Revista 4 patas - 5

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Uma revista feita para o ser humano com esta assinatura

Uma nova forma de anunciar

saiba mais na página 30

ANO I - Nº 5 R$ 4,90 + R$ 1,10 doação aos vira-latas

Shih-Tzu X Poodle www.revista4patas.com.br

R$ 6,00

Análise comparativa dos mais populares cães de companhia

Especial banho e tosa Um mercado carente de profissionais

CAMPANHA

VIRA-LATA sim...e daí?

Acessórios Casinhas de cachorro fashion Comportamento humano O DNA da maldade Gatos A raça Siamês

2 patas Os coloridos periquitos Aquarismo Aquário de água salgada Natureza A arte do bonsai



Editorial

A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas. Goethe, Johann

A primeira revista de 2012 tinha que ser especial com muita esperança de tempos melhores para o ano que se inicia. Tivemos muita tristeza em 2011 com casos absurdos de maus-tratos amplamente divulgados na mídia mas, isso nos deu força para gritar o basta de “Crueldade nunca mais”. Uma união de defensores do Brasil todo e algumas cidades do mundo lutam para que as leis atuais de crimes contra animais sejam alteradas com penas mais severas. Um movimento que teve forte adesão de 200 cidades de todo porte com pessoas que não querem mais ouvir a definição de “crime de menor potencial ofensivo”. Breve serão colhidas 1,5 milhão de assinaturas para aprovar a #Lei Lobo que irá garantir justiça digna aos crimes contra animais. Também temos nesta edição um número maior de páginas destinadas à natureza, meio ambiente, bem-estar e qualidade de vida humana. Nossa matéria principal vem assinada pela nova colaboradora Nora Muñoz, uma experiente veterinária, que mostra tudo referente às duas raças mais queridas como companhia. A nova linha de foco da Revista tratará de assuntos diretamente ligados ao ser humano que busca maior equilíbrio e qualidade de vida tanto no aspecto físico quanto psicológico. A campanha “Vira-lata sim, e daí” continua com a esperança de atingir seu objetivo de ajudar ONG´s, entidades e grupos de defensores para minimizar o sofrimento dos cães abandonados, doentes ou vítimas de maus-tratos. Qualquer entidade, de qualquer lugar do Brasil pode participar. E para finalizar, como de praxe, agradeço aos colaboradores que confiam na qualidade editorial da Revista 4 patas e enriquecem seu conteúdo cada vez mais elogiado pelos leitores assíduos e colecionadores desta publicação única, sem concorrência direta. Ao leitor, continue participando e compartilhando a Revista pois, ela sempre será feita para o homem entender suas deficiências, as necessidades dos animais e o respeito à natureza.

Capa Shih-Tzu: Jade de Cassiana Fagoti Poodle: Nina de Thasciara Machado Fotografia: Inez Miranda

Fernando Gomes editor executivo

Destaque: fotomontagens engraçadas postadas na rede social Facebook Páginas 58 e 59

Gentileza gera... ...GENTE FOLGADA

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HUMOR Revista 4 patas - Edição 5

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Pet diferente Fonte: The Huffington Post UK

Uma galinha de estimação que vale 1.500 reais Devido a uma fratura na coxa, a galinha Amélia passou por uma operação minuciosa que lhe rendeu membros biônicos Divulgação

Você pode até conhecer alguém que tenha algum animal de abate como pet mas, dificilmente nenhum deles irá investir um boa soma para mantê-lo saudável. A britânica Sue Murphy de 51 anos não poupou gastos para salvar sua galinha de estimação Amélia. Depois de um acidente em que fraturou a coxa, Amélia ganhou membros biônicos avaliados em

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600 euros (cerca de 1.500 reais). “Faria o mesmo se fosse um cão ou um gato. Todos me chamam de louca, dizendo que Amélia é só um pet, mas sei que ela é muito mais que isso”, diz Sue. “Até gosto de frango, mas nunca teria coragem de sacrificar Amélia”, diz Richard Jones, ex-enfermeiro e marido de Sue, que cuida de mais nove outros pets, entre galinhas, cães, gatos e cavalos. Especialista em aves, Richard passou duas horas projetando a peça de metal que suportaria o peso do corpo de Amélia como se fosse um andaime. Depois, foi a hora do implante, o primeiro na carreira de Richard. “Amélia pôde se movimentar livremente durante o processo de recuperação. Depois de meia hora, ela já estava caminhando normalmente”, conta. Outras três operações foram necessárias para remover a vara de metal e os pinos. Um final feliz paraAmélia que está pronta para as travessuras de sempre, como as fugas ou as idas ao telhado da casa da família, que fica na Inglaterra. “Amélia é uma figura. Estamos de dedos cruzados para que ela não se meta em outras confusões”, finaliza Sue.

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RAÇAS EXÓTICAS Série

É uma raça de cão pastor originária da Hungria. De origem incerta, especula-se que este cão tenha pertencido aos magiares, antigo povo húngaro, que usavam estes caninos para o pastoreio de ovelhas, já que, de pelagem branca e densa, eram facilmente confundidos com as ovinas por ursos e lobos. Supostamente levado ao país pelos cumanos por volta do século IX, este animal possui como significado de seu nome aquele “pertencente aos cumanos” (em húngaro: quman-dur) e é descendente do mastim tibetano. Por seu tamanho e descrita bravura, foi empregado satisfatoriamente como cão de guarda. Fisicamente, é um cão de porte grande, cuja aparência é rústica, com pelagem comprida, macia e densa, formando fios emaranhados. Seu corpo é robusto e musculoso embora isso não reduza sua agilidade. De ossos e patas fortes, possui uma cauda longa e pode chegar a medir 80 cm e pesar 60 kg. Estes cães são ainda classificados como independentes e inteligentes, embora não se adapFonte: Wikipedia tem bem a vida urbana.

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Aspecto geral Cão de porte grande e construção robusta. Sua forma imponente de aparência atraente e comportamento digno, promove tanto o respeito quanto o medo. Por índole não é um cão agradável. Seu corpo robusto é revestido por uma pelagem longa, fosca, encordoada, toda densa. Seu tronco, visto de perfil, forma um retângulo prono um pouco desviado do quadrado. A cabeça grossa e encordoada eleva-se acima do tronco. A cauda é portada pendente, com sua ponta curvada para cima quase horizontal. A pelagem é de cor marfim. TEMPERAMENTO De coragem inabalável na guarda e defesa do seu rebanho a ele confiado, a propriedade e a residência do seu mestre. Ele ataca silenciosa e insistentemente. Ele considera seu território como sua própria propriedade e não tolera a presença de qualquer outra criatura viva. Sua índole é desconfiada. Durante o dia, ele gosta de manter uma posição deitada possibilitando manter o controle de sua área. À noite, ele sempre faz a ronda. Fonte: texto parcial de www.brunotausz.com.br

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Cães

O sono canino Não importa o jeito que ele dorme (que são muitos), mas sim entender como funciona o mecanismo do sono no seu pet

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Assim como as pessoas, os cães também precisam dormir. No período de sono, o cão pode descansar e seu sistema imunológico funciona melhor. Com o sono regular, seu sistema nervoso e seu metabolismo funcionam bem deixando seu corpo descansado.

As fases do sono Os cães têm 2 fases do sono: superficial ou ondas cerebrais lentas; e movimento rápido dos olhos (REM). No estágio superficial, o cão fica quieto e alerta, tem uma respiração profunda e ritimada, sua pressão sanguínea, seu metabolismo e sua atividade cerebral diminuem. Nessa primeira fase, o cão pode acordar repentinamente devido a estímulos sensoriais. O estágio superficial dura de 10 a 20 minutos. Na segunda fase, REM, as pálpebras do cão se movem, daí o nome “rápido movimento dos olhos”. A respiração nessa etapa [é mais irregular, rápida e superficial - às vezes o cachorro parece não estar respirando. Também ocorrem movimentos nas patas, músculos da face e orelhas.

Duração do sono Os cães dormem em média 9 horas por dia, mas podem prolongar esse tempo se ficam muito sozi-

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nhos sem a companhia do dono.

Os cães sonham? De acordo com pesquisas de ondas cerebrais feitas em cães, a resposta é afirmativa. Foi constatado que algumas atividades cerebrais caninas durante o sono são semelhantes as de quando uma pessoa está sonhando. Assim, é quase certo que nosso melhor amigo também sonha! Os filhotes e os cães idosos sonham mais que os cães adultos. O conteúdo dos seus sonhos ainda é um mistério. Uma ideia sobre isso é a maneira de se relacionar com o mundo: o homem usa mais a visão e a língua falada, já o cão usa mais a audição e o olfato. Assim, o sonho deles deve ser diferente do nosso.

Distúrbios do sono Os cães podem ter alguns distúrbios de sono, como a apneia, que é uma parada respiratória devido a obstrução das vias respiratórias, que acontece mais no boxer e buldogue, devido aos seus focinhos achatados. Outra doença é a narcolepsia, na qual o cão repentinamente entra em sono profundo. Esse mal é mais comum no dobermann, labrador, poodle, beagle e dachshund. Esses distúrbios são controlados por medicamentos.

Dúvidas ou comentários sobre este assunto contato@revista4patas.com.br

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Especialidades na medicina veterinária

Saiba quando levar seu pet ao médico certo

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Quando o animal de estimação adoece, é natural procurarmos de imediato um clínico geral veterinário. Mas, assim como na medicina humana, a veterinária também possui diversas especialidades, tais como oncologia, cardiologia, dermatologia, endocrinologia, oftalmologia, neurologia, entre outras. Atualmente, existem inúmeros tratamentos das mais diversas áreas, que podem prolongar a vida e até curar doenças que anos atrás nem se pensava em tratar no âmbito da medicina veterinária. Por isso, é muito importante que esses proprietários conheçam todas as especialidades existentes para que possam solicitar ao clínico geral um encaminhamento correto. Para o Dr. Alex Adeodato, especialista em Neurologia Veterinária, as doenças mais comuns nos animais não são muito diferentes das nossas e, muitas vezes, necessitam de um tratamento mais aprofundado, daí a importância do profissional especialista. Adeodato explica que, no caso de doenças neurológicas, há alguns sintomas que podem ajudar o dono do animal na identificação. “Os sinais mais comuns vistos em cães e gatos com essas doenças são fraqueza, paralisia, ausência de coordenação, desequilíbrio, surdez, crises convulsivas e intolerância a exercícios”, explica o especialista. O profissional acrescenta que os animais podem sofrer da maior parte das doenças neurológicas vistas em humanos, como hérnias de disco, epilepsia, traumatismos cranianos, tumores cerebrais, fraturas de coluna entre outras. Tais doenças requerem investigações avançadas, que normalmente não estão disponíveis aos clínicos gerais. Os neurologistas são treinados para diagnosticar e tratar animais que sofrem de doenças que

O diagnóstico de um médico veterinário especialista pode garantir uma melhor qualidade de vida ao animal Arquivo pessoal

afetam o cérebro, a medula espinhal, os nervos e os músculos. Alex Adeodato afirma que quanto mais cedo esses problemas forem descobertos e tratados corretamente, maiores as chances de recuperação do animal. Atualmente, é possível realizar exames com tecnologia de ponta que podem identificar rapidamente e com exatidão alguns distúrbios neurológicos. Os problemas de pele e pelagem estão entre as enfermidades mais comuns em cães e gatos. Os animais podem apresentar coceira, queda de pelo, caspa, modificação da cor da pelagem e infecções na pele. Ao apresentar esses sintomas, é importante buscar de imediato um dermatologista veterinário. A cardiologia e a oftalmologia veterinária também vêm evoluindo bastante nos últimos anos e a tendência é que todos os donos de animais se conscientizem da necessidade de conhecer e de buscar o encaminhamento de um especialista quando for necessário.

Dr. Alex Adeodato (foto), é especialista em neurologia veterinária, e sócio-diretor da clínica CRV Imagem, Centro de Referência Veterinária em Imagem, na Barra da Tijuca. Com experiência de mais de 15 anos na área, o profissional é graduado em Medicina Veterinária e mestre em clínica veterinária, ambos os títulos pela UFRRJ. Adeodato, que também possui doutorado em Neurologia pela UNIFESP, é um dos poucos especialistas do ramo no Brasil, também estudou no exterior e atualmente ministra cursos e palestras em todo o país sobre Neurologia e Empreendedorismo Veterinário. O médico e sua equipe são referência em exames como Tomografia Computadorizada, Raio X Digital e Ultrassonografia em animais domésticos e selvagens.

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Reprodução

Quase todo mundo já teve um cão que destruiu seu chinelo preferido. Mas algumas pessoas tiveram ou tem um cão que destruiu o chinelo, o tênis, o controle remoto, o sofá, móveis, paredes, pisos, motos, carros entre outros objetos caros ou de valor sentimental. Esse comportamento é denominado comportamento destrutivo e causa prejuízos financeiros e emocionais a proprietários de cães em todo o mundo. O comportamento destrutivo tem múltiplas causas: brincadeira, troca de dentes (filhotes), SAS (síndrome da ansiedade de separação), falta de exercício, ócio ou predisposição racial. Para lidar com o problema é necessário descobrir o que está levando o seu cão a esse comportamento. Assim como nós, os filhotes caninos têm durante a infância a troca dos dentes decíduos (dente de leite) pelos permanentes. No cão essa fase acontece por volta dos 4 meses de idade e causa desconforto ao animal que busca alívio roendo objetos. Eles têm uma preferência por objetos de madeira, por isso é comum nessa fase roerem móveis e objetos desse material. Para verificar se seu filhote está nesta fase, observe ausência de dentes, inchaço na gengiva ou presença concomitante de dentes pequenos (de leite) e dentes maiores (permanentes). Se tiver dúvida, consulte um médico veterinário. A dica nessa fase é oferecer objetos que possam aliviar o desconforto como ossinhos e brinquedos duros. Eles ficam ainda melhores se forem colocados

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Um furacão de 4 patas no congelador e oferecidos gelados. Alguns animais também gostam de morder gelo. Outro motivo que pode estar levando um cão a destruir objetos é falta de exercícios aliado ao ócio. Os cães possuem muita energia que precisa ser gasta com atividade física adequada. Ofereça a seu peludo passeios, de preferência, diários. A duração da atividade é variável de cão a cão, podendo ser necessário apenas 30 minutos ou mais de uma hora. Deve-se tomar cuidado com cães de focinho curto, obesos ou cardíacos, pois atividade em excesso a esses cães pode ser prejudicial. Nesse caso consulte um veterinário. Além dos passeios é recomendado fazer um enriquecimento ambiental na casa, especialmente se ele fica bastante tempo sozinho. Algumas formas de enriquecimento são espalhar brinquedos de vários tipos pela casa, esconder petiscos sob móveis, entre outros. Outro motivo pelo qual seu cão pode estar “personalizando a casa” é a SAS (síndrome da ansiedade de separação). O comportamento destrutivo da SAS se caracteriza por roer e arranhar objetos pessoais da figura de vínculo ou mesmo as possíveis rotas de acesso desta pessoa. É recomendado um especialista em comportamento para avaliar e tratar a síndrome. Características raciais também pode ser o motivo do comportamento destrutivo. Algumas raças dos grupos terrier e hounds foram selecionadas para farejar e caçar animais que se enterram no chão. Esses cães possuem um faro muito sensível e o instinto de caça presente em seu DNA. Isso significa que estes cães podem farejar algo em seu sofá ou dentro do assoalho e sair em busca deste alvo cavando e arrancando pedaços do sofá ou piso. Nesses casos serão necessários exercícios físicos e enriquecimento ambiental que atendam as necessidades da raça. Agora que você já sabe os motivos que podem levar o seu cãozinho a destruir a casa. Procure descobrir os motivos que podem estar levando o seu cão a ter este comportamento. Se tiver dúvidas, consulte um profissional.

Algumas raças dos grupos terrier e hounds foram selecionadas para farejar e caçar animais que se enterram no chão... isso significa que estes cães podem farejar algo em seu sofá ou dentro do assoalho e sair em busca deste alvo cavando e arrancando pedaços do móvel ou piso

Comportamento destrutivo

Daniele Graziani Terapeuta Canina Curitiba - PR www.terapeutacanina.com.br

Pós graduanda em manejo comportamental de cães e gatos pela PUC-PR e principalmente uma apaixonada por animais.

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Nutrição animal

Será que meu cão enjoou da ração? Reprodução

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Guilherme Consentino Sanguino Nutricionista Animal e Criador Formado em Zootecnia pela USP www.petville.com.br

Coitadinho, eu gosto de variar o sabor para ele não comer sempre a mesma coisa!

Dúvidas frequentes Praticamente todos os dias, escuto algum proprietário dizer que quer mudar a ração de seu cão. Os argumentos são os mais variados e os principais deles são: “Meu cão enjoou da ração” “Coitadinho, eu gosto de variar o sabor para ele não comer sempre a mesma coisa!” Ao contrário do que muitos acreditam, a troca frequente de alimentos não é necessária e também é desaconselhada, pois pode causar perturbações na flora intestinal dos cães que é bem mais sensível que a dos seres humanos. Prejudicando a flora intestinal, diversos problemas podem surgir, mas o que mais devemos nos preocupar são os relacionados a queda da imunidade que poderá abrir caminho para várias doenças oportunistas. Biologicamente os cães não têm necessidade de variar sabores, uma vez que possui um paladar extremamente pobre, cerca de 12 vezes menor que o do homem. A escolha dos alimentos pelos cães se dá principalmente pelo cheiro, já que eles têm um olfato cerca de 1 milhão de vezes mais desenvolvido do que o nosso. Você pode me perguntar então: “Mas eu nunca posso mudar a ração do meu cão?” Sim, pode, mas a orientação é de que as trocas aconteçam respeitando alguns critérios cujos principais são: - Fases da vida (filhote, adulto ou idoso); - Nível de atividade (alto ou baixo); - Estado reprodutivo (gestação ou lactação). Também em casos específicos quando se faz necessário o uso de rações especiais, como por exemplo: - Rações de baixa caloria (obesidade); - Rações Terapêuticas (diabetes, insuficiência renal, problemas cardíacos) visto que hoje contamos com um grande suporte nutricional coadjuvante no tratamento e recuperação de doenças. Quando você optar pela troca da ração, não a

faça apenas por achar que o cão enjoou do sabor ou algo do tipo, procure orientação de um profissional (zootecnista ou veterinário) que lhe dará dicas de como fazê-la, para que esta seja menos traumática e traga benefícios tanto para o animal como para o proprietário.

