Sexta-feira, 6 de maio de 2011
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Editorial
Não basta ser mãe O título já remete ao bordão estratégico idealizado pelo publicitário Duda Mendonça, que buscou no relacionamento familiar o êxito da marca Gelol: Não basta ser pai, tem que participar. Mas parece que o apelo publicitário foi esquecido por algumas mães. A notícia divulgada esta semana chocou a todos que encontram na figura da mãe a representação máxima do amor. Jussara Rezende da Silva, de 26 anos, moradora da periferia de São Bernardo, trancou três filhos pequenos em casa e foi beber num bar. A atual sociedade, cada vez mais refém do capitalismo e do egocentrismo, está doente em relação aos valores morais e familiares. É preciso resgatar o papel da mãe na família, pois existe uma parcela considerável de jovens que se intitulam de mães apenas por conceber, mas esquecem do mais importante, criar os filhos. Criação que não se resume em cobrir a necessidades básicas, de alimentação e saúde, mas os ensinamentos de valores e práticas que, sem dúvida, contribuirão para a personalidade, caráter e convivência saudável na sociedade.
Segurança e educação preocupam as mães
Com o passar do tempo, o medo de quem exerce a maternidade muda radicalmente. As preocupações geradas com a maternidade mudaram. Se antes as mulheres se preocupavam com a educação, a moral dos filhos e com a construção de uma família, o foco hoje é outro. Com o avanço da violência, novas tecnologias e a mudança nos padrões da sociedade, as mães se preocupam com a segurança, educação e carreira profissional dos filhos. Isabela Kanupp, de 19 anos, revela que não segue o estilo da mãe quando o assunto é a educação da filha Beatriz, de um ano e seis meses. “Antes, a maior preocupação era educar uma criança dentro dos parâmetros do que era considerado correto, colocar numa boa escola e ajudar para tirar notas acima da média. Hoje nossa preocupação é a violência”, comenta. Isabela destaca ainda que não pretende criar a filha ‘dentro de uma bolha’, no entanto fica preocupada com a violência até dentro das escolas.“Eu sei que ela tem de sociabilizar, mas até onde achávamos que era seguro deixar o filho, não é mais. Na minha infância era tudo mais brincadeira. Bullying não era bullying, era brincadeira de criança que muitas vezes não gerava trauma algum”, afirma. FAMÍLIA TRADICIONAL - A tarefa de ser mãe nem sempre está vinculada à tradicional família formada por casal e filhos biológicos. Há casos em que, por problemas de fertilidade ou simples desejo, as mulheres
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Mãe adotiva, Valdice afirma que Mariana acrescentou muito à sua vida
optam pela adoção ou acumulam funções, como os casos das mães-avós. Valdice de Sousa Siqueira, funcionária pública municipal aposentada, diz que o desejo de adotar sempre fez parte de vida.“Sou espírita e acredito que a adoção já nasce com você. De certa forma resgatei minha filha de outras vidas”, comenta. A moradora de São Bernardo diz que esperou o casal de filhos biológicos – Maiara e Guilherme – ingressarem na faculdade e se cadastrou para adotar um bebê. Demorou seis anos até Valdice receber a pequena Mariana, na época com um ano e meio de idade. “No momento em que a vi tive a certeza de que ela era a criança certa. Ela é quem vem acrescentar algo em nossas vidas, nós não estamos fazendo nenhum favor”, destaca. Valdice comenta que a educação de Mariana, hoje com cinco anos, é a mesma aplicada aos filhos mais velhos.“O pessoal até fala que sou
Jornalista responsável: Airton Resende Edição: Aline Bosio e Maria do Socorro Diogo Reportagem: Aline Bosio, Natália Fernandjes, Leandro Amaral, Carolina Neves e Larissa Marçal.
muito rígida com eles, mas gosto de cobrar resultados”, diz. AVÓ-MÃE - Depois de criar três crianças e se divorciar, a dona de casa Eglair Delumbo Antunes ganhou mais um filho ao assumir a responsabilidade pela educação do neto Tiago, há mais de 12 anos. Com apenas três meses de idade, o garoto foi deixado com o pai, já que a mãe foi embora. “Tive a vida completamente mudada, porque foi como se tivesse tido um bebê. Passei a me dedicar inteiramente a ele”, conta a moradora de São Paulo. A partir daí, Tiago, hoje com 12 anos, passou a receber o mesmo tratamento dado aos tios e ao pai, assumindo o lugar de filho caçula de Eglair.“Quando ele era menor até me chamava de mãe, mas depois ensinamos que eu sou a avó. O pai dele até fala que eu mimo demais, mas fico preocupada com a violência”, comenta a avó-mãe.
