Usina de lixo é alvo de crítica em simpósio de resíduos sólidos
AGOSTO/2014
Polo Design Show expõe lançamentos no Pavilhão Vera Cruz
São Bernardo planta crescimento Cidade, que faz 461 anos, investe em obras e diversifica economia para manter liderança
Obra do piscinão no Paço
‘Quero indústrias, não investimento imobiliário’ LUIZ MARINHO
Editorial
Agosto/2014
O motor do ABC N
esta edição, a revista RD Ideias não poderia deixar de destacar o município que é o motor do ABC. Com passado representativo, graças ao advento do setor metal-mecânico e, consequentemente, o forte impacto do Produto Interno Bruno (PIB) nacional, São Bernardo é lembrado como referência significativa para o desenvolvimento econômico e democrático do País. No entanto, desafios não são poucos neste dia 20 de agosto, quando completa 461 anos. O município com o terceiro maior orçamento do Estado – R$ 4,7 bilhões –, foi quem mais perdeu arrecadação de ICMS (Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços) neste ano. A arrecadação passou de R$ 422,3 milhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 367,6 milhões nos seis primeiros meses deste ano, o que representa uma queda de 12,9%. Isso sem falar dos problemas que atravessa a indústria, característica forte do município. Somente em junho, a indústria paulista demitiu 16,5 mil trabalhadores, o pior desempenho desde 2006. Nos últimos 12 meses, foram 96.500 vagas eliminadas pelo setor no Estado, segundo a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo. Segundo o estudo, a atividade da indústria paulista deve encerrar ano com queda de 4,4%. Um impacto que pode ser significativo será a chegada da linha 18 bronze do Metrô, o monotrilho, que já reflete com valorização imobiliária para aos bairros 4 6
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do entorno e novos perfis de negócios. São Bernardo, assim como as demais da região, tem outra questão a se preocupar. A Política Nacional de Resíduos Sólidos precisa ser implementada para resolver outro gargado dos municípios, o lixo. O debate no Simpósio Internacional de Resíduos Sólidos, organizado pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em Mauá, trouxe reflexões sobre a questão. Regulação, reciclagem, planos, inovações, usinas e exposição de experiências bem-sucedidas em Portugal foram alguns dos ângulos debatidos durante o encontro realizado em dois dias. Das questões polêmicas, os destaques foram a discussão em torno da viabilidade econômica das usinas incineradoras projetadas para o ABC e a necessidade de ampliar a coleta seletiva, além qualificar e remunerar adequadamente os catadores ou cooperativas. Entretanto, a discussão central e pragmática foi a criação de plano regional de gestão de resíduos sólidos, gestado pelo Consórcio. O fato é que qualquer plano deve ter como objetivo a propagação da conscientização de que tratar lixo custa caro, não importa o meio que se utilize para dar fim ao material. De acordo com as fontes consultadas pela RD Ideias, em 10 meses devemos ter a proposta concluída para região. Boa leitura! Airton Resende Diretor do Jornal Repórter Diário
Jornalistas e editores responsáveis: Airton Resende - Mtb 16.372 airton@reporterdiario.com.br Maria do Socorro Diogo - Mtb 16.283 msdiogo@reporterdiario.com.br Reportagem: Leandro Amaral leandroamaral.jornalista@gmail.com Luan Siqueira luan@reporterdiario.com.br Tiago Oliveira tiago@reporterdiario.com.br Brenno Souza brenno@reporterdiario.com.br Ivana Andrade ivana@reporterdiario.com.br Robson Gisoldi robson@ reporterdiario.com.br Diagramação: Flória Napoli Projeto gráfico: Rubens Justo Fotos: Alexandre Pirani, Banco de Dados RD, Caio Leite, Carla Yogi Lantim, Évora Meira, Forlan Magalhães, Marcelo Garcia, Pedro Diogo, Prefeitura MSCS, Rodrigo Lima, Valmir Franzoi e Divulgação. Capa: obras do futuro piscinão no Paço de São Bernardo. Foto: Évora Meira Departamento Comercial: Claudia Polimeni comercial@reporterdiario.com.br
Radar - Câmaras retomam trabalho em ritmo eleitoral Política - Morte de Eduardo Campos embaralha eleição presidencial Artigo - São Bernardo na liderança da desigualdade Entrevista - Luiz Marinho ataca especulação imobiliária Meio Ambiente - Drenar traz esperança, mas gera reclamações São Bernardo - Secretaria quer mais efetivo policial - Cidade perde R$ 54 milhões em ICMS - Carga tributária prejudica desenvolvimento - Projeto Drenar gera reclamações Meio Ambiente - Destinação do lixo divide opiniões Imóveis - Valorização de imóveis chega até 33,5% São Bernardo - Faixa exclusiva no Rudge reduzirá viagem Direitos - Ônibus da Mulher percorre ABC Saúde - HC inaugura hospital-dia cirúrgico Cinema - Tartarugas Ninja invadem os cinemas Esporte - Diego Hypólito na luta pela medalha olímpica Decoração - Feira contempla o clássico e o moderno 2
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Agosto/2014
Radar
ABC espera realização dos anúncios de Dilma
Burocracia atrasa verbas prometidas por Dilma Rousseff
Chocolate volta para adoçar vida de Benevides
Depois de 1 ano e seis meses de gestão à frente de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) não tem motivo para comemorar. O prefeito vive com problema orçamentário o que impede capacidade maior de investimento com recursos próprios e para piorar tem uma das piores avaliações entre os gestores do ABC. Para tentar reverter o cenário, o prefeito apostou na retomada do Festival do Chocolate. Em 2013, a data foi cancelada justamente por questões econômicas. A festa foi retomada neste ano – mais simples é verdade -, porém serviu como luz no fim do túnel para constar nas realizações, já que grandes promessas, como teleférico e viaduto ainda devem demorar.
Prefeitura de Mauá rejeita recursos em licitação
Em Mauá, próximo passo será nova troca de empresa de transporte
Tucano vira xodó do PT em Rio Grande
Prefeito Carlos Grana critica posicionamento de analistas
Sem cavaletes durante campanha em Sto. André
Sistema acaba prejudicando pedestres
Como já era previsto, Mauá rejeitou os recursos contra o resultado da licitação do transporte municipal. A decisão da administração Donisete Braga foi publicada no Diário Oficial do município no dia 8 de agosto. O próximo passo será a assinatura do contrato com a empresa Suzantur, que deve ocorrer nos próximos dias. Entraram com recursos a Viação Diadema e a Princesa Turismo, que foram inabilitadas pelo município a continuar na concorrência. Assim que a Suzantur assinar o contrato, a viação terá quatro meses para começar a operar de forma definitiva em Mauá.
Carlos Grana engrossa coro contra Santander
Que a política é dinâmica, ninguém duvida. Mas ao ponto de chegar a flagrar o apoio e predileção entre petistas e tucanos aí já é demais. Mas não é assim em Rio Grande da Serra. Depois de ser traSuposta parceria tado como xodó do ex-presidente Lula na corrida municipal de 2012, o petista Claudinho da Geladeipode render ra, coordenador da Macro PT ABC, tem como maior apoio para Maranhão concorrente no próprio PT um nome do PSDB. É o em 2016 prefeito Gabriel Maranhão. O tucano declarou publicamente voto na presidente Dilma Rousseff (PT) e rompeu a resistência de boa parte dos petistas. Tanto que tem gente que já visualiza apoio mútuo na corrida sucessória de 2016. Será?
O ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PSB), candidato a deputado federal, emplacou na Justiça requerimento pedindo o fim dos cavaletes eleitorais na cidade. Segundo Aidan, além de prejudicar o ir e vir de motoristas e pedestres, a iniciativa, se colocada em prática, dará mais igualdade e equilíbrio aos candidatos na busca do voto. No próximo dia 22, a Justiça andreense chama os candidatos e dirigentes partidários para tratar do assunto. Se todos convergirem, será o fim dos cavaletes. Caso contrário.....
Neste mês de agosto completou um ano do anúncio que a presidente Dilma Rousseff (PT) fez em São Bernardo. Durante mega evento, no dia 19 de julho, a petista disse que o ABC receberia R$ 2,1 bilhões em recursos para obras em áreas nas áreas de mobilidade urbana e saneamento. Um ano depois de fazer a promessa, a verba ainda enfrenta problemas burocráticos para chegar aos cofres das prefeituras da região. Obras então só agosto de Deus...
Continua a render polêmica a avaliação negativa que o Santander fez a respeito da economia brasileira caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita. Depois de o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, ter afirmado que “apesar de ganharem dinheiro, eles não gostam do nosso projeto político”, é a vez do prefeito de Santo André engrossar o coro nas críticas petistas ao banco espanhol. “Eu acho que foi uma irresponsabilidade, uma atitude inaceitável que tem de ser condenada por toda a sociedade brasileira. É uma interferência e demonstração de que muitos setores econômicos têm interesses contrários aos do povo brasileiro”, afirmou Carlos Grana.
Prefeito afirma que pode boicotar instituição
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O prefeito de Santo André, Carlos Grana, foi além: garantiu que poderia até boicotar a instituição financeira Santander. “É de se repudiar essa atitude que o banco tomou [...]. Se eu tivesse uma conta no Santander, eu reBanco fez avaliação tiraria”, afirma o petista. “Mas não vou misturar público negativa da com os interesses partidários. Eles misturaram e não poeconomia demos cometer o mesmo erro”, afirmou Carlos Grana.
Agosto/2014
ção ao pleito local. Lauro teve de responder recentemente aos problemas evidenciados no Hospital Municipal e, de forma recorrente, enfrenta questionamentos referentes ao atendimento do Quarteirão da Saúde, equipamento construído com pompa na gestão anterior, comandada pelo Partido dos Trabalhadores.
Pinheiro tem desafios para governabilidade
Vereadores já anunciaram ida à oposição de Paulo Pinheiro
Paulo Pinheiro (PMDB), prefeito de São Caetano, não terá vida fácil no segundo semestre. Além da arrecadação da cidade que registrou queda, o que prejudica as finanças do município, o peemedebista vê uma intensa movimentação nos bastidores da Câmara. Alguns vereadores já anunciaram ida ao barco da oposição, como os parlamentares Beto Vidosky (PSDB) e Fábio Palácio (PR). Outros integrantes da base aliada, que já externaram insatisfação com o relacionamento estabelecido com o Palácio da Cerâmica, poderão seguir o mesmo caminho em breve.
Michels critica falta de parceria na Saúde Prefeito Michels ataca falta de recursos federais
Donisete Braga quer ou não quer?
Donisete é apontado por suposta falta de empenho em campanha
Lauro Michels (PV ), prefeito de Diadema, fez duras críticas ao governo federal pela falta de recursos para investimentos na saúde pública, além de atacar a falta de médicos na cidade do programa Mais Médicos. Segundo o verde, houve negligência do governo em rela-
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Todo mundo sabe da importância e do peso eleitoral que representa ter o apoio de um prefeito. Por isso, quem o tem, reverbera aos quatro ventos. Em Mauá, oficialmente os petistas Paulo Eugênio (estadual) e Hélcio Silva (federal) são os nomes que contam com o crivo do prefeito Donisete Braga (PT ). Na prática, no entanto, não é isso que se tem visto ou ouvido na cidade. Dizem que o petista não está fazendo muito esforço pelo pleito de Silva em Brasília, fato que seria explicado por estarem em grupos internos opostos no PT. Hélcio sempre foi ligado ao time do ex-prefeito Oswaldo Dias. Já Donisete sempre esteve na trincheira oposta. Dia 5 virá a resposta.
