SAi - Cultura & Tendências Urbanas Nº 2 / Nov.-Dez. 2009 GRATUITA

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n°02 / Nov - dez. 2009 / GRATUiTa

PORTUGAL Cultura e tendências urbanas



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N°02 / Portugal / NOV - DEZ 2009 SAI Revista cultural e de tendências urbanas www.revista-sai.pt | revista.sai@gmail.com Edição Art-Mada Rua Ofélia da Cruz Costa, 922 – 2.° frente 4455-138 LAVRA Portugal Director: Stéphane Landelle +351 968 604 752 Director-adjunto: João Morais +351 914 654 467 Redactor-chefe: João Pedro Barros redac.sai@gmail.com Secretária de redacção: Susana Ferreira Direcção de Arte: xiiistudios.com Participaram neste número: Carole Lafontan, Guy-Pierre Chomette, Tiago Rillaz, Nuno Catarino, Susana Ferreira, Mário Souto, Mariana Duarte, Inês Bernardo, Fernando Vasquez, Gonçalo Jordão, Daniel Faiões, Eugénia Azevedo, João Campos, Mafalda Dâmaso, Jp, Sarah Griesler, W. Odin Responsável sector Norte: João Morais revista.sai.porto@gmail.com Responsável sector Sul: Stéphane Landelle revista.sai.lisboa@gmail.com Distribuição: revista.sai.distribucao@gmail.com Twitter: http://twitter.com/RevistaSai Facebook: RevistaSai Impressão: Imprimerie Ménard, Toulouse

Capa por Silke Werzinger www.silkewerzinger.de, www.colagene.com (ver portfolio página 22)

O editor declina qualquer responsabilidade no que diz respeito às representações visuais, fotografias, anúncios, omissões ou erros que possam estar presentes nesta publicação. Todos os direitos dos autores reservados para todos os países. Qualquer reprodução com fins profissionais, mesmo que parcial, e por qualquer processo é formalmente proibida e dará lugar a sanções penais.

Papel proveniente de florestas geridas de forma sustentável. Revista grátis. Quando já não precisar dela, deixe-a num ecoponto azul.

Diferentes e iguais David Fonseca é um músico que sempre deixou transparecer uma imagem de profissionalismo, rigor e tranquilidade. Na entrevista que a SAI realizou, confirmaram-se esses predicados: o ex-Silence Four sabe o que quer e para onde vai. O cuidado posto nas edições especiais de Between Waves e a criação do clube de fãs Amazing Cats são dois exemplos da sua atitude empenhada. Quase no fim da nossa revista, traçamos um breve perfil de outro artista português, com características muito diferentes: Manuel João Vieira. Ambos são músicos, mas onde David Fonseca é ponderado, o fundador dos Ena Pá 2000 é polémico e provocador. Poucos se esquecerão da sua falhada (ou nem por isso?) candidatura à Presidência da República. Loucura, genialidade, ou mera forma de chamar a atenção? Cabe a cada um decidir. Menos conhecida é a sua faceta de artista plástico, que pode ser apreciada na Galeria Perve, até 28 de Novembro. Curiosamente, também David Fonseca domina outra área que não a música: a fotografia, que mantém como hobby. A forma destes dois portugueses se expressarem tem contornos muito diferentes, mas também algumas semelhanças: à sua maneira, ambos têm uma carreira pensada e estruturada. Mas o mais importante é notar que o mundo precisa de personalidades distintas. Manuel João Vieira traz uma pitada de sal e de loucura ao nosso quadrado à beira-mar plantado; mas ele também não seria o mesmo sem o profissionalismo de David Fonseca e sem alguma da sua melancolia. P.S.: Este número é relativo a Novembro e Dezembro, ao contrário do habitual. Estaremos de volta em Janeiro.






Índice

sai - novembro / dezembro 2009 #02

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em Breve

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Entrevista

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Portefólio

David Fonseca Silke Werzinger

28 Reportagem Holandeses com os pés assentes...na água!

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Música

Depeche Mode, Guimarães Jazz, Kings of Convenience...

56 Cinema Estoril Film Festival, Cinanima... 62

Moda

68

Design

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Portefólio

L&M Boca do Lobo Herakut

78 Exposições Arte Lisboa 09, Alex Mitchell... 90 Teatro e Dança Festival Temps d'Images... 104

Literatura

106

Críticas de CD's

Herta Müller, Richard Zimler...

108 Agenda Música 124 Clubbing © Herakut

128

Sai a pé pela cidade

#1 Lisboa

130

Perfil Manuel João Vieira



Em breve...

DR

A despedida dos A-Ha Os A-Ha, banda norueguesa celebrizada pelo clássico Take on Me (há falsete mais conhecido e mais longo do que este?), anunciaram o final da sua carreira, depois de quase três décadas de percurso. A banda, que tinha editado este ano Foot of the Mountain, divulgou a decisão em comunicado, onde pode ler-se que os seus membros querem perseguir outros objectivos, «como a política ou trabalho humanitário». O grupo formou-se em 1982 e já tinha interrompido a carreira em 1994, apenas para a retomar quatro anos mais tarde. Como ainda há tempo para fazer mais uns trocos, já está marcada uma digressão de despedida, com dois concertos finais em Oslo, a 3 e 4 de Dezembro.

RIP Kanye West

Fax

Uma brincadeira de mau gosto, que dava como morto o polémico rapper norte-americano Kanye West, devido a um acidente de viação, em Outubro, tornou-se, em pouco tempo, recordista de comentários no Twitter. A informação foi também a mais pesquisada no Google, nos Estados Unidos, apesar de ter sido categoricamente DR desmentida pela namorada do artista, Amber Rose, também através do Twitter. A situação terá sido uma vingança ao facto de Kanye ter manifestado o seu descontentamento com a atribuição do prémio de melhor vídeo feminino dos MTV Video Music Awards a Taylor Swift, na própria cerimónia. Segundo ele, deveria ter sido Beyoncé a vencer.

O vinil, salvador da indústria musical? Depois da grande operação de promoção da Fnac, em Outubro, a Rastilho Records continua às voltas com os discos com a reedição de álbuns dos Xutos e Pontapés: Circo de Feras (1987), 88 (1988) e Gritos Mudos (1990). Sai a 30 de Novembro. / / Três noites de festa para celebrar o aniversário é a proposta do MusicBox. São já três anos passados ao serviço da música no centro de Lisboa. Três noites (4, 5 e 7 de Dezembro) por três anos, oxalá cheguem aos 20!


em breve |

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O fim dos Vicious Five A banda lisboeta Vicious Five pôs fim ao seu percurso. Através de um comunicado oficial, o projecto liderado por Joaquim Albergaria optou por dar um tom poético à coisa: «Um fim não é um fim em si, é uma hipótese de começar outra vez. E o fim da história que vão ler agora, é o começo de cinco novos capítulos: os The Vicious Five vão deixar de tocar juntos». O grupo editou três álbuns ao longo de seis anos: The Electric Chants of Disenchanted, Up on the Walls e Sounds Like Trouble. Já este ano, a banda lançou o EP Lisbon Calling.

DR

Gafe de Dave Gahan no Peru? Os Depeche Mode, que tocam no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a 14 de Novembro, terão protagonizado, pelo boca do seu vocalista, um clamoroso equívoco, ao agradecer aos cerca de 30.000 espectadores em Lima, no Peru, com as palavras «Thank you Chile». O erro foi divulgado por alguns meios de comunicação internacionais, mas há quem garanta que ele nunca aconteceu. O público, completamente hipnotizado pelo espectáculo da banda, parece nem ter dado por ela.

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Fred Perry & Vespa O famoso jogador de ténis dos anos trinta, que deu nome a uma linha de pólos muito estimada no mundo rock (dos mods dos anos 60 e fãs do ska dos anos 70 até aos seguidores do hardcore e brit poppers de hoje), completaria 100 anos em 2009. Para celebrar esta ocasião, a marca, em associação com a Vespa, lançou uma scooter em edição limitada de 100 exemplares, com uma bela cor creme e pequenas riscas verdes. Quem não tiver possibilidade de fazer esta aquisição pode sempre lançar-se na comprar dos pólos do centenário, igualmente em edição limitada.

John Lennon no cinema! Nowhere Boy, primeira longa-metragem da artista inglesa Sam Taylor-Wood, reconstituirá a juventude do ex-Beatle com uma banda sonora inteiramente composta pela banda Goldfrapp. No Reino Unido, a estreia é a 26 de Dezembro. / / Até 7 de Novembro, a segunda edição do Festival de Danças do Mundo vai trazer ao Odivelas Parque criações oriundas de países como a Indonésia, Índia, África e Japão. Os espectáculos são de entrada livre e começam sempre às 21h30.


em breve |

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Abrigo português O arquitecto português David Mares, de 26 anos, venceu o prémio do público (através de voto via Internet) num concurso internacional de design de abrigos, promovido pelo Museu Guggenheim, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O abrigo, que está instalado em Vale de Barris, nos arredores de Setúbal, conjuga aço, madeira e cortiça e era um dos dez finalistas escolhidos entre cerca de 600 participantes, provenientes de 68 países. O prémio do júri especializado coube ao dinamarquês David Eltang. As obras podem ser vistas em www.guggenheim.org.

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GaGa, a sucessora

O Estádio de Alvalade, que ficou conhecido como o mais popular rockódromo do país, deve deixar de dar música aos portugueses. Segundo adiantou o jornal O Jogo a direcção do Sporting terá decidido acabar com os concertos no Estádio Alvalade XXI, poupando assim o relvado, que se tem apresentado em condições deploráveis, e evitando as substituições do tapete a que obrigam os espectáculos. Desta forma, os AC/DC podem ter sido a última banda a actuar no recinto, por onde passaram U2, Rolling Stones ou Depeche Mode.

Madonna mantém-se como a indiscutível rainha da pop, mas parece estar já a pensar na sua sucessão. A excêntrica Lady Gaga tomou a pole position, pelo menos no caso da «transferência de poderes» se processar de forma dinástica. Em entrevista à revista Rolling Stone, a cantora de Like a virgin admitiu rever-se na jovem nova-iorquina. «Quando a vi, ela não tinha muito dinheiro para produção, tinha buracos nas meias e havia erros em todo o lado. Era uma grande confusão, mas consigo ver que ela tem o factor x», declarou Madonna.

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Futebol forever

De 5 a 8 de Novembro, a quarta Mostra de cinema Brasileiro instala-se no cinema São Jorge, em Lisboa, exibindo 12 obras contemporâneas e homenageando o realizador Domingos de Oliveira e o actor Matheus Nachtergaele. / / A secção norte da Ordem dos Arquitectos propõe, até 5 de Dezembro, visitas guiadas a 24 obras do arquitecto José Marques da Silva, considerado o responsável pela mudança da fisionomia do Porto no inicio do século XX. Mais informações e inscrições : www.oasrn.org/cultura.



em breve |

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Cultura no Ribatejo A primeira edição do Festival Materiais Diversos realiza-se entre 19 e 29 de Novembro, com apresentações em Minde, Alcanena, Torres Novas e uma extensão em Lisboa. Apresenta 18 projectos, da dança ao teatro, passando pela música e performance, incluindo nomes como Raimund Hoghe, dramaturgo de Pina Bausch, Jonathan Burrows, coreógrafo nova-iorquino, entre outros. A direcção artística, com «forte dimensão internacional», é assinada por Tiago Guedes. O evento insere-se nas comemorações do Ano Europeu da Criatividade e Inovação.

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Amália Popular

Lula, o filho do Brasil é a película biográfica de Lula da Silva, Presidente do Brasil, que será estreada a 17 de Novembro no Festival de Cinema de Brasília. A longa-metragem só chega aos cinemas em Janeiro de 2010, mas a ante-estreia vai acontecer naquele que é o maior festival dedicado às novidades cinematográficas brasileiras. Com um custo de 4,5 milhões de euros, a obra vai retratar a infância, adolescência e começo da actividade política do Presidente. O realizador é Fábio Barreto, que se baseou na biografia escrita por Denise Paraná.

Mais de 21 mil pessoas visitaram a exposição Amália, Coração Independente, nos primeiros 15 dias de abertura, no Museu da Electricidade e no Museu Colecção Berardo, em Lisboa. Aberta ao público desde 6 de Outubro último, a mostra reúne mais de 500 peças e procura repensar o legado da cantora, através de documentos, pinturas, filmes e outros objectos que retratam o seu universo, agora que se cumprem dez anos sobre a sua morte. A exposição estará patente até 31 de Janeiro de 2010.

Errata

A vida de Lula deu um filme

A SAI errou No nosso número 1, transmitimos de forma incorrecta alguns dados sobre a exposição Amália, Coração Independente. Assim, a mostra estará patente, em Lisboa, até 31 de Janeiro de 2010, nos seguintes locais: Museu Colecção Berardo (CCB), às sextas, entre as 10h e as 22h, todos os outros dias, das 10 às 19h; Museu da Electricidade, de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada é gratuita.




entrevista |

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Texto ¬ João Pedro Barros Fotografia ¬ DR

David Fonseca mantém a maré-cheia Com os singles de Dreams in Colour ainda a rodar nas rádios, o músico lança em Novembro um novo álbum, Between Waves. Para David Fonseca, é um disco de «ressaca», mais introspectivo do que o anterior registo. Será isso suficiente para desenterrar a imagem de artista amargurado? O leiriense, que tocou quase todos os instrumentos, não se mostra preocupado com a situação e tem vários projectos pela frente, desde a internacionalização ao clube de fãs Amazing Cats


entrevista |

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Sempre nos habituou a que houvesse um imaginário a suportar cada um dos seus álbuns. O que está detrás de Between Waves? O disco anterior, Dreams in Colour, tinha um sentido de festa permanente e de celebração, e este passa um pouco pela ressaca pós-festa, por uma colecção de momentos do dia que se segue. Mas este álbum não é especial só pelo conceito, mas também fisicamente, pelo facto de ter tocado quase todos os instrumentos. O que é que isso trouxe de positivo e negativo? Teve muito das duas coisas. Não gravei assim por ser melhor ou pior, mas porque quis que fosse diferente. Nos dois discos anteriores tinha colaborado com a minha banda e quis modificar o processo, para tornar o tempo de estúdio mais criativo. Não me arrependi nada de o fazer, mas não sei se voltarei a tomar a mesma opção.

Nos créditos é referido que o disco foi gravado parcialmente no Castle of the Amazing Cats. É o seu estúdio caseiro? Sim. Gravei muitas das coisas do disco em casa, onde estruturei as ideias, para depois as levar para estúdio. Isso teve uma importância bastante grande. Como foram surgindo as canções? Como estive em digressão muito tempo, fui juntando material, ideias simples, letras e sons, num gravador digital. No final, tinha seis horas e meia e tive de escolher as ideias mais interessantes. Tem já previstos vários concertos de apresentação do disco em Portugal. Ainda consegue encontrar desafios em fazer uma digressão pelo país, cujo circuito é algo limitado? Consigo, até porque acho que o circuito é maior do que se imagina. Abriram vários teatros municipais, que nos permitem fazer uma primeira parte da di-


gressão em espaços fechados, para públicos muito diferentes. Depois, espero ter oportunidades de tocar lá fora. A internacionalização é um objectivo? Há sempre o objectivo de levar a nossa música o mais longe possível, mas temos de perceber bem como o fazer. O disco anterior foi editado em Espanha, Itália e Grécia, vamos procurar oportunidades de lançamento e de digressões para este trabalho. O David sempre deixou transparecer a imagem de um músico muito profissional, preocupado com detalhes. O cuidado nas edições especiais do novo disco vem daí? As multiedições são uma tentativa de tornar o objecto o mais interessante possível, para

que não se olhe para a música como um bem gratuito. É um bónus a que dou muito valor, porque sou um comprador de discos compulsivo. Os downloads ilegais não são portanto um conceito que lhe agrade… Depende da forma. A ideia de pirataria é um bocado obscena. Quando se faz um disco há imensa gente envolvida, desde produtores a técnicos de som. Não é um hobby, as pessoas estudaram para isso. Hoje em dia há a ideia que se pode fazer tudo a partir de casa, gravar um teledisco com quatro rapazes aos saltos e uma câmara. Resumir a música a isso não tem qualquer sentido: lá porque consigo ir a pé a um sítio não quer dizer que não possa ir de carro. >


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Já passaram mais de 10 anos sobre o arranque do fenómeno Silence 4. Com a distância temporal, consegue explicar o que se passou? Não (risos). Ainda há dias conversava sobre isso e não faço a mais pequena ideia. Uma coisa é um caso de sucesso, mas tratouse mesmo de um fenómeno, que não se processou só através da música. Na génese esteve a música, mas outras coisas contribuíram para que fosse algo de tão avassalador. Talvez os fenómenos não tenham mesmo explicação. E era inevitável a implosão do grupo? Não. Aconteceu, pode acontecer a qualquer banda. A solo somos donos do nosso trajecto, enquanto que numa banda é normal que as pessoas queiram seguir trajectos diferentes. Considera-se melhor músico e compositor do que então? Tenho dificuldade em perceber o que é ser melhor e pior, esta é uma área muito pouco matemática. Sei que gosto mais de fazer discos e canções.

É definitivamente, um músico de canções… Sim, sempre preferi o formato canção. Persigo cada vez mais ideias, é isso que me dá o impulso para fazer discos. Houve algum disco que o tivesse acompanhado durante a gravação do álbum? Não. Uma das coisas boas de ter acabado o disco é que posso voltar a ouvir música. Não tinha disponibilidade auditiva para ouvir mais nada. Mesmo após sair do estúdio, ás tantas da manhã, as viagens de carro eram feitas em silêncio. Acha que já conseguiu esbater a imagem de músico amargurado? Acho que sim. Não deixava de ser algo irónico, porque combatia essa imagem, mas ela era sempre mais forte. Há melancolia na minha criação musical, mas nem sempre esse é o lado mais evidente, especialmente depois de dois anos com tantos concertos, onde tudo é tão in-tenso e contraditório. Gosto da dicotomia de poder tocar uma música como The 80’s e depois outra tão introspectiva como Who Are U?. /



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Silke

Werzinger www.silkewerzinger.de representado por Colagene (www.colagene.com)

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texto ¬ Carole Lafontan - tradução ¬ Jp

julgar pelo desenho que está na página de entrada do seu sítio na Internet (um velhote de roupão e meias com uma máscara de luta livre na cabeça e uma tromba de elefante a fazer de cuecas), não restam dúvidas sobre a ousadia da ilustradora alemã Silke Werzinger. Tendo estudado desenho e design gráfico na University of Applied Sciences, de 2003 a 2008, ela instalou-se em Berlim por alguns meses, em 2005. É aqui que a inspiração a atinge e que Silke começa de facto a desenhar. Desde então, esta jovem charmosa multiplica o seu trabalho por várias publicações (Wad Magazine, Electronics Arts, Reader’s Digest) e trabalha com gigantes da publicidade (Publicis, Bleu Blanc Rouge). Representada por Colagene, uma «clínica» de ilustrações que «cuida da imagem», sedeada em Paris e Montréal, Silke aparece no recente livro Illustration Now ! 3 (Taschen), famosa compilação que recenseia os actuais talentos mundiais. Quando sabemos que, para além de tudo isto, Silke Werzinger ainda não completou trinta anos, olhamos de forma completamente diferente para os nossos velhos desenhos feitos a caneta Bic, lembranças sagradas dos nossos tempos de Secundário... Não é verdade? /


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« Gosto das imagens […] que provocam uma reacção, de preferência um sorriso » (Illustration Now ! 3, Taschen, 2009)

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1. Desenho extraído de um dossiê sobre as grandes metrópoles da moda para Maxi Magazin # 02 (2008) - 2. 64 things, a woman should have done in life, desenho realizado para a revista Annabelle (Suíça, Dezembro 2008) - 3. Dupla página extraída da série Pimp my life (Fevereiro 2008) - 4. Retrato do professor Michael ten Hompel, realizado para o Siemens Magazin (Agosto 2008) – Agência Publicis 5. Desenho realizado para o Dogs Magazin # 12 (Setembro 2008)


Holandeses com os pés assentes… na água! Particularmente vulnerável aos perigos inerentes à água, a Holanda (ou, apropriadamente, Países Baixos) começa já a antecipar as mudanças climatéricas. Em vez de combater a água, com a qual os holandeses mantém uma relação secular, antes domesticá-la. Uma revolução de mentalidades simbolizada com a aparição das primeiras casas-flutuantes. Este é um encontro com a família Boersma, que vive sobre a água há poucos meses

texto ¬ Guy-Pierre Chomette tradução ¬ Jp fotografia ¬ DR


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o fundo da cozinha, Rudmer, de 8 anos, toma balanço. Passa a todo o gás pelo frigorífico, raspa a mesa da sala, ultrapassa a vasta superfície vidrada que inunda o salão de luz, chega ao terraço e, às gargalhadas, mergulha. A vizinha Janna foi ao seu encontro, nadando desde sua casa. Ambos voltam ao terraço pela escada do barco, que não está longe dos sofás da sala. Sob o olhar divertido dos pais, Petra e Germ, Rudmer mergulha novamente, nunca se fartando deste jardim de água sobre o qual flutua a sua nova casa.

