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Informativo do Sindicombustíveis - Resan | Julho de 2013 | Ano 18 | N° 208

COMBUSTÍVEL CARO?

Lacres

Ibama

Guarujá

Portaria do Inmetro muda forma de lacração das bombas de combustíveis. Sistema permite ao Ipem rastrear os consertos em busca de fraudes

Inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras devem se recadastrar até o final de dezembro. Medida vale para postos de serviços

Nova lei municipal exige que postos exibam placas identificando percentual de diferença nos preços da gasolina e do etanol a partir de 24 de julho



SUMÁRIO 04 Editorial

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Novos caminhões Euro 5 deduram a falta de Arla 32 Portaria 4, do Inmetro, muda lacração de bombas Campanha privilegia consumidor consciente 12 Recadastre-se no Ibama Food Service: nicho de mercado se fortalece 15 Saiu na Imprensa 16 Mural da Qualidade 18 Aniversários e agenda

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“Ipem pode rastrear

serviço feito na bomba”

Confira orientações do diretor do Departamento de Metrologia Legal e Fiscalização do Ipem-SP sobre lacres e manutenção de bombas

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Novas leis no Estado e em Guarujá

Entra em vigor proibição de venda de álcool nas estradas de SP. Em Guarujá, posto deve identificar diferença de preço entre etanol e gasolina

EXPEDIENTE

Postos & Serviços é uma publicação mensal do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, e de Lojas de Conveniência, e de Empresas de Lava-Rápido e de Empresas de Estacionamento de Santos e Região - Resan | Rua Manoel Tourinho, 269 - Macuco - CEP 11015-031 - Santos /SP Tel: (13) 3229-3535 - www.resan.com.br - E-mail: secretaria@resan.com.br - Presidente: José Camargo Hernandes | Jornalista Responsável, textos e editoração eletrônica: Christiane Lourenço - MTb 23.998/SP | Jornalista assistente: Cíntia Ferreira (MTb 63.978/SP | E-mail: imprensa@resan.com.br | Projeto Gráfico: RB5 Design | Colaboração: Maria do Socorro G. Costa, Marize Albino Ramos e Paulo Roberto Pinto | Impressão: Demar Gráfica | Tiragem: 2.000 exemplares | Capa: fotos SXC | Fotos: Resan e divulgação | As opiniões emitidas em artigos assinados publicados nesta revista são de total responsabilidade de seus autores. Reprodução de textos autorizada desde que citada a fonte. O Resan e os produtores da revista não se responsabilizam pela veracidade das informações e qualidade dos produtos e serviços divulgados em anúncios veiculados neste informativo. Publicidade: Ana Lúcia - (11) 99904-7083.

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EDITORIAL

Em defesa da transparência José Camargo Hernandes Presidente do Resan

Nesse momento em que o clamor das ruas dá início a um novo ciclo na história política e social do País, todos nós ganhamos mais consciência de cidadania. Não se trata de uma conquista material e nem apenas de direitos, mas de retomar nosso papel como cidadão, aquele que é indispensável nas decisões sobre o futuro da nação. Nós, empresários, também temos nossas queixas e reivindicações. Há uma carga pesada de impostos que engessa o crescimento da iniciativa privada, inviabiliza a modernização de empresas e até mesmo retrai a expansão da mão de obra. A fúria das redes sociais que se voltou contra o reajuste do transporte público, depois chegou aos pedágios, engatou na defesa da manutenção do Ministério Público como agente de investigação de crimes, derrubando a PEC 37, e atacou a corrupção, também atingiu em cheio o sistema tributário brasileiro. É esse mesmo modelo que vem ceifando o crescimento das empresas. Os combustíveis são um exemplo claro do quanto o brasileiro paga de imposto por um produto. Na gasolina, apenas o PIS/Cofins e o ICMS passam dos 30% do preço do litro vendido ao consumidor. No diesel, esse percentual chega a 25%. Desde junho, no entanto, o consumidor vem recebendo pequenas 04 | POSTOS & SERVIÇOS

lições de economia tributária com o início da emissão de cupons fiscais com os impostos discriminados. Embora o Governo Federal tenha dado mais um ano para o empresário se adaptar às novas regras, são muitas as empresas que já estão emitindo a nota com o imposto detalhado. E lá está claro o quanto pagamos de impostos seja em uma blusa, em um quilo de feijão ou ao abastecer o veículo com gasolina, diesel ou etanol. Agora, diante desta mobilização, o setor varejista de combustíveis se sentiu na obrigação de iniciar uma campanha de esclarecimento para que seu cliente saiba exatamente quanto do total pago pelo produto fica com as refinarias (exploração, produção e refino), com a União (PIS/Cofins) e com os estados (ICMS).