Política
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Morte de Eduardo Campos embaralha eleição presidencial A
Turco: “precisamos ver qual será a reação do PSB”
Aidan: “estamos de luto, mas Marina é um nome expressivo”
da possivelmente no ambiente interno contrasta com o clima favorável das ruas. Marina tem uma imagem bem aceita pela população atrelada à ética e aos bons modos da política. “E ela conta ainda com o sentimento de comoção das pessoas e representa a sequência do projeto de renovação estabelecido com o Eduardo Campos”, disse um vereador socialista no bastidor. Sem Eduardo e com Marina, o futuro é incerto porque tudo que é projetado faz parte da futurologia. A única certeza é que nada seguirá igual. Uma nova eleição se iniciou a partir do dia 13 de agosto. Até o fechamento desta reportagem o PSB ainda não havia definido se Marina Silva seria mesmo a candidata.
morte trágica do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato a presidente da República, vítima de um acidente aéreo no último dia 13, é avaliada como um divisor de águas na sequência da campanha eleitoral. Mesmo em terceiro lugar nas pesquisas e sem alcançar os dois dígitos nos levantamentos, Eduardo representava a novidade e a mudança que poderão ser representados de forma ainda mais emblemático pela vice, Marina Silva, que foi candidata a presidente em 2010 e obteve cerca de 20 milhões de votos. Almir Cicote (PSB), vereador de Santo André e candidato a deputado estadual, diz que todos ainda estão muito abalados. “Anda é cedo para falar de futuro, mas sem dúvida a Marina representará e, muito, a sequência desse projeto”, diz o candidato. Aidan Ravin (PSB), ex-prefeito de Santo André, diz que está em estado de choque. “Ninguém imaginaria que isso fosse acontecer. Agora estamos de luto, mas temos de pensar também na sequência eleitoral e a Marina, sem dúvida, é um nome muito expressivo”, destaca Aidan, candidato a deputado federal. Para o presidente do PT de Santo André, Luiz Turco, candidato a deputado estadual, o momento é de avaliação. “Precisamos aguardar, mas evidentemente altera o cenário. Precisamos ver qual será a reação do PSB”, diz. Apesar de Eduardo ser concorrente do PT, Turco lembrou da relação de amizade que o ex-governador tinha com vários petistas, principalmente o ex-presidente Lula.
Especialista diz que Marina não substituirá Eduardo
Com Marina – Mesmo sendo vice de Eduardo, Marina ostentava mais intenções de voto do que o titular da chapa. Porém, pelo desgaste evidenciado entre integrantes do PSB e da Rede, em fase de formação, pode dividir os correligionários no futuro da corrida presidencial. Mas a resistência encontra-
Vice de Eduardo, Marina ostentava mais intenções de voto do que o titular da chapa 6
Roberto Romano, professor de Ética da Unicamp, avalia que a morte de Eduardo Campos também vai enterrar o fim do Fla-Flu, que se projetava nesta eleição com a terceira via do ex-governador. “Ele não ganharia mas ampliaria muito a base para 2018. Eduardo representava o novo e introduziu oxigênio na política brasileira, pois nos últimos 20 anos só existiu alternância entre PT e PSDB”, diz ao acrescentar que agora tudo volta à situação anterior. Mesmo com a iminente indicação de Marina Silva para o posto, Romano não acredita no mesmo resultado. “Se ela for indicada vai precisar de uma engenharia interna muito grande. E, além disso, ela não tem a abertura e capacidade de diálogo que o Eduardo tinha. Ela tem um eleitorado cativo, mas ela apresenta obstáculos a várias alianças. O Eduardo herdou a capacidade do Miguel Arrais de articulador político e de agregar”, completa. Na avaliação do economista Juliano Ferreira, da Icap Brasil, pesa o fato de Marina ter maior aderência aos eleitores por já ter concorrido à Presidência. “Evidentemente ela é mais conhecida. Todo esse cenário é negativo para Dilma Rousseff. Uma pessoa de maior expressão poderá incorporar mais a ideia de que uma mudança na política seja necessária e que Dilma não seria a pessoa certa para endereçar essas mudanças. O eleitor indeciso com certeza migraria com mais facilidade para Marina Silva”, destaca relatório da Icap Brasil. Em relação a Aécio Neves, Ferreira disse que a situação também tende a se complicar, caso a ex-senadora assuma o papel de candidata do PSB a presidente. Segundo ele, é bem provável que o “split” de Marina para Aécio seja melhor do que a da ex-ministra para Serra em 2010, já que o momento é outro (maior insatisfação). “O problema é que Marina consegue criticar o PSDB de forma bastante dura, nos mesmos moldes que faz contra o PT”, explicou.
Eleições
Agosto/2014
Está difícil pedir voto ao munícipe nestas eleições N
Alex Manente almeja um posto na Câmara Federal nas eleições de 5 de outubro
tor a importância e a necessidade do sufrágio em nomes conhecidos e que atuam (geograficamente) por perto. Na teoria, o debate é relevante, pois, em tese, se o candidato mora ou atua na região ele conhece melhor as demandas locais. Mas, na prática, não é isso que ocorre. Devido à necessidade de ampliar os horizontes de voto e a estrutura de campanha, postulantes da região são quase que obrigados a estabelecer dobradas eleitorais com políticos de outras vizinhanças. “Aí o discurso do voto regional se perde. A nossa situação não é fácil. Precisaria uma campanha pelo voto regional que fosse abraçada na teoria e na prática por todos os candidatos”, revelou um pleiteante do ABC. Exemplos de forasteiros bem-sucedidos no ABC não faltam. O ex-apresentador Clodovil Hernandes, Eneias Carneiro e o próprio Tiririca são alguns dos nomes que abocanharam milhares de votos nos sete municípios e, ao longo dos mandatos, não deram contrapartida à região em emendas ou visitas em busca de demandas.
o próximo dia 5 de outubro, mais de 120 milhões de brasileiros irão às urnas registrar cinco votos: deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. Só no ABC, são 1,7 milhão de eleitores aptos ao sufrágio. As eleições gerais deste ano, porém, já dão alguns sinais que marcarão o pleito como divisor de águas na recente história democrática do País. Diferente de qualquer outro período de campanha, os candidatos nunca encontraram tanta dificuldade em se conectar com o eleitorado para apresentar currículos e propostas. Independentemente do partido ou grupo ideológico, os pleiteantes precisam se virar nos 30 para conseguir a simpatia ou a prosa do eleitor. “Está mais difícil pedir o voto. Mas isso é bom, pois mostra o amadurecimento do eleitor”, afirma o presidente do PT de Santo André, Luiz Turco, candidato a deputado estadual. Orlando Morando (PSD, deputado estadual, comenta que os escândalos e as irregularidades cometidos por alguns políticos fazem com que o eleitor crie distanciamento da política. “Nossa tarefa, então, é mostrar que tem o outro lado, que tem político que age e trabalha corretamente também”, explica Morando, candidato à reeleição na Assembleia Legislativa. Desde o dia 6 de julho, os candidatos podem, oficialmente, sair em busca do voto, inclusive com material de campanha. Porém, a campanha já chegou à metade de seu curso e o que se vê nas ruas ainda é cenário bastante tímido do ponto de vista do apelo visual. A explicação dos candidatos e núcleos de campanha é que as campanhas estão mais enxutas devido à escassez de recursos financeiros. “Temos encontrado dificuldades em encontrar doadores de campanha”, relatou um coordenador que não quis se identificar. O setor empresarial, depois dos escândalos na política, tem se mostrado avesso quando o assunto é aparecer ou vincular imagem em qualquer pleito. “Nós teremos praticamente 45 dias de campanha efetiva”, calcula um coordenador.
Briga pela dianteira será acirrada na Assembleia Neste ano, mais do que nos pleitos anteriores, a disputa para saber quem será o deputado mais votado da região promete ser acirrada. Em 2010, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) foi o campeão da região na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa com mais de 140 mil votos. Já no pleito federal, o ex-prefeito de Diadema, José de Fillipi Júnior (PT ), obteve mais de 150 mil sufrágios.
Sem ação prática campanha por voto regional patina Todo ano de eleição geral, os nomes dos candidatos de cada região tentam emplacar o discurso do voto regional. Ou seja, com a frustração do não encaminhamento da tão aguardada reforma política, que entre outros itens, previa o voto distrital, os candidatos almejam incutir no elei-
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Orlando Morando tenta reeleição como forte candidato a repetir o resultado na região
Orlando Morando tentará a reeleição e é forte candidato para repetir a façanha de ser o mais lembrado da região na corrida proporcional. Um dos principais concorrentes de Morando, o também deputado estadual Alex Manente (PPS) postulará uma vaga na Câmara Federal no dia 5 de outubro. Fillipi, hoje secretário de Saúde na Prefeitura de São Paulo, não disputará o pleito. Sendo assim, Alex Manente tende a ser o principal concorrente, como mais lembrado na raia federal. Frank Aguiar (PMDB), vice-prefeito de São Bernardo, também chega forte, mas, devido ao status de artista, a votação tende a ser mais pulverizada e menos concentrada no conglomerado regional.“Vai ser uma boa disputa. E eu não tenho dúvida de que o resultado da eleição deste ano vai influenciar no cenário da eleição municipal de 2016”, diz o vereador Marcelo Lima (PPS), presidente da sigla em São Bernardo e candidato a deputado estadual.
ciou antecipadamente que não pleitearia a reeleição. TV – Desde o dia 19 de agosto, quando teve início o horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio é que as campanhas começaram a se movimentar mais nas ruas e os materiais tendem a ganhar volume e quantidade. No começo do mês, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou a ordem de exibição dos programas que os 11 candidatos à Presidência da República. De acordo com sorteio, o primeiro programa exibido foi o do candidato Eduardo Campos (PSB), seguido por Mauro Iasi (PCB); Zé Maria (PSTU); Aécio Neves (PSDB); Dilma Rousseff (PT ); Levy Fidelix (PRTB); Eymael (PSDC); Rui Costa Pimenta (PCO); Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV ) e Luciana Genro (PSOL). Nos programas seguintes, a ordem segue o critério de rodízio. Caso a disputa vá para segundo turno, o bloco de 20 minutos será dividido de forma igualitária entre as coligações. A propaganda eleitoral para presidente será veiculada no rádio às terças, quintas e sábados das 7h25 às 7h50 e das 12h25 às 12h50. Na TV, nos mesmos dias, o horário será das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55. Nas segundas, quartas e sextas, a propaganda será destinada aos demais cargos em disputa.
Ex-prefeitos - Três das sete cidades terão ex-prefeito na disputa deste ano. Em Santo André, Aidan Ravin (PSB) está na corrida por uma vaga na Câmara Luiz Turco tem Federal. Seguem o caminho outros dois ex-gestores: como trunfo apoio Adler Kiko Teixeira (PSC – Rio Grande da Serra) e Máde Carlos Grana, rio Reali (PT - Diadema). O deputado federal William na disputa ao legislativo estadual Dib (PSDB), ex-prefeito de São Bernardo, já anun-
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Artigo
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São Bernardo na liderança do desenvolvimento e desigualdade O
mos 20 anos, fez com que a proporção de domicílios com água encanada, acesso à energia elétrica e a esgotamento sanitário chegasse perto da plenitude. Todos esses fatores resultaram em indicadores de qualidade de vida positivos. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) aumentou cerca de 25,5% nos últimos 20 anos, chegado a 0805 (o índice varia entre 0 e 1), valor que qualifica São Bernardo do Campo como município com desenvolvimento humano muito alto. Também o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) coloca o município entre aqueles com alto desenvolvimento, atingindo 0.8593 pontos (o índice varia entre 0 e 1). Não obstante a todo esse avanço, o município tem experimentado um abismo maior entre ricos e pobres, ou seja, maior desigualdade. O Índice de Gini é uma das estatísticas que se propõe a mensurar tal nível de desigualdade. Varia entre 0 e 1, sendo 0 a maior igualdade possível e 1 a maior desigualdade possível. Com seus 0,54 pontos, São Bernardo é o município com maior Índice de Gini da Região do ABC. Ao contrário do que se esperava a partir dos avanços obtidos em diversas áreas sociais, nos últimos 20 anos, o Índice de Gini aumentou cerca de 8%. Corrobora tal indicador o cálculo da porcentagem da renda apropriada pelos 10% mais ricos. Em 1991, 37,9% do total da renda da população de São Bernardo estava na mão de apenas 10% da população. Esse número cresceu e hoje equivale a 42,7% Assim, no mês que São Bernardo do Campo comemora seus 461 anos, deve-se registrar e aplaudir os avanços conquistados pelo município nesses últimos 20 anos. Não obstante, fica a reflexão sobre que há ainda muito caminho a percorrer nas conquistas na área social, especialmente em função da marcante desigualdade social ainda presente.