Comercial: Claudia Plaza e Alessandra Duran Fotos: Marciel Peres, Carolina Neves e divulgação Projeto Gráfico: Rubens Justo Suporte Operacional: Pedro Diogo Administrativo: Rita de Cássia B. da Silva
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Profissão exige amor incondicional e responsabilidade
Ser mãe também pode ser uma atividade. O trabalho tem como requisitos básicos amor e abdicação. Mãe de 60 filhos, avó de 16 netos. Sebastiana das Graças Damasceno, 58 anos, é uma das raras mulheres que são mães sociais. Há 29 anos funcionária na ONG (organização não governamental) Aldeias Infantis SOS, em São Bernardo, Sebastiana enfrenta desafio que poucas mulheres teriam coragem de encarar: abrir mão da família e trabalhar de graça e, principalmente, com amor. A Aldeias Infantis SOS Brasil acolhe atualmente no município 56 crianças e jovens em seis núcleos familiares, compostos por grupos de irmãos biológicos de diferentes idades e de ambos os sexos. Ao todo, a instituição conta com sete mães que possuem a responsabilidade de orientar e, ao mesmo tempo, respeitar a origem familiar, raízes culturais e religião de cada um. Para Sebastiana, o segredo é ter paciência e estudar cada um de acordo com o seu limite.“Ser mãe é algo maravilhoso. Eu amo o que eu faço, me sinto mãe biológica de todos eles. Desde que comecei a atuar como mãe social tive muitos momentos de estresse, mas nunca pensei em desistir”, diz a mãe, com os olhos cheios de lágrimas. Durante as quase três décadas de atuação, Sebastiana viu muitos chegarem e irem embora. No entanto, muitos deles se casaram e hoje retornam para a casa onde passaram a juventude com os filhos, que carinhosamente a chamam de avó. “Não é fácil ver um filho indo embora, mas eu tenho a consciência de que estou criando eles para o mundo”, afirma. O desejo de ser mãe e a ausência de estrutura familiar facilitaram a decisão de Sebastiana
de doar a vida por completo ao trabalho e aos filhos. Já para a Tânia Maria Brito, 46 anos e também mãe social, a decisão foi um pouco mais difícil. Com filha biológica, Tânia mudou totalmente sua vida e há quatro anos vive com nove filhos num dos lares da ONG.“O dinheiro não é a questão principal. Eu amo o que eu faço e sei que minha presença é muito importante na vida dessas crianças”, afirma.
Sebastiana e Tânia dedicam 24 horas do dia aos filhos da ONG Aldeias Infantis SOS
REGULAMENTADA A profissão mãe social é regulamentada desde 1987 e tem o objetivo de proporcionar segurança, amor e estabilidade às crianças órfãs ou carentes. Na ONG Aldeias Infantis as mães recebem uma quantia mensal para a administração da casa, nos gastos com aluguel, água, luz e despesas pessoais das crianças em transporte, material escolar e serviço médico, além de um salário médio de R$ 1,2 mil. Cada mãe fica em período intermitente nos núcleos familiares e tem direito a seis folgas por mês – algumas vezes, por opção delas próprias, o descanso nem chega a ser aproveitado. A união entre os vários núcleos faz com que elas se sintam responsáveis também pelos filhos das outras mães.“Biológica ou não, a preocupação é a mesma. E para falar a verdade é até maior. Afinal, trabalhamos para uma instituição e temos a responsabilidade de dar a assistência e o amor merecido a essas crianças”, ressalta Tânia.