Não nos cabem incitar e nem mesmo fazer apologias. Nesta edição de Postos & Serviços trazemos, ainda, uma matéria sobre o Arla 32, produto exigido pela tecnologia Euro 5 dos caminhões que usam o diesel de baixo teor de enxofre, o S-10. Há no mercado boatos de que tentativas de burlar a nova tecnologia poderiam implicar em problemas para o posto, que ficaria sob suspeita de vender um produto de má qualidade. A boa notícia é que os componentes eletrônicos registram automaticamente a falta do Arla, a ponto de reduzir a potência do motor. Ou seja, nas oficinas das montadoras, qualquer acusação infundada cai por terra.

O que muita gente não sabe – e cabe a nós, revendedores explicar – é que a fatia de 21,29% do que é pago na gasolina comum na Baixada Santista engloba as margens das distribuidoras, da revenda e do frete.

Leia também o que muda na sua relação com empresas mecânicas que fazem conserto e manutenção das bombas a partir de uma portaria do Inmetro que está em vigor desde o início do ano. E, por fim, confira o passo a passo informado pelo Ibama para que o posto de combustível seja recadastrado até 31 de dezembro deste ano.

Nesta campanha desenvolvida pelo Sindicombustíveis-PR e replicada pelos demais sindicatos filiados à Fecombustíveis em suas bases (veja cartilha publicada nas páginas 9, 10 e 11), o objetivo é massificar a composição dos preços dos derivados de petróleo, dando ao consumidor elementos para que faça sua própria análise.

Espero que gostem do resultado final desta edição que, realmente, precisa ser lida com atenção e repassada aos funcionários e contadores. No mais, a equipe técnica do Resan está disponível para mais informações. Basta nos ligar ou agendar uma visita do nosso assessor em seu posto. Até o mês que vem!


Arla 32 é insubstituível Não são novidades e nem surpreendem os boatos que chegam aos postos de combustíveis de que há condutores de caminhões modelo Euro 5 tentando burlar o sistema SCR, substituindo ou misturando água, por exemplo, ao Arla 32. Postos & Serviços não encontrou motoristas dispostos a confessar a prática espúria, mas em entrevista com representantes de duas das principais montadoras – Scania e Ford – ficou claro já há registros das tentativas de suprimir o custo do aditivo. Assim, para que o revendedor possa ter subsídios para argumentar com seus clientes ou mesmo entender como funcionam os novos caminhões, investimos em uma reportagem especial sobre esse produto que, ao lado do diesel S-10, com seu baixo teor de enxofre, é capaz de reduzir em 80% as emissões de material particulado e em 98% os óxidos de nitrogênio (NOX).

ciamento do motor e uma luz se acenderá no painel”. Isso ocorre em todos os caminhões Euro 5, de qualquer fabricante.

Segundo Marcel Bueno, supervisor em Marketing e Vendas da Ford Caminhões, apesar dos boatos, os caminhões que estão à venda no mercado são equipados com um sistema de diagnóstico que identifica se o veículo está cumprindo o que diz a lei quanto às emissões de particulados.

Marcelo Luiz do Prado, chefe da área de Portfólio de Produtos da Scania, revela que a fabricante já teve notícias de caminhões com entupimento de bico provocados por Arla de baixa qualidade. “Realmente temos escutado no mercado que há tentativas de burlar o sistema. Isso é fácil de perceber porque os caminhões têm o que chamamos de diagnóstico onbord (OBD)”.

“Módulos eletrônicos conseguem apontar maior emissão de NOX pelo catalisador. Com isso, o sistema entende que precisa despejar mais Arla 32 para que a reação química atinja os níveis previstos pela legislação. Uma vez que o aditivo não tem a especificação do Arla, o sistema tem como se auto proteger. Depois de 48 horas sem o Arla, haverá o despoten-

Como funciona, na prática? Prado explica que os veículos Euro 5 foram desenvolvidos para apontar problemas com o tratamento do material que vai para o catalisador, onde justamente age o aditivo, tratando o NOX. Os prejuízos se concentram ali, geralmente provocados pela corrosão. No entanto, dependendo da avaria, é preciso substituir todo o sistema do catalisador.

