rastros L um olhar na história
de
uz
AGOSTO
2018
nº 13
a
do
parábola
semeador Despretensioso convite para o retorno às coisas simples, belas e profundas do Evangelho.
Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida
o
semeador “Eis que o semeador saiu para semear.”
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RASTROS DE LUZ | A PARÁBOLA DO SEMEADOR
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Mateus 13: 1-15 e 18-23
Introdução — Naquele dia, “saindo Jesus de casa, sentou-se à beira-mar. Em torno dele reuniuse uma grande multidão. Por isso, entrou num barco e sentou-se, enquanto a multidão estava em pé na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas: Parábola do semeador — Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte,
finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, u
Por que Jesus fala em parábolas — Aproxi respondeu: “Porque a vós foi dado conhecer os m será dado em abundância, mas ao que não tem, sem ver e ouvem sem ouvir nem entender. É ne entendereis. Certamente haveis de enxergar, e j vontade, e fecharam os olhos, para não acontec convertam, e assim eu os cure.
uma cem, outra sessenta e outra trinta. Quem tem ouvidos, ouça!”
imando-se os discípulos, perguntaram-lhe: “Por que lhes falas em parábolas?” Jesus mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. Pois àquele que tem, lhe será dado e lhe , mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: porque veem eles que se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Certamente haveis de ouvir, e jamais jamais vereis. Porque o coração deste povo se tornou insensível. E eles ouviram de má cer que vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se
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RASTROS DE LUZ | A PARÁBOLA DO SEMEADOR
Explicação da parábola do semeador — Ouvi, portanto, a parábola do semeador. Todo aquele que ouve a Palavra do Reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Esse é o que foi semeado à beira do caminho. O que foi semeado em lugares pedregosos é aquele que ouve a Palavra e a recebe imediatamente com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando surge uma tribulação ou uma perseguição por causa da Palavra, logo sucumbe. O que foi semeado entre os espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas os cuidados do mundo e a sedução da riqueza sufocam a Palavra e ela se torna infrutífera. O que foi semeado em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a entende. Esse dá fruto, produzindo à razão de cem, de sessenta e de trinta.
A melhor sem o melhor
A Parábola do Semeador, é uma das m
E foi Jesus quem, em momento própr aspectos outros, ao sabor de nosso ente
A semente agasalha um simbolismo m
A semente é o anseio próprio da vida abundância e em sua permanente renov
Toda vida começa na semente. A sem renovação.
mente; r Semeador
mais conhecidas e populares dentre todas as ditas por Jesus.
rio, deu-lhe explicação completa, o que nos leva a apenas destacar alguns endimento, pois explicações são totalmente desnecessárias.
muito forte.
a de expressar a si mesma, em suas diversificadas expressões, em sua vação e rejuvenescimento.
mente não é apenas a fonte da vida; ela é o próprio fundamento da
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RASTROS DE LUZ | A PARÁBOLA DO SEMEADOR
A semente é a palavra de Deus, esclarece Jesus. E o Semeador, fiel ao seu compromisso de semear a boa semente, num verdadeiro hino ao livre-arbítrio, se pôs a semear. Lançou-a em todos os lugares por onde passou. A melhor semente e o melhor Semeador. Não era uma semente qualquer. Era a semente da vida em abundância, cujo fruto resultante alimentaria para todo o sempre. O solo destinado? - Os corações humanos. Na sua jornada pela renovação dos Homens, depositou sementes ao longo do caminho. Os corações dos que estavam ao longo desse caminho, se apresentavam como canteiros cujo solo estava totalmente tomado por outras ervas: as do interesse imediato, das conveniências do mundo, da cobiça, da vaidade, do orgulho, do desinteresse, das paixões desordenadas, do sexo em desvario, da ganância, das distrações anestesiantes, da mesquinhez, da arrogância, da maldade. Ervas que só germinam na “Terra”, sem relações com o “Céu”. Canteiros sem espaço para novas sementes, as novas sementes que ali caíram, notadas pelos corações à beira do caminho, mas desvalorizadas e desprezadas, ficaram na superfície do entendimento, e os interesses mundanos suplantaram de muito os interesses da alma, relegando a palavrasemente de luz ao descaso, e o vento da indiferença levou-as para longe, perecendo com o tempo. O Semeador não ignorava a existência desses corações endurecidos pela indiferença. Nem por isso deixou de semear.