Residências flutuantes com de-sign vanguardista

Com 170 m², repartidos por três assoalhadas, a casa-flutuante da família Boersma, em Leeuwarden, no norte da Holanda, não tem nada a ver com as barcaças e outros houseboats transformados em habitações ao longo dos canais de Amesterdão, Roterdão e afins, onde encontram uma grande estabilidade. Agora, a altura destes prédios-flutuantes faz toda a diferença. Há já alguns anos, os holandeses vêem florescer aqui e ali autênticas vivendas sobre a água, e até mesmo projec-tos inteiros de urbanismo residencial flutuante com design vanguardista. Johan Sijtsma

é o arquitecto das sete moradias de standing que compõem o bairroflutuante onde vivem Pétra, Germ e Rudmer: «Foi a primeira vez que me pediram para desenhar casas flutuantes. Aceitei porque hoje em dia, com as novas técnicas de flutua-ção aperfeiçoadas e disponibilizadas pelas empresas de construção, a estabilidade de um prédio de três andares (ou até mais) é quase perfeita. O vento pode soprar na sua força máxima (força 10) que a casa não se mexe! Único inconveniente: terá de viver sem bilhar em casa, pois se para nós o movimento é imperceptível, a bola reagirá à mínima inclinação». A técnica utilizada é simples: grandes vasilhas cheias de ar engastadas num casco de betão que se afunda pouco menos de um metro sob a superfície. Estas oferecem ao arquitecto um pontão perfeitamente equilibrado de sensivelmente 100 m², no qual ele pode dar asas à sua criatividade eximindo-se dos constrangimentos das estruturas flutuantes habituais. Para tornar este todo ainda mais es-tável, a casa dos Boersma não está atracada como um barco ao cais, mas movimentase numa corrediça de pilares profundamente afundados. Em caso de inundação, ela pode assim elevar-se vários metros sem perigo, uma vez que o pontão que a liga à terra fica móvel como uma escada de corte. >


Fotografia da página anterior: Construída num estaleiro naval perto de Amesterdão, a casa dos Boersma atravessou o lago Ijsselmeer antes de chegar a Leeuwarden, o seu destino final, 25 horas depois

De há dez anos para cá, nada mais, nada menos do que 50 projectos residenciais flutuantes estão em estudo. Alguns reagrupam já várias casas, como este da rua Skutesan, em Leeurwarden, onde vive a família Boersma


« Os holandeses vêem nascer, aqui e ali, projectos de urbanismo residencial flutuante com design vanguardista. »

Um quarto da Holanda está abaixo do nível do mar Esta é uma mais valia comercial num país particularmente vulnerável à subida do nível do mar. As mudanças climatéricas? «Ouvimos falar delas», diz-nos Germ. «Mas não foi isso que nos fez vir para aqui. Necessito de viver próximo da água. Tiro proveito da tranquilidade, da luz, do espaço. E sempre sonhei com o facto de poder atracar um barco à minha casa» Pétra acrescenta: «Se, para


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além de nos proporcionar esta qualidade de vida, a nossa casa resiste às inundações, melhor ainda». Desde sempre que os holandeses mantêm com a água uma relação complexa, num misto de confrontação e intimidade. «Deus criou a Terra, nós criámos os Países Baixos», refere um velho adágio nacional, exprimindo a determinação característica deste povo do Norte da Europa, que moldou o seu território com uma marca sem

equivalente no mundo. Entre terra e mar, o país confunde-se com o delta formado pela confluência do Reno, Mosa e Escalda. A água está em todo o lado: um quinto dos seus 41.526 km² está ocupado por lagos, rios ou braços de mar. Com uma altitude mínima de -6,74 metros (ponto mais baixo de toda a Europa), perto de um quarto do território situa-se abaixo do nível do mar. Protegidas por diques gigantescos, estas vulneráveis regiões abrigam 60 por cento da >


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população e produzem cerca de três quartos do produto interno bruto.

Perante os perigos inerentes à água, as mentalidades evoluem

Pressão demográfica, novas tendências arqui-tectónica, procura de uma melhor qualidade de vida: os factores que levam os holandeses a interessar-se por casas flutuantes inscreve-se no contexto mais vasto dos riscos subjacentes ao aquecimento global.

Actualmente, os holandeses estão mais determinados a aprender a viver com a água, em vez de a amordaçar e impelir, como fazem há já séculos, correndo o risco de verem as forças desta multiplicadas no dia em que conseguir irromper. «Antes construir-se com o mar do que contra o mar», resume Dennis Meerburg, encarregado de promover os projectos de residências aquáticas numa grande empresa de obras públicas. /


Em termos de habitações flutuantes, a Holanda está milhas à frente: cerca de cinquenta projectos de urbanismo aquático estão em curso


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texto ¬ Tiago Rillaz - fotografia ¬ DR

Música

para as massas Deveria ter sido um dos momentos mais importantes dos festivais de Verão. Muitas pessoas tinham alterado as suas férias para estar presentes, mas, na véspera da grande celebração, a má notícia caiu: o concerto dos Depeche Mode no Porto era cancelado. Agora, estão de volta, em Lisboa Vamos aos factos: durante a actuação dos ingleses num festival em Bilbao, a 9 de Julho, o vocalista Dave Gahan contraiu uma lesão na perna e a banda foi obrigada a anular os espectáculos das semanas seguintes. O anúncio da presença dos Xutos e Pontapés e The Gift para substituir os mestres da pop de sintetizadores no Estádio do Bessa não satisfez os fãs: as filas de espera para o reembolso dos bilhetes, na segunda-feira seguinte, não deveram muito às que pudemos assistir recentemente, aquando das vendas de ingressos para o concerto dos U2 em Coimbra, no próximo Verão. Foram necessárias três semanas para que o sorriso voltasse aos lábios dos fãs, com a confirmação de que a Tour of The ❥

Universe passaria por Portugal em Novembro. Esta digressão mundial começou a 6 de Maio e já passou por quatro continentes. Cada espectáculo é composto por uma selecção das composições mais conhecidas do trio (alterada de concerto para concerto), completada com canções do último álbum. No entanto, alguns temas de Sounds of the Universe, como Hole to feed, não soam de forma perfeita em palcos de estádios. Contudo, esse facto não faz esquecer o prazer que é ouvir Wrong, o excelente primeiro single, que recorda os tempos de Violator (1990), ou cantar com o público o refrão de Enjoy the silence. São esses momentos que irão tornar a noite inesquecível, no centro do universo. /

DEPECHE MODE 14.10, 21h, Lisboa, Pavilhão Atlântico, 30-40€, 218 918 409



O jazz regressa à cidade-berço texto ¬ Nuno Catarino fotografia ¬ Jimmy Cobb/DR

Jimmy Cobb, Hank Jones, Branford Marsalis e Cassandra Wilson são alguns dos grandes nomes do Guimarães Jazz

Assinalando a chegada à maturidade, o Guimarães Jazz 2009 apresenta um cartaz de luxo. Nesta 18.ª edição, o Centro Cultural Vila Flor vai exibir algum do melhor jazz mainstream contemporâneo. O festival é inaugurado com a So What Band, quinteto liderado por Jimmy Cobb, que celebra o 50.º aniversário da edição do disco Kind of Blue, de Miles Davis. O baterista esteve presente nessa gravação lendária e neste concerto estará acompanhado por óptimos instrumentistas – Wallace Roney, Vincent Herring, Javon Jackson,

Larry Willis e Buster Williams recriarão ao vivo esse mítico disco. No dia 13 actua o trio do histórico Hank Jones, verdadeira lenda viva do piano, actualmente com 91 anos de idade e ainda em boa forma. Na noite seguinte actua o quarteto de Branford Marsalis, saxofonista a caminho do estatuto de lenda do jazz moderno. A primeira semana de festival encerra com um grupo especificamente criado para o festival, o Projecto TOAP, que junta Ohad Talmor, Bernardo Sassetti, Demian Cabaud e Dan Weiss. A se-


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gunda semana de festival arranca no dia 18, com o George Colligan Quintet. Na noite seguinte é a vez de um quarteto que reúne a nata do jazz contemporâneo: Jason Moran (piano), Dave Holland (contrabaixo), Chris Potter (saxofone) e Eric Harland (bateria). O jazz vocal tem a sua vez na sextafeira, com a estrela Cassandra Wilson.

O festival encerra em grande com a actuação da Blood Sweat Drum’n’Bass Big Band, uma original orquestra dirigida pelo trompetista Dave Douglas. Em paralelo aos concertos «oficiais» decorrem ainda jam sessions, animadas pelo George Colligan Quintet, no Café Concerto do CCVF e na Associação Cultural Convívio. /

GUIMARÃES JAZZ 12.11 a 21.11, Centro Cultural Vila Flor, 5-20€ e 90€ (assinatura)


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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR

Uma conveniência tranquila Kings of Convenience apresentam novo disco com a habitual (e imprescindível) receita melancólica Em 2001, os Kings of Convenience lançaram Quiet is the New Loud, um disco cujo título diz tudo: feito de melodias simples, vozes quase sussurradas e arranjos de guitarra minimalistas, surpreendeu pelo seu despojamento. A simplicidade é tanta, que o duo norueguês composto por Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe nem se deu ao trabalho de esconder o som dos dedos a arrastarse pelas cordas da guitarra acústica. Em 2009, após cinco anos sem edições, regressaram com Declaration of Dependence, que não traz grandes novidades. Confessamos que até queremos mais ouvir as canções do disco de estreia. Os detractores do duo consideram-nos os reis do indie «choninhas». E, mais uma vez, está tudo em Quiet is the New Loud, na capa: o aspecto geek (ou, na melhor das hipóteses, betinho), os óculos que parecem ser do pai (ou mesmo do avó), a subentendida timidez com as raparigas (aqui entre nós, registe-se que deve ser só fachada). É evidente que a melancolia está presente nas composições dos Kings of Convenience, mas só quem nunca sofreu um desgosto de amor nem ficou hipnotizado a ver o pôr do sol num dia de Verão pode dizer que não precisa de um pouco de Kings of Convenience na sua vida. Alguém atira a primeira pedra? / ❥

KINGS OF CONVENIENCE 2.11, 21h30, Braga, Theatro Circo, 23-30€ 4.11, 21h, Lisboa, Coliseu dos Recreios, 20-40€ Ver crítica na pág. 57


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texto ¬ Tiago Rillaz - fotografia ¬ DR

Qui va piano, va solo Gonzales não é só um músico, mas também um verdadeiro maratonista. O canadiano, que apresenta Solo Piano, é o detentor do recorde do concerto mais longo do mundo, com 27 horas, 3 minutos e 44 segundos Gonzales é uma figura peculiar no mundo do show business internacional e um verdadeiro camaleão. Trabalhou como produtor, arranjador e compositor com David Bowie, Daft Punk, os compatriotas Feist e Mocky e ainda com a sua grande amiga Peaches. Mas o músico faz mais do que trabalhar na sombra e tem a sua própria vida artística, no centro do palco, quer como um dos MC escondidos atrás das bonecas dos alemães Puppetmastaz, quer como... Gonzales! O canadiano é um incrível músico capaz de misturar diferentes estilos musicais: basta ouvir a sequência dos seus álbuns para compreender a sua genial versatilidade. Da pop suave do seu primeiro Gonzales Über Alles (que ganhou destaque em vários top ten de revistas especializadas do mundo inteiro), ao electro-funk sexy do seu último Soft Power, não esquecendo a orientação hiphop acústica de Presidential Suite, é impossível definir um género para as suas produções. Neste concerto, propõe ainda outra faceta, com uma re-invenção de Solo Piano. Mas não pensem assistir ao concerto de um homem estático ao piano, porque Gonzo vai, como sempre, surpreender. /

GONZALES SOLO PIANO 3.11, 21h30, Lisboa, Culturgest (grande auditório), 5-18€



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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR

Bofetada

de luva branca Macy Gray vai apresentar antigos êxitos, como I try, no regresso a Portugal Cerca de um ano e meio depois de ter estado presente no Festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, Macy Gray regressa a Portugal para dois concertos, nos coliseus de Lisboa e Porto. Novidades? Na verdade, a norte-americana não traz muito de novo. Aliás, a sua popularidade já teve melhores dias e a cantora até foi recentemente eliminada da versão do concurso Dança Comigo realizada no seu país. A última novidade do seu repertório é Slap a bitch, canção confessadamente autobiográfica que se aproxima de territórios hip-hop. No tema, Gray faz questão de revelar que se masturbou pela primeira vez aos oito anos e que o ex-marido Tracy Hinds a «prendeu» aos 26 anos. Adiante. Enquanto se esperam novidades do álbum que a cantora chegou a anunciar para 2009, esta digressão europeia vai servir, essencialmente, para recordar os grandes sucessos do passado, como Sweet baby, Do something, Why didn’t you call me e, claro, I try. Também é provável que surjam versões de Groove is in the Heart, dos Deee-Lite, e de Creep, dos Radiohead. No fundo, Macy Gray pretende provar que o seu R&B tipicamente americano ainda não está esgotado e assim dar uma bofetada de luva branca aos críticos. Pelo caminho, como já assumiu, quer voltar a apaixonar-se. /

MACY GRAY 10.11, Lisboa, Coliseu dos Recreios, 25€ 11.11, Porto, Coliseu, 25-30€


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© Cristina Moreira

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texto ¬ Jp - fotografia ¬ DR

Massivamente aguardados Numa altura em que há muito uma sólida legião de fãs anseia pela data de lançamento do novo disco de originais, os Massive Attack (duo de trip-hop que já foi trio) regressam a Portugal para dois concertos Esta nova passagem pelo país faz parte de uma digressão mundial de cerca de 150 datas e servirá, em boa parte, para apresentar os temas do novo álbum que se aguarda desde 2007. 3D explicou que alguns dos concertos serão literalmente antecipações do novo registo, até porque, no fim de contas, já passaram sete anos sobre o último trabalho de originais. O novo disco, que será possivelmente intitulado LP5, estará nos escaparates em Fevereiro de 2010 e poderá contar com contribuições vocais de David Bowie, Tunde Adebimpe (dos TV on the Radio), Patti Smith e Mos Def, Tricky e Horace Andy. Em Lisboa, de entre os convidados especiais, Martina Topley-Bird, que colaborou com Tricky, é uma das vozes confirmadas. A dupla britânica é um eclético colectivo que constrói a sua sonoridade única através da mescla de vários géneros, que vão do hip-hop ao pós-punk. Apesar de contarem com mais de 18 anos de carreira, editaram apenas quatro álbuns de originais. O empenho e a busca de perfeição que colocam em cada um resultaram numa carreira pouco profícua, mas quase sem pontos baixos. /

MASSIVE ATTACK 21.11 e 22.11, Lisboa, Campo Pequeno, 24-35 €



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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR

Em nome da mãe Rodrigo Leão apresenta o seu novo disco, mais sóbrio e melancólico do que os anteriores O ex-teclista dos Madredeus já nos habituou a não ficar muito tempo afastado dos palcos e sem projectos em mãos. Neste Outono, o músico submete o seu mais recente disco, A Mãe, ao «teste» dos coliseus: primeiro foi Lisboa, no final de Outubro, e agora segue-se o Porto. O álbum, dedicado à progenitora, que faleceu no início do ano, denota uma maior sobriedade, mas Leão não deixou (e pensamos que nunca vai deixar) de compor temas fortemente cinematográficos. A melancólica Vida tão estranha, que se tornou na canção mais popular do trabalho, é disso um bom exemplo. O disco, que o jornal espanhol El Mundo já classificou como «sublime», conta com várias colaborações internacionais: o vocalista dos Divine Comedy, Neil Hannon, canta Cathy, Stuart Staples, líder dos Tindersticks, dá voz a This light holds so many colors e No sé nada é interpretado por Melingo. Como é habitual nos registos discográficos de Rodrigo Leão, há temas cantados em várias línguas, mas o cosmopolitismo das composições também advém do facto de muitas delas terem sido, pelo menos parcialmente, concebidas em viagem, em cidades como Goa e Nova Iorque. A voz doce de Ana Vieira deve servir de fio condutor ao alinhamento, mas quem sabe se não vão surgir convidados especiais. /

RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE 28.11, 21h30, Porto, Coliseu, 17-30€



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texto ¬ Tiago Rillaz - fotografia ¬ DR

Origem do sucesso Será necessário ainda apresentar os Muse? A banda já vendeu mais de 14 milhões de álbuns no mundo e a sua irmã deve ter as paredes do quarto cheias de cartazes de Matthew Bellamy, o líder do trio, porque «ele canta tão bem» e «é tão bonitooo!» Muse é muito mais do que um fenómeno para adolescentes: é uma banda inventiva, cheia de talento e sempre inovadora. Todas os críticos se recordam da surpresa que foi Showbiz, o primeiro álbum dos ingleses, quando chegou às redacções, em 1999. Há já muito tempo que uma primeira obra não revelava esta qualidade e imaginação nas composições. Esta impressão confirmou-se muito rapidamente durante a digressão de promoção que se seguiu. Nessa época, não tocavam ainda em estádios com ecrãs gigantes e efeitos pirotécnicos. Origin of Symmetry, o álbum de 2001, trouxe a incorporação de mais teclas, provando que a banda era capaz de alimentar as suas músicas com novas sonoridades e aumentar ainda mais o seu lado progressivo. Absolution, em 2003, e, sobretudo, Black Holes and Revelations, em 2006, acabaram por obter o reconhecimento do grande público. The Resistance, novo álbum lançado em Setembro deste ano, continua a abrir novos horizontes: mais electrónicos por um lado e mais perto da música clássica por outro. Por esta altura, deve estar prestes a ouvir um grito da sua irmã: «Mattheeeew!». /

MUSE 29.11, 20h, Lisboa, Pavilhão Atlântico, 30-40€



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texto ¬ Susana Ferreira - fotografia ¬ DR