município de São Bernardo do Campo (letra “B” do nosso ABC) é, com seus 409,478 km², a maior cidade da Região do ABC. Seu território representa 49,4% de todas as terras formadas pelas sete cidades. É também, com seus 765.463 habitantes, o quarto município mais populoso do Estado de São Paulo. Nesse contexto de município com dimensões de Estado, os problemas enfrentados pelos governantes são igualmente proporcionais. Mas antes de pontuar tais preocupações é preciso reconhecer os avanços conquistados pelo município nos últimos anos. Esses são resultados de um todo um processo, envolvendo ações municipais, estaduais e federais, de médio e longo prazos, que culminaram em avanços importantes em indicadores de qualidade de vida. Em primeiro lugar, há de ressaltar a diminuição da proporção de extremamente pobres (indivíduos com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 70,00 mensais), pobres (renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 140,00 mensais) e vulneráveis à pobreza (indivíduos com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 255,00 mensais), entre os anos de 1991 e 2010. Nesse período, a proporção de extremamente pobres caiu 23,3%; a de pobres caiu 38,1% e a de vulneráveis à pobreza caiu 22,2%. Também houve ganhos em relação à renda real do habitantes, expectativa de vida e expectativa de anos de estudo. Assim, também ilustrando o período que vai de 1991 a 2000, a renda per capita dos munícipes de São Bernardo apresentou ganhos reais de cerca de 27,3%, com uma renda familiar per capita média de 1.212 reais, 53% maior do que a renda média nacional de 739 reais e totalizando uma renda média familiar de aproximadamente 3.878 reais. Quanto à expectativa de vida, os avanços inerentes à melhora na qualidade de vida da população de forma geral, garantiu um aumento de 11,2% na idade esperada para um indivíduo que nasce hoje: 77 anos. Também na educação, registra-se algum avanço. A expectativa de anos de estudo no município hoje é de 10,2 anos, 3,8% a mais do que em 1991. Ainda, a proporção de analfabetos com mais de 15 anos, nesse mesmo período, caiu 57%, atingindo 3,04%. Finalmente, o intenso processo de urbanização realizado pelos governos municipais, especialmente nos últi-
Prof. Dr. Leandro Prearo é gestor do Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Inpes/USCS) e professor do Programa de Mestrado e Doutorado da USCS 9
Entrevista
Agosto/2014
‘Não permitirei especulação imobiliária’
Indústria automotiva é um dos setores que hoje sustenta a cidade
Programa Drenar tornou São Bernardo num grande canteiro de obras
Mercado imobiliário tem apresentado forte expansão no município
À
s vésperas de comemorar os 461 anos de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho é taxativo ao avisar que não permitirá especulação imobiliária no município. “O que eu posso garantir é que o local que sai uma empresa não terá espaço para especulação ou investimento imobiliário. Eu não permitirei. Aviso aos navegantes não há qualquer possibilidade de espaço de indústria virar empreendimento habitacional”, diz o petista durante entrevista exclusiva ao RD. A declaração de Marinho visa contar o ímpeto de muitos empresários do setor da construção civil que buscam de forma frenética e expansão. Ao receber a reportagem em seu gabinete, o petista conversou durante 40 minutos sobre vários temas como mobilidade urbana, economia e política. Acompanha a íntegra da conversa, também disponível no RDtv – www.reporterdiario.com.br
não dá. São intervenções pontuais como é o caso do Rudge Ramos. Nós implantamos no período de pico. É um processo de disciplina que é complicado no início. Pontualmente podemos fazer em outros locais. RD: O Projeto Drenar é a maior obra do seu governo? Marinho: É uma obra que tinha preocupação de muita gente. A interferência não é notada na dimensão que as pessoas achavam que ia acontecer, sem grande impacto. Não dá para zerar, mas ele foi planejado no detalhe para ser minimizado. Tem a questão da sustentabilidade com a utilização de água de reuso, além de orientarmos a empresa para que os caminhões não circulassem espalhando sujeira pela cidade. RD: Na economia, a cidade senhor registrou queda na arrecadação, como outros municípios? Marinho: Esse ano teve queda de ICMS importante, especialmente em cidades com parque industrial muito forte como São Bernardo. Uma queda em decorrência do ano eleitoral, devido a uma pregação pessimista de parte da imprensa numa oposição vergonhosa para derrotá-la de qualquer jeito. O que se observa é uma economia que vem reagindo com maestria a toda crise internacional. O Brasil não provoca crise, mas é vítima das crises internacionais. Se você observar os indicadores, você vai ver que temos consistência e consolidação. A economia brasileira depende do governo, mas não é só do governo, depende dos empresários, da dona de casa e de muitos outros atores. RD: No caso das montadoras, quem é o culpado: governo ou empresários? Marinho: É o processo do capitalismo. Quando tem crise ela existe para ser superada. O Brasil está preparado para superá-la. A indústria está preparada. É preciso que o empresariado não fique assustado como as matrizes ficaram em 2009 no estrangeiro. As marcas reduziram produção por orientação das matrizes. Eu me lembro que eu disse que se agissem dessa maneira eles iam fazer a crise chegar aqui. É preciso diferenciar o panorama brasileiro do restante do mundo. A crise também é de sentimento. Se criar um sentimento de que o Brasil vai entrar em crise, ele entra. É uma decisão desde a dona de casa até o presidente das principais
Repórter Diário: Como está o cronograma de festejos? Luiz Marinho: Sem dúvida o programa De bem com a vida merece destaque, porque promove várias ações. Teremos a Meia Maratona que tem uma participação intensa. Eu participo andando 5 km. Nós temos relatos de ganhos importantes na saúde das pessoas nas caminhadas do programa. Teremos a missa, o tradicional desfile cívico e não teremos show por conta das obras no Paço. RD: Mobilidade é a principal marca? Marinho: Nós pensamos a cidade lá em 2008 para 20 anos. Nós pensamos a cidade a curto, médio e longo prazo sobre todos os aspectos. É preciso pensar como preservar o parque industrial e trazer outras iniciativas privadas e agregar valor. Do ponto de vista de obras públicas planejamos com a necessidade de acabar com as enchentes, nos locais de forte intensidade, vamos resolver que é o Rudge Ramos, Demarchi e o Centro. A obra de drenagem é gigantesca. Mobilidade seguramente nós teremos várias intervenções até o final do ano com a implantação dos corredores de ônibus (total de 12), além da linha 18-bronze do Metrô. RD: Como está o cronograma do monotrilho? Marinho: A empresa esteve comigo para organizar o cronograma de intervenção. Eles estão planilhando as contratações, fornecedores e o conjunto de ações do projeto executivo. A expectativa é iniciar no final deste ano. Como o traçado implica em poucas desapropriações isso vai ajudar. Tem uma tarefa adicional que o governo do Estado deve coordenar e até agora foi zero de debate que é a integração tarifária. RD: Na mobilidade, como está a execução do repasse anunciado pela Dilma em 2013? Marinho: Estamos entrando com projetos na Caixa Econômica Federal. A presidente anunciou e agora é a parte burocrática e temos um processo a seguir para a liberação do dinheiro. Tem gente que pensa que é simplesmente pegar uma massa de pastel, esquentar o óleo e jogar o pastel que está pronto. Não é assim. É detalhado, complexo. O otimismo nosso é que são intervenções que vão mudar a qualidade de vida das pessoas. RD: O senhor se mostrava contra a faixa exclusiva de ônibus. A iniciativa na avenida Dr. Rudge Ramos é pontual? Marinho: A faixa exclusiva não cabe em São Bernardo na sua totalidade. Pensar uma faixa na Samuel Aizemberg, por exemplo, 10
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companhias. A nossa economia está fadada ao sucesso. RD: É possível atrair novas empresas? Como o senhor lida com as perdas e ganhos no setor? Marinho: No caso da Rolls Royce foi pontual. Ela fazia manutenção, mas não enxergou o momento de diversificar o leque de produtos. Ela tem competência, parque industrial e mão de obra, mas não enxergou o momento. Nós trabalhamos alternativas de investimento naquela unidade para trabalhar o setor de defesa. O que eu posso garantir é que o local que sai uma empresa não terá espaço para especulação ou investimento imobiliário. Eu não permitirei. Aviso aos navegantes não há qualquer possibilidade de espaço de indústria virar empreendimento habitacional. RD: Quando teremos detalhes do aeroporto? Marinho: Estou dependendo da agenda do ministro. Consórcio de empresas que está trabalha nisso vai apresentar detalhes. O ministro comeu bola nesse processo porque já era para ele ter ciência da iniciativa. São Bernardo não concorre com Caieiras. Lá é um projeto menor. O nosso é para ser o próximo aeroporto metropolitano. Pode começar só com o transporte de cargas e depois transformar-se em aeroporto comercial. RD: Como está o cronograma para implantação da faculdade de Medicina? Marinho: Nós temos dois projetos. Um é a Faculdade das Américas, projeto que tramitava no MEC antes do edital do Mais Médicos. O MEC autorizou e nós conseguimos atrair a faculdade para fazer o investimento aqui e implantar o curso. O outro é do edital do Mais Médicos, que São Bernardo está selecionada. RD: Qual a avaliação da campanha eleitoral até agora? Marinho: Positiva e vitoriosa. Nós estamos trabalhando ao máximo. Levantando de madrugada e dormindo tarde. Mas sempre respeitando ao máximo a legislação vigente. Tem gente que confunde e diz que eu estou extrapolando. Eu não deixo nenhuma demanda da cidade pendente por ser militante e fazer campanha. Não há qualquer prejuízo para a cidade. O prefeito coordena o processo da gestão por telefone, email e tem uma equipe competente. RD: Candidatos têm relatado dificuldade em conseguir investidores na campanha. Marinho: Recursos financeiros serão menores para as campanhas, graças a Deus. É preciso repensar quanto custa o marketing, a televisão e a organização partidária. É preciso uma reforma política urgente. Torço para que as dificuldades dessa campanha façam uma reforma política. Penso que seria necessário um plebiscito para ouvirmos o que as pessoas pensam. RD: O senhor acha que a eleição de 2014 vai interferir em 2016? Marinho: Cada eleição é uma eleição. É preciso separar as coisas. O resultado da eleição deste ano pode interferir ou não. Para prefeito as pessoas olham muito a relação das lideranças que estão colocadas. RD: O senhor já foi procurado pelos prefeitos para permanecer no comando do Consórcio? Marinho: Eu pessoalmente nunca reivindiquei para assumir. Eles me procuraram para eu seguir no próximo ano. Para isso tem uma restrição que é o estatuto. Se os prefeitos tomam essa decisão e pedem para que eu continue, eu continuarei, mas não tomarei a iniciativa. Por mim eu gostaria de reduzir as tarefas e me dedicar mais em outras tarefas. Vai depender muito do que pensam os outros prefeitos.
Marinho e o secretário Tarcísio Sécoli acompanham uma das diversas obras que vão minimizar os problemas de enchentes 11
São Bernardo
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Secretaria quer mais efetivo policial
Benedito Mariano diz que São
Bernardo é muito extenso, para fazer um BO, é necessário ter os distritos 24h
S
de Riacho Grande, a pessoa tem de pegar o transporte aquático, atravessar o Riacho e fazer o BO (Boletim de Ocorrência) no bairro Assunção. A pessoa simplesmente não vai”, comenta. Mariano afirma que é necessário garantir que os oito distritos funcionem 24h. “São Bernardo é muito grande, são 408 km ², então para fazer um boletim, é necessário ter os distritos abertos”, ressalta. O secretário avalia que, sem a presença de mais PMs, a violência não vai diminuir. Segundo Benedito Mariano, a promessa do secretário estadual Fernando Grella é de que até dezembro 12 distritos ficarão abertos 24h .”Isso não é nem metade dos distritos da região, ainda é pouco, precisamos de mais”, avisa.