Bruno Zarro Domiciano Zootecnista e Mestre em Nutrição Animal pela USP www.petville.com.br

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Poodle X Shih-Tzu

O que você precisa saber sobre eles A Revista 4 patas convidou a médica veterinária Nora Muñoz (fotos) para apresentar, em uma análise bem objetiva, tudo sobre as duas raças mais populares escolhidas por pessoas que procuram um cão de companhia. As informações condensadas irão facilitar a consulta para quem tem ou pretende ter um peludo destas raças.

Poodle: CÃO INDICADO PARA FAMILIA, ADULTO E IDOSOS O poodle é uma das raças caninas mais inteligentes. É carinhoso, dócil, companheiro e amoroso. Não é uma raça indicada para crianças. Vivem em média 15 anos quando bem cuidados. Podem ser adestrados com facilidade. São cães limpos e higiênicos. Brincalhões, podem manter sua agilidade durante muitos anos. Podem viver em ambientes pequenos porém não toleram muito bem a solidão. Podem apresentar sintomas de ansiedade e estresse facilmente. COMO CUIDAR AINDA MELHOR DO SEU POODLE Após a fase de vacinas o filhote já deve passar pelo seu primeiro banho e tosa. Recomenda-se baixar todo o pelo para que o próximo nasça mais forte. Podem usar todos os tipos de shampoo (branqueadores, escurecedores, neutros, condicionadores, entre outros) pois possuem uma pelagem muito forte. Podem tomar banho uma vez por semana no pet shop ou a cada 15 dias em casa. As tosas higiênicas do poodle são: na barriga e bumbum, óculos (a retirada de pelos queimados na região da lágrima) e topete. Aparar orelhas, arredondar e ou aparar as patas para que os dedos fiquem a mostra (para facilitar a limpeza e impedir a formação de fungos) e arredondar o pompom. Podem usar uma tosa homogênea se o proprietário preferir. As unhas devem ser cortadas todo mês e sem esquecer o quinto-dedo. A ração filhote se usa até 1 ano e dois meses e após esse período passa para a adulto super-premium, específica para poodles ou a normal. A partir dos 7 anos deve-se utilizar as rações sênior ou anti-idade. SAÚDE Geneticamente são propensos a cataratas oculares, gastrites e periodontites. Dentes e periodontias - propensão a acúmulo de bactérias nos dentes causando placas e mau hálito. Escove os dentes no mínimo 3 vezes por semana e utilize sprays de clorexidine nos dentes e na língua to-

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dos os dias. Fazer limpezas dentárias quando necessárias e não devem ultrapassar o limite de fazer 1 vez por ano. Uma dica boa é oferecer uma maçã crua com casca e cenouras cruas com casca para melhorar o hálito e ajudar a limpar os dentes. Gastrites podem ser evitadas fracionando a ração em 3 vezes ao dia e evitando alimentos humanos de qualquer tipo. Os Poodles são conhecidos por viverem longos anos. Porém alguns cuidados podem ajudar para que seu pet viva mais e melhor por esse período. Um dos segredos é trocar a ração à partir dos 7 anos de vida para uma ração super Premium sênior. Essas rações tem as vitaminas, energia e proteínas necessárias para essa melhor idade. Outro segredo é manter a vacinação deles em dia. Um grande erro das pessoas é deixar de vacinar animais idosos. Estes possuem a imunidade mais baixa do que a de um bebê, portanto, têm que estar ainda mais controlados para doenças graves como a cinomose e a parvovirose. Deixá-los com o antipulgas (mensal) e o vermífugo em dia (trimestral) são cuidados simples que podem salvar a vida do seu animal. Os Poodles podem apresentar opacidade nos olhos e podem deixar de enxergar. Procure um oftalmologista veterinário para mais dicas. Mas saiba que se nada for mudado de local (móveis, cadeiras) este animal pode viver durante anos sem nem mesmo você perceber que ele perdeu a visão. Poodles são muito inteligentes e espertos e mesmo com uma dificuldade visual grave ainda são capazes de trazer muitas felicidades. Uma dica boa é limpar os olhos com chá reforçado de camomila gelada para refrescar e higienizar. Cuidar de um animal que o acompanhou durante toda sua vida é um ato de amor. Cuide ainda melhor do seu! Hoje em dia a maioria das pessoas querem adquirir cães cada vez menores. Normalmente cães muito pequenos são os mais frágeis da ninhada. Para não se enganar no tamanho estude bem o padrão da raça antes de adquirir seu filhote. Leve-o para casa somente acima de 60 dias já com dentes na boca e comendo ração seca. Antes de fechar a compra, procure o médico veterinário que será responsável pela saúde do seu animal e verifique se o mesmo já está apto para ir para sua casa.

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Fotos: Arquivo pessoal

Shih-Tzu: CÃO INDICADO PARA SOLTEIRO, CASAL, FAMÍLIA E CRIANÇAS Os cães dessa raça devem se alimentar com rações Super Premium fracionadas em no mínimo 3 vezes ao dia. Não devem comer nenhum tipo de alimento humano devido à sua tendência a ter gastrite alimentar. Devem comer entre as refeições 2 ou 3 biscoitos caninos e/ou 1 bifinho para cães. O pelo deve ser escovado 3 vezes por semana no mínimo e com o auxílio de desembaraçantes. É importante uma fazer hidratação dos pelos mensalmente. Nestes cães recomenda-se o uso de shampoos neutros com aplicação de condicionadores somente nas pontas. Os olhos devem ser limpos devido ao acúmulo de ferro, a boca deve ser limpa com gel para cães e anticépticos bucais, as orelhas devem ser limpas com produtos específicos. Estes cuidados devem ser tomados 3 vezes por semana. Filhotes adquiridos em feira de animais podem ter doenças graves incubadas. Escolha sempre animais que estejam mais animados, brincalhões e que tenham a pelagem brilhante já com dentes na boca. Procure sempre o médico veterinário para uma avaliação deste filhote. Prevenir é sempre melhor! Animais peludos sofrem com os aumentos de temperatura! Mantenha uma tosa bebê no seu cão nas épocas de muito calor. Outras tosas indicadas são a tosa verão (só a saia), arredondar as patas e limpar os coxins sempre. Cães que tem dermatite entre os dedos recomenda-se manter a tosa “pata de poodle’’ que é deixar os dedinhos a mostra. Ainda se faz o óculos (retirada dos pelinhos queimados pela lágrima), a franja (para nao cair dentro dos olhos) e a tosa higiênica que é da barriga e bumbum. Em dias muito quentes ofereça água de coco ou isotônicos para uma melhor hidratação. Passeios só em horários em que o sol esteja mais fraco. Em cidades com pouca umidade se recomenda borrifar o ambiente com água ou colocar bacias grandes de água no local onde o animal dorme.

CUIDADOS DE PREVENÇÃO COMUM AS DUAS RAÇAS QUER GASTAR MENOS? ENTÃO PREVINA A SAÚDE DO SEU BICHINHO! Banhos, ração, vacinas, vermífugo e antipulgas. Um gasto mensal que evitará um gasto maior no futuro. ANTIPULGAS: o uso de antipulgas em animais é muito importante. As pulgas estão nos ambientes e procuram comida. A comida é nosso animal de estimação, então onde tem comida tem pulga. Os melhores antipulgas do mercado tem um princípio que dura até 3 meses, porém todos eles só duram até um mês para carrapatos. Portanto a indicação é uso mensal, já que os fabricantes não garantem o efeito antipulgas até 3 meses em animais que passeiam muito, vão ao pet shop toda semana, tomam banho uma vez por semana, ou seja, não garantem mais de um mês. Portanto sempre uso mensal. VERMÍFUGO: os animais vivem no chão, lambem suas patas, comem no chão, brincam no chão. E isso faz com que sempre tenham vermes. Quando por algum motivo pegam outras doenças e a imuni-

dade do animal baixa, essa doença pode ser piorada pela presença de vermes e o que era fácil de tratar, fica difícil. O desgaste físico do animal e financeiro do proprietário fica abalado por R$ 6,50 (custo médio de um vermífugo avulso). Portanto, dê o vermífugo a cada 3 meses, por toda a vida do animal, sempre mudando o principio ativo do mesmo, para não causar resistência. Se o animal arrastar o bumbum ou sair nas fezes estrias de sangue ou uma “gosminha branca’’ deve-se refazer o vermífugo imediatamente com ajuda do médico veterinário. VACINAS: os filhotes possuem imunidade e anticorpos, devido à amamentação. A primeira dose de vacina deve ser entre 45-60 dias de vida. Assim que ele para de mamar. A primeira vacina é ‘’inativa pelos anticorpos da mãe’’ e a segunda dose também, em partes ou toda ela. Portanto o animal está sem vacina. Por isso não se deve levar para tomar banho, nem dar banho em casa. O choque de frio e quente pode baixar a imunidade e fazer com que ele acabe pegando uma das doenças comuns na vacina, parvovirose, cinomose, etc. Portanto espere com paciência e faça quarentena no filhote sem passeios até 5 dias após a última vacina. BANHO E TOSA: os banhos profissionais podem ser utilizados toda semana nos animais. Os banhos caseiros devem ser quinzenais com shampoo super premium pra cães. As tosas muito curtas, muitas vezes, causam alergias a eles Nem sempre é culpa da tosadora. As alergias devem ser diferenciadas de feridas por mau uso da máquina de tosa. O uso de um creme contra assaduras de nenê já resolve em caso de alergias de tosa. (saiba mais sobre banho e tosa nesta edição) RAÇÃO SUPER PREMIUM: as rações super premium tem 95% de digestibilidade. A imunidade do seu bichinho de estimação fica melhor. Ele come menos, faz menos fezes, sem cheiro e aproveita todas as vitaminas da ração. Portanto fica com pelo brilhante, macio e saudável. O custo delas é maior, mas como se dá menos acaba saindo o mesmo que comprar rações simples de supermercado, porém com muito mais qualidade de vida para seu bichinho de estimação. OLHOS: para manter os olhos do seu pet sempre branquinhos, aplique uma solução de olho para diluir o ferro da lágrima. Após, esfregue os pelinhos abaixo dos olhos com uma solução limpa lágrimas. Mantenha sempre aparado esses pelos. Esta limpeza pode ser de 3 a 6 vezes por semana. Lembre-se: laços e gravatas do banho e tosa devem ser retirados a cada 3 dias. Escove o pelo e recoloque em outra posição para evitar a dermatite por umidade e feridas de pele devido ao elástico.

MÉDICA VETERINÁRIA NORA MUÑOZ: • Graduação no colégio Marista Santa Maria • Faculdade de Medicina Veterinária na Universidade Federal do Paraná • Vários cursos e estágios na área, sendo os principais deles no Hospital Veterinário das UFPR, Uel, Unesp, Universidad de Chile • Proprietária da loja PET BRASIL no Shopping Água Verde, Curitiba - PR • Colunista do site www.riozinho.net • Colunista do site PetRed-JovemPan • Colunista do Jornal Pequeno - São Luis MA Saiba mais sobre a veterinária e confira outras raças e dicas sobre cuidados no web site http://www.noramunozvet.com.br Revista 4 patas - Edição 5

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Comportamento humano

Respeito exige saúde mental estável

A transferência de frustrações, que pode ou não estar associada às doenças mentais, sugerem ser a causa do aumento de casos de maus-tratos nos dias atuais

A crueldade contra os animais e as doenças psiquiátricas Estamos vendo nestes últimos meses uma série de acontecimentos, de natureza muito cruel, cujos alvos são os animais. Para nosso espanto, os autores, são seus tutores ou “donos” como chamamos. Não bastasse isso, estamos ouvindo justificativas pra lá de cruéis, pois estas giram em torno de transtornos psiquiátricos ou distúrbios emocionais, tais como depressão, transtorno do pânico, transtorno bipolar do humor, dentre outras. Neste momento, a certeza de que temos como missão esclarecer o assunto foi muito clara. Primeiro para não estigmatizarmos as pessoas que estão

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sofrendo com as doenças emocionais como: violentas, alucinadas, capazes de cometerem assassinatos, crimes bárbaros, dentre outros. E em segundo lugar, para não incentivarmos justificativas de doença psiquiátrica/ emocional, para crimes cometidos contra os animais ou qualquer outro crime. Existem sim, algumas doenças psiquiátricas como psicose e esquizofrenia (em níveis gra­ves e sem o devido tratamento), que podem levar a comportamentos violentos e fora do padrão. Neste caso, o paciente/portador da doença pode atentar contra a própria vida, contra a vida dos de-

mais, contra animais, pois está em surto psiquiátrico, no entanto, tal surto não é algo tão comum e banal como estamos vendo nestas justificativas. O paciente psiquiátrico que não pode se responsabilizar por si mesmo, tampouco pode se responsabilizar por alguém ou algum animal, visto que sua desorganização emocional/mental é grande e não lhe permite assumir esta ‘carga’. Todo e qualquer ser vivo sob a responsabilidade de alguém precisa de cuidados básicos como moradia, alimentação, água, higiene, cuidados médicos e carinho. E todo ser vivo dá trabalho, requer tempo e, muitas

vezes, faz coisas ‘erradas’, como por exemplo, no caso de um cão: estragar um móvel, um calçado, latir demais... Entendemos que todo crime cometido por um indivíduo não deixa de ser um ato criminoso, com pena prevista dentro de um Código Penal, portanto, entendemos que existem explicações para o crime (o porquê fiz), mas esta não o justifica e isenta o criminoso de prestar e acertar contas com a justiça. Assistimos no noticiário que uma senhora, que sofria de transtorno bipolar de personalidade, arremessou seus cães da varanda do edifício. Esta é uma doença sofrida, onde

o paciente que sofre com ela, oscila entre depressão severa e mania (alegria e euforia), passando por fases de normalidade. Outra agressora afirmou estar sofrendo de depressão, o que a motivou a praticar os atos de crueldade contra seu animal. Sabe-se que o indivíduo que sofre com a depressão, apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Não é comum, portanto um ato de agressividade deste porte. Não podemos justificar ações de natureza cruel contra animais indefesos, contra crianças, como sendo conseqüência de uma doença Revista 4 patas - Edição 5


O DNA da maldade psiquiátrica. A família do paciente sabe e é orientada pelo médico e equipe sobre o tratamento e os riscos da doença. Atos cruéis como espancar, deixar trancado, amarrado, privar de água e/ou alimento só mostram que o indivíduo em questão lida com suas frustrações, com o que não gosta de maneira descontrolada e cruel. Hoje o código penal entende que palmada também é crime, pois, com ela a criança nada aprende, sofre física e moralmente e o agressor, não ensinou nada, apenas e tão somente descontou sua raiva e frustração em cima de uma pessoa indefesa. Podemos estabelecer o mesmo paralelo com os animais, nada do que foi citado acima ensina ou ajuda o animal a se comportar bem, mas sim, leva ao sofrimento, medo e eventualmente causa seqüelas sérias neste. O amor, carinho, atenção e dedicação educam e ensinam (claro que devemos manter em nossa mente estarmos falando de animais, que jamais terão comportamen-

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tos humanos, por mais que seus tutores assim o queiram). A troca de amor com o animal, o carinho faz bem a ele e nos faz muito bem. Nós seres humanos precisamos aprender com o animal o tal do amor incondicional!

