Resumo Revista Robótica 109

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número 109 | 4.º trimestre de 2017 | Portugal 9.50€ | Diretor: J. Norberto Pires

ARTIGO CIENTÍFICO · Crab-Robot AUTOMAÇÃO E CONTROLO · Fundamentos de controlo e programação ELETRÓNICA INDUSTRIAL · Inversor DC/ AC PORTUGAL 3D · A democratização da manufatura em Portugal · O fabrico aditivo e a Impressão 3D DOSSIER SOBRE MÁQUINAS E FERRAMENTAS · Indústria de moldes: posicionamento e desafios · Princípio de segurança da máquina · IIoT: chegaram as máquinas inteligentes CASE STUDY · Zelio Logic: Relés inteligentes programáveis ENTREVISTA · “a robótica simples é possível. Não no futuro, no nosso presente”, Filipe Carrondo, EPL – Mecatrónica & Robótica · “a relação entre a Europneumaq e a Schmersal baseia-se em confiança mútua”, Pedro Simões e Nuno Cruz · “há já algum tempo que a Omron trabalha na investigação de robots móveis autónomos”, Bruno Adam · “para 2017 o nosso tema central é o programa Stauff Line”, Jörg Deutz REPORTAGEM · Festo Motion Terminal revoluciona o mundo da pneumática · Seminários Push-in TIME – tecnologia original designed by Phoenix Contact

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Diretor-Adjunto Adriano A. Santos, Departamento de Engenharia Mecânica, Instituto Politécnico do Porto ∙ ads@isep.ipp.pt Conselho Editorial A. Loureiro, DEM UC; A. Traça de Almeida, DEE ISR UC; C. Couto, DEI U. Minho; J. Dias, DEE ISR UC; J.M. Rosário, UNICAMP; J. Sá da Costa, DEM IST; J. Tenreiro Machado, DEE ISEP; L. Baptista, E. Naútica, Lisboa; L. Camarinha Matos, CRI UNINOVA; M. Crisóstomo, DEE ISR UC; P. Lima, DEE ISR IST; V. Santos, DEM U. Aveiro Corpo Editorial Coordenador Editorial: Ricardo Sá e Silva Tel.: +351 225 899 628 ∙ r.silva@robotica.pt Diretor Comercial: Júlio Almeida Tel.: +351 225 899 626 ∙ j.almeida@robotica.pt Chefe de Redação: Helena Paulino Tel.: +351 220 933 964 ∙ h.paulino@robotica.pt Design Luciano Carvalho ∙ l.carvalho@publindustria.pt Webdesign Ana Pereira ∙ a.pereira@cie-comunicacao.pt Assinaturas Tel.: +351 220 104 872 assinaturas@engebook.com · www.engebook.com Colaboração Redatorial António Saraiva, Luís Pires, Francisco Neves, Adriano A. Santos, Paula Domingues, Pedro Pombinha, Marco Leite, Jorge Rui M. Fontes Silva, Ricardo Simões, Manuel Oliveira, Rui Monteiro, Adriano Santos, Bartosz Głodek, Alexandre Monteiro, Marta Caeiro e André Mendes. Redação, Edição e Administração CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Praça da Corujeira, 38 · Apartado 3825 4300-144 Porto Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629 geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt Propriedade Publindústria - Produção de Comunicação Lda.® Empresa Jornalística Reg. n.º 213 163 NIPC: 501777288 Praça da Corujeira, 38 · Apartado 3825 4300-144 Porto Tel.: +351 225 899 620 · Fax: +351 225 899 629 geral@publindustria.pt · www.publindustria.pt Publicação Periódica Registo n.º 113164 Depósito Legal n.o 372907/14 ISSN: 0874-9019 · ISSN: 1647-9831 Periodicidade: trimestral Tiragem: 5000 exemplares INPI: 365794

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artigo científico Crab-Robot

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vozes de mercado A Manutenção na quarta revolução industrial

automação e controlo 10 Fundamentos de controlo e programação 14

eletrónica industrial Inversor DC/ AC

portugal 3D 16 A democratização da manufatura em Portugal 18 O fabrico aditivo e a Impressão 3D 20 notícias da indústria 42 44 46 50

dossier sobre máquinas e ferramentas Indústria de moldes: posicionamento e desafios Princípio de segurança da máquina IIoT: chegaram as máquinas inteligentes

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informação técnico-comercial AMADA lança nova máquina de corte a laser ENSIS de 3 kW Bolas: Novas rebarbadoras Rat Tail ET: Manutenção, energia, lockout/tagout, bloqueio/sinalização… consignação? Fagor: O CNC na máquina-ferramenta F.Fonseca: Manutenção tornada fácil – tubo de abrir flexível Fluidotronica: Bancadas de trabalho Minitec igus: Mais plásticos inteligentes para maior capacidade na produção Juncor: Prolongar o ciclo de vida dos rolamentos Lubrigrupo: Aumentando a produtividade na indústria dos plásticos Lusomatrix: Multi-tech: MultiConnect® ConduitTM IP67 Base Station M&M Engenharia: Plataforma EPLAN 2.7 já disponível RS Components: quarta geração de fontes de alimentação LOGO!Power SAE: Gestão e manutenção de temperatura em armários Schneider: Nova tecnologia modular ajuda a reforçar a produtividade no processamento industrial de peixes Schunk: Usar garras HRC com máquinas-ferramenta TM2A: Variadores de frequência DANFOSS TME: Conetores para correntes elevadas – tipos e utilizações WEG fornece equipamento para o maior complexo petroquímico da Sibéria Weidmüller na "Interlift 2017"

case study 96 Schneider Electric Portugal: Zelio Logic: Relés inteligentes programáveis entrevista 100 “a robótica simples é possível. Não no futuro, no nosso presente”, Filipe Carrondo, EPL – Mecatrónica & Robótica 102 “a relação entre a Europneumaq e a Schmersal baseia-se em confiança mútua”, Pedro Simões e Nuno Cruz 106 “há já algum tempo que a Omron trabalha na investigação de robots móveis autónomos”, Bruno Adam 108 “para 2017 o nosso tema central é o programa Stauff Line”, Jörg Deutz reportagem 112 Festo Motion Terminal revoluciona o mundo da pneumática 114 Seminários Push-in TIME – tecnologia original designed by Phoenix Contact 118 bibliografia 120 produtos e tecnologias 152 links

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Apoio à capa HEIDENHAIN TNC 640 e Connected Machining Muitas das médias empresas estão a enfrentar formidáveis desafios da digitalização. A principal questão é como poderão as redes digitais e soluções de software ser utilizadas para analisar a sua própria produção, melhorar processos internos, e adaptar o uso de soluções em nuvem. Toda a informação sobre o artigo na página 120. FARRESA ELECTRÓNICA, Lda. Tel.: +351 229 478 140 · Fax: +351 229 478 149 fep@farresa.pt · www.farresa.pt

FICHA TÉCNICA . SUMÁRIO

Diretor J. Norberto Pires, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de Coimbra ∙ norberto@uc.pt

Nota de Abertura “A inovação é um enorme contributo para a melhoria da vida dos cidadãos”

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robótica 109 4.o Trimestre de 2017

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robótica

FICHA TÉCNICA


“A inovação é um enorme contributo para a melhoria da vida dos cidadãos”

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Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.

NOTA DE ABERTURA

António Saraiva Presidente da CIP

Não tenho qualquer dúvida em afirmar que o relativo bom momento que se vive na indústria e na economia portuguesa assenta muito no facto das empresas nacionais terem assumido a inovação como paradigma de sucesso e o empreendedorismo como marca para assegurar o futuro. Está tudo feito? Vivemos num oásis em que tudo funciona? Não, claro que não. Mas a minha reflexão sobre empreender e inovar em Portugal não estaria completa sem destacar alguns aspectos essenciais para uma análise imparcial sobre o tema. Em 2016 houve em Portugal um ligeiro, ligeiríssimo, aumento do investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D). Em termos relativos evidenciou-se um crescimento na ordem dos 0,03 pontos percentuais, mas o que convém destacar é que este valor marca positivamente o país, depois de 6 anos seguidos de queda deste indicador. Note-se ainda que 48% do investimento nacional em Investigação e Desenvolvimento foi efectuada por empresas privadas, sendo assim superior à despesa pública (Estado e Ensino Superior), o que não acontecia desde 2013. Mais do que o valor absoluto desta mudança realço a transformação que ele revela: há confiança e vontade de investir o que já de si é um factor positivo, quer do ponto de vista do investimento público quer para do privado. Deixo ainda uma outra nota para enquadramento: o número de investigadores (doutorados ou não) inseridos em programas com empresas, também, aumentou. Este é o

caminho. Por outro lado, os índices de confiança dos consumidores há muito que não estavam tão altos. Só espero que isto tenha tradução positiva na economia e nas decisões estratégicas. Se esta confiança se manifestar em consumo excessivo e pouco produtivo, de nada nos serve. Mas a inovação, ou melhor, o grau de inovação, não pode apenas ser medido em valores de investimento. Antes, a inovação e o seu ecossistema é o resultado de várias políticas de investimento que não passam apenas por montantes financeiros. É fundamental continuar a investir em políticas estruturais de médio e longo prazo que permitam ao país, à comunidade científica, estudantil, às empresas – seja de que tipo forem – e finalmente, à população em geral, uma melhor percepção do papel que o empreendedorismo e a inovação têm nas mudanças na sociedade, bem como o impacto das actividades de inovação na vida de todos. Creio mesmo que este é um aspecto fundamental para continuar a promover a inovação na sociedade e na economia: mostrar ao cidadão comum que a inovação e o empreendedorismo são responsáveis pelas alterações na qualidade de vida, no bem-estar, na saúde, na forma de aproveitar o tempo, na maneira de comunicar. Enfim, a inovação é um enorme contributo para a melhoria da vida dos cidadãos. E sem investimento e políticas de inovação, nada do que temos seria possível. É por isso que entendo que os resultados das empresas portuguesas nos concursos do HORIZON 2020, “só” o maior programa de inovação da Europa, são um sinal de esperança e motivação para o país. Muitos não sabem ou não valorizam, mas só para terem uma ideia, em Portugal e em 2017, no “SME Instrument”, já se captou mais financiamento no âmbito do programa, do que entre 2014 e 2016 combinados. É um resultado a todos os níveis notável! No “SME Instrument”, as empresas portuguesas já viram 59 projectos aprovados na Fase 1 e 10 projectos na Fase 2. Estes projectos trouxeram para Portugal mais de 17M€ de investimento. Diria ainda

que valorizo, de igual modo, o montante financiado para as empresas e centros de saber nacionais, quanto o networking que é proporcionado pela participação num programa de inovação deste tipo e com estas características. São cada vez mais os empreendedores e investigadores que tomam contacto com outras realidades, com outras formas de transmitir conhecimento, com novas práticas de inovação, enfim, com tecnologias e conceitos. Este contacto potencia, assim, novas ideias, fomenta a transmissão do conhecimento, impulsiona novos projectos e mudanças que se querem positivas e úteis à sociedade. Repito: este é o caminho a seguir. Considero, pois, que deve haver uma enorme responsabilidade partilhada entre o Estado e as empresas (e aqui uma palavra de apreço também para as NGO nacionais que representaram perto de 5% do investimento em I&D em 2016) não só no aumento dos níveis de investimento mas também, na forma como comunicam os resultados desses investimentos. É normal: as pessoas não valorizam o que não dão valor e não valorizam o que julgam por adquirido. Mas se pensarmos na forma como comunicamos (ou melhor ainda, como comunicam os jovens em todo o mundo), verificamos que foram necessárias milhares de horas de dedicação para atingirmos o patamar de sofisticação que temos hoje. E que nem damos importância. (não fica melhor: a quem não damos importância?). Como Presidente da CIP, não tenho parado de promover a inovação enquanto factor crítico de sucesso para as nossas empresas que, associado ao desígnio da internacionalização, ajudam a completar o imperativo do crescimento. Nessa medida, reforço, de forma frequente junto das entidades competentes, a necessidade de melhorar os mecanismos de apoio à inovação, a sua adaptação à realidade do tecido industrial nacional e bem assim, a abolição da burocracia dos processos de inovação. Haja vontade política que os empresários cá estarão, como sempre, para desempenhar o seu papel em todo o processo.


Crab-Robot

Luís Pires lpires@inete.net INETE – Instituto de Educação Técnica

robótica 109, 4.o Trimestre de 2017

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artigo científico

Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, a robótica cada vez mais começa a abandonar o uso de rodas e progride para outros tipos de locomoção, como a locomoção por pernas ou patas. Este tipo de locomoção contém vantagens em relação rodas, como por exemplo proporcionar uma maior manobrabilidade em terrenos irregulares e em desníveis acentuados, e a possibilidade de ultrapassar um obstáculo sem ter de o contornar. Por outro lado possui várias desvantagens como a impossibilidade de igualar a velocidade e simplicidade de um sistema a rodas, o menor número de componentes e não é necessário existir um grande controlo ao nível do equilíbrio do robot.

1. INTRODUÇÃO O artigo aborda o desenvolvimento de um robot com locomoção através de patas, semelhante a um caranguejo. Este foi realizado no curso de Técnico Eletrónica, Automação e Comando do INETE [1]. Este robot movimenta-se de forma autónoma em função do ambiente circundante, podendo também obedecer a comandos remotos através de uma ligação sem fios Bluetooth. A aplicação para controlo remoto funciona num smartphone de sistema operativo Android. O robot dispõe de seis patas articuladas que lhe permitem movimentos verticais e horizontais em três eixos, permitindo a deslocação em qualquer direção, bem como ultrapassar pequenos obstáculos, ou afastar-se de buracos existentes no seu percurso. Possui uma garra articulada para captura de presas. Para a deteção de obstáculos utiliza-se um conjunto de sensores ultrassons, dispostos de forma a cobrirem 360º na horizontal. Para que possa reagir a aproximações de objetos em cima do robot, dispõe de um sensor de ultrassons adicional, colocado perpendicularmente em relação aos restantes. Possui detetores de luminosidade, que permitem detetar locais escuros onde se possa esconder, tal como o comportamento de um caranguejo. Para possibilitar ao robot medir a inclinação do plano onde se desloca, foi colocado um acelerómetro, que deteta variações nos três eixos, x, y e z, permitindo que o robot se desloque de forma estável e evite inclinações excessivas. Assim, o projeto é constituído por 10 sensores de ultrassons que detetam obstáculos numa amplitude de 360º.

Com um sensor de ultrassons adicional é possível detetar objetos em cima do robot e, utilizando quatro dos 10 sensores de ultrassons, identificam-se desníveis. Os quatro sensores de luminosidade LDR detetam a presença do robot em locais escuros. Quando deteta uma zona escura o robot desloca-se para o local e mantém-se lá por algum tempo. Utiliza 22 micro-servos para a sua locomoção. Tem um módulo de comunicação Bluetooth para controlo remoto através de uma app. Utiliza duas baterias LiPo de 3,7 V 7400 mAh e um sistema de monitorização de baterias com indicadores de estado de bateria a LED. O robot tem um

Figura 1. Aspeto físico do robot.

corpo com base de alumínio, as partes articuladas e de suporte de sensores são feitas de PLA, tendo sido modeladas e impressas em 3D.

2. ARQUITETURA DO ROBOT A arquitetura desenvolvida para o robot está representada através da Figura 2. 2.1. Microcontroladores Os microcontroladores [2] são unidades de processamento de dados e contêm: a CPU (unidade central de processamento de dados), memórias permanentes de leitura (ROM) do fabricante, memórias voláteis de leitura/escrita (RAM). As memórias temporárias têm de estar constantemente alimentadas de modo a não perderem os dados armazenados. No caso das memórias permanentes alteráveis, tais como por exemplo FLASH, EEPROM, EPROM, sendo nestas alojado o programa da aplicação criada, contêm também pinos de entrada e saída e pinos de alimentação. Os microcontroladores têm uma de duas arquiteturas: a arquitetura Von-Neumann ou a arquitetura Harvard. Na arquitetura Von-Neumann todos os elementos do


cias e as repetições desse problema, e prevê a data futura em que esta vai afetar a precisão ou desempenho da máquina. Essa data será comunicada ao utilizador, com antecedência, para planear a manutenção. Também informa sobre os meios necessários para fazer uma manutenção de sucesso, como por exemplo as peças de reposição necessárias. Esta antecipação traz redução de custos e aumenta a disponibilidade de máquinas e equipamentos. Neste cenário, é possível destacar três principais impactos da Indústria 4.0 na manutenção de ativos: • Redução de custos de manutenção; • Redução de paragens de máquinas não programadas e por consequência redução de paragens de produção; • Diminuição do tempo de arranque dos processos produtivos; • Aumento de produtividade por consequência do aumento de produção.