Barulho na pista de dança Boys Noize apresenta o novo álbum, Power, que inclui uma paleta de estilos mais abrangente do que Oi Oi Oi, registo de estreia Alexander Ridha (o nome verdadeiro de Boys Noize) começou por aprender a tocar bateria e piano, enquanto criança, e só aos 14 anos (em 1996) desatou a comprar discos e a fazer experiências em termos de produção, ao mesmo tempo que começava a ganhar traquejo enquanto DJ. Após numerosas participações em diversos maxi singles e compilações (da Kitsune e da International DeeJay Gigolo Records, do compatriota DJ Hell), lançou, em 2007, o seu primeiro álbum, Oi Oi Oi – com influências hip-hop e house –, que se tornou numa referência incontornável. Este disco rapidamente cativou fãs de música electrónica do mundo inteiro, mas, dois anos depois, Boys Noize dá-nos Power. Neste segundo trabalho, o DJ não repetiu a receita: do electro passou para o puro tecno, com scratches e baixos potentes, ruídos vários e uma atmosfera algo pesada. Kontact me, Starter e Jeffer são algumas das músicas que podemos ouvir neste registo significativamente mais maduro e sonoramente mais contrastante. Por isso mesmo, esta será uma actuação a não perder de Boys Noize, que promete «incendiar» o Lux, no próximo dia 3 de Dezembro, numa noite Green Ray. Ou seja, o objectivo vai ser estar bem acordado na hora do nascer do sol, não vá esse mítico e raro raio/brilho aparecer. Para além de Boys Noize, o outro convidado especial é o DJ A-Trak. /

BOYS NOIZE + A-TRAK 3.12, Lisboa, Lux, greenray.luxfragil.com



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texto ¬ João Pedro Barros - fotografia ¬ DR

Dançar às cegas Blind será o tema mais aguardado nos concertos dos Hercules and Love Affair, mesmo que Antony não apareça Falar de Hercules and Love Affair é falar de Blind: o primeiro single do primeiro álbum do projecto do DJ nova-iorquino Andy Butler é a sua faixa mais impressionante. Antony é o vocalista, e mostra que não precisa de maneirismos para afirmar a sua voz. A música apela à dança, mas não sofre de pobreza harmónica: trata-se de um exemplo perfeito do cruzamento entre o disco e o rock & roll, no século XXI. O projecto de Butler é membro da «família» DFA, a editora de James Murphy, e é caso para dizer que tudo aquilo em que o mentor dos LCD Soundsystem toca se torna em ouro. Nesta passagem por Portugal, onde já estiveram na edição de 2008 do festival Alive!, os Hercules and Love Affair continuam a promover o seu disco de estreia homónimo, lançado em Março de 2008. O aguardado segundo álbum ainda terá de esperar e, segundo Andy Butler, apenas a presença da vocalista Kim Ann Foxman é garantida: muitos tomam o projecto como a banda de Antony, mas, na verdade, os Hercules são um colectivo de músicos que gira em torno do DJ norte-americano. Em Portugal, não se prevê que Antony surja como convidado surpresa, mas esperam-se noites quentes de Dezembro e muito suor na Casa da Música e no Lux. /

HERCULES AND LOVE AFFAIR 04.12, Porto, Casa da Música 05.12, 22h30, Lisboa, Lux, 22€


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texto ¬ Fernando Vasquez - fotografia ¬ DR

Maratona de cinema no Estoril A terceira edição do Estoril Film Festival traz a Portugal estrelas como Francis Ford Coppola, Juliette Binoche e David Cronenberg Catherine Deneuve, Paul Auster, Anthony Mackie e Isabelle Huppert fizeram do Estoril um ponto de referência na rota dos festivais, ao comparecerem na edição de 2008. Entre os dias 5 e 14 de Novembro deste ano a história repete-se, com um programa arrojado que promete satisfazer a sede de qualquer cinéfilo. Para além dos 12 filmes em competição, a edição de 2009 destaca-se pelas antestreias de Bright Star de Jane Campion, The Fantastic Mr. Fox, de Wes Anderson, White Ribbon, de Michael Haneke e Tetro, de Francis Ford Coppola, que visita Portugal pela primeira vez. Outra das presenças de renome será a de David Cronenberg. A homenagem especial ao realizador de Crash inclui a projecção da sua obra inte-

gral, incluindo os míticos Videodrome e Calafrios, para além das exposições Chromossomes – uma serie de painéis com fotogramas dos seus filmes – e Red Cards, um storyboard nunca antes utilizado. Bob Dylan também filma A francesa Juliette Binoche será também alvo de atenções especiais, com uma viagem por algumas das suas mais notáveis performances, como em Je vous Salue, Marie, de Jean-Luc Godard, ou Azul, do polaco Krzysztof Kieślowski. Por último, há a destacar a rara oportunidade de assistir ao surrealista Renaldo e Clara, de Bob Dylan, que faz parte da nova secção CinemArt, uma visita guiada pelas experiencias de vários artistas. /

ESTORIL FILM FESTIVAL 5.11>14.11, Cascais, Casino e Centro de Conferências do Estoril, 3€ por sessão e 20€ por passe



cinema |

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texto ¬ Fernando Vasquez - fotografia ¬ DR

O grande resistente Já passaram 33 anos desde que o Cinanima, o mais antigo festival de cinema em terras lusas, deu os primeiros passos Em 1976, seriam poucos os que imaginariam que três décadas depois o Cinanima se mantivesse com grande força, ainda para mais quando se trata de um festival dedicado a uma forma cinematográfica muitas vezes menosprezada pela critica e grande público: a animação. Este ano não é excepção: entre 9 e 15 de Novembro, Espinho volta a receber o que de melhor se faz no mundo da animação. A nível de produções internacionais em competição destacam-se a longa-metragem do argentino Gustavo Cova, Boogie, El Aceitoso, e o último trabalho do checo Jan Tomanek, Goat Story – The old Prague Legends. Portugal conta também com participações de peso, em particular Mais, de Fernando Antunes, e a adaptação do texto de José Carlos Fernandes, Direito à Infelicidade, por parte do colectivo conimbricense Nefasto. As inevitáveis retrospectivas concentram-se este ano na Europa de Leste, com um ciclo de jovens realizadores húngaros e outro dedicado ao cinema de marionetas da Republica Checa. Para além de uma serie de workshops, entre os eventos paralelos ao festival destacam-se as exposições de desenhos de Angel Garcia Vidal e de pintura de Emerenciano Rodrigues. Como já é hábito, terá lugar uma série de sessões especiais para os mais jovens. /

CINANIMA 9.11>15.11, Espinho, Centro Multimeios, FACE e Junta de Freguesia de Espinho, 1,5-3,5€



texto ¬ Fernando Vasquez - fotografia ¬ DR

Uma relação de amor-ódio Perto de celebrar duas décadas em que, praticamente sozinho, trouxe a arte do documentário às grandes audiências, Michael Moore continua imparável «Cheguei à conclusão que todos os meus filmes tinham em comum um tema central: um sistema económico muito pouco democrático e injusto», disse Michael Moore durante a promoção do seu novo filme, Capitalismo: uma História de Amor, que estreia em Portugal a 5 de Novembro. Depois de atacar as grandes empresas, a cultura das armas e George W. Bush e o sistema de saúde americano, agora é a vez do sistema financeiro ser alvo do seu escrutínio. Um dos maiores êxitos de bilheteira de 2009 nos Estados Unidos, Capitalismo: uma História de Amor tem tudo o que podemos esperar de um trabalho de Moore. É informativo, pessoal, escandaloso e hilariante. Com uma impressionante avalanche de dados e estatísticas, o filme tenta o impossível: desmistificar alguns conceitos fundamentais para compreender o colapso financeiro de 2008. Isto sem nunca perder a oportunidade de ridicularizar Wall Street e o exército de banqueiros e empresários salvos pelos sete mil milhões de dólares do presidente Obama. A veia propagandista de Michael Moore poderá não resultar em perspectivas equilibradas, mas a sua brilhante capacidade de humanizar a mais estéril das situações faz de Capitalismo: uma História de Amor, provavelmente, o documentário do ano. /

CAPITALISMO: UMA HISTÓRIA DE AMOR de Michael Moore, estreia a 5.11


dvd ADVOGADO DO TERROR

IT MIGHT GET LOUD

de Barbet Shrouder, 2007 (Atalanta Filmes)

de Dave Guggenheim, 2009 (Sony Pictures)

A vida do advogado francês Jacques Vergès mais parece um thriller de intriga internacional, colorido com emotivas e intermináveis cenas de tribunal. Mas para Barbet Shrouder a realidade é aterrorizadora, e o cineasta alemão preferiu produzir um dos mais impressionantes documentários dos últimos anos. O Advogado do Terror é a história bem contada de uma mente tão brilhante como assustadora, que defendeu alguns dos mais mediáticos criminosos do século XX e XXI, incluindo o terrorista internacional Carlos, «o Chacal», Khieu Samphan, dirigente do Khmer Vermelho, Klaus Barbie, oficial da Gestapo mais conhecido como o «carniceiro de Lyon», e a terrorista libanesa Anis Naccache. > Fernando Vasquez

Quando jogos como Guitar Hero fazem com que os miúdos dispensem o ancestral domínio musical, chega-nos um documentário que reúne um trio de puristas, em representação de três gerações de guitarra: Jimmy Page, The Edge e Jack White. O filme, que celebra o modo artesanal de fazer música, tinha de acabar, e bem, numa bombástica jam session. As mãos de Dave Guggenheim (Uma Verdade Inconveniente) não são tão hábeis como as dos seus convidados, mas o formato televisivo do filme supracitado é ultrapassado, vislumbrando-se pedaços de cinema aqui e ali, sobretudo os que envolvem Jack White: um «cromo» no melhor sentido possível, que queremos seguir para descobrir que novo instrumento vai inventar a seguir. > Gonçalo Jordão

EASY RIDER de Dennis Hopper, 1969 (Sony Pictures) Totem sagrado da contracultura americana dos anos 60, pedra basilar do que viria a ser o cinema liberal dos anos 70: que sentido faz hoje, nos anos 00, este marcante road movie, que conhece a sua enésima reedição, desta feita a pretexto do seu 40.º aniversário? Na verdade, pouco resta de um filme cuja importância reside mais no facto de ser um símbolo máximo de um período muito específico da história americana do que enquanto cinema per se. A ressaca do Verão do Amor, o advento do capitalismo, o Vietname e a fragmentação gritante da sociedade são alguns degraus na homérica viagem que os dois cavaleiros encetam, com destino à pureza última de Nova Orleães. É um filme datado – bastardo de Anger e Godard, estruturado como um western. É um filme imprescindível. > Gonçalo Jordão

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moda |

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Léa Calças SEssun Casaco american vintage T-shirt american vintage Colar adeline affre Théo Casaco camo, Calças american vintage


MANON Casaco PEOPLES MARKET Vestido TABOO Fร LIX T-shirt MERC Casaco APRIL RECORDS Calรงas DIESEL


Grégoire Lenço esprit Débardeur so charlotte Casaco eleven Calças eleven Laurent Camisola e calças carhartt Casaco e lenço pepe jeans


Mathieu Cachecol American Vintage Camisola H&M, Jeans Wrangler テ田ulos Emmaテシs Clara Papillon American Apparel Parte de cima Chipie, Saia Esprit Collants American Apparel


Fiona Gorro Le Temps Des Cerises Camisola Kulte Calças Volcom CÊcilia Vestido Vivetta


Fotografia ¬ Anaïs Kugel/Julie Cerise Fotografia e estilismo ¬ Julie Cerise Assistente de fotografia ¬ Laurent Moynat Maquilhagem e cabeleireiro ¬ Olivier Chauzy, com produtos MAC Cosmetics Assistente de maquilhagem e cabeleireiro ¬ Carole Petrigno


Metropolis, da colecção Coolors


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texto ¬ João Campos - fotografia ¬ DR © Boca do Lobo

Reinterpretação do passado ou criatividade de futuro? Numa época marcada pela eufórica procura da próxima grande novidade, pela cultura do instantâneo e pelo consequente descartável, um esforço em contra-corrente salta à vista. Com uma mistura única entre tradição e inovação, a Boca do Lobo não parou no tempo, mas faz o tempo parar


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«é impossível passar ao lado do carácter de singularidade que cada peça produzida pela Boca do Lobo tem» A tradição tem o seu lugar próprio em qualquer cultura. Porém, resgatá-la à história e torná-la num argumento com sentido nos dias de hoje é, no mínimo, uma proposta ambiciosa e relevante. A Boca do Lobo desenha e produz mobiliário marcadamente distinto, assumindo uma aparente contradição conceptual: o uso de tecnologia avançada aliada a capacidades artesanais, onde o resultado é inspirado nos melhores cânones clássicos mas adequado ao estilo de vida contemporâneo. E o resultado está à vista: as peças são únicas, a qualidade é exímia e a combinação entre cultura e tradição com alta tecnologia sai vencedora. Criada sobre uma experiência prévia de meia década de prática em interiores, e após uma análise do mercado de mobiliário nacional e internacional, a aposta foi feita a pensar num segmento de luxo. Ou

luxúria, poderemos mesmo afirmar. Num sentido diametralmente oposto à grande produção em massa, cuja oferta se apresenta completamente nivelada, é impossível passar ao lado do carácter de singularidade que cada peça produzida pela Boca do Lobo tem. Os pormenores são requintados, os materiais nobres e as texturas refinadas. A experiência acumulada de cada artesão, assim como todo o amor e dedicação prestada à sua arte, eleva os resultados a um patamar único de sofisticação. Este processo não esquece a alta tecnologia, que tem um papel não menos importante nesta complexa equação. A qualidade final do produto é prioridade essencial e o domínio tecnológico dá-nos a garantia de que esta paixão pela criação se mantém ao nível das melhores produções. Luxo cosmopolita O catálogo da Boca do Lobo oferece uma amplitude de tipologias de mobiliário alargada, que po-


Crochet, da colecção Large Emotion / Limited Emotion

derá fazer as delícias de qualquer comprador. Usando terminologias comuns, mesas, armários, contadores, espelhos, bancos e mesmo candeeiros fazem parte da sua oferta. São pérolas que brilham por si só e que não são acessíveis a todas as bolsas nem adequadas a todas as casas. Por um lado, a exclusividade tem o seu preço. Por outro, o proeminente efeito estético de cada peça impõe-se em qualquer ambiente. Isto implica claramente um cuidado redobrado

na restante decoração e mestria na conjugação de outros elementos. Contudo, este será sempre um esforço que dará os seus frutos. Uma peça como a destacada cómoda Crochet, que reinterpreta o tradicional método de artesanato de mesmo nome, marca inevitavelmente o tom de qualquer espaço onde seja inserida. De facto, 60 quilos de latão de cor púrpura a adornar uma sinuosa silhueta de madeira com acabamento em folha dourada não deixarão de se >


design |

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Diamond, da colecção Large Emotion / Limited Emotion

fazer notar. Mas este luxo quer-se funcional e não apenas estético. E, embora dificilmente se consiga evitar a atribuição de um elevado carácter artístico à grande maioria das peças da Boca do Lobo, existe também um esforço da marca em adequá-las às necessidades dos seus clientes, fazendo por as integrar na rotina diária cosmopolita. De Portugal para o Mundo A marca Boca do Lobo pertence a um grupo sedeado em Rio Tinto – o Grupo Menina Design –, que tem ainda no seu portfólio outras mar❥

BOCA DO LOBO EXCLUSIVE DESIGN A descobrir: www.bocadolobo.com

cas próprias, igualmente focadas no design de interiores. Com uma clara noção do seu valor próprio e do espaço que pode ocupar alémfronteiras, este grupo não se restringiu ao território nacional. Actualmente, distribui os seus produtos internacionalmente, nas melhores lojas de decoração de interiores. Sem dúvida, um óptimo cartão de visita das qualidades portuguesas a nível de inovação, artesanato, design e produção. Sem dúvida, uma prova de que, onde existe criatividade, a tradição não tem de ser obsoleta. /


Avenue, da colecção Coolors


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Herakut http://herakut.de // www.maclaim.de

texto ¬ Carole Lafontan - tradução ¬ Jp

Uma simbiose excepcional

❖ 1. Parede em Turino, 2009 © DR

2. Quadro Streetdart, 2008 © DR

Herakut ou a perfeita alquimia entre dois artistas de rua, que jamais poderiam ser tão diferentes nos seus trabalhos. A bela Jasmin (entenda-se Hera) e o jovem Falk (leia-se Akut) conheceram-se em 2004, num festival de artes de rua, em Sevilha. Nessa época (como hoje em dia), Akut grafitava no seio da famosa crew alemão Maclaim. A qualidade técnica dos seus retratos é de cortar a respiração, propondo uma transcrição super-realista de rostos ou de animais (com uma pequena preferência pelos nossos amigos cães). O estilo pessoalíssimo deste mestre do minucioso vai revelar-se através de sórdidos esboços de estranhas criaturas, fruto da imaginação de Hera. Deste singular casamento, onde só a ferramenta é idêntica (as latas de spray) nascem contrastes surpreendentes. Com isto, podemos considerar a Alemanha uma terra criadora de grafiters sobredotados (Daim, Seak)? Definitivamente, parece que sim! /

Bibliografia: Herakut, the perfect merge (Ed. Publikat, 2008)




❖ 3. Quadro Out of the Closet, 2008 © DR - 4. Em Madeira, Party Dog, 2008 © DR -

5. Em Madeira, What he said, citação de Jeffrey McDaniel "make each person's nose the size of their ignorance", 2007 © DR


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texto ¬ Daniel Faiões fotografia ¬ Martinho Costa - Space Shuttle/DR

A apologia da arte contemporânea Representação espanhola rivaliza com a portuguesa na nona edição da Arte Lisboa A nona edição da Arte Lisboa vai tomar conta da Feira Internacional de Lisboa (FIL), em pleno Parque das Nações, de 19 a 23 de Novembro. O evento, a mais importante mostra de arte contemporânea do país, vai contar com a presença de 67 galerias nacionais e internacionais. Do elenco fazem parte 33 expositores de várias localidades portuguesas, como Lisboa, Porto, Leiria ou Aveiro, bem como outros provenientes dos mais exóticos locais do globo, de que são exemplo Coreia ou Cuba. Ou seja, na Arte Lisboa – Feira de Arte Contemporânea, os visitantes são convidados a conhecer o estado actual da arte contemporânea nacional e internacional. A representação estrangeira mais significativa chega, mais uma vez, da vizinha Espanha, de onde vêm ❥

31 galerias. Enquanto alguns artistas aproveitam esta mostra para exibir os seus primeiros trabalhos, outros há que vêm emprestar o seu nome e engrandecer esta iniciativa. Este ano, o Project Rooms – programa introduzido em 2007 para mostrar projectos paradigmáticos da arte contemporânea – será comissariado pelo madrileno Óscar Alonso Molina, crítico de arte, documentalista e comissário independente de exposições. Actualmente, é colaborador no suplemento cultural do diário ABC e redactor na revista Arte y Parte. A abertura da feira está marcada para o dia 19, a partir das 16h, sendo que no dia anterior, pelas 18h, realiza-se a vernissage. O certame, organizado pela Associação Industrial Portuguesa e FIL, recebeu, no ano passado, 18.117 visitantes. /

ARTE LISBOA 09 19.11>23.11, FIL, 16h>23h, 8-4€, www.artelisboa.fil.pt



Rádio Serralves texto ¬ João Pedro Barros fotografia ¬ DR

O segundo episódio de Emissores Reunidos traz-nos de volta ao Palácio do Conde de Vizela, pelas mãos de Marcelo Cidade e Renato Ferrão

Emissores Reunidos é uma exposição em episódios que reabre e dá um novo uso a uma parte do Palácio do Conde de Vizela, da autoria do arquitecto Marques da Silva (também responsável pelo projecto da Casa de Serralves), e que preenche todo o quarteirão leste das Carmelitas desde 1920. Este mítico edifício acompanhou o declínio da indústria, particularmente do sector têxtil, e acabou por ser adquirido pelo Sindicato de Bancários do Norte. Até há cerca de dois anos, acolheu ainda a delegação da Radiodifusão Portugue-

sa (RDP). Desde essa altura, a zona ganhou uma inusitada movimentação nocturna, que a tornou no local ideal para Serralves «estender» o seu braço ao centro do Porto. Esta exposição aproveita as marcas deixadas pela ocupação da RDP: cabinas e auditórios de gravação, divisórias, vidros duplos, chão alcatifado, cortinas opacas, painéis de insonorização. De acordo com a filosofia desta mostra, estes vestígios testemunham «o passado industrial da cidade, a sua ligação a ideias de futuro abandonadas, frustradas» e que, portanto, «se