Sophia Rodovalho dos Santos Rodrigues psicóloga clínica e escolar, especialista no desenvolvimento do potencial humano, testagem psicologica, psicologia comportamental cognitivista e stress. E-mail: srs_br@yahoo.com.br

Tel. |19| 9386-2382

Comentários sobre este assunto

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Texto parcial de Paulo Cesar Naoum Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto - SP

Uma pergunta que se faz com certa constância, é se a maldade humana provém da própria pessoa ou é adquirida do ambiente. É uma discussão milenar, conforme relatos obtidos da filosofia oriental. Mencio Mong Tse (371 a.C. – 289 a.C), pensador chinês e seguidor de Confúcio, sustentava que “os seres humanos são naturalmente bons, agem dentro da moralidade, são dotados de compaixão e da capacidade de distinguir o bem do mal e, por isso, o mal é resultado de influências externas”. Em contraposição a esse conceito, o pensador e político chinês Han Tse (280 a.C. – 233 a.C) defendia que “os seres humanos são naturalmente maus e precisam da educação e pressão política (no sentido de civilidade) para se tornarem bons”. Essa discussão é tão atual que frequentemente há repercussões na imprensa, quando ocorre algum tipo de violência cruel. Foi o que aconteceu entre os anos de 2005 e 2007, período em que o Brasil foi abalado por assassinatos perversos, cometidos por adolescentes. Esses delitos geraram intensos debates em que elegeram o tema “Diminuição da idade penal no Brasil” como se fosse a resolução mágica de um problema de alta complexidade. Entre as centenas de artigos publicados nesse período, destaquei um para esse capítulo e que foi escrito por uma delegada de policia da cidade de São Paulo. Nesse artigo, a delegada desaprovava a diminuição da idade penal por acreditar que a origem do problema da violência com crueldade tinha outras causas. Eis o trecho do artigo que nos interessa nesse momento: “As crianças que nascem no Brasil, não têm o gene da maldade, assim como aquelas que nascem na Suíça não têm o gene da bondade! Só que as crianças daquele país estrangeiro vêm de uma estrutura que lhes dá oportunidades. No Brasil, por sua vez, somam-se às deficiências de formação intelectual e cultural das crianças, o espantoso número de famílias desintegradas, gestações precoces na adolescência, abuso sexual, falta de orientação, etc. Será que é justo recair em cima da criança e do adolescente que, como folhas de papel em branco, são pintadas pelas cores da comunidade em que vivem?” Realmente esse tema é muito intrincado para ser abordado apenas em um capítulo. Mas instigante como é, não poderia deixar de considerá-lo. Referência: www.ciencianews.com.br

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Yorkshire Terrier

Um triste símbolo dos maus-tratos

Modelo: Snoopy de Marcela Camargo Fotografia: Inez Miranda

Outra raça muito desejada pelas pessoas que gostam de cães é o pequeno Yorkshire Terrier, um cãozinho adequado para crianças e ideal para apartamentos ou casas com pouco espaço. No final de 2011, ficou ainda mais conhecido por todos quando, um cão desta raça, foi manchete nas mídias em virtude do caso da enfermeira que surrou seu Yorkshire até a morte em uma cidade do interior de Goiás. Nem é necessário relembrar este triste caso que nunca sairá da memória do Brasil e do mundo devido à barbárie presenciada em vídeo. Mas, porque um animal tão pequeno pode desequilibrar uma pessoa a ponto de chegar a este extremo? Alguém de bom senso, que gosta e respeita os animais, dificilmente chegaria a maltratá-lo por motivos fúteis. O que as pessoas devem aprender com esta história é que animais não são objetos ou brinquedos e sim seres vivos que precisam de cuidados, atenção, carinho e toda a paciência para entender suas necessidades como animal. Antes de adotar ou comprar um pet, seja ele qual for, é preciso agir mais com a razão do que com a emoção. No caso de compra, pesquise sobre a raça escolhida, informe-se com o canil, aceite sugestões e esteja preparado até para a desistência de ter um animal se não for seu momento de mudar seu estilo de vida para outro completamente diferente. Mesmo que seja a adoção de um vira-lata, estude os prós, contras e a influência das frases “Adote um animal” como sendo uma obrigação. Com o aumento dos crimes contra os animais, veio à tona o instinto das pessoas em “querer salvar o mundo” não refletindo que elas também fazem parte dele. Adotar um animal sem ter condições para tratá-lo com dignidade é o mesmo que participar dos crimes de abandono e maus-tratos. Nunca esqueça que os animais vivem muitos anos e serão eternos dependentes com custos e responsabilidades que deverão ser assumidas até sua morte natural. Seguindo estas dicas, você poderá dar e receber um amor incondicional de um ser que mostrará sempre o quanto você é importante para ele. Leia na página 25, a matéria que terá continuidade na próxima edição sobre a compra de animais 14

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Tradição, esporte e ciência?

O nível da crueldade humana

por Fernando Gomes

REPRODUÇÃO

Há muito tempo, o homem utiliza os animais como seres inferiores, que foram concebidos para qualquer finalidade desejada. Quase todas as espécies sofrem e sempre sofreram abusos de tortura, mutilação, humilhação e morte. A impunidade é a garantia para que, crimes contra animais e natureza, sejam praticados em nome do esporte, tradição ou pesquisa científica.

TRADIÇÃO? No sul do Brasil, a farra do boi e a puxada de cavalos são praticadas mesmo sendo contra a lei. Seus adeptos levantam as bandeiras da tradição de um povo passada por gerações. As touradas, muito comuns nos países estrangeiros, tentam justificar a barbárie com o nome de “tradição de um povo”. Mesmo sem uma análise profunda sobre este tema, podemos chegar à conclusão de que não está certo o sacrifício animal por qualquer motivo.

E A CIÊNCIA? Há muito tempo, a ciência utiliza animais para estudos e experimentos relacionados a medicamentos, produtos de beleza, limpeza, etc. O ato de dissecar um animal vivo é chamado de Vivissecção. Esta técnica é utilizada em experimentação animal, apesar de ter vindo a ser, gradualmente, substituída por técnicas alternativas não-invasivas. Ratos, coelhos, macacos, cães e gatos são apenas alguns exemplos mais comuns de animais que são utilizados em nome da ciência. Ambientalistas e protetores de animais lutam incansavelmente para acabar de uma vez com estes estudos, utilizando como arma, apenas a conscientização das pessoas através de manifestações reais e virtuais.

ESPIRITUALIDADE? Algumas seitas e crenças religiosas utilizam animais sacrificados como oferenda a santos ou deuses. Há séculos, em quase todo o mundo, sabemos que tais atos são aceitos e, na maioria das vezes, permitidos pela lei local. O ocultismo possui o poder de iludir os crédulos ou desesperados utilizando de artifícios chocantes para - muitas vezes - se aproveitar da fé humana em troca de dinheiro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O homem é o único animal que faz mal até à sua própria raça e fica evidente que ele pouco irá se importar com as outras tratadas como “inferiores” (chamado de ‘especismo’). O planeta Terra está em situação crítica caminhando para sua falência total. Precisamos parar para refletir mais sobre os atos que praticamos, colaboramos e aceitamos. A omissão é também uma forma de crueldade.

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Mesmo que você não acredite nos sentimentos dos animais, tenha certeza de que um deles é real: A DOR

DIVERSÃO OU INTERESSE FINANCEIRO? Os animais não existem para diversão do homem à base de maus-tratos. Não precisamos assistir a cavalos, bois e bezerros serem torturados em uma arena para definir quem é o ser humano mais destemido e resistente. Se o interesse é faturar, reúna as mais populares atrações da música atual e crie uma festa onde eles sejam a atração principal. É fato que, 9 entre 10 pessoas que vão a rodeios dizem ir pelos shows e não pelas apresentações com os animais. Uma rinha de galo ou cães, onde grandes somas de dinheiro são apostadas, servem para ver o duelo dos animais onde, na maioria das vezes, só receberão a morte como agradecimento. Estes são apenas alguns exemplos onde o dinheiro permite atrocidades contra animais em nome do “esporte” e lazer. E a lei de crimes contra animais?

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CAMPANHA

VIRA-LATA sim...e daí? A campanha continua e pretende se firmar junto a ONGs , entidades, grupos e defensores de animais abandonados. Infelizmente, a primeira fase não surtiu o efeito esperado por falta de apoio do mercado de alimentos e produtos para pets. A venda de exemplares, tímida, não arrecadou o suficiente para suprir a demanda das necessidades que seriam de grande ajuda a uma parcela de cães e gatos lotados em abrigos e casas de voluntários. Mas a Revista não vai desistir e muitas novidades ainda estão previstas para 2012 com a esperança de termos uma verba considerável para sempre ajudar os necessitados. Agradecemos aos leitores, algumas empresas do segmento, colaboradores e pessoas comuns que também procuram uma vida melhor para tantos animais sem lar e amor de seres humanos que os respeitem.

Acompanhe novidades da campanha no pet site: www.revista4patas.com.br/viralata

PRESTAÇÃO DE CONTAS Exemplares destinados à campanha: 1.500 Contamos com ONGs, entidades, grupos. protetores de animais e principalmente os leitores da revista que podem ajudar a tornar esta campanha um sucesso. PLANOS FUTUROS EM ESTUDO: - Venda direta ao público - Aumento de pontos de venda regionais - Apoio em eventos relacionados a pets - Parcerias com o mercado fora do segmento - Criação de mais vantagens para anunciantes


Solidariedade PURA

Vista a camisa da solidariedade

Cão salva gatinhos do lixo

Camisetas ajudam campanha

Para dar fôlego à campanha da Revista 4 patas, estão à venda camisetas com o selo oficial que podem ser adquiridas pelo valor diretamente no site www.revista4patas.com.br. Adulto tradicional, meia manga, gola careca com ribana. 100% polyester fiado, malha fria (tipo PV). Tamanhos P, M, G e GG na cor branca em algodão. Impres-

EM SÃO PAULO - SP A castração (esterilização) é um ato de amor e responsabilidade e significa um benefício direto e vitalício para o animal. O CCZ de São Paulo (Centro de Controle de Zoonoses) disponibiliza o serviço gratuitamente em clínicas particulares credenciadas. Cada cidadão

são em sublimação. Valor de R$ 25,00 com frete grátis para Limeira-SP. Outras cidades / estados calcule o valor com frete diretamente na compra. Breve, novas estampas e cores estarão disponíveis. Para maiores informações utilize o mail contato@revista4patas.com.br

Castração gratuita tem direito a castrar 10 animais por CPF e o procedimento dura em média, 5 minutos nos machos – requerendo menos cuidados no pós-operatório e, nas fêmeas, cerca de 15 minutos e requer alguns dias de atenção após a cirurgia até a cicatrização completa.

Fonte: Revista Época São Paulo - Janeiro de 2012

EM SÃO PAULO - SP Calendário de vira-latas tem renda revertida Fonte: http://www.celebridadeviralata.com.br para entidades O projeto “Celebridade Vira-Lata” contou com exposição no Conjunto Nacional, no coração da avenida Paulista, no mês de janeiro/11. A mostra trouxe imagens do fotógrafo Lionel Falcon com histórias

inéditas de cães abandonados e resgatados. Toda a renda do projeto foi destinada para acabar com o abandono dos bichos, apostando na castração. Mais de mil castrações já foram realizadas.

Um cão SRD chamado Banzé salva 6 filhotes de gato do lixo da mesma praça em que foi abandonado e os leva para a casa que o salvou do abandono. Banzé, encontrou uma caixa de papelão no lixo de uma praça do bairro. Ao ouvir os miados dos gatinhos, rasgou a caixa e levou um por um para sua casa. Por já ter vivenciado o abandono e a difícil vida nas ruas, Banzé os tirou dali com a certeza de que seriam cuidados da mesma forma que ele foi um dia!

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no estado de são paulo

Na mídia

Projeto de lei cria delegacia de maus-tratos contra animais

insanidade humana

Atos de covardia contra protetores de animais Se não bastassem diversos casos de agressão a animais, surge agora situações onde os protetores estão sendo agredidos por tentar salvar uma vida. Um caso recente aconteceu em Piracaia-SP onde, com o sumiço de uma cachorra SRD, a pedido dos tutores, a protetora (sem nome divulgado) foi conversar com os proprietários do imóvel que supostamente estaria com a cachorra. “Eles fecharam o portão de onde eu estava, falaram que eu só sairia morta de lá e o filho dele (que é bem forte) partiu prá cima de mim. Me bateu na cabeça, ombro, peito, me atirou várias vezes contra uma parede, só não me matou porque outras pessoas estavam lá e me colocaram dentro da casa. Fui à delegacia, fiz exame de corpo de delito. Tudo dói, mas o que mais dói é a indignação, me disseram que um cão não é considerado vida, que é um bicho e pronto. Que eu tenho de provar que sou da proteção e que isto é uma perda de tempo, bicho é bicho e não vale nada.” - disse. Tivemos notícia pelo Facebook que a cachorra foi encontrada mas ainda não foi publicado mais notícias sobre o caso. Fonte e foto: http://www.anda.jor.br Foto: Reprodução

um suposto roubo Fotos: Revista 4 patas

Dona Ederly, a “mulher dos cachorros” que mora em um Chevette e já foi notícia em diversas mídias da cidade de Limeira-SP, em publicações e TVs renomadas de São Paulo. Sua história, em resumo, começou com a perda de seu imóvel por motivos financeiros obrigando-a a morar com seus 14 cães em um carro velho nos terrenos vazios da cidade. Seus animais são muito bem tratados e são os únicos que lhe servem de companhia para continuar sua vida. No mês de dezembro, dona Aderly foi vítima de uma tentativa de assalto onde levou uma pancada forte na cabeça de um criminoso armado de uma enxada. Chegou a ser atendida em hospital local onde foi lavrado um BO (boletim de ocorrência) sem que o autor da agressão tenha sido encontrado e preso, até o fechamento desta edição.

Baseado nos últimos casos de violência contra animais, o deputado estadual Jooji Hato (PMDB) apresentou um projeto de lei para a criação da Delegacia Especial de Proteção a Crimes e Maus-tratos Contra os Animais no estado de São Paulo. Além de receber as denúncias e investigar os crimes, a delegacia seria dotada de estrutura para os primeiros atendimentos aos bichos maltratados. Para o promotor Laerte Levai, da 4ª Promotoria de Justiça de São José dos Campos e especialista em direito dos animais, a criação de delegacias de referência é um passo importante para que a lei comece a ser aplicada com maior rigor, pois elevaria o número de denúncias. Levai acredita que a lei federal de crimes ambientais é suficiente para punir os agressores, o problema é que é pouco conhecida e mal aplicada. “O que precisa mudar é a consciência dos próprios profissionais que atuam na aplicação dessas penas”, diz Levai. “Delegados e promotores não podem considerar esses crimes como de menor potencial ofensivo”. Ele ressalta que as vítimas, nesses casos, devem ser encaradas como seres vivos e não como propriedade dos donos. Questionamento - O Brasil, segundo Levai, está entre os poucos países que têm os crimes contra animais previstos na Constituição. “Também na Alemanha e na Índia existem legislações exemplares, na teoria”, conta. “A questão é o que acontece na prática”. Além das penas aplicadas pela Justiça brasileira, os agressores podem receber multas de órgãos administrativos, como o Ibama e a Polícia Ambiental. São Paulo também possui um Código Estadual de Defesa dos Animais, aprovado em 2005. Porém, duas ações que tramitam na Justiça estadual e no Supremo Tribunal Federal (STF) inviabilizam a aplicação da lei enquanto ela estiver com artigos sob questionamento. Fonte: Revista VEJA - Dezembro de 2011


REGIÃO DE SÃO PAULO-SP

Em Limeira- SP

Artistas apoiam criação de Delegacia de Proteção Animal no ABC

Estudantes formam grupo de apoio a defensores

São Caetano do Sul – Os protetores de animais do Grande ABC ganharam um apoio de peso na luta pela criação de uma Delegacia Regional de Proteção Animal na região, visto que, no domingo (22-1-12) alguns artistas que participaram da manifestação Crueldade Nunca Mais!, pelo fim da brutalidade contra os animais, assinaram uma petição para a criação do órgão. O evento aconteceu no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), localizado na Avenida Paulista. Entre os artistas que aderiram à causa estão a modelo, atriz e apresentadora Gianne Albertoni; o ator Marcelo Médici; a atriz e escritora Nicole Puzzi; e a atriz Marina de Sabrit. A jornalista Andrea Brock, assessora de imprensa do prefeito José Auricchio Júnior e coordenadora de programas de proteção animal junto à Administração de São Caetano do Sul, comemorou a adesão dos artistas. “É ótimo ver tanta gente do bem lutando pela causa animal”, disse. Ela também elogiou o empenho da administração sancaetanense na defesa dos animais – a prefeitura cedeu ônibus para levar os manifestantes até o MASP e participa ativamente de diversas ações. A assessora especial de Coordenação da Ação Social da prefeitura, Regina Maura Zetone, reforçou este apoio. “Lutar pela causa animal é fantástico. Apoiar também é fundamental”, afirmou a assessora. Além de Andrea Brock, participaram da manifestação os protetores de animais de São Caetano Reinaldo Peres, Valéria Bruxino, presidente da ONG Nipa Arca de Noé, Sergio Dea, presidente da APASCS, Sonia Denadai, Erika Mourão e mais 64 ativistas. Também marcaram presença no evento dezenas de defensores que moram nas cidades de Santo André e São Bernardo do Campo. Segundo a defensora Andrea Brock, a implantação de uma Delegacia Regional de Proteção Animal no ABC contribuirá para registrar e dar andamento a ocorrências sobre crueldade contra animais domésticos ou domesticados, silvestres, nativos e exóticos, vítimas de abuso e maus-tratos e que estão feridos ou mutilados. “Atualmente, se o cidadão necessita fazer uma queixa sobre maus-tratos em animais, ele procura uma delegacia comum, que já está sobrecarregada, e os casos ficam sem solução. E a Delegacia Regional de Proteção Animal viria para oferecer um atendimento eficaz a essa demanda”, explica.

Arquivo pessoal

Brenda (NaNa) com Hagumi, Diana com Fígaro e Flávio com Charles. Juntos pretendem fortalecer o grupo com novos integrantes que se importem com a causa animal.

O respeito pela natureza e aos animais devem começar logo cedo. Um grupo de amigos e ex-colegas de classe de uma escola de Limeira-SP, mostram um exemplo que deve ser incentivado. Brenda, Soraia, Diana, Flávio e André criaram o Projeto ACÃO, que utiliza os recursos tecnológicos (como uma câmera digital ou celular para fotografar algum animal abandonado que precisa de ajuda) para depois postar na rede social Facebook e conseguir uma rápida solução para o caso. Conheça as diretrizes do grupo descritas pela voluntária Brenda. “Este projeto tem como objetivo primário conscientizar as pessoas a respeito das condições físicas e psicológicas dos animais, incentivando a adoção e mostrando o como é importante os animais não serem abandonados. Busca-se mostrar que, assim como o ser humano, os animais têm VIDA, e necessitam de condições básicas, como higiene e alimentação, cuidados veterinários e de muita atenção e carinho. Na prática, o grupo busca auxiliar profissionais ou voluntários que trabalham nesta área e também a divulgação de conteúdo educativo. Assim, há também o intuito de trabalhar esse assunto com o público através de redes sociais, dentre as mais comuns como Facebook, Twitter e Blogspot, com o objetivo de levar ao maior número possível de pessoas a mensagem de que os animais também possuem direitos mostrando a todos que existem leis que os protegem e que muita coisa que desconhecem podem ser considerados maus-tratos. Mas acima de qualquer trabalho realizado, lutamos para que aja mais amor e menos sofrimento, sabendo que ter pena não muda nada e sim a ação”.