Em João, 12: 47, Ele afirma: Se alguém ouvir minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo, pois não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Na semeadura que se seguiu, houve sementes que alcançaram ”solo pedregoso” – corações com camada muito fina de terra fértil da disposição pela Boa Nova, que até ouviram a semente-palavra de vida eterna, com entusiasmo num primeiro momento, mas pela pouca profundidade que a mensagem alcançou, já que uma camada de resistência às mudanças morais e comportamentais se apresentava muito compactada, arrefeceu o entusiasmo da primeira hora, pelo pouco interesse e valorização das coisas da vida eterna, bem como as tribulações e as questões corriqueiras de uma vida descompromissada com Deus. A fina camada de uma consciência mais lúcida, impediu a formação de raiz, capaz de dar sustentação à germinação e crescimento de uma vida renovada. Lemos em Mateus, 7: 21, o alerta de Jesus sobre o simples entusiasmo, sem raiz de sustentação: Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus. Dar seguimento com persistência e chegar ao fim de uma empresa constitui grave compromisso, que somente aqueles que são honestos e conscientes no ideal a que se afervoram, são capazes de conseguir. O evangelista Lucas anotou em 14: 30: Este homem começou a edificar e não pode acabar a obra... Os que interrompem a edificação do Bem em si próprios, atestam que seus interesses reais estão ainda em outras motivações.
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Outras sementes foram lançadas ainda, germinaram e floresceram, no entanto, cresciam entre os espinheiros da galhagem das ilusões do mundo, da vaidade, da riqueza, do poder, que acabaram abafando e impedindo o crescimento da árvore da verdade que liberta, que começou a germinar, mas apenas começou, sem chances de prosseguir. Jesus, o Semeador, alertou-nos, conforme em João 16: 33: Eu vos disse tais coisas para terdes paz em mim. No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: eu venci o mundo! Superar as ilusões escravizantes do mundo e avançar é a meta: seguir sempre é a diretriz. Não nos deixemos enlouquecer, pois os dias de hoje são dias perturbadores, e não faltarão provocações. Não nos deixemos enfurecer, pois os dias são de agressividade. Não queiramos sucumbir nas mãos da maldade, pois os dias são de tragédia. E o zelo amoroso de Jesus nos recomenda: E o que vos digo, digo a todos: vigiai! (Marcos,13: 37.) Porém, seguindo o Semeador, com a mesma disposição do Bem, semeou mais sementes, que alcançaram terra boa e devidamente preparada e limpa de obstáculos para receber as sementespalavras da boa nova, que acolheram prazerosamente na intimidade do solo do coração, prontamente compreenderam suas propostas, e sem titubeios permitiram que o germe da esperança e a vitalidade do ação enobrecida, gerasse frutos da paz em abundância. Para todos nós, permanece a certeza: Se compreenderdes isso e o praticardes, felizes sereis. (João, 13: 17.)
Do mesmo modo que o Semeador atendeu aos estímulos do seu coração fiel em nome do livre-arbítrio, levando a boa semente, os solos-corações também lançaram mão da liberdade de escolha em aceitar, acolher e permitir que as sementes-renovação que lhes alcançavam o solo destinado, encontrassem fertilidade para que a semente cumprisse seu desiderato, acontecendo isso em seu próprio benefício e dos demais ao seu entorno. Jesus prossegue semeando até hoje, através dos homens de boa vontade, dos que se sublimaram pelos caminhos da vida, quer encarnados, quer desencarnados, e que, benfeitores da humanidade, mantém viva e atualizada a mensagem sublime do Cristo, trabalhando por insculpi-la nos corações inquietos destes dias. Deixemo-nos penetrar por essas lições de vida, abrindo as comportas do coração para a sementeira de luz, cujo espargimento não cessa de acontecer pelas mãos gloriosas do Sublime Semeador, e se espalham com os ventos da esperança, transcendendo as eras. Enquanto a oportunidade se nos faz propícia, antes que sejamos visitados pelo anjo da amargura, nos façamos receptivos às sementes do Bem e do Amor. Não sejamos daqueles que ... ouviram de má vontade, e fecharam os olhos, para não acontecer que vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam, e assim eu os cure. Libertemo-nos do entulho mental, carpindo o solo do coração, que tem estado ao abandono, a fim de que a boa semente alcance terra boa, e produza em nós a abundância do bem-estar e da paz, à cem por um.
semeador de
luz
Um dia, um Homem Sublime abandonou por um pouco um jardim de estrelas para depositar nas criaturas da Terra gemas de refulgente esperanรงa em torno do Seu Reino.