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vieram a revelar amanhãs não concretizados». Por essa razão, o subtítulo do episódio 2 desta iniciativa volta a ser O amanhã de ontem não é hoje. Os artistas convidados a produzir peças específicas para o local, tomando em consideração as singularidades arquitectónicas do edifício, a sua história e as suas utilizações são Marcelo Cidade (São Paulo, Brasil,

1979) e Renato Ferrão (Vila Nova de Famalicão, 1975). A escolha não surge ao acaso: os trabalhos de Marcelo Cidade abordam frequentemente a temática do esvaziamento do espaço urbano, enquanto que Renato Ferrão, que vive e trabalha no Porto, já idealizou uma série de instalações que procuraram reinterpretar e reconfigurar esse mesmo espaço. /

EMISSORES REUNIDOS – EPISÓDIO 2: O AMANHÃ DE ONTEM NÃO É HOJE 14.11>24.10.10, Porto, Rua Cândido dos Reis, n.º 74 – Antiga RDP, ter e qua 17h>20h, qui e sex 17h>1h, sáb 15h>1h, dom 15h>20h, entrada gratuita


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texto ¬ Daniel Faiões - fotografia ¬ Give Me 2009 Acrilico sobre madeira 80x56cm/DR

A ternura dos mostrengos Me-Monsters proporciona-nos um exercício de auto-análise escondido sob uma capa infantil Quem olha os monstros criados por Alex Mitchell vislumbra, de imediato, algumas características comuns a este tipo de criaturas. A rudeza e a malvadez estão lá, mas menorizadas por uma capa de meiguice contagiante. A proposta da artista é um passeio a um «local distante há muito esquecido no tempo», onde vivem os mais abjectos seres com as mais vis formas de abominação. Em Me-Monsters é-nos oferecido um mundo infanto-fantástico em que existem seres dominantes e castigadores. Há um monstro empinado que lança gritos ensurdecedores, pondo todos em sofrimento e exigindo que lhe prestem tributo. Há glutões insaciáveis. Um outro chora melancólicas frases que deixam todos à beira da demência. Nas paisagens vibrantes de Alex Mitchell cabe ainda um monstro egotista que obriga todos a ouvi-lo falar de si e do medo que tem de ser comido vivo. A artista americana conseguiu representar e hiperbolizar a sociedade, onde estão reflectidos os medos recorrentes de cada um. Esta exposição não passa de um exercício de auto-análise em que nos é lembrado o lugar que ocupamos no cosmos social: por vezes, somos vítimas da sociedade, noutras ocasiões conseguimos, ferozmente, tornar-nos nos monstros aqui representados. /

ALEX MITCHELL: ME-MONSTERS até 28.11, Lisboa, Galeria Pedro Serrenho, ter>sáb 11h>20h, www.galeriapedroserrenho.com


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texto ¬ Daniel Faiões - fotografia ¬ DR

Um encantamento pictórico Yves Oppenheim vai «obrigar» os visitantes da Galeria Pedro Cera a questionar as suas próprias percepções A experimentação e inovação presentes nas pinturas de Yves Oppenheim preparam-se para modelar e revolucionar as salas da Galeria Pedro Cera, em Lisboa. Conhecido por jogar com uma linguagem formal e abstracta, em que estão presentes as repetições e as variações próprias de um recomeço, o artista utiliza conscientemente as cores fortes e vivas para obrigar o visitante a um instante de reflexão e análise. A luminosidade das obras, assinalada por traços fortemente demarcados, proíbe o mínimo esforço de compreensão, obrigando até o mais inquieto espectador a uma cogitação pormenorizada. Os quadros do artista, nascido em Tananarive, Madagáscar, apresentam-se na forma de configurações sobrepostas e entrelaçadas que flutuam entre o transparente e o opaco. Estes formatos, que condicionam a imediata apreensão das imagens, são uma das características de Oppenheim. O objectivo é concentrar o visitante no próprio acto de pintar, exigindo-lhe uma ponderada meditação. O artista usufrui hoje em dia um reconhecimento apreciável, tendo inclusivamente obras suas nas colecções de prestígio do Centro Georges Pompidou, no Museu de Arte Moderna de Paris e no Carré d'Art, em Nîmes. /

YVES OPPENHEIM 7.11>23.12, Lisboa, Galeria Pedro Cera, ter>sáb 11h00>13h30 e 14h30>19h30



agenda Rui Toscano DR

René Kubášek DR

The Great Curve

O Agrimensor de Metáforas

Rui Toscano apresenta, no espaço do Chiado 8, uma mostra que convida a uma viagem ao espaço sideral. Da sua explosiva Via Láctea criativa eclodiu, desta vez, uma exposição que procura transportar o visitante para os ambientes espaciais, convidandoo a uma reflexão acerca do que é, afinal, o Universo e toda a sua fascinante dimensão. ❥ LISBOA, até 31.12, Chiado 8 Arte

A Casa Fernando Pessoa vai ter patente, até ao final do ano, a exposição O Agrimensor de Metáforas, de Albuquerque Mendes. O artista, um dos mais importantes nomes da pintura e da performance portuguesas, convida os visitantes a observar uma instalação que, no mínimo, provoca quem a percorre. Quantas metáforas estarão em exibição? Será possível pesá-las, medi-las ou coleccioná-las? ❥ L ISBOA, até 31.12,

Contemporânea, seg>sex 12h30>20h, www.fidelidademundial.pt

Praga e Lisboa aos olhos dos mestres do rio O checo René Kubášek traz à capital portuguesa o resultado de um trabalho documental que tem vindo a desenvolver desde o início do ano. A acção decorre entre Lisboa e Praga, com o intuito de divulgar um outro olhar que é lançado às duas cidades. O desafio é vestir a pele de um mestre dos rios Tejo e Vltava, para observar as metrópoles por outro prisma, explorando de outras formas as suas incomparáveis cartografias. ❥ L ISBOA, até 17.11, Galeria das Salgadeiras, qua>sex 17h>22h, sáb 16h>22h, www.salgadeiras.com

Casa Fernando Pessoa, seg>sáb 10h>18h, www.casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

Ângelo de Sousa Depois de estar desde 2003 sem pintar, Ângelo de Sousa regressa, seis anos depois, com uma série de exposições que tiveram início em Março, na Galeria Quadrado Azul, no Porto. Nesta exposição, estarão patentes várias obras do criador, algumas delas inéditas. O pintor moçambicano é actualmente considerado um dos artistas portugueses contemporâneos de maior relevância. ❥ L ISBOA, 5.11>30.12, Galeria Quadrado Azul, www.quadradoazul.pt


exposições |

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Torres García DR

Zé Neto DR

A Interpretação dos Sonhos Jorge Molder DR

Question of Silence Jesper Just DR

Brincando com Torres García

A Interpretação dos Sonhos

O Museu da Marioneta expõe brinquedos concebidos pelo pintor Joaquín Torres García. Apesar de ser maioritariamente identificado pelos seus trabalhos na área da pintura, Torres García utiliza os brinquedos como forma de sustento financeiro. O criador uruguaio serve-se de combinações de vários elementos geométricos, ligando-os entre si, para obter, no final, um brinquedo de fabrico artesanal. ❥ L ISBOA, até 31.12, Museu da Marioneta,

A Fundação Calouste Gulbenkian recebe A Interpretação dos Sonhos, título da exposição do fotógrafo Jorge Molder. Depois de O Pequeno Mundo, de 2000, e de Não tem que me contar seja o que for, de 2006-2007, esta é a terceira série de fotografias, que nunca foi apresentada. Poderão os sonhos ter ficado presos na fotografia? ❥ L ISBOA, até 27.12, Fundação Calouste Gulbenkian – Edifício Sede, ter>dom 10h>18h, www.gulbenkian.pt

ter>dom 10h>13h/14h>18h, www.egeac.pt

Jesper Just CORPOtraçoCORPO Alice Valente apresenta mais uma fase do projecto, iniciado em 2003, na qual convivem harmoniosamente a poesia e a pintura. Aliar estas duas formas de expressão artística assegura uma multidisciplinaridade que possibilita ao visitante uma viagem a dois mundos que se interceptam, propositadamente. Depois de ter já exposto 63 obras em sete cores diferentes, seguem-se a oitava e nona cores, o verde e a «cor de pele». ❥ LISBOA, 5.11>27.12, In Built Art – Espaço Chiado, ter>dom 9h30>12h/14h30>18h, entrada livre

O artista dinamarquês Jesper Just, conhecido internacionalmente pelos seus trabalhos em vídeo, apresenta a primeira exposição individual em Portugal. A mostra contará com um trabalho inédito do artista, produzido este ano, e ainda com uma instalação vídeo de uma trilogia resultante de criações anteriores. Esta mostra assinala a abertura do Festival Temps d’Images e é organizada em colaboração com o Nikolaj, Copenhagen Contemporary Art Center. ❥ L ISBOA, até 17.01.10, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, ter>dom, 10h>18h, www.camjap.gulbenkian.pt


exposições |

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agenda Eclesiastic Lust Técnica mista - 82 x 60 cm João Figueiredo DR

Vicente Ilda David DR

Amores ao trono

Vicente

A galeria Alphart vai receber uma exposição mista de pintura e escultura sobre as «Rainhas e amantes de Portugal». João Figueiredo faz aqui mais uma homenagem às mulheres, depois da mostra Back to the Palace, apresentada em Maio. A ele junta-se a escultora Aida Sousa Dias, com o intuito de apresentarem as suas majestades lusitanas. ❥ L ISBOA, 17.11>5.12, Alphart Gallery,

O Teatro Nacional de São João serve de palco à exposição Vicente, de Ilda David. Não sendo ligada à vida clerical, a pintora tem dedicado os últimos anos à análise de alguns textos religiosos. O resultado é uma série de telas originais que acabam por ampliar o interior do texto, abrindo caminho para uma leitura mais proveitosa. ❥ P ORTO, até 20.12, Teatro Nacional São

ter>sex 12h>20h, sáb 11h>18h, www.alphartgallery.com

BES Revelação 2009 A Fundação de Serralves recebe, mais uma vez, os trabalhos vencedores do BES Revelação. A iniciativa, que tem por objectivo a produção e criação artística de jovens talentos portugueses, presenteou com uma bolsa as três artistas – Susana Pedrosa, Ana Braga, Inês Moura – que agora expõem os trabalhos criados com a ajuda desse apoio. ❥ P ORTO, 13.11>10.01.10, Museu de Serralves, www.serralves.pt

João, ter>sáb 14h>19h, dom 14h>15h, www.tnsj.pt

Colectiva de Inverno A galeria Átomo vai apresentar uma compilação de produção contemporânea nacional e internacional na área da pintura, escultura, fotografia e instalações. Participam neste apresentação colectiva nomes como Alberto Miranda, Christa-Luise Riedel, Paes Cardoso, Cesar Górriz, Fernanda Oliveira, Susana Ribeiro, José Maria Pinedo, Marco Ayres, Miguel Guimarães e muitos outros. ❥ porto , até 31.12, Galeria Átomo, seg>sáb 10h>13h e 14h30>20h, dom 14h30>20h, www.galeriaatomo.com


exposições |

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Galeria Átomo Alberto Miranda DR

Lima de Freitas DR

Collezionare il Futurismo Benedetta Marinetti DR

Isa Santos DR

Lima de Freitas

Collezionare il Futurismo

Há já mais de 10 anos que o famoso desenhador Lima de Freitas faleceu. Ele deixou ao mundo da arte muitos retratos de escritores e poetas, bem como painéis de azulejos e ilustrações para mais de uma centena de livros nacionais e estrangeiros. Mas Lima de Freitas foi para além do desenho, notabilizando-se também como gravador e pintor, com obras presentes em vários museus do mundo. ❥ LISBOA, 19.11>19.12, Câmara dos Azuis –

O Instituto Italiano de Cultura de Lisboa vai apresentar, no Museu da Água, setenta obras do movimento de vanguarda do Futurismo, que pertenceram à colecção de um empresário genovês amante de arte. Este estilo das primeiras décadas do século XX foi a essência da mudança radical da cultura artística italiana, em ruptura total com o imobilismo que reinava até então. ❥ L ISBOA, 16.12>31.01.10, Museu da Água

Arte & Antiguidades, ter>sáb 10h30>14h e 15h>19h30, www.camaradosazuis.com

Some Observations in the Wilderness Este exposição de fotografias de João Margalha (vencedor do Prémio FAUP de Fotografia de Arquitectura) analisa a forma como a população urbana se relaciona com a natureza, através da captura de lugares anódinos, no centro de cidade, para assim focar a possível coexistência de universos que podem parecer, à partida, muito afastados uns dos outros. ❥ porto , 28.11>16.02.10, Centro Português de Fotografia, seg>sex 10h>12h30 e 15h>18h, sáb e dom 15h>19h, entrada livre, www.cpf.pt

da EPAL, seg>sáb 10h>18h, museudaagua.epal.pt

Contornos de Mulher Isa Santos, licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, apresentanos nesta individual uma reflexão sobre o sexo feminino. Os contornos das mulheres descrevem as funções emocionais dos segmentos e das estruturas corporais e demonstram as associações que existem entre as manifestações do corpo físico e os seus processos psíquicos e sensoriais. ❥ SÃO JOÃO DA MADEIRA, 4.12>30.12, Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo, seg>sex 10h>20h, sáb 10h>13h, www.cm-sjm.pt


teatro e dança |

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texto ¬ Mariana Duarte fotografia ¬ Bleib Opus #3/DR

Vídeo-dança com novo fôlego no Temps d’Images Uma peça que junta filósofos e cães em palco ou uma performance de Tânia Carvalho musicada por um instrumento tocado no ar são duas das dezenas de propostas do festival Começou dia 29, mas ainda se vai a tempo de ver muita coisa. Até 22 de Novembro, o Festival Temps d’Images 2009 vai, como habitual, percorrer Lisboa e levar propostas artísticas a doze espaços distintos: Centro Cultural de Belém (CCB), Museu Berardo, Teatro São Luiz, Cinemateca, eira 33, entre outros. Com a apresentação de cerca de vinte projectos – instalações, projecções e espectáculos –, a novidade da programação deste ano é o Frame Research, uma variação do festival de vídeo-dança Frame que aposta com mais força na interacção entre as novas tecnologias e as artes performativas. Entre 13 e 22 de Novembro, quem se dirigir ao Museu do Chiado pode desfrutar de uma visita guiada pelo Chiado através de uns auscultadores, ouvindo um roteiro sonoro traçado por Patrícia Portela no seu

AudioMenus 2. A companhia de teatro Mala Voadora leva ao CCB (dias 6 e 7) o espectáculo O Duplo, baseado no processo de construção de uma personagem. Já a coreógrafa Tânia Carvalho instala-se na Culturgest dias 20 e 21 com a performance Der Mann ist Verruckt, acompanhada pelo teremim (instrumento que recorre ao movimento das mãos em contacto com o ar) de Vera Suchánková. Dias 21 e 22, o Maria Matos recebe Bleib Opus #3, espectáculo de Michel Schweizer que junta cinco cães, um filósofo, um psicanalista, um bailarino e um actor em palco. E, até dia 11, a Cinemateca vai exibir filmes que exploram a relação entre o cinema e o teatro: Gregory Markopoulos, John Cassavettes e Yasugiro Ozu são alguns dos realizadores em foco. /

FESTIVAL TEMPS D’IMAGES até 22 de Novembro, Lisboa, vários espaços Programação completa em www.tempsdimages-portugal.com



No «atlas iconográfico» que é a Bíblia texto ¬ Mariana Duarte fotografia ¬ João Tuna / TNSJ

Depois da reposição de O Concerto de Gigli, Nuno Carinhas dá pela primeira vez corpo a um texto enquanto director artístico do TNSJ: Breve Sumário da História de Deus, um auto marcadamente religioso de Gil Vicente

Para a primeira estreia no Teatro Nacional São João (TNSJ) enquanto director artístico da instituição, Nuno Carinhas elegeu um texto pouco procurado por leitores e encenadores. Com Breve Sumário da História de Deus, em cena durante um mês, Carinhas regressa a Gil Vicente, depois da apresentação de Beiras no FITEI de 2007. Este auto percorre, entre o entusiasmo lírico e os ímpetos satíricos, os trilhos das

Sagradas Escrituras, desde a Queda do Homem à Ressurreição de Cristo: estão lá Abel e João Baptista e não se deixam de ouvir as provocações de Job e as profecias de Isaías. Estreado na corte de D. João III, Breve Sumário da História de Deus pode ser considerado, como aponta o texto do TNSJ, «a maior história de todos os tempos», pela imensidão de personagens e linguagens que aglutina, pelos símbolos que


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transmite, pelas alegorias do Mundo, do Tempo e da Morte que se manifestam. E a peça também revela como a humanidade desesperada «se redime na esperança de Deus». Citando José Tolentino Mendonça, «a Bíblia representa uma espé-

cie de atlas iconográfico, um reservatório de estórias, um teatro do natural e do sobrenatural». Em palco vão estar, entre outros, Alberto Magassela, António Durães, João Pedro Vaz, Jorge Mota, Paulo Freixinho e Pedro Almendra. /

BREVE SUMÁRIO DA HISTÓRIA DE DEUS 20.11>20.12, Porto, Teatro Nacional São João, ter>sáb 21h30, dom 16h30, 7-15€ Mais informações: 800 10 8675, www.tnsj.pt


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texto ¬ Inês Bernardo - fotografia ¬ DR

Chefe contra chefe O que se leva desta Vida coloca dois cozinheiros no centro do palco Se cozinhar é uma arte, que dizer então de comer? É esse o duelo que se trava em O que se leva desta Vida. Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues são dois cozinheiros que confrontam duas concepções da vida num só prato. Enquanto tentam conceber uma receita digna duma estrela Michelin, os dois chefes descobrem que têm ideias opostas sobre a arte, a vida e o prazer. Enquanto que para um cozinhar é em si um acto belo e cheio de prazer, para o outro a beleza e o prazer só são atingíveis através da satisfação dos comensais. Para criar este espectáculo – que marca o regresso do cineasta João Canijo ao papel de dramaturgo –, Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues foram aprender os prazeres da alta cozinha com quatro dos maiores chefes internacionais, recriando receitas dos mesmos. A peça demonstra como a busca de uma receita por parte de dois chefes com perspectivas da vida tão diferentes se pode transformar numa reflexão sobre a insatisfação permanente, o espírito inventivo e a arte e ciência da cozinha. Se ambos discordam em relação à origem do prazer e da beleza, parecem estar de acordo sobre aquilo que se leva desta vida. Por fim, os dois acabam por descobrir que um prato conta sempre a história de quem o cozinhou. /

O QUE SE LEVA DESTA VIDA 06.11>22.11, Lisboa, Teatro São Luiz, qua>sáb 21h, dom 17h30, 5-20€


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texto ¬ Inês Bernardo - fotografia ¬ Margarida Dias

Vida frágil Eunice Muñoz regressa aos palcos com O Ano do Pensamento Mágico, uma história tocante encenada por Diogo Infante E se de repente a vida, como a conhece, mudasse radicalmente? Foi o que aconteceu à norte-americana Joan Didion, quando, na noite de 30 de Dezembro de 2003, chegou a casa com o seu marido John. Ambos tinham acabado de regressar do hospital onde a filha Quintana se encontrava internada e prestes a morrer. Quando se sentam para jantar, Joan deixa de ouvir John, que morre de ataque cardíaco. A história verídica é contada em O Ano do Pensamento Mágico, onde Didion demonstra a profundidade que só as grandes relações têm, ao reflectir sobre o casamento, os filhos, a morte, a doença, a saudade e a mágoa. As memórias, publicadas em 2005 (já depois de Quintana também falecer), foram galardoadas com o National Book Award, e o seu sucesso levou a autora a adaptá-las para teatro. Em 2007, a peça estreou na Broadway e no National Theatre, em Londres, numa encenação de Sir David Hare, com o papel de Didion a ser interpretado pela inglesa Vanessa Redgrave. Em Portugal, O Ano do Pensamento Mágico marca o regresso de Eunice Muñoz aos palcos, contando ainda com a encenação de Diogo Infante. Este monólogo sobre a instabilidade da vida e o poder da esperança parece ser feito à medida da condecorada actriz. /

