Ano 6. Nº 1. ABC, sexta-feira, 25 de novembro de 2011
É hora de usar a criatividade e ousadia na arrumação da casa para o Natal
Varandas com vidro dão charme e ampliam o espaço da sala de estar
Sancas garantem estilo e sofisticação ao ambiente As mais utilizadas hoje no mercado são as fechadas retas e com iluminação indireta, que proporcionam maior conforto luminotécnico ao espaço
Sucesso no passado, as cores fortes voltam com força na cozinha
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Projetos do arquiteto Roberto Borja trazem a sanca como detalhe essencial para dar beleza a ambientes
Sancas imprimem sofisticação e delicadeza ao ambiente P
CONTATOS Roberto Borja -telefone: (11) 4124-8030 www.robertoborja.arq.br Evelin Sayar -telefone: (11) 4991-6493 www.evelinsayar.com.br
Rua Álvares de Azevedo, 210 Centro – Santo André Tel.: 4427-7800 / 4436-3965 www.reporterdiario.com.br Jornalista responsável: Airton Resende Edição: Maria do Socorro Diogo Reportagem: Aline Bosio, Carolina Neves, Larissa Marçal, Nathalia Blanco e Tiago Oliveira Fotos: Marciel Peres e Divulgação Comercial: Claudia Plaza Suporte Operacional: Pedro Diogo Administrativo: Rita de Cássia B. da Silva Tiragem auditada por:
equenos detalhes podem transformar um ambiente por inteiro. Por esse motivo, as sancas se popularizaram por garantir, com os mais variados desenhos e formatos, tetos com aspecto bastante sofisticado. O acabamento, geralmente, é confeccionado em gesso, mas também pode ser encontrado em madeira, isopor e PVC. De acordo com o arquiteto de São Bernardo, Roberto Borja, as sancas mais utilizadas hoje no mercado são as fechadas retas e com iluminação indireta, que proporcionam maior conforto luminotécnico ao ambiente. “Em meus projetos tenho utilizado as falsas sancas, que possuem rebaixos menores e dão a impressão de serem verdadeiras”, afirma Borja. A sanca pode ser utilizada em qualquer ambiente desde que a altura do teto seja adequada para comportar o tipo de trabalho. O mínimo de altura indicado é 15 centímetros abaixo do teto, para dar espaço à iluminação e criar o efeito desejado. Se o material for gesso ou isopor, a sanca pode receber pintura ou até algum outro tipo de revestimento como, tecido e papel de parede. A arquiteta Evelin Sayar, de Santo André, já utilizou até tons escuros
dentro da sanca em seus projetos. E o efeito, diz, fica bastante diferente. “Vale lembrar que, além das sancas, também há a possibilidade de usar molduras de gesso no teto que também dão aspecto bem bonito ao ambiente”, afirma Evelin. Quem busca algo mais econômico a opção é utilizar o tipo de moldura ou sancas de gesso. Segundo Roberto Borja, o preço médio é R$ 30 por metro
quadrado do forro liso e R$ 20 o metro linear da sanca. “Mas o ideal é contratar um profissional e elaborar um projeto, pois não se resume apenas em aplicar os produtos, mas analisar os usos, alturas, estilos, e uma somatória de fatores”, enfatiza o profissional.
Spots e fitas de leds valorizam teto Outra vantagem das sancas é a possibilidade de fazer uso diferente da iluminação que pode ser direta ou indireta. As diretas são criadas com spot, que fica aparente e pode ser de diversas cores, como preto, ouro ou branco que fica da cor do gesso. Nas indiretas não é possível visualizar a lâmpada, que fica embutida. “Gosto de usar fitas de led e iluminação florescente que dão efeito aconchegante”, afirma Evelin. Para Borja, o spot é a forma mais utilizada hoje para embutir lâmpadas, em razão da praticidade na instalação e do custo. “Em meus projetos tenho utilizado muito fitas de leds, pois oferecem iluminação mais cênica e moderna”, explica Borja.