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Não fales de cansaço nem arrol moedas da coragem, para continu
Multiplicam os haveres na razão da felicidade onde se encontram.
e Semeador de luz (Florações evangélicas. Joanna de Ângelis, Cap. Semeador de luz. Divaldo Franco
Esparzem os raios de luz que espocam na tua alma, junto ao solo dos corações, enquanto medram soberanas sombras e imprecações. Malgrado estejam feridas tuas mãos pelo cajado das lutas quotidianas, não seja isto empecilho para o mister da sementeira. Pelo contrário, permite que as gotas de suor da face cansada e as bagas sanguinolentas, caindo na terra das almas se transformem na umidade generosa que desenvolve o embrião a dormir no casulo do amor latente em todos. Embora os pés assinalados pela presença dos espinhos e da urze, avança na direção do Infinito, alargando a vereda que se estreita à frente para que os da retaguarda possam avançar também.
Passam muitas vezes combatido
Utilizando o tempo com proprie aproveitar o momento azado, não Semeador da luz: não temas a
Muitos se dizem cansados no ca caracterizando-se por inusitada sa plântulas a erva daninha triunfa e suponhas abandonado, a sós.
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les decepção. Aqueles que entesouram o amor podem desdobrar em milhares as uarem ricos de entusiasmo.
o em que os doam e quanto mais distribuem mais possuem, conseguindo o milagre
os pela indolência de uns e perseguidos pela rebeldia de outros, mas não se detêm.
edade, por reconhecerem que a hora da semeação passa breve e é necessário o se rebelam, nem recalcitram, insistindo e perseverando com otimismo. treva nem a discórdia, a precipitação ou a preguiça.
ampo; outros se afirmam desiludidos; vários desejam renovar emoções aturação; alguns simplesmente desertaram, e onde medravam as primeiras e a desolação governa... Prossegue tu, porém, insistentemente, mesmo que te
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Há aqueles que semeiam animosidades e deparam idiossincrasias. Abundam os que espalham a ira e defrontam resíduos de ódios onde chegam.
Na alfândega da vida muitos apresentam disfarçadas as sementes da maledicência
O imposto da impertinência, porém, cobra taxas pesadas àqueles que se fazem fis
a e da infâmia esperando liberação.
scais em nome da impiedade.
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Por isso, na gleba imensa dos homens surgem e ressurgem tantos afligentes e afligidos disputando espaço na ribalta da ilusão fisiológica. Passam disfarçados, enganadores ou enganados, na busca do desencanto. São, também, semeadores do desconcerto que defrontarão adiante... Mesmo os cardos se enflorescem, algumas vezes, e as pedras refulgem quando lapidadas. Semeia, pois, a luz da esperança, ainda e sempre, desde que se te depare oportunidade feliz. * Um dia, um Homem Sublime abandonou por um pouco um jardim de estrelas para depositar nas criaturas da Terra gemas de refulgente esperança em torno do Seu Reino. Ímpios e caídos, hipócritas e pecadores, nobres e plebeus, gentes simples e prepotentes receberam Sua dádiva e fizeram que mergulhassem na terra das suas vidas os raios da Sua luz, transformando-se em sóis de bênçãos que, desde então, clareiam os destinos da Terra. E ele mesmo, quando foi desdenhado numa cruz, fulgurou numa excelente madrugada, continuando a semear a luz da imortalidade na mente e no coração dos que jaziam na sombra da saudade e do medo.
a
semente exemplo de
concessão e superação Olhemos para uma semente com olhar mais atento e reflexivo. A semente não se propõe ao que não é. Realiza intensamente com o que contém. Da sua morte advém a vida, nela latente. Entrega-se para realizar.