O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO 12.11>20.12, Lisboa, Teatro Nacional D. Maria II, qua>sáb 21h30, dom 16h, 4-16€



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texto ¬ Mariana Duarte - fotografia ¬ DR

O primeiro solo de Clara Andermatt So Solo é uma reunião atrapalhada de «personagens e situações». A coreógrafa portuguesa lida, pela primeira vez, com tudo sozinha «So Solo é muitas coisas. Buster Keaton, Joana D’Arc, um gato fodido e um montão de bolas, no meio de um tornado paranóico, cobertos de pastilha elástica». É assim que Clara Andermatt descreve a peça com que se estreia a solo, no palco da Culturgest. Desde que entrou no mundo da dança – graças à mãe, a professora e bailarina Luna Andermatt –, a coreógrafa portuguesa nunca seguiu um caminho só. Apostou em grandes produções, mas também em criações intimistas; fez espectáculos de rua e trabalhos com a comunidade; construiu performances com a música dos Loosers ou de Vítor Rua. Agora, surge como autora e intérprete do seu primeiro solo, contando com a colaboração, na concepção e dramaturgia, do actor e encenador nova-iorquino Robert Castle. O convite a Castle, director artístico do International Theatre New York, visa «aprofundar e expandir o conceito de personagem para novos territórios performativos», refere o texto de apresentação da peça co-produzida com Teatro Nacional São João e a Culturgest. So Solo chega ao Porto em Abril de 2010. / ❥

SO SOLO 11.12>12.12, 21h30, Lisboa, Culturgest, 5-18€ Mais informações: 217 905 155, www.culturgest.pt



agenda

CINDERELA

7.11>29.11

Este espectáculo conta a história da Cinderela mas de uma forma muitopouco convencional. Aqui existe uma combinação de personagens que caem do céu para dificultar a vida à Cinderela, ou seja, existe um lobo mau disfarçado de GNR e os sete anões são chamados para salvar a princesa de morte certa. O final desta produção do Teatro de Marionetas do Porto é feliz, uma vez que a Cinderela casa mesmo com o príncipe e têm muitos filhos! ❥ P ORTO, Balleteatro Auditório, sáb 16h e 21h30, dom 16h

ARQUITECTAR

Cinderela DR

Arquitectar DR

MARIA STUART

10.11>15.11

Maria Stuart é uma peça de Friedrich Schiller baseada na vida de Maria I da Escócia. Neste espectáculo, podemos observar como duas mulheres representam um choque de poderes na sociedade. São primas e lutam pelo mesmo: o amor; o poder e o trono. Maria I da Escócia está presa e condenada à morte pela sua prima Isabel I de Inglaterra e a peça dá-nos uma visão muito particular de cada lado desta luta. Com encenação de Cristina Carvalhal e Nuno Cardoso. ❥ P ORTO, Teatro Helena Sá e Costa, 21h30

23.11>25.11

O SORRISO DO GATO 26.11>29.11

The TEAM é a companhia teatral que encena este espectáculo e que é bem conhecida por explorar a vivência da América nos dias de hoje. Com um enredo emocionante, Arquitectar apresenta-nos uma prospecção da psique americana. Através dos olhos da jovem arquitecta Carrie Campbell, o espectáculo mostra como o ser humano pode recuperar de momentos de apocalipse. ❥ L ISBOA, Culturgest, 21h30, 5-15€

Um espectáculo que remonta ao imaginário infantil e traz à cena diversas memórias que todos os adultos ainda guardam de lugares impossíveis e viagens perdidas. Acima de tudo, esta encenação não é nada mais que um convite às nossas memórias de infância. Depois de Off Cabaret e Café Chinez, O Sorriso do Gato revela-se mais um desafio para o director artístico António Paiva. ❥ ESPINHO, Auditório Municipal, qui>sáb 21h30, dom 17h, 5-7€


teatro e dança |

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O Sorriso do Gato DR

ZOETROPE

Zoetrope DR

O Quebra-Nozes DR

Vera Mantero - PEPCC Forum Dança DR

11.11

O QUEBRA-NOZES 21.11 e 30.11

Um concerto encenado ou uma produção coreográfica? Zoetrope junta a banda electrónica Micro Audio Waves com o coreógrafo Rui Horta e é uma mistura intensa de música, encenação e tecnologia. Três telas, onde são projectados vídeos, rodeiam o grupo em palco, concretizando a ideia de um espectáculo multimédia. Cada canção forma uma narrativa independente, enquadrada num ambiente de celebração das novas tecnologias, para a qual contribui o movimento, o vídeo, a sonoplastia e um desenho de luz cuidado. ❥ LISBOA, Culturgest, 21h30, 5-20€

Dos bailados do grande reportório clássico, O Quebra Nozes é dos que mais interesse desperta no grande público, até por tratar um tema destinado a crianças. Na realidade é um conto de Natal, onde se esconde uma análise mais profunda do ser humano. O Moscow Classical Ballet é actualmente a terceira maior companhia de dança da Rússia e esta produção conta com sumptuosos cenários e vestuário e 60 bailarinos. ❥ LISBOA, Coliseu dos Recreios, 21.11, 17h

O AVARENTO

27.11>20.12

O Avarento (1668) é provavelmente a comédia mais dura de Molière, de onde nenhuma personagem sai ilesa. É apresentado todo um rol de personagens cujas acções contradizem as palavras e assim confirmamos que Jean-Baptiste Poquelin, mesmo três séculos e meio mais tarde, encontrou a vocação moral no teatro. ❥ PORTO, Teatro Carlos Alberto, ter>sáb 21h30, dom 16h, 10-15€

e 21h30, 10-35€ PORTO, Coliseu, 30.11, 21h30, 10-32,5€

VERA MANTERO - PEPCC - FORUM DANÇA 28.11>29.11 Ao fim de dois anos de formação, os alunos do PEPCC (Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica) participaram no processo de construção e interpretam uma nova criação de Vera Mantero. Neste espectáculo, 15 alunos de oito nacionalidades terminam um processo formativo onde o confronto com o público foi realizado em diversos formatos. ❥ LISBOA, Culturgest, sáb 21h30, dom 17h, 3€


teatro e dança |

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agenda Hypomnemata DR

HYPOMNEMATA

3.12>6.12

O ANZOL

O Anzol DR

11.12>13.12

Hypomnemata é uma peça construída através de um texto inédito do jovem dramaturgo Pedro Eiras. O tema central é a linguagem e esta foi pensada como um dueto eterno e constante entre o som e cena. Um homem deixa cair em simultâneo frases soltas e, face a uma impossível geografia humana, dá-se a cartografia da linguagem humana. A encenação é de Renata Portas e a interpretação é de João Henriques. ❥ PORTO, Teatro Helena Sá e Costa, 21h30

Influenciada pela dramaturgia alemã contemporânea, Gemma Rodriguez, que assina o texto de O Anzol, alia com grande aptidão a amargura à comicidade, a fantasia poética à rude realidade, numa obra em que a tensão cresce minuto a minuto. Nesta peça, oitenta por cento da história acontece num prédio que fica ao lado de uma auto-estrada e as três personagens têm em comum as suas vidas fracassadas. ❥ PORTO, Teatro Helena Sá e Costa, 21h30

HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR

EU SOU A MINHA PRÓPRIA MULHER 15>31.12

7.12>20.12 Este é um espectáculo para todos os públicos e, principalmente, para aqueles que perto do abismo compreendem que só vai mais alto quem realmente tiver vontade de ir. Numa cenografia móvel, a história desenrola-se em microescala, cheia de luzes e de sombras que relevam a plasticidade e oferecem um verdadeiro toque de magia a esta história. ❥ LISBOA, Centro Cultural de Belém, 7.12, 9-11.12, 15-17.12 10h / 8.12.12-13.12, 20.12 12h30 / 19.12 15h30, 3-5€

Este espectáculo conta-nos a história apaixonante de um travesti alemão que conseguiu sobreviver aos vários regimes do seu país sem nunca esconder a sua identidade sexual. Esta é uma história verdadeira e ousada onde Charlotte Mahlsdorf monta e preserva um fantástico museu de antiguidades e um cabaret clandestino por onde circularam nomes bem famosos das artes e das letras. ❥ PORTO, Teatro Campo Alegre, ter>sáb 21h45, dom 16h


Ă€s quartas-feiras, das 19 Ă s 20 horas

Clube dos Pensadores


literatura |

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texto ¬ Eugénia Azevedo - fotografia ¬ DR

Herta Müller

Da Roménia para a Academia Sueca, via Alemanha Recém-laureada com o Nobel da Literatura não é nome sonante, apesar de já ter arrecadado vários prémios Todos os anos, o Prémio Nobel da Literatura traz ganhos para muita gente. Para além do laureado, subitamente elevado aos píncaros da glória literária, vencem também as editoras que apostaram nesses escritores antes da sua consagração à larga escala e os leitores estimulados muitas vezes pela descoberta de novos nomes. Este ano, a alemã de origem romena Herta Müller promete conduzir muitos curiosos às livrarias em busca de uma das suas obras. É que, para além da novidade que representa para muitos, a autora mexe com um tema delicado da memória colectiva do seu país Natal, o regime totalitário de Ceausescu. A escritora, que se mudou para a Alemanha em 1987, poderia ter optado por retratar a calamidade nazi do seu país de acolhimento, mas vai ao invés colher o drama às políticas comunistas que ditaram a miséria de muitos dos seus conterrâneos. O tema é recorrente e despertou este ano o interesse da Academia Sueca. Em Portugal, e enquanto não chega a tradução do mais recente livro Atemschaukel (Respiração Balouçante, em tradução livre), existem disponíveis na língua de Camões as seguintes obras: O homem é um grande faisão sobre a terra (1993, Cotovia) e A terra das ameixas verdes (1999, Difel). /


livros OS ANAGRAMAS DE VARSÓVIA

Krautrock: Cosmic Rock And its legacy

Richard Zimler Editora Oceanos E se a mais um tomo do relato da barbárie nazi se juntar um enredo de contornos policiais? Nesse caso, é bem provável que esteja diante da mais recente ficção do escritor luso-americano Richard Zimler. Mais conhecido como autor de romances históricos, Zimler aventura-se com desenvoltura pelas urdiduras do policial, sem se desviar um milímetro do seu já militante apego à causa judia. Em questão está o relato de acontecimentos macabros vividos no gueto de Varsóvia durante cerca de dois anos da ocupação nazi. Após a apresentação humanizante de um núcleo familiar constituído pelo herói da história, Erik Cohen, a sua sobrinha e o filho desta, a trama evolui para o relato das suas vidas no seio da asfixia do gueto, desembocando na série de crimes que foram vitimando crianças da comunidade e que dão o mote à investigação que alimenta as páginas seguintes. A razão para o título explica-se no instinto de sobrevivência ao qual foram remetidos os judeus e que ditou a necessidade de codificarem os seus verdadeiros nomes pelo recurso a anagramas. Zimler constrói assim, na forma de um policial, uma teia de ocorrências inquietantes dentro de outra de proporções gigantescas que foi a perseguição aos judeus. > Eugénia Azevedo

Black Dog Publishing A Black Dog, editora londrina que consagra boa parte do seu catálogo às artes e arquitectura/urbanismo, apresenta um manual que descreve com razoável minúcia o fenómeno musical que ficou conhecido como krautrock. O termo, bem como o seu fundamento, devem a patente à Alemanha, onde uma vaga de músicos obcecados por sintetizadores, colagens de samples e mistura de elementos musicais improváveis surgiu em finais dos anos 60 e inícios de 70. O seu objectivo era criar um estilo musical autónomo e único. Hoje, sabemos que essa excentricidade ditou o advento da música electrónica. A proposta da Black Dog é a contextualização do movimento, devidamente acompanhada de imagens de arquivo, inclusive provenientes de museus, onde se vêem posters dos protagonistas da época – os inesquecíveis Can, NEU!, Kraftwerk, Faust entre demais visionários – e fotos de músicos em inúmeros contextos, desde o palco ao estúdio e até mesmo em âmbito familiar. Acresce ainda o facto da autoria dos textos estar a cargo de gente que viveu e se envolveu no movimento (músicos, escritores, jornalista), o que constitui o garante de testemunhos vívidos e elucidativos. > Eugénia Azevedo

críticas |

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cd MORRISSEY

TOM WAITS

Swords Polydor

Glitter and Doom Live Anti

Apenas oito meses após Years of Refusal, o britânico Morrissey regressa aos lançamentos discográficos com Swords. O novo trabalho do ex-Smiths é constituído por lados B de singles dos recentes álbuns You are the Quarry (2004), Ringleader of the Tormentors (2006) e o citado último trabalho. Mais do que uma compilação de resquícios dos referidos trabalhos, Swords surpreende, acima de tudo, pela notável vitalidade demonstrada pelo artista, em temas que nada ficam a dever aos incluídos nos alinhamentos finais. Numa altura em que os rumores acerca de uma reunião dos Smiths parecem de uma vez por todas estar a desvanecer, Morrissey reforça a hiperactiva carreira que vem desenvolvendo a solo, com o selo de qualidade a que os fãs já se habituaram. > Mário Souto

Um álbum ao vivo de Tom Waits: esta é com certeza uma novidade que muitos fãs do músico já não esperariam. Tom Waits, que raramente se apresenta ao vivo, decidiu embarcar numa curta mas especial digressão por território europeu e norte-americano, fascinando as audiências pelo ecletismo do seu reportório, abordando variadíssimas temáticas líricas e musicais. O primeiro disco apresenta excertos de actuações da referida digressão com uma fabulosa masterização, transportando o ouvinte directamente para o espectáculo e dando a sensação real de que se trata de um único concerto. O segundo disco é inteiramente constituído por contos e histórias narrados em palco por Tom Waits, expondo deliciosos momentos de ligação com o público. > Mário Souto

FISHBONE Fishbone Live | Ter a Terre/Discograph Há mais de 30 anos que a banda de Los Angeles incendeia os palcos do mundo inteiro com a sua fusão de rock-ska-punk-funkreggae. Sete álbuns de estúdio depois, este é o terceiro disco ao vivo (registado também em vídeo), onde o «gang» de Angelo Moore não economiza energias para passar ao público todas as boas vibrações das suas faixas. A loucura destes excelentes músicos é comunicativa e a intensidade vai crescendo, tanto no palco como entre a assistência. Os sucessos passados e presentes encadeiam-se e é necessário esperar pelo encore para que os espectadores retomem a respiração... e já os primeiros acordes de Everyday Sunshine mergulham a plateia num turbilhão final. No fim, só resta o feedback e a felicidade do público. > Tiago Rillaz


críticas |

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KINGS OF CONVENIENCE

JULIAN CASABLANCAS

Declaration of Dependence Virgin

Phrazes for the Young Cult Records/RCA

Conseguirão os Kings of Convenince ultrapassar a quase perfeição minimalista de Quiet is the New Loud? Provavelmente não, e a verdade é que isso não acontece em Declaration of Dependence. E, no fundo, talvez ninguém deva esperar isso. Neste novo álbum, o duo norueguês prossegue por um caminho quase unicamente acústico, num processo de depuração que limita (ainda mais do que no passado) as canções a frágeis melodias de guitarra e apuradas harmonias vocais. Ouve-se um violino em Peacetime resistance, um violoncelo em Boat behind, mas, de resto, há pouca instrumentação adicional. Este último tema, que é um dos singles, inclui no refrão um «wow wow» absolutamente delicioso (vão a correr ouvir). E talvez seja isto que falta neste disco: mais momentos que fiquem no ouvido. > João Pedro Barros

Se quisesse, o vocalista dos Strokes poderia ser uma estrela rock mainstream. Os nova-iorquinos foram um dos colectivos que tornaram o género de novo cool no início da década, mas cedo deram sinais de não querer permanecer imóveis a nível estético. Na sua estreia a solo, Casablancas (há nome com mais «pinta» do que este?) também fintou as expectativas: a voz rouca está lá, alguns riffs fazem-nos lembrar os Strokes, mas a forte presença de sintetizadores e caixas de ritmos é o dado mais marcante. O veredicto é positivo: num álbum curto (apenas oito temas), o nova-iorquino prova que não lhe faltam ideias. Os momentos mais estranhos, como River of brake lights, são mesmo os mais fortes. > João Pedro Barros

MICRO AUDIO WAVES Zoetrope | Edição de autor Zoetrope é o nome do espectáculo multimédia que juntou a banda electro-pop Micro Audio Waves ao coreógrafo Rui Horta, numa espécie de concerto encenado em que o todo era maior do que a soma das partes. Ao vivo, os vídeos projectados em três telas e a componente performativa até podiam dominar a atenção, mas ficava igualmente a ideia de que estavam ali alguns dos melhores temas da banda. Este disco traz-nos as versões de estúdio dos temas compostos para o espectáculo e confirma essa ideia. . Há aqui electrónica densa e hipnótica, em Uncanny Dolls ou Hubble the bubble, mas em nenhum momento os portugueses perdem o sentido pop, que tem o seu expoente máximo em Sunshine sunlight. O último tema é uma espécie de bónus: o excelente Long Tongue, do disco Odd Size Baggage, surge numa remistura de DJ Ride. > João Pedro Barros


Agenda Música - Novembro concertos Domingo, 1

Segunda, 2

Terça, 3

MÚSICA ERUDITA CHINESA Museu do Oriente, Lisboa 18h / 213 585 200

EMANUEL SOARES (Festival Acordeões do Mundo) Casa Avó Gama, Torres Vedras 17h30 / livre / acordeoesdomundo.com

MU (Festival Acordeões do Mundo) Câmara Municipal, Torres Vedras 17h30 / livre acordeoesdomundo.com SKUNK ANANSIE (EUA)

Sul

EPICA + AMBERIAN DAWN (Fin) + SONS OF SEASON (Ale) (Metal)

Incrível Almadense, Almada 20h / 20€ / 212 750 929 STEVE REICH AND BANG ON A CAN (EUA) (Clássico/Experimental)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 8€ a 30€ / 213 612 400

Sul

LUDOVICO EINAUDI (Ita) (Piano)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 20€ a 45€ 213 612 400 KID CRASH (EUA) + SUGARTOWN CABARET (Fra) + I HAD PLANS (Hardcore)

MARIZA (Fado) Coliseu dos Recreios, Lisboa 21h30 / 213 240 585 EMILÍANA TORRINI (IS) Santiago Alquimista, Lisboa 21h30 / 22€ / 218 884 503 Norte JOSÉ MARIO BRANCO + SÉRGIO GODINHO + FAUSTO (Popular) Coliseu do Porto, Porto 21h30 / 15€ a 50€ 707 234 234 PETER MURPHY (EUA) (Rock)

Casa da Música, Porto 22h / 30€ / 220 120 220 LACROSSE (Sue) (Pop)

O meu mercedes, Porto 23h / 222 082 151

Lavadouro, Carnide / 21h LACROSSE (Sue) (Pop)

MusicBox, Lisboa 22h30 / 213 430 107 Norte ZU (Ita)

Sul

(Pop/Rock)

Coliseu dos Recreios, Lisboa 21h / 28€ a 204€ 213 240 585 MU (Festival Acordeões do Mundo) Teatro-Cine, Torres Vedras 21h30 / 5€ acordeoesdomundo.com GONZALES (Can) (Piano, Pop, Hip-Hop)