“O catalisador é o primeiro a ser atingido. Isso fica registrado. Há tendência de corrosão interna do catalisador. O sistema trabalha para se proteger. Sem o Arla 32, é aí que despontecializa o motor”. Marcel Bueno, supervisor em Marketing e Vendas da Ford Caminhões

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Conhecido como ureia, o Arla é bem diferente da urina humana. Não há como enganar o sistema Euro 5 Lá atrás, quando a fase 7 do Proconve foi anunciada, o Arla 32 era chamado de ureia. O nome foi justamente alterado para evitar que o produto fosse confundido com urina. Enquanto o Arla é composto por 67,5% de água e 32,5% de ureia produzida em laboratório, a urina humana tem 95% de água e 5% de ureia, sem contar o ácido úrico e cloreto de sódio, entre outros elementos. Portanto, apesar da existência comum da ureia, não há qualquer chance de enganar o sistema SCR. Na prática, a redução catalítica não será atingida e os gases NOX acionarão o sistema de proteção, reduzindo a potência do motor. Segundo Marcel do Prado (foto), da Scania, o ácido úrico e os sais podem corroer os componentes a ponto de não poderem ser recuperados.

‘Despotencialização’ do motor ocorre apenas após 48 horas A base de consumo do Arla 32 é de 5% do diesel. Assim, a despotencialização do motor só ocorre 48 horas depois da constatação de que falta aditivo ao tanque para evitar que o motorista seja surpreendido durante uma viagem. Uma pergunta comum é se o sistema pode ser desativado para garantir a economia permanente do gasto com o aditivo. A resposta é negativa. “Tudo é feito eletronicamente. O motorista não tem acesso

à configuração do módulo”, disse Bueno, da Ford. O que é preciso destacar, no entanto, é que o Arla permite uma economia de combustível. “Com o sistema SCR, a Ford teve possibilidade de liberar mais o motor e cuidar dos gases NOX no pós-tratamento. Na tecnologia anterior, tínhamos que controlar o motor para que a emissão de gases estivesse dentro do padrão da legislação brasileira”, continua Bueno.

O que diz o Sindicom sobre o Arla 32? O S-10 já se consolidou no mercado?

diesel vendido.

O S-10 entrou no mercado em substituição ao S-50 que já era oferecido em larga escala no país desde o início de 2012 e para atender as especificações dos veículos que começaram a ser fabricados no Brasil, em 2012, com tecnologia Euro 5. O apelo que esse produto traz, de maior proteção ambiental e melhor desempenho do motor, fez com que muitos caminhoneiros preferissem utiliza-lo, mesmo em caminhões cujos motores não exigiriam esse combustível.

E quanto ao Arla? O que temos de números? O produto é 100% importado? Há expectativa de baixar preço?

Há números sobre o crescimento nas vendas deste diesel? As Associadas do Sindicom registraram um crescimento de 24%, nas vendas de S-10, nos 5 primeiros meses do ano. Esse produto já representa quase 18% de todo o 06 | POSTOS & SERVIÇOS

Não temos registro das vendas de Arla e não temos informação do percentual importado. Mas estimamos que cerca de 15% do Arla seja importado (não estamos considerando a importação da uréia). Os preços podem ser reduzidos à medida que os volumes de venda se tornem ainda mais expressivos e haja oferta do produto à granel nos postos. A informação de que o produto está sendo substituído por água, por exemplo, chegou ao Sindicom? Não. Tivemos informações de que produto sem registro tem sido identificado pelo Inmetro.


O que muda com a Portaria 4, do Inmetro? O revendedor já deve ter percebido mudanças na forma de lacração das bombas de combustíveis pelas oficinas mecânicas especializadas em consertos e reparos. É que desde janeiro, a Portaria nº 4, do Inmetro (de 3/1/2013) traçou novas diretrizes que ampliam o controle sobre os serviços realizados nos postos. Destinada aos profissionais que fazem manutenção e/ou conserto de bombas medidoras para combustíveis líquidos, a portaria traz como principal novidade a redução para cinco dias do prazo de comunicação do Inmetro sobre o procedimento realizado na bomba. Antes, os mecânicos tinham até o dia 15 do mês seguinte para fazer o registro. Em entrevista a Postos & Serviços, Valmir Ditomaso, diretor do Departamento de Metrologia Legal e Fiscalização do Ipem-SP, explicou que as oficinas autorizadas a fazer manutenção nos equipamentos passaram, com a nova portaria, a ser solidárias ao posto nos casos em que forem identificadas fraudes ou mesmo a existência de dispositivos que tenham como objetivo lesar o consumidor. “Essas empresas têm uma senha de acesso ao portal do Inmetro, onde registram o serviço feito no estabelecimento. Tudo eletronicamente. Isso permite que o Ipem saiba, em cinco dias, quais as bombas reparadas e o motivo”, explica Ditomaso. Quanto às responsabilidades, ele reforça o caráter solidário da oficina, que poderá receber advertência, multa e até perder a concessão. As fraudes metrológicas também são encaminhadas ao Ministério Público. Confira ao lado a entrevista com Valmir Ditomaso, do Ipem-SP:

E N T R E V I S TA Alguns postos foram informados pelos assessores das companhias distribuidoras que os funcionários de empresas especializadas não poderiam mais trocar lacres durante a manutenção. Qual é a regra? O lacre pode ser trocado? Em que circunstâncias? Não é bem assim. As oficinas credenciadas recebem lacres de cor azul com os quais elas identificam o serviço feito nas bombas. Antes, como cada oficina tinha lacres diferentes, uns de chumbo, outros de plástico, o Inmetro decidiu padronizar. O mecânico identifica a bomba com a etiqueta de ‘reparado’ e comunica o Inmetro/Ipem. Além da marcação de ‘reparado’, há um filete com numeração sequencial, que retorna para o Ipem e permite o rastreamento do serviço. Há também reclamação de que lacres colocados nos medidores de 20 litros se rompem

facilmente apenas por conta do manuseio diário. Além disso, as bombas que ficam expostas ao sol acabam com os dispositivos rompidos mais facilmente. O Ipem recebeu essas queixas? Nossos lacres são de acrílico. Os do Ipem são amarelos e os das oficinas, azuis. Tivemos, sim, um questionamento feito por sindicato há 15 dias (início de junho), mas demonstramos que, por esse motivo, as reclamações não procedem. Temos marcações que estão há mais de um ano. O que percebemos é que não é o lacre que quebra, mas o arame. Ele é galvanizado e, se for torcido, vai mesmo arrebentar. Qual orientação? Se o dono do posto observar que esse arame está se rompendo, informe o Ipem ou providencie que a oficina mecânica contratada faça a relacração do instrumento (medidor de 20 litros) ou da bomba. POSTOS & SERVIÇOS | 07


Se a fiscalização encontrar um equipamento sem o lacre, mesmo que ele tenha se rompido, com certeza o posto será notificado e autuado. Não deixe que isso aconteca; antecipe-se. Se o problema for o medidor de volume... Comunique o Ipem, agende e leve o instrumento para ser aferido novamente e receber novo lacre. O revendedor não será penalizado se ele nos procurar. E quanto às bombas?

No ranking divulgado pelo Ipem-SP, das reclamações recebidas no período de janeiro a dezembro de 2012, as bombas de combustíveis ocuparam o primeiro lugar, entre os itens mais reclamados, com 438 denúncias (30,3% das 1.445 queixas). Ao todo, das denúncias que registraram fiscalização, 10,7% resultaram em reprovação dos equipamentos.

É preciso entrar em contato com mecânico, para que vá até o posto e relacre. O ideal é que o revendedor paralise a bomba, porque pode acontecer, nesse meio tempo, de o Ipem receber uma reclamação. Se o fiscal for ao posto e flagrar a bomba deslacrada, isso irá caracterizar infração à legislação metrológica. A multa varia de R$100,00 a R$ 1 milhão, dependendo da gravidade encontrada.

Na vistoria... Durante a fiscalização, técnicos do Ipem fazem o exame visual das bombas, checam as marcas de verificação e do sistema de lacração, seguidos de testes para verificar se a quantidade de combustível registrada no momento do abastecimento é a mesma recebida pelo tanque do veículo do consumidor. Neste caso, é utilizado um medidor padrão de 20 litros. Havendo suspeita de fraude na placa eletrônica do equipamento, o material é apreendido e posteriormente encaminhado ao fabricante para emissão de um laudo sobre sua autenticidade.

Ainda há muitas fraudes metrológicas no Estado? De 2008 para cá, percebemos uma evolução nas fraudes constatadas e documentadas. Antes elas ocorriam no sistema by-pass: uma tubulação interna, instalada de modo espúrio, desviava uma parte do combustível que ia para o veículo para o tanque de armazenamento. De lá para cá, ocorreram inovações. Saiu esse sistema e começaram a ser detectadas irregularidades eletrônicas, como os jumpers que, por radiofrequência, faziam que as bombas ora funcionassem corretamente, ora levassem prejuízo do consumidor. Foi por isso que o Inmetro publicou a Portaria nº 4. Ela vale para todo o País.