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Shoppings apostam desde carros até esmalte para atrair filhos
Empreendimentos também oferecem ingressos para shows e conjunto de home theater. Vale tudo para atrair o consumidor. Carros, brindes no ato da compra e ingressos para show do Fábio Jr. são alguns dos recursos utilizados pelos shoppings da região para fomentar as vendas do Dia das Mães, segunda data mais importante para o comércio varejista, atrás apenas do Natal. Os shoppings Praça da Moça, em Diadema, e Grand Plaza, localizado em Santo André, vão sortear carros entre os consumidores que gastarem R$ 150 e R$ 200, respectivamente. Além do automóvel, o Praça da Moça dará um kit de cosméticos para clientes que atingirem o valor mínimo de compra. Para Wilson Pelizaro, gerente do Praça da Moça, além de atrair vendas, o objetivo é fidelização.“Não adianta promover campanhas publicitárias se o cliente não for bem atendido ou o comerciante não ter estoque suficiente. A primeira experiência do consumidor tem de ser positiva para ele retornar”, afirma. Já o Mauá Plaza Shopping busca chamar atenção das mães e dos filhos que gostam de cinema. Para concorrer a três kits com home theater, Blu-Ray, TV de plasma 3D de 52” e um conjunto de sala de estar, o consumidor terá de juntar notas fiscais no valor de R$ 50. Os comprovantes das compras devem ser levados até um posto de troca no próprio shopping e substituídos por cupons. Além da promoção, que vai até 31 de maio, o Mauá Plaza mantém
Lojas tentam atrair clientes com promoções e atendimento de qualidade para alcançar a fidelização
exposição com peças e artigos de filmes que marcaram época, entre eles a jaqueta usada por Hugh Jackman, no filme Wolverine. O Shopping Metrópole, em São Bernardo, em parceria com a Impala, dará ao consumidor que gastar a partir de R$ 200 um kit de esmaltes. Ao todo, são três opções com os quatro esmaltes mais vendidos da marca como Crochê, Sereia, Paparazzi, Confeti, Jackie e Boneca de Luxo. Em Santo André, o Shopping ABC dará àqueles que gastarem a partir de R$ 900 um par de ingressos para lugares na pista do show do cantor Fábio Jr., que será realizado no Via Funchal, no dia 16 de maio, às 21h. Quem fizer compras de R$ 1,2 mil ganhará ingresso para camarote ou pista VIP do show.
Lojistas esperam crescimento de até 30% em relação ao ano passado
Ajustes não devem atrapalhar vendas Enquanto as associações comerciais baixaram as metas de vendas devido às medidas governamentais para conter a inflação, como o aumento de 0,25% dos juros, os shoppings mantêm expectativa de crescimento entre 15% e 30%, em relação a 2010. Segundo Sidnei Muneratti, presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), o aperto do crédito deverá agravar o financiamento.“As vendas desse ano não serão tão aquecidas, por isso estipulamos aumento por volta de 8%”, afirma. Para Wilson Pelizaro, gerente do Praça da Moça, o acréscimo dos juros só será sentido em médio prazo.“As medidas para conter a inflação ainda não atingiram o nosso público, as classes B e C, portanto esperamos aumento de 30% no movimento”, conta Pelizaro, que aposta na inauguração de grandes lojas para aumento real no fatura-
mento do centro de compras. Para esquentar as vendas, o shopping investiu R$ 500 mil em propaganda e publicidade, quase o dobro de 2010, com expectativa de crescimento de 30% nas vendas. Ariane Oliveira, gerente de Marketing do Mauá Plaza, acredita que as mudanças não afetarão as vendas.“As lojas de departamento até podem sentir a redução nas vendas, mas o nosso público não reduzirá o consumo, pois já está acostumado a comprar. O que pode ocorrer é mudança no planejamento das compras”, afirma. O Mauá Plaza prevê crescimento de 15% nas vendas em relação a 2010. A aposta é na mercadoria diferenciada e preços. O shopping investiu 15% a mais este ano com promoções.“Todo ano nós buscamos situações diferentes e são as promoções que fazem o consumidor se lembrar do shopping”, defende Ariane.
