n°01 / out. 20 09 / G RAT U í Ta
PORTUGAL Cultura e tendências urbanas
CULTURA E TENDÊNCIAS URBANAS
© Cristina Moreira
www.revista-sai.pt (sai em outubro)
Índice sai - outubro 2009 #01
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em Breve
14 Entrevista Nuno Carinhas 20 Reportagem A aldeia dos poetas
28
Sai a pé pela cidade
#1 Porto
30
Moda
Ethical Fashion Show, Portefólio
44
Música
Seu Jorge, Diana Krall,
Amália Hoje...
64 Cinema Festa do Cinema Francês,
doclisboa, Anticristo…
72
Portefólio Nils Riedweg: Pool
82 Exposições Amália, Augusto Alves da Silva, © 2009 by Nils Riedweg, www.holgersson.ch
Gruyter e Thys…
94 Teatro e Dança Festival Trama,
Ifigénia na Táurida, Mansarda…
106 Críticas CD, DVD, livros
110 Agenda concertos 124 Clubbing Jeff Mills, Miss Sheila
130 Internet
Photo : Hélène Giansily
REVISTA CULTURAL E DE TENDÊNCIAS URBANAS
editorial |
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N°01 Portugal - outubro 2009
www.revista-sai.pt Edição Art-Mada Rua Ofélia da Cruz Costa, 922 – 2.º dto 4455-138 LAVRA Portugal Director: Stéphane Landelle 00351 968 604 752 Redactor-chefe: João Pedro Barros Secretária de redacção: Susana Ferreira Direcção de Arte: xiiistudios.com Participaram neste número: Mário Souto, Daniel Faiões, Fernando Vasquez, Gonçalo Jordão, Daniel Afonso, Mariana Duarte, , Eugénia Azevedo, Sophie Fonfec, Jp, Lucie Duban, Grégoire Bernard, Nuno Catarino, Tiago Rillaz, Catherine Nerson, João Campos, Sarah Griesler Responsável publicidade: João Morais 00351 914 654 467 Impressão: Imprimerie Ménard, Toulouse
Capa Nils Riedweg: Pool
O editor declina qualquer responsabilidade no que diz respeito às representações visuais, fotografias, anúncios, omissões ou erros que possam estar presentes nesta publicação. Todos os direitos dos autores reservados para todos os países. Qualquer reprodução com fins profissionais, mesmo que parcial, e por qualquer processo é formalmente proibida e dará lugar a sanções penais.
Papel proveniente de florestas geridas de forma sustentável. Revista grátis. Quando já não precisar dela, deixe-a num ecoponto azul.
Nas suas mãos Preparar um primeiro número é sempre difícil, qualquer que seja o objectivo ou poderio financeiro da publicação em causa. A revista que tem entre mãos não é uma excepção: houve vários obstáculos a derrubar e alguns neurónios queimados para chegarmos a este formato, que consideramos o mais adequado para fazer chegar aos leitores o melhor da cultura que se pode fruir em Portugal. Aliás, é caso para dizer que estamos duplamente nas suas mãos: a nossa revista depende apenas da adesão dos seus anunciantes e patrocinadores, pelo que só o interesse de quem a folheia proporciona o seu sustento. É verdade, a SAI é gratuita, e por isso o melhor elogio que nos pode fazer é considerar que lhe estamos a dar algo que vale a pena. É inevitável que guardemos algumas linhas para agradecer àqueles que confiaram em nós desde o início desta aventura (que principiou com o número 0, em Junho) e a todos os que agora se juntam a ela. Se teve paciência para ler este texto até ao fim, podemos prometer-lhe uma coisa: é o menos interessante de toda a revista.
O lado B dos Da Weasel O disco de estreia dos Teratron, um duo constituído por João Nobre e Pedro Quaresma, dos Da Weasel, está nas lojas desde 28 de Setembro. O álbum homónimo aventura-se pelos territórios da electrónica e pisca o olho ao dubstep, mas o projecto também assume retirar ensinamentos das «entranhas do rock». As influências invocadas vão desde Afrika Bambaataa até The Chemical Brothers. O disco tem a participação dos ingleses Backyard Bully e Kenton Thatcher, da norte-americana Malica e da portuguesa Yellow. O vídeo do primeiro single, Don’t rush that, pode ser visto na página da dupla no myspace, em www. myspace.com/teratron. /
Em breve... DR
Rammstein sem pudor Não é a primeira vez que a banda alemã Rammstein se envolve em polémica, mas o teledisco de Pussy promete ultrapassar os anteriores casos. O problema não é a letra da canção («You've got a pussy / I have a dick / So what’s the problem? / Let's do it quick»), mas o facto do vídeo em causa se assemelhar a um pequeno filme pornográfico. Cada um dos seis membros da banda interpreta um estereotipo desse género cinematográfico… e vai até ao fim, sem censura. O realizador é o premiado Jonas Åkerlund, que já trabalhou com Metallica, Madonna ou The Rolling Stones. A versão não censurada só estará disponível na Internet. Os Rammstein actuam no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a 8 de Novembro. /
Indiana Jones outra vez
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Ao que parece, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) não foi o último tomo da saga que conta a história do aventureiro de chapéu e chicote. Em declarações ao jornal francês Le Figaro, o actor Harrison Ford adiantou que um novo capítulo está a caminho: «A história para o DR novo Indiana Jones está a tomar forma. Steven Spielberg [realizador], George Lucas [produtor] e eu próprio estamos de acordo acerca da abordagem desta quinta aventura, e o George está a trabalhar activamente nela. Se o guião for bom, ficarei contente por voltar», garantiu. /
Lily Allen quer retirar-se do mundo da música. A cantora, de 24 anos, escreveu no seu blogue que não tem «intenções de voltar a cantar» e que foi por essa razão que não renegociou o contrato com a EMI. / / Os U2 vão actuar Estádio Municipal de Coimbra a 2 de Outubro de 2010, anunciou o sítio oficial na Internet da banda. Desconhece-se ainda em que data os bilhetes serão postos à venda.
Custo zero Anti-Guitar Hero
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Bill Wyman, ex-baixista dos Rolling Stones, e Nick Mason, baterista dos Pink Floyd, estão irritados com a popularidade de videojogos como Guitar Hero e Rock Band, em que os controladores simulam instrumentos musicais. Em entrevista à BBC, os dois músicos (de 72 e 65 anos, respectivamente) desenvolveram uma tese: os instrumentos «a brincar» afastam os jovens da aprendizagem de instrumentos reais. «Irritou-me ver os meus filhos jogarem. Se eles passassem tanto tempo a tocar guitarra como passam a aprender como carregar nos botões, já seriam muito bons guitarristas», afirmou Nick Mason. /
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Eles já venderam milhões de discos, separaram-se, reuniram-se e caíram no quase esquecimento. Os Smashing Pumpkins de Billy Corgan já perceberam que o tempo de fazer milhões a vender discos já passou e vão disponibilizar o seu novo álbum, Teargarden by Kaleidyscope, de forma completamente gratuita, através da Internet. «Grátis vai significar grátis, o que quer dizer que não vão ter de subscrever nada, dar uma morada de email ou saltar pelo meio de um arco», escreveu Billy Corgan, no sítio oficial do grupo, em www. smashingpumpkins.com. O álbum deve conter 44 canções, lançadas uma de cada vez, num processo que deve começar já em Outubro. A banda espera apresentar um novo tema a cada três ou quatro semanas. /
Um novo lugar para os noctívagos do Norte: o Be.att vai abrir suas portas na Avenida Villagarcia de Arosa, em Matosinhos. A programação promete ser de qualidade, com DJ portugueses e estrangeiros. A inauguração é a 3 de Outubro. / / Quer ser o novo Charlie Kaufman? O centro de formação artística NextArt, em Lisboa, propõe uma iniciação à escrita de argumentos de cinema. Quintas-Feiras, das 19h30 às 22h. Telefone: 213 421 215.
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Lisboa vai ter bienal de arte contemporânea Em Junho de 2010, em Lisboa, vai inaugurar-se a primeira edição da Bienal Portugal Arte 2010, dedicada à arte contemporânea. O evento, de iniciativa privada, terá o apoio da EDP, mas também de instituições públicas como as Câmaras Municipais de Lisboa e Grândola, onde vai existir uma extensão da mostra. As obras vão ser expostas em espaços, praças e avenidas centrais das duas cidades, sendo que está confirmada a presença de peças de Chris Burden, Sterling Ruby e dos Faile. A bienal também já tem um sítio na Internet, em www.portugalarte.org. /
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Francisco José Viegas com novo livro
Egípcio contra búlgara
O Mar em Casablanca (Porto Editora) é o título do novo livro de Francisco José Viegas, que marca o regresso do escritor aos romances, depois de ser distinguido com o Grande Prémio de Romance e Novela, em 2006, por Longe de Manaus. A obra será colocada nas livrarias a 8 de Outubro. Conhecido como um prolífico criador de policiais, Viegas regressa à personagem do inspector Jaime Ramos, da Polícia Judiciária do Porto, que já marcou presença em anteriores romances do autor. /
O ministro da Cultura egípcio, Faruk Hosni, acusou a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) de se ter tornado «politizada», depois de ter perdido o escrutínio para o cargo de director-geral da organização, face à candidatura da búlgara Irina Bokova. «O candidato egípcio tinha contra ele todos os jornais e as pressões sionistas», disse Hosni – que recebeu o apoio de Portugal – aos jornalistas. Bokova é a primeira mulher a ocupar o cargo. /
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Dave Grohl acrescentou o seu nome à lista dos participantes do futuro álbum de Slash (previsto para o início de 2010), denominado Slash and Friends. Junta-se assim a Flea, dos Red Hot Chili Peppers, Jason Bonham, filho de John, dos Led Zeppelin, e Fergie, dos Black Eyes Peas. / / Depois da residência artística que começou a 14 de Setembro, a dançarina espanhola Patricia Cabalero apresentará os frutos do seu trabalho a 31 de Outubro, às 18h, no Atelier Real de Lisboa, com entrada livre.
The Wall, acto dois O muro da Cisjordânia, suposta barreira para proteger Israel dos terroristas, mas que cerca os palestinianos num campo a céu aberto, não se assemelhará ao de Berlim? A sua destruição não é ainda uma actualidade, mas artistas palestinianos e uma fundação holandesa inspiraram-se em graffiti que cobrem as pedras de Berlim. Por 30 euros, propõem-se escrever sobre esta parede uma mensagem da autoria de qualquer interessado – exceptuando temas relacionados com ódio –, de maneira a apoiar a criatividade da juventude e os projectos sócio-culturais na Palestina. /
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Garganta Funda... oooo!
Kunst vs. Arte
© Susi Widemann
De 30 de Setembro a 19 de Outubro, a Escola de Belas Artes de Munique «invade» a Fábrica Braço de Prata, para uma residência artística conjunta com os homólogos lisboetas. O objectivo é ocupar vários espaços da Fábrica (antigamente de armas), tendo em conta a história do lugar e o ambiente no qual está situada. Esta Jetklasse tem como finalidade a criação de uma exposição colectiva reagrupando diversas disciplinas destes 35 jovens artistas, originários de diversos países. A inauguração será a 9 de Outubro. /
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De 26 de Setembro a 5 de Outubro, o Fundão vai ser a cidade mais escaldante da Europa, com a décima edição do Imago – Festival Internacional de Cinema Jovem, que tem como tema transversal o sexo. Seria simplista reter unicamente este aspecto do evento, de tal forma a programação é vasta e de qualidade. Entre as selecções oficiais e as numerosas actividades paralelas, a aposta nos jovens realizadores é inquestionável, da mesma maneira que a forte presença de rockumentários e de concertos fazem deste Imago o momento simultaneamente mais fresco e quente deste Outubro. /
Dias 10 e 11 de Outubro, a sexta Festa do Outono, no Jardim Botânico da Ajuda, será a ocasião ideal para terminar o Verão celebrando a natureza. O programa inclui feiras de jardinagem e de produtos naturais, exposições, teatro, concertos, visitas guiadas e workshops. / / Damon Albarn (Blur, Gorillaz) pode ter a seu cargo a direcção artística da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Wait and see...
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Texto ¬ João Pedro Barros Fotografia ¬ João Tuna / TNSJ
Nuno Carinhas não tem medo de fantasmas Após 12 anos de consulado de Ricardo Pais, o Teatro Nacional de S. João (TNSJ) tem, desde Março, um novo director artístico. Nuno Carinhas diz não sentir a sombra do seu antecessor e recusa alterações bruscas na programação da nova temporada para afastar a imagem de “delfim” de Pais. Pelo meio, ficam algumas críticas à política cultural da cidade
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A programação para 2009/10 já tem a sua marca? Em quase tudo. Alguns espectáculos já estavam acertados, mas o resto são vontades próprias e das entidades que propuseram projectos. De algum modo, há espectáculos ou grupos que aparecem porque tinha vontade que viessem cá: o Joaquim Benite [encenador], com Brecht [A Mãe], porque queria mostrar a Companhia de Teatro de Almada, e mesmo os dois espectáculos do Teatro dos Aloés [Faca nas Galinhas e Canção do Vale]. O que é que pretende acrescentar a uma programação que estava consolidada há muito por Ricardo Pais? Acho que nada estava a faltar aqui. Ao longo destes 12 anos já se passaram por muitas experiências, muitos andamentos. Há, neste momento, uma tentativa de concertação entre várias entidades da cidade, que se calhar é mais óbvia nas co-produções e nos acolhimentos. Há abertura para uma colaboração mais dinâmica e aberta com Serralves ou a Casa da Música (CdM). A extensão dos festivais [Trama, Festival da Fábrica, Alkantara, FITEI, Festival de Almada] é absolutamente necessária e neste programa é muito óbvia.
Sentem necessidade de ser um porto de abrigo para as várias companhias que acolhem? Sim, mas não posso atender a tudo. É torrencial a quantidade de projectos que caem aqui. Não somos um ministério nem um centro cultural. Essa pressão não é maior no Porto devido à política cultural camarária, nomeadamente com o fecho do Rivoli Teatro Municipal? O Rivoli acolhia circo, dança, teatro mais independente. Procuramos colmatar nesta programação, por exemplo, a necessidade que se sente de dança, mas não podemos acudir a tudo. Nós também somos estimulados porque temos três casas [TNSJ, Teatro Carlos Alberto (TECA) e Mosteiro de São Bento da Vitória]. Essa possibilidade pode um dia esbarrar com as dificuldades orçamentais: gerir três casas ao preço de uma pode ser complicado. Para o triénio 2010-2012 terá de ser celebrado um novo contrato-programa com o Governo. Que necessidades deve abranger? Não é o meu pelouro, porque não faço parte do conselho de administração. Mas é obvio que muita coisa tem de mudar, até porque pelas nossas circunstancias organizacionais: sempre que muda um governo, muda quase tudo.
Ensaio do espectáculo Anfitrião, em 2004
Já passaram seis meses desde que substitui Ricardo Pais. Chegaram a perguntar-lhe se sentia o fantasma dele no teatro… Nós estamos habituados a fantasmas, porque trabalhamos em teatro e resolvemo-los nos espectáculos que fazemos. Mas o que aqui existe é a memória e a energia de alguém que esteve muito intensamente dedicado e que erigiu um projecto nuclear, um exemplo, uma força viva. Uma das preocupações era aproveitar o lastro desse projecto para lhe conferir sequência, evitar uma fractura. Isso também não é fácil. Não receia que digam que se limita a segui-lo? Não. Tenho de saber onde estou inserido, para que comunidade estou a trabalhar, que vontade tenho de levar para a frente um
projecto cultural ligado ao teatro, irradiado por uma organização que funcionou sempre bem. Essa é a grande responsabilidade, à frente de qualquer tipo de originalidade ou discurso próprio. Isso há-de vir ao de cima, somos todos autores. Qual é o estado do teatro no Porto, tendo em conta o ensino? No Porto, enquanto cidade e região, não há mercado para o aluno de teatro. Os jovens profissionais já se habituaram a que os 300 quilómetros entre Lisboa e Porto não sejam uma barreira e cada vez mais há uma fuga para a capital. O mercado de trabalho levou uma grande volta com a intensidade da produção televisiva: alguma existia no Porto e agora já não existe. Há que ter também alguma preocupação em relação à internacionalização: >
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estes profissionais têm de ter a ousadia de emigrar e de se tornar definitivamente bilingues, ou então têm oportunidades muito cerceadas. É lisboeta, mas trabalha no Porto. Há muitas diferenças a nível cultural entre as duas cidades? A música não é problema no Porto, onde existe uma CdM com um leque muito alargado de gostos e de produções. Serralves é um centro de artes plásticas incomparável no país, dado que neste momento o Centro Cultural de Belém está mais ou menos cristalizado na Colecção Berardo. Há museus cada vez mais qualificados, talvez em maior número em Lisboa. O trabalho das galerias no Porto também é notável. Em Lisboa há dois teatros municipais, no Porto nenhum… O Maria Matos e o São Luiz podem concertar-se para que as suas programações sejam complementares, o que deixa espaço ao Teatro Nacional D.Maria II para completar isso. Temos o Teatro Camões como teatro da dança, mais institucional. Portanto, aí há uma diversidade bastante grande. Por isso, fico muito contente que o Alkantara, que é um festival hiper-lisboeta, venha apresentar quatro espectáculos ao Porto. Os braços que se estabelecem entre Lisboa e Porto, nomeadamente através de nós,
são um sinal de alguma quebra de protagonismos e capelas fechadas. Há aqui uma dinâmica que é fruto dos tempos. No Porto, há um apoio suficientemente forte da Câmara à cultura? Há falhas imensas. Se formos a uma cidade como Madrid, entramos na cidade e começamos a ver sequências imensas de publicidade pelas avenidas fora. Aqui, o TNSJ tem de pensar na sua promoção, Serralves na sua, a CdM também, mas não há ninguém que agarre nisto e lhe dê uma forma, para ser património da cidade. E isso não é nada mais do que marketing. Também se pode dizer o mesmo em relação a Lisboa: se desço a Avenida da Liberdade, ninguém me vai anunciar nada. Qual é o trabalho de que mais se orgulha como encenador? Tive a grande possibilidade de estar entrosado em megaestruturas extraordinárias, como o Ballet Gulbenkian. Passei por muitos criadores e organizações e fui fazendo o meu percurso, sem plano de carreira absolutamente nenhum. E acho que esse é o melhor sistema de aprendizagem que existe, porque fui conhecendo pessoas extraordinárias. Ser director artístico do TNSJ é uma obrigação de devolução, mais do que um lugar de prestígio. /
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Reportagem texto ¬ Lucie Duban tradução ¬ Jp fotografia ¬ Grégoire Bernardi
A aldeia dos poetas
A leste de Londres, em pleno coração de Shoreditch, um bairro trendy, erguem-se sobre os telhados quatro carruagens de metro. Em Great Eastern Street, se virarmos na esquina da loja psicadélica The Child, passamos então por uma portão verde e umas escadas em caracol fazem-nos mergulhar directamente num microcosmos de artistas. É como que um balão suspenso acima do zunzum, ao abrigo da efervescência da City. >
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«Uma verdadeira rede de troca entre jovens artistas, eis a ambição» Village Underground assenta numa ideia simples: recuperar carruagens de composições de metro obsoletas e transformá-las num espaço de trabalho reservado a jovens artistas. Tom Foxcroft, o director, planeou este conceito inédito em 2004, quando era designer de móveis e procurava desesperadamente um local para trabalhar.
