Setembro/2015 Foto: Divulgação
Cientista do exoesqueleto abre congresso médico na FUABC
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Geni e o vendedor Rogério Falcone
Geni Bigaram é premiada com carro da Vigorito
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Vigorito contemplou dia 7 de agosto o sexto ganhador da promoção 90 Anos Grupo Vigorito, que comemora o aniversário da rede, fundada em 1925. A sorteada foi Geni Bigaram, que ganhou um Volkswagen Up 0km. A promoção prevê o sorteio de um veículo por mês ao longo do ano, para todos os clientes que comprarem carro, peças ou serviços em qualquer uma das 14 lojas do grupo. A empresa surgiu após seis meses da chegada da GM ao Brasil, em 1925. Hoje, o Grupo comercializa também Volkswagen, KIA e Nissan.
palestra do médico e professor de Neurobiologia, Engenharia Biomédica e Psicologia da Duke University (EUA), Miguel Nicolelis, marcou a abertura dia 10 do 40º Comuabc - Congresso Médico Universitário do ABC. No encontro, realizado por alunos da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC (FUABC), Nicolelis falou sobre Interfaces Cérebro Máquina: da Ciência Básica até as Neuropróteses. Considerado um dos maiores cientistas do mundo, Nicolelis é o autor do projeto Walk Again, cujo exoesqueleto foi apresentado durante a abertura da Copa do Mundo de futebol no Brasil, em 2014.
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Miguel Nicolelis e a presidente do Comuabc, Cristina van Blarcum de Graaff Mello
Adilson Casemiro Pires, João Antonio Correa, David Everson Uip, Homero Nepomuceno Duarte e Geraldo Reple Sobrinho
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