Fonte: DCI - Via PetRede

RESULTADO Agradecemos ao apoio das pessoas que adquiriram as camisetas da 1ª fase da campanha “Vira-lata sim e daí” e proporcionaram a compra de 150kg de ração doada à entidade ALPA que alimentará seus mais de 200 animais por um mês. Obrigado também ao nosso patrocinador “Rações Massari” que colaborou aumentando o volume oferecendo a ração a um custo especial. Ajude a alimentar outros peludos reservando sua camiseta pelo site ou e-mail da Revista mencionando modelo, tamanho, cidade e telefone.


No dia 22 de Janeiro de 2012 tivemos um exemplo vivo de como a sociedade está preparada para a batalha que se seguirá, neste ano, em defesa dos animais. Mais de 10 mil pessoas estiveram na Avenida Paulista e outras milhares em mais de 150 cidades do país para manifestar sua indignação frente às barbáries cometidas e a falta de instrumentos e leis mais severas para maus-tratos. A proteção animal no Brasil vive um impasse legislativo de mais de 13 anos, desde a sanção da lei de crimes ambientais (9.605/98), quando o ex-deputado José Thomaz Nonô deu entrada ao Projeto de Lei 4.548/98, no mesmo ano, visando alterar o artigo 32 da lei de crimes ambientais e retirando os animais “domésticos ou domesticados” de qualquer proteção em casos de maus-tratos. Um retrocesso que deixou a sociedade com as mãos atadas, pois observamos que o clamor popular busca justamente o oposto: aumentar as penas para maus-tratos, que hoje é de no máximo 16 meses de detenção (conforme artigo 32 da lei 9.605/98, de crimes ambientais), convertidos em brandas penas restritivas de direitos, ou no famoso pagamento de “cestas básicas”. Os esforços de alguns parlamentares para alterar a legislação, ampliando a pena para maus-tratos, foram apensados a este PL do deputado Nonô e caíram neste limbo de regimentos e manobras legislativas que só atendem a um objetivo: engambelar o povo bra-

sileiro por anos e anos até o momento em que a tampa da panela de pressão da injustiça e impunidade estoura. E estourou. No final de dezembro (2011) estivemos em Brasília para entregar a Petição Lei lobo juntamente com um documento reforçando históricas batalhas da proteção animal no Brasil. Fomos recebidos por 3 deputados federais, 1 Senador da República e o Secretário Executivo do Ministério da Justiça. Com a nossa ida ao Congresso Nacional concluímos que o único caminho viável será uma solução que parta da SOCIEDADE para a SOCIEDADE. Após apresentação deste Projeto de Lei de iniciativa popular, a proposta segue a mesma tramitação de um projeto de lei “normal”. É neste momento que se dará o verdadeiro debate no legislativo, considerando as comissões temáticas e técnicas por onde o projeto passará e as contribuições dos parlamentares. Portanto, é urgente que a Lei Lobo chegue em Brasília com força popular e grandes apoios institucionais, que surgirão a partir de uma ampla estratégia de comunicação que estamos construindo coletivamente. A redação do Projeto de Lei, além de desvincular da lei de crimes ambientais, deverá contemplar os anseios históricos de quem sempre esteve nesta frente de batalhas: as ONGs de proteção animal de todo o país. Texto do site www.crueldadenuncamais.com.br

Maurício R. Martins

A Revista 4 patas organizou o evento na cidade de Limeira-SP com o apoio do Jornal de Limeira, ALPA - Canil Kairós e grupos de proteção animal

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Divulgação

Na Av. Paulista, em São Paulo, centenas de pessoas mostraram seu apoio à causa

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Galeria da Fama

Leitoras da Revista 4 patas apresentam seus “bebês” Fotos: arquivo pessoal

Roberta Cerqueira Leite (Limeira) com Madonna

Carla Andrade Pintaúdi de Limeira-SP com Hanna e Zé Bob

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Josy Araujo Pastores de Limeira-SP com Freddy e Pedrita

Emanuella Ferraz da Silva, a Manu, tem 10 anos, mora em Limeira-SP e cuida muito bem da Babalu, sua cocker Spaniel

Para participar, envie sua foto com seu pet para o e-mail contato@revista4patas.com.br

com seu nome. nome do pet e cidade. Devido ao limite de espaço na revista impressa, as primeiras fotos entrarão nela e as demais apenas no web site da Revista.

Maurita Barros Deperon de Limeira com Naná, Dorinha e Nani

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Cão terapeuta - I

Lar de idosos beneficiados por Shiva Moradores do CIAI já sentem os benefícios da convivência Fotos: divulgação

Fonte:Conecte Comunicação conectecomunicacao.com.br

Sobre o CIAI

Alegria e descontração são alguns dos sentimentos despertados por Shiva, uma cadela da raça labrador de 11 meses. O cão foi recentemente apresentado a alguns idosos do Centro Integrado de Atendimento ao Idoso (CIAI), localizado em São Paulo, com o objetivo de melhorar e ajudar o dia a dia dos moradores. A ideia é que cerca de 70 pessoas do CIAI, que são independentes, semi-dependentes, dependentes, possam se relacionar e serem ajudadas pelo cão terapeuta. Para conviver com os idosos, Shiva está sendo adestrada. Mas o treinamento não tem o objetivo de ensinar o animal a fazer acrobacias, a intenção é torná-lo apenas sociável. “Nós treinamos os cães terapeutas para que eles sejam dóceis e amáveis com os pacientes, e não para dar cambalhotas ou responderem aos comandos ‘senta’ ou ‘deita’, por exemplo”, explica o adestrador Antônio Marcos de Lima, do Centro de Treinamento de Cães para Terapia/Cães Assistentes, em São Roque (SP). Todo o processo de adestramento dura cerca de nove meses. Num primeiro momento, o cachorro é orientado para ser sociável com outros animas, e, na sequência, é apresentado às pessoas e aos objetos. “A convivência com os cães terapeutas, auxiliadas por um psicólogo ou terapeuta ocupacional, podem trazer benefícios como alongamento, reavivar a memória, para o tratamento de

pessoas de todas as idades e com as mais variadas doenças”, conta Lima.

Visita do cão terapeuta Mesmo com algumas visitas do cão assistente, os cuidadores já perceberam o bem-estar e a alegria no comportamento dos pacientes. “A interação entre o cão e o idoso faz toda a diferença. O cão não tem preconceitos, não discrimina ninguém. O animal fica perto, dá atenção para quem estiver disposto a interagir com ele. Além disso, os idosos se lembram dos animais que tiveram e contam suas histórias. É assunto pra um dia inteiro”, fala a terapeuta ocupacional do CIAI, Paula Amaral. A terapeuta ocupacional ressalta ainda que o cachorro, especialmente, ajuda a realizar treinos de amplitude e até a memória. “Essa convivência é muito positiva para idosos. Eles se movimentam mais, já que precisam abaixar para fazer carinho ou para escová-lo”. Como Shiva ainda está sendo treinada, as visitas aos idosos do CIAI acontecem apenas uma vez por semana. Ainda será decidido se ela irá morar no local ou fará visitas os moradores durante o dia. Mas quando questionados se querem ou não que Shiva fique definitivamente, os idosos torcem para que sim. Alguns até já ofereceram seus quartos para abrigar a cadela.

O Centro Integrado de Atendimento ao Idoso foi criado há 22 anos com o objetivo de oferecer aos idosos e suas famílias um lugar de repouso e cuidados especiais, dotado de completa infra-estrutura profissional e técnica. Um dos diferenciais do centro é a característica de manter unidades e grupos de convivência distintos de acordo com a capacidade funcional dos hóspedes: independentes, semi-dependentes, dependentes e acamados. Localizado no bairro do Morumbi (São Paulo), o CIAI hoje tem cerca de 110 idosos que moram em uma ampla casa térrea e um prédio de 5 andares, construído e adaptado especialmente para hóspedes da 3ª idade. Mais informações: www.ciai.com.br

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Cão terapeuta - II

Meu cachorro pode ser “terapeuta”? Há muito tempo, os humanos incluíram os animais para auxiliar no tratamento algumas doenças como câncer e depressão. Hoje, já é comprovado cientificamente que a presença de um animal na vida de uma pessoa pode trazer melhora na qualidade de vida, no geral. Vamos falar brevemente sobre os cães, neste artigo, que são os mais comuns. Qualquer cão pode ser um “terapeuta”? A resposta é ‘não’. O cão-terapeuta precisa ter um temperamento adequado para as atividades. Precisa ser extremamente dócil, calmo, gostar de dar e receber carinho e ser obediente. O cão precisa ainda ser sociável com outros cães já que

o trabalho pode ser realizado em conjunto, em algumas situações. Para isso, o cão precisa ser sociabilizado desde filhote com pessoas e outros animais, acostumar-se com ba­ru­­lhos diferentes, e ser adestrado por um profissional com experiência na área. Além do cão aprender comandos básicos de obediência, ele também poderá aprender a se comportar de maneira adequada com crianças, idosos ou deficientes – não pular, não latir, não morder, não roubar comida etc. Por conta disso, só é permitido o cão participar das atividades quando atinge a idade adulta (por volta de 2 anos) e em alguns casos ele deve ser castrado. O cão também deve

estar com a saúde em dia. Precisa estar vacinado e vermifugado – ele deve apresentar a carteirinha e realizar exames parasitológicos. Não pode estar com feridas ou problemas de pele graves, tártaro severo e precisa tomar banho e ser escovado antes de realizar alguma visita. Não existe uma raça específica para esse trabalho. Tudo depende do temperamento do cão. Em nosso projeto, particularmente, temos cães de várias raças (poodle, beagle, golden retriever, maltes, SRD, schnauzer etc.). Todos passam por testes específicos de comportamento e obediência e, se forem aprovados, podem começar o trabalho.

Arquivo pessoal

Tatiane com Bruce, um Old English Sheepdog de 6 anos de idade Tatiane Ichitani Psicóloga, Adestradora e Consultora Comportamental da “Cão Cidadão” www.caocidadao.com.br

Coordenadora do Cão Terapeuta caoterapeuta@caocidadao.com.br

Yorkshire resgatada é considerada pelo Guiness o menor cão terapeuta do mundo

Imagine o que o mundo teria perdido se a Lucy não fosse resgatada há três anos atrás. Por favor, não compre cachorros quando é possível adotar. Apoie o SOS animal de sua cidade e salve uma vida hoje. Texto/Foto: Guinness World Records

Em Smithville, New Jersey, ao Sul da Costa de New Jersey, a pequenina Lucy, uma adorável Yorkshire Terrier de 1,14 kg, não parece afetada pela premiação recebida do Guinness Book of World Records, como sendo o menor cachorro terapeuta do mundo. Medindo apenas 14,5 cm de altura e 15,2 cm de comprimento, Lucy adora ajudar as pessoas – talvez porque ela um dia foi resgatada e quer devolver um pouco da sua gratidão. A companhia humana de Lucy, Sally Leone Montufar, 56, se lembra do dia em que o dono anterior chegou com vários cachorros, no pet shop onde ela

trabalhava, e perguntou se alguém queria os filhotes antes que ele os levasse para um abrigo. De acordo com o funcionário do correio de Cherry Hill, Montufar olhou para o minúsculo, “desamparado e letárgico filhote” e prometeu ajudá-lo. E foi o que Montufar fez – boa comida, bons cuidados e em pouco tempo Lucy começou a prosperar. Agora, com somente três anos, Lucy e Montufar são voluntárias no Leashes of Love (Coleiras do amor, em português), um grupo de terapia com animais de estimação que visita hospitais, escolas especiais, programas de leitura em bibliotecas, organizações correcionais e moradias assistidas.

Fonte: http://www.examiner.com - Tradução: Regina Helena M. A. Corrêa Revista 4 patas - Edição 5

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Como remover manchas e pelo dos animais de estimação em casa imagens ilustrativas

Ter um animal de estimação é o máximo, são uma boa companhia e, acima de tudo, fonte de amor incondicional. Mas como tudo, também têm desvantagens, especialmente os de 4 patas pois largam pelo e por vezes sujam onde não deviam. Confira algumas dicas para ajudar a manter a casa limpa, mesmo com animais de estimação circulando dentro dela.

Diminuir o pelo dos animais nas diferentes superfícies O grande problema dos animais de estimação é o pelo que deixam espalhados pelo chão da casa, mobília e roupas. Para evitar que os pelos se incrustem nos locais onde o animal de estimação costuma permanecer mais tempo, coloque uma toalha ou um pequeno lençol no local e, periodicamente, sacuda-o no exterior para remover a maioria do pelo antes de colocar na máquina de lavar. Para diminuir o problema do excesso de pelo também deve-se escovar o amiguinho periodicamente.

Remover pelos da roupa A melhor opção é usar um rolo adesivo pois é funcional e barato. Deixe rolos adesivos em diversos locais da casa, como próximo à saída, nos roupeiros, perto do sofá, para poderem sempre remover os pelos da roupa rapidamente.

Limpar carpetes e tapetes É preciso aspirar diversas vezes durante a semana usando a potência máxima do aspirador. O ideal é um aspirador de grande eficiência, que utilizem saco descartável e que tenha incluído um filtro de ar HEPA para uma maior eficiência e para remover os ácaros. (exemplo abaixo)

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Eliminar pelos nos sofás e cadeiras Nos sofás, cadeiras e poltronas use o aspirador com a ferramenta especial que vem com ele, para aspirar, pois este utensílio é bem mais eficiente do que aspirar apenas com o tubo do aspirador. Escovas de veludo e esponjas secas, vendidas nos supermercados ou lojas de limpeza, também são boas opções para remover os pelos dos tecidos.

Manchas de animais limpeza rápida Quanto mais rápido limpar uma mancha provocada pelo animal, melhor. A urina dos pets, quando depositada no carpete ou tapete, se não for limpa de imediato, torna-se numa mancha permanente. Para os resíduos sólidos remova-os com a lâmina de uma faca usada apenas para essa função.

Detergente para louça Para uma mancha no carpete/tapete é possível usar um pano seco para absorver a urina e depois dessa etapa, embeber um pano em uma solução de ¼ de colher de chá de detergente dissolvido em uma xícara de água morna. Limpe a mancha do carpete com uma alternância entre a toalha embebida na água com detergente e uma toalha seca, até a mancha desaparecer. Para manchas mais escuras ou odores persistentes, o melhor é limpar o carpete com um aspirador a vapor ou pagar a um profissional para o fazer.

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Pedigree

Na próxima edição: Especial sobre comércio de animais

Cuidado ao comprar um pet

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FÁBRICAS DE FILHOTES Existem muitos criadores confiáveis que tratam seus animais com respeito e dignidade. Oferecem aos compradores a garantia de informações sobre as raças, cuidados e principalmente, a manutenção do “pós-compra” que são fundamentais para determinar um bom criador. Muitos possuem inclusive grande participação em projetos beneficentes junto a ONGs e grupos de proteção animal. Mas como em qualquer negócio existem os mocinhos e bandidos, é importante ter conhecimento do outro lado deste mercado que movimenta um grande volume de dinheiro às custas de animais. A criação de animais em fábricas de filhotes é uma indústria bilionária que lucra em cima da exploração deles. Quem compra de pet shop, Internet, feira de filhotes e classificados de jornal tem grandes chances de estar dando dinheiro a lugares que tratam o animal como um produto. Quem compra para “salvar” um animal, está abrindo espaço para que outro seja colocado na mesma gaiola, muitas vezes sem qualquer higiene e cuidados, financiando um ciclo que não acaba enquanto houver negócios. Muitos casos nacionais e mundiais já tiveram repercussão na mídia mas não o suficiente para inibir tais crimes contra os animais. Recomenda-se sempre agir mais com a razão do que com o coração quando se trata de adquirir aquela raça maravilhosa que se sonha desde a infância. Pesquise e procure antigos clientes que possam endossar tais estabelecimentos.

A expressão “raça pura” é discutível, pois a grande maioria das raças caninas conhecidas são resultantes de diversos cruzamentos. Donde se conclui serem “puras por cruza” e não “puras por origem”.

GENÉTICA APLICADA À CRIAÇÃO DE CÃES É muito comum as pessoas e protetores de animais defenderem a adoção e repudiarem a compra de animais de estimação. Muitas vezes as pessoas desconhecem os bastidores de criadores e especialistas no comércio de cães com pedigree que investem muito para oferecer as melhores linhagens e garantirem o investimento em um cão de raça. As leis da hereditariedade são as mesmas para todos os organismos vivos. A experiência nos mostra que - para se conseguir progresso numa raça de animais - é essencial a seleção correta dos acasalamentos. O objetivo é produzir a uniformidade das qualidades que estão presentes nos melhores exemplares. Significa que temos o objetivo de criar animais não apenas perfeitos em si mesmos, mas com tendências hereditárias a reproduzir sua própria perfeição de modo que, por meio de uma seleção criteriosa de acasalamentos, possamos alcançar a excelência universal. E isto é mais importante do que a perfeição individual. - Um bom filhote ocasional em uma ninhada não significa que o pai ou a mãe sejam reprodutores de valor. - Uma ninhada com cinco exemplares “muito bons” é bem mais valiosa do que aquela que apresenta apenas um “excelente” e os demais ‘medíocres’. Vale lembrar também que o fenótipo (aparência externa) nem sempre corresponde ao genótipo (material genético) do animal. Um cão pode apresentar excelentes qualidades, mas devido à heterozigosidade pode também transmitir defeitos à sua prole.