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Objetos de desejo Sagrada Família, R$ 363. Lar Deco
Batedeira Kitchen Aid cor vermelha, também disponível na cor branca e preta. R$ 1.690. Loja L&L Presentes
Pipoqueira elétrica Britania, R$ 199. Nivalmix
Porta deslizante para alvenaria e sistema drywall, a partir de R$ 1.200. Ciasul
Escultura vacas dançando. ME Collection. R$ 214,50. Presentes Rodriguez
Raspadinha Disney. R$ 648,00. L&L Presentes
Porta cereal Zevro Prata, R$139. Camicado
Vela lata Voluspa Apricot & Apprilia, importada, R$ 83. Presentes Rodriguez
Jogo de canecas Gueisha MW Doll, R$ 59,40. Presentes Rodriguez
Chuveiro Hansgrohe, dois tipos de jato (chuva e cascata), R$ 5.999,99. Mazzoneto
Máquina de cachorro quente Nostalgia Eletrics, R$ 380. L&L Presentes
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Inusitada ou tradicional, decoração de Natal pede criatividade V
erde, branca ou azul, natural ou artificial, pequena ou grande, bolas, laços ou velas. Não interessa o tipo de árvore ou de enfeite, o importante é utilizar a criatividade e dar atenção especial aos detalhes na hora de decorar a casa para o Natal. Especialistas no assunto afirmam que não há regras, mas dão algumas dicas para transformar o lar num ambiente aconchegante para receber familiares e amigos durante a maior festa cristã. Ponto alto de qualquer casa, o verde e o vermelho já não são mais as cores oficiais da árvore de Natal. Para os mais ousados, há opções disponíveis nas cores rosa, azul e branca. O segredo é escolher os acessórios corretos. "Aos que preferem uma árvore colorida, a dica é brincar com os tons. É possível escolher enfeites da mesma cor, mas de tons diferentes", ensina a designer de interiores Sandra Montero. "Enfeites prata combinam muito bem com uma árvore azul", ensina a também designer Marli Assis. Aos que não abrem mão da árvore verde, os enfeites podem ir além das bolas e laços. Já é comum encontrar maçãs, flores e até mesmo bichos de pelúcia ornando o tradicional símbolo do Natal. A dúvida, no caso, fica por conta de escolher entre pinheiro natural e artificial. "Nestas horas eu costumo pensar de forma ecológica e, por isso, dou preferência às árvores artificiais. Creio que não tem muita lógica cortar uma árvore para enfeitá-la e, depois de algum tempo, deixá-la morrer, pois dificilmente ela é replantada num jardim e, quando isso acontece, muitas vezes não dura muito", destaca Sandra. Vermelho,
prata e dourado são as cores mais utilizadas nas árvores tradicionais. A decoração da mesa da ceia também deve ser pensada com carinho. A dica das especialistas é sempre combinar com o estilo de decoração da árvore de Natal e do restante da casa. Velas são sempre bem-vindas, mas devem ser escolhidas da maneira correta. "A preferência deve ser dada àquelas que não soltam fumaça ou cheiro. Também é necessário cuidado com a cera. Por isso é importante que elas sejam colocadas em castiçais", diz Sandra. Outra dica é colocar pequenas velas dentro de vidros (semelhantes aos utilizados como pequenos aquários). "Na ceia, a vela tem de estar acesa e as toalhas podem ser sobrepostas, com tom sobre tom", lembra Marli Assis.
Lâmpada led é melhor Ponto alto de muitas casas, a iluminação deve ser planejada para evitar problemas. Segundo a designer de interiores Sandra Montero, a preferência deve ser dada à lâmpada de led, que além de ter baixo consumo de energia, possui alta durabilidade. "Elas costumam ser mais seguras, porque não emitem calor, então o risco de aquecer algo e dar início a incêndio é pequeno", esclarece Sandra, ao ressaltar ainda que as tomadas não devem ser sobrecarregadas. Também é importante verificar se a capacidade e a resistência dos condutores são compatíveis com a carga elétrica requerida. Isso pode evitar que os fios derretam ou provoquem curto-circuito.