Mais reclamados 08 | POSTOS & SERVIÇOS

ONDE FICA O IPEM? Rua Amazonas, 83 Campo Grande / Santos Tel: (013) 3235-7815 / 3235-3684 e-mail: santos-ipem@ipem. sp.gov.br HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO De segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas


Consumidor consciente ganha força Embora nunca no Brasil um tanque de gasolina custará menos do que um iogurte, realidade vivida pela Venezuela, aqui o consumidor vem, aos poucos, descobrindo que os muitos tributos que incidem sobre os combustíveis são os grandes responsáveis pelo preço elevado na bomba. Esse movimento vem tomando força desde o dia 10 de junho, quando entrou em vigor a lei federal

12.741/2012, que obriga estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços a demonstrar no cupom fiscal o total aproximado de impostos referentes a cada compra. Segundo um estudo feito pelo Resan e por outros sindicatos filiados à Fecombustíveis, em São Paulo, a gasolina rende ao Governo Federal, em PIS/Cofins, 7,05% do total pago pelo consumidor. Outros 23,12% vão para o Estado como ICMS. A exploração, produção e refino do combustível, ou seja, a parcela das refinarias, representam 36,53%. As margens de distribuição e revenda e o frete somam 21,29%.

Desta forma, a ideia da campanha de esclarecimento ao consumidor, iniciada pelo Sindicombustíveis-Paraná, tem como objetivo demonstrar à opinião pública que o posto não é o culpado pelo alto custo do produto final. Confira nas próximas páginas o resultado de uma cartilha que traduz a realidade do setor. Para mais informações, o Resan se coloca à disposição para explicar o passo a passo dos cálculos feitos para chegar aos resultados apresentados aqui. Uma sugestão é que a página dupla seja destacada e colocada em local visível para que o seu cliente conheça nosso mercado.

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Ibama inicia recadastramento do setor Todas as pessoas físicas e jurídicas inscritas no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras, do Ibama, terão que se recadastrar a partir do dia 1º de julho de 2013. Isso inclui os postos revendedores de combustíveis. Postos & Serviços buscou informações detalhadas sobre o recadastramento e, segundo técnicos do Núcleo de Qualidade Ambiental da Superintendência do Ibama em São Paulo, as empresas que não cumprirem os prazos terão impedido o acesso aos serviços prestados pelo órgão, incluindo a emissão do certificado de regularidade, além de estarem sujeitas a autuações.

Qual o motivo deste recadastramento? Atualizar os dados cadastrais das pessoas físicas e jurídicas registradas no Cadastro Técnico Federal - CTF e, com isso, melhorar a qualidade das informações constantes na base de dados. 12 | POSTOS & SERVIÇOS


Os postos têm até quando para se cadastrar? Depende do porte declarado da empresa. No caso de pessoa jurídica de grande porte o prazo é de 1º de julho a 30 de setembro de 2013. Para pessoas jurídicas de médio porte o prazo começa em 1º de julho e vai até 31 de dezembro de 2013. Microempresas e porte pequeno devem se recadastrar entre 1º de julho de 2013 a 28 de fevereiro de 2014. É importante lembrar que as pessoas físicas cadastradas como responsável legal também devem se recadastrar. Os prazos para pessoas físicas seguem a mesma lógica: representantes de empresas de grande porte se recadastram juntamente com suas empresas, ou seja, entre 1º de julho a 30 de setembro, e assim em diante para os demais portes. O recadastramento é feito exclusivamente pela Internet. Há multas previstas? A perda do prazo impedirá o acesso aos serviços prestados pelo Ibama, incluindo a emissão do certificado de regularidade, até que o recadastramento seja realizado. Estes cadastros ficarão suspensos para averiguações e, caso sejam encontradas irregularidades, a empresa poderá ser notificada ou autuada. Quem tem pendências anteriores com Ibama, tipo atrasos no pagamento da Taxa, pode se recadastrar ou é preciso quitar débitos antes disso? A quitação de débitos não é pré-requisito para o recadastramento. Assim sendo, a empresa/responsável legal pode se recadastrar normalmente dentro dos devidos prazos. A quitação ou parcelamento de débitos, por sua vez, pode ser feita a qualquer momento. Para isso, entre em contato com o setor de arrecadação da unidade do Ibama mais próximo.

Estado proíbe venda de bebida alcoólica nas estradas paulistas

Em Guarujá, lei exige comparação de preço entre gasolina e etanol

Já está em vigor no Estado de São Paulo, desde o dia 10 de maio, uma lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas e anfetaminas inibidoras do sono sem receita médica nas rodovias do Estado. A medida complementa a lei nacional que já proíbe a comercialização destes produtos em estradas federais, aprovada em 2008.