Compilação de texto parcial de artigo escrito por Helena Accioli e finalizado com pesquisas na Internet.

Consultoria final de Moyses Do Lago Flieger http://lakesbuddykennel.sites. uol.com.br

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Felinos

Reprodução

O príncipe dos gatos Origem e História O exótico e misterioso gato siamês, chamado de “o príncipe dos gatos”, título conquistado por sua elegância de corpo e, também, pela graça de seus movimentos, vem do país de Tailândia - antigo Sião. Gatos siameses, no passado, eram confiados para proteger mosteiros e palácios reais de espíritos malignos. Acreditava-se que eles traziam sorte para seus proprietários. Foram levados para a Inglaterra em 1884 e se espalharam para outras partes do mundo, chegando aos EUA na década seguinte. Nessa época, os siameses não eram tão elegantes como os atuais. Atualmente, gatos siameses são um dos mais reconhecidos da raça que é, sem dúvida, a mais popular dos gatos de pelo curto entre as 3 maiores conhecidas fazendo muito sucesso nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Cor As cores podem variar da seguinte forma: Corpo: branco sujo ou mesmo creme. Extremidades: castanho muito escuro (quase preto) ou cor de chocolate. As características mais marcantes são as zonas de coloração mais escuras, que cobrem a máscara, orelhas, pernas, patas, cauda e no saco

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escrotal (no caso de ser um macho). Essas zonas, também chamadas de “pontas”, “marcações, são identificadas com o termo inglês ado­­­tado universalmente: points ou colourpoints. A cor contrasta com a do resto do corpo que é branco ou sombreado. As cores mais escuras resultam de uma mutação numa enzima, a tirosinase, envolvida na produção de melanina. Esta enzima

mutada é sensível à temperatura, o que quer dizer que só é ativa nas zonas mais frias (por norma as extremidades) ficando essas áreas escuras nessas regiões. São animais de um porte médio e que tem uma postura bem elegante. Para sempre manter isso o ideal é caprichar na alimentação sempre su­ plementando-a se necessário. Os olhos normalmente são azuis

Cuidados

Se você gosta de gatos com manutenção mínima, os siameses são perfeitos; o pelo é bem fininho e curto , que é o que dá o aspecto de macio É necessário a escovação cotidiana da pelagem e banhos regulares. Deve-se utilizar uma escova que faça a retirada de resíduos e poeira, mas sobretudo os chamados “pelos mortos”, bastante numerosos no período da muda.

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Segurança

Lugar de gato é dentro de casa Parece ser difícil acreditar que seja possível criar um gato sem que ele tenha qualquer acesso à rua, porém a criação indoor é possível e vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente entre aqueles que amam e se dedicam à saúde e bem estar de seus animais. Gatos são animais extremamente adaptáveis e convivem muito bem em locais pequenos pois são espertos e independentes. Se você mora em um pequeno apartamento, trabalha o dia todo, isso não trará problema algum para o seu gato, desde que ele tenha um local confortável e seguro, ele estará muito feliz sendo uma ótima companhia. Os gatos gostam de viver em bando, por isso, se você passar muito tempo fora de casa, tenha um outro gato, para que um possa fazer companhia ao outro, isso tornará o comportamento deles bem mais tranqüilo. Devemos manter os gatos dentro de casa sempre ou permitir que eles saiam de vez em quando para a rua? Primeiramente devemos considerar os riscos que um animal corre quando tem acesso à rua: atropelamentos, envenenamentos e brigas com outros felinos, tanto por comida quanto por fêmeas no cio são os principais problemas. O confronto com outros felinos, por exemplo, pode favorecer o aparecimento de feridas e arranhões, que são as formas de transmissão de muitas doenças que não têm cura, como o FIV (vírus da imunodeficiência felina) e o FELV (vírus da leucemia felina). Outro problema bastante comum é a infestação por ectoparasitas como pulgas, carrapatos, piolhos e sarnas. Não se esqueça de castrá-los ainda pequenos pois isso evitará hábitos indesejáveis como demarcação de território e brigas, deixando-os mais calmos, além de evitar cruzas indesejáveis e mais filhotes a caminho. Leve-o periodicamente ao médico veterinário para que sejam feitas as vacinações e todos os cuidados necessários, que irão garantir a boa saúde do seu animal. Os gatos são caçadores naturais e, mesmo que você tente humanizá-lo, nunca conseguirá anular esse comportamento. Os gatos que só vivem dentro de casa continuarão a caçar mesmo estando bem alimentados. Desde pequenos, os gatinhos já brincam como caçadores, faz parte do seu instinto. Se houver um dia em que o seu gato chegar em casa com um rato ou um passarinho na boca e o colocar a seus pés, significa que está contribuindo com os alimentos da casa. O que você deve fazer é aceitar, pois se você o repreender, ele pensará que não foi satisfatório e de-

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Há 3.000 anos o gato convive com o homem, e no período entre a domesticação até hoje houveram muitas mudanças. O gato tem um convívio cada vez mais próximo do homem, o que jamais houve antes, e pela primeira vez ele se tornou dependente dele

Reprodução

verá caçar novamente, tentando agradar-lhe. A domesticação do felino fez com que muitos de seus hábitos fossem adaptados à vida em ambientes internos. O gato passou a gostar da companhia do homem, das brincadeiras, de colo e até mesmo brincar com os outros animais da casa. O gato sente-se muito seguro em seu lar, onde está livre de predadores em potencial. Mesmo assim, ele não perdeu a essência da vida selvagem, continuando se protegendo de outros animais e, por isso, há certas ocasiões em que os gatos se escondem pela casa. Ou ainda sobem em prateleiras e ficam observando tudo do alto. Dessa forma podemos ver que os felinos não são infelizes e deprimidos por viverem reclusos em seus lares. Eles têm o carinho e a companhia do homem além de um ambiente seguro e saudável para viverem. Instale telas nas janelas e sacadas, mantenha seu quintal limpo, seguro e pronto, assim você terá seu gato perfeitamente adaptado e feliz. E mesmo que seus bichanos estivessem acostumados à andar nas ruas, a certeza de um lar seguro e longe de perigos e riscos não tem preço.

Melika Nicolau veterinária criadora de gatos da raça Sphynx

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Humanização de animais

Casinha de cachorro ‘fashion’

por Mary Serafim

Fotos: Reprodução

Sem limite para o exagero A milionária Paris Hilton* mostra o espaço onde vivem seus cachorrinhos. A “mansão” onde moram seus animais de estimação foi inspirada no lar da própria socialite e custou nada menos que US$ 325 mil. “É uma versão em miniatura da minha casa”, explicou a loira em entrevista à revista Life & Style. Com sofazinhos, almofadas e até uma varanda, o espaço foi construído para abrigar Tinkerbell, Harajuku, Marilyn Monroe, Prince Baby Bear, Dolce e Prada - os “filhinhos” da loira.

Para um cão, é de grande importância ter sua casinha pois, é lá onde ele se protege do sol, chuva e é um espaço que lhe proporciona tranqüilidade emocional, refúgio ou esconderijo. Um lugar onde ele pode recorrer quando quiser se esconder de outros animais ou em casos de trovoadas e rojões. Mas, para algumas pessoas, seus cães merecem muito mais do que uma simples casinha ou abrigo indo bem além disso. São cães “privilegiados” que podem ter como lar, mini-réplicas da residência de seus próprios donos, cheias de conforto tais como ar condicionado, decoração interna, iluminação, jardim, piso de madeira, calefação e

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vidros inquebráveis. Estas pequenas construções têm de 4 a 12m² com alturas variáveis, segundo a designer de interiores Michelle Polak que desenha os modelos destas casas. Ela conta que os clientes são celebridades e querem inspirações diversas tais como as casas típicas do interior dos EUA e Suécia. Quem é responsável pela venda das mini-mansões é a empresa norte-americana Beyond the Crate, criadas pelo estúdio La Petite Maison, que pode cobrar por um mimo deste até 30.000 dólares, dependendo dos detalhes exigidos por cada cliente. Visão do morador Para seu cãozinho, não importa o tamanho , material utilizado e detalhes desta

casinha. Se ele dorme em um trapo velho ou direto no chão frio, o que realmente importa na vida de um cão é o amor e atenção que você dedica a ele. Um dono responsável, carinhoso, justo e que transmite confiança ao seu animal sempre terá como retorno o incondicional amor canino, onde basta amar para ser amado.

Designer de interiores e Paisagista maryserafimarq@gmail.com (19) 8224-8793

* Não temos espaço para falar quem é Paris Hilton mas, caso tenha interesse, pesquise no Google e entenda melhor a excentricidade de uma milionária mais preocupada com ela do que seus cães.

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Para as crianças

Imagens: reprodução

Para colorir

DESTAQUE: O clássico desenho Aristogatas (Aristocats) produzido pela Walt Disney Pictures em 1970, foi baseado em história de Tom McGowan e Tom Rowe. Conta a história onde a madame Adelaide Bonfamille é uma milionária francesa excêntrica que pretende deixar sua fortuna para seus gatos de estimação, a gata (Duquesa) com três filhotes (Marie, Berlioz e Toulouse). Porém, o mordomo dela os abandona no interior da país para se tornar o beneficiário de toda a herança. Perdidos, os gatos encontram um esperto felino das ruas e seus amigos, e com eles tentam tentam voltar para seu lar e confrontar o mordomo.

VOCÊ SABIA QUE... Um coelho vive, em média, 7 anos. Mas, se for muito bem cuidado, com carinho e alimentação correta, pode viver mais de 10 anos? Nunca peça um coelho na Páscoa se não puder cuidar bem dele com amor e carinho em sua vida toda. Revista 4 patas - Edição 5

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Banho & Tosa

Falta profissional para trabalhar em pet shop Por Alexandre Melo do Diário do Grande ABC Reedição: Revista 4 patas

O setor de banho e tosa é o mais rentável para os estabelecimentos e justamente o que sofre com a falta de profissionais qualificados. Dados da Aspapet (Associação Paulista de Pet Shops) apontam que, tomando como exemplo a região do ABC em São Paulo, existem 3.000 pessoas que cuidam da estética de cachorros e gatos, mas o ideal seria ter o dobro. A presidente da Aspapet, Silvia Valente, afirma que enquanto os veterinários estão se digladiando para conseguir uma colocação no mercado, os proprietários de pet shops sofrem com a falta de banhistas e tosadores. “Os funcionários novos demoram a ficar experientes, mas quando con­seguem abandonam a empresa para montar um negócio na garagem de casa, que às vezes nem vinga.” Devido ao número de acidentes, que em 2011 causaram a morte de aproximadamente 100 animais, os pet shops estão mais

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rigorosos na seleção. A remuneração média do tosador é de R$ 700 mais 20% de comissão por cada animal tratado. Os banhistas recebem R$ 800. Silvia afirma que o salário dos profissionais mais experientes atinge entre R$ 1.000 e R$ 4.000. Entretanto, essa é a realidade de poucos, pois muitos profissionais trabalham como autônomos nos estabelecimentos para ajudar na alta carga de serviço do sábado. Para Ivone Soares da Silveira, 43 anos, o setor foi a chance de conquistar emprego formal após ficar dez anos sobrevivendo de bicos. “Gosto muito de cães e gatos, por isso resolvi fazer um curso de banho e tosa. Trabalhar na área é sinônimo de ser paciente e carinhosa com os animais”, explica. Depois que fez aulas para atuar em pet shops, ela afirma que não passou mais pelo desemprego. Hoje tem renda de R$ 700 mais benefícios. Diversos pet shops na região oferecem cursos livres para interessados

em atuar no setor. Os valores variam entre R$ 590 e R$ 2.500, com média de dez aulas práticas. Banhar e tosar entre 20 e 30 animais por dia não é tarefa fácil para os profissionais. Os funcionários que dão conta são os mais cobiçados pelos estabelecimentos de médio e grande porte na região. De acordo com a presidente da Aspapet, Silvia Valente, essas pessoas não recebem salário menor que R$ 2 mil. Os iniciantes conseguem em média cuidar da estética de seis animais. “A mão de obra desses profissionais é mais barata, custando menos que R$ 1 mil”, detalha Silvia, que também é proprietária do Canil Dog Valent’s, em Santo André. Ela diz que o setor ficará mais aquecido nos próximos anos. Não faltará emprego para os mais qualificados. A médica veterinária Renata Jaloretto, proprietária da andreense Village Pet, confirma que no início da operação do pet shop foi complicado conseguir profissional qualifica-

do. Cerca de 70 animais são banhados e tosados, semanalmente, por duas funcionárias. “O número é pequeno, pois funcionamos há um ano. Mas é visível que as pessoas gastam mais com veterinário e estética.” Apesar da crescente demanda por serviços nos pet shops do Grande ABC, a área de produtos, que enfrenta concorrentes como os

supermercados, megalojas especializadas e pontos de venda informais, sofre com queda no faturamento. No ano passado, os 6.500 estabelecimentos faturaram R$ 6,4 milhões, valor 20% menor que em 2010. A expectativa da Aspapet é ao menos repetir a cifra neste ano. No País, somente o setor de serviços movimentou R$ 2,2 bilhões.

Reality show Em ‘Cãobeleireiros’, apaixonados por cães disputam um prêmio de US$ 250 mil O canal por assinatura “Animal Planet” apresenta toda quarta-feira, 19h, um programa diferente onde reúne 12 tosadores que competem em diversas provas relacionadas a banho e tosa (grooming and trimming). Vence aquele que apresentar os melhores “looks caninos” ao longo dos episódios. Ao final da temporada, apenas um deles receberá o título de “Tosador do Ano” e o grande prêmio: US$ 50 mil em dinheiro e um salão de banho e tosa móvel.

Ator americano Jai Rodriguez

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Você confia em quem dá banho e em quem faz a tosa no seu cão?

Banho & Tosa

Os bastidores da higiene e embelezamento Algumas vezes, o próprio pet pode mostrar se anda sofrendo maus-tratos no pet shop que frequenta. Basta observar como ele age frente ao profissinal. Porém, não tome isto como regra pois varia a cada animal.

Fotos ilustrativas

Eu não sei o que eles fizeram, mas hoje em dia ela sempre se esconde ao ouvir a palavra “banho”, mesmo que sejamos nós que iremos lavá-la

Declaração de uma internauta em um site sobre o tema

A Revista 4 patas convidou Janaina Huiara de Moura Abreu, esteticista canina e tosadora para abordar de uma maneira bem simples como funcionam os bastidores da profissão. Tosador ou esteticista canino, uma profissão tão bonita e gratificante. Será? Deveria ser, mas essa profissão requer muita paciência carinho e dedicação o que, infelizmente, não encontramos atualmente. Muitas pessoas querem ser tosadoras ou banhistas porque o mercado pet cresce e acreditam que com isso irão ganhar muito dinheiro. Também porque sempre que abrem os jornais encontram clínicas e pet shops a procura de profissionais. Mas o que o mercado quer são os profissionais qualificados nesta área e não amadores. Os estabelecimentos que “tentam” formar tosadores sem prática, sem experiência e muitas vezes sem cursos para trabalhar com a preciosa vida dos nossos animais de estimação são os que você deve evitar sempre. A culpa sempre é do profissional? Nem sempre. Existem casos onde o animal está cheio de nós, não vai com frequência cuidar da higiene e sim a cada três ou mais meses. Com isso,

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ao ser tosado, pode apresentar irritações na pele e transtorno de comportamento. No caso de animais doentes que necessitam de mais cuidado, com problemas físicos (muito comum nas raças dachshund e lhasa apso) é importante informar ao estabelecimento e solicitar sempre a presença de um veterinário responsável para eventuais problemas que possam ocorrer nestes casos. O que deve ser observado no banho e tosa? Proprietários devem estar atentos se o profissional é realmente qualificado para atender seu animal, procurando conhecer o local onde ele irá ficar e observar itens simples como: tapetes antiderrapantes nas banheiras, gaiolas forradas para não enroscar as patas, caixas de transporte individuais, borrachas nas mesas de tosa para não escorregar, uso de toalhas individuais (há casos onde o dono do animal leva seu próprio kit higiene). Nunca deve ser colocado junto com animais de outros clientes. O equipamento e materiais devem ser adequados, tais como: máquina própria para o pelo de cachorro (e não cabelo humano), se existem várias lâminas de corte para não ficar usando sempre a mesma e correndo risco de ferir o

Desembolador de pelos

Kit lâmina, máquina, tesoura

Máquina de tosar

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E o banho? Cada raça necessita de um cuidado diferente e xampu adequado para cor e pelagem. Para animais de pelo longo, o cuidado é muito maior pois o proprietário deve estar ciente de que a manutenção tem que ser semanal. Seja em casa ou no pet shop, eles devem tomar banho toda semana, secar corretamente para que a pele não fique úmida (evitando o aparecimento de fungos) e nunca usar produtos humanos para que não ocorra dermatite alérgica. Quando se trata de um animal alérgico, utilizar produtos recomendados pelo veterinário ou sempre xampus neutros. A maioria dos estabelecimentos de banho e tosa oferecem pacotes onde recebe

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animal ou queimá-lo com lâminas quentes). Outro detalhe são as tesouras sem pontas para fazer acabamento perto dos olhos e as curvas para as patas redondas. Para cachorros alérgicos às lâminas devem ser usadas apenas tesouras. O carinho e o respeito do tosador para com o animal é absolutamente necessário - “sempre ensino no meu curso que, no pet shop ele é só mais um cliente, mas para o dono, ele é único e é assim que ele deve ser tratado” - disse Janaína.

toda a manutenção - banho, tosa, tosa higiênica, hidratação, cauterização da pelagem e também banhos terapêuticos (saiba que nenhum estabelecimento tem obrigação de remover parasitas em um banho comum). O banho terapêutico é específico para animais com pulgas e carrapatos, para que voltem para a casa limpos, facilitando a manutenção do proprietário. Muitas vezes o custo x benefício é bem maior, pois os pet shops oferecem descontos para quem vai toda semana e o proprietário não precisa comprar todos os equipamentos como secador, escovas, pentes, desembolador, xampu, condicionador entre outros. Esta frequência vai propiciar melhor entrosamento entre o profissional e seu pet reduzindo o stress que este ritual causa. Para ter seu cãozinho sempre saudável procure orientação adequada na parte de clinica com seu veterinário e na parte de estética e pelagem converse com um bom tosador assim os cuidados em casa e até mesmo os custos ficam bem menores fazendo valer o antigo ditado “melhor prevenir do que remediar”. E para quem quer ingressar nesta profissão, recomendo fazer cursos profissionalizantes além de gostar muito de animais.