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Aprenda a cuidar do pinheiro natural
estimula a entrada de luz e ajuda no processo de brotação. Os galhos secos devem ser eliminados logo na base, rentes ao tronco. É preciso, também, cautela em relação ao enfeites colocados na árvore. O especialista comenta que o principal perigo está associado ao peso, por isso é necessário bom senso para que os galhos não entortem ou sejam feridos. Em geral, luzes de Natal não oferecem grande risco, por causa da baixa potência. “No entanto, o pinheiro pode ser prejudicado se a temperatura das luzes for acima de 20 graus”, diz. “Cultivar a planta é excelente ideia”, comenta o engenheiro agrônomo e paisagista, de Santo André. CONTATO NiltonVal-telefone:(11)4436-1953 www.jardinarte.com.br
Com espaço e luz solar adequados, a árvore pode garantir a decoração natalina por vários anos
A
árvore de Natal ganhou muitos formatos, tamanhos e materiais, mas o tradicional pinheiro natural nunca perdeu a preferência. Então, que tal cuidar da planta e garantir o próximo aniversário do Menino Jesus de bem com a natureza? Nilton Soares Val, engenheiro agrônomo e paisagista, afirma que é possível cultivar um pinheiro por cinco anos em vaso, se houver espaço que receba bastante luz do sol e terra de boa qualidade. A dica é escolher boa muda, com o torrão de terra que envolva as raízes. “O torrão deve ser grande e bem preso ao caule e as raízes devem estar em maior quantidade possível” ensina. O engenheiro agrônomo diz que a melhor época para comprar pinheiros naturais é bem antes do Natal. Em razão da grande demanda em dezembro, muitas vezes o pinheiro não é
retirado com cuidado e as raízes podem estar danificadas. O pinheiro Tuja é a espécie mais indicada para cultivar em casa. A muda deve ser comprada com cerca de 60 cm. Se houver espaço de terra disponível para as raízes, a planta pode chegar a 4 metros na fase adulta, atingida em 9 meses. O vaso ideal para o cultivo de um pinheiro deve ter média de 1,5 m², ou, se for circular, 80 cm de diâmetro. A profundidade apropriada também gira em torno de 80 cm. A irrigação da planta deve ser feita uma vez por semana de maneira lenta e abrangendo todo o vaso “Não se deve encharcar a raiz e é preciso garantir que todo o torrão fique igualmente úmido”, recomenda o paisagista. Outro cuidado é com a adubação, em geral feita quatro vezes ao ano e pelo
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próprio dono. São necessários em média 70g de fertilizante nitrogenado a cada aplicação e o adubo deve ser depositado na periferia do vaso, nunca em contato com o caule da árvore. A poda também pode ser feita pelo dono da planta, mas com tesoura apropriada. Segundo Val, a poda é importante porque
Dicas importantes a Vaso: 1,5 m² ou 80 cm de diâmetro e 80 cm de profundidade
a Irrigação: 1 vez por semana a Adubação: 4 vezes ao ano, 70g de
fertilizante a Poda: eliminação de galhos secos pela base
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Sacada ganha charme e segurança com vidro especial C
onsiderada área de maior risco no apartamento, a varanda deve receber atenção especial, principalmente quando há crianças entre os moradores. Esse espaço de lazer tem como ponto forte a iluminação natural, valorizada com a utilização de vidros para delimitar a área. Mas quem decidir providenciar sozinho o vidro da varanda precisa conhecer um pouco o assunto. A arquiteta Juliana Serra recomenda os modelos que oferecem película protetora de raios solares. “Atualmente muitos projetos integram a varanda e a sala, por isso é importante essa proteção para não danificar os móveis”, explica. Alguns vidros especiais garantem a segurança necessária para o ambiente. Há 15 anos no mercado, a Reiki Vidros, em Santo André, trabalha com vidros laminados e temperados que possuem todo um desenvolvimento tecnológico. O vidro temperado é cinco vezes mais resistente que o laminado e possui espessuras de 8 a 10 milímetros. “Nós optamos por focar no temperado por conta da segurança e porque a fabricação garante proteção ao morador”, afirma Sérgio Alday, responsável pelo departamento de marketing da loja. O diretor industrial da Transparência, fornecedora da Reiki, Dorival Capeleti, explica que o laminado e o temperado são visivelmente iguais e embora o processo de formação do laminado tenha maior custo, os dois possuem preço final semelhante. “O mercado está muito competitivo e isso faz com que os valores fiquem compatíveis. A diferença aparece
nas cores”, afirma Capeleti. O vidro incolor sai em média R$ 52 o metro, já a versão cor bronze custa R$ 135 o metro. Outras cores disponíveis no mercado são o preto e o verde. Para quem deseja complementar a decoração a dica da arquiteta Juliana é utilizar persiana do tipo rolo com o vidro.