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Concessão e Superação se tornam palavras ainda mais positivas, a partir do momento em que passamos a ver as coisas de uma maneira que ainda não tínhamos visto.
a Texto reproduzido com a devida autorização: http://projeto-inove.com.br/ inove/2018/03/04/a-semente-exemplo-deconcessao-e-superacao/
Pagamos alto preço pela teimosia de nos apegarmos a nossas opiniões, baseadas em emoções, lembranças, crenças e hábitos arraigados. Concessão e superação. Duas simples palavras, que significam muito para nosso bem-estar. O rio suplanta os obstáculos empurrando o entulho com sua força, ou passa por cima, ou desvia, mas prossegue em seu destino: alcançar o mar. Se você faz o que sempre fez, vai ter o que sempre teve, alertanos Tony Robbins, estrategista, escritor e palestrante motivacional estadunidense. É um dos responsáveis pela popularização da Programação Neurolinguística. Olhemos para uma semente com olhar mais atento e reflexivo. é.
A semente traz em si mesma os códigos vitais e quando é colocada para germinação sob a compressão do solo e auxílio da umidade, passa a se desenvolver, seguindo seu modelo organizador biológico. Essa circunstância peculiar lhe permite reavivar os fatores adormecidos e passa então por vigorosas transformações celulares. Intumesce-se, e, dirigida pela fatalidade biológica, desata a vida sob nova forma, seguindo o projeto existencial que lhe é próprio, inscrito nos códigos da vida.
A semente não se propõe ao que não
Realiza intensamente com o que contém. Da sua morte advém a vida, nela latente. Entrega-se para realizar. Do seu vigor e impulso existencial, germina, vencendo os obstáculos. Supera a escuridão, indo sempre em direção à luz. Já ramo verde, ao tempo em que vai acima, vai lançando suas raízes para fixação no solo que ocupa. Cada ação e cada resultado
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alcançado, vai formando árvore, que “saiu” do seu imo, do seu “ser”. Já como árvore, quanto mais alto chegar e quanto mais robusto seu resultado, mais fortes e extensas suas raízes. Não descansa um só instante, mantendo-se resoluta e constante no sentido de sua vida. Revela-se em sua inteireza, no entanto, zela por cada mutação, em cada instante. Realiza-se em cada momento e a fase seguinte lhe chega naturalmente. Não almeja o fruto, pois ele é resultado de sua capacidade de viver e de manter-se, mas sabe que ele virá, como lei natural da vida. A seiva absorvida é distribuída cuidadosamente por todo o seu ser. Mesmo podendo mirar horizontes distantes, estando lá no alto, não se descuida um único instante de manterse firmemente ligada à Terra, daí tirando seu sustento e aí dando o seu contributo. Abre sua galhagem, não recusando sombra a ninguém, mesmo ao lenhador. Não lastima as folhas que caem ou os galhos que quebram. Eles terão seu aproveitamento, mas se põe sempre firme em sua função natural e sua razão de existir. Acolhe em seus galhos os pássaros, e lhes sustenta os seus ninhos, sem cobrar nada em troca. Dia ou noite, sol ou chuva, vento ou tempestade, seu propósito de vida é mantido com ardor e com flexibilidade da concessão e da superação. Quando pode, reverdece em esplendor; quando precisa, deixa cair
folhas, quase desnudando-se por inteira, para preservar suas forças, a fim de logo mais voltar a florir. Mudam-se as estações de ano, mas seu caule é mesmo. Adapta-se ao seu lugar, sem disputar o espaço alheio. Suporta o tempo e suas condições, e mantém-se em pé. Verga diante do vento, encharca-se com a chuva, entrega suas folhas para o outono, suporta os rigores do inverno, abrese para o Sol, pois sabe que terá a primavera inteiramente ao seu dispor, e, quando ela chega, agradecida, expõe suas flores, oferta seus frutos, perfuma o ar. Acompanha o pulsar da mãe Terra e apoia a atmosfera, retirando-lhe os pesos excessivos do gás carbônico, presenteando-lhe com o tônico vital do ar renovado. Com sabedoria, ensina-nos Lao-Tsé: todos os visíveis nascem do Invisível. Bem acertada a afirmativa de Antoine de Saint-Exupéry: Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. O vento é que sopra o barco, e é invisível. A força motriz da dinâmica da vida é invisível aos olhos. O resultado final da semente, está contido, em latência, em germe, nem por isso ela deixa de se submeter à todas as mudanças que o tempo e o clima e o local lhe impõe, para alcançar o seu final. Já pensou uma semente-árvore rebelde e impertinente? Assim como a semente traça a forma e o destino da árvore, os nossos próprios desejos é que nos configuram a