Declaração de uma internauta em um site sobre o tema Foto: Janaina

Minha Schnauzer já passou por uma dessas experiências. Eu a havia levado para a tosa e ela voltou com um laço grande e bonito no pescoço. Quando cheguei em casa resolvi tirar o enfeite, porque achei que a estivesse incomodando e para minha surpresa me deparei com um “vergão” vermelho em seu pescoço. Então fiz uma inspeção geral, e achei outros arranhões nela. Liguei imediatamente para o Petshop e alertei o acontecido. Só voltei a levá-la de volta quando mudaram o tosador

Janaina Huiara de Moura Abreu, esteticista canina e tosadora há 16 anos, formada pelo canil Kektuz com Valter Pereira , cursos de especialização em São Paulo Pet Center Margial (Roseli Figueiredo) e estudante de Medicina Veterinária quinto ano NA PRÓXIMA EDIÇÃO Grooming | Tipos de tosa mais comuns | Higiene e limpeza

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Mãe

Natureza

A Revista 4 patas também se preocupa com a saúde do planeta e apresenta os melhores assuntos relacionados a natureza, mundo selvagem, ecologia, sustentabilidade e bem-estar humano.

O que é energia alternativa? A energia tem sido através da história a base do desenvolvimento das civilizações. Nos dias atuais é cada vez maior a necessidade energética para a produção de alimentos, bens de consumo, de serviço, de produção, lazer e para promover o desenvolvimento econômico, social e cultural. É assim, evidente a importância da energia não só no contexto das grandes nações industrializadas, mas principalmente daquelas em via de desenvolvimento, cujas necessidades energéticas são ainda mais dramáticas e urgentes. É chegada a hora de ingressarmos na era das fontes alternativas de energia. Elas estão ganhando mais adeptos e força no seu desenvolvimento e aplicação, tornando-se uma alternativa viável para a atual situação em que o mundo se encontra. Com as crises de petróleo, pela dificuldade de construção de centrais hidrelétricas, termoelétricas, carvão mineral, xisto, usinas nucleares e outras formas de energia suja, como são classifi-

cadas, sabe-se que elas geram uma grande degradação ambiental incontestável do ponto de vista social, econômico e humano. Construir uma hidrelétrica hoje significa desabitar e destruir uma grande área verde, do mesmo modo que procurar e perfurar poços de petróleo em águas profundas, tornam-se situações inviáveis e nada alternativas. Com isso é constante o movimento migratório, ou seja, fazendo com que agricultores partam em busca do sonho da cidade grande, contribuindo com a construção de novas moradias ocasionando, na maioria dos casos, a ligação de redes clandestinas de energia, sobrecarregando das linhas de distribuição e transformadores podendo gerar os famosos “blecautes”. Esses acontecimentos têm de certa forma, fortalecido o movimento em busca de novas fontes alternativas de energia. Busca-se uma energia limpa, pura, não poluente, a princípio inesgotável e que possa ser encontrada em qualquer lugar na natureza.

Principais fontes de energia alternativa Biomassa É utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico produzida e acumulada em um ecossistema, porém nem toda a produção primária passa a incrementar a biomassa vegetal do ecossistema. Parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema para sua própria manutenção. Suas vantagens são o baixo custo, é renovável, permite o reaproveitamento de resíduos e é menos poluente que outras formas de energias como aquela obtida a partir de combustíveis fósseis. A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo.

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Eólica É a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. Utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica.

Solar É qualquer tipo de captação de energia luminosa (em certo sentido, da energia térmica) proveniente do sol e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou mecânica. Os métodos de captura da energia solar classificam-se em diretos (através de célula fotovoltaica) ou indiretos (que precisará haver mais de uma transformação para que surja energia utilizável de acordo com a disponibilidade de luz do sol).

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Reino animal

Conheça cinco curiosos animais transparentes Fotos: Greenvana

Já viu algum desses cu­ ri­ osos animais transparentes por aí? Se a resposta for negativa, não há problema: algumas dessas espécies são raras de encontrar. Até porque são animais considerados fantasmas do mundo real, por terem uma pele parecida com vidro e aparência quase imperceptível. Selecionamos, com ajuda do MNN, os mais intrigantes deles já registrados. Sapo de vidro Estes anfíbios da família Centrolenidae são chamados de sapos de vidro porque a sua pele abdominal é quase toda transparente. Olhar para ele assemelha-se à análise de uma ressonância magnética, já que muitos órgãos internos do animal, tais como fígado, coração e intestino, são vistos com facilidade. Encontrados nas selvas da América Central e do Sul, esses animais são principalmente arborícolas, o que significa que vivem principalmente nas árvores.

Crocodilo Icefish Este curioso predador da Antártida é incomum porque sua aparência transparente se deve, em grande parte, ao sangue quase invisível. Eles são os únicos vertebrados conhecidos no mundo sem a hemoglobina, a proteína no sangue que transporta oxigênio. Sobrevivem a temperaturas abaixo de zero no oceano onde vivem, já que a água fria tem um teor de oxigênio dissolvido muito maior do que a água mais quente.

Por Mariana Montenegro Matéria originalmente publicada no Style, do Greenvana http://style.greenvana.com

Borboleta Glasswing Esta borboleta com asas transparentes tem um nome espanhol, “espejitos”, que significa “pequenos espelhos”. Se não fosse o esboço opaco ao redor das asas, ela passaria quase despercebida a olho nu. Muitas vezes migram grandes distâncias, e os machos da espécie se reúnem em enormes grupos com o objetivo de se exibir competitivamente para o acasalamento.

Camarão fantasma As conchas semitranslúcidas desses crustáceos minúsculos os tornam quase tão transparentes quanto os aquários de vidro em que muitas vezes são mantidos. Na natureza, diferentes espécies podem ser encontradas em rios e lagos em todo o mundo, incluindo o centro dos Estados Unidos. Esses animais transparentes só são facilmente percebidos quando ganham a cor de algum alimento colorido que tenham ingerido. Geralmente, como sua dieta é à base de vegetais, adquirem a cor verde.

Lula de Vidro Ao todo, são mais de 60 espécies deste tipo de lula, encontradas nas profundezas do oceano, há cerca de 2 km da superfície. Com órgãos coloridos dentro dos olhos, de aspecto esbugalhado, é a alimentação perfeita para alguns tipos de peixes e baleias.

SAÚDE NATURAL Como a Natureza pode colaborar na cura de doenças ou oferecer mais qualidade de vida. Na próxima edição da Revista 4 patas, entenda sobre Homeopatia e Herbologia aplicada tanto ao ser humano como os animais. Revista 4 patas - Edição 5

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Fotos: Arquivo pessoal

Saúde animal por Matheus Felício (Croco)

Mundo selvagem

Entre resgates e conscientização ambiental

Estudando o passado, entendendo o presente e preservando o futuro

Passo do Lontra; este foi o lugar que em meu primeiro ano de faculdade onde nasceu a “Equipe Pata de Capivara”. Uma brincadeira de 3 amigos em um curso de biodiversidade do pantanal na base do IPAA onde o apelido “Croco” também originou-se. Tudo por conta do personagem, o Crocodilo Dandie; magrelo, “lemão” e nada atraente; o apelido caiu como uma luva para

este “ser” de 27 anos que lhes escreve. Desde ai decidi continuar esta “brincadeira” e lavá-la a sério. E foi com um projeto socioambiental no meu curso de Ciências Biológicas que a Equipe Pata de Capivara deu seus primeiros passos. Porém, com a dificuldade de encontrar matérias para o projeto comecei a sair a campo e montá-las por conta própria. Mais um

passo adiante e estávamos com estas “aventuras“ na TV. O engraçado é que, até hoje muita gente não sabe que meu verdadeiro nome é Matheus Felício e não Croco e também que a Equipe se tornou muito mais que eu esperava, tornou-se meu trabalho, minha sina, onde me dedico 24 horas por dia. Hoje, a Equipe Pata de Capivara, está em duas gran-

des vertentes. Levar informações reais através da educação ambiental pela mídia e na área de proteção ambiental e animal. Com cerca de 6 anos de existência tentamos aproximar assuntos ambientais do cotidiano das pessoas e também contribuir no que for preciso para qualquer causa que visa a proteção do meio ambiente e de animais. Biólogo e Vegetariano,

acredito que vida é vida, não importa qual forma ela tiver e por isso devemos respeitá-la. E todas as minhas ações, desde os resgates na madrugada até pequenas apreensões são realizadas em conjunto com ONGs, sendo a principal delas o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, situada em Cotia SP. Lá particípio como voluntário há quase 4 anos e com eles já participei de alguns resgates que dariam para escrever um livro, como a do Leão Alex no Mato Grosso do Sul onde quebrei em duas partes meu tornozelo e só fui ao hospital depois de 3 dias de viagem. Então regates, voluntariado e muita informação de um jeitinho diferente (com um toque de bom humor) é que pretendo trazer para os leitores da Revista 4 Patas. Mostrar um mundo natural por outra perspectiva, e incentivando a você leitor a participar, refletir e se divertir muito!

www.ranchodosgnomos.org.br

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Matheus Croco – Biólogo www.equipepatadecapivara.com.br

Resgate

O dia em que um gambá visitou a cidade Era sábado à noite e estava saindo para um cineminha quando o meu telefone tocou. Um grande amigo me pedia ajuda, pois não sabia o que poderia ter visitado sua pizzaria antes dela ser aberta e causado uma grande bagunça. Ele achava que era algum tipo de “ratazana” muito grande pois acreditava ter visto algo parecido antes de me ligar. Começamos a procurar embaixo de estantes e caixotes e nada de encontrá-lo. Definitivamente acreditei que ele já teria ido embora. Era bem de manhazinha quando, já em casa, novamente meu telefone toca e era meu amigo dizendo que o visitante acabou se dando mal, ficando preso dentro de uma caixa de laranja. Corri para lá o mais rápido possível e novamente me deparei com meu amigo, mas desta vez mais calmo e com um sorriso estampado na cara me dizendo: - Ufa, desta vez ele esta aqui.

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Pronto, lá estava o nosso fujão, minhas suspeitas tinham se confirmado, um lindo Gambá (Didelphis marsupialis), animal onívoro (que se alimenta de praticamente tudo, como: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, caranguejos encontrados em zonas de manguezais, anfíbios, serpentes, lagartos e aves (ovos, filhotes e adultos). Na natureza têm como principal predador o gato-do-mato e algumas aves mas nas cidades, são frequentemente atropelados por terem a visão ofuscada pelos faróis e devido a pouca mobilidade – exceto nas árvores onde mostram-se exímios escaladores. Pois bem, com muita calma peguei o animal. Lembrando que este não é aquele que “esguicha fedor” - estes gambás brasileiros não conseguem fazer isso. De repente eu percebi algo se mexendo na bolsa dele. Sim, filhotes, chegando ao ponto de colocarem as cabeci-

nhas para fora da bolsa como se quisessem saber o que estava acontecendo. Rapidamente cobri a agora mamãe Gambá e a coloquei na caixa de transporte. Segundo nossa política de manejo o estresse de qualquer animal recolhido pela equipe deve ser minimizado o quanto antes e, se tratando de uma mamãe, sua soltura deveria ser a mais breve possível. Trinta minutos depois, estávamos chegando a área escolhida para a soltura - com as devidas autorizações - e uma certeza em mãos, que ela estava em plena forma física. Chegamos. Descemos do Jeep e seguimos a pé até um fragmento de Mata Atlântica particular na cidade de Limeira onde, em uma clareira devolvemos este animal à natureza para a felicidade de todos. E a prova maior de que esta ação tinha ocorrido muito bem foi um largo sorriso que a mamãe Gambá deu para a última fotografia de despedida.

Fotos: Arquivo pessoal

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Luminárias suspensas limpam o ar com vegetação natural por Mariana Montenegro

Fotos: Greenvana

Salas de escritórios convencionais geralmente são espaços pequenos e monótonos, sem qualquer tipo de ventilação ou vegetação natural. Mas há empresas especializadas em objetos ecológicos que transformam os locais de trabalho de forma sustentável, por mais tradicionais e conservadores que sejam. A mais nova criação da Greenworks é uma espécie de luminária multifuncional viva chamada Babylone. Suspensa no teto, funciona como um vaso de plantas que ajuda a purificar e limpar o ar do ambiente. Projetada por Alexis Tricoire, trata-se de uma esfera de 50 cm com cinco aberturas que permitem à vegetação natural crescer para fora e

respirar normalmente. A parte inferior é coberta com pedra-pomes, que tem alta capacidade de reter água e possui minerais e micro-nutrientes que fornecem alimento ao vegetal. Isso significa que as plantas vão precisar de água apenas uma vez a cada três semanas. O objetivo é trazer um pouco de verde para o ambiente de trabalho, já que é possível plantar uma grande variedade de espécies purificadoras de cores diferentes nas luminárias, dando origem a uma peça única que você mesmo pode customizar da forma que achar melhor. Matérias originalmente publicadas no Style, do Greenvana http://style.greenvana.com

Tente adivinhar de que são feitas estas luminárias Mais um acessório para deixar sua decoração incrível! Idealizadas pela artista Sarah Turner, essas luminárias são feitas de garrafas plásticas e resíduos coletados em residências e restaurantes no Reino Unido. Todo o material recolhido é transformado por ela em objetos surpreendentes com formas inusitadas para decoração de interiores. Segundo a artista, os frascos das garrafas plásticas são limpos e areados para dar aparência opaca e em seguida é cortada à mão e esculpida em formas decorativas. Os frascos são totalmente transformados, sendo quase impossível dizer o que

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eram antes da mudança. Sarah acredita estar fazendo um bem para o meio ambiente ao dar um fim mais digno e artístico a esses resíduos que levam tanto tempo para se decompor e só uma pequena parte é reciclada no Reino Unido. O resto é depositado em aterros.

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Proteja sua plantação de pets brincalhões

Horta vertical: Marcelo Rosenbaum ensina Fonte: http://vilamulher.terra.com.br

Você quer uma horta mas não tem espaço para isso? A solução para uma horta em casa, mesmo sem espaço, quem dá é o arquiteto Marcelo Rosenbaum, do quadro “Lar Doce Lar”, do programa “Caldeirão do Huck” (Rede Globo). Uma ideia super simples e ecológica. Rosenbaum colocou garrafas PET, uma das vilãs dos tempos modernos, para criar uma horta vertical. Em seu blog há um passo a passo onde ele ensina a fazer a horta vertical com garrafas PET. A horta terá mais sucesso se você investir em vegetais de pequeno porte, temperos e ervas medicinais.

Materiais: - garrafa PET de 2 litros vazia e limpa - tesoura - corda de varal, cordoalha, barbante ou arame - para os que optarem por cordoalhas ou arames, serão necessárias duas arruelas por garrafa PET - terra - muda de planta Fotos: divulgação

Segundo o arquiteto “para fixar as garrafas, deve-se fazer dois furos no fundo da garrafa e dois na parte superior. Dá pra entender direitinho olhando bem a foto. Além dos furinhos para passar a corda, é necessário um pequeno furo para água da rega escoar. Depois disso, passe a corda por um furo e puxe pelo outro.

Dicas úteis As ervas demandam menos cuidados, mas você deve transplantá-las e remover do jardim os espécimes doentes e as ervas daninhas. É possível controlar de maneira eficaz as ervas daninhas, revolvendo de vez em quando a terra em volta das plantas. Ao redor de plantas que preferem solo rico, úmido (por exemplo, manjericão, aneto, cerefólio, cebolinha, hortelã e segurelha), use uma camada fina de cobertura orgânica leve, como folhas mortas, mofo de folha, aparas de madeira, lascas de casca de pinheiro ou adubo. Revista 4 patas - Edição 5

Cascalho pequeno é melhor para as ervas que requerem um solo mais seco e menos rico (alfazema, alecrim e tomilho, por exemplo). Contra pragas, misture de oito a dez dentes de alho cortados em lascas finas com uma colher de chá de pimenta seca, deixada numa infusão em duas xícaras de água fervente. Coe a solução com um pano e misture a ela duas colheres de sopa de detergente líquido. Aplique durante alguns dias até a praga desaparecer.