Aterragem difícil
Durante anos, Tom deambulou pela cidade de bicicleta e a pé para encontrar uma ave rara: um espaço para acolher o seu projecto. Em Londres, cada metro quadrado vazio é tomado de assalto, e, por isso, ele apressouse a adquirir o telhado de um armazém pertencente à câmara. Graças a um empréstimo e a subsídios acordados com sociedades dedicadas ao desenvolvimento sustentável, ele consegue assegurar o sítio em 2005. Mas é apenas em Abril de 2007, após muitas peripécias, que a «aldeia» abre as suas portas, após «uma operação digna de um autêntico pesadelo». Foi a Tube Lines, uma das cinco companhias gerentes dos transportes londrinos, que doou uma composição presa
numa via-férrea, para se desfazer dela. Assim, Tom passa a dispor de uma carruagem e, posteriormente, de dois contentores. A famosa primeira composição levou mais de um ano a aterrar em cima dos telhados de Shoreditch.
Uma aldeia pioneira
«Tivemos sorte em ficar situados por cima deste armazém», explica Tom, que cobiçava este telhado para lá pôr as suas composições e os seus contentores, mas que não tinha previsto a sua aquisição. Depois de um pedido à câmara municipal, o local é rapidamente reconvertido em espaço para exposições, representações teatrais, concertos e outras manifestações artísticas. Os «artistas-aldeões», duas dezenas de irredutíveis criadores e apaixonados de arte – arquitectos, estilistas, graffiters, fotógrafos, escritores e argumentistas –, dão vida aos seus trabalhos neste átrio com espaços de dimensões atractivas. Desfiles, performances, concertos e representações teatrais são oportunidades de dar a conhecer as criações aos públicos. Para os escritórios instalados nos telhados, cada pessoa dispõe de chaves que permitem o acesso ao local, vedado ao público. Não existe horário de abertura nem de fecho. «Podemos ficar até às duas da manhã», conta Jim. Todas as carruagens dispõem de electricidade, aquecimento, acesso Internet de banda larga e três secretárias. >
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No interior, cadeirões vintage e outros materiais recuperados, como a madeira do soalho, aquecem uma atmosfera já de si muito acolhedora. A luminosidade é abundante, o que corta com a monotonia quotidiana. Para se tornar locatário, os pré-requisitos são a vontade de trocar e de criar. «É tudo uma questão de feeling», conclui Tom, que encarna maravilhosamente este princípio de eco-cidadania.
Arte ecológica urbana
Village Underground cultiva uma dimensão humana que pressupõe uma arquitectura e um design ecológico exigentes. Aqui, encontrámos jovens em formação ou envolvidos em projectos artísticos que pagam somente 30 libras por semana (mais ou menos 45 euros), uma pechincha! Isto porque em pleno coração de Londres as rendas andam à volta das 200 libras (cerca de 230 euros). Ao percorrer o mundo, Tom gostou dos diferentes usos dados a carruagens e contentores, pelo seu fácil empilhamento e manobra despreocupada. Renovadas, elas tornam-se em bed & breakfast, restaurantes, cafés, ou até estúdios de gravação, como na Venezuela, com sucesso retumbante. Aqui, a arte tem primazia e não há uma corrida perpétua ao dinheiro. A rebeldia faz-se pacificamente com um pincel, com as mãos e com as ideias. É o primeiro sítio deste género no mundo, e talvez não seja o último. Desde o início, Tom deseja criar uma rede que ligaria todas as grandes cidades europeias, para favorecer as deslocações e a troca de ideias. Segue-se Berlim. Uma verdadeira rede de troca entre jovens artistas, eis a ambição. Let the sunshine in! /
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Para mais informações www.villageunderground.co.uk Tom Foxcroft, auro@villageunderground.co.uk 54 Holywell Lane Shoreditch, London EC2A 3PQ
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#1 Porto Da Sé à Ribeira, pelas vielas do burgo medieval
texto ¬ Daniel Afonso fotografia ¬ Daniel Afonso, Ricardo Miranda
Sai a pé pela cidade Todos os meses, esta crónica irá desafiar o leitor a lançar-se na descoberta do Porto e de Lisboa. A sugestão de vários percursos pedestres pelas cidades, indo ao encontro da sua história, do seu património, das suas tradições e das suas gentes
«Era um burgo pobre, sujo, reles até, mas gostaria tanto de lhe pôr um diadema na cabeça» Eugénio de Andrade Neste primeiro percurso, calcorreamos os arruamentos do bur-go medieval que em tempos estabeleceram a ligação entre o Portus, na zona ribeirinha, e a Cale, disposta no actual Morro da Sé. A nossa descida em direcção à Ribeira, iniciase na calçada D. Pedro Pitões, bispo portuense do séc. XII que, segundo
a lenda, terá celebrado uma missa neste local para os cruzados vindos do Norte da Europa, exortando-os a acompanharem D. Afonso Henriques na tomada de Lisboa. Nela encontrase uma casa-torre de traço medieval, reconstruída nos anos 30 e 40 do séc. XX. Através do Largo do Dr. Pedro Vitorino damos entrada no actual Bairro da Sé, em cujos arruamentos se instalaram alguns dos mais importantes mesteres e profissões medievais, como ainda hoje podemos verificar pela
toponímia (Pelames, Bainharia, Mercadores). Percorrendo a Rua das Aldas, uma das mais antigas do bairro, e passando pela Rua e Largo da Pena Ventosa, que nos recordam a difícil topografia do local, acedemos ao Largo do Colégio. Nele encontra-se a Igreja de S. Lourenço, onde estão instalados o Seminário da Diocese do Porto e um Museu de Arte Sacra. A igreja fez parte do antigo colégio jesuíta, cuja construção (séculos XVI-XVIII) terminou apenas com a edificação da sua impressionante fachada. É, também, conhecida como Igreja dos Grilos, porque, após a expulsão dos jesuítas, nela insta-laram-se os Eremitas Descalços de S. Agostinho, que tinham a sua casa-mãe no convento da rua do Grilo, em Lisboa. Saindo da igreja, prosseguimos pela
Rua de Santana, celebrada pelo escritor portuense Almeida Garrett no seu Arco de Sant’Ana, recordação da sua permanência no local durante o Cerco do Porto. Continuamos a nossa descida pela Rua da Bainharia, que tomou o nome dos bainheiros de espadas e punhais do velho burgo medieval, que aqui possuíam as suas oficinas. Na Rua dos Mercadores, eixo de circulação vital para o burgo medieval, viviam os ricos homens de negócios que gozavam do privilégio de estarem isentos do tributo de Aposentadoria Geral, que obrigava os moradores do burgo a dar pousada ao rei e à sua comitiva, durante a sua visita. O nosso percurso termina na Praça da Ribeira, que será, só por si, tema de uma das nossas próximas crónicas. /
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texto ¬ Catherine Nerson tradução ¬ Jp - fotografia ¬ DR
Ethical Fashion Show® : a missa cantada da moda ética Isabelle Quéhé foi chefe de publicidade, criadora de roupas e fundadora, em 1995, da associação Universal Love, que organizava mercados nómadas multiétnicos em Paris, oferecendo, de dois em dois meses, um fim-de-semana de exposição a cerca de cinquenta criadores de moda desconhecidos. Estes mercados livres trouxeram-lhe a ideia de lançar, em 2004, o Ethical Fashion Show – primeiro salão inteiramente dedicado à moda ética. Encontramo-nos com uma mulher determinada, que deu um abanão ao mundo competitivo da alta-costura
Criadora: Céline Faizant. País: França. Particularidade: escolheu valorizar o «savoir-faire» local. Os seus modèles couture, produzidos com tecidos ecológicos, biológicos ou equivalentes, são fabricados em empresas francesas, que, após terem falido, foram adquiridas pelos seus próprios funcionários. © morguefile.
Há já cinco anos que Isabelle Quéhé luta para impor a sua visão de justiça ao mundo da moda, extremamente fechado à ideia de progresso. De Paris a Milão, os lugares de destaque estão reservados aos habituais Versace, Dior ou Chanel e a outros tais como Isabel Marant, Rosa Cha ou Max Azria. Ou seja, os «meninos bonitos» das redactoras das revistas, sempre à procura de «prendas» da imprensa, continuam a ser os mesmos. Para a geração mais nova, torna-se difícil entrar neste mundo: «Para se darem a conhecer, inúmeros criadores deixam os seus modelos, gratuitamente, nas lojas,
em troca de uma baixa percentagem sobre as vendas», explica Isabelle Quéhé. Esta constatação levou-a a desenvolver, em 1995, uma rede paralela e alternativa de venda: os mercados livres, ou free-markets. Este pontapé no formigueiro foi somente um começo, pois foram estes mercados que lhe deram a ideia de criar o Ethical Fashion Show, em 2004. Em 2009, o salão muda-se ironicamente para o ambiente luxuoso do centro de congressos Tapis Rouge. Mas, apesar de todos os ornamentos, continuam a preconizar-se três valores essenciais que os grandescriadores parecem ter posto por >
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«O nosso papel é mostrar que a moda ética também pode ser alta-costura» detrás das suas gravatas slim (uma das tendências deste Inverno). Eles são o respeito pelas condições de trabalho segundo as normas impostas pela Organização Mundial do Comércio, a minimização dos efeitos sobre o meio ambiente e a valorização do artesanato e «savoir faire» locais. «Apenas as marcas que se comprometem com esta linha de conduta podem participar», insiste Isabelle Quéhé. Marcas como Dico Sandico, das Filipinas, são um exemplo perfeito de desenvolvimento sustentável, na medida em que ela se apoia em centros de produção do arquipélago para produzir vestidos em fibras de bananeira, provenientes do artesanato tradicional, permitindo assim aos filipinos trabalhar sem se separarem das suas crianças. Outro exemplo, do lado oposto do globo, é a Moda Fusion, que reinsere mulheres brasileiras na sociedade confiando-lhes o fabrico de roupas feitas em matérias naturais. Mas, «contrariamente ao comércio equitativo, que assenta numa oposição Norte-Sul», o Ethical Fashion Show também acolhe criadores que trabalham em França. É o caso de Céline Faizant, cujos modelos, concebidos com a ajuda de tecidos ecológicos ou biológicos, são realizados por antigas empresas falidas, adquiridas pelos seus funcionários.
Um OVNI no mundo da moda
Em 2002, a visualização de um documentário vai desencadear um «clique» em Isabelle. «Marcel, meu companheiro, voltava do Níger com filmagens do Festival Internacional da moda africana (FIMA), fundado pelo grande costureiro africano Alphadi. Eu não conhecia nada dessa moda e as roupas que descobria impressionaram-me. Sobretudo as de Oumou Sy, a ‘Yves Saint-Laurent senegalesa’, e a bengali Bibi Russel, figura de proa duma associação que dá aos tecelões do Bangladesh a oportunidade de aproveitarem os seus talentos e assegurarem a sobrevivência económica. Tive sorte em conhecê-los e isto deu-me vontade de ir mais longe ainda, de criar um salão diferente que perturbaria a moda e a nossa maneira de consumir».
A consagração
A aposta parece ter sido ganha por esta pioneira, que se lembra da dificuldade dos primeiros tempos, em que mantinha um sorriso nos lábios, apesar de ninguém a levar a sério. A «onda» ecológica não estava, na época, entre as prioridades dos políticos: «As editoras de moda reclamavam, convencidas de que só expúnhamos camisolas horríveis em cânhamo, apenas vestidas por hippies». Mesmo assim, a primeira
Criadora: Moda Fusion. País: Brasil. Particularidade: esta associação cria roupas com materiais naturais, fabricadas por mulheres de comunidades pobres, na favela de Pavão Pavãozinho.
edição do salão revelava desde já duas marcas que se iriam tornar «mascotes» do mercado: as sapatilhas Veja e os fatos de treino Misericordia. Hoje em dia, Isabelle rejubila. O Ethical Fashion
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Show tornou-se num salão profissional de referência, com mais de 4.000 visitantes só no ano passado, e vai extender-se a Milão e Barcelona. /
Ethical Fashion Show De 1 a 4 de Outubro de 2009, no Tapis Rouge, em 67, Rue du Faubourg Saint-Martin, 75010 Paris. Metro: Château d’eau ou Jacques Bonsergent. De 1 a 3 de Outubro, o salão está reservado a profissionais, mas no último dia abre portas ao grande público. Estão previstas edições em Milão (Março de 2010) e Barcelona (Abril de 2010). Para mais informações: www.ethicalfashionshow.com
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Caça Protegida Fotografia e realização ¬ Nicolas Fleuré Estilismo ¬ Charlottes Descouens / Nicolas Fleuré Maquilhagem e cabeleireiro ¬ Charlotte Descouens
Carlota Jeans Current Elliot, Botas d.co, Camisola Gestuz
Pholo Calçado Victoria, Jeans Levi's, Phones Wesc, Cinto Nixon, Relógio Nixon, Tee-shirt American Apparel, Cardigan American ApParel
Ana Sofia Cinto Guess, Jeans Notify, Casaco Quiet, Calçado Mellow Yellow, Túnica Blend she, Meias American Apparel, Colar N2
Joel Calรงas Carhartt, Camisa American Apparel, Casaco Kulte, Calรงado Vans, Relรณgio Nixon
Carlota Collant American Apparel, Calรงado Mellow Yellow, Jeans Current Elliot, Camisola Gestuz
Ana sofia Cinto Juliette T, Collant American Apparel, Jeans Carhartt, Túnica Carhartt, Relógio Nixon, Calçado Mellow Yellow
Pholo Calçado Vans, Phones Kult, Casaco Bzt bruuns bazAar, Sweat Carhartt, Óculos Ray Ban, Jeans April 77
Joel Saco American Apparel, Tee-shirt American Apparel, Casaco American Apparel, Cachecol American Apparel, Jeans Carhartt, Relテウgio Nixon, テ田ulos Electric, Calテァado DC shoes
Carlota Calテァado Mellow Yellow, Jeans Current Elliot, Camisola by Malene Birger, Colar Six, Brincos Six, Collant American Apparel
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Um pequeno grande culto texto ¬ João Pedro Barros fotografia ¬ Estela Silva
A mistura de samba, rock e funk de Seu Jorge está de regresso a Portugal Sem se perceber muito bem como, Seu Jorge usufrui de um estatuto muito especial em Portugal. Os seus discos nunca tiveram grande promoção, as suas canções passam pouco nas rádios e também não parece haver nenhum plano de marketing especialmente desenhado para o brasileiro. No entanto, os concertos em terras lusas acabam invariavelmente por esgotar e decorrer num clima de grande entusiasmo. Prova disso é o facto de ter sido adicionada uma data no Porto, quando o músico apenas previa tocar em Lisboa, neste regresso aos palcos portugueses.
De resto, Seu Jorge nem sequer traz grandes novidades para apresentar. O concerto, onde o Mané Galinha de Cidade de Deus vai ser acompanhado por mais 12 músicos, deve basear-se na revisitação dos seus quatro discos em nome próprio, com destaque para América Brasil, o último álbum de originais (2007). A digressão actual é justificada com o lançamento do CD/DVD América Brasil ao Vivo, agendado para Outubro. O trabalho, registado no Citibank Hall, em São Paulo, em Janeiro de 2009, apresenta apenas uma faixa inédita, Pessoal particular. O brasileiro já está a preparar um novo disco, ainda
sem data de lançamento prevista. A história de vida de Seu Jorge é indissociável do seu trabalho como músico e actor. Após uma tragédia familiar, o brasileiro passou vários meses sem tecto, mas conseguiu encetar uma carreira como músico, lançando o seu primeiro trabalho
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SEU JORGE 9.10, 21h30, Lisboa, Campo Pequeno, 22-33 € 10.10, 21h30, Porto, Coliseu, 27-29 €
em nome próprio, Samba Esporte Fino, em 2001. As participações nos filmes Cidade de Deus, de Fernando Meirelles (2002), e Um Peixe Fora de Água, de Wes Anderson (2004) – interpretando temas de David Bowie – transformaram-no numa estrela em ascensão em Hollywood. /
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A diva Diana texto ¬ Nuno Catarino fotografia ¬ DR
A rainha do jazz aveludado está de regresso para dois concertos em Portugal Há aquela voz grave, distinta, quase rouca. Lá ao fundo, ouvimos os arranjos sofisticados, que enformam um tapete aveludado sobre o qual a voz se vai passeando. O repertório balança entre os standards típicos do jazz, a soul, atira-se à pop e vai até à bossa nova. E todas essas cantigas de diferentes origens ficam vergadas à voz da diva. Ela é Diana Krall, uma das últimas grandes estrelas globais do jazz. Verdadeiro fenómeno de popularidade, além de pop star acumula as funções de esposa de uma das mais improváveis figuras do mundo do rock, Elvis Costello. Foi em 1993 que Diana editou o seu primeiro álbum, mas começou a dar que falar a sério quando o seu quinto disco,
When I Look In Your Eyes, ganhou o Grammy para melhor álbum do ano – estávamos em 1999. A partir daí, começou a galgar os tops, onde desde então é presença regular. Um dos seus maiores sucessos foi The Look of Love, revisitação da cançoneta de Burt Bacharach – sempre com um toque pessoal, Krall tem o dom de transformar o antigo em novidade, de dar nova vida a velhas músicas. O seu último disco tem por título Quiet Nights e, entre outras coisas, contém uma versão da belíssima balada Guess I'll hang my tears out to dry (inesquecível na interpretação de Dexter Gordon). Nestes dois concertos em Portugal, Diana Krall terá a companhia de Anthony Wilson
(guitarra), Ben Wolfe (baixo) e Karriem Riggins (bateria). De regresso a Lisboa, a cantora canadiana actuará no Campo Pequeno, praça de touros convertida em moderno espaço multiusos. No Porto, actuará no Pavilhão Rosa Mota, onde outrora existiu o
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DIANA KRALL 10.10, 22h, Lisboa, Campo Pequeno, 20-70€ 11.10, 22h, Porto, Pavilhão Rosa Mota, 25-60€
Palácio de Cristal. Para quem ganha a vida a transformar o velho em novo, os espaços dificilmente poderiam estar mais de acordo. Os bilhetes não são propriamente acessíveis, mas o luxo paga-se caro. /
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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR
Venha a Orquestra! Projecto Amália Hoje mostra-se em formato completo, em cinco concertos com a Orquestra Nacional Sinfónica da República Checa Quando o disco Amália Hoje foi lançado, em Abril, ainda nem havia a certeza de que existissem apresentações ao vivo, se bem que a ideia já parecesse estar bem sólida na mente do «maestro» Nuno Gonçalves, dos Gift. Depois, marcaram-se quatro concertos de sala, para Outubro, mas o sucesso alicerçado no single Gaivota levou o grupo a realizar várias actuações ao vivo, durante o Verão. Em Setembro, o espectáculo previsto para o Coliseu dos Recreios, a 5 de Outubro, esgotou, obrigando à marcação de uma nova apresentação, no dia seguinte. Por isso, são agora cinco as datas programadas para o início desse mês. Com as vendas obtidas pelo álbum (sagrou-se disco de platina, com mais de 20 mil unidades vendidas), apostamos que a saga deste projecto que se propõe a reinventar os fados de Amália em estilo pop não vai ficar por aqui. Para além de Nuno Gonçalves, fazem parte dos Hoje a companheira de banda Sónia Tavares, Fernando Ribeiro, dos Moonspell, e Paulo Praça. Nos últimos meses, o quarteto tem sido acompanhado em palco por mais três músicos (na guitarra, baixo e bateria) e um coro de seis elementos. A grande curiosidade desta série de concertos prende-se com o facto das partes orquestrais deixarem de ser pré-gravadas e passarem a ser asseguradas ao vivo pela Orquestra Nacional Sinfónica da República Checa. /
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AMÁLIA HOJE 01.10, 21h30, Figueira da Foz, CAE, 20 € 05.10>07.10, 21h30, Lisboa, Coliseu dos Recreios, 15-30 € 09.10, 22h, Porto, Coliseu, 15-30 € 10.10, 22h, Vila do Conde, Teatro Municipal, 15-20 €
a pop francesa no seu melhor... um primeiro album aclamado pela critica...
disponivel desde ja no iTunes e Amazon.fr
peppermoon
NOS BALLADES * entre Jane Birkin, Belle & Sebastian, e Tori Amos. * uma voz fresca, letra inteligente e melodias delicadas. * veja a video encantador de «Après l’orage». * digisleeve CD, com livrete de 20 paginas. * acompanhe peppermoon no MySpace, FaceBook & Twitter.