Culturgest, Lisboa 21h30 / 5€ a 18€ 217 905 155 Zu (Ita) (Alternativa)

(Alternativa)

Galeria Zé dos Bois, Lisboa 22h / 10€ / 213 430 205

KINGS OF CONVENIENCE (Nor)

Quarta, 4

Passos Manuel, Porto 20h / 222 034 121 (Indie Pop/Alternativa)

Theatro Circo, Braga 20h / 23€ a 30€ 253 203 800 KID CRASH (EUA) + SUGARTOWN CABARET (Fra) + I HAD PLANS (Hardcore)

Casa Viva, Porto 20h www.casa-viva.blogspot.com

Sul

PIANO STRIP Cabaret Maxime 213 467 090 VITOR APOLO (Festival Acordeões do Mundo) Cervejaria O Gordo, Torres Vedras / 17h30 / livre www.acordeoesdomundo.com KINGS OF CONVENIENCE (Nor) (Indie Pop/Alternativa)

Coliseu dos Recreios, Lisboa 21h / 20€ a 192€ / 213 240 585


agenda |

109

MEGAFONE 5: A NAIFA + DEAD COMBO + OQUESTRADA + GAITEIROS DE LISBOA Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 20€ / 213 612 400

JÚLIO RESSENDE QUARTETO (Seixal Jazz)

ARTUR FERNANDES (Festival Acordeões do Mundo)

(Jazz)

(Acordeão)

Norte

BOB DA RAGE SENSE (Ang)

SKUNK ANANSIE (EUA) (Pop/Rock)

Coliseu do Porto, Porto 21h / 26€ a 34€ / 707 234 234

Quinta, 5 Sul

Antigos Refeitório da Mundet, Seixal 23h / livre / www.cm-seixal.pt

(Hip-Hop)

MusicBox, Lisboa 23h / 213 430 107 ADRIANA MIKI (Jazz Bossa)

Fábrica Braço de Prata, Lisboa 23h / www.bracodeprata.com

ANGELA TRÖENDLE (Aus) (Jazz)

Cabaret Maxime, Lisboa 213 467 090 COLEUR CAFÉ (Fra) (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 5€ / 218 873 064 MÁRIO PAULO & JOÃO PAULO (Festival Acordeões do Mundo) Café Sizandro, Torres Vedras 17h30 / livre www.acordeoesdomundo.com STEN SANDELL TRIO (Nor) (Jazz)

Culturgest, Lisboa 21h30 / 5€ / 217 905 155 NICO MUHLY (EUA) + SAM AMIDON (EUA) + BEN FROST (Aus) + VALGEIR SIGURDSSON (Isl) (Folk electrónico)

Teatro Maria de Matos, Lisboa 22h / 5€-12€ / 218 438 800 MIGUEL ZENON QUARTET (Pri) (Jazz)

Auditório Ruy de Carvalho, Oeiras 22h / 7€

Norte THE GLENN MILLER ORCHESTRA (EUA) (Jazz)

Coliseu do Porto, Porto 21h / 15€ a 48€ / 707 234 234 OLIVE TREEDANCE (Acústico/Trance)

Teatro Municipal da Guarda 22h / 4€ / 271 205 240 ÓSMAVATI (OuTonalidades) (World music)

Centro Cultural, Chaves 00h / www.myspace.com/ outonalidades

Sexta, 6 Sul

PAULA OLIVEIRA (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 7€ / 218 873 064

Café Zé do Pipo, Torres Vedras 17h30 / livre www.acordeoesdomundo.com ANGELO KELLY – THE TRAVELLER TOUR (Ale) (Pop Acústico)

Teatro Ibérico, Lisboa 20h00 / 18€ / 218 682 531 913 202 005 WITHOUT DEATH PENALTY + OBJECTS + I HAD PLANS + PORN SHEEP HOSPITAL (Hardcore)

Lavadouro, Carnide / 20h ALCOOLÉMIA + D-A-D (Din) + GUN (Rock)

Campo Pequeno, Lisboa 20h30 / 29€-32€ 217 820 575 ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 5€ a 20€ / 213 612 400 CARMINA BURANA (Ópera)

Coliseu dos Recreios, Lisboa 21h30 / 20€ a 216€ 213 240 580 GURZUF (Festival Acordeões do Mundo) (Aus) (Acordeão)

Teatro-Cine, Torres Vedras 21h30 / 5€-20€ www.acordeoesdomundo.com


concertos PEDRO IVO + DANIEL (Pop)

Santiago Alquimista, Lisboa 21h30 / 218 884 503 OITENTAMENTE (Pop/Rock)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar PUGSLEY BUZZARD Cabaret Maxime, Lisboa 22h / 213 467 090 DUO MÁRIO LAGINHA & BERNARDO SASSETTI (Piano)

Auditório Ruy de Carvalho, Oeiras 22h / 7€ MADREDEUS & BANDA CÓSMICA (Acústico)

Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra 22h / 15€-25€ / 219 107 110 ALTO!

GONDOMAR WINTER FEST 09 : MY EYES INSIDE (Gótico/Metal)

Medas, Indycat Piano Bar, Gondomar JOÃO PEDRO PAIS (Pop)

Coliseu do Porto, Porto 22h / 12,50€ a 27,50€ 707 234 234 ANDREW THORN

Old School Metal Fest : PARANORMAL WALTZ + DISAFFECTED + DAWNRIDER (Metal/Death Metal)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 21h www.myspace.com/sidebbar JÚLIO PEREIRA (Folclore)

Teatro Municipal da Guarda 21h30 / 10€ / 271 205 240

(Electro-folk)

Plano B, Porto 23h / 222 012 500 MUDMU CLUBBING: DEEP SLEEP + ZERO 7 + HEARTBREAKERZ (Electrónica)

Estádio do Bessa XXI, Porto 23h BANDA POTEMKIN (OuTonalidades) (World Music)

Cine-Teatro, Estarreja 00h / 2€ / www.myspace.com/ outonalidades

MÓNICA SINTRA (Pop Portuguesa)

Teatro Tivoli, Lisboa 21h30 / 10€ a 20€ 707 234 234 ADRIANA (Pop)

Auditório Acácio Barreiros, Sintra 22h / 10€ / 219 107 110 PAULA OLIVEIRA (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 22h / 7€ / 218 873 064

(Punk/Rock)

Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre 23h / 3€ / 245 307 498 STEN SANDELL TRIO (Nor) (Seixal Jazz) (Jazz)

Antigos Refeitório da Mundet, Seixal 23h / livre / www.cm-seixal.pt BANDA POTEMKIM (Esp) (Folk Rock)

Cine-Teatro Estarreja, Lisboa 23h30 / 2€ / 234 811 300

Sábado, 7 Sul

DANÇAS OCULTAS (Acordeão)

Fnac Chiado, Lisboa17h / livre www.dancasocultas.com DIGAMMA (Metal)

ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO (Clássica)

Casa da Música, Porto 21h / 7€ / 220 120 220

(Pop/Rock)

Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre 23h / 5€ / 245 307 498 MARK Mc GUIRE (UK) + STEVE HAUSCHILDT (Bel) + STELLAR OM SOURCE (Hol) (Psicadélico)

Casa de Lafões, Lisboa 17h / 218 872 065

Zé dos Bois, Lisboa 23h / 213 430 205

OVERCOME + STAY HUNGRY + LIFEDECEIVER + DEADLY MIND

Norte

(Hardcore/Metal)

Norte

INDUSTRI ROYAL (Sue)

Revolver Bar, Cacilhas 21h / 12€

SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS (Rock)

Convento de S. Francisco, Coimbra / 20h


GONDOMAR WINTER FEST 09: THEE ORAKLE + OBLIQUE RAIN + BLIND CHARGE + GODOG

LOBO

(Gothic/Metal)

Domingo, 8

Medas, Indycat Piano Bar, Gondomar PEDRO MOUTINHO (Fado)

Auditório de Espinho 21h30 / 12€ / 227 341 145 GOMO (Pop)

Casa da Música, Porto 21h30 / 220 120 220 VILMANARES METALLVM WARM UP : CRONAXIA + VRT139 + REVOLUTION WITHIN (Metal)

Sede da Granja, Fafe 21h30 http://vimaranesmetallvm. pt.vu GADJÉ - LASHOJ TYE DEYS (Música e dança cigana)

Cine-Teatro, Estarreja 22h / 8€-10€ BIG BANDS – Do Ballrom à Sala de Concerto (Jazz/Swing)

(Pop)

Breyner 85, Porto / 23h30

Sul

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA Centro Cultural de Belém, Lisboa 17h / 10€ a 17,50€ 213 612 400

(Acordeão)

Fnac Vasca de Gama, Lisboa 17h / livre www.dancasocultas.com HELL IN HEAVEN + 2 GUESTS (Rock)

Casa de Lafões, Lisboa 17h / 218 872 065 ORQUESTRA DE GAMELÃO Museu do Oriente, Lisboa 18h / 213 585 200 THE GLENN MILLER ORCHESTRA (EUA) (Jazz)

Coliseu dos Recreios, Lisboa 18h / 10€ a 216€ / 213 240 580 RAMMSTEIN (Ale) (Industrial)

DRIGBA

Norte

Pavilhão Atlântico, Lisboa 20h / 33€ a 42€ / 218 918 409

(Modern Jazz)

UNO ESKIMO + THE BITCH BOYS (Indie/Pop)

Plano B, Porto 23h / 222 012 500

Sul

RICHIE KOTZEN (EUA) (A confirmar) (Rock)

MusicBox, Lisboa 21h / www.musicboxlisboa.com Norte CARMINA BURANA (Opera)

DANÇAS OCULTAS

Cine-Teatro Constantino Nery, Matosinhos 22h / 229 392 320

Casa das Artes, V.N. Famalicão 23h / 5€

Segunda, 9

CORO DA CASA DA MÚSICA (Ensemble)

Casa da Música, Porto 12h / 220 120 220 GILBERTO GIL (Bra) + JAQUES MORELENBAUM (Acústico)

Casa da Música, Porto 22h / 30€ / 220 120 220

Coliseu do Porto, Porto 21h / 15€ a 59€ / 707 234 234

Terça, 10 Sul

GILBERTO GIL (Bra) + JAQUES MORELENBAUM (Bra) (Acústico)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 25€ a 50€ / 213 612 400

Quarta, 11 Sul

JIMMY COBB’S SO WHAT BAND (Jazz)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 213 612 400 MANUEL COCHOFEL E DOMENICO RICCI (Jazz)

Teatro Municipal da Guarda 21h30 / 5€ / 271 205 240 MICRO AUDIO WAVES (Electrónica, espectáculo Zoetrope)

Culturgest, Lisboa 21h30 / www.culturgest.pt BLACK LIPS (EUA) + THE STICKS (Rock/Pop Punk)

Caixa Económica Operária, Lisboa 22h / 10€ / www.filhounico.com

agenda |

111


concertos Norte GRANDE NOITE DE FADO ACADÉMICO Clube Literário do Porto 15h / 222 089 228 ORQUESTRA DO NORTE – Comemoração 150 anos da Alfândega (Ensemble)

Museu dos Transportes e Comunicações, Porto 21h30 / 223 403 000 GIOGIO (Jazz)

Clube Literário do Porto 22h / 222 089 228 GROUPER (Ambiente)

Plano B, Porto 22h / www.planobporto.com MACY GRAY (EUA) (Pop)

Coliseu do Porto, Porto 22h / 25€ a 30€ / 707 234 234

Sexta, 13 Sul

ANDY McKEE (Folk)

Cine-Teatro João Mota, Sesimbra / 20h JÚLIO PEREIRA (Folclórica)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 5€ a 27,50€ 213 612 400 MARCELO D2 (Hip-Hop)

Pavilhão dos Lombos, Lisboa 21h30 / 707 234 234 SUZANNA LINDEGRAN (Sue) (Violonista)

Instituto Franco-Portugês 21h30 /5€ a 7€ / 213 111 400 JAY JAY JOHANSON (Sue) (Pop/Rock)

Santiago Alquimista, Lisboa 22h / 22€ / 218 884 503 HUNTING CROSS

Quinta, 12 Sul

COLEUR CAFÉ (Fra) (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 5€ / 218 873 064 GROUPER (EUA) + NOBERTO LOBO + TINY VIPERS (EUA) + INCA ORE (EUA) (Experimental/Folk)

Zé dos Bois, Lisboa 23h / 12€ / 213 430 205 Norte KIND OF BLUE@50 Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 15€ a 20€ / 253 424 700

(Rock)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar JEZEBEL (Metal/Indie)

Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre 23h / 3€ / 245 307 498

Norte BRACARA EXTREME FEST 2009 : HABSYLL (Fra) + MALIGNANT (Cze) + MINSK (EUA) + A STORM OF LIGHT (EUA) + MAN MUST DIE (Sco) + INHUMATE (Fra) + TRIGGER THE BLOODSHED (UK) + BLACK SUN (Sco) + ALTAR OF PLAGUES (Ire) + ERYN NON DAE (Fra) + NAHEMAH (Esp) + ALTAR OF GIALLO (Esp) + JAPANISCHE KAMPFHÖRSPIELE (Ale) + NIGHTSHADE (Fra) + CRUSHING SUN + CATACOMBE + UTOPIUM + HUNTED SCRIPTUM + THE WALKING DEAD + EXTREME RETALIATION +... (Dark Metal/Doom/Grind/Hardcore)

Bracara Extreme Fest’09, Braga 15€ dia / Passe 30€ www.myspace.com/ bracaraextremefest ORQUESTRA CLÁSSICA DE ESPINHO Auditório de Espinho 21h30 / 5€ / 227 341 145 HANK JONES TRIO (EUA) (Jazz)

Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 15€a 20€ / 253 424 700 INSIEME (Acústico)

Clube Literário do Porto 23h / 222 089 228

BIZARRA LOCOMOTIVA

OS VELHOS

(Industrial)

(Pop)

Renhau-Nhau Live Act Café, Costa da Caparica / 23h www.bizarralocomotiva.com

Maus Hábitos, Porto 23h / 222 087 268

L’HERBE FOLLE (Fra)

Sábado, 14

(Jazz/Alternativa)

OndaJazz, Lisboa 23h30 / 7€ / 218 873 064

Sul

CIGANOS D’OURO Cabaret Maxime, Lisboa 213 467 090


agenda |

113

JOSE MIGUEL CARROBLES

João Pedro Pais

L’HERBE FOLLE (Fra)

(Piano)

(Pop Portuguesa)

(Jazz/Alternativa)

Museu da Música, Lisboa 18h / 217 710 990

Coliseu dos Recreios, Lisboa 22h / 12,50€ a 30€ 213 240 585

OndaJazz, Lisboa 23h30 / 7€ / 218 873 064

SAMARA LUBELSKI (EUA) + KUUPUU (Fin) (Folk piscadélico/experimental) Museu do Chiado, Lisboa 22h / www.museudochiadoipmuseus.pt/

Norte

MARGARIDA GUERREIRO (Fado)

Cine Teatro Curvo Semedo, Montemor-o-Novo 20h30 / www.myspace.com/ margaridaguerreiro DEPECHE MODE (UK) (Synth Pop/New Wave)

Pavilhão Atlântico, Lisboa 21h / 30€ a 40€ / 218 918 409 Oumou Sangaré (Afr)

PINK PUSSY CATS FROM HELL (Punk)

Espaço Reflexo, Sintra 22h / www.myspace.com/ pinkpussycatsfromhell

(Folk)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 18€ a 40€ / 213 612 400

Miss Lava + Dollar Lama + Marbles (Rock/Metal)

Rodrigo Leão & Cinema Ensemble (Ensemble)

Teatro Municipal da Guarda 21h30 / 10€ / 271 205 240 DUO NOIR (TONY WAKEFORD & ANDREW KING) (Dark Folk)

Casa de Teatro, Sintra 21h30 www.myspace.com/unmoment

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar PROGTUGAL FEST: Circus Maximus (Nor) + DGM (Itá) + Forgotten Suns (Metal progressivo)

Santiago Alquimista, Lisboa 22h30 / 218 884 503

Bracara Extreme Fest

BRACARA EXTREME FEST 2009 : Ver dia 13 (Metal/Experimental)

Bracara Extreme Fest’09, Braga www.myspace.com/ bracaraextremefest INTERM.ISSION (Rock)

Fnac Santa Catarina, Porto 17h / 223 403 200 JAY-JAY JOHANSON (Sue) (Pop/Rock)

Centro de Artes e Espectáculos São Mamede, Guimarães 22h / 15€ a 20€ / 253 547 028 BRANFORD MARSALIS QUARTET (EUA) (Jazz)

Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 15€a 20€ / 253 424 700

Metal

Na sua quarta edição, o grande evento outonal de Braga vai ter o melhor cartaz de sempre, com uma série de bandas estrangeiras como os checos Malignant Tumour, os escoceses Black Sun e os franceses Habsyll, ao lado dos lusos Catacombe e Utopium. No total, são mais de 25 concertos de metal. ❥ 1 3>15.11, Braga, Junta de Freguesia de A storm of light > DR

Panoias, passes três dias 30-35€, diário 15€, www.myspace.com/bracaraextremefest


concertos DELFINS

Krongong (Ind)

(Pop)

(Música folclórica Indonésia)

Coliseu do Porto / 22h 17,50€ a 25€ / 707 234 234

Museu do Oriente 18h / 5€ / 213 585 244

MARVINS REVOLT (Fin) + WIHOUT DEATH PENALTY

CRISTINA BRANCO - Kronos

Hank Jones Trio (EUA)

(Fado)

(Jazz)

Cine-Teatro Constantino Nery, Matosinhos 22h / 10€ / 229 392 320

Culturgest, Lisboa 21h20 / 5€ a 20€ / 217 905 155

Breyner 85, Porto www.myspace.com/ marvinsrevolt

CIBORIUM + BEHEAD THE DEAD + FROZEN LEGION

Norte

Sul

BRACARA EXTREME FEST 2009 : Ver dia 13

Gilda Osvaldo (Bra)

(Metal)

MetalPoint, Porto / 22h BLACK DIAMOND HEAVIES (Blues Garage)

Porto Rio, Porto 22h / 224 643 797 LAURA GIBSON (EUA) (Blues Folk)

Janela Indiescreta, Porto 22h / www.myspace.com/ janelaindiescreta BOHREN & DER CLUB OF GORE

:PAPERCUTZ (Pop electrónica)

Passos Manuel, Porto 22h / 222 034 121

Domingo, 15 Sul

Sete Lágrimas (Contemporânea)

(Rock)

Quarta, 18

(Dark Metal/Hardcore)

Bracara Extreme Fest’09, Braga 15€ dia / Passe 30€ www.myspace.com/ bracaraextremefest Silêncio fado Silêncio (Fado para mudos)

Clube Literário do Porto 16h / 222 089 228

Terça, 17 Sul

(Jazz)

Festival da Juventude, Braga 22h

Norte

PRAYER FEST ACT 2 : BURIED INSIDE (Can) + TOMBS (EUA) + ERYN NON DAE (Fra) (Metal)

Academia Recreativa e Musical, Sacavém 18h / 10€ dia / 20€ passe www.myspace.com/ritualsom BANDA SINFÓNICA DA PSP Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 5€ / 213 612 400

(Piano)

Instituto Franco-Portugês 21h30 / livre / 213 111 400 Norte GEORGE COLLIGAN QUINTET (EUA) (Jazz)

Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 5€ a 7€ / 253 424 700 BURIED INSIDE + TOMBS + CONCEALMENT + CRUSHING SUN (Metal)

Porto Rio, Porto www.myspace.com/ anomaliaproductions

Quinta, 19 Sul

COULEUR CAFÉ (Fra) (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 5€ / 218 873 064

Centro Cultural de Belém, Lisboa 18h / 10€ / 213 612 400

K2: KEE MARCELLO (Sue) + MIKE TERRANA (EUA) + MARCO MENDOZA (EUA)