Legislação abrange qualidade do material De acordo com o artigo 938 do Código Civil, todo proprietário de apartamento é responsável por danos provenientes de objetos que lançar ou deixar cair da sacada. Por isso, alguns cuidados são imprescindíveis uma vez que os vidros serão submetidos a impactos e pressões provocados por chuva, vento e até pessoas e animais. Assim, o primeiro passo é avaliar a qualidade do material da estrutura, depois da instalação e finalmente garantir correta manutenção do sistema.
Atualmente, muitos projetos fazem a integração da varanda com a sala
CONTATOS ReikiVidros -telefones: (11) 4427-3808 / 4427-3604 - www.reikividros.com.br Juliana Serra - telefone: 8223-0009 serraspag@serraspag.com.br
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Cozinha agora é colorida N
a década de 1950 as cozinhas ganharam cor para a alegria dos aficcionados pela arte de preparar alimentos. Assim como a moda nas passarelas, que vai e volta ao longo do tempo, os ambientes coloridos retornaram e, agora, ainda mais ousados. Os profissionais de decoração contam que as cores dão sensação de aconchego. As cores hoje mais aplicadas nos projetos de cozinha são os tradicionais preto e vermelho, seguidos do amarelo ouro, verde, azul turquesa, laranja, berinjela e até bordô. Marisa Garcia, designer de interiores, explica que as cores voltaram na última Feira do Móvel de Milão. “Todas as mudanças seguem uma tendência mundial e essa surgiu em Milão, com cozinhas coloridas e também vidros, para dar leveza ao ambiente”, comenta. Não só as cores mudaram. A cozinha deixou de ser espaço apenas para aqueles que se aventuram no fogão. “A área de preparo da gastronomia passou a ser espaço para a família”, defende Orlane Santos, arquiteta. A cozinha também ganhou aspectos gourmet, em que o objetivo é unir gastronomia a momentos agradáveis. “A cozinha cada vez mais se aproxima do
gourmet, em que a praticidade é o principal atrativo”, afirma. Mas para aqueles que imaginam colocar cor em toda a cozinha, o recado da arquiteta é de que as cores devem estar presentes em objetos, como luminárias, cadeiras, eletrodomésticos ou armários. “Uma cozinha não é algo que você troca com frequência, então tem de optar por cores que o usuário não irá enjoar rapidamente”, adverte Orlane. Para quem embarcar na moda, a arquiteta ainda recomenda que sejam escolhidos tons claros. De acordo com Marisa Garcia, o público de até 55 anos é o que mais procura o novo estilo da cozinha. “É uma faixa mais desprendida, até pela relação com os filhos”, defende a designer de interiores, ao ressaltar, também, que geralmente a opção do colorido pode representar um acréscimo de 35% no custo do orçamento. Para manter a harmonia com o restante dos ambientes, a dica dos especialistas é manter o mesmo estilo da casa. “Não deve haver preocupação em combinar as cores dos cômodos e sim manter o estilo da casa”, ensina Orlane.
