Revestrés#45

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EVESDICAS LIVRO

Rita Hayworth foi a Paris e outras histórias [ou, talvez, pedaços] é o terceiro livro de André Gonçalves. Em pouco mais de 130 páginas, o autor desenrola textos em prosa poética curtos, um tanto delirantes, em ANDRÉ GONÇALVES diversas formas. O prefácio é do poeta Thiago E, que afirma: “Além de ironia, humor e violência, um bom manejo lúdico da língua constrói os personagens”. O autor, além de escritor, é artista visual, publicitário e um dos editores da Revestrés.

RITA HAYWORTH FOI A PARIS

LIVRO

Márcia Tiburi deixou o Brasil por um tempo, mas QUATRO PASSOS segue pensando e produzindo. E lança seu mais novo livro, em que busca comparações freudianas SOBRE O VAZIO entre Édipo e Hamlet. Em Quatro passos sobre o MÁRCIA TIBURI (NOS) vazio o sentimento que conhecemos por “amor” não recebe mais tal denominação. Não recebe denominação alguma. A palavra “amor” é “praticamente uma senha”. São quatro narrativas, entrelaçadas por Marcia Tiburi. Talvez uma das respostas, caso existam respostas às questões levantadas, encontre-se no próprio livro: “A literatura sabe muito antes aquilo que a ciência demora séculos para provar.” NETFLIX

Uma frase curta referente ao futebol, o esporte mais LES BLEUS – UMA popular do mundo, ficou famosa: não é só futebol. Um filme que mostra que o futebol influencia vários OUTRA HISTÓRIA aspectos da vida em muitos países é Les Bleus – Uma outra história da França. Dirigido por Sonia Dauger, DA FRANÇA Pascal Blanchard e David Dietz, transita entre 1996 e 2016, e aborda de forma muito interessante as relações entre a seleção francesa de futebol e questões étnico-raciais no país europeu. Les Bleus revela a fragilidade da integração racial da qual a seleção francesa é uma das grandes bandeiras, despertando paixões e recebendo ataques e críticas racistas e fundamentalistas. Com depoimentos de vários ex-jogadores e dirigentes, é um belo documento. Pena que, finalizado em 2016, não mostra a conquista da Copa de 2018 – o segundo título francês – e seus desdobramentos. Veja na Netflix. Lisa Melissa é uma jovem cantora francesa que escreve, ela mesma, seus textos e melodias. AcomLISA MÉLISSA panhada por The Mess, ela traz para as composições & THE MESS Soul/NorthernSoul/beat do grupo uma singularidade melódica herdada do r'nb e do pop moderno. Porém, uma de suas gravações recentes é uma versão em francês de Back to Black, de Amy Winehouse, que em francês ficou com o título Je Broie du Noir. Uma ousadia e tanto, com ótimo resultado. Além disso, Lisa Melissa gravou Red Star, em homenagem ao clube de futebol parisiense Red Star, fundado por Jules Rimet e um dos times mais cool do mundo, reforçando sua imagem junto ao público hipster na França. Ouça no Spotify. MÚSICA

80 www.revistarevestres.com.br


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