ão Bernardo precisa aumentar seu efetivo policial, principalmente em relação à Polícia Militar. A opinião do secretário de Segurança Urbana do município, Benedito Domingos Mariano. A cidade conta com mil guardas civis municipais, número que para o secretário acha que deveria ser o dobro. “Proporcionalmente, São Bernardo possui o maior número de guardas do Estado e a terceira ou quarta Guarda Civil Municipal (GCM) do País. São Paulo tem 6,5 mil guardas civis, para chegar na proporção do nosso município, a Capital deveria ter 14 mil”, ressalta. Segundo o último levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Estado, os índices de criminalidade melhoraram muito em São Bernardo. Porém, o número de roubos aumentou 30%. Para Mariano, um dos maiores problemas é a forte presença do tráfico de drogas, que dá origem a outros crimes. A delegacia seccional intensifica o trabalho e gradativamente tenta minar a estrutura do tráfico na cidade. “Não tenho dúvida que há uma relação direta entre o crescimento do roubo e o tráfico de drogas”, afirma. Mariano afirma que o município já oferece além de sua obrigação e que a responsabilidade principal é do governo do Estado. “Ampliamos o nosso efetivo e alcançamos o tamanho do efetivo de Estado, que tem maior responsabilidade”, cutuca. Para o secretário, o que falta para diminuir o números de furtos e roubos é a maior presença da polícia na cidade.
Monitoramento é a solução
São Bernardo encaminhou ao governo federal e do Estado, projeto dos portais eletrônicos, sistema específico para carro, que grava as placas e se o veículo é roubado ou clonado, fica mais fácil a localização. A ideia é criar sete subsedes, uma em cada cidade, para ter o controle da frota que circula na região. O projeto prevê 115 portais, com cerca de 600 câmeras. “Com essa medida, conseguiremos monitorar cerca de 80% de todos os veículos que entram e saem do ABC. Isso é uma ótima ferramenta para controlar furtos e roubos de veículos”, afirma Mariano. O investimento no projeto será de R$ 25 milhões. São Bernardo já possui sistema de monitoramento, por meio de câmeras de segurança, inaugurado no primeiro semestre de 2014. O projeto tem 400 câmeras atualmente, e outras 40 estão a caminho para ser instaladas neste semestre. “Com esse monitoramento, a ideia é prevenir os crimes ou no máximo conseguir chegar no ato da ocorrência. Facilita chegar num acidente com vítima. Esses são os principais benefícios do sistema”, afirma o secretário. Segundo Mariano, a colocação das câmeras foi feita após estudo dos pontos estratégicos do município. O principal critério foi colocar câmeras próximas à rede municipal de educação, em todas as escolas, o segundo é que, com base nessas informações de furtos e roubos, foram colocadas câmeras nas regiões onde há maior incidência, e o terceiro é colocar o sistema nas entradas e saídas da cidade e nos principais centros comerciais. “Na rua Marechal Deodoro, por exemplo, temos cinco câmeras e também policiais de bicicletas que podem ser contatados pelo monitoramento”, diz.
Falta de BO mascara problema Monitoramento na cidade conta com 400 câmeras e outras 40 serão instaladas
Benedito Mariano duvida de algumas estatísticas. “Ainda existe muita subnotificação de crime. A nossa estrutura não consegue fazer com que todos os delitos sejam relatados, uma vez que os DPs não são abertos 24 horas. No ABC, temos 27 DPs e apenas 8 funcionam dia e noite. Os demais abrem de segunda a sextafeira”, diz. Em São Bernardo, são oito distritos policiais, dos quais apenas três funcionam 24h, no Centro e bairros Assunção e Rudge Ramos. “Se tem uma ocorrência depois da balsa, no subdistrito
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Formação integrada - A região vai ser a primeira do País a ter formação integrada de GCMs. Serão mais de 2,4 mil guardas municipais, que passarão a ter formação única. A expectativa do Consórcio Intermunicipal Grande ABC é diminuir entre 30% e 40% o número de furtos e roubos com esse sistema. “Vamos fazer um centro regional de formação de policiais civis em São Bernardo. O centro vai formar guardas municipais para as sete cidades e o custeio será compartilhado”, explica o secretário de São Bernardo, também coordenador do Grupo de Trabalho Segurança do Consórcio.
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Cidade perde R$ 54 milhões em ICMS M
unicípio com o terceiro maior Orçamento do Estado – R$ 4,7 bilhões –, São Bernardo é a cidade do ABC que mais perdeu arrecadação de ICMS (Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços) neste ano. É o reflexo de um cenário negativo que tem preocupado os prefeitos da região: todas os municípios do ABC registraram queda no repasse do tributo estadual. Em São Bernardo a diferença entre o que foi repassado de ICMS em 2014 na comparação com o ano passado foi de R$ 54,7 milhões. A arrecadação passou de R$ 422,3 milhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 367,6 milhões nos seis primeiros meses deste ano, o que representa uma queda de 12,9%. Levando em consideração os sete municípios, a queda foi de R$ 92,3 milhões no período. O sinal de alerta acendeu de vez nas prefeituras em junho, especialmente no maior município da região: o ICMS rendeu R$ 64 milhões para São Bernardo em maio deste ano. Em junho, o repasse caiu para R$ 51 milhões - uma redução que fica longe de ser uma oscilação comum em apenas 30 dias. Em junho de 2013 o repasse foi de R$ 89,9 milhões. Ônus e bônus - O motivo que levou São Bernardo a liderar o ranking de perdas de arrecadação é o mesmo que levou a cidade a se tornar uma das maiores do país: o peso significativo da indústria na economia, com destaque para o setor automotivo, que tem se arrastado nos últimos meses. “Sempre que a produção industrial cresce com uma política industrial, São Bernardo e ABC crescem mais. Se a produção industrial cai, aqui é mais profundo porque nós temos uma estrutura muito centrada na indústria e nas exportações”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, Jefferson José da Conceição. Os números da indústria na região são, de fato, preocupantes. De acordo com a última PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgada pela Fundação Seade e pelo DIEESE, o nível de ocupação no ABC diminuiu na Indústria de Transformação (queda de -2,8%, o que significa redução de 9 mil postos de trabalho). O segmento metal-mecânico teve queda de 7,1% - equivalente a redução de 12 mil postos de trabalho. Apesar do cenário nebuloso, Jefferson vê com bons olhos o atual estágio de investimentos que a cidade recebe que aniversaria neste mês. “São Bernardo como cidade vive um bom momento, é o quarto município do País em recepção de investimentos públicos, ficando atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, afirma o secretário. A avaliação do governo Luiz Marinho (PT), é que, em meio à crise vivida pela indústria, a Prefeitura tem contribuído como pode para incrementar a geração de empregos na cidade. Uma das ferramentas apontadas pela gestão petista como positiva para a criação de vagas é a realização de obras públicas, como as do Programa Drenar (em andamento), e diversas outras já entregues, como o Hospital de Clínicas e unidades habitacionais.
Município prepara raio-x da indústria para traçar ações São Bernardo vai divulgar até o final do ano o resultado de um amplo levantamento feito junto à indústria da cidade. Técnicos da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) percorreram todos os bairros do município, para traçar um perfil das empresas situadas na maior cidade do ABC. O levantamento tem como objetivo servir como uma espécie de raio-x atualizado do setor, já que a última pesquisa desse tipo foi feita há 14 anos. “Fizemos uma pesquisa quarteirão a quarteirão, contratamos uma instituição, a USCS, e fizemos uma pesquisa das 1.400 empresas que temos aqui. Teremos informações atualizadas do porte das empresas, números de funcionários, o que ela produz”, conclui o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Jefferson José da Conceição.
Repasse do ICMS para municípios do ABC* CIDADE
JUNHO 2013
MAIO 2014
JUNHO 2014
SANTO ANDRÉ
R$ 30,8 mi
R$ 22,6 mi
R$ 18,1 mi
SÃO BERNARDO
R$ 89,9 mi
R$ 64,4 mi
R$ 51,6 mi
SÃO CAETANO
R$ 27,3 mi
R$ 22,3 mi
R$ 17,9 mi
DIADEMA
R$ 26,7 mi
R$ 19,9 mi
R$ 15,9 mi
MAUÁ
R$ 21,3 mi
R$ 16,3 mi
R$ 13,1 mi
R$ 3,9 mi
R$ 3 mi
R$ 2,4 mi
R$ 1 mi
R$ 798 mil
R$ 639 mil
RIBEIRÃO PIRES RIO GRANDE DA SERRA
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* em milhões de reais Fonte: Secretaria Estadual da Fazenda
Jefferson José da Conceição afirma que São Bernardo é espelho do País
São Bernardo
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Diretor titular do Ciesp, Hitoshi Hyodo, não vê sinais de melhora no cenário econômico
Problemas tributários e logísticos afetam produção no ABC
Carga tributária e desempenho da indústria preocupam Ciesp A
economia anda mal das pernas em 2014. A indústria paulista demitiu 16,5 mil trabalhadores em junho 2014, pior desempenho desde 2006. Nos últimos 12 meses, são 96.500 vagas eliminadas pelo setor no estado. O resultado é da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Segundo o estudo, a atividade da indústria deve encerrar o ano com queda de 4,4%. Na análise por setores, a pesquisa apontou que o maior número de demissões ficou com a indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 3.661 vagas fechadas. Em segundo lugar, veio o setor de produtos alimentícios, com 2.566 postos a menos, seguido por confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2.562 empregos). Entre os 22 setores pesquisados, 70% apresentaram resultado negativo em junho. Em São Bernardo, o nível de emprego industrial apresentou resultado negativo no mês de junho. A variação ficou em -1,84%, o que significou uma queda de aproximadamente 1.500 postos de trabalho. No ano, há um acumulado de -4,52%, que representa queda de aproximadamente 3.800 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -5,50%, com diminuição de aproximadamente 4.650 postos de trabalho. Segundo Hitoshi Hyodo, diretor titular do Ciesp em São Bernardo, a economia não apresenta sinais de melhora neste semestre. “Os índices são muito preocupantes. Emprego e atividade comercial estão muito baixos. Nossos associados estão sentindo na pele
o problema”, afirma. O dirigente acrescenta que os empresários tentam ser otimistas ao máximo, mas que não vê ações do poder público para mudar o cenário. “Se não acreditarmos, é melhor fechar as portas, mas a situação não é fácil para ninguém”, relata. Hyodo explica que o setor automotivo tem mais problemas porque as grandes montadoras não conseguem desovar os estoques. “Se considerarmos que o setor de autopeças já estava mal quando as montadoras estavam bem, imagina a situação de agora”, explica. Um dos fatores que desestimulam o mercado, segundo o diretor titular, é a inflação muito alta. Outro ponto é o preço elevado da gasolina, da água e da energia. “São números que não têm previsão de baixa, a tendência é que eles continuem a aumentar no ano que vem”, ressalta ao acrescentar que outro agravante é a crise na Argentina. Preço não competitivo - Para o diretor do Ciesp, o principal problema da crise da indústria é a alta carga tributária brasileira. “Nossa indústria é competitiva. Temos engenharia, temos tecnologia e mão de obra, mas na hora que emitimos a nota fiscal, o valor do produto salta absurdamente, o que prejudica o Brasil no mercado internacional”, explica. Segundo o Hyodo, as pequenas empresas da região são o elo fraco da cadeia. As grandes empresas conseguem se financiar, principalmente com o dinheiro vindo da matriz, o que não acontece nas pequenas e micro empresas. “A estrutura tributária nacional não tem abrangência para beneficiar as pequenas empresas”, aponta.