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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR
Antes do adeus Delfins despedem-se de Lisboa com um concerto num espaço mítico para a banda, o Coliseu dos Recreios Em 1997, no auge do seu sucesso, os Delfins esgotaram três noites no Coliseu dos Recreios. A banda foi perdendo relevância (e sucesso comercial) até que, no Verão de 2008, anunciou que terminaria a sua carreira a 31 de Dezembro de 2009, com um concerto na Baía de Cascais. Mas, antes disso, o grupo ainda vai fazer render mais algumas vezes os seus grandes sucessos, como Soltem os prisioneiros, Nasce selvagem, Ao Passar um Navio ou Aquele Inverno. A despedida oficial de Lisboa ocorre a 10 de Outubro, no Coliseu dos Recreios, num espectáculo denominado 25 Anos 25 Êxitos 1 Abraço. O alinhamento do concerto já está definido: os Delfins vão tocar os 25 singles mais populares da sua discografia. A abrir, ouvir-se-á Bandeira, enquanto que Há uma razão deve encerrar o espectáculo. Estes êxitos não ver ser apresentados de forma cronológica, mas haverá um fio condutor a unir as canções. Com 25 anos passados sobre o início do grupo, o guitarrista Fernando Cunha, elemento fundador e um dos principais compositores, já não acompanha o vocalista Miguel Ângelo nestes espectáculos de despedida. /
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DELFINS 10.10, 21h30, Lisboa, Coliseu dos Recreios, 10-30 €, 213 240 580
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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR
Unidos venceremos Fausto, Sérgio Godinho e José Mário Branco reúnem-se para quatro espectáculos em Lisboa e no Porto A história da colaboração entre estes três nomes grandes da música popular portuguesa começou em 2004. Nesse ano, Fausto e Sérgio Godinho colaboraram com José Mário Branco em Resistir é Vencer, que é até à data o seu último álbum. A possibilidade dos três se juntaram num concerto ficou em «águas de bacalhau» até agora, mas, uma vez marcados os concertos, a procura de bilhetes obrigou a acrescentar duas datas adicionais. Em palco, os músicos devem explorar os vastos reportórios de que dispõem, acompanhados por outros instrumentistas, mas também em duo ou solo. Esta série de espectáculos será gravada para uma futura edição em CD e DVD. Entre estes três homens, há vários pontos em comum: todos nasceram na década de 40, têm mais de 60 anos e laços mais (Fausto) ou menos (José Mário Branco) subtis com a música de intervenção. Sérgio Godinho tem sido o mais activo do trio, com inúmeras edições e colaborações com outros músicos, como no álbum O Irmão do Meio (2003). Após alguns anos de alguma discrição, José Mário Branco tem-se notabilizado como produtor de Camané. O último disco de Fausto, A Ópera Mágica do Cantor Maldito, data de 2003. /
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TRÊS CANTOS 22.10 e 23.10, 21h30, Lisboa, Campo Pequeno, 10-50 € 31.10 e 01.11, 21h30, Porto, Coliseu, 15-50 €
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texto ¬ Sophie Fonfec - fotografia ¬ DR
Anatomia de Simone As três meninas de Au Revoir Simone estão de volta a Portugal, com dois concertos em Outubro Formada em Brooklyn no final de 2003 por Erika Foster e Annie Hart, a banda retirou o seu nome de uma personagem do filme Pee-Wee’s Big Adventure, de Tim Burton. As duas amigas (voz e sintetizadores) recrutam então Haether D’Angelo (sintetizadores, caixa de ritmos e canto) e Sung Bin Park (canto), que viria a sair em Janeiro de 2005. Em 2006, sai o mini-álbum Verses of Comfort, Assurance & Salvation. Esta primeira produção é muito bem recebida devido à utilização da faixa Through the backyards na série Anatomia de Grey e o sucesso cresceu rapidamente. Em 2007, sai The Bird of Music, que tem êxito imediato na Europa. No início de 2009, as nova-iorquinas começam a gravar o disco Still Night, Still Light (que é agora apresentado), depois de terem trabalhado com a banda francesa Air. Com influências directa de Stereolab, Pavement ou Lali Puna, este trio feminino que faz lembrar as irmãs de As Virgens Suicidas, de Sofia Coppola, só precisa de três sintetizadores, uma caixa de ritmos e belas vozes para fazer viajar o espectador por um mundo de sonhos orgânicos e electrónicos. Depois do concerto no festival Sudoeste deste Verão, esta será uma oportunidade para ouvir, em condições mais intimistas, as músicas suaves desta banda. Na primeira fila dos fãs está o realizador David Lynch. /
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AU REVOIR SIMONE 3.10, 23h, Porto, Casa da Música (Clubbing), 18 € 5.10, 21h, Lisboa, Aula Magna, 23-30 €
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Jazz, world e identidade Raül Reverter - Trop’s in Jazz new released - june 2009
Raül Reverter reaparece com Trop’s in Jazz onde apresenta suas últimas composicoes, desenvolvidas nos últimos tempos, depois de um período de reflexao e uma longa experimentaçao com as teorías e métodos de composiçao do compositor austríaco Josef Mathias Hauer (18831959)
texto ¬ Eugénia Azevedo - fotografia ¬ DR
Saída da casca De Public Enemy a Britney Spears, pela voz de Joan as Police Woman Que poderão ter em comum os temas Sacred trickster, dos Sonic Youth, Overprotected, de Britney Spears, e Sweet Thing, de David Bowie? Pouco teriam, não fosse a astúcia de uma cantora norte-americana apostada em desmontar os géneros que estiveram na origem das versões originais, lançar-lhes o repto do r&b, emprestar-lhes a sua polida e aprazível voz e juntá-los num álbum. A iniciativa resultou numa compilação de canções convenientemente chamada Cover e que marca o regresso de Joan As Police Woman aos discos e apresentações ao vivo. Reincidente em palcos nacionais, Joan Wasser não deixará por mãos nem voz alheias a tarefa de surpreender os ouvidos mais desprevenidos com versões tão auspiciosas quanto inesperadas. Não há que enganar, esta é mesmo a proposta da cantora norte-americana, outrora a discreta musa (entenda-se namorada) do malogrado Jeff Buckley e violinista em ascensão. Recupera Adam & The Ants, Public Enemy ou Jimi Hendrix como quem reescreve histórias antigas e joga com os temas sem pudor, com o à vontade de quem não conhece limites à criação. Cover é mais um marco da emancipação de Joan Wasser, após um percurso acreditado, mas na retaguarda de nomes como Antony Hegarty e Rufus Wainwright. Nesta cruzada, junta-se ao multi-instrumentista Timo Ellis e presenteia Lisboa e Porto com duas actuações. O álbum em causa está à venda unicamente nos locais dos espectáculos. /
© Carlospericas.net
Raül Reverter é capaz de unir, com o dinamismo mais trepidante do hard–bop, elementos da linguagem jazzística com conceitos da música de vanguarda do século XX, conseguindo voar livre entre as excepcionais sonoridades que emite seu trio, liderado pelo extraordinario violinista Jordi Farrés.
Raynal Colom - Evocación new released - july 2009
O conhecido trompetista, acompanhado de músicos como Chiquelo e Rosario Guerrero “La Tremendita”, apresenta Evocación, seu último trabalho.
© Carlospericas.net
A idéa e incidir no mundo do flamenco desde uma visao pessoal, a de Raynald Colom, para fazer evidentes todas aquelas músicas que fizeram ele nascer, crescer e ser universal. Encontrar as raízes que conectam ele com a música sefardita, com a andalusí, com a norteafricana, a afrocubana, o jazz, etc. Uma evocaçao, entre a memoria e a imaginaçao.
www.adlibarts.net Distributed by Harmonia Mundi
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JOAN AS POLICE WOMAN 15.10, 23h, Lisboa, Lux, 18 € 17.10, 22h, Porto, Casa da Música (sala dois), 18 €
AD LIB arts Pl. Lluís Companys, 1, 2º 2ª
08500 - Vic (Barcelona)
ph. + 34 938 892 506
info@adlibarts.net
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texto ¬ Mário Souto - fotografia ¬ DR
Nação de talentos Dream Theater são a atracção principal, numa noite onde também estão incluídos os suecos Opeth e os menos conhecidos Bigelf e Unexpect Após a recente actuação em Lisboa, os Dream Theater regressam ao nosso país na senda da digressão Progressive Nation 2009, numa apresentação a ocorrer desta feita no Porto. Esta segunda data em Portugal incide ainda sobre Black Clouds & Silver Linings, o décimo trabalho de originais do grupo, editado em 2008, que obteve excelentes reacções junto dos fãs dos norte-americanos. Além de temas do último trabalho, não faltará com certeza o aguardado desfilar dos muitos clássicos do expoente máximo do metal progressivo mundial. Prestes a completar 25 anos de carreira, os Dream Theater representam um caso de enorme sucesso na fusão do Heavy Metal dos anos 70 e 80 com sonoridades complexas e tecnicamente ricas, reminiscente dos clássicos do rock progressivo dos anos 70. Neste caso, a admiração perante o grupo estende-se para além das suas músicas. As capacidades técnicas dos membros da banda – com destaque para o guitarrista John Petrucci e o baterista e líder do colectivo, Mike Portnoy – são constantemente alvo de elogios pelos apreciadores da sonoridade e pela crítica especializada. Mas não só de Dream Theater se faz esta noite. Mike Portnoy fez questão de elaborar um alinhamento de luxo para esta digressão itinerante, com destaque para o regresso a Portugal dos suecos Opeth, que vêm promover o seu último trabalho, Watershed. Os Bigelf são uma das mais interessantes propostas do metal progressivo norte-americano, tendo recentemente editado o surpreendente Cheat the Gallows. Aos canadianos Unexpect cabe a tarefa de abrir o certame e aquecer as almas que estarão presentes no evento. / ❥
DREAM THEATER + OPETH + BIGELF + UNEXPECT 22.10, 19h, Porto, Palácio de Cristal, 30 €
TER A TERRE ONLINE SHOP http://shop.teraterre.com
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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR
O padrinho do gótico está de regresso Peter Murphy vem a Portugal apresentar a digressão Secret Cover, que acompanha o lançamento de quatro versões de músicos/ grupos ingleses Se Peter Murphy ainda não comprou casa em Portugal, também não deve faltar muito. Desde que, em Novembro de 2007, encheu o Pavilhão Municipal de Gaia, os concertos em nome próprio e em festivais têm-se sucedido a um ritmo quase frenético. Desta vez, a novidade que sustenta o regresso é Secret Covers, um conjunto de quatro versões que o ex-vocalista dos Bauhaus tem vindo a disponibilizar via iTunes. A primeira foi Instant karma, de John Lennon, seguiuse Space oddity, de David Bowie, e a terceira música a ser disponibilizada é Transmission, dos Joy Division, numa versão ao vivo gravada em Nova Iorque, durante a fase americana desta mesma digressão. Durante o Verão, o músico participou ainda em alguns concertos da digressão de (suposta) despedida dos Nine Inch Nails, de Trent Reznor. Os alinhamentos apresentados no outro lado do Atlântico fazem prever que Peter Murphy vai evitar o habitual desfile dos maiores sucessos da sua carreira – complementados com temas emblemáticos dos Bauhaus – e dedicar grande parte do concerto a apresentar temas novos. A maior parte dessas canções deve ser incluída no novo trabalho de originais do britânico, que tem sido anunciado ainda para este ano. / ❥
peter murphy 30.10, 21h30, Ílhavo, Centro Cultural, 20 € 31.10, 22h, Lisboa, Aula Magna, 25-35 € 01.11, 22h, Porto, Casa da Música, 30 €
A Very Funky Way Of Playing Rock’n’Roll FUCK THE U.S BASS PLAYER TOUR 2009 11/11 Denver (USA) “Ogden Theater” 12/11 Omaha (USA) “Sokol Auditorium” 13/11 Lawrence (USA) “Liberty Hall” 14/11 Milwaukee (USA) “The Rave” 17/11 Columbus (USA) “Newport Music Hall” 18/11 Cleveland (USA) “House of Blues” 19/11 New York (USA) “Terminal 5” 20/11 Providence (USA) “Lupo’s Heartbreak Hotel” “The Inspector Cluzo” First CD/LP still available on Ter A Terre Online shop
http://shop.teraterre.com “The splashes of jazz and blues that infect the album as a whole are disarmingly charming, leaving the impression of a fantastically creative international act” DPS, Rocksound UK
www.myspace.com/theinspectorcluzo Ter a Terre > Worldwide Booking & Label > www.teraterre.com
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texto ¬ Nuno Catarino - fotografia ¬ DR
Outro Mundo Jon Hassell apresenta um jazz sóbrio que absorve as músicas do mundo com elegância Pela música de Jon Hassell passam várias linhas musicais. É impossível colar o trompetista e compositor a uma corrente única, ou tentar definir a sua música em duas palavras. O jazz é a linguagem base a partir da qual o americano trabalha, mas o músico ultrapassa fronteiras de estilo e questiona classificações. Fazendo a ponte entre Karlheinz Stockhausen, Terry Reilly e Brian Eno, com passagens pela Índia ou pelas Arábias, a música de Hassell é marcada por uma notável originalidade, pelo modo como atravessa géneros e rótulos com fluência e elegância. O resultado nunca é uma amálgama indigesta, revela-se antes uma inteligente fusão, uma música que acaba por ser quase sempre marcada por cores ambientais. O próprio designa a sua música de «Fourth World» (quarto mundo), que será um ponto de encontro entre a música antiga e a música digital, entre composição e improvisação, entre o Este e o Oeste, entre o Norte e o Sul. Hassell desafia geografias e latitudes e o novo disco Last Night the Moon Came Dropping Its Clothes in the Street é a mais recente prova de vitalidade criativa de um músico que conseguiu definir um universo sonoro particular. A acompanhar Jon Hassell (trompete e teclados) neste concerto no Teatro Maria Matos estarão J. A. Deane e Jan Bang (sampling) e Kheir-Eddine M’Kachiche (violino). Está prometido pouco menos do que jazz celestial. / ❥
JON HASSELL 28.10, 22h, Lisboa, Teatro Maria Matos, 5-12 €
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Silence... Moteur... Action! texto ¬ Tiago Rillaz fotografia ¬ J'ai toujours rêvé d'être un gangster/DR
Há mais de 120 anos, os irmãos Lumière inventaram o cinema em França. Nos anos 60, a Nouvelle Vague, com Jean Luc Godard em destaque, revolucionou a maneira de escrever e de filmar. E hoje, qual é o estado da Sétima Arte francesa? A 10.ª Festa do Cinema Francês faz um ponto global da situação A comemoração dos dez anos é sempre um marco importante e esta edição da Festa do Cinema Francês vem confirmá-lo, com perto de 100 películas que serão apresentadas de Norte a Sul do país. Na secção principal vão estar 21 longas-metragens em antestreia nacional, com a presença de alguns realizadores (o destaque vai para o estranho e hilariante J'ai Toujours Révé d'être un Gangster, de Samuel Benchetrit). A secção Primeiros filmes e grandes obras propõe o trabalho de jovens
artistas como Tran Anh Hung e o seu sulfuroso L'odeur de la Papaye Verte ou o sublime filme de animação Persepolis, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, que prova que um golpe de ensaio pode ser um golpe de mestre. Os Césares da Festa vão reagrupar dez produções que receberam o mais prestigiado prémio do cinema gaulês, entre os quais Entre les Murs, também Palma de Ouro do Festival Internacional de Cannes 2008. Vai ser consagrada uma retrospectiva a Agnès Varda e
J'ai toujours rêvé d'être un gangster
uma outra será feita sobre Jeanne Balibar, jovem actriz e cantora. Pela primeira vez no festival, há duas noites especiais de curtasmetragens e uma Festinha, com seis filmes para toda a família. A não esquecer também a programação especial na RTP2 e alguns filmes de animação apresentados pela FNAC.