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Presente ideal
Escolher o presente do Dia das Mães não é tarefa fácil para a maioria dos filhos. Enquanto algumas mães preferem sapatos e bolsas, outras querem ganhar tecnologias que facilitem o dia a dia. Para ajudar na compra, o Repórter Diário foi às lojas e criou uma lista de sugestões de presentes que pode atender todos os gostos e bolsos. Loja Le Postiche – Shopping Praça da Moça Mala Strada Média – R$ 89,90
Lojas Americanas – Shopping Praça da Moça Câmera Digital Sony W510 – R$ 599,00
Loja Le Postiche – Shopping Praça da Moça
Lojas Americanas – Shopping Praça da Moça
Frasqueira Stradda R$ 39,99
Kit Giovanna Baby – R$ 24,99 Loja Espaço Fechado Shopping ABC Relógio Gini – R$ 159
Loja Le Postiche – Shopping Praça da Moça Nécessaire – R$ 9,90
Atualmania – Shopping Mauá Camisa Xadrez Ellus – R$ 249
Loja Akhai Presentes - Shopping ABC
Loja A Casa das Três Meninas – Shopping ABC
Calça Jeans
Pantufa Mãe Coruja – R$ 52
Relicário de São Benedito – R$ 55
Calvin Klein – R$ 249 Casaqueto Animale – R$ 289 Cinto Ellus – R$ 139 Bolsa Ellus – R$ 759 Oxford
Atualmania – Shopping Mauá
Alphorria –
Vestido Animale – R$ 289
R$ 489
Pixolé
Óculos
Bolsa Fedra – R$ 189,90
Salvatore –
Sapatilha Bottero – R$ 89,90
Lenço Animale – R$ 149 Cardigan BobStore – R$ 279
R$ 99
Pixolé
Scarpin Ellus – R$ 289
Sapato – R$ 109,90
Cinto Spezzato – R$ 189
Bolsa Luz da Lua – R$ 619,90 Bolsa Ellus – R$ 749 Óculos Salvatore - R$ 99
Feitio Urbano – Shopping Mauá Cigarrete Jeans Canal da Mancha – R$ 134,99 Chemise com cinto – R$ 144,99 Loja Frêdy – Shopping Praça da Moça
Flowers Presentes – Shopping Praça da Moça.
Colete Jeans – R$ 139,99
Blusa Vermelha – R$ 49,99
Estojo de Maquiagem – R$ 33,99
Cachecol - R$ 49,99
Akhai Presentes – Shopping ABC Caneca temática Mãe Perua - R$ 31,50
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Gravidez tardia é tendência, segundo IBGE
prioridade na carreira profissional substitui planos de formar famílias. O estreitamento da pirâmide etária nos grupos mais jovens da sociedade e a redução nas taxas de fecundidade em todos os segmentos – segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE 2010 – revelam tendência de gravidez tardia no Brasil. O fenômeno, observado principalmente entre a população inserida no mercado de trabalho, aponta mudança nos padrões familiares nos últimos anos, com priorização da carreira profissional em detrimento da formação da família. De acordo com o IBGE, o número de mães com mais de 40 anos cresceu 27%, entre 1991 e 2000 e a escolaridade é um dos condicionantes do comportamento da fecundidade feminina, já que as mulheres com até sete anos de estudo têm, em média, 3,19 filhos, enquanto o número de filhos das mulheres com oito anos ou mais de estudo é 1,68. A idade média com que as mulheres têm filhos também se diferencia pela instrução: entre aquelas com menos de sete anos de estudo, a média era de 25,2 anos. Entre as que têm oito anos ou mais de escolaridade, a idade média é de 27,8, diferença de 2,6 anos. Adriana Capuano de Oliveira, professora de Sociologia da UFABC (Universidade Federal do ABC), observa que o mercado de trabalho passou a exigir cada vez mais dos profissionais, motivo pelo qual a mulher teve de prorrogar os planos de casamento e maternidade.“Para estar inserida profissionalmente é preciso dedicação – cursos, pós-graduação e especializações –, o que envolve tempo e dinheiro”, destaca. A mulher que opta pela gravidez planejada - geralmente depois dos
30 anos - é aquela que recebeu estudo e deseja proporcionar qualidade de vida ao filho sem depender do marido, observa Adriana. A socióloga da UFABC destaca ainda que, no Brasil, é possível observar o outro extremo: meninas que engravidam na adolescência.“O que separa estes extremos é a consciência da mulher. No geral, as pessoas maduras não seguem mais os padrões de vida instituídos no século 19, quando a mulher era dona de casa e o casamento priorizado”, comenta. PRIMEIRO FILHO AOS 37 SEM COMPLICAÇÕES Marisa Alves dos Santos, professora do ensino fundamental, esperou 36 anos para engravidar do primeiro filho, Gabriel, hoje com oito anos. A moradora de Santo André conta que priorizou a vida acadêmica e profissional para depois pensar no casamento (realizado aos 33 anos) e na dedicação ao filho.“O planejamento evita arrependimentos. Aproveitei o máximo que pude a juventude e a vida a dois para depois engravidar, porque sabia que teria de doar grande parte do meu tempo ao bebê”, revela. Apesar da idade considerada pelos médicos arriscada para engravidar, Marisa comemora o fato de ter passado os nove meses de gestação tranquila. Segundo a educadora, a única dificuldade em se ter filhos mais velha é uma menor disposição para brincadeiras de criança, no entanto considera a maturidade fundamental na hora de educar.“Aconselharia todas as mulheres a esperar para ter filhos. Isso evita aquela velha história de que a gravidez atrapalhou certos planos do casal”, comenta.