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Arte milenar

Bonsai: beleza e equilíbrio emocional

Apesar da forte associação entre o cultivo de bonsai e a cultura japonesa, na verdade foram os chineses os primeiros a cultivar árvores e arbustos em vasos de cerâmica. Há provas de que, já em 200 d.C. os chineses cultivavam plantas envasadas (mais conhecidas como Penjing) como prática habitual da sua atividade de jardinagem. by Wikipedia Você já deve ter ouvido falar de bonsai. Me lembro de tomar ciência dessas plantas com o filme “Karatê Kid - A hora da verdade” de 1984 quando eu ainda era criança. Eu cresci com uma ideia bastante errada do que é um bonsai e acredito que muitas pessoas tenham o mesmo tipo de compreensão. Bonsai não é uma espécie de árvore - na realidade qualquer espécie de caule lenhoso pode ser usado para o cultivo de bonsai - porém algumas características tornam umas espécies melhores para o cultivo do que outras. Também não se trata de uma árvore anã, o nanismo é uma condição genética que faz com que um indivíduo não cresça normalmente, isso ocorre naturalmente e de forma não intencional. Já os bonsai (é assim mesmo, o plural não tem “s”) não cresce devido a podas de galhos e raízes e, de forma intencional, imitam as formas de uma árvore adulta. Por isso não se encontram bonsai prontos na natureza. A arte do bonsai é na realidade uma técnica de cultivo de árvores em bandejas ou vasos rasos, a palavra bonsai é a pronuncia japonesa de um termo chinês anterior, penzai, ambas as línguas compartilham o mesmo grafismo (kanji) para a palavra que significa, a grosso modo, “árvore em bandeja”. O bonsai surgiu na China a cerca de 200 anos DC, estudantes budistas japoneses e pessoal de embaixada retornaram da China para o Japão entre os anos 600 e 900 levando com eles alguns espécimes e técnicas de bonsai, que acabou se popularizando no Japão onde se tornou mais parecida com o que conhecemos hoje, desvincularam o cultivo do bonsai da religião e estabeleceram regras e estilos. O preço de um bonsai varia devido a vários fatores, espécies exóticas tendem a custar mais caro, assim como plantas mais antigas. Um bonsai em vaso de plástico terá um preço muito inferior a um bonsai plantado em um vaso cerâmico importado. Para iniciantes são recomendadas espécies mais resistentes, bons exemplos são as espécies da família dos Ficus, Olmo Chinês (Ulmus parvofolia), Serissa (Serissa foetida), Piteco ou Tataré (Chloroleucon tortum), Buxinho (Buxus Sempervivens) entre outras. Bonsai não dá muito trabalho, o maior cuidado deve ser com a rega, como o vaso é pequeno o substrato seca rapidamente e portanto deve ser regado sempre que estiver ficando seco, geralmente uma ou duas vezes por dia dependendo do clima e da estação. Como se trata de uma árvore, os bonsai precisam de sol diretamente na folha, podem ficar dentro de casa por um ou dois dias como enfeite, mas deve passar a maior parte do tempo no sol pois dependem dele para

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se alimentar. Cada espécie tem suas peculiaridades, porém o bonsai não é diferente da árvore normal da mesma espécie, basta procurar na internet um guia de cuidado da espécie para saber detalhes como tempo mínimo de ensolação, adubação ideal, época propícia para podas para manter a forma da planta, etc. As plantas vendidas como bonsai em mercados são geralmente mudas novas, mas são materiais bom para se começar. Para comprar um bonsai, o ideal seria pesquisar por viveiros especializados próximos a sua casa, mas você pode também comprar bonsai pela internet, as plantas são enviados pelo correio. Bonsai é uma forma de arte, as plantas se tornam esculturas vivas que se renovam e se modificam continuamente, a sua prática é um exercício de paz, paciência e amor a natureza.

por André Luís Toledo

http://bonsai.andretoledo.com.br

Quer saber mais sobre bonsai? Registre-se no fórum www.bonsaiforum.com.br e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto. João Chaddad Junior

Planta: Paineira

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Reprodução

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acaba interferindo no equilíbrio dos ecossistemas...”

cansar e se alimentar. São caçadores ferozes possuindo dentes e garras muito bem afiadas sendo que suas principais presas são as focas. Mas também se alimentam de peixes, aves, caranguejos entre outros. A notícia é bastante chocante onde, ao primeiro momento, um

Aquecimento global em foco Uma ursa foi rastreada por cientistas nadando por 687 km o que equivale a 9 dias. Isso ocorreu porque ela não encontrou gelo para descansar. A fêmea estava acompanhada de seu filhote que acabou não sobrevivendo ao percurso. A ursa perdeu aproximadamente 22% de seu peso corporal. Esses animais, assim como praticamente todos os que habitam em climas extremos como o Alasca, estão muito bem adaptados a viverem lá. Os ursos geralmente possuem pelos que chegam a 15 cm e por baixo destes existe uma espessa camada de gordura que pode atingir também 15 cm, ou seja, tanto os pelos longos como a gordura funcionam como um poderoso casaco que protege o animal contra o frio. Apesar de serem ótimos nadadores, esses animais assim como as focas e pingüins, também precisam de terra firme ou de gelo para que possam des-

Apesar de serem ótimos nadadores, os ursos também precisam de terra firme ou de gelo para que possam descansar

Estudo de caso

sentimento de revolta nos invade e logo podemos pensar “O homem é o culpado pelo derretimento das geleiras, culpado também pelo aceleramento do aquecimento global, grandes empresas poluem a água e também o ar. Além disso são retiradas toneladas de peixes dos oceanos e isso

Mas será que nós humanos somos realmente culpados pelo aceleramento do efeito estufa? Existem muitas con­ trovérsias e discussões a respeito desse assunto pois, se levarmos em consideração o que a ciência nos expõe, iremos perceber que através de inúmeros estudos onde apontam que o planeta Terra está sempre passando por constantes mudanças. Podemos tomar, por exemplo, o filme “A era do gelo” que ilustra bem que o nosso planeta já passou por um período de resfriamento e que hoje não passa mais. Atualmente a mídia nos mostra frequentemente notícias tais como “A Organização Mundial de Meteorologia (OMM), informou que o ano de 2010 foi um dos 3 anos mais quentes da história” Alguns estu-

dos provam que o planeta vem passando por mudanças climáticas já há bilhões de anos e alguns cientistas falam muito a respeito da atividade solar, explosões que ocorrem no Sol entre outras coisas que acontecem fora do nosso planeta e que afetam diretamente to­ do o sistema solar. Resumindo, no momento não podemos afirmar, de fato, que os humanos são os culpados pela aceleração do aquecimento global, mas de uma coisa temos certeza, quanto menor a poluição, maior é a “saúde” do nosso planeta.

Renan F. de Oliveira Biólogo em início de carreira mas com muita garra em sua área

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Regime alimentar humano

Vivendo sem produto animal O ANIMAL Muitos vegetarianos não concebem o homem como superior ao animal, do ponto de vista do direito à vida. Ou seja, não é justo tirar a vida de um animal para alimentar uma pessoa, especialmente quando a vida dessa pessoa não depende da vida do animal. Portanto, devem co-existir os dois. Outro aspecto prende-se com a forma como os animais são tratados. Os animais produzidos pela indústria agro-pecuária moderna são confinados em pequenos espaços, alimentados de forma artificial e tratados por vezes de forma brutal durante o transporte ou antes do abate. O MEIO AMBIENTE A motivação é racionalizar a utilização dos recursos naturais para a obtenção de alimentos. Um vegetariano reduz um elo da cadeia alimentar, tornando-a mais eficiente e, consequentemente, reduzindo o impacto ambiental da sua alimentação. Para produzir carne é necessário cultivar plantas, que alimentam o gado, que por sua vez irá alimentar o homem. Durante o passo de alimentação do gado foram gastos recursos como a água, energia e tempo, que poderiam ter sido poupados se o homem consumisse diretamente os vegetais. Exemplo: para produzir 1 kg de carne bovina são gastos aproximadamente 15 mil litros de água (incluindo a rega das plantas, a higiene do animal, etc). Para produzir 1kg de soja são gastos menos de 1300 litros de água, cerca de 10%. “A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área for usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas.” (www.sejavegetariano.com.br).

Quando a profissão fala mais alto

Fábio S. Nogarotto Chef e proprietário do Supermercado “O Barateiro” Limeira/SP

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Fábio tornou-se vegetariano por influência de uma amiga que mostrou os malefícios da carne para o corpo e principalmente quando soube dos maus-tratos aplicados aos animais de abate. A falta da carne causou alguns transtornos no início mas depois percebeu que estava com uma melhor disposição tanto física quanto psicológica vendo grande benefício ao seu sistema nervoso. Após 8 anos, para ajudar nos negócios da família, fez um curso de gastronomia italiana tornando-se assim um chef respeitado em sua cidade com grande talento gastronômico.

Com isso veio a necessidade de mudar seus hábitos alimentares onde sofreu as consequências da rejeição de seu corpo (houve até problema hormonal) e a de amigos vegetarianos que na época, não entenderam sua mudança. “Muitas pessoas me perguntam se ainda sou vegetariano e minha resposta é que eu seria muito hipócrita se dissesse que sim pois, mesmo que eu não comesse carne, estaria preparando e vendendo”, disse. Hoje aqueles amigos o compreendem e seu talento lhe dá força para conviver em paz com a carreira escolhida e sempre respeitando o hábito vegetariano.

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Regime alimentar humano

Qualidade de vida do homem e do meio ambiente Reprodução

Luta pela causa Reprodução

Como deixo de ser carnívoro? Arquivo pessoal

CARNÍVORO OU HERBÍVORO? No passado, ser carnívoro foi determinante para a sobrevivência do homem em determinadas etapas de sua evolução. Hoje ela se apresenta como uma desvantagem evolutiva (a carne está associada à maior incidência de doenças e a ocupação menos sustentável da Terra). Devido à evolução do homem descrita na história, os vegetarianos lutam para convencer a maioria das pessoas a modificar seus hábitos alimentares. Afinal, é possivel viver sem a carne? A falta que ela faz Menu verde é fraco em quatro nutrientes: Ferro Falta de ferro gera anemia. E a maior fonte de ferro são as carnes. O ferro de origem vegetal, presente no feijão e grãos integrais, tem absorção mais baixa. Solução vegetariana - Aumentar a absorção de ferro, combinando alimentos que contenham vitamina C. Vitamina B12 Carnes, ovos e leite têm boas reservas dessa substância, essencial para a manutenção das células nervosas. Solução vegetariana - Ovolactos e lactove­ getarianos devem co­mer ovos e leite. Ve­­gans precisam tomar su­plementos de vitamina B12. Cálcio Quem não ingere leite e derivados sofre com a ausência desse mineral essencial para evitar osteoporose. O cálcio presente em vegetais como brócolis e grão-de-bico é menos absorvível. Solução vegetariana - Tomar ao menos 3 copos de leite por dia. Proteínas Carnes, leite e ovos têm proteínas mais completas e de fácil absorção. As proteínas vegetais não são tão completas e abundantes como as da carne. Solução vegetariana - Comer muita soja, único vegetal que supre 100% das necessidades proteicas. Revista 4 patas - Edição 5

Gary Yourofsky é um ativista radical, que antes usava métodos que iam muito contra as leis normais dos humanos, que o fazia ir parar sempre na cadeia. Assim, foi preso mais de uma dúzia de vezes na luta pelos direitos dos animais sendo sua maior permanência em 1999 durante seis meses em uma prisão de segurança máxima no Canadá. Em sua palestra, disponível no You Tube com legendas, Gary Yourofsky mostra, com cenas chocantes, os bastidores do abate de animais para consumo humano. Não há como alguém ficar indiferente, não refletir e continuar na mesma vidinha de sempre depois dessa palestra. É um ponto forte e da maior importância dentro do cenário mundial da defesa dos animais. Ninguém pode defender os animais apenas levado pela emoção, é necessário ter base sólida, reflexão e acima de tudo ponderação e inteligência para entender de uma vez por todas que nosso relacionamento com os animais deve mudar e o primeiro passo é não comê-los nem utilizar os produtos derivados da crueldade contra essas criaturas.

http://youtu.be/8bH-doHSY_o

A Revista 4 patas consultou a nutricionista Marina Conforto Paschoaleto para - em poucas palavras - definir a melhor maneira de uma pessoa efetuar a transição alimentar. “O vegetarianismo é um tema que vem ganhando muitos adeptos no Brasil e no mundo. Porém, aquelas pessoas que desejam ou precisam tornar-se um vegetariano devem estar atentos a alguns pontos importantes pois, um cardápio mal elaborado pode trazer diversos riscos à saúde. O primeiro ponto é consultar um médico para um check-up, solicitar um hemograma e a taxa de ferritina e hemocisteína é de extrema importância. Estando tudo bem, é hora de consultar um nutricionista para que haja um acompanhamento desta nova dieta. O ideal é que o consumo de carnes nas refeições diminua gradativamente. Não é aconselhável deixar de comer todas as proteínas animais de uma só vez. Aos poucos consuma alimentos com soja. Você vai se habituando ao sabor e acostumando seu intestino na absorção da proteína da soja. Não aumente o consumo dos derivados de leite para compensar a falta da carne, pois você terá um aumento no consumo de gordura podendo ocasionar aumento de peso entre outras doenças relacionadas ao elevado consumo de gordura. É importante deixar sua salada crua bem colorida variando-a. Atenção: salada não é apenas alface e tomate! Incremente com castanhas, cebola, grão de bico, molhos, por exemplo. E aumente o consumo de legumes refogados. Consuma frutas e escolha uma porção para associá-la com farinha de semente de linhaça – excelente fonte de ômega-3. A vitamina B12 é uma preocupação. Os ovo-lacto-vegetarianos podem não ter deficiência diagnosticada por algum tempo, já que a vitamina fica armazenada no fígado. Porém os veganos precisam estar atentos! O acompanhamento nutricional é de extrema importância, pois o mesmo auxiliará na elaboração de um cardápio saudável, no acompanhamento de sua evolução e até prescrevendo suplementos caso haja necessidade.”

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Faça você mesmo

por Mary Serafim - paisagista

A saúde do planeta depende das árvores

Aqui estão alguns dos motivos para você plantar não uma, mas várias árvores, e ajudar a natureza! Imagem ilustrativa

A idéia do plantio de árvores pode nos trazer grandes benefícios, tais como: - ajudar em períodos de enchentes, pois uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia; - suas folhas, frutos, madeira e raízes servirão de alimento para diversos seres vivos; - camadas de folhas que se formam embaixo das árvores servem de berço para as sementes, e para proteger o solo dos pingos da chuva, que podem causar erosão; - entre outros vários benefícios como sombra e frutos, o perfume que elas exalam, abrigo e alimento para pássaros, oxigênio para você respirar bem e pode não conseguir mais daqui alguns anos, pois a poluição gerada pelas grandes cidades estão desequilibrando a quantidade de oxigênio no mundo. Será que algumas dessas informações o convenceram a fazer um plantio de uma árvore? Acreditamos que sim e nada melhor do que saber como realizar essa tarefa com algumas dicas. O sucesso do plantio está mais ligado às condições de luz, umidade e solo, do que à técnica aplicada para plantar uma árvore. Algumas regras devem ser respeitadas na hora de plantar:

1º passo: Espaçamento

Se cada pessoa fizer sua parte, sua cidade ficará mais florida, bonita e você ainda contribuirá com a natureza

4º passo: plantio

As covas devem possuir um espaçamento de no mínimo 3 metros entre elas para respeitar o crescimento das copas.

2º passo: Tamanho da cova Pode variar de acordo com o tamanho da muda. Para mudas acima de 1,80m é preciso de 60 cm de profundidade. Caso o solo estiver fofo, 60 cm largura. Caso o solo estiver muito compacto, faça uma cova cônica (tipo funil) de 1m na superfície, 50cm no fundo.

3º passo: Adubação A adubação pode variar com a espécie. É importante observar que a adubação no momento do plantio serve para que a muda enraíze mais facilmente no novo local. Existem várias marcas de adubo para plantio de árvores no mercado, consulte o vendedor da flora onde você adquiriu a muda, pois ele saberá indicar o mas correto.

- Retire a muda da embalagem, com cuidado para não desmanchar o torrão de terra que vem com ela; - cubra o fundo da cova com terra misturada até que o torrão fique nivelado com o chão; - coloque a muda dentro da cova, bem na vertical, observando a altura do torrão com relação ao solo; - é necessário uma estaca de madeira rente à muda para dar sustentação à planta, afunde a estaca até o fundo da cova; - complete a cova com terra misturada (terra orgânica e a terra do próprio local do plantio) e “amasse” a terra em volta da muda para firmá-la no chão. Não cobra o caule com terra. - faça uma vala em torno da muda, com o mesmo tamanho da cova, para captar água; - regue abundantemente a planta ,mas tenha o cuidado de não encharcar.

Dois exemplos de árvores que podem ser plantadas em calçadas ou jardins por possuir entre 4 e 5 metros de altura e o raio de copa em torno de 2 a 3 metros. • Ipê-de-jardim • Resedá anão Procure uma casa especializada em plantas que poderá indicar outras espécies bem como ajudar nas informações de plantio.

CLUBE DO DESCONTO - Revista 4 patas Bem-estar e qualidade de vida (humana) Mais detalhes na pág. 30

Produtos naturais e para fortalecimento | Beleza | Corpo e mente Academias | Terapias alternativas | Jardinagem e Paisagismo | Decoração Consulte: (19) 3713-3800 / 8122-3050 - contato@revista4patas.com.br

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Artesanato sustentável

Comedouro para pássaros com Tetra pak

por Denise Dechen

fonte: www.ciclovivo.com.br/ Vila do Artesão

Fotos: Vila do Artesão

Uma embalagem de Tetra pak pode ser transformada em um comedouro de pássaros. A intenção é reutilizar um material que iria para o lixo e transformá-lo em um ambiente apropriado para os passarinhos se alimentarem. Veja como é o passo a passo deste charmoso e ecológico comedouro

Voluntária da ONG OBA - Florianópolis/SC (www.obafloripa.org) e coordenadora do Projeto Cão Terapia (OBA). Mantém o blog http://dicaspeludas.blogspot.com que reúne assuntos variados sobre o universo animal e conscientização humana

Material: - Caixa de leite (muito bem lavada) - Tinta PVA branca (para a base) - Tinta de artesanato para fazer desenhos na caixa - Pincéis - Verniz a base de água - Caneta permanente - Estilete (se você é menor de 18 anos, peça para a mamãe ou papai utilizar o estilete) - Régua - Gravetos - Cordão 4

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2 Desdobre as abas superiores da caixa de leite e fure-as dos dois lados com a ponta da tesoura.