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A Cinemateca dedica o ciclo Divos às matinées aos míticos Jean Gabin, Jean-Paul Belmondo, Alain Delon e Gérard Depardieu e acrescente-se a tudo isto os concertos de Jane Birkin e Moriarty. Se esta festa fosse um filme, seria uma super-produção com um casting digno de um épico. Coupé! Clap de fin. /
10.ª FESTA DO CINEMA FRANCÊS 7.10>10.11, Lisboa, Almada, Porto, Guimarães, Faro, Coimbra, toda a programação em www.festadocinemafrances.com
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texto ¬ Fernando Vasquez - fotografia ¬ Below Sea Level/DR
As idiossincrasias dos Balcãs em mais um doclisboa Entre os dias 15 e 25 de Outubro, Lisboa volta a receber o melhor cinema documental que se faz no planeta No ano passado, 35 mil espectadores fizeram do doclisboa um dos mais populares festivais de cinema em Portugal. Este ano promete trazer mais recordes, embora o programa esteja aparentemente longe da pujança das edições anteriores. Os grandes convidados do passado não voltarão a marcar presença, à excepção de Jonas Mekas, figura lendária do cinema vanguardista norte-americano, que aterra em Lisboa para apadrinhar uma retrospectiva da sua obra e conduzir uma masterclass na Culturgest. Também estarão presentes figuras emergentes do documentário internacional, como é o caso de Gianfranco Rossi, que apresentará Below Sea Level, um retrato sobre uma comunidade que virou as costas ao mundo para viver isolada no deserto da Califórnia. Mais emocionante será sem dúvida o ciclo sobre os atribulados Balcãs. Entre uma longa série de produções, destacam-se Interrogation, de Namik Kabil, uma análise à negação da guerra na Bósnia, Facing the Day, de Ivona Juka, sobre um grupo de reclusos que decidem encenar uma peça de teatro, e Made in Serbia, de Mladen Dordevic, um estudo sobre a indústria pornográfica na Sérvia. /
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DOCLISBOA 15.10>25.10, Lisboa, Culturgest e cinemas São Jorge e Londres, 3,5 € por sessão
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texto ¬ Fernando Vasquez - fotografia ¬ DR
Anticristo ou antifilme? Lars von Trier contra-ataca com mais uma demonstração de que o cinema ainda é capaz de nos surpreender «Toda a minha perversão, que está obviamente reflectida neste filme, não é nada de novo. Os medos e as emoções tiveram que ser perseguidas até à última gota de sangue», disse Lars Von Trier em defesa do seu último filme, Anticristo, que estreia nas salas de cinema portuguesas a 22 de Outubro. A avalanche de ataques por parte da crítica já o trnha tornado no mais controverso filme do princípio do século. Não será uma situação indesejada por Trier, o génio por detrás de obras-primas como Dogville ou Os Idiotas, que não só aparenta rejubilar com tanta atenção como também contribui voluntariamente para a polarização das opiniões, e com um sorriso bem aberto. Também não é para menos: automutilação genital, violência gratuita e uma raposa falante. Anticristo, a história de um casal que se refugia numa cabana isolada após a morte prematura do filho, tem um pouco de tudo. Com prestações de luxo de Charlotte Gainbourgh, que acabou por receber o prémio de melhor actriz em Cannes, e do veterano William Defoe, o filme seguramente não será para todos os gostos. Por tudo isto e muito mais, ele exige ser igualmente admirado e odiado por todos os verdadeiros amantes da sétima arte. /
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ANTICRISTO de Lars von Trier, com Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, estreia a 22.10
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texto ¬ Gonçalo Jordão - fotografia ¬ DR
22 milhas, estilo livre Filme do francês Philippe Lioret aborda o tema da imigração ilegal Desengane-se, caro leitor, se espera ver algo como Quem Quer Ser Bilionário? Respire de alívio. Até pode ser que o seu sucesso se deva a um tipo de história que se globalizou com aquele sub-produto, mas nada mais. O tema geral é da ordem do dia: a imigração ilegal. Contudo, é abordado de um ponto de vista pessoal, particular, deixando bem claro que as personagens têm o peso de uma migalha no universo que as alimenta, sem instinto manipulador visível – e que fácil seria que se afogasse o filme nessas águas... Bilal, o adolescente curdo que quer a todo o custo chegar a Inglaterra, nem que seja a nado pelo Canal da Mancha, é visivelmente um jovem de classe média. Essa condição, aliada à sua determinação optimista, afastam-no do cliché do emigrante clandestino a quem são negados os mais básicos direitos. E, no entanto, é exactamente isso que ele é. Com a Inglaterra na cabeça, Bilal inicia lições de natação. Simon é o instrutor, que, primeiro para impressionar a ex-mulher, depois por verdadeira compaixão e instinto paternal, acolhe o jovem. Esta é uma magnífica construção do actor Vincent Lindon, num sonambulismo relutante que só uma cara como aquela consegue transmitir. A cumplicidade que se cria entre os dois vai para além da compaixão humanitária: ambos têm que, à sua maneira, regressar às amadas, e é esse o verdadeiro motor desta história. A música banaliza quase fatalmente o filme, mas o início – com os implacáveis planos nocturnos do porto de Calais –, o fim – desolador como as águas do canal – e as grandes interpretações fazem valer bem a pena a experiência. / ❥
WELCOME / BEM-VINDO de Philippe Lioret, com Derya Ayverdi, Audrey Dana e Vincent Lindon, estreia a 1.10
NÃO ABUSE DO ÁLCOOL. BEBA COM MODERAÇÃO.
portefólio |
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Nils Riedweg
Pool O fotógrafo Nils Riedweg acaba de completar trinta anos, cita Calvin & Hobbes no seu sítio na Internet e apresentanos a Islândia como o seu país predilecto. Para além destes pormenores apetitosos (o quê, vocês contestam?), Nils é originário de Zug, uma pequena e atraente cidade suíça. Inicia-se na fotografia em 2003, quando a sua namorada compra uma Reflex. Desde logo fascinado pelas possibilidades de tamanha maquinaria, compra também uma, antes de passar para o formato digital e de se afeiçoar cegamente a uma Nikon D700 que se torna rapidamente no seu brinquedo predilecto. Qual é a sua regra de ouro? Utilizar apenas objectivas de focagem fixa. Nesta série intitulada Pool, Nils Riedweg empurra-nos para dentro de uma misteriosa piscina. Aqui, o carácter insólito e até cómico das situações contrasta com a sobriedade que advém das imagens. Não é de admirar que o artista cite, como principal referência, o fotógrafo americano Gregory Crewdson, conhecido pelas suas encenações irreais. Pensámos também em Stephen King, David Linch e na série televisiva Sete Palmos de Terra. E então, mergulhamos? /
All pictures © 2009 Nils Riedweg / Photography
exposições |
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Amália, hoje texto ¬ João Pedro Barros fotografia ¬ DR
O décimo aniversário da morte de Amália Rodrigues é assinalado com a maior mostra de sempre dedicada à fadista No dia 6 de Outubro, cumprem-se precisamente dez anos sobre a morte de Amália Rodrigues. Tinha 79 anos e faleceu em sua casa, na Rua de São Bento, em Lisboa. Simbolicamente, é esta a data escolhida para a inauguração de Amália, considerada a maior mostra de sempre que lhe é dedicada. A exposição procura repensar a cantora, através de documentos, pinturas, filmes e outros objectos que retratam o seu universo. O espólio da Fundação Amália Rodrigues (que inclui vestidos, jóias, fotografias e condecorações) juntase a peças de colecções particulares, e também serão exibidas obras
de artistas contemporâneos, inspiradas na fadista. De acordo com a organização, vão ser reunidas pela primeira vez as três versões de Coração Independente (preto, dourado e vermelho) criadas pela artista Joana Vasconcelos. As peças, com mais de três metros de altura, são inspiradas nos tradicionais corações em ouro de Viana do Castelo e no fado, sendo constituídas por milhares de talheres de plástico e ferro. Os corações têm um mecanismo que os faz rodar e são usualmente exibidos ao som de três fados de Amália. A mostra – uma iniciativa das fundações Berardo e Amália Rodrigues,
distribuída pelos museus da Electricidade e Colecção Berardo – pretende também sublinhar o alcance internacional da rainha do fado. As músicas francesa, americana, espanhola, italiana e brasileira não lhe eram estranhas, pelo que será possível
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ouvir trechos das várias linguagens que a cantora abordou. O papel de Amália Rodrigues enquanto divulgadora da cultura portuguesa e do fado em todo o mundo também não será esquecido. /
AMÁLIA até 01.02, Lisboa, Museu Colecção Berardo (CCB) e Museu da Electricidade, ter>sex 10h>17h, sab, dom, fer 10h>20h, de 2,5 a 7 €, 226 156 500
exposições |
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texto ¬ João Pedro Barros fotografia ¬ Der Schlamm von Branst, 2008/DR
texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR
Falsa neutralidade
Humor, instalações e vídeo
Augusto Alves da Silva convida os visitantes de Serralves a descobrir os segundos sentidos das suas fotografias O Museu de Serralves recebe a primeira exposição retrospectiva de um dos mais importantes fotógrafos portugueses da actualidade, comissariada pelo próprio director, João Fernandes. Augusto Alves da Silva não trabalha exclusivamente com fotografia, mas é através deste meio que mais tem marcado o panorama artístico português, desde os anos 90. De acordo com o comunicado da instituição, «nada é dado a ver de forma imediata» nos seus trabalhos. «Augusto Alves da Silva tira partido da ilusória neutralidade da fotografia e dos códigos convocados automaticamente por determinados regimes de imagens (paisagem, retrato), apresentando imagens claras, nítidas, em que o excepcional nunca salta à vista, antes tendo de ser procurado». Ou seja, o autor desafia o visitante a fazer um exercício de procura, para além do óbvio. Nascido em Lisboa, em 1963, Augusto Alves da Silva estudou no London College of Printing e na Slade School of Fine Art, com duas bolsas Gulbenkian. Está representado em diversas colecções nacionais (incluindo a de Serralves) e estrangeiras, com as da ARCO (Madrid), Fundació Foto Colectania (Barcelona), Helga de Alvear (Madrid) e Lambert Art Collection (Genebra). Em Serralves, já teve obras suas expostas em várias mostras, como Squatters, (2001) ou Zoom (2002). /
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AUGUSTO ALVES DA SILVA de 17.10 a 01.01.10, Porto, Museu de Serralves, ter>sex 10h>17h, sáb+dom+fer 10h>19h, www.serralves.pt
A dupla belga Jos de Gruyter e Harald Thys, cujo trabalho tem vindo a ganhar relevo internacional, apresenta as suas criações na Culturgest, em Lisboa Jos de Gruyter e Harald Thys trabalham juntos há mais de 20 anos, mas a sua cotação no mundo da arte contemporânea cresceu bastante nos últimos tempos. A esse facto não são alheias as participações na Bienal de Berlim e na Manifesta 7, a bienal europeia de arte contemporânea, em 2008. O meio preferido desta dupla é o vídeo, mas Gruyter e Thys têm realizado igualmente séries fotográficas e instalações com esculturas e objectos, para além de desenho, performance e texto sonoro. O humor é uma componente fundamental do seu trabalho: frequentemente, as personagens que habitam os trabalhos dos belgas estão envolvidas em situações pouco comuns ou são vítimas de conjunturas estranhas e incontroláveis. Jos de Gruyter (Geel, Bélgica, 1965) e Harald Thys (Wilrijk, Bélgica, 1966) vivem e trabalham em Bruxelas. As suas obras já foram exibidas um pouco por toda a Europa, em duo e também a solo. Em 2007, expuseram pela primeira vez na América do Norte, no centro de artes Artspeak, em Vancouver, no Canadá. /
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Jos de Gruyter e Harald Thys de 24.10 a 23.12, seg e qua>sex 11h>19h, sáb,dom e fer 14h>20h, Lisboa, Culturgest, 2 €, 217 905 155
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texto ¬ Daniel Faiões - fotografia ¬ DR
Procurando outras marés
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Criadora brasileira Sandra Cinto apresenta-se pela segunda vez em Lisboa Mar que habita em mim me leva para onde eu nunca fui é o nome da exposição que a artista Sandra Cinto apresenta na Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. A mostra conta com desenhos, gravuras, escultura e instalação e é a segunda exposição individual em Lisboa da criadora brasileira. Nesta mostra, Sandra Cinto irá apresentar um conjunto de trabalhos inéditos, pertencentes à sua mais recente série, Mares. Para a autora, o desenho acaba por ser uma forma de desenrolar a sua complexa teia interior. Nesse exercício de auto-recriação, faz detonar todo o seu universo pictórico, que acaba, inevitavelmente, por se estilhaçar em rebentamentos de cor e luz. Sandra Cinto tem por hábito amplificar os locais onde expõe, utilizando camas suspensas, armários, mesas ou cadeiras de tripé. O resultado é um surrealismo hábil, inteligente, mas genérico. Com estes atrevimentos, que pretendem dar novas dimensões ao espaço, rompem-se os limites instituídos. Segundo a artista, a exposição «propõe uma reflexão sobre a imensidão que habita o interior de cada um, seus desejos, anseios». Recorrendo a essa viagem introspectiva, Sandra Cinto transfere para a mostra o carácter poético e existencialista dos seus trabalhos, «através de uma iconografia pessoal, carregada de simbolismos, metáforas e narrativas». / ❥
mar que habita em mim me leva para onde eu nunca fui até 31.10, seg>sex 10h30>19h30, sáb 12h>19h30, Lisboa, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, www.carloscarvalho-ac.com
*OU TALVEZ SIM. HÁ SEMPRE QUEM A LEIA. xiiistudios.com design e publicidade
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texto ¬ Daniel Faiões - fotografia ¬ DR
O auto-elogio do nu RCM.pdf
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9/27/09
1:57 PM
Jemima Stehli ambiciona «fundir» escultura e fotografia, sendo o seu corpo a base da matéria A artista britânica Jemima Stehli é conhecida por batalhar contra as noções de narcisismo, usando o seu próprio corpo, nu, como arma de arremesso. Para isso, serve-se da câmara, transformando-se, ela própria, em sujeito e objecto da imagem. Num dos seus trabalhos anteriores – Strip – colocou-se perante um escritor, um crítico de arte e um dealer, sentados numa cadeira, munidos de um disparador de uma máquina fotográfica. Em frente a eles posava uma mulher, sofisticada e altiva. Na queda das roupas, a elevação da Vénus, nua, vitimada pelos flashes. No fim, a surpresa das imagens captadas. Em cada convidado, um olhar diferente, um disparo inquieto ou um soslaio contemplativo É com estas ousadias performativas que Jemima pretende garantir uma osmose entre a escultura e a fotografia, sendo o seu corpo a base da matéria. Helmut Newton, Allen Jones e Larry Bell são algumas das influências da artista, havendo mesmo trabalhos seus que passam por aliar referências icónicas destes criadores. Com esta confluência artística, Jemima deseja catapultar para a contemporaneidade algumas das tradições da História da Arte. /
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JEMIMA STEHLI até 31.10, ter>sex 14h>20h, sáb 12h>20h, Lisboa20 – Arte Contemporânea, www.lisboa20.pt
Às quartas-feiras, das 19 às 20 horas
Clube dos Pensadores
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agenda Inside [Arte e Ciência] DR
Casa Gravada A exposição Casa Gravada resulta de uma colaboração com a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, na qual participam uma selecção de finalistas da licenciatura em Pintura/Gravura. Todas as gravuras produzidas são originais, provas singulares, executadas para este fim. Esta mostra é uma oportunidade para conhecer alguns dos trabalhos destes 17 novos artistas portugueses. ❥ LISBOA, de 18.09 a 31.01, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, ter 14h>18h, qua>dom 10h>18h, www.cmag-ipmuseus.pt
Um formato, um conceito, várias ideias A biblioteca do Museu de Serralves recebe a exposição Um Formato, um Conceito, várias Ideias. Com esta mostra, pretende-se dar a conhecer o processo editorial típico das «longínquas» décadas de 60 e 70. Nesta exibição, valoriza-se a profícua contribuição gráfica que os artistas da época tiveram na concepção do interior das publicações para as quais trabalharam. ❥ P ORTO, até 29.11,
Disputed Seats Misheck Masamvu DR
Um corredor entre M. e K. Hugo Canoilas DR
Tentando alcançar o ponto zero
Quick, Quick, Slow
Uma experiência de recomeço é a proposta da exposição Tentando alcançar o ponto zero/Trying to reach point zero. Uma árvore é cortada até desaparecer pela intervenção do performer. A procura do reinício, a crença na capacidade de reorganização e de revitalização civilizacional estão na base desta acção apresentada por Carlos Noronha Feio. ❥ P ORTO, de 19.09 a 17.10,
Combinando uma selecção de peças gráficas impressas, projecções vídeo e peças digitais inéditas, a exposição patente no Museu Berardo projecta a história do design gráfico. Quick, Quick, Slow pretende analisar a maneira como os designers têm trabalhado a ideia e o fluxo do tempo desde o início do séc. XX. Nesta mostra, podem verse as referências, as tendências e os impactos recíprocos entre o grafismo impresso e as animações mais contemporâneas e dinâmicas. ❥ L ISBOA, de 10.09 a 29.10,
Galeria Reflexus Arte Contemporânea, ter>sáb 15h>19h, www.reflexus.net
Biblioteca do Museu de Serralves, seg>sáb 10h>18h, www.serralves.pt
Um corredor entre M. e K. In a rear room
Inside [Arte e Ciência]
Ricardo Jacinto apresenta, na Vera Cortês, uma exposição que acaba por ser um «dois em um» no que diz respeito às suas grandes paixões. In a Rear Room é uma instalação e, ao mesmo tempo, o lançamento do vinil do seu projecto musical Cacto. Munido de som, objectos e arquitectura, o artista procura dar ao visitante uma experiência de cariz sensorial, onde se permite uma osmose entre a matéria e o timbre. ❥ L ISBOA, de 12.09 a 23.10, Vera Cortês
Divulgar uma nova tendência artística que combina o conhecimento científico com a criatividade das artes é o propósito da exposição Inside [Arte e Ciência]. Trata-se de uma exposição sobre arte e ciência do século XXI e nela participam 22 artistas provenientes de vários pontos do globo. O conjunto de obras apresentadas envolve biotecnologias, inteligência artificial, robótica e interactividade. ❥ LISBOA, de 24.09 a 24.10, Galeria do
Agência de Arte, ter>sex 11h>19h, sáb 15h>20h, www.veracortes.com
Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, ter>sex 10h>19h, sab+dom 14h>19h, www.inside.com.pt
Tentando alcançar o ponto zero DR
Um corredor entre M. e K. é o título da exposição que Hugo Canoilas apresenta em Portugal, depois de a ter desenhado para a Kaap, em Utrecht. A instalação é constituída por um conjunto de portas em madeira, esmaltadas, de cor branca, que se demarcam do espaço pelas aduelas pintadas de negro. São precisamente as portas que marcam o corredor – que surge apenas na imaginação do visitante –, criando uma sucessão de espaços imaginários. ❥ P ORTO, de 19.09 a 24.10, Galeria Quadrado Azul – Espaço Q1, ter>sáb, 15h>19h, www.quadradoazul.pt
Museu Colecção Berardo, 10h>19h excepto sex 10h>22h, 14h>18h, www.museuberardo.com
Disputed Seats A Influx recebe a primeira exposição individual de Misheck Masamvu na Europa. Olhado como um dos artistas mais provocadores e férteis do Zimbabué, Misheck Masamvu vem a Portugal exibir uma exposição que integra obras de pintura e desenho realizadas entre Harare, Londres e Lisboa. ❥ LISBOA, de 19.09 a 19.12, INFLUX Contemporary Art, qua>sáb, 14h>19h, www.influxcontemporary.com
exposições |
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agenda José Emídio DR
Sua Boca, Aberta Para Gritar, Estava Cheia de Terra A mostra apresentada por Mauro Cerqueira resulta de um exercício performativo que deixa o seu resultado no espaço expositivo acessível aos visitantes. O artista vimaranense foi beber da obra de Hermann Broch para encontrar o título para esta exposição, que se desenvolve em dois momentos distintos: a sua execução – o exercício em si – e a sua interpretação, em forma de esclarecimento. ❥ L ISBOA, de 10.09 a 18.10, Kunsthalle Lissabon, sex>dom 15h>19h, www.kunsthalle-lissabon.org
Paulo Neves DR
Traços que Desenham os Filmes A Cinemateca Portuguesa apresenta uma exposição composta por objectos dos espólios pessoais de vários produtores, cenógrafos e figurinistas nacionais, bem como de alguns estrangeiros. A mostra pretende apresentar uma porção das colecções menos conhecidas da Cinemateca, que dizem respeito ao tratamento e conservação de espécies iconográficas. O acervo inclui desenhos e esboços que serviram de ponto de partida para a construção de um cenário, figurino ou efeito de iluminação. ❥ L ISBOA, de 3.09 a 30.12, Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, seg>sex 13h30>22h, www.cinemateca.pt
José Emídio e Paulo Neves A Cooperativa Árvore vai receber uma exposição de pintura e escultura dos artistas José Emídio e Paulo Neves. O primeiro é um conhecido pintor matosinhense, com mais de 30 anos dedicados à arte, que partilha a exposição com Paulo Neves, um escultor que foi já galardoado com prémios importantes pelos trabalhos esculpidos em pedra, madeira ou outras superfícies moldáveis. ❥ P ORTO, de 15.10 a 3.11, Cooperativa Árvore, seg>sex 9h30>20h, sáb 15h>19h, www.arvorecoop.pt
teatro e dança |
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Ópera debaixo de água no festival Trama texto ¬ Mariana Duarte fotografia ¬ Hugo Glendinning
Em 2006, o Trama – Festival de Artes Performativas nasceu para ser muita coisa. À quarta edição, continua a ser música, teatro, dança, performance, live art e cinema: a aposta, mais do que nunca, é desafiar a genética e as convenções do espectáculo. Vai haver ópera debaixo de água, sons emitidos por gira-discos preparados com elásticos e outros objectos e 64 balões que se movem como se fossem humanos Promovido pela Fundação de Serralves, o brrr_Live Art e as produtoras Matéria Prima e Lado B, o Trama mantém, este ano, um percurso por vários pontos do Porto, motivando «novas vivências da cidade», durante quatro dias, disse à SAI Pedro Rocha, programador de música de Serralves. O festival arranca dia 8, quintafeira, às 21h30, no Mosteiro São Bento da Vitória, com Atom, projecto do músico de electrónica Robert Henke, fundador dos Monolake, e
do media artist Christopher Bauder. A performance consiste na manipulação em tempo real de 64 balões de hélio, que formam uma «escultura dinâmica e tridimensional», explica Pedro Rocha. No dia seguinte, às 21h30, a companhia de teatro britânica Forced Entertainment, criada há 25 anos, instala-se no Auditório de Serralves. Spectacular propõe uma reflexão sobre «a construção de um espectáculo», apoiando-se num «trabalho de improviso» e «numa relação diferente com o público», refere Cris-
Festival Trama – Forced Entertainment
tina Grande, programadora de dança de Serralves. No mesmo dia, o japonês KK Null, um dos grandes nomes da música noise, actua, às 00h, no Maus Hábitos. Duas horas depois, é a vez dos Institut Für Feinmotorik, um colectivo de DJ que faz música com gira-discos consertados com materiais do quotidiano. Dia 10, sábado, às 22h, as piscinas do Clube Fluvial Portuense transformam-se no palco de um dos espectáculos mais peculiares do festival: Five Fhathoms Deep My Father Lies é uma ópera debaixo de água liderada ❥
pela soprano Juliana Snapper. A noite é animada, entre outros, por Soft Circle, no Maus Hábitos. No último dia do Trama, o destaque vai para Acts of Clothing, de Marcia Farquhar (17h, Culturgest), um acto sucessivo de vestir e despir roupas, numa passerelle, que simbolizam momentos da vida da artista. No Teatro do Campo Alegre, às 19h, o coreógrafo português Miguel Pereira fecha o festival com 11 de Outubro, Teatro do Campo Alegre, «um espectáculo sobre um não espectáculo». /
trama – festival de artes performativas 08.10 a 11.10, Porto, vários espaços; programação completa em www.festivaltrama.org
teatro e dança |
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texto ¬ Susana Ferreira - fotografia ¬ L. Santos
texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR
Eurípedes recriado por Goethe
Palavras para quê?