Nesta nova era de máquinas industriais 4.0, os equipamentos de controlo e monitorização detetam automaticamente uma falha numa fase inicial em alguns dos mecanismos, mesmo que ainda seja tão subtil e que não afete o desempenho da máquina. Se uma falha potencial for detetada – como uma vibração fraca num rolamento – o software destas máquinas 4.0 calcula as tendên-

Com as novas tecnologias, velhos hábitos ficam pra trás e as novas práticas na indústria permitem antecipação às falhas críticas com mais prevenção e aumento de disponibilidade e vida útil de máquinas e equipamentos. Mesmo com o paradigma da manutenção a mudar, na era da Industria 4.0, a manutenção não se deve cingir exclusivamente à manutenção preditiva, mas sim a uma combinação adequada de todos os tipos de manutenção existentes, tendo em vista o custo global mínimo. Teoricamente, a manutenção curativa seria o único tipo de manutenção não praticada, mas tal não é razoável, pois há sempre alguma avaria inesperada, que foge do controlo do planeamento. O futuro ou, em alguns casos, o presente, está aqui: uma aposta clara em fábricas inteligentes com tecnologia 4.0. O foco está na competitividade e numa gestão da manutenção eficiente e sem desperdícios e por consequência aumento de capacidade da produção e da competitividade.

Francisco Neves CEO DNC Técnica

Na constante evolução exigida pelos tempos modernos e com a crescente competitividade do mercado mundial os processos de produção tendem a tornar-se cada vez mais eficientes, autónomos e customizáveis. As empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor que podem controlar os módulos da produção de forma autónoma. Ou seja, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não planeadas na produção.

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vozes de mercado

A Manutenção na quarta revolução industrial

A quarta revolução industrial, a da informação, muda a filosofia da manutenção industrial na sua raiz: a manutenção preditiva nasce. São recolhidos os sinais vitais da máquina durante as operações e os mesmos são armazenados na nuvem, permitindo o acesso transparente a todas as informações: estado atual da máquina, consumo de energia, produção, entre outros.


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Fundamentos de controlo e programação

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Adriano A. Santos Departamento de Engenharia Mecânica Politécnico do Porto

AUTOMAÇÃO E CONTROLO

1.ª Parte

INTRODUÇÃO Para que se possa efetuar a gestão de um qualquer sistema de controlo é fundamental que se conheçam todos os parâmetros de controlo bem como os tempos de atuação. Para os sistemas de rega o controlo tem, também ele, que obedecer a parâmetros fundamentais que possam determinar o momento mais adequado para regar e a quantidade de água a aplicar em função, entre outros fatores, do estado de humidade do solo e da planta e da uniformidade da distribuição de água pelo sistema. Assim, e na fase de automatização dos sistemas devem ser tomados em conta todos os elementos que poderão integrar o sistema. Como já foi referido ao longo desta coluna, todos os componentes dos sistemas de controlo podem ser agrupados de acordo com a sua funcionalidade, ou seja, sensores e transdutores (tensiómetros, manómetros, pressostatos, entre outros), atuadores (interruptores, eletroválvula, bombas, variadores de velocidade, entre outros), acondicionadores de sinal e unidades de controlo (reguladores automáticos, PLCs, Computadores, entre outros). É com base nestes elementos que se irá abordar agora os conceitos básicos necessários para se desenvolver um sistema de controlo para a automatização e programação de uma instalação de rega. Definições Os sistemas de controlo são utilizados principalmente no setor industrial, no entanto, com o desenvolvimento ocorridos nos últimos anos da informática e da microeletrónica bem como a redução de preços deste tipo de dispositivos, estão proliferando noutros setores como por exemplo os da rega. Conceptualmente, há que considerar uma série de definições básicas que são comuns a todos os sistemas de controlo. Sistema físico Um sistema físico é considerado como uma parte da realidade pela qual mostramos interesse sendo composto por vários elementos que interagem entre si para atingir um objetivo comum. Na maioria dos sistemas físicos é descrita a sua dinâmica mediante equações diferenciais pelo que qualquer sistema físico poderá ser modelado, por exemplo, um sistema produtivo. As equações diferenciais que descrevem os sistemas físicos são obtidas a partir de leis da física. Sendo assim, um dos fatores mais determinantes da análise e do desenho de processos de controlo é a obtenção dos modelos matemáticos dos ditos sistemas. Modelo matemático Um modelo matemático é a representação simplificada de um sistema físico que contém um conjunto de instruções ou equações para gerar dados de comportamento. Isto leva a que a representação de um determinado processo não seja única

pois, um qualquer processo pode ser representado por vários modelos. Sistema de controlo Um sistema de controlo é definido como sendo um sistema que tem como objetivo manter uma ou mais variáveis dentro de limites predefinidos. Assim, quando se atuar sobre um sistema físico este poderá ser afetado por uma série de perturbações que poderão afetar o valor inicial do sistema. Estas perturbações obrigam a uma observação contínua do processo atuando-se para as corrigir. É este o objetivo de um sistema de controlo. Os sistemas de controlo podem ser manuais ou automáticos pelo que se poderá dizer que o processo está automatizado (controlo automático) quando funciona por si só, ou seja, sem intervenção humana. Caso contrário, o processo é dito de manual. Assim, a partir de um processo automático e a partir da aplicação de uma série de sinais de entrada se poderá controlar e melhorar qualquer sistema físico ou processo produtivo. Naturalmente que estes conceitos e aplicações se poderão estender ao setor agroalimentar, uma vez que existirão muitos sistemas em que se podem utilizar ou já se utilizam técnicas de controlo automático para controlar determinados processos. Por exemplo, no caso dos sistemas de rega, poderá ser controlado os níveis de Ph e a condutividade elétrica da água utilizada na rega mediante a utilização de um sistema de controlo automático. No entanto, e em geral, todo o sistema de controlo tem uma entrada denominada de consigna ou de valor de referência (valor desejado) que é utilizada para enviar ordens para que o valor real das variáveis controladas seja o mais parecido possível, com o valor de referência, quando existem perturbações (Figura 1).

Perturbações Entrada: valor de referência

Sistema de controlo

Saída: valor real

Figura 1. Diagrama de blocos de um processo de controlo em malha aberta.

Num sistema de controlo devem ser realizadas uma série de ações básicas como sejam a quantificação das variáveis a controlar, comparar com o valor de referência desejado e atuar sobre o controlo de modo a que a variável possa obter o valor desejado. Neste sentido, e no ponto de vista das quatro variáveis de controlo deve-se, em primeiro lugar, agir sobre as variáveis a controlar, variáveis que pretendemos manter com um valor desejado (por exemplo, a pressão de uma válvula de controlo de pressão ou sobre a pressão num dado ramo da tubagem). Temos ainda as variáveis de consignação ou variáveis de refe-


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Paula Domingues Formadora nas áreas de Eletrónica, Telecomunicações, Automação e Comando IEFP – Évora pauladomingues47@gmail.com

ELETRÓNICA INDUSTRIAL

Inversor DC/ AC Muitas vezes torna-se necessário alimentar diversos aparelhos que foram projetados para funcionar com uma tensão alternada da rede elétrica, através de uma tensão contínua, que provém de pilhas ou baterias. Ora acontece que, além da tensão contínua ter caraterísticas e comportamentos diferentes da tensão alternada, a tensão proveniente de pilhas e baterias é também uma tensão com um valor muito inferior ao valor da tensão fornecida pela rede elétrica.

Um inversor DC/ AC, também designado conversor DC/ AC, consiste num circuito eletrónico capaz de transformar uma tensão contínua, com uma baixa amplitude, geralmente 12 V ou 24 V, numa tensão alternada, com a frequência e a amplitude da rede elétrica. Este aparelho permite-nos, por exemplo, alimentar um eletrodoméstico que habitualmente ligamos à rede elétrica, através da bateria de um automóvel, ou de um conjunto de pilhas. Assim, através de um inversor podemos, por exemplo, ligar uma pequena televisão ao automóvel quando vamos acampar.

APLICAÇÕES DO INVERSOR • Alimentação de circuitos de emergência; • Alimentação de lâmpadas fluorescentes; • Alimentação de aparelhos elétricos comuns, a partir de baterias de automóveis ou de barcos, ou mesmo de baterias alimentadas por painéis solares.

COMO FUNCIONA O INVERSOR? Analisemos o diagrama de blocos de um inversor: • Circuito Oscilador – O circuito oscilador transforma uma tensão contínua pura numa tensão contínua pulsante ou oscilatória. Esta transformação é essencial para poder ser aplicada ao transformador, uma vez que este só funciona quando é sujeito a uma tensão variável. • Transformador – O transformador recebe a tensão variável, fornecida pelo circuito oscilador e fornece ao circuito regulador uma tensão mais elevada. A escolha correta do transformador é muito importante pois um transformador errado pode originar uma grande perda de energia sob a forma de calor. • Circuito Regulador – O circuito regulador assegura que a tensão de saída é perfeitamente sinusoidal e sem picos.

+ Vcc Oscilador

Transformador

Regulador

Saída

Figura 1. Diagrama de blocos de inversor DC/ AC.

NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA! Quando pensamos na construção de um inversor é importante perceber que apenas irá existir uma conversão de energia e não uma criação. A potência existente no início seria exatamente a mesma potência que teríamos à saída do inversor, caso não existissem perdas, o que é impossível. Consideremos, por exemplo, uma bateria de 12 V, capaz de fornecer uma corrente de 8 A, com uma potência máxima de 96 W. Ao converter a energia da bateria para 230 V, a corrente máxima teórica seria apenas 0,417 A, uma vez que a potência manter-se-ia constante. Isto significa que não seria possível alimentar nenhum aparelho com uma potência superior a 96 W.

Conversão de 100% 12 V × 8 A = 96 W

230 V × 0,417 A = 96 W

Figura 2. Rendimento de um inversor.

Grande parte dos inversores são, por isso, inversores de baixa potência e é muito importante a escolha da bateria que vai alimentar o inversor uma vez que a potência da bateria escolhida determinará a potência máxima que pode ter o aparelho a ser alimentado pelo inversor, bem como a sua autonomia. Assim, os inversores são indicados, geralmente, para alimentar aparelhos de baixa potência, sistemas de emergência e equipamentos de baixo consumo, em situações em que não temos disponível a energia da rede elétrica.

EFICIÊNCIA DO INVERSOR A eficiência do inversor está dependente da qualidade do circuito. Existem circuitos mais simples, outros mais elaborados, sendo que, os inversores de uso comercial apresentam, geralmente, uma eficiência na ordem dos 90%, o que significa que, para uma potência inicial de 100 W, obteremos 90 W à saída do inversor. E os restantes 10 W? Serão dissipados em forma de calor. É importante também perceber que existem inversores que não apresentam à saída uma tensão perfeitamente sinusoidal e que poderão danificar aparelhos mais sensíveis.

CARATERÍSTICAS DO INVERSOR 1. Potência de saída do inversor A potência de saída do inversor deve ser sempre superior á potência de qualquer aparelho que se pretenda alimentar através


O fabrico aditivo e a Impressão 3D

robótica

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Pedro Pombinha e Marco Leite Instituto Superior Técnico

portugal 3d

A tecnologia de fabrico aditivo, as chamadas impressoras 3D, consiste num conjunto de tecnologias destinadas ao fabrico de objetos tridimensionais por sobreposição de material camada a camada, em oposição aos modelos subtrativos. Os objetos podem ter qualquer forma ou geometria e são produzidos a partir de um modelo digital.

Figura 1. Impressão de peças com geometria complexa sem recurso a moldes de injeção.

A tecnologia de impressão 3D surgiu nos anos 1980 como um processo de prototipagem rápida. Este processo, como o nome indica, consiste na criação rápida de um protótipo físico do produto final, a partir de um modelo digital. A impressão permite acelerar os processos de desenvolvimento de novos produtos, reduzindo os custos associados a erros de conceção e investimentos em moldes. No entanto, com a evolução do setor, a tecnologia de impressão 3D permite nos dias de hoje obter peças muito próximas do produto final, em vez de meros protótipos. Perante este avanço, a associação da impressão 3D apenas a um processo de prototipagem rápida tornou-se obsoleta. Este facto levou a que no seio da comunidade científica a denominada prototipagem rápida passasse a ser formalmente designada como fabrico aditivo (FA). O processo de fabrico aditivo começa, necessariamente, com um modelo tridimensional de desenho assistido por computador (CAD 3D). Este modelo pode ser desenhado num software co-

mercial disponível para o efeito, ou obtido através de scanners tridimensionais. Existem neste momento bibliotecas de produtos onde utilizadores podem descarregar modelos geométricos preparados para a impressão. Em seguida, o modelo de CAD 3D é “laminado” digitalmente em secções bidimensionais com uma determinada espessura. A espessura destas camadas determinará a resolução do produto final – quanto mais fina a camada, maior será a precisão. O produto final é então impresso, camada a camada, de acordo com a informação fornecida pelo modelo digital. Outro dos avanços verificados na tecnologia de impressão 3D consiste no alargamento do leque de materiais com que é possível fabricar produtos. Inicialmente desenvolvida para polímeros, ceras e laminados à base de papel, esta tecnologia já permite também o fabrico de peças a partir de materiais metálicos, cerâmicos e até compósitos com fibra de vidro ou fibra de carbono. Diferentes materiais requerem, no entanto, diferentes equipamentos de

impressão. Atualmente, existem sete “famílias” de fabrico aditivo: VAT photopolimerization, Powder Bed Fusion, Binder Jetting, Material Jetting, Sheet Lamination, Material Extrusion e Directed Energy Deposition. Existem também processos de fabrico híbridos que englobam fabrico aditivo e subtrativo (maquinagem) num único aparelho, sendo esta uma tendência muito forte atualmente. A seleção de materiais está, desta forma, associada ao processo de fabrico escolhido, à forma que se pretende obter, ao custo associado e à função da peça. Apesar da diversidade de tipos de fabrico aditivo, o método dominante – e mais vulgarmente associado a impressão 3D – é a extrusão de material. Este método de fabrico pressupõe um material na forma pastosa a que é aplicado um diferencial de pressão, de modo a que flua através de um bocal, idealmente, a velocidade constante. À saída do bocal, o material deve estar num estado semi-sólido, isto é, suficientemente maleável para permitir a impressão e para aderir ao material adjacente já impresso, e suficientemente rígido para manter a forma. O modo mais comum de alterar o estado do material é através de uma fonte de calor, embora também se possa recorrer a uma reação química, nomeadamente um solvente ou agente de cura. Por sua vez, dentro da família da extrusão de material, a tecnologia mais utilizada é a modelação por deposição fundida, ou FDM (do inglês Fused Deposition Modeling). Os sistemas FDM recorrem a uma fonte de calor para liquefazer o material, tipicamente um filamento de material polimérico, embora hajam também sistemas que utilizam pó ou pellets. O polímero é expelido por um bocal na cabeça de impressão, que se movimenta bidimensionalmente segundo os eixos das abcissas e ordenadas, de modo a formar uma secção transversal da peça pretendida. Terminada a secção, a cabeça de impressão eleva-se segundo o eixo das cotas, de modo a imprimir a camada seguinte. Certos aparelhos poderão ter, no entanto, cabeças de impressão que não se movimentam verticalmente, sendo a base onde assenta a peça que se desloca.


DOSSIER

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Indústria de moldes: posicionamento e desafios Manuel Oliveira CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes

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Princípio de segurança da máquina Europneumaq

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IIoT: chegaram as máquinas inteligentes Rui Monteiro Schneider Electric Portugal

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DOSSIER SOBRE MÁQUINAS E FERRAMENTAS

Máquinas e Ferramentas

O ser humano sempre foi capaz de utilizar, em proveito próprio, os mais diversos utensílios que coletava no seu dia a dia. Se no início usava os materiais que a natureza lhe proporcionava, madeira, chifres e ossos, rapidamente se apercebeu das suas capacidades para os moldar e confecionar. O homem aguçado pelo engenho, e mais que tudo pela necessidade, foi criando as suas próprias ferramentas de trabalho e de defesa talhando-as por percussão. Com o domínio do fogo e das técnicas de fusão e tratamento do ferro, produção da matéria de que os utensílios eram feitos, produziram-se as primeiras ferramentas muitas das quais ainda são utilizadas atualmente. Com a utilização da força eólica e dos cursos de água criam-se as primeiras máquinas, engenhos, que foram utilizados, por exemplo, para moer os cereais e regar, produção de energia mecânica. A têxtil, tradicionalmente assente em técnicas antigas, caraterizava-se pela roda de fiar tradicional e a tecelagem manual. Com a introdução da roda de água surgem, por volta de 1760, as primeiras máquinas tendo como fonte de energia a energia hidráulica, onde a transmissão

da potência ao longo das instalações têxteis se realizava por veios e polias associadas a rodas de diferentes diâmetros, transmissão de potência e controlo da velocidade de trabalho, surgimento dos teares mecânicos. A utilização do ferro transformou a indústria têxtil, substituição dos materiais convencionais por outro mais resistente, e alavancou a metalurgia transformando-a na indústria mais importante da época. Com o aparecimento da máquina a vapor, idealizada pelo engenheiro escocês James Watt, as máquinas adquiriram autonomia através da produção de energia artificial (utilização do vapor, de combustíveis líquidos ou da eletricidade), proporcionando o desenvolvimento de diversas máquinas, com movimentos mais precisos e ciclos de vida mais longos, operam agora com as mais diversas ferramentas. Estas permitiram criar novas ferramentas bem como meios necessários à produção de novos utensílios, por exemplo os moldes de injeção plástica ou fundição, entre outros. As máquinas são agora um produto da ciência (combinação de tecnologias mecânicas com novos acionamentos), do industrial que a produz e uma exten-

são do operário que a opera diariamente bem como de um mundo mais global onde as máquinas se interligam entre si e entre todos os setores da empresa. Estas tornaram-se inteligentes integrando-se num mundo em que todas as coisas e seres intercomunicam ao nível da cyber-física, onde surgem ferramentas tão fantásticas como a conceção de peças por deposição de material, onde as máquinas deixaram de ser ilhas isoladas e passam a ser elementos que comunicam e cooperam entre si e com os humanos, em tempo real, onde os serviços internos e organizacionais são oferecidos a todos os participantes da cadeia de valor, a Internet das Coisas (IoT) ou Industrial Internet das Coisas (IIoT). Com o advento das IoT novos desafios serão colocados às empresas e aos analistas de sistemas que, para além das questões de segurança de pessoas e equipamentos impostas pela Diretiva Máquina, acrescer-se-á a necessidade da segurança ao nível da cibernética quer no acesso a dados informáticos quer a equipamentos. Adriano A. Santos


Manuel Oliveira Secretário-geral CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes

A Indústria Portuguesa de Moldes atingiu, pelo quinto ano consecutivo, um novo recorde das suas exportações. Em 2016, e pela primeira vez, este valor ultrapassou os 600 milhões de euros, fixando-se nos 629 milhões, registando um crescimento de 6,5% face ao ano transato, e de uns significativos 93%, quando comparamos com os valores atingidos em 2010.