Aeroespacial pode ser saída
O Ciesp já atua para tentar reverter o cenário e melhorar as condições, principalmente, para as pequenas empresas. “Estive com o prefeito Luiz Marinho recentemente e tenho agenda novamente em breve”, diz. Segundo Hyodo, as empresas apoiam a ideia de o município planejar um polo aeroespacial, com produção de peças de avião. Acredita que ao trazer o polo, a indústria vai melhorar, inclusive na infraestrutura. “São Bernardo começa a trabalhar um novo setor, o que diversifica o mercado com novas fábricas e novos empregos”, diz. Hyodo argumenta que existe uma taxa municipal ambiental que as indústrias devem pagar. Porém, a taxa já é cobrada em âmbito federal, e deveria ser repassada aos municípios que têm órgãos controladores. No ABC, São Bernardo é o único município que tem a cobrança. “Já estamos em tratativa com a Prefeitura para suspendê-la”, afirma. Hyodo acrescenta que a bitributação é impossibilitada por lei. “Não se pode cobrar dois impostos pelo menos serviço”, ressalta o diretor titular do Ciesp São Bernardo. 14
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Drenar traz esperança, mas gera reclamações na vila Vivaldi M
oradores da vila Vivaldi, em São Bernardo, estão irritados com os problemas causados pelas obras do Programa Drenar, investimento de R$ 600 milhões para drenagem e canalização de córregos, que visa acabar com as enchentes. Apesar de o projeto beneficiar a população, alguns trechos da intervenção causam incômodo e geram reclamação. Exemplo é a interdição na rua Abrão Salotti, entre as ruas Guilherme de Almeida e Doutor Fausto Ribeiro de Carvalho, onde a via foi aberta no dia 14 de julho e depois abandonada, segundo moradores. A aposentada Vilma Sanches Rodrigues, 57 anos, reclama que as equipes de trabalho abriram a rua, mas não terminaram o serviço. “Isto [a rua] está assim há duas semanas”, diz. Outra aposentada, Maria Barbosa, 71, conta que o buraco libera cheiro muito forte. “Sem contar a sujeira e o barro”, comenta. Maria acredita que, ao perfurarem o local, os técnicos atingiram o esgoto. “Como o buraco está a céu aberto, o cheiro se propaga e fica insuportável”, afirma. Valda Souza Cunha, 39, diz que é normal os operários começarem um trabalho e voltarem somente cinco dias depois no local. “Apesar dos problemas com essas obras, estamos todas muito esperançosas com o projeto e esperando que tudo dê certo”, afirma. “Mas desde que as obras começaram, surgiram muitos pernilongos”, critica Sueli Gimenes, 61. Independente dos problemas, os moradores da vila Vivaldi estão esperançosos com a possibilidade de acabar o problema
das enchentes, que há décadas castiga o local em razão do transbordamento do córrego dos Meninos. Wagner Perico, 51, diz que já estava na hora de algo ser feito. “Na última enchente, tivemos de trocar as portas e móveis que estragaram”, conta. Para controlar o volume de água, é construído um piscinão, o Tanque das Mulatas, na esquina das ruas Guilherme de Almeida com a Abrão Salotti. As intervenções aconteceram também nas ruas Ida Leoni Cleto e Doutor Gabriel Nicolau. Na rua Brasília é feita reforma no sistema de drenagem. Além da construção do piscinão e de duas estações elevatórias, na região da vila Vivaldi e Rudge Ramos, as obras incluem readequação do sistema de drenagem e criação do sistema de galeria blindada na avenida Winston Churchill.
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Paço - A avenida Aldino Pinotti e a rua Jurubatuba também estão envolvidas no programa. O piscinão do Paço, já quase finalizado, será interligado, por baixo da terra, à galeria e ao túnel que estão sendo construídos na rua Jurubatuba para reforçar o sistema de drenagem na região central da cidade. Quando chover, toda a água captada pelo piscinão será bombeada para o ribeirão dos Meninos por meio da galeria de descarga que faz a ligação do reservatório com o córrego, passando sob parte do estacionamento do shopping e da avenida Aldino Pinotti. Ao todo, São Bernardo realiza seis grandes obras de drenagem: no Centro, Saracantan (Nova Petrópolis), Silvina, Ipiranga/Vivaldi, Capuava (Demarchi) e Pindorama (Jordanópolis).
Na vila Vivaldi, obras vão culminar com piscinão e o fim das enchentes
Valda Souza Cunha torce para que dê tudo certo e acabe com o sofrimento
Wagner Perico diz que já estava mais do que na hora de algo ser feito na vila
Meio ambiente
Destinação do lix E
Elcires Pimenta ressaltou que os dados sobre resíduos ainda são precários
Sebastião Ney Vaz quer elevar a coleta seletiva para 20% até o fim do ano
Donisete Braga frisou que usina será retomada apenas depois das eleições
será negativa se tiver a exigência dessa planta de triantre os dias 6 e 7 de agosto, o Consórcio Intermugem do lixo misturado. A reciclagem deve ser feita com nicipal Grande ABC promoveu o Simpósio Internaseparação na fonte, cuja taxa de aproveitamento chega a cional de Resíduos Sólidos Urbanos, no Teatro Municipal 75% e não 5% como prevê esse procedimento da planta de Mauá. O encontro debateu as diferentes maneiras de de triagem”, disse. A usina de incineração de resíduos valorizar os resíduos sólidos e implantar planos mais efisólidos, segundo a Prefeitura, poderá produzir 30 MW/h cazes, que integrem e incluam os catadores, e avaliou os de energia, suficiente para iluminar todas as ruas e préquatro anos de Política Nacional de Resíduos. dios públicos do município. Com apoio da Prefeitura de Mauá e Fundação EscoA proposta gera debates e divide opiniões. “Não é la de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), com um negócio maravilhoso. É preciso fazer a conta. As máparticipação da Universidade Federal do ABC (UFABC), o quinas são caras, consomem muita energia e são pesaencontro foi prestigiado por cerca de 400 pessoas, publidas. Estou sendo advogada do diabo, pois plantas como co formado por professores e estudantes a de São Bernardo não podem trabalhar universitários, gestores públicos, profisEncontro atraiu com vapor em alta pressão e isso também sionais da área, além de representantes de cooperativas de catadores de diferentes 400 pessoas, foi vai diminuir a eficiência”, disse a professora Silvia Azucena Nebra, da Universidacidades da região metropolitana. Dentre várias abordagens, chamou a palco de críticas de Federal do ABC (UFABC). Para o engenheiro Eleusis Di Creddo, atenção o argumento do consultor Sér- sobre a usina de conselheiro da ABLP (Associação Bragio Guerreiro, que integra o Conselho energia de São sileira de Resíduos Sólidos e Limpeza de Pesquisa em Tecnologia de Geração de Bernardo e Pública), diversos países utilizam a inciEnergia a partir de Resíduos ( WTERT Braneração para diminuir os problemas ocasil). Guerreiro fez duras críticas ao modegerou forte sionados pela produção de resíduos sólilo de Usina de Aproveitameto de Energia debate técnico dos e, consequentemente, gerar energia. encaminhado por São Bernardo. “O aproveitamento energético dos resí“Do jeito que está com esta planta de duos apresenta vantagens em relação à triagem é inviável. A não ser que queira tecnologia do aterro sanitário, pois usinas podem ser gastar mais do que o necessário. Se você vai reciclar 40 implantadas mais próximas dos centros geradores de retoneladas dia e se você conseguir R$ 30 por cada tonesíduos, permitem a redução significativa de peso e volulada – que é o preço que se paga pelo material pet, um me do lixo, além de não emitirem gases do efeito estufa dos mais valorosos – isso da R$ 36 mil por mês e cerca e não prejudicarem o meio ambiente”, afirma. de R$ 400 mil ano. Porém, uma planta dessa não sai por menos de R$ 40 milhões. A conta não fecha”, disse. Outro lado – Segundo o diretor de Limpeza Urbana Segundo Guerreiro, a etapa da triagem é desnecesde São Bernardo, Maurício Cardozo, que participou e sária. “O pré-processamento só deve atuar sobre o lixo foi um dos palestrantes no simpósio, a planta é viável. pré-separado. Não pode ter pré-processamento sobre “Teve um plano de negócios e a empresa sabe de fato de lixo misturado para aumentar a reciclagem. O projeto todos os investimentos e taxa de retorno. Nesta questão não fica em pé assim como não ficou em 2009 em São estamos tranquilos”, conclui ao destacar que foi feita José dos Campos”, explicou. “Eu não sou novato no uma PPP (parceria público privada) de 30 anos. assunto e tenho patentes na Europa. A taxa de retorno 16
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xo divide opiniões Período eleitoral suspende Usina
Plano regional sai em 10 meses
Enquanto o ABC sediou os debates do Simpósio InterO responsável pelo Comitê do Programa de Resíduos nacional de Resíduos Sólidos Urbanos, organizado pelo Sólidos do Consórcio Intermunicipal e superintendente Consórcio Intermunicipal Grande ABC com o objetivo de do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo analisar o estágio de implantação da Política Nacional de André (Semasa), Sebastião Ney Vaz, afirmou que trabaResíduos Sólidos, o prefeito de Mauá, Donisete Braga, lha para consolidar um Plano Regional de Resíduos Sóafirmou que o projeto de construção de uma lidos. “Acredito que em 10 meses conUsina de Aproveitamento de Energia em parcluiremos os debates sobre o assunto e ceria com a Prefeitura de Santo André foi susteremos nosso plano pronto”, afirma. Estado penso. A razão seria dificuldade com o custo o superintendente, praticameninforma que 32% Segundo da energia e o período eleitoral. te todos os municípios da região contam “Conversei com o prefeito Carlos Grana do lixo poderia com seu plano municipal, com exceção (Santo André) e decidimos aguardar. Não foi Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ser reciclado, mas de descartada, mas vamos esperar o processo eleique ainda estão terminando. apenas 2% do toral, porque isso também envolve o governo Ney destacou que a reciclagem aindo Estado e federal e tivemos um entendimen- material passam da é um grande desafio a ser aperfeito em comum para segurar”, afirmou Braga. çoado pelas prefeituras, porém frisou pelo processo De acordo como o chefe do executivo, ouque é preciso criar mecanismos para tros fatores precisam ser mais estudados para otimizar o processo e avançar nos retornar o projeto competitivo. “Hoje o grande sultados. “Realmente os indicadores revés é o preço da energia. O grupo Braskem, até em funsão baixos. Santo André já cumpre todos os quesitos da ção da tecnologia que detém hoje no País, tem conseguido lei, mas precisa ampliar. Vamos entregar dois galpões um valor abaixo da média que estava sento estipulada para às cooperativas instaladas dentro do Aterro Municipal, que a gente pudesse viabilizar a unidade”, explicou Braga. implantar os equipamentos, para aumentar o sistema de Há pouco mais de um ano, os municípios de Santo reciclagem, que hoje está em 8%, para chegar a 20%”, André e Mauá firmaram parceria para estudar a viabilicomplementa. Segundo a coordenadora de planejamendade de destinarem seus resíduos sólidos a uma usina to ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado para transformá-los em energia para o Polo Petroquímide São Paulo, Zuleica Maria de Lisboa Perez, estudos co de Capuava, na divisa entre as duas cidades. O Terapontam que 32% dos resíduos poderiam ser reciclamo de Cooperação Técnico-Operacional foi assinado dos, no entanto só 2% passam por esse processo. “O em julho de 2013, com o compromisso dos dois goverABC já está na frente, pois tem um consórcio estabelecinos de trocarem informações. “Após o processo eleido e pode buscar soluções regionais”, avalia. toral vamos colocar o tema novamente no Consórcio Complementando, Ney Vaz disse que, assim como Intermunicipal, até porque as prefeituras de São Berem vários locais da Europa, “Santo André está parnardo do Campo e Diadema têm discutido a questão tindo para processo conteinerização (sistema de similar”, salientou. O Aterro Municipal de Santo André contêineres instalados em calçadas), mas não é fátem vida útil estimada em apenas oito anos e necessita cil, porque a cultura nossa é do saquinho na porta. de novas soluções de destino para os resíduos. Estamos fazendo essa discussão”, conclui Vaz. 17
Maurício Cardozo defendeu a construção de usina em São Bernardo
Carlos Martins trouxe avanços de Portugal para a destinação final do lixo
Zuleica Perez destacou estudos que podem elevar reciclagem em todo o Estado
Imóveis
Agosto/2014
Construção de torres em áreas próximas às futuras estações são cada vez mais comuns
Valorização de imóveis com monotrilho chega até 33,5%
Milton Bigucci “O cenário ainda é incerto. Mas o segundo semestre deve melhorar”
Aparecido Vianna “Quanto mais próxima a data de entrega das obras, maior será a valorização”
E
Ipiranga, em São Paulo, com valorização do entorno, Bigucci acredita que isso também pode ocorrer no ABC com a chegada do monotrilho. De 2009 para cá, a valorização dos terrenos na região foi grande em função dos lançamentos imobiliários. “Agora, houve estagnação nos preços dos imóveis e as vendas reduziram. Isso é reflexo da redução do ritmo da economia e demissões no mercado de trabalho. Esperamos que haja melhora neste segundo semestre que, tradicionalmente, é sempre melhor que o primeiro”, afirma. O gerente de Vendas da Pedro Mariano Imóveis, Ricardo Mariano de Sá, confirma que só há no momento especulações por parte das construtoras e clientes a respeito da valorização do entorno dos trajetos que serão contemplados pelo projeto. Sá explica que o preço do metro quadrado no bairro Rudge Ramos, onde terá uma das estações do monotrilho, está R$ 5,5 mil, e não acredita que as empresas do setor irão aumentar mais os valores, pois já alcançaram o teto. Sá lembra que, com a inauguração das estações do metrô Sacomã e Ipiranga, houve fomento de novos empreendimentos comerciais e residenciais nas proximidades, e que isso traz previsões otimistas no ABC no caso do monotrilho. “Essas regiões foram muito valorizadas, pois trata de qualidade de vida às pessoas no deslocamento e melhorias no trânsito”. Acrescenta que alguns clientes comentaram que seria interessante investir em comércio nos locais próximos a passagem do monotrilho.