Ifigénia na Táurida aborda temas como a liberdade e a condição humana O Teatro do Bairro Alto recebe, até 1 de Novembro, a companhia Cornucópia para aquela que será a estreia de mais uma representação épica da cultura ocidental. Ifigénia na Táurida é uma adaptação do escritor alemão Goethe da tragédia grega homónima, da autoria de Eurípedes. A peça conduz-nos para o relacionamento ancestral com os deuses, retratando a liberdade e a condição humana. Luis Miguel Cintra, o encenador que interpreta também a personagem do Rei Toas, conseguiu fazer regressar Beatriz Batarda à Cornucópia. A actriz irá interpretar o papel de Ifigénia, uma mulher que, depois de salva do sacrifício aos deuses pelas mãos do próprio pai, Agamemnon, se vê forçada a executar os estrangeiros que dão à costa na Táurida. Um dia, acaba por se deparar com o seu próprio irmão, Orestes, que chega ao reino depois de ter vingado a morte do pai matando a própria mãe, Clitemnestra. Sendo já habitual do Teatro da Cornucópia abordar o teatro alemão do Romantismo, desta vez a recriação deste espectáculo assenta no trabalho dos actores José Manuel Mendes, Vítor de Andrade, Paulo Moura Lopes, Luís Miguel Cintra e Beatriz Batarda, que questionam em perfeitos versos temas como a condição das mulheres e a noção de soberania política. /
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IFIGÉNIA NA TÁURIDA de 24.09 a 01.11, ter>sáb 21h30, dom 16h, Lisboa, Teatro do Bairro Alto, 7,5 a 15 €
A Circolando apresenta a sua última criação, em que o silêncio é mais uma vez fundamental Não é com bons olhos que a Circolando vê o facto de ser muitas vezes referida como uma companhia afecta ao novo circo. Quem assistir a algum dos seus espectáculos facilmente percebe porquê: as criações deste colectivo portuense integram algumas técnicas circenses, mas também características do teatro físico, dança, teatro de objectos, música, vídeo e artes plásticas. Assim é com Mansarda, último capítulo do ciclo Poética da Casa, depois de Casa-Abrigo e Quarto Interior. Este trio de espectáculos focaliza a procura de «paisagens do sonho» para as «moradas do espaço íntimo», como, neste caso, o sótão e as águas-furtadas. Mansarda apresenta-nos o encontro entre um homem e uma mulher e reflecte sobre a memória e o devaneio. Tudo isto é feito sem recurso ao texto, como tem vindo a ser habitual nos projectos da Circolando. O conceito do ciclo Poética da Casa teve uma das suas principais inspirações no trabalho da escultora e pintora francesa Louise Bourgeois, que criou Celas, instalações/espaços teatrais compostos por uma série de cabinas. O filósofo francês Gaston Bachelard, os poetas italianos Tonino Guerra e Cesare Pavese e o artista Marc Chagall são outras influências. Depois da estreia no Festival Internacional de Marionetas do Porto e da passagem pelo Teatro Carlos Alberto, Mansarda submete-se agora às interpretações do público lisboeta. /
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MANSARDA 23.10 e 24.10 21h, 25.10 17h, Lisboa, Centro Cultural de Belém, 12,5 a 15 €
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teatro e dança |
www.revista-sai.pt (sai em outubro)
CULTURA E TENDÊNCIAS URBANAS texto ¬ Mariana Duarte - fotografia ¬ João Tuna / TNSJ
Uma catarse de dimensão operática Um exercício de catarse revelado pelo canto lírico: assim se pode resumir a essência de O Concerto de Gigli, que regressa um ano depois da estreia ao palco do Teatro Carlos Alberto
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O CONCERTO DE GIGLI de 8.10 a 11.10, qui>sáb 21h30, dom 16h, Porto, Teatro Carlos Alberto, 10 a 15 €
© Cristina Moreira
Da autoria do dramaturgo irlandês Tom Murphy, O Concerto de Gigli é uma obra de teatro contemporâneo de carácter híbrido, não fosse ela conhecida como «a peça que também é um concerto». Numa teia de drama e comédia, o canto é como que protagonista, pois funciona como ponte musical entre determinados momentos ou como instrumento para a expressão da emoção e do desregramento. A estória desenrola-se no escritório algo decadentista do inglês JPW King, uma espécie de curandeiro ou «dinamatologista» que declara ajudar as pessoas a realizarem os seus objectivos. Ele é procurado por um homem irlandês em crise, que acredita que a solução para os seus problemas é conseguir cantar como Beniamino Gigli, célebre tenor italiano do século XX. Apesar das diferenças entre as duas personagens, Murphy aproxima-as, atribuindo-lhes o mesmo desabafo: «Meu Deus, como é que eu vou conseguir sobreviver a mais este dia?». Após várias sessões, que culminam num choro agitado e perturbado, o homem irlandês renasce, curado. Nesta odisseia existencial e purgativa, King acaba por se despir do seu papel e revelar as suas frustrações, entre as quais a incapacidade de corresponder ao amor de Mona, sua amante e terceira personagem desta peça. /
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texto ¬ Mariana Duarte - fotografia ¬ Roberta Dab Dab (Imagem integrante do projecto I carry your heart, I carry my heart )
O que fica quando o corpo se apaga Rui Horta inicia trilogia de criações no CCB com Talk Show/Até Se Apagar o Corpo É com uma reflexão sobre o corpo como testemunha do tempo e elemento comunicante que Rui Horta enceta a sua residência no Centro Cultural de Belém (CCB), durante a temporada 2009/10. Talk Show/Até Se Apagar o Corpo é a primeira de três obras que, apesar de diferirem na escala (pequena, média e grande) e nas temáticas que as justificam, estão interligadas pelo «questionamento do papel do corpo no discurso coreográfico e teatral», explica Rui Horta, num texto para o CCB. Nesta trilogia, o coreógrafo não introduz mecanismos cénicos que influenciem a percepção da audiência, como fez em Setup ou Scope. Trabalha, isso sim, com o espaço e geometria tradicionais da sala de teatro e com a interacção convencional entre o público e os intérpretes. Talk Show explora a relação corpo/amor. Numa constante interrogação sobre o corpo enquanto «sistema comunicante», um homem e uma mulher falam por meio dos seus corpos, que se assumem não só como espectadores da vida, mas como confidentes, «depositários do tempo» e das experiências. Nesta peça, Rui Horta vê o corpo como «a nossa única propriedade», onde as «memórias se inscrevem», interrogando o seu esgotamento «ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor». «Quando o corpo se apaga, o que resta?» é a questão basilar de Talk Show/Até Se Apagar o Corpo, que ocupa o pequeno auditório do CCB, de 15 a 18 de Outubro. / ❥
TALK SHOW/ATÉ SE APAGAR O CORPO 15.10 e 16.10 21h, 17.10 18h+21h, 18.10 17h, Lisboa, Centro Cultural de Belém – pequeno auditório, entre 12,5 e 15 €, 707 303 000
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agenda O Efeito de Serge DR
Os Monólogos da Vagina DR
O EFEITO DE SERGE De 5 a 6.10
BOXNOVA: FAKE
Interrogando a forma do solo através da representação dentro da própria representação, Serge apresenta aos seus amigos, todos os domingos, espectáculos mínimos. Gerado com cenários e elementos reciclados, O Efeito de Serge é altamente questionador do teatro como arte. ❥ 2 1h30, Lisboa, Culturgest (grande
A jovem actriz Joana Barrios apresenta o espectáculo Fake. Uma encenação sobre uma geração à deriva. Depois de em 2007 ter concluído o curso de Teatro, Joana Barrios fez um estágio no Espai de Moviment VARIUM, em Barcelona, sob a tutela da coreógrafa Anna Sánchez. Pósgraduou-se em crítica de cinema e música pop. Fake é um projecto sobre a deambulação no espaço e no tempo de uma geração que não faz mais do que sonhar acordada com coisas que podem vir a acontecer, mas que são sobretudo desejos. ❥ 19h, Lisboa, Centro Culural de Belém, 6 €
auditório), 5 a 15 €
HOW NANCY WISHED THAT EVERYTHING WAS AN APRIL FOOL'S JOKE De 9 a 10.10 A partir de 1975 e durante toda a guerra civil, as paredes de Beirute estavam cobertas de cartazes dos seus «heróis caídos». Com a série de assassinatos que começaram em 2004 e após o ataque israelita no Verão de 2006, os retratos dos guerreiros e líderes políticos mortos voltaram a surgir com renovada intensidade, olhando os transeuntes como se recusassem sair da vida quotidiana da cidade. Em Beirute, os reinos dos vivos e dos mortos misturam-se. ❥ 2 1h30, Lisboa, Teatro Municipal Maria Matos, 5 a 12 €
How Nancy Wished That Everything Was an April Fool's Joke DR
Serenade / À Flor da Pele / Four Reasons Companhia Nacional de Bailado © Rodrigo de Souza
10.10
SEIS PERSONAGENS À PROCURA DE UM AUTOR Até 18.10 São seis personagens, procuram um autor e tentam, ao mesmo tempo, viver com isso. Uma produção do Teatro São Luiz/Artistas Unidos, com as interpretações de João Perry, Sylvie Rocha, Lia Gama, Mariema, António Simão, João Meireles e João Miguel Rodrigues, entre outros. ❥ qua a sáb 21h, dom 17h30, Lisboa, Teatro Municipal São Luiz, 5 a 20 €
A Gaiola das Loucas DR
A GAIOLA DAS LOUCAS Até 18.10 Este musical tem sido classificado como o mais «perfeito e ambicioso» de Filipe La Féria, pela grandiosidade da sua encenação. O elenco é composto por José Raposo e Carlos Quintas, juntamente com Rita Ribeiro, Joel Branco, Helena Rocha e Hugo Rendas, entre muitos outros actores, bailarinos e cantores. ❥ qui e sex 21h30, sáb e dom 17h, Porto, Rivoli Teatro Municipal, 10 a 35 €
OS MONÓLOGOS DA VAGINA 17.10 Os fabulosos monólogos interpretados por Ana Brito e Cunha, Guida Maria e São José Correia são, acima de tudo, reais e chocantes. Com um título propositadamente irreverente, a peça pretende chamar a atenção para assuntos tão particulares como a violação, a menstruação, a mutilação, o prazer, as infidelidades conjugais ou as terapias de grupo. ❥ 22h, Cine-Teatro de Estarreja, 10 €
SERENADE/À FLOR DA PELE/ FOUR REASONS 15 a 18.10 Do neo-clássico de Balanchine à contemporaneidade de Lopes Graça e Clug, os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado espelham o ecletismo próprio de uma companhia de repertório no panorama de dança actual. À Flor da Pele tem música de Philip Glass. ❥ qui e sex 21h30, sáb 16h e 21h00, dom 16h, Lisboa, Teatro Camões, 5 a 20 €
URGÊNCIA ADIADA/GRAFFITI/ CHERCHÉ, TROUVÉ, PERDU 2 a 3.10 Neste espectáculo, serão apresentadas as coreografias Urgência Adiada, de Jochen Heckmann, Graffiti, de Daniel Cardoso, e Cherché, Trouvé, Perdu, de Patrick Delcroix. Todas elas serão protagonizadas por bailarinos das companhias CeDeCe, Quórum Ballet e Companhia Portuguesa de Ballet Contemporâneo. ❥ 2 1h30, Lisboa, Teatro Tivoli, 12,5 a 25 €
teatro e dança |
104
agenda O Camareiro © Carlos Ramos
SNAKES AND LADDERS/THE REAL INSPECTOR HOUND De 8 a 10.10 Snakes and Ladders fala-nos de Margaret Draper, uma mulher de cerca de 60 anos que viveu os últimos oito nas ruas. Alcoólica desde sempre, sobreviveu com engenho e arte. Nesta peça, encontramo-la num lar onde se tenta integrar de novo na comunidade. The Real Inspector Hound apresentanos dois críticos de teatro que assistem a uma peça de um detective. ❥ s ex e sáb 20h, dom 17h, Faro, Teatro
O CAMAREIRO
Seis personagens à procura de um autor DR
Até 25.10
Em plena II Guerra Mundial, o já ancião actor e director de uma companhia de teatro itinerante, apenas chamado de Sir, luta para conseguir manter a sua própria sanidade e completar a sua 227.ª representação do Rei Lear. O Camareiro é um retrato apaixonante da vida nos bastidores do teatro e uma aventura cómica que, ao mesmo tempo, se revela emocionante. ❥ q ua a sáb 21h30, dom 16h, Lisboa, Teatro Nacional D. Maria II, 7,5 a 16 €
Lethes, 7 a 12 €
A MELANCOLIA DOS DRAGÕES De 8 a 10.10 Este espectáculo de Philippe Quesne explora o facto de não haver nada em jogo entre cada personagem. Sem tensões nem rivalidades, invejas ou algo que possa construir uma intriga, a peça ignora o cinismo mas abre uma porta para outro universo. Drasticamente humanas, as personagens explicam-nos como todos os gestos e todas as situações se transformam num espectáculo sobre a amizade. ❥ 2 1h30, Lisboa, Culturgest (grande auditório), 5 a 15 €
LA TRAVIATA – ORQUESTRA E ÓPERA NACIONAL DA MOLDÁVIA 22.10 A qualidade dos artistas e o sucesso das suas digressões mereceram diversas condecorações e prémios internacionais. Ao mesmo tempo, a Ópera Nacional carrega o estandarte da cultura moldava um pouco por todo o mundo, contribuindo assim para a formação de grandes cantores de ópera. Esta é uma história de «amor e morte». ❥ 21h30, Coliseu do Porto, 10 a 35 €
críticas |
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cd YO LA TENGO
ALICE IN CHAINS
RAMMSTEIN
MEGADETH
Popular Songs | Matador
Black Gives Way to Blue | Virgin/EMI
Liebe Ist Für Alle Da | Vagrant/ Universal
Endgame | Roadrunner
Comemorando 25 anos de existência, os Yo La Tengo estão de volta com o seu décimo-segundo álbum. Popular Songs mantém a diversidade de géneros que é a marca deste trio, que explora com engenho a folk, a pop e o rock sem perder a sua homogeneidade. Desde o início, com Here to fall, canção pop perfeita com arranjos de violinos sumptuosos, até ao poderoso e noisy final de And the glitter is gone (que os escoceses Mogwai não renegariam), o disco está repleto de momentos introspectivos e atmosferas sombrias, que alternam com faixas melancólicas falsamente ingénuas. De salientar a presença importante das teclas em temas como All your secrets – este é um artifício que dá um sabor particular à produção. Em suma, este disco tem tudo para se tornar popular. > Tiago Rillaz