A partir do dia 24 de julho todos os postos de combustíveis de Guarujá devem manter na pista de abastecimento uma placa com informações sobre o valor percentual de preços do litro do etanol comum em relação ao litro da gasolina comum. A medida é decorrente da lei municipal 4.017/13, sancionada pela prefeita Maria Antonieta no dia 24 de maio, que dá ao setor 60 dias para adequação. Não há, no entanto, exigência legal para que o mesmo cálculo seja feito sobre os produtos aditivados.

Pelo texto da lei, os estabelecimentos que comercializarem estes produtos podem ser punidos com a cassação de sua inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A fiscalização cabe à Vigilância Sanitária. Lei federal A lei federal n. º 11.705, de 2008, alterou o Código Brasileiro de Trânsito, impondo sanções aos condutores, proibindo-os de consumidor álcool antes de dirigir, também restringiu a venda de bebidas nas rodovias federais. A comercialização é permitida apenas nos trechos que cortam as cidades.

Com a consolidação dos veículos flex no mercado, o consumidor aprendeu a regra de custo-benefício que traduz como vantagem o etanol sempre que ele custar até 70% do preço da gasolina. A placa deve ser afixada em local visível para o consumidor, com os seguintes dizeres: “LEI MUNICIPAL 4.017/2013 - NESTE ESTABELECIMENTO, O PREÇO DO ETANOL COMUM CORRESPONDE A ___% DA GASOLINA COMUM.”

PCMSO (NR-07) - PPRA (NR-09) - PCMAT (NR-18) - TREINAMENTOS EM SEGURANÇA - CIPA (NR-05) / SIPAT LAUDOS DE INSALUBRIDADE / PERICULOSIDADE - LAUDOS AMBIENTAIS - AUDIOMETRIAS OCUPACIONAIS PCA - PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDEN-

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ESTACIONAMENTO PARA CLIENTES NO LOCAL POSTOS & SERVIÇOS | 13


Pratos rápidos abastecem a hora da refeição

As lojas de conveniência, com seus 25 anos de existência no Brasil, seguem rumo à maturidade com atributos que valorizam conforto, bem estar, rapidez e praticidade. Em 2011 a participação da categoria, apenas no segmento de food service, representou 13,3% e ficou em 4º lugar atrás apenas de bebidas, tabacaria e cervejas. Na Baixada Santista, uma tendência – já observada há alguns anos – tem estimulado mais revendedores a investirem em pratos rápidos que sirvam de opção no horário de almoço de milhares de trabalhadores.

Em uma loja de conveniência de Santos, 80% dos clientes que almoçam ou jantam diariamente, são fixos. A novidade agradou tanto que cardápio já ganhou até sopas no inverno

e postos de serviços, que acontecerá novamente neste ano em São Paulo (veja matéria), as lojas presentes em postos de combustível aparecem na pesquisa como locais não somente para a compra de produtos de necessidade básica, mas também para quem quer fazer uma refeição completa. O principal motivo apontado para comer fora de casa é o trabalho. Já no fim de semana, 53% do universo pesquisado frequentam restaurantes por lazer, e 39%, por prazer. Santos

Depois de cair no gosto dos brasileiros, os pratos executivos representam um nicho de mercado para o setor. Tanto que já são várias as lojas de conveniência que aderiram a essa proposta.

Com o objetivo de atender os clientes de uma forma diferenciada, o Auto Posto Tamburello, em Santos, oferece pratos executivos de dar água na boca, como peixe, arroz com brócolis, molho de camarão, saladas, entre outros.

No Auto Posto Náutica Frei Gaspar, em São Vicente, o cardápio com refeições foi criado um ano e meio após a inauguração do estabelecimento. “Percebemos a necessidade do bairro de ter uma comida caseira, na porção certa para satisfazer os clientes”, explica Lélio Cássio da Paiva, um dos proprietários do posto.

De acordo com Fernando Amaral, um dos proprietários, 80% dos clientes já são fixos. “O restante vem abastecer e acaba almoçando”. A novidade tem dado certo e já permite investir em um cardápio alternativo, como as sopas durante o inverno, que vêm sendo servidas à noite. “Já fizemos isso no ano passado e deu certo”.

Food Service conquista clientes...

A cada dia são dois ou três pratos a R$ 12,90 que começam a ser servidos às 11h30. À noite, há sempre uma única opção, mas que atende bem à clientela. Segundo uma pesquisa da GS&MD Gouvêa de Souza, apresentada sempre na Expopostos & Conveniência, maior feira do setor de conveniência 14 | POSTOS & SERVIÇOS

... pela qualidade e rapidez

Há sete anos, o Auto Posto Santour incluiu opções diferenciadas no rol de pratos rápidos. São omeletes e saladas com grelhados. “A ideia foi aumentar o mix de produtos dentro da loja. Nosso diferencial é que não existe um horário fixo o serviço de pratos quentes. Se alguém chegar de manhã e pedir omelete, vamos servir”, explica Ricardo Rodriguez Lopez.