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Indústria de moldes: posicionamento e desafios

Figura 1. Foto gentilmente cedida pela empresa EROFIO.

Este é um feito notável do setor, das empresas que o compõem e dos colaboradores que nelas operam, contribuindo significativamente para o seu desempenho e sucesso. Portugal consolida, assim, o seu posicionamento, como o terceiro principal produtor europeu de moldes para injeção de plástico, classificando-se como oitavo a nível mundial. Verifica-se também que a Europa continua a destacar-se como principal mercado destino da nossa produção, desta vez com a Espanha a atingir o primeiro lugar do ranking, ultrapassando a Alemanha, tradicional detentora do lugar cimeiro do pódio. A França ocupa a terceira posição, seguida da Polónia e República Checa que consolidam também eles um lugar de destaque nas nossas exportações. O México, Reino Unido e EUA, ocupam as posições imediatas. Este

sucesso deve-se à forte aposta na introdução de novas tecnologias, no investimento em equipamentos produtivos de última geração e na otimização de processos organizacionais. Competindo num mercado exigente e dinâmico, assistimos a uma época marcada não só por profundas alterações nos conceitos organizacionais, mas também pela constante introdução de novas tecnologias e/ou materiais, pela disseminação de informação e partilha do conhecimento, pela interação entre os diferentes agentes da sociedade, pela economia digital. Esta revolução tem vindo a gerar novos desafios (e, igualmente, novas oportunidades) que passam pela proximidade e relacionamento com clientes, pelo desenvolvimento de trabalho colaborativo, pela eficiência de processos e pela comunicação e informação

em tempo real. Muitos destes fatores (tecnológicos e/ou organizacionais) têm sido o mote para o lançamento de novos projetos empresariais de inovação, investigação e desenvolvimento, em grande parte dinamizados em copromoção com empresas do setor e, essencialmente, com centros de conhecimento e saber, aportando, sem dúvida, uma mais-valia aos promotores e uma interação que gera resultados efetivos. Verificamos, simultaneamente, uma aposta forte nas tecnologias de maquinação, na robotização e automação de processos, nas aplicações laser, no digital, na sensorização, na micromanufatura, nas áreas de fabricação aditiva, entre muitos outros, elementos que valorizam e consolidam o destaque da oferta nacional. Operando a uma escala global, torna-se fundamental que as empresas acompanhem permanentemente a sua envolvente negocial, a evolução política e social dos mercados, as novas tendências tecnológicas, o posicionamento da concorrência, o contexto evolutivo das indústrias que servem, entre muitos outros fatores que condicionam, direta ou indiretamente, a sua atividade e, consequentemente, a sua estratégia de desenvolvimento e diferenciação. Há que fazer melhor, mais rápido, mais barato, com “erro zero”, e é aí que deverão ser concentrados os esforços das nossas empresas para continuar a manter a confiança dos clientes que apostam em Portugal para a conceção de muitos dos seus projetos de maior dimensão, complexidade e exigência. Esta é uma intervenção que, juntamente com o alargamento da sua cadeia de valor, se torna cada vez mais abrangente no seio do setor, e que, estamos em crer, poderá ajudar a indústria a atingir um novo patamar de diferenciação. De salientar que, atualmente, a oferta nacional não é constituída apenas por moldes de elevada performance, mas sim por toda uma integração de serviços que passa pelo design, engenharia e


Princípio de segurança da máquina

Europneumaq

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DOSSIER SOBRE MÁQUINAS E FERRAMENTAS

A segurança de máquinas visa a proteção do operador, dos equipamentos e da envolvente contra danos, lesões e efeitos adversos durante a instalação, utilização, regulação e manutenção da máquina. Neste contexto, é dada particular importância à proteção do operador. Mesmo que este aja de modo imprudente devido, por exemplo, à fadiga acumulada, não deve ficar exposto a riscos significativos.

Segundo uma abordagem generalizada, na segurança da máquina aplica-se o princípio da prevenção contra a ocorrência de perigos. O objetivo é sempre a obtenção de uma construção segura. Só quando não é possível evitar completamente o perigo, devem tomar-se, primeiro, medidas técnicas, seguidas por medidas ao nível da organização. Frequentemente, procura-se manter o operador afastado da fonte de perigo, mediante a utilização de iconografia, de placas de aviso, assim como de proibições e de obrigações incluídas no manual de instruções dos equipamentos. Isto, no entanto, só é permitido se se provar que nenhuma das medidas anteriores permite uma proteção total, ou se, mesmo com a tecnologia mais recente disponível, não for possível encontrar nenhuma medida adequada para minimizar o risco, sendo que numa construção segura, o potencial de risco é razoavelmente baixo.

Isto é possível, por exemplo, impedindo-se o acesso a zonas com peças em movimento, limitando-se os binários de rotação a valores seguros e integrando-se pontos de rutura específicos. Nas medidas técnicas estão incluídas as

monitorizações dos acessos (p. ex. cortinas óticas), que asseguram o estabelecimento controlado de um estado seguro. Já as medidas ao nível da organização, aplicadas em último lugar, incluem, entre outras, a utilização de equipamento de proteção pessoal como óculos ou luvas de proteção. Caso não seja possível o restabelecimento da segurança da máquina, ou apenas o seja de forma demasiado complexa, a vedação completa da fonte de perigo é sempre uma possibilidade, concretizada através da instalação de um resguardo com controlo de entrada e de acesso. Posto isto, as questões da segurança de máquinas colocam-se em dois planos: • No plano da conceção, fabrico e comercialização das máquinas; • No plano da utilização das máquinas enquanto equipamentos de trabalho. Estas duas questões reportam a duas áreas distintas, mas complementares. Com efeito, temos: • Por um lado, a segurança de máquinas regulada na Diretiva Máquinas (DL 103/2008), que regulamenta a colocação no mercado e a entrada em serviço das máquinas novas, define um conjunto de alguns requisitos essenciais de obrigações do fabricante, sendo de destacar a implementação dos Requisitos Essenciais de Saúde e Segurança (Anexo I), a emissão da Declaração CE de conformidade (Anexo II), a aposição da Marcação CE (Anexo III), a constituição do Processo Técnico da máquina (Anexo VII) e o Exame CE de Tipo (Anexo IX). Tais regras, além de estabelecerem as exigências máximas de segurança, funcionam como garantia da liberdade de circulação de mercadorias no mercado interno europeu; • Por outro lado, a segurança na utilização desses equipamentos em situações de trabalho regulada na


IIoT: chegaram as máquinas inteligentes

Rui Monteiro Diretor da Unidade de Negócio Indústria Schneider Electric Portugal

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DOSSIER SOBRE MÁQUINAS E FERRAMENTAS

No setor industrial, em geral, estamos a observar uma profunda e evolutiva mudança. Uma mudança liderada por dois fatores distintos: o surgimento da Internet das Coisas (IoT) – incluindo a comunicação máquina-máquina, pessoa-máquina, máquina-objeto e pessoa-objeto – e o desenvolvimento da “fábrica inteligente 4.0”, mais focado na flexibilidade e aumento dos níveis de automação e digitalização.

Ambas as tendências, apesar de apresentarem diferenças reconhecidas, convergem em muitos fatores e têm um impacto direto nas fábricas ao fornecerem um amplo potencial. Graças ao desenvolvimento de novos níveis de inteligência operacional e às mudanças que estas tendências apresentam, as fábricas têm que iniciar um processo de migração gradual que possibilita a exploração destas novas capacidades. E é neste ponto do processo de evolução que as máquinas inteligentes ganham relevo. O termo “máquina inteligente” congrega as caraterísticas das máquinas tradicionais: maior conetividade, maior flexibilidade, mais eficiência e mais segurança. Com o objetivo de melhorar o planeamento, com previsões mais precisas, e a flexibilidade de modelos de negócio, as máquinas irão desenvolver a sua inteligência com base em produtos (atuadores, dispositivos, controladores, sensores, entre outros) inteligentes e conetados.

QUE FATORES ESTÃO A INFLUENCIAR O DESENVOLVIMENTO DAS MÁQUINAS INTELIGENTES Encontramos na tecnologia o primeiro fator. Tanto a inovação tecnológica como a redução de custos de fabrico permitem o surgimento de uma nova geração de equipamentos disponíveis para as fábricas industriais que já iniciaram a sua migração. Entre as inovações e elementos tecnológicos disponíveis, destacam-se: • Conetividade Ethernet – permite a integração de rede e melhora o acesso aos dados, proporcionando a base para o desenvolvimento de serviços avançados, bem como para uma melhor gestão da segurança; • Elementos sem fios – através dos mesmos a captação de dados é rápida e automática; • Tecnologia móvel – A gestão dos equipamentos pode fazer-se de forma remota e segura;

• Aumento da potência dos CPUs – Aumentar o desempenho a um menor custo; • Múltiplas entradas Ethernet em dispositivos automatizados, que melhoram a conetividade; • Os custos de memória. Desta maneira obtém-se uma gestão avançada dos dados que implica uma melhor tomada de decisões; • Digitalização – permite com menor custo um desenvolvimento de programas de simulação de automação; • Redução de espaço e uma melhoria na dissipação de calor; • Capacidade de conetar uma ampla gama de atuadores e sensores. Através deles a captação de dados é mais detalhada e, por isso, também o é a tomada de decisões operacionais; • Realidade aumentada e reconhecimento biométrico que melhoram tanto a interação máquina-operador como a segurança. Em segundo lugar, destacam-se as tendências de mercado. O lançamento de novas tecnologias e da sua adoção a nível social aumentam as expetativas tanto dos trabalhadores como dos gestores e utilizadores dos sistemas. Assim, a universalização da Internet faz com que os colaboradores sintam que o acesso à informação da produção em tempo real vai continuar a crescer. Da mesma forma, também a utilização de dispositivos móveis levará ao acesso a esta informação em qualquer lugar. Espera-se igualmente que os dispositivos e máquinas sejam como “plug-and-play” no local de trabalho, como são os elementos da esfera pessoal. Por último, a abordagem interativa que estamos a conquistar no nosso domínio pessoal procura-se nas máquinas inteligentes e centros de controlo distribuídos. O terceiro fator resulta das necessidades dos utilizadores finais. Com o objetivo de obter as últimas inovações em flexibilidade, vão direcionar a forma como as aplicações IIoT são projetadas. E irão fazê-lo com base em dez requisitos.


AMADA lança nova máquina de corte a laser ENSIS de 3 kW

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AMADA Tel.: +351 308 809 511 info@amada.pt · www.amada.pt

informação técnico-comercial

O novo laser de fibra ENSIS de 3 kW da AMADA integra um exclusivo módulo de díodos, gerador de laser, ímpar na indústria. Ao contrário dos lasers de fibra comuns, a nova ENSIS não necessita de um combinador de módulos, pois um único módulo de díodos é capaz de gerar, por si só, um laser com a potência de 3 kW, aumentando assim a confiabilidade, robustez e performance de produção.

Figura 1. Máquina de corte a laser ENSIS de 3 kW.

Além do seu único módulo de díodos, a ENSIS 3 kW apresenta ainda outros fatores diferenciadores. Em primeiro lugar, a tecnologia ENSIS patenteada pela AMADA, destaca-se pela sua capacidade de modelar o feixe laser (e não apenas o tamanho ou posição do ponto focal), oferecendo um processamento contínuo de chapas de diferentes materiais e espessuras. Esta vasta gama de materiais e espessuras pode ser ainda processada sem a necessidade de trocar de lente, fazendo uso de um permutador automático de bicos, automatizando assim todo o processo. Esta nova máquina é, também, capaz de cortar aço carbono de 25 mm de espessura, o que equivale a níveis de desempenho de um laser de fibra convencional de 6 kW, utilizando apenas metade da energia para obter o mesmo tipo de resultados. Uma vez que os custos energéticos são uma variável de peso no orçamento de qualquer empresa, a nova ENSIS 3 kW oferece, assim, a oportunidade de poupanças significativas.

"Esta vasta gama de materiais e espessuras pode ser ainda processada sem a necessidade de trocar de lente, fazendo uso de um permutador automático de bicos, automatizando assim todo o processo."

Entre outras caraterísticas, o desenvolvimento da tecnologia ENSIS proporciona uma perfuração rápida de aço carbono de 20 mm, assim como uma velocidade de corte mais elevada do que um laser de fibra convencional de 4 kW. Este desempenho é conseguido através da modelação instantânea do feixe do laser entre a perfuração e o corte. Para perfurar materiais de espessuras mais elevadas, a funcionalidade de “oil-shot” está igualmente disponível, promovendo uma maior estabilidade na produção. A ENSIS 3 kW está também equipada com a versão mais recente do Sistema de Corte Assistido por Água da AMADA

(WACS II). Esta tecnologia permite que chapas de elevadas espessuras sejam arrefecidas com água durante o processo de corte, minimizando os efeitos do aquecimento da chapa. De design compacto, a máquina é ideal para todos os tipos de indústria, alcançando níveis superiores de produtividade. Como automação integrada, está incluído um sistema de monitorização de corte e perfuração para um processamento mais estável e eficiente, bem como, um tapete transportador, que simplifica a recolha de sucata. Através de duas portas deslizantes localizadas no topo e na lateral da máquina, os operadores têm acesso privilegiado ao interior da máquina facilitando o manuseamento da matéria-prima. A máquina ENSIS, proporciona também uma redução dos custos operacionais, uma vez que pode utilizar ar comprimido como gás de corte em alternativa ao corte com nitrogénio. Na realidade, as performances são iguais ao processamento de chapa com nitrogénio, atingindo semelhantes níveis de qualidade. Com um campo de trabalho de 3000 × 1500 × 100 mm nos eixos X, Y e Z, é possível alcançar velocidades de processamento até 100 m/min. A ENSIS é ideal para fabricantes que procurem níveis máximos de produtividade e eficiência, independentemente, do tipo de material ou espessura a processar.

"De design compacto, a máquina é ideal para todos os tipos de indústria, alcançando níveis superiores de produtividade. Como automação integrada, está incluído um sistema de monitorização de corte e perfuração para um processamento mais estável e eficiente, bem como, um tapete transportador, que simplifica a recolha de sucata."


Novas rebarbadoras Rat Tail

BOLAS – Máquinas e Ferramentas de Qualidade, S.A. Tel.: +351 266 749 300 · Fax: +351 266 749 309 geral@bolas.pt · www.bolas.pt · www.metabo.com/pt

informação técnico-comercial

Metade do peso, produtividade máxima e segurança extrema: as novas rebarbadoras angulares Rat Tail para trabalhos pesados em metal, da Metabo.

A equipa mais eficiente no processamento de metal inoxidável em ambiente industrial: a WEV 17-125 Quick Inox RT em combinação com os novos discos Metabo em fibra. Em comparação com o modelo antecessor, os novos discos de polir em fibra removem 30% mais material em menos tempo, além de apresentarem uma

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maior vida útil.