Black Gives Way to Blue é o primeiro álbum dos Alice in Chains em quase 14 anos. Símbolos de um particular estilo de música, o grunge, os Alice In Chains dominaram, juntamente com bandas como Pearl Jam e Nirvana, o panorama do rock alternativo dos anos 90. Mas, assim como estes últimos, tiveram um final trágico, com a morte do vocalista Layne Staley, vítima de uma overdose. Em 2009, os Alice in Chains existem para celebrar a herança rock que deixaram. William DuVall, o actual líder, é dono de um interessante registo, que, conjugado com as habituais melodias vocais de Jerry Cantrell, funciona na perfeição. A dualidade vocal de Cantrell e DuVall, as letras de tom por vezes lúgubre e os riffs pesados mas harmoniosos mantêm-se como porta-estandartes do colectivo de Seattle. > Mário Souto
MIKA
Os Rammstein regressam em 2009 com um novo trabalho, denominado Liebe Ist Für Alle Da. O sexteto germânico liderado por Till Landemann demonstra, para gáudio dos fãs, a sua vitalidade, no seguimento de um período de maior tensão após a edição de Rosenrot, que levou a especulações acerca do futuro do projecto. A receita sonora de Liebe Ist Für Alle Da revela as várias facetas exploradas pelo grupo ao longo dos anos, vagueando entre o peso dos riffs de guitarra e a frieza da electrónica, uma combinação que tem como ponto fulcral a carismática voz de Till. Os habituais elementos satíricos e jocosos estão também presentes nos títulos e letras, sendo a controvérsia, mais uma vez, um ingrediente dos germânicos. Estes e outros temas poderão ser escutados ao vivo no próximo dia 8 de Novembro, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. > Mário Souto
Doze álbuns e mais de 25 anos depois, Dave Mustaine parece finalmente ter reencontrado aquilo que parecia irremediavelmente perdido: o caminho de volta ao panteão do heavy metal. Após uma fase menos boa, ditada por drásticas mudanças de formação, álbuns menos inspirados e problemas pessoais, Mustaine apresenta-se em 2009 com uns Megadeth renovados. Com uma formação super-coesa, o grupo norte-americano tem em Endgame uma reunião dos vários elementos que tornaram o colectivo um dos mais importantes da história do heavy metal: letras agressivamente políticas, duelos de guitarras insanos e riffs estonteantes são as cores desta nova paleta de sons. Os destaques vão para o primeiro single, Head crusher, três minutos e vinte e seis segundos de peso e ritmo bem característicos, e This day we fight, com os seus solos ultrarápidos. > Mário Souto
The Boy Who Knew Too Much | Casablanca Records/Universal O novo álbum de Mika foi descrito pelo próprio como uma ópera rock acerca da sua adolescência, por isso podemos adivinhar que há um certo grau de fanfarronice e pretensiosismo no seu título. No entanto, talvez o libanês apenas queira dizer que tem, desde jovem, o dom de escrever canções pop do mais viciante que há. The Boy Who Knew Too Much segue o mesmo rumo de Life in Cartoon Motion e está pejado de canções fáceis de cantarolar, com muitos confetis e brilhantina pelo meio. Aqui há influências de Scissor Sisters, Bee Gees ou George Michael, falsetes a rodos e várias camadas sonoras, graças a um trabalho de produção que aparenta ter sido exaustivo. O veredicto sobre este álbum acaba por ser simples: se gostou do disco de estreia do cantor, dificilmente o vai desiludir; se muda de estação de rádio sempre que o locutor anuncia uma canção de Mika, é melhor manter-se à distância. > João Pedro Barros
PEARL JAM Backspacer | Universal Aí está o nono álbum do quinteto de Seattle, com vinte anos de carreira no horizonte, a comprovar que a banda está bem alive. The fixer é o primeiro single de um trabalho muito longe da raiva de Vs. ou do experimentalismo de No Code. Gonna see my friend arranca como um foguetão, Get some e The fixer não dão fôlego, mas o álbum também tem outro lado. Just breathe parece uma balada nupcial, Amongst the waves é um hino ao oceano e The end é outro dos momentos mais sérios. Longe dos manifestos políticos dos últimos anos e com os fantasmas pessoais de Eddie Vedder muito esbatidos, este é um disco despretensioso e o melhor dos Pearl Jam desde Binaural, de 2000. > Jp
dvd
livros O SANGUE de Pedro Costa, 1989 (Midas Filmes)
Utilizando uma linguagem bastante mais convencional do que a que viria a usar no futuro, este primeiro filme de Pedro Costa não deixa de ser uma arrebatadora experiência, plena de um fervoroso romantismo cinéfilo – como as primeiras obras devem ser. Algures entre os jovens de Nicholas Ray e as ambiências do noir, é contada uma história que começa numa aldeia no interior. Dois irmãos, Nino e Vicente, vêem-se confrontados com o desaparecimento do pai, acerca do qual Vicente e a namorada Clara guardam um terrível segredo. Entretanto, o tio de Lisboa acha-se na obrigação de acolher os sobrinhos. Mas Vicente, rebelde à força, tem outros planos... O DVD, em edição de coleccionador,
tem extras de abrir o apetite: entre eles, depoimentos de João Bénard da Costa e Phillipe Azoury. > Gonçalo Jordão
A MULHER SEM CABEÇA de Lucretia Martel, 2008 (Castello Lopes e Prisvideo) O hipnótico filme de Lucretia Martel chega ao mercado de DVD depois de uma recepção dividida na passagem pelas salas (tal como no Festival de Cannes de 2008). As reacções confusas dever-se-ão sem dúvida à opção da realizadora argentina por «esconder» quase tanto quanto «mostra», fazendo com o espectador acompanhe, em todos os sentidos, a deriva de uma dentista de meia-idade, Veronica. Nos dias seguintes ao que ela julga ter sido o atropelo de um cão, Veronica aparenta ser uma estranha na sua própria vida. Para além dos problemas de memória, um sentimento de culpa começa a abater-se sobre ela, suspeitando que possa não ter sido um cão que atropelou. Uma fascinante aproximação ao Vertigo de Hitchcock através de uma original linguagem cinematográfica. > Gonçalo Jordão
DEIXA-ME ENTRAR de Tomas Alfredson, 2008 (Castelo Lopes Filmes) Um ano depois da morte de Ingmar Bergman, o cinema sueco encontra novo fôlego com Deixa-me Entrar, talvez o mais essencial filme de terror da primeira década do século XXI. Inspirado no bestseller de John Ajvide, o filme conta-nos a história de uma amizade invulgar entre um rapaz introvertido e uma jovem vampira. Com uma fotografia e banda sonora capaz de fazer parar a respiração, Deixa-me Entrar é tudo o que podemos esperar de um bom filme de terror: Aterrorizante, triste e repleto de esperança. Premiado em Tribecca, Edimburgo e no mítico Toronto Afer-Dark, entre outros, está já marcado para 2010 o lançamento do remake hollywoodesco, realizado por Matt Reeves. > Fernando Vasquez
PORTUGAL THROUGH MY EYES Fotografias de Mel Sewell
O clima «imprevisível» e as irregulares oportunidades para fotografar no Reino Unido trouxeram Mel Sewell, agora com 64 anos, para Portugal, entre 1992 e 2003. Os «200 dias por ano» com luz suficiente para pôr em prática o seu grande hobby foram suficientes para convencer o britânico a aceitar uma oferta de trabalho do Grupo McCann, que o contratou como director criativo. Sewell não perdeu tempo e fotografou paisagens, pessoas e pormenores, um pouco por todo o país. Uma pequena parte desse trabalho está agora documentado em Portugal Through my Eyes (Portugal Aos Meus Olhos), um livro de 160 páginas, limitado a 500 cópias, com 74 fotografias a preto e branco. A edição tem o apoio do Centro Português de Fotografia (CPF), Direcção Geral de Arquivos, Ministério da Cultura e da associação ambientalista Quercus (www. quercus.pt). «O trabalho é, sem qualquer dúvida, impressionante e importante como legado», sublinhou Bernardino Castro, director do CPF. De facto, algumas fotografias de Mel Sewell são capazes de surpreender mesmo o português mais conhecedor do seu país. > João Pedro Barros
críticas |
109
agenda |
111
Agenda Outubro concertos QUINTA-FEIRA, 1
SUL
PAÇOS DA CULTURA, SÃO JOÃO DA MADEIRA VERMILLION LIES – WORLD MUSIC DAY (FOLK) 21h30 / 6 €
ZÉ DOS BOIS, LISBOA FUCK BUTTONS (POP-ROCK) 23h / 12 € / 213430205 CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA SHEILA JORDAN (JAZZ) 21h / 20-45 € 213 612 400
NORTE
CAE, FIGUEIRA DA FOZ AMÁLIA HOJE (POP) 22h / 919 801 296 TEATRO SÁ DA BANDEIRA, PORTO THE LEGENDARY TIGER MAN (POP-ROCK)
22h / 222 003 595 METALPOINT COFFEE, PORTO SIEGE OF HATE + P.H.D. + THE ENDGATE (METAL) 22h
CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA 21h / 10-17,5 € / 213 612 400 CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE PORTALEGRE SOLISTAS DO ENSEMBLE CONTEMPORÂNEUS (CLÁSSICA/ CONTEMPORÂNEA)
21h30 / 5 € / 245 307 498
TEATRO MUNICIPAL DA GUARDA ORQUESTRA DE NÃO-MÚSICOS 21h30 / 5 € / 271 205 241 CULTURGEST, LISBOA HENRI TEXIER (JAZZ) 21h30 / 20€ / 217 905 155
SEXTA-FEIRA, 2 NORTE
ESTÁDIO MUNICIPAL DE AVEIRO integr@te 2009: MUNDO CÃO + FLOW 212 7-9 € / 234 919 000 ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO THE DAD HORSE EXPERIENCE + DJ MISTER MIGHTY ATOM & MISS LINDA LEE 22h / 222 444 223
METALPOINT COFFEE, PORTO SUFFOCHATE + EQUAFELT + GATES OF HELL + HATETRIGGER (METAL) 22h SÃO MAMEDE CAE, GUIMARÃES LEGENDARY TIGER MAN (ROCK) 22h30 / 252 547 028 PORTO-RIO, PORTO ALTO! + ASPEN (INDIE + PSICADÉLICO) 23h / gratuito TERTÚLIA CASTELENSE, CASTÊLO DA MAIA LUMEN (INDIE-FOLK) 23h30 / 229 829 425
FNAC NORTESHOPPING, MATOSINHOS CITY ZEN (ROCK) 22h / entrada livre
The Legendary Tiger Man
MAUS HÁBITOS, PORTO LOCK THE TARGET: LOKOMOTIV + INPERFEKTION + ATTRITION + DJ YGGDRASIL & DJANE INFEKTION 22h30 / 222 087 268
Rock
The Legendary Tiger Man é um projecto one man band, mas Paulo Furtado demonstra com o seu novo disco, Femina, que pode estar só, mas não está sozinho. A comprová-lo estão as participações de Asia Argento, Cibelle, Peaches, Becky Lee, Maria de Medeiros, Cláudia Efe, Rita Redshoes e Lisa Kekaula. Mais do que nunca, estas mulheres trazem sensualidade trazem ao seu blues eléctrico. Longe do tempo em que era um rapaz do tédio…
SUL MUSEU DA MÚSICA, LISBOA TIAGO SOUSA (PIANO) 22h / 5 € / 217 710 990 MOAGEM DO FUNDÃO IMAGO FILM FESTIVAL: THE NOTWIST + BARRY HOGAN DJ SET + ALEXANDER TUCKER 0h30 / 10€ / 275 774 052 275 773 032 ALUA MAGNA, LISBOA RICHARD BONA (JAZZ) 21h30 / 30-40 € 213 612 400 SOCIEDADE MUSICAL CAPRICHO SETUBALENSE BURYING SAINTS TOUR 09: BEFORE THE TORN + TEARS OF THE SUN + THIRTEEN DEGREES TO CHAOS, ELEVEN MILES APART + MY DISASTER
❥ 0 1.10, 23h30, Porto, Teatro Sá da Bandeira
TRANSMISSION, LISBOA DESIRE + ENTROPIA + INVOKE (METAL)
22h / 5 € CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE PORTALEGRE BLASFEMEA (ELECTRO-ROCK) 23h / 3 € / 245 307 498 TEATRO MUNICIPAL DE SÃO LUIZ, LISBOA ALEXANDRE DINIS – ALBA (JAZZ) 23h30 / 5 € / 213 257 640 ESPAÇO LISBOA ADRIANA MIKI (JAZZ) 23h30 / 5 € / 213 610 210
(METAL)
20h / 5 €
Mundo Cão
Pop-rock
Adolfo Luxúria Canibal e valter hugo mãe são os cérebros (leia-se autores das letras) por detrás dos Mundo Cão, a banda bracarense que inclui ainda dois elementos dos Mão Morta, o baterista Miguel Pedro e o guitarrista Vasco Vaz. Mas é a teatralidade do actor Pedro Laginha que empresta à banda um cunho próprio. Os Mundo Cão promovem ainda A Geração da Matilha, segundo disco de originais. ❥ 02.10, Estádio Municipal de Aveiro, 7-9 €, 234 919
the legendary tiger man > DR
CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL, SINTRA ANTÓNIO CHAINHO (FADO) 22h / 10-20 € 219 107 110
000, http://www.aauav.pt/
mundo cão > Dr
agenda |
112 ONDAJAZZ, LISBOA THE SONG BAND (ACÚSTICO) 23h30 / 8 € / 919 184 800 218 883 242 ILHAS CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO FESTIVAL ANGRAJAZZ: ORQUESTRA ANGRAJAZZ + JANE MONHEIT (JAZZ) 21h30 / 15-18 € 295 218 490
CASA DA MÚSICA, PORTO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO 18h / 16 € / 220 120 220
+ DJ LABUTA & DJ REPLYCANT
JUNTA DE FREGUESIA DE PANÓIAS, BRAGA THE FEST OF UN-EXISTENCE: DECREPIDEMIR + BLEEDING DISPLAY + HACKSAW + VAI-TE FODER 21h / 252 282 793
TERTÚLIA CASTELENSE, CASTÊLO DA MAIA DEEP SLEEP (INDIE) 23h / 5 € / 229 829 425
CASA DA MÚSICA, PORTO AU REVOIR SIMONE + THE SLITS + RENNAISSANCE MAN
TEATRO SÃO LUIZ, LISBOA DANÇAS OCULTAS 18h30 / 10 € / 213 257 650
(FOLK + PUNK + ELECTRO)
SÁBADO, 3 NORTE
RUA CÂNDIDO DOS REIS, PORTO SE ESTA RUA FOSSE MINHA: HEAVY TRASH + PUBLICIST + TV BUDDHAS + CHARRANGA ORFEÃO DO PORTO DYMAN + IMPRINT + DJ BILIC (ALTERNATIVA + DEATH METAL)
6 € / 16h30 / 222 001 240 FNAC STA. CATARINA, PORTO HYUBRIS 17h00, gratuito JO-JO’S, PORTO INTERM.ISSION (ROCK) 17h30 / gratuito 222 058 410
Rui Veloso
21h30 / 220 120 220 METALPOINT COFFEE, PORTO LUX FERRE + TUMULUM + SCARIFICARE + PENITÊNCIA & ARS DIAVOLI ENSEMBLE (BLACK METAL)
22h00 FNAC NORTESHOPPING, MATOSINHOS HYUBRIS 22h00 / gratuito ESTÁDIO MUNICIPAL DE AVEIRO integr@te 2009: ANGÉLICO + MUNDO SECRETO (POP) 22h / 7-9 € / 234 919 000 MAUS HÁBITOS, PORTO STIGMATROZ + ESC + ADHKEY
(GÓTICA + INDUSTRIAL + ELECTROGÓTICA + ALTERNATIVA)
22h30 / 222 087 268
SUL
CALOUSTE GULBENKIAN, LISBOA CICLO STOCKHAUSEN I – HIMMELFAHRT/HOFFNUNG (CONTEMPORÂNEA)
19h / 15€ / 217 823 000 ADAC, POMBAL BURYING SAINTS TOUR 09: BEFORE THE TORN + ELEVEN MILES APART + A STEP TO FALL (METAL) 20h / 5 € PARQUE MAYER, LISBOA RUI VELOSO 21h / 5€ / 213 461 740 CINE TEATRO PARAÍSO, TOMAR NORTON (ROCK) 21h30
Pop Lisboa ao Parque é um programa de animação que tem como objectivo revitalizar o espaço histórico do Parque Mayer. O sábado é dedicado a concertos pop-rock e, como tal, Rui Veloso é um convidado óbvio. Na penúltima semana do evento, que principiou em Agosto, o portuense vai certamente tocar velhos êxitos como Chico fininho ou Não há estrelas no céu.