nquanto se espera o início das obras da Linha 18-Bronze, do Monotrilho, que ligará a Capital paulista ao ABC, previstas para novembro, há certa expectativa sobre a valorização dos preços dos imóveis localizados no entorno das futuras estações na região. De acordo com o índice FIPE/ZAP, nos últimos 12 meses, houve uma valorização de 33,5% do metro quadrado na vila Sacadura Cabral e 10,7% na vila Palmares, em Santo André, acima da média de valorização da cidade que chegou a 8%. Em São Bernardo, o Jardim Alvarenga somou ganhos de 32,9% sobre o m². Apenas em São Caetano a valorização não foi superior a média do município. O metrô do ABC terá 14,9 km de extensão e vai passar por Santo André, São Caetano e São Bernardo, contendo 13 estações. A valorização dos imóveis no entorno dos trechos onde passará a linha divide opinião dos especialistas da área. Para o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (ACIGABC), Milton Bigucci, membro do Conselho Consultivo Nato do SECOVI-SP, ainda é cedo para falar sobre o assunto, pois se trata do primeiro caso de monotrilho no ABC. “O cenário ainda é incerto. Até o momento, não há movimentação por parte do empresariado do setor em construir nas áreas por onde passará esse sistema de transporte coletivo, que vejo com bons olhos, pois vai melhorar a mobilidade urbana”, diz. Com base na experiência da implantação do metrô no bairro 18
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Maria Moreno, proprietária da Gomes Consultoria de Imóveis, diz que a notícia sobre o monotrilho ainda não está causando impactos no segmento e que nem desapropriações ainda não são feitas em São Bernardo, onde a empresa funciona no Jardim do Mar. Maria acrescenta que os próprios clientes duvidam da implantação do novo meio de transporte. Em relação à valorização dos imóveis, acredita que os preços não terão reajuste, pois já estão elevados. O valor do metro quadrado oscila entre R$ 6 mil e R$ 7 mil no bairro onde atua. “Este ano é atípico, Copa do Mundo e eleições. Então, quem vende já está se acomodando. No ano passado, com a chegada das grandes construtoras de São Paulo, nada a ver com o monotrilho, os preços dos imóveis dispararam”, diz.
várias. Isso porque houve valorização da região”, afirma. De acordo com a vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli, secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, a chegada da Linha 18-Bronze do Monotrilho agrega valor ao ABC. Diz que a expectativa é de que haja integração junto às cidades beneficiadas pelo transporte, para desenvolvimento da economia e fomento de comércio e serviços no entorno dos trajetos. “Não descarto a implantação de condomínios industriais, com alta performance tecnológica. Talvez lojas de departamentos, como lavanderias e serviços pequenos. Tudo são possibilidades. Mas, ainda é prematuro falar sobre isso”, ressalta.
Aumento de preços é gradativo
Preço do m² por bairro de julho/2013 a julho/2014
Aparecido Viana, presidente da Viana Negócios Imobiliários, afirma que, sem dúvida, haverá valorização dos terrenos com a chegada do monotrilho, mas que será gradativa. “Acredito que deve haver um aumento de 50% nos preços. As grandes incorporadoras de imóveis estão em busca de terrenos nas proximidades por onde passará a modalidade de transporte”. Acrescenta que o desejo de muitas pessoas é procurar locais para morar que sejam livres de trânsito e que tenham acesso fácil ao transporte. “Quanto mais próxima da data de entrega das obras do monotrilho, maior será a valorização dos imóveis”, diz. Viana relembra que já houve valorização dos terrenos, em São Caetano, nas proximidades do Espaço Cerâmica, na avenida Guido Aliberti, por onde passará o monotrilho. “Antes, não havia concessionárias nessa via, agora há
SANTO ANDRÉ Vila Palmares Sacadura Cabral Vila Scarpelli Bom Pastor
R$ 4.692 R$ 3.598 R$ 4.152 R$ 4.317
SÃO BERNARDO Baeta Neves Centro Ferrazópolis Alvarenga
R$ 4.294 R$ 4.542 R$ 4.766 R$ 3.182
Variação % R$ 5.196 10,7 R$ 4.804 33,5 R$ 4.426 6,6 R$ 4.465 3,4 MÉDIA CIDADE 8% R$ 4.644 8,1 R$ 4.963 9,2 R$ 4.875 2,2 R$ 4.231 32,9 MÉDIA CIDADE 7,8%
SÃO CAETANO Jardim São Caetano R$ 5.750 R$ 6.280 9,2 Mauá R$ 5.239 R$ 5.657 7.9 MÉDIA CIDADE 10,9% Fonte: Índice FIPE/ZAP
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São Bernardo
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Faixa exclusiva no Rudge Ramos reduzirá viagem em 10 minutos Passageiros devem ser beneficiados com redução no tempo entre 8 e 10 minutos
Andrea Brisida diz que obras dos 11 corredores de ônibus começam em breve
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ão Bernardo anunciou vai aderir à faixa exclusiva de ônibus e, com isso, passar a ser a terceira cidade do ABC a contar com o serviço. A avenida Doutor Rudge Ramos é a primeira via a adotar a novidade, desde o dia 11 de agosto. Quem já ouviu opiniões do prefeito Luiz Marinho (PT) sobre o tipo de medida se surpreendeu com o anúncio da Administração, porque o petista sempre se mostrou resistente às faixas exclusivas. Marinho argumentava que era mais importante construir corredores de ônibus. Desde que a gestão Fernando Haddad (PT) adotou uma política de rápida expansão das faixas exclusivas nas avenidas da Capital, outros municípios seguiram o modelo. Santo André adotou a faixa nas avenidas Perimetral e Firestone e nas ruas Carijós, Arthur de Queirós, General Glicério, Siqueira Campos e Luiz Pinto Fláquer. Mauá implantou o espaço reservado para os coletivos na avenida Barão de Mauá. A razão que levou São Bernardo a adotar a faixa exclusiva na avenida doutor Rudge Ramos foi tentar melhorar o fluxo dos muitos ônibus que passam pela via, principalmente nos horários de pico. “Há um contingente muito grande de usuários de ônibus. Estamos falando em cerca de 85 mil passageiros/dia. Somando isso aos 70 mil passageiros dos intermunicipais, estamos falando em 150 mil usuários”, contabiliza Alécio Batista, diretor da ETC (Empresa de Transporte Coletivo de São Bernardo). Pelos cálculos da ETC, os passageiros devem ser beneficiados com uma redução no tempo de viagem entre 8 e 10 minutos. Mas essa vantagem só deve se materializar dentro
de algumas semanas, por causa do período natural de adaptação. Os motoristas devem se acostumar aos poucos com a nova exigência de evitar andar na faixa da direita da avenida. A faixa exclusiva funciona por toda a extensão da avenida Doutor Rudge Ramos, de segunda a sexta-feira, entre 6h e 9h e das 16h às 19h30, em ambos os sentidos da via. A multa para o motorista que desobedecer a nova regra ainda não tem data para começar a ser aplicada.
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Mudanças viárias - Foram realizadas mudanças no sistema viário do bairro Rudge Ramos também com o objetivo de melhorar o tráfego na área. A mudança incluiu o fechamento da conversão à esquerda para acessar a rua do Sacramento. O novo acesso, inclusive para retorno, pode ser feito entrando à direita, na rua Anchieta (que passa a ser mão única), à esquerda na rua Maurício Jacquey e novamente à esquerda na rua Gasparini, que também passa a ser sentido único. No local foi feita uma abertura no canteiro central e instalado um semáforo. O principal projeto de São Bernardo na área da mobilidade é a construção de 11 corredores de ônibus. Cinco deles, que totalizam 39 quilômetros de extensão, devem começar a ser construídos nas próximas semanas. A data exata de início das obras ainda não foi divulgada. “Efetivamente, os trabalhos já iniciaram. Em paralelo a isso, a Prefeitura executando todos os processos de desapropriações”, afirma a coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade do Consórcio Intermunicipal, Andrea Brisida. A construção dos corredores de ônibus de São Bernardo vai exigir a desapropriação de 198 imóveis, segundo o município.
Direitos
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Ônibus da Mulher percorre ABC Cartilha traz o endereço dos principais pontos de atendimento às mulheres da região
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omo forma de ampliar a orientação às mulheres, no mês em que a Lei Maria da Penha completa oito anos de existência, o ABC recebe a partir de dia 16 de agosto o Ônibus da Mulher, projeto que oferecerá assistência, acolhimento e orientação ao público feminino em situação de violência doméstica na região. A primeira parada do veículo será a sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC (av. Ramiro Colleoni, 5, Centro, Santo André), oportunidade em que será divulgada a Cartilha Regional de Serviços do Grande ABC Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, produzida pelo Consórcio. A coordenadora do Grupo de Trabalho Gênero, do Consórcio, Maria Cristina Pechtoll, também responsável pelo Departamento de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Equidade de Gêneros da Secretaria de Políticas para as Mulheres de Santo André, explica que o ônibus foi cedido pelo governo federal ao município de São Paulo, com o compromisso de circular também na região metropolitana. “Foi firmado esse acordo e beneficiará muito as mulheres da região. Em cada cidade haverá uma equipe multidisciplinar, com assistente social, psicóloga, advogada para oferecer o primeiro atendimento”, explica a coordenadora, ao completar que é um serviço de acolhimento, para encaminhar posteriormente à rede de atendimento de cada cidade. A programação nos municípios prossegue até o dia 30 (veja no site www.consorcioabc.sp.gov.br), sempre das 9h às 16h, e incluirá oficinas e atividades lúdicas voltadas ao tema.