As novas rebarbadoras angulares Rat Tail da Metabo combinam baixo peso, facilidade de utilização, excelente nível de segurança para o utilizador e longa vida útil para processamento de juntas soldadas sem esforço. A Metabo expande a sua linha de rebarbadoras com uma série de potentes máquinas com design Rat Tail. Em aplicações onde, até hoje, apenas grandes rebarbadoras (até 6 kg) eram

utilizadas, as novas ferramentas da Metabo posicionam-se numa classe à parte, com menos de 3 kg. Com o seu punho estreito, as rebarbadoras Rat Tail são particularmente ergonómicas – ideais para um trabalho equilibrado, mesmo em tarefas acima do nível da cabeça do utilizador, Os profissionais, particularmente os que se dedicam a trabalhos pesados na área da metalomecânica, na construção de veículos especiais, na construção naval ou de viadutos, conseguem trabalhar de forma eficaz e segura com as rebarbadoras Rat Tail. Com um peso de apenas 2,9 kg, o modelo WEPBA 19-180

Quick RT é uma das rebarbadoras de 180 mm mais leves do mercado, sendo ideal para o processamento de juntas de soldadura, particularmente em trabalhos industriais de longa duração. O reduzido esforço do operador diminui os períodos de descanso necessários devido a fadiga. Graças ao sistema de refrigeração melhorado, o motor Metabo Marathon fornece 1900 watts de potência. Adicionalmente, um sistema especial melhorado de escovas de carvão duplica a vida útil da ferramenta.

SEGURANÇA EXTREMA DO UTILIZADOR A Metabo ajuda os profissionais a trabalhar de forma segura 365 dias por ano. De acordo com as estatísticas de acidentes divulgadas pela entidade Deutsche Ge-setzliche Unfallversicherung, quase 20% dos acidentes com rebarbadoras angulares resultam da perda de controlo. Por isso a Metabo incorpora várias funções preventivas de segurança nas suas rebarbadoras. Durante trabalhos longos e exigentes o sistema autobalancer integrado e o punho lateral Metabo VibraTech reduzem a vibração e asseguram um trabalho sem esforço e um manuseamento seguro. A embraiagem de segurança Metabo S-automatic isola automaticamente o motor em caso de bloqueio do disco durante o corte, protegendo o utilizador de eventuais retrocessos. A máquina está equipada com um dispositivo de arranque eletrónico suave, que minimiza o risco de perda de controlo ao ligar a rebarbadora. A Metabo disponibiliza um punho multiposições que permite

Segurança extrema do utilizador também na categoria de 1700 watt: as vantagens das novas rebarbadoras para o utilizador incluem dispositivo eletrónico de segurança para desligar, interruptor

Processamento perfeito de aço inoxidável

tipo “homem-morto”, travão do disco e dispositivo

na categoria de 1700 watt: a velocidade ajustável

auto-balancer integrado para extrema segurança

Com um peso inferior a 3 kg, a WEPBA 19-180

e o elevado binário até 5 NM da WEV 17-125

e um trabalho sem esforço. Modelo WEPBA

Quick RT é a mais leve e segura rebarbadora angular

Quick Inox RT previnem o sobreaquecimento

17-150 Quick RT.

de 180 mm no mercado.

e a descoloração do aço.


ET, Lda. Tel.: +351 214 969 050 · Fax: +351 214 960 015 et@etlda.pt · www.etlda.pt

A utilização de máquinas e equipamentos de trabalho implica a existência de diversos perigos que podem originar acidentes graves, com especial incidência nos trabalhos de manutenção. A maior parte desses perigos provém das formas de energia que alimentam as máquinas e equipamentos de trabalho, e que poderão ser potencialmente perigosas. Nos casos mais comuns, trata-se de energia elétrica, mecânica, pneumática ou hidráulica, não descurando, claro, a existência de outras.

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informação técnico-comercial

Manutenção, energia, lockout/ tagout, bloqueio/sinalização… consignação?

A realização de trabalhos de manutenção como a reparação, a verificação, a inspeção, a limpeza, a afinação em condições seguras exige que todos os dispositivos de corte e controlo sejam previamente desligados e bloqueados. Muitos acidentes ocorrem devido ao acionamento inesperado destes dispositivos, provocando a libertação acidental de energias, dos quais resultam, com frequência, lesões graves ou a morte dos acidentados. Comecemos então por aclarar os termos frequentemente utilizados neste tipo de trabalho. • Consignação – É entendida, segundo Pinto A., 2011, como “a transferência de responsabilidade de uma máquina, equipamento ou instalação, durante um intervalo de tempo deter-

minado e nas condições acordadas, para a realização de trabalhos de manutenção, com o objetivo de colocar uma máquina, equipamento de trabalho ou instalação fora de serviço para efetuar trabalhos de manutenção

sem por em risco pessoas ou recursos materiais”. Lockout – Bloqueio. É um método de bloqueio do equipamento, para que este não entre em movimento colocando os trabalhadores (que operam este equipamento) em risco. Consiste na colocação de um dispositivo de bloqueio (“Lock”) num dispositivo de isolamento de energia do próprio equipamento, com o objetivo de garantir que este não possa ser operado ou entre em operação até que o dispositivo de bloqueio seja removido. É muito importante não esquecer que existem equipamentos que retêm energia e que por isso é necessário dissipar a mesma após o bloqueio do equipamento. Tagout – Etiquetagem ou sinalização. Consiste na colocação de uma etiqueta de aviso (“Tag”) no dispositivo de isolamento de energia do equipamento, para indicar ou alertar que o dispositivo de isolamento de energia e o equipamento sob controlo não podem ser operados ou abertos sem antes haver uma atuação intencional por parte do trabalhador que os colocou. Desconsignação – Refere-se a todas as disposições necessárias, para voltar às condições de funcionamento dos equipamentos de trabalho previamente consignados, garantindo as condições de segurança dos trabalhadores e dos equipamentos de trabalho.


O CNC na máquina-ferramenta Feedback

FAGOR CNC

Comando

Feedback régua Drive

Os ciclos de vida dos produtos são cada vez mais curtos e os consumidores mais exigentes e personalizados. Este fenómeno tem surgido nos últimos anos e veio para ficar. Esta situação obriga a processos de fabrico mais rápidos, flexíveis e fiáveis.

informação técnico-comercial

Uma das componentes importantes na indústria produtiva são as máquinas ferramentas CNC. As máquinas CNC, dos mais variados tamanhos e arquiteturas, possuem um ponto em comum, que assume um papel cada vez mais importante: o comando numérico, vulgo CNC.

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Fagor Automation S. Coop – Sucursal Portuguesa, Lda. Tel.: +351 229 968 865 · Fax: +351 229 960 719 fagorautomation@fagorautomation.pt · www.fagorautomation.pt

Força Motor

Figura 1. Exemplo de aplicação de CNC 8065 em centro de maquinação a 5 eixos.

O comando numérico (CNC) é o elo entre quem projeta um determinado produto e a sua realização física. É um sistema de controlo de movimentos que funciona em tempo real, muito flexível do ponto de vista da sua programação e operação. Do ponto de vista técnico, congrega num só dispositivo a leitura de programas de trajetórias, decomposição do movimento da ferramenta nos diversos eixos que compõe a máquina em função da sua arquitetura, controlo do movimento em laço fechado de posição e também controlo sobre as imperfeições e perturbações mecânicas que afetam a precisão e qualidade das peças produzidas. Se por um lado, os processos de desenvolvimento e design de produto evoluíram bastante, por outro, as máquinas têm de realizar os trabalhos cada vez mais rápido com uma qualidade de acabamento superior para evitar posteriores trabalhos de acabamento e ajuste manual. A Fagor Automation está atenta a todas estas mudanças e contribui para a sua evolução, ao fabricar toda uma solução integrada de sistemas de controlo, através de um pacote composto por CNC + Regulação + Sistemas de Medida (Lineares, Rotativos e Angulares). A grande vantagem de uma solução FAGOR Automation é conseguir fornecer uma solução integrada, em conjunto com um serviço pós-venda permanente e próximo do cliente final, para que as Máquinas-Ferramenta, obtenham a maior rentabilidade possível.

Posição do eixo

Feedback Motor

Rotação Motor Servo Motor

Figura 2. Esquema genérico para 1 eixo controlado por CNC FAGOR.

Conhecendo esta realidade, a FAGOR desenvolveu ao longo dos anos ferramentas de ajuste e otimização, cada vez mais fundamentais para o sucesso e produtividade. Uma destas ferramentas é conhecida como FINETUNE, cuja finalidade é a realização de processos variados de auto-tunning, da máquina onde o pacote eletrónico FAGOR está instalado. Para além dos diversos ganhos e parâmetros possíveis de ajustar, existem duas funções particulares muito interessantes, que vale a pena descrever: “notch filter” (filtro corta-banda) e compensação de inércia/atrito. São fundamentalmente estas duas componentes que permitem às máquinas-ferramenta modernas conseguir acabamentos de peças muito próximos do perfeito, quer em controlo dimensional quer em qualidade da superfície maquinada, num curto espaço de tempo, quando comparado com máquinas equivalentes, mais antigas. Os “notch filter“ são usados para eliminar a frequência de ressonância da mecânica da máquina. Esta frequência é única, a cada modelo de máquina, uma vez que é influenciada pela inércia da carga a mover em cada eixo, da própria arquitetura da máquina e dos acoplamentos usados entre os servomotores e a respetiva carga e também do próprio ajuste dos laços de controlo. Esta frequência de ressonância existe em todos os sistemas mecânicos e surge quando esta se move. Existem métodos que minimizam o seu aparecimento tornando a máquina mais

Figura 3. Ajuste Fagor do “FineTune notch filter”.


Adriano Santos Gestor de produto automação geral Fonte: Murrplastik F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com ∙ /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

Quando as equipas de manutenção se deparam com a necessidade de trocar tubos antigos ou com sinais de desgaste as questões e dificuldades são sempre as mesmas: como fazer para ligar e desligar todos os cabos sem tempo disponível para paragens?

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informação técnico-comercial

Manutenção tornada fácil: tubo de abrir flexível

COMO APLICAR TUBO FLEXÍVEL MANTENDO TODOS OS CABOS LIGADOS? E se for possível trocar ou aplicar tubo flexível sem desligar e religar todos os cabos ou condutas já instalados? O tubo de abrir flexível EWT da Murrplastik, também conhecido como tubo bipartido, é a solução mais utilizada e adequada para estas condições. Com o tubo bipartido EWT da Murrplastik é fácil acomodar cabos e condutas já instaladas. Por ser constituído por duas partes que se movimentam para acomodar os cabos e que uma vez acopladas oferecem um elevado grau de proteção e robustez. A Murrplastik aplica tubo bipartido há mais de 20 anos e as equipas de manutenção reconhecem a facilidade de aplicação sem que se comprometa a qualidade e proteção dos componentes.

APLICAÇÕES E ACESSÓRIOS Associados ao tubo bipartido EWT, estão disponíveis os bucins bipartidos SVT e a respetiva porca bipartida GMT.

SVT: bucim bipartido

GMT: porca bipartida

Entre a intenção de utilizar e realmente aplicar tubo bipartido industrial nas suas instalações existe uma grande diferença, certo? Mas se estiver certo de que esta proteção irá ajudar nas manutenções já é um excelente começo.

JÁ CONHECE AS SOLUÇÕES DE DISTRIBUIDORES PARA TUBOS SVY? A Murrplastik disponibiliza uma gama diversa de sistemas de proteção de cabos e acessórios de fixação. Os tubos e acessórios da Murrplastik proporcionam-lhe a solução mais adequada, nas mais exigentes aplicações de proteção e condicionamento de cabos. Os acessórios para distribuição de tubos e condutas estão disponíveis em formato Y (SVY) e T (VT). O distribuidor SVY é feito de poliamida especial modificada, livre de halogéneo, fósforo e cádmio. Esta solução de distribuidor SVY caracteriza-se pela excelente flexibilidade, boa resistência à fadiga e facilidade de montagem. Está disponível em diversas configurações de medida, para diâmetros de tubo iguais ou diferentes. Caraterísticas • Livre de halogéneo; • Poliamida 6; • Temperatura: -40°C – +110°C. Vantagens • Elevada flexibilidade e resistência à fadiga; • Fixação por travamento (reutilizável); • Facilidade de montagem sem ferramentas. Indústrias • Qualquer indústria, independentemente do setor de atividade.

Tubo SVY


Bancadas de trabalho Minitec

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FLUIDOTRONICA – Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 256 681 955 ∙ Fax: +351 256 681 957 fluidotronica@fluidotronica.com ∙ www.fluidotronica.com

informação técnico-comercial

Devido à estrutura modular e à compatibilidade dos componentes do sistema de perfis MiniTec, poderá desenvolver não só estações de trabalho manuais e altamente flexíveis, como também uma variedade de soluções que vão desde bancadas com tecnologia linear e de transporte ou com automação complexa a linhas de montagem automatizadas.

BANCADAS DE TRABALHO & KANBAN O local de trabalho manual é considerado o meio de produção mais flexível na tecnologia de montagem. Tem uma grande influência na economia e na qualidade da produção. Uma e outra vez, deve ser adaptado para a mudança de tarefas e processos de montagem, sem perder de vista as pessoas com as caraterísticas e capacidades pessoais. O design ergonómico (que promove a saúde, o desempenho, a perseverança, a concentração e, por último, a motivação dos funcionários), é garantido também pela provisão precisa de materiais, bem como posicionamento adequado das peças, ferramentas e meios (como por exemplo, ar comprimido), iluminação adequada e fonte de alimentação. Com as bancadas de trabalho CurveTec, o uso de perfis curvos cria estações de trabalho muito ergonómicas. As estações de trabalho podem ser adequadamente adaptadas às condições físicas dos trabalhadores e evitar, assim, possíveis lesões. O trabalhador – que pode trabalhar em pé ou sentado – fica numa posição central para todas as estações agarradas. Mesmo o ajuste automático da altura das bancadas de trabalho CurveTec às medidas corporais do respetivo funcionário pode facilmente ser implementado, de acordo com os requisitos, através dos chips RFID. A adição ideal para as bancadas de trabalho CurveTec é o novo Lifter 1000, que levanta cargas até 200 kg na gama de 95 a 1000 mm. As estações de trabalho podem ser complementadas com um suporte de montagem eletrónica (UEM).

Figura 1. Bancada de trabalho CurveTec com sistema Scan2Light e gestão de fábrica.

GESTÃO DE FÁBRICA E SISTEMAS DE ASSISTÊNCIA INTELIGENTES O uso do inovador sistema scan2light, que é usado como apoio em tarefas de “pick and put”, tem um efeito de aumento de produtividade e redução de erros. Em conjunto com o suporte de montagem eletrónica (UEM) e um monitor de tela sensível ao toque, ele ajuda o funcionário, mesmo em fluxos de trabalho complexos. Juntamente com a prateleira de fácil acesso para o MiniTec KanTainer, o scan2light permite processos de montagem eficazes e económicos com base no princípio Kanban. O sistema scan2light é robusto, durável e económico, tornando-se, assim, uma adição lógica para estações de trabalho MiniTec.

Figura 2. Bancada de trabalho.

MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS Linhas de produção automatizadas significam que soluções de “pick & place” fiáveis e precisas são indispensáveis. A MiniTec proporciona soluções de “pick & place” modulares para automação de montagem, podendo ser desenvolvidas numa ampla gama de produtos. Os sistemas de posicionamento multi-eixo MiniTec já foram implementados com sucesso em diversos setores em vários projetos. Além disso, a MiniTec já desenvolveu uma ampla gama de máquinas especiais específicas do produto para a manipulação de peças: montagem, triagem, alinhamento, soldadura,

" As estações de trabalho podem ser adequadamente adaptadas às condições físicas dos trabalhadores e evitar, assim, possíveis lesões. O trabalhador – que pode trabalhar em pé ou sentado – fica numa posição central para todas as estações agarradas. Mesmo o ajuste automático da altura das bancadas de trabalho CurveTec às medidas corporais do respetivo funcionário pode facilmente ser implementado, de acordo com os requisitos, através dos chips RFID."


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igus®, Lda. Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321 info@igus.pt · www.igus.pt /IgusPortugal

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Mais plásticos inteligentes para maior capacidade de produção A manutenção preditiva faz parte da Indústria 4.0 e das fábricas do futuro. Para esse futuro, a igus desenvolveu uma família de produtos que designou por “isense”. Esta família de produtos carateriza-se por diferentes sensores e módulos de monitorização que tornam as soluções com plásticos mais inteligentes. Na Feira de Hannover de 2017, a igus apresentou produtos aperfeiçoados e novos produtos. Entre eles incluemse, por exemplo, o isense EC.RC, um novo sistema para monitorização do funcionamento das calhas articuladas, o módulo CF.Q, que os clientes já utilizam hoje em dia, mas otimizado para os cabos chainflex inteligentes e os anéis rotativos deslizantes iglidur PRT inteligentes.

Para facilitar os processos de produção e torná-los mais fiáveis os especialistas em “motion plastics” da igus desenvolveram soluções inteligentes que notificam atempadamente possíveis falhas antes de ocorrerem tempos de inatividade não planeados e muito dispendiosos. Há um ano, a igus apresentou na Feira de Hanover os primeiros produtos nesta área – graças a uma procura considerável

por parte dos clientes, os visitantes deste ano puderam conhecer a nova geração de “plásticos inteligentes”.

MONITORIZAÇÃO CONTÍNUA PARA FUNCIONAMENTO MAIS SEGURO Através do novo isense EC.RC (controlo de funcionamento de calhas articuladas).