Gravidez é considerada de risco a partir dos 35 anos, explica dra. Eliane
Ter filhos mais tarde requer atenção redobrada Os investimentos na carreira têm feito muitas mulheres adiarem a maternidade. Quando a decisão chega a partir dos 35 anos já é considerada pela medicina gravidez tardia e de risco. Por este motivo é que nesta faixa o acompanhamento médico deve ser feito com maior frequência para evitar problemas de saúde com a gestante e o bebê. Eliane Terezinha Rocha Mendes, obstetra e diretora técnica do Hospital da Mulher de Santo André, explica que a gestação a partir desta idade é considerada de risco porque apresenta mais chance de desenvolver doenças genéticas, como a síndrome de down, e o aparecimento de complicações, como hipertensão, diabetes e cardiopatias. “Estes problemas ocorrem porque o óvulo de uma menina de 20 ou 25 anos é diferente de uma mulher mais velha”, conta a médica. Como resultado disso, as chances de casos de síndrome de down passa de 1% na idade fértil normal (até por volta dos 30 anos) para 4% na tardia. Para evitar ou diagnosticar problemas como estes, além dos exames comumente realizados nas gestantes, as mães com mais idade passam
por ultrassom detalhado e cariótipo (exame que permite o estudo dos cromossomos).“Também há maior controle dos hormônios da tireóide e da glicemia”, diz a médica. Segundo Eliane, com este tipo de cuidado a mãe deverá ter gravidez mais calma, entretanto, o sucesso da gestação não depende apenas dos médicos.“Cada organismo reage de uma maneira”, destaca. A HORA DO PARTO A preparação para o parto também exige atenção especial quando as mães têm mais idade. Isso ocorre devido ao aumento do risco de complicação, como pressão elevada, hemorragias e contrações inadequadas. O sucesso do parto também depende do planejamento da gravidez. “É função do médico solicitar exames pré-concepção para verificar antecedentes de doenças, se é a primeira gravidez ou não e se, caso não seja, se houve algum tipo de problema durante a gestação ao no momento do parto anterior”, ressalta.“Se estiver tudo normal, as chances de tudo sair como planejado são grandes”, destaca a obstetra.
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Direitos das mães no trabalho são claros
Licença maternidade segue indefinida
Ao engravidarem, além das preocupações normais, como a saúde do bebê, muitas mulheres ficam com dúvidas quanto seus direitos e deveres dentro das empresas em que trabalham. Licença maternidade, estabilidade no emprego e direito à amamentação são os pontos que mais geram questionamentos. Mesmo que precise se ausentar do trabalho por questões de saúde, a gestante não deve se sentir ameaçada no emprego, já que possui estabilidade garantida pelo artigo 10 da Constituição Federal a partir da confirmação da gravidez até cinco meses após o nascimento da criança. Atualmente o período de licença-maternidade é de 120 dias nas empresas privadas. Entretanto, com a lei 11.770/08 foi instituída a iniciativa Empresa Cidadã, destinada a prorrogar por 60 dias a duração do período. A prorrogação, porém, é facultativa.
A licença-maternidade de 180 dias é realidade para funcionárias públicas de todo o País. Entretanto, o benefício não contempla o setor privado. Isso ocorre porque a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 64/07, que amplia a licença de 120 para 180 dias nas empresas, foi aprovada pelo Senado em agosto do ano passado, mas ainda depende da Câmara dos Deputados. A matéria, agora de número 515/10, já passou pela Comissão Especial e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e está pronta para entrar na pauta das discussões do plenário. A concessão dos salários dos dois meses extras é opcional para as empresas. Quem aderir pode descontar a despesa do imposto de renda. Os salários referentes aos primeiros quatro meses, previstos na Constituição Federal, são pagos pelo INSS, porém são abatidos mensalmente do GPS (Guia da Previdência Social).
“Qualquer que seja o motivo apresentado num possível atestado médico para afastamento do trabalho, além do concedido pela licença determinada em lei, o empregador pode concordar ou não. Não é nada garantido”, alerta Gilberto Archero, presidente do Departamento de Medicina do Trabalho da Associação Paulista de Medicina. SALÁRIO - Após o parto e durante a licença maternidade, a mulher terá direito a receber seu salário integral. Caso o salário seja variável, vale a média dos seis últimos meses.