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Enxugar gelo - Pechtoll explica que os desafios no combate à violência doméstica são constantes e não é possível diagnosticar uma redução dos casos. “Infelizmente, temos a impressão que todo o enfrentamento que fazemos parece apenas ‘enxugar’ gelo. Quanto mais divulgamos os instrumentos de denúncia e atendimento disponíveis, mais o volume parece aumentar. Na realidade, temos uma demanda reprimida”, avalia ao afirmar que o medo de represálias ainda é um inibidor da reação feminina. Maria Cristina Pechtoll acrescenta que os desafios continuam. “Essa nova cartilha que estamos divulgando como todos os endereços atualizados é mais um esforço para dar visibilidade, ao mesmo tempo em que fazemos prevenção. Temos de mudar uma cultura machista que perdura por muitos anos”, conclui a coordenadora do GT Gênero. Dados recentes apontam que, na Delegacia de Defesa da Mulher de Diadema, foram instaurados 393 inquéritos em 2013, alta de 40% em relação a 2012. Do início do ano até o momento foram 127. Do total dos casos, 80% são de lesão corporal, em especial murros no rosto e chutes nas pernas. De acordo com o Núcleo de Promoção à Saúde e Prevenção de Violências Conviva, da Coordenadoria de Vigilância à Saúde de Diadema, em 2013 foram notificados 504 casos, sendo 72,6% contra mulheres. Do total, 42% eram negras (pretas e pardas), 33% eram brancas e 25% ignoradas. Do total de agredidas, 4,6
Saúde
Agosto/2014
HC inaugura hospital-dia cirúrgico
Manoel Navarro anuncia novas intervenções no Hospital Assunção, em São Bernardo
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m meio à grande demanda por atendimento em saúde no ABC, os investimentos na área não param. O Hospital de Clínicas Municipal José Alencar (HC), inaugurado em dezembro de 2013, ganha em setembro o hospital-dia cirúrgico, com três salas para cirurgias de otorrinolaringologia. Já o Hospital Assunção, que possui 144 leitos, prepara a abertura de um anexo, para ofereder, inicialmente, mais 130 leitos. No HC, a área ambulatorial do hospital-dia cirúrgico terá capacidade de atendimento semanal de 96 pacientes. Para este ano também serão disponibilizados mais 30 leitos cirúrgicos e 10 de UTI, além de outra sala cirúrgica. Com 110 leitos em funcionamento (90 de clínica médica e ortopedia e 20 de UTI), o hospital deve funcionar na integralidade, até meados de 2015, com 293 leitos (197 de internação, incluindo 17 destinados à desintoxicação de pacientes em uso abusivo de álcool e outras drogas) e 96 leitos complementares (60 de UTI, 29 de recuperação anestésica e 7 de hospital-dia). Além disso, o HC contará com 13 salas cirúrgicas, serviços de tomografia, ressonância magnética e ultrassons. Em pleno funcionamento, deve realizar mensalmente cerca de 10 mil consultas, 1,5 mil internações e 1,5 mil cirurgias. De acordo com o secretário-adjunto da Saúde,
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Luis Fernando Nogueira Tofani, as ações que foram planejadas ocorrem num ritmo maior que o previsto no cronograma com previsão de 18 meses após a inauguração. Assunção – Ainda em São Bernardo, novo anexo do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz, ocupará local do estacionamento, que será desativado. No lugar será construído edifício garagem no terreno ao lado do hospital, com 180 vagas, cujas obras estão previstas para 2015. “Só após a conclusão dessa etapa, que deve ser ocorrer no final do próximo ano, é que dará início a implantação do anexo”, informa Manoel Navarro, diretor geral. O presidente do Conselho Municipal de Saúde local, José Freire da Silva, diz que os investimentos na área têm sido positivos. Foram construídas nove UPAs (unidades de pronto-atendimento) e 30 unidades básicas de saúde (UBSs) na região, antes tudo centralizado em apenas um pronto-socorro. Silva diz que o desafio é agilizar o atendimento dos serviços especializados, como neurologia e ortopedia por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsabilidade do Estado. “As pessoas reclamam muito da demora. Então, é preciso diminuir a espera”, afirma.
Cinema
Agosto/2014
Tartarugas Ninja invadem os cinemas
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principal estreia em agosto é o filme As Tartarugas Ninja. Com participação de Megan Fox, o longa conta a história das tartarugas gigantes Leonardo, Rafael, Michelangelo e Donatello. As outras estreias sugeridas são o infantil O que Será de Nozes? E a biografia do autor brasileiro Paulo Coelho, Não Pare na Pista. Baseado no desenho de sucesso, contou com orçamento de US$ 125 milhões.
Livros
Bem-Casados Quarteto de Noivas
Na história, afetados por uma substância radioativa, um grupo de tartarugas cresce anormalmente, ganha força e conhecimento. Vivendo nos esgotos de Manhattan, quatro jovens tartarugas, treinadas na arte de kung-fu, Leonardo, Rafael, Michelangelo e Donatello, junto com seu sensei, Mestre Splinter, têm que enfrentar o mal que habita a cidade. O filme de aventura tem classificação 10 anos.
Private Londres
Infantil - Outra estreia é o infantil O que Será de Nozes?A história acontece quando o teimoso esquilo Surly é expulso de um parque na cidade grande e precisa encontrar outras maneiras de sobreviver. Mas o lugar dos seus sonhos está muito perto dele: trata-se de Maury’s Nut Store, uma loja repleta de nozes, castanhas e amêndoas. Surly reúne os amigos e bola um plano para invadir o lugar e roubar toda a comida para suportar o inverno. A animação teve orçamento de US$ 42 milhões e conta com participação de Will Arnett, Brendan Fraser, Liam Neeson e Katherine Heigi. A última indicação é a estreia da biografia do autor Paulo Coelho, Não Pare na Pista, que conta sua trajetória antes de se tornar um escritor de sucesso. O Drama foi filmado no Rio de Janeiro e em Santiago de Compostela, na Espanha. A biografia teve orçamento de R$ 12,5 milhões.
Adeus, aposentadoria
Bem-casados é uma linda história sobre amor. Parker, Mac, Emma e Laurel, amigas de infância, ganham a vida realizando o sonho de casais apaixonados. As quatro são proprietárias da Votos, empresa de organização de casamentos. Após ter trilhado um caminho duro para conseguir ser alguém na vida, Laurel McBane se tornou a criadora dos bolos e quitutes mais lindos e saborosos do estado. Ela preza sua independência acima de tudo. Talvez por isso ainda não tenha se entregado ao amor. Apaixonada desde sempre por Delaney Brown, ela nunca teve coragem de revelar seus sentimentos. Advogado da Votos, Del se sente responsável por cuidar não só dos assuntos burocráticos da empresa, mas também do bem-estar das quatro sócias. Porém, sua postura paternalista e superprotetora começa a gerar desentendimentos entre ele e Laurel.
Quando os ricos estão em apuros, a primeira ligação deles não é para a emergência, e sim, para a Private. Jack Morgan falha em salvar a mãe de Hannah Shapiro que, Impotente e com medo, viu a mãe ser morta quando o pai não pagou o resgate aos sequestradores. Mas isso foi antes da Private. Com um seleto time de investigadores e equipamentos de última geração, a Private é uma rede bem-estruturada que Jack saberá usar para a proteção de Hannah. Para isso, ele convoca Dan Carter, responsável pelo escritório da empresa em Londres, como guardião de Hannah. O plano não podia dar errado até Hannah e as amigas serem atacadas em frente à universidade. Dan Carter descobre que os sequestradores são profissionais, e que alguém está vazando informações.
A ideia de parar de trabalhar e se sustentar com um auxílio mensal é um conceito ultrapassado para dar conta do padrão de vida que queremos ter. Bancos, empresas de previdência, fundos de pensão e o Ministério da Previdência Social recomendam que as pessoas poupem mais ao longo dos anos para chegarem com uma boa reserva à idade avançada. Mas será que apenas essa poupança resolve o problema? Como estamos vivendo mais, com mais qualidade, custo de vida mais alto e maior nível educacional e cultural, a renda de uma aposentadoria não é suficiente. Este livro propõe uma nova forma de enxergar o trabalho e de lidar com o dinheiro, oferecendo conselhos atualizados sobre a melhor maneira de se educar, de investir, de empreender e de gerenciar a carreira.
Autora: Nora Roberts Editora: Arqueiro Preço: R$ 29,90 Páginas: 288
Autor: James Patterson Editora: Arqueiro Preço: R$ 29,90 Páginas: 224
Autor: Gustavo Cerbasi Editora: Sextante Preço: R$ 29,90 Páginas: 160
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São Bernardo
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Baby do Brasil traz seu repertório no dia 17 no Cenforpe
São Bernardo
completa 461 anos repleto de atividades S
Orquestra Brasileira de Música Jamaicana leva reggae ao Parque da Juventude
ão Bernardo completa 461 anos de existência e a comemoração se estende para todo o mês de agosto, com várias atividades, como show da cantora Baby do Brasil, no dia 17 de agosto, entre outras atrações. Na mesma data acontece o III Festival de Circo, no Teatro Lauro Gomes, em Rudge Ramos. O dia do aniversário, 20 de agosto, começará com a Celebração Eucarística, às 8h, na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem. Logo depois, o Parque Estoril será local de várias atrações de educação ambiental e sustentabilidade, e às 10h, na rua Marechal Deodoro, ocorrerá o desfile cívico e militar.
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Nos dias 21 e 22 de agosto, a unidade móvel do programa Mulher, Viver sem Violência, estará no bairro Santa Cruz. No dia 23, a programação dará espaço para o grafite. Das 8h às 17h, o projeto Grafitagem e Ação Sociocultural ensinará a arte urbana para os interessados no bairro Assunção. Ainda no dia 23, os munícipes terão a oportunidade de colocar o samba no pé. O Palco Samba estará no Parque Chácara Silvestre e contará com vários artistas da região, além da presença de João Borba e Sombrinha, feras do samba brasileiro. No dia 24, as atrações voltam a se concentrar no Parque Estoril, para o Expresso Lazer no aniversário da cidade, das 10h às 16h. Para quem curte Bob Marley e muita cultura regueira, a partir das 13h, no Parque da Juventude Città di Maróstica, o Palco Reggae receberá artistas da cidade e encerra com a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana. O Festival de Teatro de Rua acontece no mesmo dia, com As Marias, Circo do Asfalto, Blobo Maria Fuá, entre outros. Ainda dia 30, o Toca Viola vai trazer as melhores músicas sertanejas. Com Fernando Deghi, a abertura será com os alunos de Viola Caipira das Oficinas Culturais da cidade, às 17h. Dia 31 de agosto será a vez do hip hop entrar em cena. O Palco Hip Hop também estará no Parque da Juventude Città di Maróstica. As atrações vão ser Realidade Cruel, Detentos do RAP, Afro-X, Bad & Lord Tribunal Popular, Ordem Própria, Alquimista, Posse Hausa, DJ Magrão, DJ Endoquee, D’ABC Dee Jays, Pib, Cadáver e DJ ML, além das tintas, Teste seu Fôlego, Casa do Hip Hop, Projeto Hip Hop ABC e Batalha da Matrix.
Esporte
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Diego Hipolyto
‘Sonho com a medalha olímpica’ H
á quase dois meses em São Bernardo, Diego Hypólito já se sente em casa com o novo clube. O atleta foi este ano a principal contratação da cidade no esporte olímpico. Natural de Santo André e com 28 anos, Diego Hypólito já faturou ouro nos jogos regionais em Osasco, na representação de São Bernardo. No dia 12, o bicampeão mundial do solo concedeu entrevista exclusiva para o RD, na qual falou sobre seus principais objetivos, a sua volta ao ABC e do vício do uso das redes sociais, onde gosta de postar fotos. Confira alguns trechos da entrevista, disponível no RDtv www.reporterdiario.com.br RD: Como está a adaptação na nova casa? Diego Hypólito: Estou muito contente, pois é uma fase muito importante na minha carreira. Pretendo ficar aqui no mínimo até as Olimpíadas e com visões de conquistar uma medalha olímpica, que é meu sonho e meu objetivo. Temos um ginásio novo e isso vai ajudar muito. RD: Apesar do sotaque carioca, você é de Santo André. Já pode rever amigos de infância e parentes que estão no ABC? DH: Eu conheço muita gente das cidades da região. Tenho muitos familiares por aqui, já visitei todo mundo. Realmente estou me sentindo em casa. Só o sotaque que estou me acostumando. RD: Nos Jogos Regionais, em Osasco, você já faturou o ouro no salto sobre a mesa. Como foi já chegar e ganhar o título? DH: Por equipe ficamos em segundo, mas foi muito bom. O objetivo de São Bernardo é de longo prazo, algo que fica confortável para os atletas. Conseguimos muitas medalhas e isso foi de extrema importância para a gente. RD: Além do espaço, você mudou de treinador, fisioterapeuta, clube, enfim, quase tudo. Por que a mudança? DH: Treinei durante 19 anos com o técnico Renato, agora é o Fernando. O importante é estar feliz e é isso que todos me proporcionam. Tenho um bom local de treinamento, uma boa equipe técnica e é tudo isso que me deixa bem.