Este equipamento monitoriza o estado de funcionamento das calhas articuladas, especialmente nas aplicações com guias utilizadas em cursos longos. Os sensores medem e verificam a posição da calha articulada. Desta forma, a máquina é prevenida de uma possível falha mecânica; podendo o seu funcionamento ser interrompido antes da sua ocorrência, isto significa que a perda total da calha ou as falhas elétricas (por exemplo, por danos nos cabos) é uma coisa do passado. Assim, o isense EC.RC, tal como todos os produtos isense da igus, protegem as máquinas contra qualquer falha não programada.

OUTROS “MOTION PLASTICS” INTELIGENTES PARA VÁRIAS APLICAÇÕES Outro novo produto da família dos plásticos inteligentes é o módulo EC.M que é instalado na extremidade móvel das calhas articuladas e regista automaticamente o seu estado, ou seja, a aceleração, a velocidade, a temperatura e os ciclos de funcionamento. A distância percorrida e o restante tempo de vida útil do sistema podem estar associadas a estes elementos. A igus também aperfeiçoou o módulo CF.Q que reúne os dados dos cabos chainflex inteligentes. Graças às medições contínuas das propriedades elétricas, da temperatura ambiente e do número de ciclos, é

"Para facilitar os processos de produção e torná-los mais fiáveis os especialistas em “motion plastics” da igus desenvolveram soluções inteligentes que notificam atempadamente possíveis falhas antes de ocorrerem tempos de inatividade não planeados e muito dispendiosos."


Prolongar o ciclo de vida dos rolamentos

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JUNCOR – Acessórios Industriais e Agrícolas, S.A. Tel.: +351 226 197 362 · Fax: +351 226 197 361 vendasporto@juncor.pt · www.juncor.pt

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Soluções e ferramentas para montagem/desmontagem, lubrificação e monitorização INTRODUÇÃO Cada rolamento tem uma determinada vida útil potencial que pode ser prolongada, ou reduzida, consoante o modo como a manutenção do mesmo, ou do equipamento em que se insere, é desenvolvida, nos vários estágios do seu ciclo. Estando ainda muitas unidades industriais sob o signo da manutenção reativa, urge implementar novos e avançados sistemas de manutenção preventiva, assentes em novas tecnologias e no modelo Indústria 4.0. Estágios importantes, com grande impacto sobre a vida útil do rolamento, podem ser reconhecidos durante o seu ciclo de vida: montagem, lubrificação, alinhamento, monitoramento básico da condição e desmontagem. Para um técnico de manutenção que lide diariamente com estes componentes, compreender o nível de criticidade de cada estágio é extremamente importante para se obter o máximo da sua vida útil.

MONTAGEM E DESMONTAGEM A montagem, como primeiro desses estágios, interfere com todos os demais. Se o rolamento não é montado adequadamente com o método e as ferramentas corretas, a sua vida útil potencial será reduzida. Calcula-se que aproximadamente 15% de todas as falhas prematuras em rolamentos são resultado de má aplicação ou utilização de técnicas de montagem incorretas. Em algum ponto, antes do que seria esperado, o rolamento atingirá o final de sua vida útil e terá de ser substituído. Do mesmo modo, a desmontagem é um momento importante. Embora o rolamento substituído não vá ser utilizado novamente, é fundamental que o mesmo seja desmontado de forma correta, para que a vida útil do rolamento substituto não seja comprometida.

Figura 1.

Assim, é de todo recomendável o uso de métodos e ferramentas de desmontagem corretos, de modo a prevenir também danos a outros componentes da máquina, como o eixo e o mancal, que frequentemente são reutilizados. Aplicando as práticas de manutenção corretas e utilizando as ferramentas certas, para além de prolongarmos consideravelmente a vida útil do rolamento, obtemos ganhos de produtividade e de eficiência da aplicação. Uma das ferramentas disponíveis aos departamentos de manutenção industrial, e não só, é o programa de cálculo FAG Mounting Manager. Trata-se de uma ferramenta online e uma ajuda confortável na escolha do método de montagem correto do rolamento, oferecendo as seguintes possibilidades: • Apresentação de diversos métodos de montagem mecânica e hidráulica; • Cálculo de dados de montagem necessários para a redução da folga radial, deslocamento e pressão inicial;

• •

Fornecimento de sugestões úteis de montagem; Elaboração de uma lista com os acessórios e ferramentas necessários.

Para além da ajuda online, cada vez mais importante nos nossos dias, a Schaeffler, através da sua marca FAG, dispõe de um conjunto de soluções para montagem e desmontagem mecânica de rolamentos, desde kits completos para diversos diâmetros, FITTING-TOOL-ALU-50, a gama PULLER de extração mecânica de dois e três braços e a mesma gama em extratores hidráulicos. Para a montagem e desmontagem hidráulica, temos a gama PUMP com as bombas manuais e de alta pressão. Para rolamentos de grande diâmetro apresenta um grupo móvel, TOOL-RAILWAY-AGGREGATE. Para a montagem e desmontagem por aquecimento, a FAG apresenta a gama de aquecedores HEATER, com um leque de artigos que respondem às várias necessidades do operador de manutenção, desde pequenos diâmetros


Aumentando a produtividade na indústria dos plásticos

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Para si, fabricante de componentes plásticos, a necessidade de uma produção de qualidade, unidade após unidade, exige de si e do seu equipamento requisitos rigorosos. É por este motivo que, quer produza os componentes em larga escala e em quantidades uniformes, quer em pequenas quantidades de produtos personalizados, foi necessário desenvolver uma tecnologia de lubrificantes feita à medida das necessidades dos fabricantes de equipamento, com o objetivo de manter o seu equipamento a funcionar de forma eficiente para se poder manter o mais competitivo e rentável possível.

Sendo o sistema hidráulico o coração das máquinas de injeção de plástico vamos analisar os problemas relacionados, as suas causas e a sua resolução ou melhoria.

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Lubrigrupo Tel.: +351 232 470 607 · Tlm.: +351 935 252 575 / 932 255 111 www.lubrigrupo.pt

Os plásticos desempenham um papel indispensável nos dias de hoje

Figura 1. Sistema hidráulico.

Os principais problemas identificados pelos fabricantes de equipamento, clientes utilizadores de máquinas de injeção e produtores de lubrificantes foram: • Uma maior estabilidade da viscosidade do lubrificante com as alterações da temperatura; • A dificuldade de arranque das máquinas no inverno quando a temperatura ambiente está mais baixa; • A degradação do lubrificante, visível através do aumento da oxidação, do aumento do teor de lacas e vernizes e da perda das suas caraterísticas viscométricas. Esta degradação repercute-se diretamente nas bombas hidráu-

licas e nas servo-válvulas através de avarias sucessivas que levam ao aumento dos custos diretos com a sua reparação ou substituição, e com o aumento direto e indireto do custo de produção devido às perdas de produção pelo aumento dos rejeitados e devido à paragem das máquinas para se efetivarem as reparações necessárias. As principais áreas de melhoria identificadas pelos clientes utilizadores de máquinas de injeção foram: • Uma maior vida útil do lubrificante, permitindo diminuir os custos; • Maior eficiência energética pois um dos maiores custos na operação de injeção de plástico é o custo da energia elétrica. Vamos debruçar-nos sobre os problemas atrás identificados para os compreendermos e tentar perceber as suas implicações nos processos de fabrico na indústria dos plásticos e a forma de, através da escolha dos lubrificantes, contribuirmos para a sua resolução. Estabilidade das propriedades viscométricas – A maquinaria em geral e os lubrificantes que as protegem estão, muitas vezes, sujeitos a uma grande variação de temperaturas ambiente e de operação. Como resultado deste facto é exigido aos lubrificantes que mantenham uma boa pompabilidade a baixas temperaturas e uma espessura de filme lubrificante a altas temperaturas. Um dos exemplos mais prementes deste facto são os lubrificantes hidráulicos utilizados quer em equipamento móvel quer em equipamento estacionário como as máquinas de injeção de plástico. De uma forma geral não é difícil encontrar lubrificantes que satisfaçam estes requisitos, existindo no entanto algumas condicionantes quanto à sua performance ao longo do tempo pois normalmente assiste-se à perda progressiva destas caraterísticas ao longo do tempo de trabalho. De facto, muitos fluidos hidráulicos são formulados com aditivos melhoradores do índice de viscosidade para melhorar as caraterísticas viscométricas a baixa e a alta temperatura. No entanto estes aditivos durante o ciclo de trabalho do lubrificante são sujeitos a forças de corte que vão, progressivamente, diminuindo a sua eficácia ao longo do tempo. Como é sabido, na maioria dos fluidos, a viscosidade varia com a variação da temperatura, quando a temperatura sobe a viscosidade desce e vice-versa. A relação desta variação é descrita por um número (sem unidades) chamado Índice de Viscosidade ou IV. Quanto maior é o IV menor é a variação da viscosidade com a temperatura (Figura 2). Para fluidos hidráulicos minerais normais o IV varia entre 90 e 110. Os aditivos melhoradores do IV são normalmente polímeros de elevado


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LusoMatrix – Novas Tecnologias de Electrónica Profissional Tel.: +351 218 162 625 · Fax: +351 218 149 482 www.lusomatrix.pt

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Multitech: MultiConnect® ConduitTM IP67 Base Station O fabricante Multi-Tech Systems, distribuído em Portugal pela firma Lusomatrix, Lda., projeta e fabrica os seus equipamentos com elevada qualidade, através de produtos inovadores e de comunicação global, oferecendo um ótimo serviço aos seus clientes. O seu sucesso devese ao facto de estar sempre a tentar antecipar as oportunidades de mercado, ouvindo e avaliando as necessidades dos seus clientes. E utilizando todos os recursos disponíveis para desenvolver soluções nos prazos desejados.

LoRa MultiConnect® mCard™, caixa IP67, uma antena LoRa para melhorar o alcance externo e fornece uma escolha de opções para comunicações móveis 3G, 4G-LTE ou Ethernet. Pode ser implantado como parte de uma torre de telecomunicações existente, suporte individual ou suporte de parede.

BENEFÍCIOS • Ampla cobertura da rede LoRa; • Antena externa aumenta a conetividade de LoRa com os dispositivos remotos; • Valor de custo económico e elevada qualidade garantida para aplicativos IoT ao ar livre.

Figura 1.

A Multi-Tech ganhou a reputação de fornecer produtos de alta performance, devido ao controlo de todos os aspetos do processo de desenvolvimento, incluindo design, fabricação e testes. A garantia de qualidade é o seu lema fundamental no processo de fabricação. Um exemplo de um equipamento da sua vasta gama de opções é o MultiConnect® ConduitTM IP67 Base Station. Trata-se de um gateway IoT robusto projetado especificamente para implementações com tecnologia LoRa® de rede pública ou privada ao ar livre. Como tal, esta solução IP67 altamente escalonável e certificada é capaz de resistir aos mais severos fatores ambientais, incluindo humidade, poeiras, vento, chuva, neve

"A Multi-Tech ganhou a reputação de fornecer produtos de alta performance, devido ao controlo de todos os aspetos do processo de desenvolvimento, incluindo design, fabricação e testes."

e calor extremo, suportando aplicações LoRaWAN – em praticamente qualquer tipo de ambiente. Desenhado para uma fácil implantação, a solução inclui um MultiConnect® ConduitTM com uma carta de expansão

Figura 2.

CARATERÍSTICAS • Varrimento na banda ISM para obter melhor desempenho LoRa; • Protocolo Listen Before Talk LoRa; • GNSS para informações de coordenadas de localização; • Suporte de 27dBm para a Europa; • Certificado para a Europa nos 868 MHz, norte-americano e australiano 915 MHz bandas ISM.


Plataforma EPLAN 2.7 já disponível

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M&M Engenharia Industrial, Lda. Tel.: +351 229 351 336 · Fax: +351 229 351 338 info@mm-engenharia.pt · info@eplan.pt www.mm-engenharia.pt · www.eplan.pt

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A Indústria 4.0 e a IoT (Internet of Things) oferecem possibilidades fascinantes na construção de máquinas e instalações. No entanto, o requisito principal é a digitalização consistente de todos os processos e dados de engenharia, desde o fabrico até ao funcionamento e manutenção. Só assim é que as palavras-chave Smart Engineering, Smart Production e Smart Data ganham vida.

É precisamente esta abordagem de digitalização consistente que a EPLAN procura há muito tempo e, em particular a versão 2.7, com as suas inovações. A plataforma EPLAN 2.7 consegue oferecer recursos inovadores para todas as áreas funcionais e etapas do processo. Não menos importante é a ergonomia, que facilita o trabalho diário com o EPLAN. Agora, poderá configurar, por exemplo, as vistas nos navegadores com propriedades individuais, de forma ainda mais nítida e, assim, orientar-se mais fácil e rapidamente, mesmo em projetos grandes. O diálogo Conflito, que é apresentado por defeito, quando diferenças entre os dados da função e os dados do artigo selecionado são detetadas durante uma seleção de peças, foi revisto por completo para esta versão. Com a ajuda da conceção clara do diálogo de conflito, pode agora detetar imediatamente as diferenças que existem entre os dados na função e na peça, e que resultado deve ser esperado. É eliminada a morosa navegação entre as diferentes placas de registo.

Além das placas de registo Árvore, Lista e Combinação, tem agora à disposição a nova placa de registo Informação no diálogo da gestão de peças, no navegador dos dados mestres das peças e na seleção de peças. Nesta placa de registo, são mostradas informações como nome e versão da base de dados das peças atualmente em utilização, o número das peças incluídas, o número de fabricantes/ fornecedores, modelos de furação, listas de acessórios, entre outras informações. As páginas e áreas de colocação sem nomes de macros podem agora ser facilmente encontradas por estarem

incluídas na exibição em árvore mesmo sem terem nome. É também agora possível desenhar caixas de macro como polígonos. Isso permite que as áreas esquemáticas sejam definidas como macros mais rapidamente e dimensionadas de forma mais correta. Isto elimina a necessidade posterior de atribuição de objetos. A partir desta versão, o sistema de ajuda do EPLAN já não é instalado num meio de armazenamento local, mas sim disponibilizado num servidor EPLAN da Web e pode ser sempre aberto online através de uma ligação à Internet. Assim, é possível manter o sistema de ajuda sempre atual. Através de filtros de procura e de sugestões automáticas de termos de pesquisa, poderá restringir ainda mais os resultados da pesquisa e encontrar precisamente a informação que pretende. A seleção da língua permite mudar de cada página da ajuda, para o equivalente em todas as línguas disponíveis. Com a nova barra de navegação, poderá saber rapidamente em que ponto do sistema de ajuda se encontra no momento. A troca de dados interdisciplinar é o foco da nova interface entre a plataforma EPLAN e o Portal TIA da Siemens: concebido de forma segura para o futuro, no formato AutomationML, cada vez mais procurado na Indústria 4.0. É possível entrar mais rapidamente na padronização e reutilização na construção elétrica e de fluidos, assinalando nos projetos existentes as áreas do esquema por linha múltipla e transferindo-as para a biblioteca de modelos central. Esta biblioteca também pode servir de modelo para entrar no EPLAN Cogineer, a nova solução de engenharia para a criação automática de esquemas. O EPLAN Preplanning com as novas possibilidades de criação de diagramas P&I, novas possibilidades de projeção e interfaces de produção no EPLAN Pro Panel e, “last but not least”, uma nova versão do EPLAN Smart Wiring com a nova tecnologia Client Server são o expoente máximo da inovação da nova Plataforma EPLAN.


RS Components Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038 marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com

A RS Components (RS), marca comercial da Electrocomponents plc (LSE:ECM), um dos maiores distribuidores de produtos e serviços de eletrónica e manutenção a nível mundial, anunciou a disponibilidade da quarta geração de fontes de alimentação LOGO!Power da Siemens. Estas novas unidades de alimentação ultra compactas apresentam o mesmo design que os controladores lógicos LOGO!8 da Siemens e fornecem até 100 W a quadros de distribuição, sendo também totalmente compatíveis com a gama de dispositivos de terceira geração.

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RS Components: quarta geração de fontes de alimentação LOGO!Power

O portefólio inclui agora mais dois dispositivos, bem como utilizações e funcionalidades adicionais para uma gama de aplicações, incluindo: automatização industrial, como máquinas de embalagem simples, prensas de resíduos, correias transportadoras e sistemas de triagem; e automatização de edifícios, como controlos de iluminação, extensões de sistemas de controlo de aquecimento ou controlos de portas e portões. A série oferece ainda um maior intervalo de temperatura de operação de -25 a +70°C, o que permite a sua utilização em ambientes frios. Com larguras de caixa de 18 a 72 mm, os dispositivos compactos da quarta geração apresentam uma largura mais estreita, menos 18 mm em comparação à

geração anterior, permitindo uma montagem mais fácil em calhas DIN em quadros de distribuição ou diretamente em paredes ou tetos. Podem também ser montados ao lado de outros dispositivos, por exemplo, fornecendo energia a módulos lógicos inteligentes LOGO! adjacentes. Apresentando uma fantástica eficiência energética tanto em modo de espera como durante a operação, a série proporciona eficiências de até 90% por toda a faixa de carga e perdas em vazio inferiores a 0,3 W. O monitor de corrente integrado também ajuda na colocação em funcionamento e na manutenção: é possível ler a corrente de saída em tempo real como valor de tensão através de um ponto de medição.