ANGRY ODD KIDS + BORDELINE INSANE + DEFYING CONTROL

PRAYER FEST ACT 1: A STORM OF LIGHT (EUA) + MINSK (EUA) + ALTAR OF PLAGUES (UK) + BLACK SUN

(Heavy Metal)

(Punk Pop)

(Metal)

Academia Recreativa e Musical, Sacavém 18h / 10€ dia/ 20€ passe www.myspace.com/ritualsom

Music Box, Lisboa www.clap-box.com Dixiegang & Paula Oliveira (Jazz)

Instituto Franco-Portugês 21h30 / livre /213 111 400

MusicBox, Lisboa 23h / 8€ / 213 430 107


THE ZANY DISLEXIC BAND

THE ATOMIC BITCHWAX (EUA)

(Improvisação)

(Stoner Rock)

Cinema Nimas, Lisboa 22h / 213 574 362

Porto Rio, Porto 22h / 224 643 797

An_der_skor

MICACHU & THE SHAPES (UK)

(Metal)

(Indie Pop)

Teatro Sá da Bandeira, Porto 22h / 8€-10€ / 222 003 595

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar

Plano B, Porto 22h / www.planobporto.com

OVERTONE qUARTET (eua)

Matteah Baim (EUA)

(Acústico)

(Jazz)

(Grunge)

Norte AR DE FORK FEST : MAIN DISH + NOBRE CAVALGADA PELOS CEUS DA CALIFORNIA + THE MARX REVOLTA + THE MOUTH OF THE RIO NEGRO + DJ RARAQUES (Rock)

Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 15€ a 20€ / 253 424 700

SEXTA, 20 Sul

ONE LOVE FAMILY + DJ Mr COOKIE Cabaret Maxime, Lisboa 213 467 090 Porcupine Tree (UK) (Rock progressivo)

Incrível Almadense, Lisboa 21h / 212 750 929 TIKEN JAH FAKOLY (Costa do Marfim) (Reggae)

Galeria Zé dos Bois, Lisboa 23h / 8€ / 213 430 205 Susana Travassos + Duo Saraiva-Murray (EUA) Teatro Municipal de Portimão, Algarve 23h / 282 402 475 961 579 917 ANNE PACHEO – Triphase (Fra) (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 23h30 / 7€ / 218 873 064 DEAD COMBO (Electrónica)

Teatro São Luiz, Lisboa 23h30 / 15€ / 213 257 650

ALBERTO BASTOS Clube Literário do Porto 23h / 222 089 228

Sábado, 21 Sul

Benur Live (Ópera)

Pavilhão Atlântico, Lisboa 16h e 21h30 / 35€ a 105€ 218 918 409 TRIO DE VIOLINO, FLAUTA E PIANO (Clássica)

Museu da Música, Lisboa 16h / 217 710 990 HACKSAW + MASQUE OF INNOCENCE + EXOSS + BURNED BLOOD

Pavilhão dos Lombos, Lisboa 21h30 / 18€-20€ / www.musicanocoracao.pt

Norte

Casa de Lafões, Lisboa 16h30 / 218 872 065

Solistas da Metropolitana – Quarteto de Cordas

ESTARREJAZZ’09 : ORQUESTRA DE JAZZ DE MATOSINHOS

Massive Attack (Ing)

(Ensemble)

(Homenagem a Count Basie)

Museu do Oriente, Lisboa 21h30 / 213 585 200 SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS (A confirmar) (Rock)

Music Box, Lisboa / 22h PEDRO ABRUNHOSA

(Metal)

Cine Teatro, Estarreja 21h30 / 5€ www.cineteatroestarreja.com Cassandra wilson (EUA) (Jazz)

Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 15€ a 20€ / 253 424 700

(Pop)

Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra / 22h / 219 107 110

TIM (Rock)

Casa da Música, Porto 22h / 220 120 220

(Electrónica/Trip Hop)

Campo Pequeno, Lisboa 21h / 24€ a 30€ / 217 820 575 Extreme Aggression Fest 4 :BLACKSUNRISE + THERIOMORPHIC + CONCEALMENT + CONFRONT HATE (Death Metal)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 21h www.myspace.com/sidebbar

agenda |

115


concertos Makely Ka (Alternativa)

Teatro Municipal de Portimão, Algarve 21h30 / 10€ / 282 402 475 961 579 917 JP SIMÕES (Acústico/Indie)

Cabaret Maxime, Lisboa 22h / 916 350 427 RASTILHO METAL NIGHT : SwITCHTENSE + ECHIDNA + SPITEFUL (Metal)

Santiago Alquimista, Lisboa 22h / 7€ / 218 884 503 O Baile : Jon Hopkins + Tim Exile + Micachu And the Shapes + Twofold + Stereo Addiction + Heartbreakerz + Quayola (Noite Londrina)

The Loft, Lisboa 22h30 / 213 964 841 Baby Shakes (EUA) + The High Hats (Sue) (Rock + Pop/Punk)

Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre 23h / 5€ / 245 307 498 ANNE PACHEO – Triphase (Fra) (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 23h30 / 7€ / 218 873 064

Sábado, 21 Norte

(Piano)

QUARTETO REMIX (Ensemble)

Casa da Música, Porto 12h / 5€ / 220 120 220

(Electrónica)

Teatro São Luiz, Lisboa 23h30 / 15€ / 213 257 650 :PAPERCUTZ (Pop electrónica)

Cine- Teatro Paraíso, Tomar 23h30 / www.theatro. uffportugal.pt

Clube Literário do Porto 23h / 222 089 228 JOHN IS GONE (Rock)

PAUL BADURA-SKODA (Piano)

Casa da Música, Porto 18h / 25€ / 220 120 220 PORCUPINE TREE (UK) (Rock Progressivo)

Plano B, Porto 23h30 / www.planobporto.com

Domingo, 22 Sul

Teatro Sá da Bandeira, Porto 20h / 25€ / www.primeartists.eu

FOR THE GLORY + OVERCOME + REALITY SLAP + PLEASE DIE!

ANA MOURA

Academia Musical Joaquim Xavier Pinheiro, Lisboa / 16h

(Fado)

(Hardcore)

Casa das Artes, V.N. Famalicão 21h30 / 12€ / 252 371 297

Massive Attack (Ing)

ESTARREJAZZ'09: CARLOS BICA & JOAO PAULO DUO

Campo Pequeno, Lisboa 21h / 24€ a 30€ / 217 820 575

(Electrónica/Trip Hop)

(Jazz)

Cine Teatro, Estarreja 21h30 / 5€ www.cineteatroestarreja.com DAVE DOUGLAS AND BLOOD SWEAT DRUM N BASS BIG BAND (EUA) (Jazz)

Centro Cultural de Vila Flor, Guimarães 22h / 15€ a 20€ / 253 424 700 CORVOS

Norte OLHARES DE OUTONO 2009, EME.LL : SCANNER + THE BEAUTIFUL SCHIZOPHONIC + VITOR JOAQUIM + JOÃO RICARDO + CARLOS SANTOS + IVAN FRANCO + MIGUEL CARVALHAIS + PEDRO TUDELA + PEDRO ALMEIDA + NUNO MOITA + ANDRE GONÇALVES + JEROME FARIA... (Laptop)

Teatro Municipal, Vila do Conde 22h / 252 248 469

Mosteiro de S. Bento da Vitória, Porto www.olhares-outono.ucp.pt

DEFUNTOS + INVERNO ETERNO + BOSQUE

SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS

(Metal)

DEAD COMBO

MELODIAS DE SEMPRE – José Veloso Rito

(Black Metal)

MetalPoint Coffee, Porto 22h30

(Rock)

FNAC, Guimarães Shopping 17h / livre

SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS

JOHN CALLDATRAIN

(Rock)

Clube Literário do Porto 22h / 222 089 228

Casa das Artes, V.N. Famalicão 23h / 5€ / 252 371 297

(Jazz)


Terça, 24

Sexta, 27

YAMANDÚ COSTA (Bra) + PEDRO JÓIA (Bra)

YOUTHLESS

Sul

(Acústica brasileira)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 15€ a 32,5€ / 213 612 400 SIX ORGANS OF ADMITTANCE (EUA) (Folk psicadélico)

Cinema Nimas, Lisboa 22h / 10€ / 213 574 362

Quarta, 25 Sul

BRUNO MONTEIRO (Violino)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 19h / 7€ / 213 612 400 MORITZ VON OSWALD (Electrónica)

Teatro Maria Matos, Lisboa 218 438 800 Norte THE TWELVE TENORS (Irl) (Clássico)

Coliseu do Porto / 21h30 22,50€ a 40€ / 707 234 234

Sul

(Rock)

Cabaret Maxime, Lisboa 213 467 090 HÉLDER MOUTINHO – QUE FADO É ESTE QUE TRAGO (Fado)

Teatro Municipal São Luiz 21h / 213 257 650

Sul

JOÃO BOSCO (Bra) + RICARDO SILVEIRA (Bra) (Jazz)

Aula Magna, Lisboa 21h / 25€ a 35€ / 213 257 650 DONNA MARIA (Fado)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h30 / 213 612 400 MUSIC ART (Portuguesa)

Teatro Municipal da Guarda 22h / 4€ / 271 205 240

THROES + BETUNIZER (Rock)

Casa Viva, Porto 19h / www.casa-viva.blogspot.com SAINT-SAENS (Orgão)

Casa da Música, Porto 21h / 16€ / 220 120 220 CARMINHO (Fado)

TIM & AMIGOS (Rock)

Museu do Oriente, Lisboa 21h30 / 213 585 200 ORQUESTRA CAPELA DA MÚSICA EGITÂNEA Teatro Municipal da Guarda 21h30 / livre / 271 205 240 THE TWELVE TENORS (Irl) (Clássica)

Coliseu dos Recreios, Lisboa 21h30 / 17€ a 210€ / 213 240 580 FEROMONA (Rock)

Santiago Alquimista, Lisboa 22h / 218 884 503 SUPRAH

Quinta, 26

Norte

(Rock)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar IGNIS (Rock sinfónico)

Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre 23h / 3€ / 245 307 498 SUSANA TRAVASSOS (Jazz)

OndaJazz, Lisboa 23h30 / 6€ / 218 873 064

Paços da Cultura, São João da Madeira 21h / 16€ / 220 120 220 GNOMON (Tradicional/Fusão)

Casa das Artes, V.N. Famalicão 21h30 / 5€ / 252 371 297 FESTA MEIFUMADO: PACO HUNTER + ABZTRAQT SIR Q + GUTA NAKI (Country/Rock/Pop)

Passos Manuel, Porto 23h30 / 222 034 121

Sábado, 28 Sul

ISIS (EUA) + GUESTS (Psicadélico/Progressivo)

Incrível Almadense, Almada 20h30 / 20€ EM MEMÓRIA SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE (Ensemble)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 12,5€ a 15€ / 213 612 400 EM MEMÓRIA SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE (Ensemble)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 12,50€ a 15€ 213 612 400

agenda |

117


concertos Pure Pain Metal Fest II : LUX FERRE + TUMULUM + NUKLEAR GOAT + KOLTUM (Metal)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 21h www.myspace.com/sidebbar

JOÃO BOSCO (Bra) + RICARDO SILVERA TRIO (Bossa Nova)

Casa da Música, Porto 22h/ 25€ / 220 120 220

Norte CONCERTOS PROMENADE I – TEMA E VARIAÇÕES PARA CLARINETE E ORQUESTRA (Ópera)

(Rock)

Coliseu do Porto 11h30 / 5€ a 10€ / 707 234 234

(Rock)

Fnac Mar shopping, Matosinhos / 22h / livre

ISIS (EUA) + GUESTS

Museu do Oriente, Lisboa 21h30 / 213 585 200

LA LA LA RESSONANCE

BLASTED MECHANISM (Electro-Tribal)

Passos Manuel, Porto 22h / 222 034 121

Teatro Sá da Bandeira, Porto 20h30 / 20€ / 222 002 550

Coliseu dos Recreios, Lisboa 22h / 20€ a 150€ 213 240 585

MELODIAS DE SEMPRE – Sandra Botelho

STEREO ALIGATOR (Indie/Rock)

Clube Literário do Porto 23h / 222 089 228

Santiago Alquimista, Lisboa 23h / 12€ / 218 884 503

DEEP SLEEP LIVE

(Pop)

Norte

Plano B, Porto 23h30 / www.planobporto.com

Domingo, 29

LISA EKDAHL (Sue)

ORCHESTRUTOPICA

Aula Magna, Lisboa 22h / 213 257 650

TIM & AMIGOS

INTERM.ISSION (Rock)

Fnac Gaia Shopping, Vila Nova de Gaia / 17h / livre NELSON FREIRE (Piano)

Casa da Música, Porto 18h / 220 120 220 RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE (Clássico)

Coliseu do Porto, Porto 21h30 / 17€ a 30€ 707 234 234 EDU MIRANDA TRIO (Música Brasileira)

Casa Das Artes, V.N. Famalicão 21h30 / 5€ / 252 371 297 JP SIMÕES (Guitarra)

Auditório de Gulpilhares, Vila Nova de Gaia / 21h30 www.myspace.com/jpsimoes

INTERM.ISSION

(Jazz Experimental)

(Piano)

(Electro-pop)

Sul

(Psicadélico/Progressivo)

Segunda, 30 Sul

ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 5€ a 20€ / 213 612 400 MANUEL PAULO + NANCY VIEIRA Teatro Municipal São Luiz, Lisboa 21h / 213 257 650

(Piano)

(Ensemble)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 17h / 12,50€ a 15€ / 213 612 400 CHAN KAIIENG (Acústico)

Museu do Oriente, Lisboa 18h / 213 585 200 TCHAIKOVSKY & SCHOSTAKOVICH (Rus) (Ensemble)

Teatro Municipal de Portimão 19h / 10€ / 282 402 475 961 579 917 MUSE (Pop/Rock)

Pavilhão Atlântico, Lisboa 20h / 218 918 409

VETIVER (EUA) + FRUIT BATS (EUA) (folk)

Galeria Zé dos Bois, Lisboa 23h / 10€ / 213 430 205


Agenda Música - Dezembro concertos Terça, 1

Quarta, 2

Norte

MARILYN MANSON (EUA)

FRANZ FERDINAND (Esc)

(Metal)

(Pop/Rock)

Campo Pequeno, Lisboa 21h / 22€ a 35€ / 217 820 575

Campo Pequeno, Lisboa 21h / 22€ a 35€ 217 820 575

VIMARANES METALLVM FEST III: NILE (EUA) + GRAVE (Sue) + KRISIUN (Bra) + ULCERATE (Aus) + CORPUS MORTALE (Din)

Norte

MY BRIGHTEST DIAMOND (EUA)

Sul

ALEXANDER SCHERBAKOV + MADALINA SLAV (Rom) (Piano)

Casa da Música, Porto 19h30 / 10€ / 220 120 220 VETIVER (Folk)

Passos Manuel, Porto 21h30 / 222 034 121 LISA EKDAHL (Sue) (Piano)

Casa da Música, Porto 22h / 30€ / 220 120 220

Sul

(Pop/Rock)

Teatro Municipal São Luiz, Lisboa 21h / 213 257 650 MÚSICA ELETTRONICA VIVA : ALVIN CURRAN + FREDERIC RZEWSKI + RICHARD TEITELBAUM (Avant-garde)

Culturgest, Lisboa 21h30 / 5€ a 10€ 217 905 155

(Metal)

Centro de Artes e Espectáculos, Guimarães www.sao-mamede.com GAL COSTA (Bra) (Bossa Nova)

Casa da Música, Porto 21h30 / 220 120 220

Quinta, 3 Sul

THE MUSICAL BOX PERFORMS A TRICK OF THE TAIL (Homenagem Genesis)

Aula Magna, Lisboa 210 113 448 PEDRO BARROSO (Bra) (Jazz)

Teatro São Luiz, Lisboa 21h / 213 257 650

Vetiver

Folk A melancolia outonal e o encanto desarmante da música dos Vetiver aproximam-se, mais uma vez, dos palcos nacionais. A banda liderada por Andy Cabic regressa para apresentar o novo Tight Knit na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e no Passos Manuel, no Porto. Os americanos Fruit Bats vão actuar antes das guitarras apaziguadoras e dos baixos robustos dos Vetiver.

VEtiver > © Daniel Steinbock

❥ 3 0.11, Lisboa, 22h, ZdB, 10€, 1.12, Porto Passos Manuel

agenda |

119


concertos THOSE WHOM THE GODS DETEST TOUR : NILE + KRISIUN + GRAVE + ULCERATE + CORPUS MORTALE (Metal)

Cine Teatro de Corroios, Seixal 21h THE MUSICAL BOX PERFOMS – A TRICK OF THE TAIL

JACK & DANTE + OUTLINES

RAQUEL TAVARES

(Rock)

(Fado)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h / www.myspace.com/sidebbar

Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre 21h30 / 10€ / 245 307 498

PUBLIC ENEMY Lugar a definir / Lisboa

BRIGADA BRAVO E DÍAZ (Esp)

(Ensemble)

Aula Magna, Lisboa 21h30 / 213 257 650 QUIMERA QUINTETO (Ensemble)

Norte MINTA (Folk)

Teatro Municipal de Guarda 22h / 4€ / 271 205 240

Jo-Jo’s Music, Porto 18h30 / livre

Norte

HERCULES AND LOVE AFFAIR (EUA)

THE RODEO + BRISA ROCHÉ (Fra) (Neo-Folk/Indie)

Theatro Circo, Braga 21h30 / 8€ / 253 203 800

Sexta, 4 Sul

RICHARD GALLIANO (Fra) (Clássica)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 213 612 400

(House)

Casa da Música, Porto 20h / 220 120 220 CHARLIE + BERRY (Fra) (Pop)

Theatro Circo, Braga 21h30 / 8€ / 253 203 800 MINTA & THE BROOK TROUT (Folk)

Passos Manuel, Porto 22h30 / 222 034 121

EDSON CORDEIRO (Bra) (Jazz)

Sábado, 5

GAL COSTA (Bra)

EDSON CORDEIRO CANTA CARMEN MIRANDA (Bra)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 20€ a 49€ / 213 612 400 ARCH ENEMY + GUESTS (EUA) (Death Metal)

Incrível Almadense, Almada 21h30 / 212 750 929 ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA – TRÊS EFEMÉRIDES Museu do Oriente, Lisboa 21h30 / 213 585 200 NOUVELLE VAGUE (FRA) (Pop)

Aula Magna, Lisboa 22h / 213 257 650

Teatro Municipal da Guarda 21h30 / 5€ / 271 205 240 ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA – TRÊS EFEMÉRIDES Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra 22h / 10€ a 15€ / 219 107 110 HERCULES AND LOVE AFFAIR (Electro-disco)

Lux, Lisboa / 22h / 22€ / www.luxfragil.com WASTE DISPOSAL MACHINE + VS777 + KRONOS (Rock/Metal)

Side B – Lounge Live Club, Benavente /22h www.myspace.com/sidebbar Norte

Teatro Municipal São Luiz, Lisboa 21h / 213 257 650 (Bossa Nova)

(Experimental)

Sul

(Jazz)

Teatro Municipal São Luiz, Lisboa 21h / 213 257 640 DESIDERATA (Clássica)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 15€ / 213 612 400 MÁRCIO FARACO QUARTETO (Bra) (Bossa Nova)

Instituto Franco-Português, Lisboa 21h30 / 213 111 400

DAVID FONSECA (Pop)

Teatro São Mamede, Guimarães 253 547 028 MÚSICA ELETTRONICA VIVA (Jazz)

Auditório de Serralves, Porto 808 200 543 NÁDIA RIGOLET NEVES (Piano)

Casa da Música, Porto 12h / 5€ / 220 120 220 MY BRIGHTEST DIAMOND (EUA) (Indie Pop)