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vida. Afinal, o que desejamos de efetivo e duradouro para nossas vidas? Sejam quais sejam nossos sonhos, que sejam edificantes e nobres, para que valha a pena o esforço empregado. De que vale almejar uma boa saúde, se não zelamos dela, nos entregando aos excessos de toda ordem? De que vale o desejo da paz, se nos fazemos impacientes todo o tempo e por mínimas ocorrências? De que vale o sonho do progresso pessoal e profissional, se quase nada venhamos fazendo por nós mesmos nesse sentido, mais conhecendo, mais nos aprimorando, melhor nos capacitando? De que vale a expectativa de se ter uma maior cultura geral, se não nos dedicamos à leitura construtiva, esclarecedora, que traga conhecimento útil? Em um sentido amplo, de que vale o empenho em conquistar o macro, se não valorizamos o micro? De que vale obter coisas, se pouco sabemos de nós próprios? O notável Rumi, poeta, jurista e teólogo sufi persa do século XIII, confronta-nos em nossa jornada, questionando-nos: E você? Quando vai começar aquela longa jornada para dentro de si? Do mesmo modo que a semente traz latente sua razão de existir, também traz as forças correspondentes e necessárias para tanto. Nós também temos nossa razão maior de existir, que é muito mais do simplesmente estar vivo, e dispomos de forças inimagináveis em nosso âmago. Comecemos com determinação uma nova fase existencial, em busca de bem-estar verdadeiro, identificando e vivendo segundo nossa razão de existir.
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Lembremo-nos das duas palavras: Concessão e Superação. Não fiquemos presos a velhos comportamentos, que estão gravados em nossos cérebros. Paremos de repetir o que nunca funcionou. Recuemos um pouco e busquemos uma nova solução. Paremos de lutar no nível dos problemas – a solução nunca está lá. Trabalhemos nossa inflexibilidade. Quando as velhas tensões aparecerem, afastemo-nos delas. Vejamos a raiva justificada como ela realmente é: raiva destrutiva disfarçada para parecer positiva. Reconstruamos os bons laços que foram perdidos. Aceitemos os compromissos e, muito mais, aceitemo-nos como somos, e o fardo de cada dia terá o seu peso de acordo com as nossas forças. Deixemos de brigar tanto para ter razão. No final das contas, ter razão não significa nada perto de ser feliz. Essa prática cria espaço no cérebro para a mudança desejada. É impossível haver progresso sem mudança e, quem não consegue mudar a si mesmo, não muda coisa alguma. O pensamento é semente da ação. Não basta só desejar mudanças. É fundamental se saber para onde queremos ir. Se não sabemos para onde queremos ir, então qualquer rumo serve. Tenhamos objetivos bem definidos para nossa existência. Comecemos a jornada, mirando a vida sob um novo prisma.
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Não julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo tamanho as sementes que darão ervas anuais das que vão produzir árvores centenárias, conforme São Josemaría Escrivá de Balaguer, que foi um sacerdote católico espanhol e fundador do Opus Dei, que é uma Prelazia Pessoal da Igreja Católica.
fala de William G. Ward, reconhecido teólogo católico romano inglês: Há os que se queixam do vento. Os que esperam que ele mude. E os que procuram ajustar as velas.
Todos os nossos melhores esforços pelo nosso bem-estar geral, rumo ao encontro com a paz e a saúde. Essa deve ser a nossa ordem de todos os dias.
Concessão, mais superação, mais objetivo certo, mais esforço e determinação, é igual a êxito.
Para uma nova estação de chegada, um novo trajeto deve ser escolhido. Para se chegar lá, lembremo-nos da
Ajustemos as velas de acordo com os melhores ventos, que nos levarão ao porto seguro da paz e da saúde.
Depois de toda a sua luta, eis a semente feita árvore, altaneira, vitoriosa, útil, integrada no contexto, integrada com a vida, integrada com o Todo, o Invisível que faz todo o Visível. Todos nascemos para o êxito!
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PRÓXIMO FASCÍCULO: Marta e Maria
CRÉDITOS DESTE FASCÍCULO: Imagens: acervo próprio ou baixadas da Internet: Google Imagens e The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints Livros: A Bíblia de Jerusalém, além dos livros citados no corpo do fascículo. Blog/site: www.projeto-inove.com.br
rastros L um olhar na história
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