Deixa de ser necessário desconetar cabos para a medição convencional da corrente e o sistema continua a ser alimentado com tensão contínua sem interrupções. A série também oferece um sinal de diagnóstico LED “DC OK” para indicação do estado. A série complementa o portefólio LOGO!Power com duas novas variantes de potência: 24 V/0,6 A e 12 V/0,9 A. Com estas duas unidades, a série possui um total de 11 dispositivos com tensões de saída controladas e ajustáveis de 5, 12, 15 e 24 V, fornecendo uma potência de até 100 W. A sua ampla gama de entrada permite que estes dispositivos de alimentação sejam usados com todas as redes de alimentação monofásicas com tensão nominal de 110 a 240 V CA e até mesmo com redes de tensão contínua de 110 a 300 V CC sem necessidade de comutação. A RS e a Siemens estão a trabalhar em estreita colaboração para uma transição suave para esta gama mais recente. Isto inclui a manutenção de stock da gama existente pelo máximo de tempo possível, enquanto fornecem também a nova geração de produtos aos clientes que estejam a trabalhar em novos designs e queiram tirar proveito das mais recentes funcionalidades e tecnologias.

"O portefólio inclui agora mais dois dispositivos, bem como utilizações e funcionalidades adicionais para uma gama de aplicações, incluindo: automatização industrial, como máquinas de embalagem simples, prensas de resíduos, correias transportadoras e sistemas de triagem; e automatização de edifícios, como controlos de iluminação, extensões de sistemas de controlo de aquecimento ou controlos de portas e portões."


Gestão e manutenção de temperatura em armários

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SAE – Sistemas de Automação e Energia, Ltd Tel.: +351 224 956 496 · Fax: +351 224 956 496 comercial@novasae.com · www.novasae.com

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Componentes elétricos sofrem aumento do stress com temperaturas elevadas. Regra geral, a vida de um dispositivo eletrónico é reduzida a metade por cada 10°C (18°F) em relação à temperatura ambiente. Para maximizar os ciclos de vida dos seus dispositivos eletrónicos e manter os equipamentos num ótimo funcionamento, recomenda-se controlar adequadamente a temperatura dos seus componentes elétricos. FONTES DE CALOR O inteiror de um quadro elétrico está sujeito a fontes de calor Internas e Externas. Fontes de calor Internas: • Fontes de alimentação AC/DC & DC/ DC; • Variadores de frequência; • Transformadores e retificadores; • Racks de servidores; • Equipamentos de rádio. Fontes de calor externas: • Exposição Solar; • Alta temperatura ambiente; • Processos de soldadura; • Estufas; • Fornos; • Equipamento de fundição e injeção.

TENDÊNCIAS PARA A GERAÇÃO DE MAIS CALOR Com o desenvolvimento da eletrónica em componentes cada vez mais pequenos, mais poderosos em ambientes e condições cada vez mais severas, o arrefecimento e a gestão térmica é agora uma consideração primária. Deste modo os dispositivos eletrónicos são colocados em armários de menores dimensões, que

intensifica os problemas de calor que podem comprometer o desempenho dos componentes.

CONSEQUÊNCIAS DO EXCESSO DE TEMPERATURA O excesso de calor pode afetar negativamente os controlos industriais, criando o potencial para as seguintes consequências: • Baixo desempenho da unidade; • Funcionamento intermitentes; • Diminui exponencialmente o MTBF; • Falha catastrófica nos componentes; • Revogação de garantia; • Custos de manutenção; • Atraso na expedição; • Insatisfação dos clientes; • Perda de receita; • Horário de inatividade da fábrica.

OPÇÕES DE ARREFECIMENTO A gestão das temperaturas dos componentes elétricos pode ser realizada de

várias formas. Uma das formas é quando o ar no compartimento é trocado com o ar do ambiente envolvente: isto é conhecido como arrefecimento em circuito aberto. Um sistema de arrefecimento de circuito aberto simples filtra o ar de entrada, mas não poderá baixar a temperatura do ar abaixo da temperatura ambiente. Isso fornece uma solução de arrefecimento barata para cargas de calor leve. No entanto, existem possíveis inconvenientes para este método. O arrefecimento em circuito aberto permite que pequenas quantidades de sujidade, poeira, elementos potencialmente corrosivos, vapor de água e outros gases/ vapores se infiltrem no armário. Considera-se o arrefecimento em circuito aberto para aplicações em que o ar circundante esteja limpo, frio e quando é aceitável que a temperatura dentro do gabinete seja ligeiramente superior à temperatura externa. Com maiores cargas de calor, ou para manter um ambiente controlado dentro de um armário, um sistema de refrigeração em circuito fechado fornecer melhores resultados. As duas principais soluções de refrigeração em circuito fechado são aparelhos de ar condicionado e permutadores de calor. Os aparelhos de ar condicionado podem manter a temperatura interna de um armário igual ou abaixo da temperatura ambiente. Os aparelhos de ar condicionado podem ser


Schneider Electric Portugal Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101 pt-atendimento-cliente@schneider-electric.com · www.schneider-electric.pt

A arquitetura MachineStruxure permite melhorias na eficiência dos processos

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Nova tecnologia modular ajuda a reforçar a produtividade no processamento industrial de peixes

Apesar do clima económico menos favorável, o engenho humano continua a desenvolver formas fáceis e eficientes de resolução de tarefas difíceis. Neste caso particular, a Cabinplant A/S, um fornecedor OEM de soluções máquina, de processamento e pesagem/embalamento para a indústria alimentar, na Dinamarca, está a utilizar a sua experiência na construção de máquinas e linhas de montagem para melhorar o processamento da pesca da sardinha na Grécia. De acordo com Alexandre Monteiro, OEM Business Developer, responsável pela Machine Solutions da Schneider Electric Portugal, “A parceria da Cabinplant A/S com a Schneider ElectricTM integrou a arquitetura MachineStruxure e tecnologia Elau

PacDrive para construir robôs mais eficientes, flexíveis e modulares.” O processo de tratamento e enlatamento de sardinhas é, tradicionalmente, um trabalho intensivo que envolve uma longa série de etapas individuais onde se perde eficiência a cada passo. A solução da Cabinplant permite que a indústria de

embalamento obtenha maiores rendimentos a custos mais baixos. “A solução poupa na mão de obra, e garante um maior aproveitamento do peixe. Alcança uma taxa de utilização de até 25%”, testemunha Hansen, Diretor Técnico da Cabinplant A/S. “Como resultado, os produtores irão beneficiar de uma maior utilização de matérias-primas, o que aumenta o rendimento e o nível de produção.”

SOLUÇÃO SIMPLES DE DESENVOLVER E FÁCIL DE IMPLEMENTAR A Cabinplant integrou sete robots Elau PacDrive P4 de aço inoxidável da Schneider Electric nas máquinas de processamento. Estes robots modulares estão equipados com Servo motores iSH com drives integradas, que combinam mecânica e eletrónica num só equipamento. A tecnologia modular inteligente do Servo Drive integrado iSH necessita apenas de uma única fonte de alimentação comum no armário elétrico da máquina, que possibilita alimentar até 25 Servo Drives Integrados em simultâneo.


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SCHUNK Intec, S.L.U. Tel.: +34 937 556 020 · Fax: +34 937 908 692 info@es.schunk.com · www.es.schunk.com

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Usar garras HRC com máquinas-ferramenta

Normalmente, os robots utilizados na fabricação são mantidos em barreiras de segurança para proteger as pessoas que trabalham perto deles de se ferirem. De acordo com muitos especialistas em manipulação, esta realidade está a mudar e a colaboração direta de humanos com robots será, em breve, parte integrante da automação de produção. A Schunk, referência em competência para sistemas de aperto e tecnologia de aperto, está a trabalhar em garras de “domesticação” para cenários colaborativos e para o campo de produção. De acordo com muitos especialistas, atividades repetitivas como o carregamento e a descarga de máquinas-ferramenta serão gradualmente assumidas por sistemas colaborativos. Os funcionários geralmente são responsáveis ​​pela gestão de várias máquinas, como peças em bruto e acabadas, e agora os robots colaborativos estão a assumir as tarefas de carregamento. Em contraste com as soluções automáticas convencionais com robots e barreiras de segurança, as máquinas-ferramenta serão acessíveis livremente durante tais aplicações colaborativas: ordens individuais e pequenas séries serão tratadas individualmente pelo colaborador. Outro campo de aplicação de sistemas colaborativos é o manuseamento de peças em áreas que representem uma ameaça para a saúde, como a inspeção de Raios-X de

peças fundidas de alumínio. O manuseamento direto nas gamas de radiação da máquina de Raios-X agora pode ser assumido pela garra Co-act, antes que o componente seja entregue colaborador para pós-processamento e acabamento individual. De acordo com a Schunk, será mais comum no futuro separar partes de um processo e dividir as tarefas entre humanos e robots. Isto aplica-se, em particular, às áreas em que a automação total será difícil de implementar ou se é economicamente viável. Isso diz respeito particularmente às aplicações, onde as quantidades são muito baixas para uma

solução totalmente automatizada e que são muito abrangentes para tarefas manuais ou vice-versa. As soluções HRC traz vantagens decisivas para tais cenários: aumentam a produtividade, asseguram um alto grau de flexibilidade e reduzem a carga de trabalho do colaborador. Além disso, eles reduzem o risco de lesões e garantem qualidade constante de processos reprodutíveis, independentemente da condição diária do operador. Seguindo os padrões e diretrizes subjacentes, o Schunk definiu três princípios centrais para garras HRC: primeiro, uma garra nunca causará lesões durante a agarração; em segundo lugar, uma garra deve sempre reconhecer o contacto com humanos; e em terceiro lugar, uma garra nunca deve perder a peça de trabalho. Dependendo da aplicação, esta inovadora empresa familiar usa diferentes tecnologias e componentes para este fim: a versão básica de uma chamada garra HRC inerente inclui uma limitação da força de preensão, que é ativada em situações de perigo e limita a força de agarramento para 140 N. Além disso, um design compatível com HRC com cantos e bordas arredondadas reduz o risco de lesões. Além disso, no futuro será possível equipar as garras Schunk Co-act com caraterísticas adicionais: os drives seguros


informação técnico-comercial 88 robótica

TM2A – SOLUÇÕES E COMPONENTES INDUSTRIAIS, LDA Tel: +351 219 737 330 Fax: +351 219 737 339 info@tm2a.pt · www.tm2a.pt

Variadores de frequência DANFOSS Os variadores de frequência podem ser usados para controlar motores elétricos ou para ajudar a gerar energia de fontes renováveis. Todos os variadores de frequência Danfoss são compactos, amigáveis, e quando comparados com soluções sem controlo de velocidade, podem economizar até 50% de energia no seu consumo.

A TM2A pode oferecer soluções robustas de conversão CA para todas as suas necessidades. Disponibilizam uma gama completa de potências, desde 0,25 kW até 5 MW. Os variadores de frequência podem melhorar substancialmente a qualidade e a eficiência de seu processo de produção. Em muitos casos, podem até substituir um complexo sistema de controlo. A TM2A é distribuidor DANFOSS em Portugal.

DANFOSS FC 51 O VLT MICRO DRIVE FC 51 é um variador compacto com grandes capacidades. Devido ao seu tamanho necessita de pouco espaço para instalação. Apesar do seu tamanho compacto, pode ser utilizado na perfeição até em aplicações com maior grau de complexidade. Tem a possibilidade de programar funções especificas no variador ou através do software de parametrização para PC.

DANFOSS FC 102 Consiga uma maior rentabilidade na sua instalação de aquecimento, ventilação ou acondicionado com o DANFOSS FC102 construído especificamente para automação de edifícios. Com cada vez mais exigências a nível de eficiência, o variador de velocidade Danfoss FC102 torna-se indispensável nas funções fundamentais do dia a dia. Grau de Proteção

IP 20 ou IP54/55

Tensão de Funcionamento (VAC)

3 × 380

Temperatura de Funcionamento (⁰C)

-25⁰ … +50⁰

Número de Entradas

6 DI / 2 AI

Número de Saídas

2 RO / 1 AO

Potências para 3 × 380 VAC (kW)

1,1 – 90

DANFOSS FC 202 O VLT AQUA está desenhado para fornecer a maior performance possível a motores AC na área das águas. Com muitas funcionalidades incorporadas, permite o controlo de bombas de água para responder com maior eficácia possível às variações de carga que ocorrem diariamente. O VLT AQUA oferece poupanças no primeiro ano de instalação superiores a 10-30% quando comparada com variadores tradicionais.

Grau de Proteção

IP 20

Tensão de Funcionamento (VAC)

1 × 230 ou 3 × 380

Temperatura de Funcionamento (⁰C)

-10⁰ … +40⁰

Número de Entradas

5 DI / 2 AI

Número de Saídas

1 RO / 1 AO

Potências para 3 × 230 VAC (kW)

0,37/0,75/1,5/2,2

Tensão de Funcionamento (VAC)

3 × 380

Potências para 3 × 380 VAC (kW)

0,37 – 22

Temperatura de Funcionamento (⁰C)

-25⁰ … +50⁰

Grau de Proteção

IP 20 ou IP54/55

Número de Entradas

6 DI / 2 AI

Número de Saídas

2 RO / 1 AO

Potências para 3 × 380 VAC (kW)

0,37 – 90


Conetores para correntes elevadas – tipos e utilizações

Bartosz Głodek TME – Transfer Multisort Elektronik S.L.U.

No primeiro caso – inserções com contactos de aperto, tanto a inserção como os contactos são elementos separados. O contacto é enroscado no fio usando uma ferramenta especial de aperto. Após a fixação do contacto com a abraçadeira do cabo na inserção. Os dois outros tipos de inserções não requerem ferramentas especiais para a montagem. Tanto as inserções roscadas como as inserções de mola são fornecidas com os contactos já instalados. Nas inserções com terminais de rosca, o cabo é apresentado com um parafuso de aperto. A montagem do cabo na inserção de mola só precisa de ser pressionada no seu lugar. A vantagem dos dois últimos métodos está na capacidade de desmontar o cabo sem ferramentas especiais e a opção de voltar a montá-lo rapidamente, o que, em caso de reparação ou manutenção do equipamento, é muito importante.

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informação técnico-comercial

Os conetores para correntes elevadas representam um segmento de mercado que está a crescer rapidamente. Os desenhadores colocam neles grandes expetativas e, sendo a sua principal tarefa transportar grandes potências, eles servem cada vez mais como um conetor complexo que incorpora não só os contactos para correntes elevadas, mas também transmissão ou controlo de dados.

Figura 1. Inserção de contacto HTS de tamanho 5.

CONETORES INDUSTRIAIS RETANGULARES Muitos equipamentos modernos trabalham em condições extremas, de modo que os conetores industriais devem ser de alta qualidade e durabilidade. Eles devem atender a uma variedade de padrões – não só serem impermeáveis e resistentes ao pó, mas também resistente a temperaturas extremas. É por isso que muitos fabricantes oferecem uma série especial de caixas para conetores para trabalhar num gama de temperaturas mais ampla. Depois de selecionar o cartucho, a caixa e os acessórios adequados, temos um conetor externo robusto e resistente a fatores externos. Esta solução também é oferecida pela empresa TE Connectivity, que apresenta a série HTS, que tem sido utilizada pelos desenhadores, com sucesso, há muitos anos. O elemento mais importante do conetor são as inserções de contacto. São, geralmente, feitas de termoplástico. Este material deve cumprir com os padrões UL94. Os modelos estão disponíveis em vários tamanhos, permitindo que se encaixem em diferentes tipos e tamanhos de caixas. Podem ter até 216 contactos. Dependendo do tipo, podem suportar até 420 A. Os contactos podem ser dourados ou prateados. Um parâmetro importante é, também, a forma como o cabo está montado. Distinguimos três tipos básicos de montagem: contactos de crimpagem, inserções de terminais de rosca e inserções de contacto de mola.

As inserções modulares são também uma solução interessante. Este sistema permite a instalação de várias inserções mais pequenas numa única caixa, com diferentes configurações de contactos e conetores de vários tipos. Isso significa que podemos adicionar aos conetores de energia comuns, outros conetores, tais como: RJ45, USB, FireWire, ótico, coaxial, D-Sub e mesmo conetores pneumáticos. Esta possibilidade dá ao desenhador a capacidade de limitar o número de conexões diferentes no dispositivo e utilizar um módulo complexo. Cada inserção de contacto está marcada com um número feito com laser, permitindo rápida identificação, substituição ou reparação.

Figura 2. Exemplo da utilização de inserções modulares.


WEG fornece equipamento para o maior complexo petroquímico da Sibéria

WEGeuro – Indústria Eléctrica, S.A. Tel.: +351 229 477 700 · Fax: +351 299 477 792 info-pt@weg.net · www.weg.net/pt

A WEG realizou o fornecimento de 24 motores de Alta Tensão entre 400 kW e 1990 kW e de peças de reserva, assim como do respetivo comissionamento e startup, para o projeto do cliente ZapSibNeftekhim LLC, filial do Grupo Sibur, ao abrigo de um frame agreement com a Technip, uma das referências mundiais na gestão de projetos de engenharia e construção de infraestruturas para a indústria de energia.