Cores estão presentes nos armários e eletrodomésticos, como o refrigerador Smeg, da Amasf CONTATOS Marisa Garcia - telefone: 4368-3894 Orlane Santos - telefone: 4316-4962 Amasf - telefone: 4436-3141
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Aquisição de imóvel usado exige cuidados
O
sonho da casa própria pode virar pesadelo se o futuro morador não ficar atento a vários detalhes antes de fechar negócio. Especialistas listam alguns dos itens que devem ser observados, um deles a localização. Independente de o imóvel ser ou não usado, é preciso se atentar à oferta de serviços que o bairro oferece. “Tem de ver se o bairro possui boa infraestrutura, se tem farmácia, bancos, padaria e outros serviços”, recomenda a assistente de direção do Procon-SP, Edila Moquedace. A localização tem papel ainda mais importante quando o comprador pretende morar em casa térrea, em razão da segurança. “Precisa observar se nas redondezas há terrenos baldios e a iluminação do bairro é adequada”, avalia Moquedace. “A quantidade de estabelecimentos comerciais na região também é outro importante indicativo”, completa. As opções de transporte também devem ser levadas em conta, conforme lembra o economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Celso Petrucci. “O futuro proprietário deve conhecer o local profundamente, principalmente porque cada um tem uma necessidade de mobilidade. Às vezes é importante para a pessoa morar perto de uma estação de metrô ou trem”, afirma. Petrucci diz que vale a pena pensar no potencial de valorização do imóvel. “É preciso ficar atento a fatores que podem valorizar ou desvalorizar a residência. Uma dica é escolher imóveis em locais onde são feitas transformações positivas”, diz o economista.
A recomendação é ter olhar clínico e se atentar aos detalhes do imóvel usado. Quanto mais antiga a casa, segundo os especialistas, maiores os riscos de apresentar problemas de estrutura, como rachaduras e mofo. “Tem de tomar muito cuidado com as condições do imóvel, observar a presença de infiltrações, procurar saber a situação da rede elétrica e outros itens”, defende a supervisora institucional da Proteste, Polyanna Silva. Abrir uma torneira ou dar uma descarga podem revelar se há indícios de vazamento no banheiro, por exemplo. Na opinião da especialista, a ajuda de um técnico pode ser útil. “É importante fazer uma vistoria nesta parte mais técnica. Caso a pessoa tenha dificuldade em identificar possíveis problemas, pode contratar gente especializada para auxiliar”, opina Silva. O economista-chefe do Secovi concorda que é preciso ficar atento à estrutura do imóvel, antes de fechar negócio. “Quando se compra um imóvel novo, normalmente é possível ter acesso ao manual descritivo, o que dá uma ideia de como será instalada, por exemplo, a parte hidráulica, o que já não ocorre nos casos de imóveis usados”, explica. Celso Petrucci minimiza, no entanto, a importância da ajuda de especialista para analisar a estrutura da residência. “Não tem como o técnico descobrir qual a situação da rede elétrica. Só se ele quebrar a parede”, adianta. Petrucci recomenda conversar com vizinhos ou com o zelador para colher o máximo de informações possíveis sobre o imóvel.
Rachaduras e mofos devem ser levados a sério
Documentação precisa estar em ordem
A
o se decidir pela aquisição do imóvel, o comprador deve saber em detalhes a situação legal da residência. Deve solicitar ao vendedor certidão vintenária com negativa de ônus e alienação atualizada. O documento serve para descobrir se o imóvel está hipotecado ou se faz parte de alguma herança. A certidão é emitida no Cartório de Registro de Imóveis e revela a situação do imóvel nos últimos 20 anos. Outro documento importante é a certidão negativa de débito, que é emitida pela Prefeitura e mostra se há pendências referentes ao IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A supervisora institucional da Proteste, Polyanna Carlos Silva ressalta que, apesar de burocrático, o trabalho é importante. “Tem que fazer todo levantamento, mesmo que seja trabalhoso. O comprador pode também procurar o Tribunal de Justiça para verificar
se há processo em andamento. Se tiver alguma ação judicial pode ter problema”, explica. O Procon recomenda ainda verificar se o imóvel está atrelado a financiamento e se a área do terreno foi declarada como utilidade pública, o que abre a possibilidade de serem feitas desapropriações. Antes de assinar o contrato, é preciso analisar o texto em detalhes. “Deve-se ler o contrato e riscar as partes em branco. Certificar-se de que tudo o que o vendedor falou está lá, como valor do sinal antecipado e penalidade no caso de atraso de pagamento. É preciso assinar todas as páginas e na presença de testemunha”, recomenda a assessora técnica do ProconSP, Edila Moquedace. Hoje existem no mercado profissionais que cuidam de toda a documentação.