rui veloso > dr
❥ 0 3.10, 21h, Lisboa, Parque Mayer, 5 €, 213 461 740
agenda |
114 SIDE B BAR, LISBOA ANCIENT + DESIRE (METAL) 21h30 / 18h
ESTÁDIO MUNICIPAL DE AVEIRO integr@te 2009: MAKONGO + PEIXE: AVIÃO + PESTE NEGRA 22h / 7-9 € / 234 919 000 PREFORMAS, ESTÚDIO DE ARTES PERFORMATIVAS, AVEIRO LAZY LIZARD (ROCK) 22h / 234 192 331
ILHAS
ESPAÇO CELEIROS, ÉVORA THE BALLIS BAND + MAGNETIC ROLL BAR + DJ GLITZ 22h30
MAUS HÁBITOS, PORTO CONTROLALT DEUS + KAOSFREQUENZ + DEVIANT
SEGUNDA-FEIRA, 5
ONDAJAZZ, LISBOA THE SONG BAND (ACÚSTICO) 23h30 / 8 € / 919 184 800 218 883 242
BAR PORTO-RIO, PORTO SIMBIOSE + PHD + HATETRIGGER (DEATH METAL/
SANTIAGO ALQUIMISTA, LISBOA SIMBIOSE + SWITCHTENSE + GRANKAPO + MG15 (METAL) 22h / 10€ / 91 889 86 77 21 888 45 03
NYKTOS BAR, FIGUEIRA DA FOZ THE LAST OF THEM + UNBRIDLED (METAL) 0h / 965 119 120 ILHAS CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO FESTIVAL ANGRAJAZZ: MÁRIO LAGUINHA + HENRI TEXIER (JAZZ)
21h30 / 15€ a 18€ 295 218 490
DOMINGO, 4 NORTE
CASA DA MÚSICA, PORTO CORO DA CASA DA MÚSICA 12h / 5 € / 220 120 220 ORFEÃO DO PORTO ELETRÓLISE + DREAM METAPHOR + DJ BILIC 16h30 / 222 001 240 FNAC NORTE SHOPPING PORTO HYUBRIS 17h
(INDUSTRIAL/GÓTICA)
22h30 / 222 087 268
HARDCORE)
23h ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO THE DIXIE BOYS (ROCKABILLY) 23h45 / 222 444 223
CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO FESTIVAL ANGRAJAZZ: CHANO DOMINGUEZ + CHARLES LLOYD NEW QUARTET (JAZZ) 21h30, 15-18€, 295 218 490
NORTE
GLAMOUR BAR, VIANA DO CASTELO SIMBIOSE (METAL) 16h / 258 822 963 ESTÁDIO MUNICIPAL DE AVEIRO integr@te 2009: QUIM BARREIROS + CARTOLA'S BAND 7-9 € / 234 919 000 SUL
SUL ANTIGO MERCADO PROVISÓRIO, PINHAL NOVO MUDA SKATE FEST: SHIVERS + ERVAS DANINHAS + FELLATIO + PETER WAY + SEEDS OF MISTRUST + TURN OF THE STONE + RED SMOCKING INDIANS 14h / gratuito CALOUSTE GULBENKIAN, LISBOA CICLO STOCKHAUSEN II – NATÜRLICHE DAUERN/ HIMMELS-TÜR (CONTEMPORÂNEA) 19h / 15 € / 217 823 000 CABARET MAXIME, LISBOA ENA PÁ 2000 (POP) 916 350 427 - 967 045 836 MUSICBOX, LISBOA MISS LAVA + WE ARE THE DAMNED + DOLLAR LLAMA 22h30 MERCADO MUNICPAL, RIO DE MOURO DREADZÕES DO SKYPE + TÓ MANÉ 23h00 / gratuito
COLISEU DOS RECREIOS, LISBOA AMÁLIA HOJE (POP) 21h30 / 15-30 € 213 240 580 CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA ORQUESTRA DA CÂMARA PORTUGUESA 17h / 5-17€ / 213 612 400 AULA MAGNA, LISBOA AU REVOIR SIMONE (POP-ROCK) 21h / 23-30€ / 210 113 448
TERÇA-FEIRA, 6 NORTE
JUNTA DE FREGUESIA DE PANOIAS, BRAGA CASPIAN + KATABATIC (PÓS-ROCK) 22h / gratuito SUL IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, LISBOA RECITAL DE ORGÃO 21h
ESTÁDIO MUNICIPAL DE AVEIRO integr@te 2009: LEONEL NUNES + MEIDIN 7-9 € / 234 919 000
SUL
ONDAJAZZ, LISBOA CLAUDIA GÓES + THOMAS PELLEGRINI + JOÃO FIÃO + JULINHO ZAURÍSIO 22h30 / 3 € / 919 184 800 218 883 242
COLISEU DOS RECREIOS, LISBOA AMÁLIA HOJE (POP) 21h30 / 15-30 € 213 240 580
COLISEU DOS RECREIOS, LISBOA AMÁLIA HOJE (POP) 21h30 / 15-30 € 213 240 580
QUINTA-FEIRA, 8
QUARTA-FEIRA, 7 NORTE
CAFÉ-CONCERTO TEATRO VIRIATO, LISBOA PORTUGAL JAZZ: RED TRIO 22h / consumo 2,5 € THEATRO CIRCO, BRAGA TRÂNSFUGAS: MORIARTY (COUNTRY-FOLK)
21h30 / 10 €
TRANSMISSION, LISBOA CASPIAN (PÓS-ROCK) 22h / 10 €
NORTE
THEATRO CIRCO, BRAGA THE BAD PLUS (JAZZ) 21h30 / 8 € / 253 203 800 ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO DUBSTEP OCTOPUSSY CREW + PEDRO SANTOS (DUB/ELECTRÓNICA) 23h45 / 222 444 223
CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA JANE BIRKIN 21h / 20-45 € 213 612 400
SUL
SEXTA-FEIRA, 9
CAMPO PEQUENO, LISBOA SEU JORGE 21h30 / 22-33 €
NORTE
ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO THE GROOVIES (PUNK) 20h / 222 444 223 CASA DA MÚSICA, PORTO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO + BORIS BEREZOVSKI 21h / 16€ / 220 120 220 COLISEU DO PORTO AMÁLIA HOJE (POP) 22h / 15-30 € 223 394 940
SUL
THEATRO CIRCO, BRAGA LA LA RESSONANCE 22h / 253 203 800
AULA MAGNA, LISBOA HOLLY THROSBY (INDIE) 21h30 / 25-30€ 210 113 448
BIBLIOTECA MUNICIPAL, BARCELOS THE BOMBAZINES (ROCK) 22h / 253 809 641
MUSIC BOX, LISBOA ICONOCLASTS + CLUNK 21h
COLISEU DOS RECREIOS, LISBOA COCK ROBIN + AFTER PARTY 80'S (POP-ROCK) 22h / 25 € /213 240 580 AUDITÓRIO ACÁCIO BARREIROS, SINTRA GÉRARD CAUSSÉ & FILIPE PINTO-RIBEIRO 22h / 219 238 500 BAR ALFA, LEIRIA SIMBIOSE (METAL) 23h / 10 € / 914 500 679 CABARET MAXIME , LISBOA THE WONDERLAND CLUB: KING AUTOMATIC + BLACK MEKON + INVADERS FROM VERDELHA + MARIA P + WITCHELL 23h
PLANO B, PORTO CITY ZEN (INDIE) 23h30
Moriarty
moriarty > dr
AULA MAGNA, LISBOA BARCLAY JAMES HARVEST 21h30 / 17-35 € 210 113 448
Folk
23h / 243 701 600
COLISEU DO PORTO SEU JORGE 21h30 / 27-29 € 223 394 940
ONDAJAZZ, LISBOA SEBASTIAN STUDNITZKY (JAZZ) 23h30 / 7 € / 919 184 800 218 883 242
TEATRO MUNICIPAL DE VILA DO CONDE AMÁLIA HOJE (POP) 22h / 15-20 €
CENTRO CULTURAL, CARTAXO DEFYING CONTROL + X-CONS (PUNK/HARDCORE)
SÃO MAMEDE CAE, GUIMARÃES OLIVE TREE DANCE + KUMPANIA ALGAZARRA 23h / 253 547 028
SÁBADO, 10 NORTE
JO-JO’S, PORTO ABZTRAQT SIR Q (POP) 17h30 / gratuito ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO THE WONDERLAND CLUB: KING AUTOMATIC + BLACK MEKON + DJ WITCHELL + PEDRO CHAO 20h / 222 444 223 METALPOINT COFFEE, PORTO BURYING SAINTS TOUR 09: BEFORE THE TORN + AS MY WORLD BURNS + SUFFOCHATE (METAL/HARDCORE)
21h / 5 € CASA DA MÚSICA, PORTO VITORINO 22h / 15€ / 220 120 220
Jane Birkin
Quando Jack Kerouac escreveu On the Road, certamente não imaginava que, no fim dos anos 90, músicos iriam roubar o nome do seu herói para baptizar um grupo: Moriarty. Os seus membros são de origem francesa, norte-americana, suíça e vietnamita, e estas proveniências diversas dão à banda a sua identidade musical. Para além disso, utilizam objectos do quotidiano (máquina de escrever, mala...) como instrumentos e tocam ao redor de apenas um só microfone ao vivo, o que ajuda a compreender porque são únicos.
A musa e amante do talentoso compositor francês Serge Gainsbourg é a convidada de honra da Festa do Cinema Francês para um concerto no Centro Cultural de Belém, o que se compreende: enquanto actriz, participou em mais de 80 filmes. Com a sua voz suave, canta canções com melodias simples e ligeiras, que falam de melancolia, de feridas da adolescência e de tudo o que faz com que a vida possa ser ao mesmo tempo bonita e terrível.
❥ 1 0.10, 21h30, Torres Novas, Teatro Virgínia, 12,5 €, 249
❥ 8.10, 21h, Lisboa, Centro Cultural de Belém,
839 309, www.teatrovirginia.com
agenda |
117
20-45€, 213 612 400, www.ccb.pt
SUL TIME OUT CAFÉ, MONTIJO DAY OF THE DEAD + ADORNO + FOR THE GLORY (HARDCORE) 21h CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA DIVINO SOSPIRO RESIDÊNCIA – CHRISTOPHE COIN 21h /15-18€ / 213 612 400 CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA ANA SOFIA VARELA (FADO) 21h / 5-30€ / 213 612 400
Pop
jane birkin > dr
agenda |
118 COLISEU DOS RECREIOS, LISBOA DELFINS (POP) 21h30 / 10-30 € / 213 240 580 CABARET MAXIME, LISBOA JESSIE EVANS (JAZZ) 21h30 TEATRO VIRGÍNIA, TORRES NOVAS MORIARTY (FOLK-ROCK) 21h30 / 12,5 € / 249 839 309 SIDE B, LISBOA SUBCAOS + EVIL CLASS + V8 BOMBS + KONAD (METAL) 21h30
DOMINGO, 11 NORTE
PAVILHÃO ROSA MOTA, PORTO DIANA KRALL (JAZZ) 22h / 25-60 € 225 430 360 CASA DA MÚSICA, PORTO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO – RACHMANINOFF: SINFONIA N.º 3 12h / 5€ / 220 120 220
SUL LUX, LISBOA JOAN AS POLICE WOMAN (POP-ROCK)
23h / 18 € / 213 885 570
SEXTA-FEIRA, 16 NORTE
O MEU MERCEDES É MAIOR QUE O TEU, PORTO AGENT RIBBONS + ZA! (INDIE + EXPERIMENTAL)
SUL
22h / 222 082 151
CENTRO CULTURAL DE CASCAIS MOSCOW PIANO QUARTET 17h / 214 815 330
CENTRAL PUB, BRAGANÇA PG.LOST (PÓS-ROCK) 22h / 273 331 309
CAMPO PEQUENO, LISBOA DIANA KRALL (JAZZ) 22h00 / 20€ a 70€ 217 820 575
HARD ROCK CAFÉ, LISBOA MOONSPELL (METAL) 21h / 213 245 280
CENTRO CULTURAL VILA FLOR, GUIMARÃES MAZGANI (POP-ROCK) 23h59 / 2,5 € 252 424 700
TEATRO MUNICIPAL DE PORTIMÃO MELECH MECHAYA – BUDJA BA 22h00 / 282 402 475
CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA MAFALDA ARNAUTH (FADO) 21h / 10-30€ / 213 612 400
SUL
ESCADINHAS BAR, SETÚBAL CHAOS LED TO QUIET + TURN OF THE STONE (METAL) 22h30
SEGUNDA-FEIRA, 12
MUSICBOX, LISBOA THE MARY ONETTES (POP-ROCK) 23h00 ESPAÇO CELEIROS, SETÚBAL UANINAUEI + MISS LAVA (ROCK) 23h / 3 € ONDAJAZZ, LISBOA SEBASTIAN STUDNITZKY (JAZZ) 23h30 / 7€ / 919 184 800 218 883 242 FÁBRICA DO BRAÇO DE PRATA, LISBOA CANDLE LIGHT CONCERT: NICOLE EITNER (JAZZ) 0h / www.bracodeprata.org
NORTE
O MEU MERCEDES É MAIOR QUE O TEU, PORTO THE MARY ONETTES (POP-ROCK) 23h / 222 082 151
TERÇA-FEIRA, 13 NORTE
PIN UP, PORTO IN DEFENCE (HARDCORE)
QUINTA-FEIRA, 15 NORTE
TEATRO SÁ DA BANDEIRA, PORTO MARDUK + VADER + GUESTS (METAL)
20h / 20 € / 222 003 595
INCRÍVEL ALMADENSE FUNERAL NATION TOUR: MARDUK + VADER + FLESHGOD APOCALYPSE + THE ORDHER (METAL) 20h UNIVERSIDADE LUSÍADA, LISBOA KAVINSKY (ELECTRO) 20h CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA JULIETTE GRECO 21h / 25-70 € 213 612 400 CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE PORTALEGRE UXU KALHUS 23h / 5 € / 245 307 498 CABARET MAXIME, LISBOA OS METROS + THE DOUPS 23h / 6€
ONDAJAZZ, LISBOA ELISABETH KONTOMANOU (JAZZ) 23h30 / 10€ / 919 184 800218 883 242 FÁBRICA DO BRAÇO DE PRATA, LISBOA CANDLE LIGHT CONCERT: NICOLE EITNER (JAZZ) 0h / www.bracodeprata.org
SÁBADO, 17 NORTE
FNAC MAR SHOPPING, MATOSINHOS MAZGANI (EXPERIMENTAL) 18h / gratuito JO-JO’S, PORTO LA LA LA RESSONANCE 18h / gratuito / 222 058 410 CASA DA MÚSICA (SALA DOIS), PORTO JOAN AS POLICE WOMAN (POP-ROCK)
22h / 18 € / 220 120 220 LOJA OPTIMUS CASA DA MÚSICA, PORTO BOSSA NOVA 22h / gratuito / 220 120 220 ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO ORELHA NEGRA (HIP-HOP) 22h / 222 444 223 CULTURGEST, PORTO GHÉDALIA TAZARTÈS – REINES D'ANGLETERRE 22h / 5 € / 217 051 155 CONVÍVIO – ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA, GUIMARÃES NOISERV (EXPERIMENTAL) 22h TERTÚLIA CASTELENSE, CASTÊLO DA MAIA MAZGANI (EXPERIMENTAL) 22h / 229 829 425 PLANO B (SALA CUBO), PORTO SILVERIO
SUL
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CAIXA ECONÓMICA OPERÁRIA, LISBOA FESTIVAL OUTSIDER II: KALASHNIKOV + R12 + X-KATEDRA + BOCA DOCE 19h30 / 5 € /218 862 836
CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA – FOLK SONGS 17h / 10-17,5 € 213 612 400
CAMPO PEQUENO, LISBOA TRÊS CANTOS (JOSÉ MÁRIO BRANCO, SÉRGIO GODINHO E FAUSTO) 21h30 / 10-50€
REVOLVER BAR, CACILHAS OCTOBER MASSACRE FEST: BLACK FRIDAY '29 + FOR THE GLORY + XPROVIDENCEX + GRANKAPO + STEAL YOUR CROWN + DIAS CRUCIALES + NOT WITHOUT FIGHTING + NEVER FAIL + LOWBLOW (METAL) 20h/ 15€
MUSICBOX - LISBOA JENNIFER BATTEN (EUA)
LOUNGE, LISBOA TRESPASSERS WILLIAM (POP) TEATRO SANTIAGO ALQUIMISTA, LISBOA JOHN VANDERSLICE (INDIE-ROCK) 21h30 / 20 € 21 888 45 03
CINE TEATRO DE RIO MAIOR QUINTETO JOÃO CABRITA (JAZZ) 21h30 / 4 € / 243 999 300 SIDE B BAR, LISBOA UNDER THE DOOM METAL FEST II: AVA INFERI + EERIE + INSANIAE + MOURNING LEONORE (METAL)
22h BEAT CLUB, LEIRIA AGENT RIBBONS + ZA! (INDIE POP + EXPERIMENTAL)
22h30 / 244 833 714 ONDAJAZZ, LISBOA ELISABETH KONTOMANOU (JAZZ) 23h30 / 10 € / 919 184 800 218 883 242
DOMINGO, 18 NORTE
CASA DA MÚSICA, PORTO DENIS MATSUEV (PIANO) 18h00 / 25€ / 220 120 220 PASSOS MANUEL, PORTO PG.LOST (PÓS-ROCK) 21h30 CENTRAL PUB, BRAGANÇA AGENT RIBBONS (INDIE) 21h
21h / 25 € / 213 430 107 www.musicboxlisboa.com
LUX, LISBOA MATCH YOUR SOUND: NORTON + BALLA + SOULBIZNESS + THE POPPERS + POST HIT 22h30, www.matchtyoursound.pt
SEGUNDA-FEIRA 19
SEXTA-FEIRA, 23
(HARD ROCK)
TRANSMISSION, LISBOA PG.LOST (PÓS-ROCK) 22h00 / 8€
TERÇA-FEIRA, 20 SUL
SANTIAGO ALQUIMISTA, LISBOA MAGNUM + GUESTS (HARD ROCK + INDIE ROCK)
21h00 / 22€ / 91 889 86 77 21 888 45 03
NORTE
ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO THE BONNEVILLES + DJ RASEF 20h / 222 444 223 CASA DA MÚSICA, PORTO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO & LISE DE LA SALLE 21h / 16 € / 220 120 220 BLÁ BLÁ, MATOSINHOS CITY ZEN + TALLOWATE (ROCK) 23h30 / 965 662 596
QUARTA-FEIRA, 21
CLUB SETUBALENSE MIKADO LAB + THESE MOUNTAIS 21h30 / 265 522 329 CAMPO PEQUENO, LISBOA TRÊS CANTOS (JOSÉ MÁRIO BRANCO, SÉRGIO GODINHO E FAUSTO) 21h30 / 10-50€ CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL, SINTRA PEDRO MOUTINHO (FADO) 22h / 15 € / 219 107 110 MUSEU DA MÚSICA, LISBOA TIGRALA 22h / 217 710 990 ONDAJAZZ, LISBOA MANGLIS (JAZZ/FLAMENCO) 7 € / 919 184 800 218 883 242
NORTE
THEATRO CIRCO, BRAGA ORQUESTRA E ÓPERA NACIONAL DA MOLDÁVIA 21h30 / 25-30 € / 253 203 800
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE BARCELOS LA LA LA RESSONANCE (POP) 22h / 3€ / 253 809 600 MUSICBOX, LISBOA CIBELLE 22h FÁBRICA DO BRAÇO DE PRATA, LISBOA JOÃO FIÃO 23h / 967 354 817
SÁBADO, 24 NORTE
JO-JO’S, PORTO SIZO (POP) 17h30 / gratuito 222 058 410 FUNDAÇÃO A LORDE, PORTO BLIND ZERO (POP-ROCK) 21h30 CASA DA MÚSICA, PORTO REMIX ENSEMBLE 18h / 10 € / 220 120 220 CINE-TEATRO DE ESTARREJA THE LEGENDARY TIGER MAN (ROCK)
22h / 234 811 300
Jennifer Batten
Rock À guitarrista que acompanhou Michael Jackson durante três digressões mundiais, sendo capaz de tocar na perfeição solos de Slash, Van Halen ou Santana, vem ao MusicBox apresentar Whatever, o seu último álbum. A norte-americana, que é considerada uma das melhores do mundo nas seis cordas (gravou dois discos com Jeff Beck), vai propor um espectáculo multimédia, tocando em sincronização com projecções vídeo.