SAIU NA IMPRENSA O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça, condenou, na sessão de julgamento (...) do dia 19 de junho, oito postos de combustíveis e sete empresários por formação de cartel em Santa Maria. As multas aplicadas somam cerca de R$ 19 milhões. Fazem parte das provas da prática de cartel conversas gravadas em janeiro de 2004. As interceptações autorizadas judicialmente monitoraram ligações telefônicas entre os representantes de postos de combustíveis. Entre os diálogos registrados está a conversa entre dois proprietários de estabelecimentos que ocupavam, à época, os cargos de diretor regional e diretor regional adjunto do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro). (...) Os postos foram condenados a pagar um total de R$ 16,5 milhões pela prática anticompetitiva. Os proprietários apontados como líderes do cartel deverão pagar 17% do valor das multas aplicadas às próprias empresas. As outras pessoas físicas citadas deverão pagar 15% do montante devido pelos postos que administram. As multas aplicadas aos donos e gerentes somam R$ 2,5 milhões. O processo contra o Sulpetro foi arquivado. Não cabe recurso à decisão e as multas devem ser pagas dentro de 30 dias a contar a partir da publicação no Diário Oficial da União. (Jornal Zero Hora)

NOVO ASSOCIADO EM PG Há cinco anos, pai e filho desceram a Serra em busca de um novo desafio. Já aposentado, João José Fernandes, 66 anos, e Daniel Fernandes abriram o Posto de Serviços DJF Ltda., em Praia Grande. Daniel deixou a GM para investir na sociedade. “Ele cismou e quis mudar para cá com a ideia de abrirmos um posto. Pensei muito até que aceitei”, comenta o patriarca da família. Com a empresa já em plena atividade, os dois se dedicam pessoalmente ao negócio. Estão sempre presentes no posto. Afinal, já dizia o ditado que o gado só engorda aos olhos do dono.

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MURAL DA QUALIDADE SINDISOLUÇÕES INTERVALO INTERJORNADA

ATENÇÃO ÀS NBRs

Entre uma jornada de trabalho e outra deve-se respeitar o intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para o descanso do funcionário. Se desrespeitado, as horas suprimidas serão acrescidas de 50%.

Proprietários e gerentes de postos devem ficar atentos às NBRs referentes ao setor. Muitas delas determinam manutenções com periodicidade distinta (mensais, semanais e até mesmo diárias).

CÓDIGO DO CONSUMIDOR É MOTIVO DE GOLPE

LEGISLAÇÃO

Uma empresa tem percorrido postos para oferecer um exemplar do novo manual do Código de Defesa do Consumidor (CDC) 2013 atualizado. O representante apresenta um panfleto em que está a mensagem de que se o revendedor não se adequar será multado. Além disso, consta no folder que a multa seria no valor de R$1.064,10. Não se deixe enganar. Não há qualquer necessidade de uma cartilha atualizada. O Resan entrou em contato com o CIDOC-Santos e foi informado que não há necessidade de comprar um novo manual.

O posto revendedor é obrigado a manter, em suas dependências, o Boletim de Conformidade expedido pela distribuidora da qual adquiriu a gasolina, referentes aos 6 (seis) últimos carregamentos recebidos (Resolução ANP nº 9, de 07/03/2007).

MULTA

GESTÃO DE DOCUMENTO EVITA ENTRAVES FUTURO

Desde junho, os caminhões que poluem acima dos limites permitidos serão multados. A infração será considerada grave (R$127,69) e 5 pontos na carteira, quando a emissão de determinados poluentes ultrapassar os limites previsto pelo Conama.

Empresas precisam arquivar corretamente os papéis a fim de evitar problemas com a fiscalização ou processo trabalhista que pode afetar sua vida. Os departamentos de RH e de Contabilidade precisam trabalhar com arquivos antigos para comprovar regularidades das empresas. Um exemplo é a Guia de Previdência dos funcionários que deve ser guardada por incríveis 20 ou 30 anos, pois, nesse período, o fiscal do INSS poderá requerer a papelada em uma auditoria.