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informação técnico-comercial

ZapSibNeftekhim LLC um caso de sucesso para a WEG

Estes motores destinam-se a um projeto de expansão de uma unidade de processamento localizada em Tobolsk, na região de Tyumen na Sibéria Ocidental, naquele que é o maior complexo petroquímico da Rússia, com duas unidades de produção de polímeros. A primeira visa a produção de polietileno de alta densidade (HPDE), e a segunda, de polietileno linear de baixa e alta densidade (LDPE/HDPE), o que totaliza uma produção anual de 1,5 milhões de toneladas destes produtos, com um fluxo de escoamento de mais de 250 contentores por dia. Durante o pico de construção desta unidade com uma área de 460 hectares, o equivalente a 736 campos de futebol, estiveram envolvidas cerca de 16 mil pessoas, quer a nível da construção quer a nível da instalação de equipamentos,

estando prevista a sua conclusão para outubro de 2019. Para a concretização deste negócio foi necessário o desenvolvimento de um profundo e longo trabalho de acreditação, avaliação e alinhamento técnico,

entre a WEG e a Tecnhip, que teve início em 2011, e que se consagrou com o acordo de fornecimento, fabricação e primeira encomenda em 2015. Torna-se importante realçar que incluído neste acordo com a Technip está envolvida toda uma cadeia de fornecedores de equipamentos – OEMs (fabricantes de compressores, bombas e outros) – os quais foram também inseridos no alinhamento técnico-comercial predefinido para este projeto, tendo sido necessária a realização de um trabalho de acreditação junto destes parceiros, por parte da WEG. A primeira encomenda para a Ensival Moret, um dos três fabricantes de equipamento selecionados, foi lançada nesse mesmo ano, tendo sido concluída a entrega de todos os motores em dezembro de 2016. Uma das especificidades deste projeto consiste no fornecimento de motores à prova de explosão Exd, com particularidades construtivas capazes de garantir a sua melhor performance em condições severas de utilização, como seja a temperatura ambiente oscilante entre os -52ºC e os 40ºC. De acordo com José Miguel Silva, um dos engenheiros responsáveis pela gestão deste projeto na WEG, os pontos fortes para a qualificação da empresa


Weidmüller na “Interlift 2017”

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Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt

informação técnico-comercial

A Weidmüller apresenta soluções personalizadas para o setor dos elevadores e escadas rolantes na “Interlift2017”. Isso inclui o inovador sistema de cablagem do poço do elevador FieldPower® Elevator e Industrial Analytics, onde estão a apresentar um sistema de análise voltado para o futuro para manutenção preditiva.

Figura 1. Tecnologias de digitalização em rede para a indústria de elevadores.

Como parceiro da indústria de elevadores ao longo de muitos anos, a equipa de especialistas da Weidmüller possui uma ampla gama de capacidades e uma grande compreensão das aplicações dos clientes. Os seus especialistas estiveram disponíveis todos os dias da exposição para dialogar intensamente com os clientes. Os visitantes interessados puderam obter informações detalhadas sobre as novas tecnologias, atendendo à apresentação técnica: “Manutenção preditiva – Serviços inteligentes habilitados pela Advanced Analytics”.

SISTEMA DE CABLAGEM DO POÇO DO ELEVADOR FIELDPOWER® ELEVATOR A Weidmüller aspira não só a fornecer componentes individuais, mas a desenvolver conceitos de soluções que simplifiquem os processos de trabalho e aumentem a eficiência do equipamento. Com “FieldPower® Elevator”, o portefólio Weidmüller passa a incluir um sistema de instalação inovador direcionado à tecnologia dos elevadores, e que remete para essa mesma aspiração. Este sistema inovador de instalação revoluciona principalmente as cablagens do eixo.

Destaca-se através de tempos de instalação significativamente reduzidos, permitindo que o trabalho seja realizado de forma muito mais simples, racional e livre de erros. Existem dois componentes-chave no coração do sistema: a caixa de cablagem do eixo do elevador e um

cabo plano de 11 polos. O baixo número de componentes otimiza os custos de logística e simplifica a gestão de projetos. Esta é uma vantagem particular quando se trata da modernização das instalações existentes. As caixas de cablagem do poço do elevador são projetadas para atender exatamente os requisitos da indústria de elevadores, independentemente de ser uma questão de elevadores de passageiros, elevadores de mercadorias, novas instalações ou projetos de modernização. Os contactos de perfuração de dois gumes nas caixas de cablagem do poço do elevador garantem uma conexão fiável do cabo plano. A tecnologia PUSH IN dos terminais de conexão na parte de trás da “caixa” facilita a cablagem rápida do bloqueio da porta (cadeia de segurança), indicação do carro e do piso. Funcionalidades diferentes, tais como alimentação de eixo, aterragem e conexão do poço para transmissão de energia, sinais e dados são possíveis com o Weidmüller FieldPower® Elevator System. A instalação das caixas de cablagem do poço é feita em passos operacionais simples, sem a necessidade de ferramentas especiais.

Figura 2. Com o “FieldPower® Elevator”, a Weidmüller oferece um sistema de instalação personalizado e inovador que revoluciona a cablagem do poço para a tecnologia de elevador.


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Alexandre Monteiro Motion, OEM&Safety Controllers Product Manager Schneider Electric Portugal Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101 pt-atendimento-cliente@schneider-electric.com · www.schneider-electric.pt

case study

Zelio Logic: Relés inteligentes programáveis A gama de relés programáveis Zelio Logic conta com dois formatos: a versão Compacta com três modelos monobloco de 10, 12 ou 20 E/S e versões disponíveis com ou sem visor ou botões; e a versão Modular com duas bases com 10 ou 26 E/S. Podem ser estendidas utilizando-se: módulos de extensão de comunicação Ethernet ou Modbus; módulos de extensão de quatro E/S analógicas e seis, 10 ou 14 E/S discretas. Contam ainda com uma extrema compacidade até 26 E/S dentro dos 124,6 x 90 x 59 mm, voltagem de alimentação de bases (12 V CC, 24 V CC, 24 V CA, 100... 240 V CA), ecrã LCD retro iluminado (quatro linhas de 18 caracteres e uma linha de ícones, navegação contextual utilizando seis botões), cabos com ligação USB e em série para ligação de PC/relé inteligente, interface de ligação (PC/relé inteligente) para ligação sem fios Bluetooth e software de programação intuitivo Zelio Soft (programação utilizando: diagrama de blocos funcionais [FBD] com 32 funções pré-programadas, sete funções Grafcet e seis funções lógicas; linguagem de contacto [Ladder] com 12 funções pré-programadas; programação segura através de teste de coerência, modos de monitorização e simulação, janela de supervisão; monitorização e controlo remoto de instalações utilizando a interface de comunicação do modem [Analógicas ou GSM]). Simples para selecionar, instalar e programar, o Zelio Logic é adequado para todas as aplicações, como por exemplo: sistemas de controlo para máquinas pequenas, sistemas de controlo

descentralizados em equipamento incorporado em máquinas de média e grandes dimensões; setor da construção/serviços, mais especificamente gestão de iluminação, ventilação, controlo do acesso, controlo e monitorização temperatura e pressão, controlo de bombas, instalações de irrigação, monitorização de níveis, válvulas de controlo e transmissão/gestão de alarmes, controlo de acesso e iluminação.

EXEMPLO PRÁTICO Envio e receção de mensagens entre um telemóvel/PC e um Zelio Logic. Material necessário: Arquitetura e cabos: • A versão do Zelio deve ser superior à 3.0 e ter relógio; • O download do programa a partir do Zelio Soft deve realizar-se conetando o cabo do PC ao módulo COM01 (estando este por sua vez conetado ao módulo Zelio); • O cabo de programação deverá ser ligado ao COM01 e não ao módulo Zelio. Modem SR2MOD02 – Hardware • Vista frontal e posterior • Alimentação do modem O cabo de alimentação vem junto com o modem • Instalação do modem: › Retirar a cobertura do SIM da parte posterior. › Inserir o cartão SIM. › Colocar a cobertura do SIM.

› › ›

Conetar a antena GSM ao ligador SMA. Conetar o cabo RS232. Alimentar o modem.

No cartão SIM deve estar ativo o envio de dados. Descrição do material utilizado: Hardware utilizado: • Módulo Zelio SR3B101BD (relógio incluído); • Módulo de comunicação SR2COM01; • Modem GSM SR2MOD02; • Fonte de alimentação ABL7RM2401. Software utilizado: • Zelio Soft 2.

ZELIO SOFT – INÍCIO Só é possível inserir no programa o bloco de comunicações se o módulo COM1 for configurado previamente (ao criar um novo projeto ou adicionado posteriormente). 1

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“a robótica simples é possível. Não no futuro, no nosso presente” manipulação, ensaios funcionais, visão artificial e deslocação de mercadoria podem ser resolvidas de uma forma integrada e simples. Tanto utilizadores finais como as empresas dedicadas à integração de sistemas encontram soluções de elevado valor acrescentado para ir de encontro à sua necessidade. Há uma série de pormenores que ajudam a consolidar a diferença entre a oferta da EPL e a restante oferta do mercado.

por André Mendes

"Podemos afirmar que temos clientes que já tiram vantagem desta situação há vários anos, quando o tema não era tão conhecido e divulgado. E muitos outros têm os dados disponíveis para aceder quando for o melhor momento."

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entrevista

A EPL – Mecatrónica & Robótica é uma PME fundada em 2006 que tem como principal missão a satisfação dos seus clientes através da apresentação de soluções e comercialização de produtos que se adaptem às suas necessidades. A EPL dedica-se à comercialização de equipamentos e soluções industriais, tendo-se especializado nos últimos anos na vertente mecatrónica e robótica industrial. Filipe Carrondo, Diretor-geral da EPL, contou à revista “robótica” um pouco mais da história e do percurso ascendente que esta empresa de referência veio a seguir num mercado cada vez mais global.

Revista “robótica” (rr): Como apresentaria a marca EPL àqueles que ainda não a conhecem? Filipe Carrondo (FC): A nossa empresa é o parceiro sólido para desenvolver soluções de elevada qualidade com foco na robótica industrial. Somos o elo de ligação entre as necessidades dos nossos clientes e as soluções dos fabricantes que representamos. Operamos numa linha de proximidade com todos os interlocutores. Mais que um ou outro fator, é a reunião de vários que nos identifica.

rr: Quais as principais soluções comercializadas pela EPL? De que forma se diferenciam da restante oferta do mercado? FC: A EPL encara o mercado de uma forma particular, procurando sempre a melhor solução para a aplicação. Desta forma o cliente não encontra limites na oferta e o cenário de encaixar a

necessidade ao produto existente não faz qualquer sentido. Assim, partimos para o mercado com soluções de robótica industrial, mas não falamos apenas nos, já vulgares, braços robóticos. Falamos de soluções robotizadas simples, por exemplo, as que permitem prescindir do uso de ar comprimido para movimentar de A para B, até à robótica colaborativa, onde exploramos a possibilidade de ser humano e robot partilharem o mesmo espaço em verdadeira colaboração. Pelo meio, temos uma vasta solução de manipuladores SCARA e antropomórficos de elevadas prestações, excecionais em aplicações onde a precisão é aliada a cadência de trabalho muito elevada. Além disto, a nossa experiência permite-nos oferecer algo mais e juntar às melhores soluções que indicamos, os melhores complementos, assim, aplicações como aparafusamento, dispensing de fluidos, alimentação de componentes,

rr: Como se tem dado o processo de adaptação da EPL ao novo conceito da Indústria 4.0? FC: O processo tem sido simples, desde cedo que optamos por soluções que dão enorme flexibilidade, tanto na altura da parametrização como na altura da utilização. Desta forma a procura crescente para obter dados por forma a poder tomar decisões – algo que a i4.0 veio acelerar – é bem-vinda, pois, muitas vezes, os dados exigidos estão lá, bem como o acesso facilitado aos mesmos. Podemos afirmar que temos clientes que já tiram vantagem desta situação há vários anos, quando o tema não era tão conhecido e divulgado. E muitos outros têm os dados disponíveis para aceder quando for o melhor momento. Hoje, a maioria das nossas soluções permite dar feedback de monitorização, por exemplo, previsão de falha, que permite ao sistema, de forma autónoma, avançar com medidas de alteração de parâmetros para continuar em


“a relação entre a Europneumaq e a Schmersal baseia-se em confiança mútua”

por André Mendes

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entrevista

A criação de parcerias é um dos principais motores para alavancar a indústria e o crescimento das empresas no mercado atual. A Europneumaq e a Schmersal são um exemplo de como a junção do know-how e competências de duas empresas consegue transformarse num exemplo de sucesso. A revista “robótica” encontrou-se com Pedro Simões, Diretor Comercial da Europneumaq, e Nuno Cruz, Diretor Comercial da Schmersal para Portugal e Galiza, por forma a perceber as mais-valias e as oportunidades que esta parceria traz para o mercado nacional.

Revista “robótica” (rr): Para os nossos leitores que não conhecem a Europneumaq, quando foi fundada a empresa e quais os produtos e serviços disponibilizados no mercado? Pedro Simões (PS): Estamos no mercado desde 2001 e desde então temos construído um conjunto de produtos e serviços bastante diversificado. Para isso recorremos a todos os recursos que temos disponíveis para concretizar os projetos mais exigentes nos vários nichos da indústria nacional, sob a forma de soluções integradas, independentemente de se tratar de um construtor de máquinas (OEM) ou um cliente final. Dispomos de uma equipa de projeto formada por engenheiros e desenhadores mecânicos, um departamento técnico qualificado que presta assistência ao

longo de todo o ciclo de vida das soluções que integramos no cliente e uma equipa comercial atualizada e disposta a partilhar o seu know-how. Ao nível dos produtos, o nosso leque é bastante alargado e vai desde perfil de alumínio, equipamentos de controlo de qualidade e testes de fugas, pneumática, prensas e rebitadoras, ferramentas de aperto, atuadores elétricos, sistemas de alimentação de peças por vibração, mãos-presas, entre outros.

rr: Quais as mais-valias dos produtos e serviços da Europneumaq e de que forma se destacam no mercado? PS: Todos os produtos e serviços disponibilizados pela Europneumaq têm como principal objetivo aumentar a

produtividade dos seus clientes. Nesse sentido, julgo que esta é a nossa principal mais-valia, além da preocupação em desenvolver projetos desde a sua conceção até à sua implementação, adaptando as nossas propostas a cada caso particular. Tudo isto não seria possível sem o contributo dos nossos parceiros, que são marcas líderes nas suas áreas e com quem mantemos uma relação de proximidade, sendo desta forma que nos destacamos no mercado, transmitindo confiança ao cliente. Exemplo disso é a nossa parceria com a Schmersal no âmbito da segurança na indústria. Não nos limitamos a vender produtos, mas prestamos um serviço de consultoria que além de ajudar o cliente a encontrar a melhor solução, promove a segurança dos trabalhadores e das máquinas muito além do que muitas vezes nos é solicitado. Nuno Cruz (NC): A Schmersal tem uma gama de produtos, na área da segurança de máquinas, muito abrangente e completa, podendo oferecer ao cliente final uma solução global e integrada. Desde sensores de segurança, fins de curso, barreiras optoelectrónicas e bloqueios de portas até módulos e autómatos de segurança. Também na área de serviços de consultadoria que presta, pode atender a várias solicitações dos seus clientes, como análise e avaliação de riscos, classificação de zonas, engenharia de segurança, certificação, e realização de estudos e projetos de adequação, bem como de intervenções de adequação chave na mão.

"Tudo isto não seria possível sem o contributo dos nossos parceiros, que são marcas líderes nas suas áreas e com quem mantemos uma relação de proximidade, sendo desta forma que nos destacamos no mercado, transmitindo confiança ao cliente."


“há já algum tempo que a Omron trabalha na investigação de robots móveis autónomos”

por André Mendes

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entrevista

Apesar de os robots estacionários estarem consolidados e serem uma parte importante para muitas fábricas e locais de produção, as plataformas e manipuladores móveis serão uma peça importante nas fábricas do futuro. Bruno Adam, Diretor de Projetos Móveis da Omron na Europa, explica como o processo de fabrico está a evoluir e por que motivo as fábricas, incentivadas por uma maior personalização dos produtos, mudarão de modelos lineares de tapetes de transporte e veículos de condução autónoma (AVG) para tipos de robots mais inteligentes.