QUINTA-FEIRA, 22 NORTE
PAVILHÃO ROSA MOTA, PORTO DREAM THEATER + OPETH + BIGELF + UNEXPECT 19h / 30 € / 225 430 360 TEATRO MUNICIPAL, VILA REAL THE PORTUGALS (INDIE) 23h / 259 320 000
❥ 1 8.10, 21h, Lisboa, MusicBox, 25 €, 213 430 107, jennifer batten © sam emerson
www.musicboxlisboa.com
agenda |
121
LOJA OPTIMUS CASA DA MÚSICA, PORTO TIGUANA BILDES (ROCK) 22h / 220 120 220 TERTÚLIA CASTELENSE, CASTÊLO DA MAIA THE POPPERS (POP-ROCK) 22h / 229 829 425 SUL CAIXA ECONÓMICA OPERÁRIA, LISBOA FESTIVAL OUTSIDER II: SIMBIOSE + DOLLAR LAMA + 2 SACOS E ½ + PUSSY HOLE TREATMENT (HARDCORE/ROCK) 19h30 / 218 862 836 CINE TEATRO DE RIO MAIOR LUFA-LUFA 21h30 / 4€ / 243 999 300 CLUB SETUBALENSE BENÔIT DELECQ (PIANO) 21h30 / 265 522 329 CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL, SINTRA GOLDBANG – GRUPO DE MÚSICA IRANIANA 22h / 5 € / 219 107 110 ONDAJAZZ, LISBOA MANGLIS (JAZZ/FLAMENCO) 23h30 / 7€ / 919 184 800 218 883 242
DOMINGO, 25 SUL
TEATRO MARIA MATOS, LISBOA SONIC SCOPE #9: GALA DROP + OSSO EXÓTICO + BEAUTIFUL SCHIZOPHONIC + LAETITIA MORAIS + SCRAP & GABRIEL FERRANDINI + OTO + VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA 16h30 / 5 € / 218 438 800 REVOLVER BAR, ALMADA HATESPHERE 21h
CLUB SETUBALENSE – SETÚBAL GLACIERS 21h30 / 265 522 329
SEGUNDA-FEIRA, 26 SUL
AULA MAGNA, LISBOA BEBEL GILBERTO 20h / 210 113 448
TERÇA-FEIRA, 27 SUL
CINEMA SÃO JORGE, LISBOA MIKE STERN BAND (JAZZ) 21h30 / 25-27 € / 213 103 400
SUL FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, LISBOA ORQUESTRA GULBENKIAN + SIMONE YOUNG + KYRIL ZLOTNIKOV 21h / 10-20 € / 217 823 000 CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA BRAD MEHLDAU (JAZZ) 21h30 / 213 612 400 ONDAJAZZ, LISBOA JÚLIO RESENDE + CONVIDADOS (PIANO) 23h / 5 € / 919 184 800 218 883 242
CABARET MAXIME, LISBOA :PAPERCUTZ 22h / 213 467 051
COLISEU DO PORTO TRÊS CANTOS (JOSÉ MÁRIO BRANCO, SÉRGIO GODINHO E FAUSTO) 21h30 / 15-50€
SÁBADO, 31
LOJA OPTIMUS CASA DA MÚSICA, PORTO OS AZEITONAS (POP) 22h / gratuito / 220 120 220
NORTE
JO-JO’S, PORTO ROSES KINGS CASTLES (POP) 16h30 / gratuito / 222 058 410 CASA DA MÚSICA, PORTO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO & ALEXANDER PIROJENKO 18h / 16 € / 220 120 220
FÁBRICA DO BRAÇO DE PRATA, LISBOA PAU ALABAJOS I ELS MÚSICS FURTIUS 22h30 / www.bracodeprata. org
SEXTA-FEIRA, 30
AULA MAGNA, LISBOA PETER MURPHY 22h / 25-35 €
ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO ROSES KINGS CASTLES (POP) 222 444 223
CENTRO CULTURAL VILA FLOR, GUIMARÃES EMILÍANA TORRINI (POP) 20h / 253 424 700
QUARTA-FEIRA, 28
SUL
CASA DA MÚSICA, PORTO MARIA JOÃO PIRES & PAVEL GOMZIAKOV (PIANO) 19h30 / 25 € / 220 120 220
SANTIAGO ALQUIMISTA, LISBOA VANS «OFF THE WALL» MUSIC NIGHTS: FITACOLA + HUMBLE + BOCA DOCE 19h30 / 218 884 503
NORTE
SUL TEATRO MARIA MATOS, LISBOA JON RUSSEL (ROCK) 22h / 5-12 € / 218 438 800
QUINTA-FEIRA, 29 NORTE
PLANO B, PORTO ASPEN + CAVE 22h / www.planobporto.com COLISEU DO PORTO MARIZA (FADO) 22h / 18-40 € / 223 394 940
NORTE
CENTRO CULTURAL DE ÍLHAVO PETER MURPHY 21h30, 20 €
METALPOINT, PORTO PRAYERS OF SANITY (METAL) 22h
CULTURGEST, LISBOA ANTÓNIO PINHO VARGAS (JAZZ) 21h30 / 5-18 € / 217 905 155 ESPAÇO CELEIROS, ÉVORA GHOULS NIGHT OUT II H PROCESS OF GUILT + DAWNRIDER + MIDNIGHT PRIEST (METAL) 21h30 SIDE B BAR, LISBOA BURNING MEMORIES + WITCHBREED + DIVINE LUST (METAL)
ARMAZÉM DO CHÁ, PORTO TIJUANA BIBLES + DJ VITOR TORPEDO + TRACY VANDAL (ROCK)
22h / 222 444 223 SUL CENTRO CULTURAL DE BELÉM, LISBOA HANDEL: THE POWER OF MUSIC 21h / 12,50-15 € / 213 612 400
22h PALÁCIO DA TAPADA DA AJUDA. LISBOA TRICK OR TREAT, WHO WANTS SOME BLOODY CANDY?: NEELIX + PENA + MIXTEC + KAESER + LOKI 23h
Rodrigo Leão & Cinema Ensemble
Folk/Pop/Clássica
O ex-teclista dos Madredeus já nos habituou a nunca ficar muito tempo afastado dos palcos e sem projectos em mãos. Em Outubro, submete o seu mais recente disco, A Mãe, ao «teste» dos Coliseu dos Recreios (segue-se o Coliseu do Porto, a 28 de Novembro). No novo álbum, dedicado à sua progenitora, que faleceu no início do ano, nota-se uma maior sobriedade, mas Leão continua a compor temas abstractos e cinematográficos.
MUSIC BOX, LISBOA TIGUANA BIBLES (POP-ROCK) 21h / www.musicboxlisboa. com PAVILHÃO ATLÂNTICO, LISBOA BACKSTREET BOYS 21h / 25-34 € / 218 918 409 COLISEU DOS RECREIOS, LISBOA RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE 21h30 / 17,5-35 €, 213 240 580
❥ 3 0.10, 21h30, Lisboa, Coliseu dos Recreios, 17,5rodrigo leão > dr
35 €, 213 240 580
agenda |
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Mills and Mills away... 4.10 > Praça da Canção (Coimbra Dance Event) Originário de Detroit, Jeff Mills é um DJ pioneiro e incontornável do mundo da música tecno. Conhecido no início da sua carreira pelo nome de The Wizard, ganhou notoriedade no seu próprio programa de rádio, na WDRQ. Depois de abandonar o colectivo Underground Resistance, multiplica as suas colaborações com inúmeros DJ, com quem vai criar as editoras Axis e Purpose Maker. Tanto pela sua técnica de turntablism com três pratos – onde funde tecno com funk e soul – como pelo seu trabalho de produtor, Mills só pode ser consideJEFF MILLS > dr rado um homem bem sucedido. Sabendo criar tecno para as pistas de dança, o norte-americano também consegue produzir faixas mais intimistas e minimalistas. No quadro do festival Coimbra Dance Event, o set de Jeff Mills será, indubitavelmente, a não perder. O cartaz inclui ainda os nomes de Sebastian Ingrosso, Carl Craig, DJ The Fox, MC Mastajay, DJ Javier Rodriguez e DJ Xaninho. > Tiago Rillaz twin turbo > paulo martins
sergio gomes > dr
❥ a partir das 18h, 15-20 € (10 € para estudantes), 914 541 305 / 912 827 711, www.feelings4all.pt
culture club norte ARMAZÉM DO CHÁ (Rua José Falcão, 180 – Porto) 222 444 223 Qui 01 > Twin Turbo + Sergio Gomes Sáb 03 > Kap Cad & Kesmo (Fra) Qui 15 > Fulano 47 Sex 16 > Zé Salvador + Serginho
AR D'MAR (Avenida Beira Mar – Praia de Canidelo Norte – V. N. Gaia) Sáb 03, 22h > Festa Geração 70's; 80's; 90's
BE.ATT (Avenida Villagarcia d'Arosa - Matosinhos) Sáb 03 > Inauguração = Super Flu + Fulano47 + Low Level Crooks + SwitchSt(d)ance + Twofold Sex 09 > Analodjica Sáb 17 > Water Lilly (Sui) (live)
Sáb 24 > Neil Landstrumm (U.K.) (live) Sex 30 > The Glimmers (Bel) Sáb 31 > Nathan Fake (U.K.)
DISCOTECA ACT (Rua Manuel Pinto de Azevedo, 15 – Porto) Sáb 03 > Pete Tha Zouk
FREE SOUND (Nogueira da Regedoura, A29/IC24 – Espinho) 919 148 044 Sáb 03, 10€ > Miss Sheila
GARE CLUB (Rua da Madeira, 182 – Porto) Dom 04 > Filipe Saraiva
MAUS HÁBITOS
PORTO RIO BAR
(Rua Passos Manuel, 178 4º - Porto) 222 087 268 Sex 9 > DJ Bemvinda
(Rua do Ouro, Barco Gandufe – Porto) Sex 02, 23h > Varrick + El Oscar + Astro Kid + Capitão Gancho + Trebaruna + Flying Ducthman
PITCH CLUB (Rua de Passos Manuel, 34/38 – Porto) 222 012 349
PLANO B (Rua Cândido dos Reis, 30 – Porto) 222 012 500 Sáb 10 > Ur Ma Sex 16 > Fritus Potatoes Suicide Sáb 24 > Dj Manaia Sáb 31 > Hallowen Party = Twin Turbo + TBC
TRINTAEUM (Rua do Passeio Alegre, 564 – Porto) 919 134 339 Sex 02 > Rui Vargas Sex 09 > Social Disco Club
clubbing |
125
clubbing |
127
trol 2000 > dr
mário valente > Dr
hugo santana > dr
hugo santana > dr
bar estado líquido > dr
trol 2000 > Dr
culture club sul CASINO LISBOA – ARENA LOUNGE (Alameda dos Oceanos, Lote 1.03.01, Parque das Nações) 218 929 000 Qui 1 > Rui Murka Sex 2 > Pan Sorbe Sáb 3 > Yugo Dee Dom 4 > Nuno Leote Seg 5 > Alcides Ter 6 > Major Qua 7 > Kamala Qui 8 > Pedro Ricciardi Sex 9 > Kwan Sáb 10 > Belita Dom 11 > Diogo Pires Seg 12 > Tiago Santos Ter 13 > Ride Qua 14 > Mario Valente Qui 15 > Soulflow Dj's
Sext 16 > Ka§par Sáb 17 > Lucio Monteiro Dom > 18 Luis Patraquim Seg > 19 Carla Mentira Ter > 20 Rai Qua > 21 Kamala Qui > 22 Blues Brothers Sex > 23 Antonio Alves Sáb > 24 Miguel Kellen Dom > 25 Francisco Diniz Seg 26 > Rodrigo Albergaria Ter 27 > Isilda Sanches Qua 28 > Pedro Costa Qui 29 > Maskarilha Sex 30 > Lad Sáb 31 > Belita
BRAND-ADVISE
HULA HULA BAR
(Rua do Barão, 10 – Lisboa) 218 872 396 Qui 01 > Black Bambi (Dj set)
(Praia do Rei, Costa da Caparica – Lisboa) 960 298 808 Sáb 03 > Jackinori (U.K.) + Drop Top + Madness 1 + Dj Manaia
ESTADO LIQUIDO (Largo de Santos - Lisboa) 213 955 820 Sáb 03 > Ka§par Dom 11 > Vito Silveira Qui 15 > Trol 2000 Sex 16 > Vito Silveira Sáb 17 > Hugo Santana Sáb 31 > Señor Pelota + Social Disco Club
EUROPA (Rua Nova do Carvalho, 28 - Lisboa) 213 421 848 Dom 25 > (After) Freimatic dj set
LOUNGE (Rua da Moeda, 1 - Lisboa) 218 462 101 Sex 09 > Mário Valente + Sam Amant Sex 16 > Glam Slam Dance Sáb 17 > Glam Slam Dance = Señor Pelota + Mário Valente Qui 22 > Mr Mitsuhirato + Mr Cookie as Audio Jockey Sáb 31 > Alfonso Macedo
MISS SHEILA 3.10 > Discoteca FreeSound (Espinho) De nacionalidade sul-africana, Miss Sheila chegou a Portugal ainda adolescente, tendo descoberto então o gosto pelas sonoridades dance e house. Depois de, em 2001, ter sido reconhecida pela revista Dance Club como uma das maiores promessas nacionais, hoje é internacionalmente reconhecida pelas vibrações que consegue transmitir com o seu tecno/house. Actuações com diversos DJ internacionais e nacionais de renome, como John Digweed, Jaimy, Vibe, Rui da Silva, Meat Katie e Martin Solveig, entre outros, fazem de Miss Sheila uma das melhores referências do DJing mundial. A marcar presença na agenda de Outubro do FreeSound, um novo espaço de diversão nocturna em Espinho, a DJ será irreversivelmente a estrela da noite. > Tiago Rillaz
twin turbo> dr
❥ a partir das 2h,pré-venda 10€ (com duas bebidas), 919148 044, www.myspace.com/djmissheila kap cad > Dr
miss sheila > Dr
twin turbo > dr
culture club sul OPART
LUX
MINI MERCADO
THEATRO BAR UFF
(Pontão da Doca de St. Amaro, Docas – Lisboa) 213 956 787 Qui 01 > Jerrald James (EUA) + Zé Salvador + Dj Mugs Sex 02 > Kanio (U.K.) + Mastersoul + Itnash + Steve Manta Dom 04 > Sweet open Air = Heidi (Can) + Kokeshi + Deep Soul Sáb 10 > Magic (Bel) + D. Peter J. + Kharys + Dr Yxam + Samed Sex 23 > Freimatic dj set Sáb 24 > John-E + Dj Shaka + Dj Itnash
(Rua Gustavo Matos Sequeira, 42 – Lisboa) 218 820 890 Qui.01 > Alex Gopher (Fr) + Cpt. Luvlace + Gun 'N Rose Qui 22 > Match Your Sound = Hugo Santana
(Av. D. Carlos I, 67 – Lisboa) Qui 01 > Dj Manaia + Keatch + Fritus Potatoes Suicide + Roice Sex 02 > Kap Cad e Kesmo (Fr) Sáb 10 > Twin Turbo + Sergio Gomes Sex 16 > Dj Manaia + J-Wow (Buraka som system) Qui 29 > Foamo (U.K.) + Dj Manaia
(Cine Teatro, Rua do teatro – Tomar) Sáb 3 > Hang The Dj's Sex 9 > Orson & Welles Sáb 24 > Stereoboy Sáb 31 > DJ Pipo
MANGA ROSA LOUNGE (Rua Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, 14 - Almeda Velha) Sex 02 > Dj Mugs (EUA) Sáb 31 > Trol 2000 + B.R.O.S.
clubbing |
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THE DYNAMITES
FEATURING CHARLES WALKER
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EXPLOSIVE SOUL FUNK FROM NASHVILLE, TENNESSEE !
Vídeos a não perder
A cry 4 love, o novo single de David Fonseca. É apenas necessário efectuar um registo bastante simples ❥ http://davidfonseca.com/
Michael Jackson está vivo? Imperdível para fãs de teorias de conspiração ❥ http://www.youtube.com/watch?v=TCDZKX
The sea is a good place to think of the future, primeiro avanço do terceiro álbum dos galeses Los Campesinos (ainda sem título), agendado para o início de 2010 ❥ h ttp://bit.ly/2k7fSl
The making of Backspacer. Um video sobre o novo disco dos Pearl Jam ❥ h ttp://www.pearljam.com/video/
These are my twisted words, novo tema dos Radiohead, colocado ao dispor para download gratuito no sítio da banda ❥ h ttp://www.waste.uk.com/Store/waste-
tStJ0&feature=player_embedded
making-backspacer
Trailer do filme Avatar, de James Cameron, um épico de ficção científica em 3-D que promete revolucionar ao futuro do cinema. O filme estreia a 18 de Dezembro e é o terceiro mais caro da história do cinema ❥ h ttp://www.apple.com/trailers/fox/avatar/
radiohead-twisted+words.html
Here to fall, canção de Popular Songs, ultimo album dos Yo La Tengo ❥ h ttp://www.matadorrecords.com/mpeg/ yo_la_tengo/yo_la_tengo_here_to_fall.mp3
Jessica, ultimo single dos Quietdrive, retirado do EP Close Your Eyes ❥ http://www.quietdrivemusic.com/ download/free/
Muitos vídeos da série Os Contemporâneos, incluindo o sketch Eusébio hoje ❥ http://www.rtp.pt/blogs/programas/ contemporaneos/
New CD/LP - Out 28.09.2009 Already available on http://shop.teraterre.com EUROPEAN FALL TOUR 2009 07/10 ANTWERPEN (Bel) “TRIX” 08/10 AMSTERDAM (Holl) “PARADISO” 09/10 NANCY (Fr) “NANCY JAZZ PULSATIONS” 10/10 BELFORT (Fr) “LA POUDRIÈRE” 11/10 KÖLN (Ger) “STUDIO 672” 15/10 ST GERMAIN EN LAYE (Fr) “LA CLEF” 16/10 CERDANYOLA (Sp) “CERDANYOLA BLUES FESTIVAL” 17/10 VALENCIA (Sp) “DURANGO CLUB” 21/10 SAN SEBASTIAN (Sp) “DOKA ANTZOKIA” 22/10 GRENOBLE (Fr) “ROCKTAMBULES” 23/10 ZURICH (Swi) “STALL 6” 24/10 MONTPELLIER (Fr) “VICTOIRE 2”
Ter a Terre European Booking & Label www.teraterre.com
www.myspace.com/thedynamitesband
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O Instituto Franco-Português apresenta a
a
FESTA CINEMA do
FRANCES ^
LISBOA 07 › 19 OUT ALMADA 13 › 18 OUT PORTO 20 › 25 OUT GUIMARÃES 22 › 25 OUT FARO 28 OUT › 01 NOV COIMBRA 04 › 10 NOV
Espanta Espíritos Design
www.festadocinemafrances.com
info: 213 111 400 › bilhetes nos locais e www.ticketline.pt › filmes legendados em português