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RD: Em relação à Seleção Brasileira, neste ano você ainda tem o Mundial de Nanning, na China, ano que vem tem o Panamericano, em Toronto, e em 2016 as Olimpíadas. Como está a preparação para as três competições? DH: Vamos treinar em São Bernardo e em São Caetano com a seleção. Depois vamos para o Canadá disputar o pré Pan-americano e, antes do mundial, temos uma competição no Japão. É um ano de muitas competições, mas o importante é que agora eu tenho casa, sei que quando voltar terei onde treinar. RD: Você é bicampeão mundial, tem medalhas no Pan, mas ainda não conquistou a medalha olímpica. Por essa vez ser no Brasil, a ansiedade está maior? DH: Não é por ser no Brasil, mas o meu objetivo é ser medalhista olímpico e foi por isso que mudei tudo. Isso é o meu grande motivo que eu tenha vontade e me dedique cada vez mais. Tenho treinado bastante e me esforçado demais. Ser medalhista olímpico é um sonho pessoal. RD: No começo do ano, sua companheira de profissão Laís Souza sofreu um acidente gravíssimo e corre o risco até de ficar sem andar. Como você analisa a situação da ginasta? DH: A Laís era a menina que eu era mais próximo de São Paulo. Desde criança ela é muito minha amiga. Foi uma situação muito triste, mas ela é uma garota muito feliz e sempre demonstrou muita energia positiva. Já falei com ela, mas não tive a oportunidade de visitá-la, algo que quero muito. Para alguém que já fez muito pelo Brasil, não podemos a deixar passar essas dificuldades. RD: Falam que seu principal hobby é estar nas redes sociais. Como é sua relação com as fotos? DH: Antigamente meus patrocinadores reclamavam que eu não postava nada, hoje em dia eu acho que eu posto demais. Todos os dias eu posto uma foto. Geralmente coloco o que eu sou. Eu tenho página em outras redes sociais também, mas no Instagram eu faço tudo. Até fuçar na vida de quem não conheço.
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Ginástica rítmica e handebol ganham centros de treinamento S
ão Bernardo tem se movimentado para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Como será um dos polos de treinamento, a cidade inaugura neste segundo semestre as instalações para os atletas de handebol e ginástica artística, junto do Centro de Atletismo Professor Oswaldo Terra, inaugurado em março. Os equipamentos para as instalações de ginástica artística já chegaram e as obras do handebol estão quase pontas. José Alexandre Pena Devesa, secretário de Esportes, afirma que não tem ainda data fechada para inauguração, mas com certeza será neste semestre. As seleções principais nacionais, masculina e feminina, devem começar a treinar no local assim que o complexo for finalizado. “Já estamos em tratativas avançadas com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) para que eles treinem em São Bernardo”, afirma sem informar o investimento. Devesa ressalta que muitos dos atletas da ginástica na seleção brasileira já são de São Bernardo, em razão do investimento feito nas categorias de base. “Atletas como Diego Hypolito, Sergio Sasaki e Arthur Zanetti são nomes que utilizarão as novas instalações”, conta. Os aparelhos que chegaram são pista de solo, cavalo com alças (4), argolas (4), mesas de salto (2), paralelas (3), barras fixas (3), um tumbletrack – uma cama elástica de 12 metros que ajuda no aprimoramento dos saltos - e duas camas elásticas. Os três atletas visitaram o complexo e até expressaram a alegria por meio das redes sociais.
Enquanto isso, no centro de handebol, a construção está em fase final e, segundo Devesa, as obras estão em dia com o planejamento, restando apenas 5% para terminar. “Dentro de no máximo um mês as obras devem estar concluídas”, avisa. O investimento no handebol é de R$ 14 milhões. São Bernardo também está em negociação com a Confederação Brasileira de Handebol para trazer as seleções para a cidade. Além das equipes principais, o complexo deve receber as categorias de base e grupos de iniciação esportiva locais. Hoje o centro de atletismo recebe diariamente 250 pessoas para prática de caminhada, além das categorias de base de São Bernardo, iniciação esportiva, e as equipes principais, masculina e feminina. Outros três mil visitantes utilizam o local para treinamento esportivo. Categorias de base - Os alunos de iniciação esportiva também serão beneficiados. Segundo Devesa, todas as modalidades possuem categorias de base para treinamento no município. “No total temos 18 ginásios poliesportivos que recebem atividades”, afirma. No município, 1,2 mil atletas participam de competições nas federações de todas as modalidades. A iniciação esportiva é outro ponto forte na cidade. São cerca de 20 mil crianças e adolescentes que participam de atividades esportivas. “Tenho certeza que em alguns anos teremos muitos frutos no esporte daqui”, conclui.
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Devesa afirma que já conversa com as duas confederações para trazer mais atletas ao centro
Repórter Social
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Concurso premia melhores reportagens automotivas
Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL, Guilherme Blanco Muniz e Tereza Consiglio, da Autoesporte (1º lugar Impresso), Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz, Guilherme Justino, do Terra (1º lugar Internet), e Roberto Bastian, direitor de Logística da Mercedes-Benz
A Mercedes-Benz e a SAE BRASIL anunciaram os vencedores do 8º Prêmio SAE BRASIL de Jornalismo. Os primeiros colocados foram, na categoria Impressa, foram Tereza Consiglio, da Autoesporte), com a reportagem Especial Segurança Você estará mais seguro em 2014?; e Internet, Guilherme Justino, do Terra, pela reportagem Alternativas para o transporte público no Brasil. Philipp Schiemer, presidente da montadora, e Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL, recepcionaram quase 50 jornalistas na solenidade de entrega do prêmio, em São Bernardo.
USCS comemora aniversário com encontro de ex-alunos
Marcos Bassi foi anfitrião
A USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) festeja 46 anos e entre as comemorações a instituição promoveu encontro das primeiras turmas de formandos, de 1970 a 1973, além de exposição de fotos de ex-alunos. Uma homenagem ao professor Claudio João Dall’Anese (em memória), que dirigiu a instituição entre 1977 e 1981, e a entrega do primeiro título de Dr. Honoris Causa concedido pela universidade, para o sociólogo José de Souza Martins, marcaram a data. As comemorações estão a cargo do professor Marcos Sidnei Bassi, reitor da universidade.
José de Souza Martins
Arezzo lança coleção verão com blogueira Lalá Noleto Para marcar a chegada da coleção verão 2015, a Arezzo, do ParkShopping São Caetano, realizou dia 6 de agosto a 4ª edição do MOB PARTY, simultanea em toda a rede. No coquetel da unidade local, foram servidas caipirinhas com picolés do Help! Bar DLX e muito petisco aos convidados. Lalá Noleto, empresária e blogueira que divide com os seguidores a paixão pela moda, beleza e cultura pop, marcou presença na loja. Para nova estação, a marca traz na campanha a atriz Leandra Leal e nos modelos, bolsas, calçados coloridos e a volta das mules, sucesso nos anos 1990 que agora chega numa versão mais repaginada com diferentes saltos e materiais.
Carolina Vilela, Ana Sanches, Gloria Zara, Daniela Inês, Ramon Giraldi, Barbara Dundes e Rosângela Carlet
Núcleo Casa reconhece os melhores no relacionamento
Lalá Noleto prestigia novos lançamentos de verão 28
O Núcleo Casa premiou com uma joia Tiffany & Co. 11 arquitetas e decoradoras, que se destacaram no relacionamento com clientes e lojistas, em maio e junho. Ana Sanches, Marli Assim, Rosangela Carlet, Silvana Borzi e Helen Granzote, todas de Santo André; Bárbara Dundes, Glória Zara, Carolina Vilela e Débora Rossi Florindo, de São Caetano; e Daniela Ines e Teresa Simões, de São Bernardo, foram os agraciados. Ramon Giraldi, presidente do Núcleo, foi o anfitrião da noite de premiação, no Baby Beef Jardim, em Santo André.
Decoração
Agosto/2014
Gabi Sartori expõe projeto de pequeno ambiente
Stela Maris Sartori criou adega econômica
Cinthia Garcia gosta de linhas retas
Novos projetos de ambientes mesclam clássico e moderno C
om projetos inspirados nas principais tendências mundiais, a 4ª edição do Polo Design Show acontece até 14 de setembro, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo. Na mostra, estão projetos que incorporam arte contemporânea e paisagismo para criar um espaço de reflexão e integração com a natureza. Entre as novidades, apresentados por arquitetos e designers de interiores se destacam sistema de automação de vanguarda com troncos de árvores, que fazem composição com o papel de parede de estampa de demolição, e revestimento que remete à Capadócia, na Turquia. Para compor a decoração natural, foi criado um jardim vertical que ocupa toda a extensão da parede atrás do telão de vidro. A clássica combinação de preto e branco alterna com predominâncias de tons fortes e vibrantes. É o caso dos móveis em acrílico colorido. Mas, a atração fica por conta do tom dourado, principalmente das peças, como torneiras. Em termos de mobiliário, atenção para poltronas giratórias, sofá clássico dos anos 40, aparadores sofisticados, toras de madeira e mesas em laca. A bancada executada com material espanhol, que mistura matérias-primas do vidro, da porcelana e do quartzo é um dos lançamentos. A automatização e funcionalidade também se destacam nos projetos. Alguns deles inspirados em padrões europeus. Os pisos, por sua vez, vão do rústico ao aquecido. Para os adolescentes, atraem atenção ambientes que mesclam elementos coloridos com mobílias modernas, paredes e até sofá grafitados. Para academia, foi criada uma pista de skate funcional para treino, com reutilização de portas de armários de vestiários. Para as meninas, quarto com paredes com revestimento que faz alusão aos origamis japoneses. Contemporâneo - O ambiente Bilheteria e Chapelaria, assinado pela dupla Cinthia Garcia e Andréia Karalkovas, está entre os 45 ambientes exibidos na mostra. O espaço, de 35m², segue um conceito contemporâneo, com um projeto que remete à recepção de um hotel de luxo. A sofisticação e sobriedade ficam marcadas com o uso da madeira e o predomínio de tons clássicos, onde a paleta baseada em preto e branco se estende entre mobiliário e revestimentos. O abuso de linhas retas e ângulos acentuados se encontram em efeito tridimensional no design do balcão de atendimento e armário da chapelaria, conferindo um visual dinâmico.
Adega é cheia de charme Andreia Karalkovas projetou recepção
Stela Maris Sartori e Gabi Sartori assinam a aconchegante Adega, que está entre os muitos ambientes apresentados na exposição. A dupla prova que é possível projetar uma charmosa adega em apenas 12m² de espaço. Mesmo pequena, charme e tecnologia não faltaram no projeto. O aproveitamento de materiais comuns foi um dos destaques no trabalho. A dupla se inspirou em casais que apreciam a degustação de boas bebidas, mas não podem investir muito.
Projeto de adega pertence à Stela Maris Sartori e Gabriela Sartori 29
Agosto/2014
decoração
Piso e parede foram revestidos com laminado vinílico, opção prática e aconchegante. Mobiliário sob medida, executado pela Blanco Design, foi composto por cristaleira para louças e taças e móvel de apoio para bebidas e livros. Uma mesa, feita de portões antigos, para preparo de bebidas, aperitivos ou pequenas refeições, divide espaço com a adega climatizada para o armazenamento de vinhos, o frigobar para outras bebidas e uma máquina para fazer gelo.
Expectativa é atrair 40 mil O Polo Design Show reúne 45 ambientes residenciais, comerciais e corporativos. Realizada pelo Polo Design Center, associação com 69 lojistas do ABC, a exposição espera atrair mais de 40 mil visitantes e gerar aumento de negócios até 25% superior em relação à mostra do ano passado. Novidade este ano no evento, a Praça de Eventos oferece programação paralela, com diveresas palestras e atrações gratuitas, além de brinquedoteca para crianças de cinco a 10 anos. João Carlos Mazza, presidente do Polo Design Center, afirma que a mostra é uma oportunidade para mostrar o trabalho dos associados do Polo, que prevê crescimento de 2% a 3% em 2014. Na última semana da feira, de 9 a 14 de setembro, é reservada para a Polo Sale. “É uma promoção em que todas as peças expostas nos ambientes poderão ser adquiridas com até 70% de desconto”, explica o executivo.
João Mazza convida para visitar a mostrar, que segue até 14 de setembro
Projeto Bilheteria e Chapelaria é de Cinthia Garcia & Andreia Karalkovas
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Parabéns São Bernardo
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