Revista “robótica” (rr): Neste momento, quais são as tendências mais importantes no setor? Bruno Adam (BA): Há uma clara tendência para o aumento da automatização, com o objetivo de implementar uma estratégia de Indústria 4.0. A maioria dos fabricantes deseja aumentar a produtividade através de uma maior monitorização de máquinas e processos. As melhorias decorrentes da automatização ajudam os fabricantes, que sofrem uma enorme pressão dos clientes, e até mesmo alguns governos a aumentar a produtividade. Outra tendência importante é a personalização de produtos. Os fabricantes viram e aprenderam com o êxito da campanha de marketing da Coca-Cola, “Share a Coke”. A campanha permitia ao cliente comprar latas de refrigerante com o seu próprio nome. Este exemplo foi seguido com êxito por outras marcas, como a

Nutella e Marmite. Fora do espaço dos bens de consumo (FMCG), os fabricantes sabem que uma maior oferta de opções para os clientes resulta em maiores vendas. Para o conseguir, têm de reformular o modo como operam. Felizmente, a automatização é a chave que lhes permite aproximarem-se desse objetivo.

rr: Quais são as diferenças entre a nova metodologia e a atual? BA: A atual filosofia de fabrico baseia-se numa linha de produção linear. Isto funciona bem quando existem encomendas para um alto volume de artigos idênticos. Quando se pretende oferecer o mesmo volume de artigos, mas uma maior variedade de opções, a linha de produção não é o modo mais eficiente de o conseguir. Alguns fabricantes visionários estão a mudar para uma abordagem baseada em células para aumentar a sua variedade

de oferta, mas esta abordagem tem os seus desafios. Os tapetes de transporte são ideais para uma linha de produção tradicional, mas não funcionam tão bem num ambiente não linear. A abordagem baseada em células conduziu efetivamente a um aumento do número de trabalhadores para transportarem os artigos parcialmente terminados entre as células utilizando carrinhos de mão, tróleis ou empilhadores. Claro que isto invalida a eficiência e as vantagens económicas que fundamentam a automatização.

rr: Como se pode superar estes desafios? BA: Os robots móveis procuram ser essa solução. A primeira fase dos robots móveis funcionava reagindo a objetos físicos. Geralmente seguiam uma linha de pintura ou ímanes e outros tipos navegavam a seguir marcas especiais nas paredes. No entanto, tinham inconvenientes semelhantes aos tapetes de transporte porque apenas eram úteis para transportar o produto entre dois pontos definidos. Se o destino muda, é necessário mudar o ambiente para que funcionem, algo que custa tempo e dinheiro. Para permitir que a fábrica baseada em células funcione de forma eficiente é necessário um robot móvel inteligente que conheça o ambiente em que opera e possa calcular o melhor percurso entre vários pontos. Até agora, um veículo assim era impossível por dois motivos: não existia a capacidade de processamento bruto disponível para processar os complexos algoritmos de Inteligência Artificial (IA) necessários para o funcionamento autónomo, ou que funcionasse com uma pequena bateria adequada ao factor de forma pretendida do robot. Além disso, a tecnologia dos sensores LIDAR ainda não estava suficientemente madura para permitir que o robot se deslocasse em segurança. Com a evolução tecnológica


“para 2017 o nosso tema central é o programa Stauff Line”

por André Mendes

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entrevista

A Stauff é conhecida, há mais de 50 anos, pelo desenvolvimento e produção de componentes de tubagens e de acessórios hidráulicos de alta qualidade para o segmento da engenharia mecânica. Falamos com Jörg Deutz, CEO do grupo Stauff, sobre a aposta no desenvolvimento contínuo da empresa a fim de afirmar-se, cada vez mais, como fornecedor de soluções e sistemas completos.

Figura 1. Jörg Deutz, CEO do grupo Stauff.

Revista “robótica” (rr): Na última feira de Hannover surpreendeu o mercado com a gama de produtos Stauff Connect, um programa de uniões roscadas de tubos da Stauff. O que podem esperar os visitantes da Stauff este ano? Jörg Deutz (JD): Para 2017 o nosso tema central é o programa Stauff Line. Stauff Line é o conceito que engloba todos os serviços Stauff relacionados com tubagens rígidas e flexíveis para sistemas hidráulicos, incluindo a análise e otimização de sistemas existentes, a criação de raiz de novos sistemas de tubagens, o fornecimento de todos os componentes ou de módulos com especificações especiais solicitadas pelos clientes até à linha de montagem do cliente. Um requisito fundamental para o cumprimento dos nossos compromissos é o nosso vasto programa de componentes

para os sistemas hidráulicos móveis e fixos, no qual focamos todos os nossos esforços nos últimos anos. Um passo decisivo rumo a esse objetivo foi a recente comercialização do nosso programa de uniões roscadas Stauff Connect, há cerca de dois anos. Atualmente continuamos a

investir na nossa capacidade de produção na sede do grupo Stauff em Werdohl, de modo a podermos suprir as necessidades de crescimento esperado nesta gama de produto, recorrendo também às capacidades de produção do grupo Volz em Deilingen, no qual temos uma participação desde 2013. Ainda para este verão está previsto o arranque de produção com nova maquinaria de tecnologia de ponta, para a produção de maiores quantidades. Assim podemos garantir aos nossos clientes, a longo prazo, a segurança de fornecimento e de stocks.

rr: Qual é o papel da Voswinkel GmbH neste contexto? JD: A aquisição da Voswinkel em 2015 e a unificação dos portefólios de produtos das duas empresas foi um passo importante para a criação do programa Stauff Line. A Voswinkel é um dos cinco maiores fabricantes mundiais de acoplamentos rápidos e, além disso, tem um vasto programa de valvularia para mangueiras, especialmente desenhadas para o segmento de alta pressão. A competência e as décadas de experiência da Voswinkel na produção de tubagens, segundo as especificações dos clientes, serão naturalmente também incluídas no programa da Stauff Line. Outros componentes de tubagens decisivos já faziam parte da nossa gama de produtos: desde braçadeiras Stauff

Figura 2. O programa “Stauff Line” inclui todos os componentes para sistemas de tubagens hidráulicos, que também podem ser fornecidos montados em módulos.


Festo Motion Terminal revoluciona o mundo da pneumática

Festo – Automação, Unipessoal, Lda.

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reportagem

A Festo apresentou, no passado dia 14 de setembro na Alfândega do Porto, a novidade mundial do Festo Motion Terminal (VTEM). É a primeira válvula do mercado controlada por aplicações (Motion Apps). Este produto inovador traz uma série de vantagens sem precedentes e eleva a automação para uma nova dimensão no marco da Indústria 4.0.

A descrição do Festo Motion Terminal (VTEM) foi realizada pelos responsáveis de produto, Márcio Lopes e Fernando Figueiredo. Ambos sublinharam a importante novidade de ter uma válvula que abrange uma ampla variedade de funções pneumáticas para as quais até

agora era necessário mais de 50 componente diferentes. Isso é possível com um único hardware que, em combinação com diferentes aplicativos (Motion Apps), oferece uma ampla gama de possibilidades. Entre elas destacam-se: válvula proporcional de

caudal, soft stop, regulação da pressão proporcional, atuação ECO (modo económico), nível de pressão selecionável, diagnóstico de fugas, regulação do caudal de alimentação e escape e pré-ajuste do tempo de movimento.

BENEFÍCIOS IMBATÍVEIS A capacidade de combinar várias funções com um único hardware, e clicando num único botão, simplifica a complexidade das instalações, acelera os processos e oferece uma grande flexibilidade na adaptação das máquinas às necessidades, cada vez mais variáveis, da produção. As Motion Apps agora disponíveis oferecem vantagens imbatíveis, tais como: tempos de manutenção reduzidos, aumento da vida útil do equipamento, menores custos operacionais e maior eficiência energética, entre muitas outras. Em relação à economia de energia o Festo Motion Terminal utiliza tecnologia orientada para este propósito com o uso de válvulas piezoelétricas. Estas válvulas permitem reduzir o consumo de energia para a servopilotagem em até 90%. O Festo Motion Terminal é o expoente mais avançado da pneumática digitalizada para Indústria 4.0. Este novo conceito de produção envolve a fusão inteligente de mecânica, da eletrónica e do software. Além da adaptabilidade e flexibilidade mencionadas, o sistema facilita a transparência dos processos e possibilita a auto-otimização devido à compilação e análise de enormes quantidades de dados sobre o seu próprio funcionamento.

COMO LIDERAR A MUDANÇA O diretor de mercado da Festo, Pedro Fonseca, centrou sua intervenção durante a apresentação na mudança de paradigma da Indústria 4.0. Pedro Fonseca sublinhou que essa mudança não se baseia numa inovação tecnológica específica, já que a maioria dos elementos envolvidos


Seminários Push-in TIME – tecnologia original designed by Phoenix Contact

por Marta Caeiro

robótica

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reportagem

Cerca de 140 participantes de vários ramos, tais como integradores, fabricantes de máquinas, quadristas e projetistas estiveram presentes nos seminários Push-in TIME, organizados pela Phoenix Contact, que decorreram nos passados dias 26 e 28 de setembro e 2 de outubro no Porto, Leiria e Lisboa, respetivamente.

“JUNTOS CONSEGUIMOS MOLDAR O FUTURO!” Seminário Push-in TIME: tecnologia, ensaios, testes, produtos e aplicações. Estava assim lançado o mote para a palestra que se faria ouvir no arranque do seminário. Michel Batista, Diretor Geral da Phoenix Contact, começou por dar as boas-vindas a uma plateia que se mostrou entusiasta e atenta às intervenções que se seguiram. Não deixou de parte os devidos agradecimentos, frisando com especial ênfase os oradores convidados. “A tecnologia Push-in já está presente nas nossas vidas e em muitas aplicações que até nós desconhecemos, mas que já nos acompanham há algum tempo”, introduziu Michel Batista. “Somos um líder mundial das tecnologias de comunicação e de automação. Somos uma empresa privada fundada em 1923 e financeiramente independente, o que significa que todos os capitais da empresa são capitais próprios. O facto de nós estarmos aqui tem um objetivo que, se tivesse que ser realçado numa palavra, seria

‘Confiança’. A vossa confiança nos quadros, valores, marca e produtos da Phoenix Contact é algo que nos move todos os dias. A palavra ‘Confiança’ é fundamental. Para nós, é termos a garantia de que nas vossas mentes Phoenix Contact é sinónimo de uma empresa de confiança e de pessoas que são de confiança”, afirmou ainda o Diretor, que foi dando brevemente os traços históricos do ADN da Phoenix Contact.

A história da empresa tem início então pelas mãos de Hugo Knümann, seu fundador, em 1923, em Essen, numa representação comercial para produtos elétricos que comercializava bornes de fios de contacto para elétricos. Em 1966 a empresa estabeleceu-se onde se encontra atualmente, na cidade de Blomberg, Alemanha. É no início dos anos 80 que dá os primeiros grandes passos na sua internacionalização, abrindo sucursais além-fronteiras. Em 1987, o sistema de bus de campo revoluciona a automação: permite uma abertura de todo o sistema, desde o sensor até ao controlador. Corria já o ano de 2005 quando a empresa entrou na área do safety – máquinas seguras, segurança intrínseca – a área da segurança para as máquinas. Hoje, conforme referiu Michel Batista, “possuímos uma extensa gama de produtos, mais de 60 000 artigos, desde um simples borne ao mais complexo autómato”. Com cerca de 15 mil colaboradores a nível mundial, a empresa apresentou em 2016 uma faturação de 1970 milhões de euros, sendo que 25% foi realizada na Alemanha. Inserida numa vasta diversidade de mercados – produção e distribuição de energia, indústria de processo, indústria automóvel, energias renováveis, telecomunicações, ferrovia, fabricantes de máquina, building automation, entre outros – a Phoenix Contact orgulha-se


MÁQUINAS ELÉTRICAS E ALGUNS ENGENHOS (2.ª EDIÇÃO)

Idioma: Português

Atualmente, as máquinas elétricas desempenham um papel muito importante não só na indústria como no dia a dia da generalidade da população. São muito utilizadas como geradores para produzir energia elétrica, convertendo energia mecânica em energia elétrica, e para produzir energia mecânica, como motores, convertendo a energia elétrica em energia mecânica, e ainda, como transformadores, transformando o nível de tensão, importante não só na utilização de energia elétrica como na sua distribuição e transporte. Praticamente, em todo o mundo, as máquinas elétricas são ensinadas, e muito justificadamente, em muitas escolas e universidades pelo menos um semestre, e em muitos casos mais do que um semestre. Este livro destina-se a permitir ser utilizado no apoio destes cursos, estando previsto que possa ser utilizado parcialmente ou na sua totalidade. O livro realiza uma abordagem teórica e prática, numa perspetiva multidisciplinar, com o fim de facilitar a compreensão das máquinas elétricas, disciplina aliciante.

Venda online em www.engebook.pt

Índice: Conceitos básicos de circuitos elétricos de potência. Alguns conceitos fundamentais de mecânica.

22,00 €

Autor: André Sá, António Barbosa ISBN: 9789897232442 Editora: Publindústria Número de Páginas: 364 Edição: 2017

Conceitos fundamentais da conversão de energia em eletrotecnia. Máquinas de corrente contínua. Transformador monofásico. Transformador trifásico. Transformadores especiais. Máquinas de indução. Máquinas síncronas.

TURBOMÁQUINAS – UMA ABORDAGEM MODERNA

Idioma: Português

Índice: As turbomáquinas. Dinâmica de fluidos em turgbomáquinas. Turbomáquinas centrífugas. Análise

Venda online em www.engebook.pt

dimensional. Turbomáquinas axiais. Turbomáquinas hidráulicas. Análise e projeto computacional de

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BIBLIOGRAFIA

Edição: 2017

Nesta obra apresentam-se as matérias relevantes para um curso avançado de turbomáquinas, incluindo aspetos importantes para o projeto e a análise do seu funcionamento. A informação é exposta de forma sistematizada e analiticamente rigorosa, sendo profusamente ilustrada, facilitando assim a assimilação dos aspetos mais complexos. Utiliza-se uma abordagem pedagógica atual que permite tornar o conhecimento mais acessível a estudantes do ensino universitário e politécnico, assim como aos profissionais da engenharia na sua atividade diária, nas empresas, para autoformação, atualização e consulta. O livro compreende sete capítulos. Inclui uma visão histórica, apresenta capítulos inteiros dedicados aos ventiladores, bombas, compressores, turbinas a gás centrífugas e axiais, e ainda às turbinas hidráulicas e análise dimensional. O último capítulo trata do projeto computacional avançado de turbomáquinas. Em cada capítulo são apresentados exemplos de exercícios resolvidos.

20,00 €

robótica

Autor: José C. Páscoa ISBN: 9789897232411 Editora: Publindústria Número de Páginas: 294

turbomáquinas.

MÁQUINAS FERRAMENTA

Autor: Horst Witte

Este livro é destinado aos estudantes das áreas de Tecnologia e Engenharia Mecânica, como também aos alunos das escolas técnicas em geral e todos aqueles que interessam-se na construção e fabricação das máquinas-ferrramenta. O livro aborda os princípios e elementos básicos na construção, funções, acionamento, hidráulica, pneumática, comandos e usinagens das respetivas máquinas-ferramentas, assim também como uma introdução à robótica e acionamentos copiadores através de modelos padronizados. O livro termina com uma explanação geral dos modelos e máquinas-ferramenta existentes no mercado.

ISBN: 8528904571

Índice: Técnicas de Fabricação. Processos de fabricação. Máquinas de fabricação. Acionamento de Máquinas-

Editora: Hemus

ferramenta. Elementos básicos. Acionamento principal escalonado. Mecanismo de avanço. Câmbio sem

Número de Páginas: 395

escalonamento. Técnicas de Comando. Comandos fixos. Técnica dos copiadores. Controle numérico. Técnica

Edição: 1998

CNC. Características Construtivas. Elementos construtivos. Máquinas estandardizadas (Standard). Máquinas

34,16 €

Idioma: Português (do Brasil)

especiais. Máquinas para produção.

Venda online em www.engebook.pt

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Robótica – Robots, ciencia y tecnologia

O blog Robótica é um espaço na Internet destinado a dar a conhecer todas as novidades e inovações no mundo da robótica. Este blog espanhol conta com inúmeros artigos e conteúdos multimédia que têm como principal intuito esclarecer de uma forma clara e interativa diversos temas relacionados com a robótica tais como: novidades, curiosidades, próteses robóticas, protótipos, drones, entrevistas, eventos, entre muitos outros. www.robotica.es

robótica

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LINKS

Blog da Robótica!

Criado por um conjunto de mestrandos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Blog da Robótica! tem por intuito demonstrar os projetos criados pelo Grupo de Estudo de Automação e Robótica (G.E.A.R.), além de ser um espaço na qual autores partilham os projetos individuais, notícias, dicas, tutorias e demais assuntos relacionados a automação e robótica. Os autores salientam que um dos objetivos deste espaço passa por tentar fornecer o máximo de informações possíveis sobre cada projeto, disponibilizar layouts eletrónicos, esquemáticos, programação e principalmente tirar dúvidas que surgirem de acordo com os seus conhecimentos nesta área de estudo. www.blogdarobotica.com.br

Mi blog de Robótica Educativa

Mónica Leda Torres é docente na área da tecnologia educativa e criou este espaço virtual para dar a conhecer um pouco do seu hobby e a sua paixão – trabalhar com robots. O principal objetivo deste blog é recompilar estudos, investigações e artigos que mostrem os diferentes enfoques da Robótica Educativa. Investigação, desenvolvimento de hipóteses, análises, gestão de tempos e recursos, sociabilização, são alguns dos temas que abordados neste blog que pretende ser mais do que apenas um recurso didático, mas sim uma demonstração de um conjunto de experiências e conhecimentos. http://roboticaeducativarobotics.blogspot.pt

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