Auditório de Espinho 21h30 / 15€ / 227 341 145


SKYE (Trip-Hop)

Casa das Artes, V.N. de Famalicão 21h30 NOUVELLE VAGUE (Fra) (Bossa Nova Pop)

Teatro Sá da Bandeira, Porto 22h / 222 002 550 SCREAM OF THE SOUL + HODLESS + UNFOLDED VISION

Segunda, 7

Quarta, 9

EDSON CORDEIRO (Bra)

CARMINHO

(Latin Jazz)

(Fado)

Auditório Municipal de Olhão, Algarve 289 700 100

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 5€ a 30€ / 213 612 400

Sul

THE PRODIGY (Ing) + ENTER SHIKARI (Electro-Rock)

MetalPoint, Porto / 22h

Pavilhão Atlântico, Lisboa 21h / 30€ a 40€ / 218 918 409

O MAQUINISTA

TERESA SALGUEIRO

(Alternativa)

(Fado)

Salão Brazil, Coimbra 23h / 239 824 217

Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 213 612 400

(Metal)

MINTA & THE BROOK TROUT (Folk)

Associação Convívio, Guimarães 23h30 / 253 513 013

Domingo, 6 Sul

Sul

Quinta, 10 Sul

HAYDN – QUARTETO LACERDA (Percussão)

Centro Cultural de Belém, Lisboa 19h / 5€ / 213 612 400 EDITORS (Ing) + THE MACCABEES + WINTERSLEEP (Pop/Rock)

Campo Pequeno, Lisboa 21h / 22€ a 30€ / 217 820 575

Norte ENSEMBLE CONTRAPUNCTUS Casa da Música, Porto 19h30 / 10€ / 220 120 220 HARLEM GOSPEL CHOIR (EUA) (Gospel)

HARLEM GOSPEL CHOIR – Concert of Hope

agenda |

121

Casa da Música, Porto 21h / 30€ / 220 120 220

(Homenagem Mickael Jackson)

Casino do Estoril, Lisboa 21h / 214 667 700

Marilyn Manson

Sexta, 11 Sul

JELLO BIAFRA AND THE GUANTANAMO SCHOOL OF MEDICINE (Rock)

Cine Teatro de Corroios, Seixal 21h

Rock/Metal Marilyn Manson comprou casa em Portugal? É uma pergunta possível, de tal forma o americano gosta de vir cá tocar. Pela segunda vez este ano, está de volta com o seu último álbum, The High End Of Low, um disco muito mais interessante que o insípido Eat Me, Drink Me, de 2007, embora longe da potência de Holy Wood, de 2000. Ao vivo, continua impressionante.

marilyn manson > dr

❥ 1.12, Lisboa, Campo Pequeno, 22h, 22-35€


concertos EDSON CORDEIRO (Bra)

Norte

Museu do Oriente, Lisboa 21h30 / 213 585 200

Cine-Teatro de Estarreja 21h30 / 262 889 650

SCOUT NIBLETT (UK)

EDSON CORDEIRO (Bra)

ANA MOURA

Passos Manuel, Porto 20h / 222 034 121

(Latin Jazz)

Teatro Municipal da Guarda 21h30 / 10€ / 271 205 240

Quarta 16

TIM & AMIGOS (Rock)

Centro Cultural e Congressos, Caldas da Rainha 21h30 / 262 889 650 THE CROW AND THE REVENS (Metal)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar OS VELHOS (Pop/Rock)

(Jazz)

(Fado)

PISTOL MOB (Sue) (Rock)

Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre 23h/ 5€ / 245 307 498

(Indie Folk)

Sul

SCOUT NIBLETT (UK) (Indie Folk)

Zé dos Bois, Lisboa 21h / 213 430 205

Norte

Norte

JACINTA – Sounds Of Freedom

FILIPE MELO

Galeria do Desassossego, Beja 22h / 960 146 745

(Jazz)

Norte

ORQUESTRA DE JAZZ DE MATOSINHOS + MARIA JOÃO

Sexta, 18

Casa da Música, Porto 22h / 15€ / 220 120 220

THE GUV

VIMARANES METALLVM FEST III – BRUTUS + GWYDION + BLEEDING DISPLAY + ANGRIFF + LEGACY OF BRUTALITY + WITCHBURNER (Metal)

São Mamede, Guimarães www.sao-mamede.com

Auditório de Espinho 21h30 / 20€ / 227 341 145

(Jazz)

Centro Cultural de Congressos, Caldas da Rainha / 262 889 650

Sul

(Rock progressivo)

B FACHADA (Folk)

Centro Cultural Vila Flor, Guimarães 22h / 2,50€

CERTAME LUSITANO DE TUNAS ACADÉMICAS Theatro Circo, Braga 21h30 / 6€ a 18€ / 253 203 800

Domingo, 13

Sábado, 12

CORO ALMA COIMBRA Museu do Oriente, Lisboa 18h / 213 585 200

Sul

(Jazz)

Side B – Lounge Live Club, Benavente / 22h www.myspace.com/sidebbar Norte

Sul

GOTTA DANCE – Orquestra Nacional do Porto Casa da Música, Porto 21h / 16€ / 220 120 220 ALEMU AGA (Eti)

ORCHESTRAUTOPICA - Genesis Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 12,50 a 15€ / 213 612 400

Terça, 15

Culturgest, Porto 21h30 / 5€ / 222 098 116

TIM & AMIGOS

THE DODOS (EUA)

SCREAM OF THE SOUL + HODLESS + MAKE IT SIMPLE

(Folk)

Sul

(Rock)

(Indie Rock)

Museu do Oriente, Lisboa 21h30 / 213 585 200

Santiago Alquimista, Lisboa 21h30 / 20€ / 218 884 503

BIFFY CLYRO (Esc)

NATE WOLLEY (EUA) + PAUL LYTTON (EUA)

(Pop/Rock)

Santiago Alquimista, Lisboa 21h30 / 20€ / 218 884 503

(Jazz)

Culturgest, Lisboa 21h30 / 5€ / 217 905 155

(Metal/Hardcore/Heavy Rock)

Fábrica de Som, Porto 22h / www.fabricadesom.org


Sábado, 19

GOTTA DANCE – Orquestra Nacional do Porto Casa da Música, Porto 18h / 16€ / 220 120 220

JÚLIA TEIXEIRA DE AZEVEDO

Cine-Teatro de Estarreja 21h30 / 234 811 300

MARLA AMASTOR

Terça, 22

WAVVES (EUA) + ZACH HILL (EUA)

Teatro Helena Sá e Costa, Porto 21h30 / 225 189 982/3

Sul

ANTÓNIO ZAMBUJO

(Piano)

Museu do Oriente, Lisboa 18h / 213 585 200

(Clássica)

(Electro-Pop)

Galeria Zé dos Bois, Lisboa 23h / 10€ / 213 430 205

(Fado)

Domingo, 20

Norte

ULISSES EM COPACABANA (Remix Ensemble)

Casa da Música, Porto 19h30 /10€ / 220 120 220

Sul Norte SUSANA SANTOS SILVA QUINTETO (Jazz)

Casa da Música, Porto 12h / 5€ / 220 120 220

CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT Centro Cultural de Belém, Lisboa 17h / 8€ a 30€ / 213 612 400

Quarta, 23 Sul

ORQUESTRA DA CÂMARA PORTUGUESA – Caderno de Viagens Centro Cultural de Belém, Lisboa 21h / 5€ a 10€ / 213 612 400

agenda |

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lee mortimer > dr

eva be > DR

Kap Bambino> © Matt erwin

Joti Sidhu > dr

culture club norte AR D’MAR

CLASHCLUB

(Av. Beira Mar – Praia de Canidelo Norte – V. N. Gaia)

(Teatro Sá da Bandeira – Porto) 222 002 550 Sáb 07.11 > Kavinsky + Chewy Chocolate Cookies + Xinobi + Sininho Seg 30.11 > Autokratz (Live) + The Subs (Live) + TBC Soon Sex 18.12 > Crookers + Fritus Potatoes Suicide + Double Damage + DJ Manaia

Sáb 07.11 > Primeiro aniversário DJ Pedro Mineiro + Tarzanboy Sáb 14.11 > Tiago Silva + Tiago Santos

CASA DA MÚSICA (Av. da Boavista, 604 – Porto) 220 120 220 Sáb 14.11 > Clubbing Novembro : Marcelo D2 + Bezegol + DJ Ride Sex 4.12 > Clubbing Dezembro: Hercules and Love Affair + Kap Bambino

FREE SOUND (Nogueira da Regedoura, A29/IC24 – Espinho) 919 148 044 Sáb 07.11 > Victor Magan (Esp) + DJ Josepo (Esp) Sáb 14.11 > Aniversário: DJ Kastro


CLASHCLUB Kavinsky (Fra) + Xinobi (Ita) + Chewy Chocolate Cookie + Sininho 7.11 > Teatro Sá da Bandeira, Porto Os fãs de videojogos vão abandonar as suas consolas pelo período de uma noite para ir dançar com um dos seus, o francês Kavinsky. A remistura que SebastiAn efectuou de Testarossa overdrive, do álbum 1986, faz parte do famoso kavinsky > dr jogo Grand Theft Auto IV, mas, mais do que a simples utilização desta faixa nesse mundo virtual, é todo o universo de Vincent Belorgey (o seu verdadeiro nome) que se banha neste espírito, desde as composições até à estética dos projectos. O DJ destaca-se por uma concepção muito particular de som: ele é influenciado pela new wave dos anos 80 (com a utilização de sintetizadores com a tonalidade específica dessa época), mas também pela música electrónica actual. Muitas das suas faixas poderiam servir de genérico para séries e filmes como O Justiceiro ou O Caça Policias. Chegou então a altura de calçar os antigos ténis fluorescentes, pegar no velho leitor de cassetes e dirigir-se para a pista de dança! > W. Odin ❥ 23h59, 222003595, www.myspace.com/clashclub0

MUDMU CLUBBING (Estádio do Bessa XXI, Porto) Sex 06.11 > Deep Sleep + Zero 7 + Heartbreakerz + Wasteyouth

PLANO B (Rua Cândido dos Reis, 30 – Porto) 222 012 500 Sáb 07.12 > Concorrência Qua 11.12 > Grouper (EUA) + Tiny Vipers (EUA) + Inca Ore (EUA) Sex 13.12 > Sidewalkers + DJ Glue (Da Weasel) Sáb 14.12 > Phillips + Justamine Sex 20.12 > Micachu & The Shapes (UK) + Aquaparque

Sáb 21.12 > John Is Gone + False Impressions Sex 27.12 > Tomboy (Din) Sáb 28.12 > Twin Turbo + Deep Sleep + Club de Funk Sex 04.12 > Aniversário do Plano B Sáb 05.12 > Aniversário do Plano B Seg 07.12 > Sam Alone

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MASTERSOUL 6.11 > Manga Rosa Lounge @ Almada Velha (Lisboa) Como muitos DJ em Portugal, MasterSoul começou muito novo a aprender a técnica de Djiing. Depois de ter se ter iniciado a actuar em festas de escolas e de garagem, este português foi mastersoul > dr marcando o panorama musical através dos seus sets quentes e comunicativos. Aos poucos, a técnica de MasterSoul foi evoluindo, o que o levou a escolher as sonoridades electro, progressiva e minimal house, chegando agora ao sucesso que lhe é reconhecido.Com diversas actuações em território nacional, é internacionalmente que este DJ se tenta distinguir. Para já, é mesmo no Manga Rosa Lounge, em Almada Velha, Lisboa, que Tiago Nabais (ou MasterSoul) irá contagiar a noite. > Susana Ferreira ❥ Sex > 6.11, Manga Rosa Lounge, Rua Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, 14 - Almada Velha

culture club sul ESTADO LIQUIDO

MANGA ROSA LOUNGE

(Largo de Santos – Lisboa) 213 955 820 Qui 12.11 > Troll 2000

(Rua Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, 14 - Almada Velha)

LOUNGE (Rua da Moeda, 1 – Lisboa) 218 462 101 Sex 27 > Mr. Mitsuhirato + Mr. Cookie

LUX (Rua Gustavo Matos Sequeira, 42 – Lisboa) 218 820 890 Qui 05.11 > Textas Titan Thursdays: In Flagranti + Moulinex + Xinobi + Rockets Qui 19.11 > Rooster Night Qui 03.12 > Boys Noize

THE LOFT (Rua do Instituto Industrial 6, Lisboa) 213 964 841 Sáb 21.11 > O Baile: Jon Hopkins + Tim Exile + Micachu And the Shapes + Twofold + Stereo Addiction + Heartbreakerz + Quayola

Qua 04.11 > Dr Huse Qui 05.11 > Lugar às novas: Johan Sex 06.11 > Mastersoul Sáb 07.11 > STVS Qua 11.11 > Dr Huse Qui 12.11 > STVS by Sagres Sex 13.11 > DedyDread Sáb 14.11 > Noite Bruta – STVS vs Dr Huse Qua 18.11 > STVS Qui 19.11 > Dr Huse by Sagres Sex 20.11 > B.R.O.S. Sáb 21.11 > Sandes Mi(x)ta: Nelson Flip vs KemikaFields Qua 25.11 > Dr Huse Qui 26.11 > STVS by Sagres Sex 27.11 > Xminder Sáb 28.11 > STVS vs Mr.Mitsuhirato


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GTRONIC > dr

autokratz > Dr

Zen Mechanics > dr

MINI MERCADO

OPART

(Av. D. Carlos I, 67 – Lisboa) Sex 13.11 > Lee Mortimer (UK) + DJ Manaia Sáb 5.12 > Blasfemea (entrada 5€ com oferta do CD Galáxia Tropicalia) Sex 11.12 > GTRONIC (Bel) + DJ Manaia

(Pontão da Doca de St. Amaro, Docas – Lisboa) 213 956 787

MUSICBOX (Cais do Sodré, Lisboa) 213 430 107 Qui 12;11 > Wall Fall: Christian Bub (Ale) + Daniel Best (Ale) + Eva Be (Ale) + Mike Stellar + JPG from Daltonic Brothers Sáb 21.11 > DJ Manaia Qui 03.12 > Terceiro aniversário MusicBox Sex 04.12 > Birthday Weekend Sáb 05.12 > Birthday Weekend Seg 07.12 > Birthday Weekend

Sex 06.11 > Bday event: Magillian + Inessence + special guests Sáb 07.11 > Expander + Re:AxisSex Sex 13.11 > Andrea Bertolini (Ita) + John-E + Kaesar + Louie Cut + Zeda techSex Sex 20.11 > Terrorismo AuditivoSex Sex 27.11 > Face Off DJs Sáb 28.11 > Fairmont (Can) + guests

DOMUS – ALCÂNTARA (Rua Maria Isabel Saint Léger, 12, Lisboa) Sáb 14.11 > Neurology Vol. 3: Zen Mechanics (Hol) + Joti Sidhu (UK) + Edoardo (Ita) + Digoa (Bra) + MeTTaPaX


sai a pé pela cidade |

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#1 Lisboa Do Chiado ao Príncipe Real, atravessando o coração da capital

texto ¬ Nuno Catarino fotografia ¬ Mafalda Dâmaso

Sai a pé pela cidade Todos os meses, esta crónica irá desafiar o leitor a lançar-se na descoberta do Porto e de Lisboa. A sugestão de vários percursos pedestres pelas cidades, indo ao encontro da sua história, do seu património, das suas tradições e das suas gentes Para o primeiro Sai a pé lisboeta não poderíamos marcar outro ponto de partida senão aquele que é actualmente o verdadeiro centro de Lisboa: o Chiado. Longe vai o tempo em que as praças gigantes assumiam o protagonismo. Actualmente, o Rossio ou a Praça do Comércio continuam a marcar a cidade pela sua imponência, mas são agora poisos vagamente turísticos. Com a vizinha Praça Luiz de Camões (popularmente referida como Largo Camões), o Chiado é hoje em dia o sítio onde se juntam as elites,

onde encontramos os reflexos das últimas tendências da moda, para onde anónimos e não só vão espalhar (e/ ou observar) aquilo a que alguns chamam de coolness. O Largo do Chiado é assinalado pela estátua do desconhecido António Ribeiro «Chiado», poeta satírico do século XVI, contemporâneo de Camões, eternizado numa pose curvada de quem convida o turista a uma aproximação. O espaço está ainda rodeado pela saída do metro, o edifício da Fidelidade Mundial (que acolhe regularmente exposições


de arte contemporânea) e a estátua do universal Fernando Pessoa – sempre rodeada de turistas de câmara na mão, na esplanada do café A Brasileira. Ali estão estabelecimentos comerciais como a finíssima Hermés e, a mais alguns metros de caminhada, o café austríaco Kaffeehaus (além do brunch, há muito por onde escolher). Seguimos do Chiado em direcção ao Príncipe Real, através da Rua da Misericórdia, e logo ao dobrar da esquina encontramos a Igreja dos Italianos (ou Igreja do Loreto). Uns metros mais à frente, damos de caras com um recentemente remodelado Museu de São Roque, edifício geminado com a Igreja de São Roque. Esta foi a primeira igreja jesuíta erigida em Portugal, e após o Terramoto de 1775 passou a ser propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Continuamos a caminhada e vamos dar ao também

renovado Jardim de São Pedro de Alcântara, que nos revela uma das melhores vistas da cidade. Este jardim acolhe ainda um monumento dedicado a Eduardo Coelho, fundador do jornal Diário de Notícias no longínquo ano de 1864. Seguimos em frente e chegamos ao Príncipe Real, onde encontramos, além do simpático jardim e esplanada, um novo Quiosque de Refrescos (obrigado por estas pequenas maravilhas, Catarina Portas). Com um pequeno desvio pela Rua do Século chegamos ao histórico Convento dos Cardaes, espaço construído com o objectivo de alojar religiosas da Ordem das Carmelitas Descalças. No meio do Jardim do Príncipe Real situa-se uma escondida entrada para o Reservatório da Patriarcal, património museológico da responsabilidade da EPAL. E daqui poderíamos começar outra caminhada. /


perfil |

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texto ¬ Inês Bernardo - fotografia ¬ DR

Retrato longitudinal em ré bemol Manuel João Vieira, o homem, o mito, o herói, o tazo em pessoa Nascido em 1960 e mais tarde em 1962, Manuel Vieira, o fundador e líder das bandas Ena Pá 2000, Irmãos Catita e Corações de Atum, encarna diversas personagens e é talvez um dos mais complexos artistas portugueses da actualidade. Pintor, cantor, compositor, actor, artista plástico, é ainda um dos actuais mentores do ressuscitado Cabaret Maxime. Depois de se ter candidatado à Presidência da República, de ter apresentado a candidatura em tazos em vez de assinaturas, de ter prometido um Ferrari a cada português, Manuel João Vieira, o homem, o mito, o herói, o artista, está de volta. Se enumerar todas as expressões artísticas de Lello Marmelo, Lello Minsk e Candidato Vieira levaria muito mais do que os caracteres aqui permitidos, vale a pena mencionar que o homem que diz ter nascido duas vezes expõe na Fundação Orgasmo Carlos, numa espécie de exposição portátil que se instalou na Galeria Perve. Desta vez, a fundação escolheu apresentar uma «ideia lateral, enviesada e incompleta» da obra de Manuel Vieira, que percorre vários estilos artísticos. O clímax da exposição (não fosse ela promovida por um orgasmo) atinge-se na obra de maior dimensão, Lisbon by night, datada de 2005. Não que o tamanho seja importante, mas sim a mordaz crítica nela presente: é através da justaposição de imagens que Manuel Vieira faz de Santana Lopes, então presidente da câmara, figura central deste retrato dos vícios das noites alfacinhas. Uma exposição a visitar até 28 de Novembro na Galeria Perve, em Alfama, de segunda a sábado, entre as 14h e as 20h. /




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