ESTABILIDADE - A mulher possui estabilidade desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o nascimento. Caso a concepção ocorra durante o período de experiência, não está assegurada a estabilidade. Se a empresa dispensar a mulher durante a estabilidade, ela está sujeita pela Justiça a ter de reintegrar a funcionária, sob pena de ser condenada ao pagamento dos direitos da profissional como se estivesse trabalhando. Caso a gravidez ocorra durante o aviso prévio, após o ato da demissão da empregada, mesmo assim ela terá o direito da estabilidade.
AMAMENTAÇÃO - Para amamentar o filho, a mãe tem o direito, durante seis meses, a dois descansos por dia, de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho. Algumas mães fazem acordos e optam por sair uma hora mais cedo do trabalho.
ANÚNCIO - Recomenda-se que a mãe espere para anunciar a gravidez na empresa após oito semanas de gestação, período considerado crítico pelos médicos. É importante fazer o anúncio após a realização de um ultrassom que confirma o diagnóstico.
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Cardápio tem de ser especial A região oferece cardápios especiais e preços variados para aqueles que desejam reunir a família para comemorar este Dia das Mães. A dica para evitar aborrecimento com as filas de espera é fazer a reserva antes em restaurantes que oferecem o serviço ou chegar cedo para garantir lugar. SÃO JUDAS - No trevo dos restaurantes de São Bernardo, o São Judas Tadeu Demarchi promete o Festival de Massas da Nona, recheado de lasanha à italiana, rondelli e gnochi, além do frango frito, ao molho e à milanesa. As reservas são realizadas com pagamento antecipado de 20% do valor, até dia 7 de maio. No salão térreo, o pacote com festival de massas, bebidas e sobremesas, sai R$ 65 por pessoa. O self service, sem bebidas e sobremesas, custa R$ 48. No segundo
6 de maio de 2011 Restaurante 7 Mares oferece pratos especiais neste domingo
ou terceiro andar, o pacote completo sai por R$ 62 e o self service R$ 42. BARBATANAS - Para as mães que preferem peixes e frutos do mar, a opção é o restaurante Barbatanas, também em São Bernardo. Especialmente para a data entrará no cardápio do estabelecimento o camarão na moranga, que serve até três pessoas. Os preços dos acompanhamentos variam entre R$ 22 e R$ 32 e o camarão na moranga custa R$ 54.O restaurante não faz reservas aos domingos. 7 MARES - O tradicional restaurante de frutos do mar de São Caetano, o 7
Mares, servirá buffet especial para o Dia das Mães com os pratos mais pedidos do restaurante, como paella e camarão na moranga. O estabelecimento não aceitará reservas. O preço por pessoa é R$ 49,90.
QUESTO PASTA - Especializado em massas, a casa em Santo André mudará o cardápio para o domingo. Entre as opções disponíveis, segundo Carlos Baima, chef e proprietário, estáo risoto de bacalhau com brócolis e azeitonas chilenas. Também estará disponível medalhão ao conhaque com risoto de alho poro e raviolli de massa de espinafre recheado com mussarela de búfala e parmesão ao molho napolitano. O preço fica, em média, R$ 60 por pessoa. O restaurante fará reservas para o primeiro horário, das 12h30 às 13h. Para Baima, os filhos não devem deixar para a última hora.“Como são
mesas grandes, a maioria com 10 lugares, as reservas devem ser preenchidas rapidamente”, conta. BABY BEEF JARDIM - Eleito pela revista Veja - Comer e Beber como um dos melhores restaurantes da região, o restaurante, localizado em Santo André, não realizará mudanças no cardápio para o Dia das Mães, apenas alguns condimentos serão mudados. Também não haverá reservas e as mesas serão ocupadas por ordem de chegada. O preço por pessoa é, em média, R$ 100. SERVIÇO São Judas - rua Maria Servidei Demarchi, 1749, São Bernardo. Telefone 4346-4444. Barbatanas - avenida Lucas Nogueira Garcez, 111, São Bernardo. Telefone 4122-4549. 7 Mares - estrada das Lágrimas, 1816, São Caetano. Telefone 4238-4622. Questo Pasta - rua das Figueiras, 200, Santo André. Telefone 4994-2384. Baby Beef Jardim - rua das Bandeiras, 166. Santo André. Telefone 4427-3997.