ADESIVOS O Resan disponibiliza para seus sócios, gratuitamente, 8 tipos de adesivos: nocividade de produtos; proibição de fumar e de vender bebidas a menores de 18 anos; alerta do diesel; etanol límpido; nocividade dos lubrificantes; propriedades da gasolina aditivada e propriedades do óleo diesel aditivado. Solicite-os ao assessor do sindicato (Paulo). 16 | POSTOS & SERVIÇOS

BANCO DE CURRÍCULOS RESAN Como temos noticiado, o Sindicombustiveis Resan tem participado do programa Viva o Bairro, de iniciativa da Prefeitura de Santos, que tem como objetivo aproximar população e poder público. A participação do sindicato tem como foco o recolhimento de currículos para interessados em trabalhar em postos de combustíveis. Caso seja de seu interesse, solicite cópias dos currículos para análise, por meio do e-mail secretaria@ resan.com.br. É preciso especificar o tipo de currículo: se de pessoas residentes nas proximidades de seu estabelecimento ou não. Os currículos são apenas de candidatos residentes em Santos, já que trata-se de uma promoção da prefeitura local.


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VARIEDADES

ANIVERSARIANTES 2 º QUINZENA DE JULHO 16 Sigueco Hashimoto Auto Posto Ouro Verde Sete Barras 17 Roberto Salgado Antunes Auto Posto Portal do Gonzaga - Santos 18 Helena Louzada Manini Posto Village - São Vicente 22 José Luiz Villamarim Gomez Auto Posto Espumas - Santos 25 Edna Aparecida Benissi Fernandes Fase Quattro Com.de Combustíveis Juquiá Marian Husseim Hejaije Auto Posto e Transportadora Hussein Juquiá 26 Sueli Rodriguez Lopez Auto Posto Pariquera-açu 28 Aladia Maria Pereira Pina Centro Aut. Gov. Mário Covas - Santos

31 Maria Goretti Domingues Lopez Auto Posto Santour - Santos Posto Gaivota - Santos Murilo de Mello Vianna J. Teixeira & Companhia - Santos

1 º QUINZENA DE AGOSTO 2 Maria Cristina Gonçalves Auto Posto Ferry Boat - Santos Marli Monteiro Diogo Auto Posto Di Mônaco - PG 3 Amilcar Antônio do Rio Rede Clean Car - Santos Miguel Freitas de Pinho Auto Posto Leãovip - Santos 5 Carlos Alberto Sansero C.C.R.S. Auto Posto EPP. - SV Luiz Francisco Albertin Auto Posto Real de Cajati

AÇÕES DE REPRESENTATIVIDADE JUNHO

04 - Reunião na Cetesb/SP com o Flávio Ribeiro para esclarecimentos do termo de compromisso das embalagens plásticas, em São Paulo; - Reunião com a Consigaz, em Santos;

6 Diego Enriquez Dominguez Mafadi Comércio de Produtos Automotivos - Santos Edson Elias Rotondaro Auto Posto San Remo - Santos 7 Ivone Soares Manssini Auto Posto Porto Guarujá 10 Patrícia Paula de Oliveira Auto Posto Portal do Gonzaga 12 Ilse Rita Pasini Ongarato Auto Posto de Serviços Jacupiranga 15 Ana Paula Pinheiro de Vasconcelos Maia Novo Portal do Guarujá Auto Posto Juan Alfredo Rodriguez Marinas Nacionais Coml. - Guarujá Laurinda da Conceição dos Anjos Pereira Sorocotuba Auto Posto - Guarujá

12 - Palestra “Obrigatoriedade da Emissão de Cupom Fiscal Eletrônico – CF e SAT no Auditório da Secretara da Fazenda, em São Paulo; 20 - Reunião com a VB Serviços para gerenciamento de aquisição de vale transporte, em Santos;

06 - Reunião no Sincopetro, em São Paulo;

- Assembléia Geral Ordinária para aprovação do Balanço de 2012, em Santos;

07 - Reunião dos Advogados da Fecombustíveis, no Rio de Janeiro;

25 - Reunião Ordinária do Conselho Regional do Senac, em São Paulo;

09 - Reunião do Conselho de Representantes da Fecombustíveis, em Cuiabá;

27 - Reunião do Conselho de Representantes da Fecombustíveis, em São Luiz;

10 - Reunião no Sincopetro, em São Paulo;

- Participação no VIII Encontro de Revendedores do Nordeste, em São Luiz;

- Reunião com a Química Industrial SUPPLY sobre o termo de compromisso da logística reversa das embalagens plásticas, em Tapiraí; 18 | POSTOS & SERVIÇOS

28 - Participação no VIII Encontro de Revendedores do Nordeste, em São Luiz.


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