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1 Com auxílio da régua, trace as linhas da “janela” que será aberto na lateral da caixa

Desenhe a base do retângulo a três centímetros da base da caixa e a cinco centímetros do topo. Dentro do retângulo, demarque uma linha de corte a três centímetros de baixo para cima...

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Com um estilete, corte as linhas laterais marcadas e o retângulo inferior

...e dobre a aba que sobrou para cima para fazer o telhado da casinha.

Faça um furo também na parte da frente e de trás da caixa que servirá pra encaixar o graveto que servirá de pouso para os pássaros.

...e outro graveto nos furos de cima (abas superiores) que será o suporte para pendurar nas árvores ou na sua varanda

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Passe duas demãos de tinta PVA branca na caixa e em seguida passe a tinta acrílica e espere secar.

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Depois faça desenhos livres de sua preferência e pinte-os usando as tintas acrílicas de artesanato

A caneta permanente pode ser usada para preencher espaços vazios como demonstra a figura acima. Para finalizar, passe uma mão de verniz à base de água para proteger a pintura.

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Coloque um graveto comprido que atravesse de um lado a outro da caixa (nos furos da base) para que os pássaros possam pousar...

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Amarre uma corda, um nó em cada ponta do graveto do lado externo das abas e pronto.

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Férias e verão

Verão exige cuidados especiais com os pets Divulgação

A temperatura sobe e os cuidados com seu animal de estimação aumentam Durante a estação mais quente do ano não é só a alta temperatura que pode incomodar o seu animal de estimação. Nesta época do ano alguns cuidados são necessários para garantir a saúde e bem-estar do seu pet. Diferentemente do homem, cães e gatos não possuem glândulas sudoríparas, sendo a respiração a única forma de controlar a temperatura corpórea ideal. Por isso eles ficam com a boca aberta, para que o ar frio entre e resfrie o seu corpo. Os cães têm uma temperatura normal mais alta do que os seres humanos e perdem calor, ou seja, transpiram somente através da língua e dos coxins (almofadinhas dos pés e mãos) e isso faz com que eles sofram com o aumento da temperatura ambiente. “Cães de pelagem longa ou densa sofrem ainda mais no verão. O aumento da temperatura corpórea do cão pode levar a um estado chamado hipertermia, que pode matar”, conforme alerta Elaine Pessuto, médica veterinária e diretora clínica do CETAC – Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária, de São Paulo (SP). Doenças relacionadas a dermatites, pulgas e carrapatos, verminoses, intoxicações alimentares e crises de hipertermia são as principais ocorrências durante os meses mais quentes do ano.

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“O verão brasileiro é quente e úmido e propicia dermatites úmidas, de dobras e as otites. Os cães de pelagem densa e espessa que adoram água são suscetíveis”, explica a Dra. Elaine. Durante toda a estação é importante manter os animais bem secos, pois a umidade pode levar a dermatites. A Dra. ainda chama à atenção para algumas raças, que devido à conformação, são mais sensíveis ao calor, como é o caso por exemplo do bulldog francês e do bulldog inglês, cães que possuem o focinho achatado, o corpo compacto e pesado, condição que os deixa ainda mais predispostos a hipertermia. “No verão o ideal é fazer passeios no inicio da manhã e no fim da tarde. As raças de pelo longo e/ ou espesso e os braquicefálicos (cães com focinho curto) devem ainda passear quando o sol já baixou no céu”, ressalta a médica veterinária. Beber bastante líquido é outra dica valiosa. Assim como oferecer água de coco e frutas geladas, ótimas opções durante o verão. ”Sempre ao passear é importante ter água fresca para o seu animal; existem garrafinhas que já tem acopladas um recipiente para colocar a água. Caso você esqueça a garrafa é importante ter um lugar para comprar”, ressalta a Dra. Elaine Pessuto.

Arquivo pessoal

Dra. Elaine Pessuto – médica veterinária e diretora clínica do CETAC – Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária Rua Castro Alves, nº 284 – Aclimação – São Paulo/SP Tel.: 11 2305-8666 www.cetacvet.com.br

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Férias e verão

Como ensinar seu cão a andar de carro

Tanto na cidade quanto na estrada, é imprescindível levar seu cão no banco traseiro seguro por um cinto de segurança canino ou caixa de transporte. O treinamento ao lado se complementa também com o uso dos acessórios.

Se você tem um cachorro ou um cão novo que teme medo de andar carro, saiba que com persistência e maneira correta poderá mudar esse quadro. Coloque uma cama confortável no banco de modo que seu cão não escorregue e deslize no estofamento. Alimente seu cão dentro do carro, enquanto você liga motor como carro parado. Em outros momentos, ofereça pesticos com o mesmo ritual de ligar o carro mas não sair ainda. Quando você perceber que ele não está com medo, comece com passeios curtos para gradualmente gerar tolerância do seu cão para andar no carro. Por exemplo, a primeira vez, basta dar uma volta no quarteirão, voltar para a garagem e desligar a ignição. Repita essa seqüência uma ou duas vezes por dia, dando sempre carinho e petiscos durante seu tempo no carro. Em seguida, aumente o trajeto. Depois de um ou dois dias nessa rotina, tente passear por uns 5 minutos. Enquanto o seu cão não mostrar sinais de ansiedade tais como respiração ofegante, tremedeira, gemer, babar-se ou ficar encolhido, você pode continuar aumentando lentamente a quantidade de tempo que ela gasta andando no carro ao longo de duas semanas. A maneira mais fácil de impedir que seu cão a desenvolver um medo de andar no carro é certificar-se que a maioria das vezes você irá levá-lo para um algum lugar divertido. Levá-lo ao parque para cães ou para uma trilha de caminhada, mesmo que seja uma curta distância. Leve-o para visitar amigos ou parentes. Por fim, teste uma visita ao banho ou veterinário para ter certeza que ele superou o trauma associado a andar no carro.

Pet é movido à água Tendo em vista a grande variedade de suas funções e a magnitude de seus requisitos, a água pode ser considerada o nutriente essencial mais importante para os animais. A água é o maior constituinte do corpo, e a manutenção estável de sua quantidade é rigidamente controlada nos mamíferos e aves. O corpo humano pode perder praticamente toda a gordura e acima da metade da proteína e sobreviver, enquanto a perda de um décimo da água pode resultar em morte. O mesmo pode ocorrer com os animais domésticos, variando entre as espécies a capacidade de perdê-lo.

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Para os orelhudos / peludos Bebedouro Inteligente Pet Society para cães e gatos Disponível nas cores rosa e azul. Para evitar que os animais de estimação molhem os pelos e as orelhas na hora de beber água, que pode ser levado durante viagens e passeios. Sua tampa plástica limita o acesso do animal ao bebedouro como um todo, fazendo com que apenas uma pequena quantidade de água limpa e fresca seja fornecida. É adaptado para qualquer garrafa pet standard de até 2 litros. Preço médio: R$25

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Férias e verão

Cão e praia merecem atenção

Fonte parcial: PegMag

Arquivo pessoal

A Veterinária Sara Martins captou o momento em que Lili tentava descobrir quem era aquele bicho estranho e engraçado

É muito prazeiroso levar seu cão com a família para o litoral e desfrutar dos prazeres juntos. Mas sempre vem a pergunta: o que preciso fazer para não causar problemas com essa atitude? Em primeiro lugar, faça uma visita a seu veterinário para verificar se ele está saudável, em dia com as vacinas e ser protegido contra pulgas, carrapatos e também contra a dirofilariose, um verme transmitido por picada de pernilongos. A larva da dirofilária fica na circulação sanguínea e instala-se nos pulmões e no coração. Ela provoca sintomas que podem demorar anos para aparecer, mas que costumam ter consequências muito graves. Além disso,

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trata-se de uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida a humanos, alojando-se no pulmão. Para prevenir o contágio, o melhor é aplicar uma medicação no pet 30 dias antes da viagem, logo após o retorno para casa e 30 dias depois. Mas, antes de aplicar o remédio, é preciso examinar o animal para saber se ele já não foi contaminado pela doença. Nem todas as praias permitem a circulação de cães pois ele e outras pessoas podem ser contaminadas com ancilostomose, o famoso bicho geográfico. Esse bichinho é um verme que pode fazer o ciclo na pele, causando coceira e irritação. OUTROS CUIDADOS Se ele entrar em con­

Hospedagem tranquila

tato com a areia pode causar conjuntivite, problemas de pele e outras verminoses, já que cães e gatos de rua podem defecar na região, depositando fezes contaminadas. A irritação provocada pela entrada de grãos de areia nos olhos faz com que os animais comecem a coçar a região, ferindo-a. Daí a conjuntivite. Já o contato com a água constante cos­tuma aumentar a chance de otites, inflamações nos ouvidos. Vale lembrar ainda que, como o calor costuma ser maior nessas cidades, o cuidado com a desidratação precisa ser redobrado.

Hospedar-se com seu pet em uma pousada ou hotel requer cuidados adicionais, pois vocês estarão dividindo o local com outras pessoas, outros animais, e estará sujeito a algumas regras para uma boa convivência. Além disso, você provavelmente não poderá levar seu amigo a todos os lugares; isso quer dizer que ele poderá ficar sozinho no quarto durante algum tempo. Por isso, para que ele se sinta “em casa”, leve todas as suas coisinhas: vasilhas de água e ração, caminha, brinquedos e sua comida. Dê só alimentos aos quais o cachorro está acostumado para que ele não tenha problemas digestivos, como vômitos e diarreias e mantenha o horário habitual das refeições. Se seu amigo costuma dormir com você na cama, providencie uma toalha ou outro paninho, assim ele não deixará pelos no lençol do quarto. Quando ele tiver que ficar sozinho, coloque na porta a placa “não perturbe” para evitar que a camareira entre no dormitório. De qualquer forma, é importante planejar atividades com seu pet, caso contrário, ele ficará entediado, nervoso e destruirá carpetes, cortinas e outros objetos do cômodo, além de latir com mais frequência e incomodar os outros hóspedes e funcionários. E, afinal, se você decidiu levar seu amigo é porque deseja que ele também aproveite a viagem. Hotéis que aceitam animais sempre têm suas próprias restrições quanto à sua circulação. Em geral, não é permitido andar com pets em áreas comuns, principalmente, em refeitórios. Esteja atento às regras para não ser obrigado a sair do local. Não se esqueça da coleira e guia - que deve ter o nome do animal, do responsável e telefones de contato - ao sair com seu cão e fique atento para que ele não cause nenhum transtorno, como arranhar ou morder alguém mais desavisado. Mas, caso isso aconteça, esteja prevenido: mantenha a carteira de vacinação – que deve estar em dia – com você para provar que seu amigão é saudável. Caminhadas ao lado de seu cão são bem-vindas; além dele ser um ótimo exercício, ainda evita que ele faça as necessidades em lugares indevidos e “marque o território” com urina. Não deixe de levar a pá e o saco plástico para recolher o cocô.

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Esporte caninos

Agility: integrando humano / cão Com certeza há uma grande probabilidade de você não saber o que é agility. Mas com certeza se eu disser que “é aquilo onde o cachorro tem que saltar, passar por obstáculos, como rampa, túnel, etc.”, isso irá refrescar sua mente. Pois é, agility é isso aí. Pensando melhor, o agility não é só “isso aí”. Ele é muito mais que ensinar o cão a fazer esses truques e peripécias. Ele é um dos esportes caninos que mais cresceu no Brasil e no mundo nos últimos anos, ganhando cada vez mais adeptos. Existem até competições oficiais e regulamentos próprios para sua prática. O agility é dividido em três categorias: mini, midi e standard, de acordo com o tamanho do cachorro. Para cada categoria, obviamente, os obstáculos têm tamanhos diferentes. Um Yorkshire não conseguiria pular a mesma altura que um Border Collie. Bem, certamente vo­­ cê deve estar pensando: “um Yorkshire fazendo agility?”. Sim,

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pois é. Não há limites para a prática desse esporte, tanto no que diz respeito ao cão quanto no que diz respeito ao condutor. Não importa se você é uma criança de 5 anos ou é um senhor de 60 anos ou mais: contanto que você tenha disposição e capacidade física para

isso, assim como seu cão, já pode começar. REGRAS O ponto inicial para quem quer participar de competições oficiais são as Matchs que são provas mais simples, com menos obstáculos, ideais para Iniciantes. Quando a

pessoa subir de nível no esporte, pode participar de competições mais difíceis. O agility tem vários obstáculos. Alguns deles são os saltos, o túnel, a gangorra, a rampa, a mesa e o slalom. Se você quer praticar mas não tem uma escola de cães em sua cidade, ou não tem Imagens ilustrativas

dinheiro para pagar aulas, pode começar em casa mesmo! Ao contrário de outros esportes, o agility pode facilmente ser improvisado. Eu, por exemplo, faço “agility caseiro” com a Nica, é super prático e funciona perfeitamente. Portanto, não há desculpas para não fazer agility, certo? Você tem um cão? Quer diverti-lo e se divertir ao mesmo tempo? Então o que está esperando? Conheça já este esporte canino incrível, viciante e que estreita a relação entre o cão e seu dono.

Tais Lima Garota prodígio com Nica, sua amiga e aluna predileta http://www.caninepride.blogspot.com

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por Fernando Gomes

Pulgas e carrapatos

Controlando o ambiente

Nas edições anteriores, a Revista 4 patas tratou muito sobre o problema com pulgas e carrapatos sendo discutido por renomados profissionais. Então, porque continuar esse assunto? Entendemos que trata-se de uma das maiores dificuldades enfrentadas por leitores que possuem um pet em casa. Em alguns casos, chega até ao abandono por falta de solução eficaz. Nesta edição dirigiremos o foco ao maior causador de uma infestação: o ambiente. Convidamos as veterinárias Sara Martins e Cynthia Malavasi - proprietárias da farmácia veterinária Zoofarma de Limeira-SP - para orientar um pouco mais sobre o controle adequado destes parasitas. “Há no mercado diversos produtos da linha veterinária para controle de pulgas e carrapatos, com formas diferentes de aplicações e modo de ação no animal. Mas para que tenham resultado satisfatório e prolongado é preciso saber usá-los e associá-los de maneira correta. O controle do ambiente é o fator mais importante para o sucesso do tratamento, pois no animal até mesmo um banho carrapaticida pode resolver, mas se ele voltar para o mesmo lugar, infesta-se novamente. Esses parasitas conseguem sobreviver por meses sem se alimentar. Por isso é preciso fazer a dedetização do ambiente mesmo sem encontrá-los no animal. Há muitas pessoas que combatem o carrapato no cão, mas nunca conseguem exterminá-los por esse motivo”, diz dra. Sara. PROCEDIMENTOS “Para uma dedetização satisfatória é importante fazer a diluição correta, alternar o princípio ativo para não gerar resistência, passar o produto em todos os cômodos da casa, não esquecendo do forro e esperar o período que cada produto exige que o animal esteja fora do local, para então reintroduzi-lo. Filhotes, gestantes e idosos precisam de uma atenção especial, um tempo maior para voltar no ambiente onde foi feito a dedetização.

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Com essa prática, o tempo de ação e a eficiência do produto utilizado no animal será maior, economizando financeiramente na hora da compra, pois o intervalo entre o uso será prorrogado, sendo assim, o animal receberá menor quantidade de medicamentos no organismo. A vantagem desses cuidados resulta na menor resistência dos parasitas conseguindo assim o controle completo de maneira eficaz”, concluem as verterinárias. PRODUTO CASEIRO NAS REDES SOCIAIS Está circulando no Facebook e Twitter uma receita caseira de um famoso produto contra pulgas e carrapatos que consiste basicamente de álcool de cereais, pedras de cânfora, cravo-da-índia e vinagre branco. Algumas pessoas comprovam sua eficácia, outras desconfiam e algumas reprovam. Segundo a Dra. Cyntia, muitos agentes utilizados no ambiente, como a citronela (veja quadro), podem surtir algum efeito mas, dependendo do grau e intensidade da infestação dos parasitas o uso da citronela no ambiente pode não causar o efeito desejado, também pode variar a eficácia do produto de acordo com a quantidade e diluição. O ideal seria fazer o uso de produtos de laboratórios confiáveis, que já foram testados e orientam exatamente como e para que devem ser utilizados.

A citronela É uma planta aromática que ficou bem conhecida por fornecer matéria-prima (óleo essencial) para a fabricação de repelentes contra mosquitos e borrachudos (há quem garante ser também eficaz contra pulgas e carrapatos). Considerado um ótimo repelente, o óleo da citronela é rico geraniol e citronelal. Mas não basta apenas cultivar a planta no jardim para usufruir do poder repelente da planta. Para que o resultado seja positivo, é preciso plantar a citronela no caminho percorrido pelo vento, de forma que leve o aroma até o local de onde desejamos manter os insetos e parasitas afastados. Uma outra forma de aproveitar o poder repelente da planta é fazer um chá com as folhas a e usá-lo para limpar o chão, passar em parapeitos de janelas, etc.

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Na próxima edição:

Tratamento alternativo

Homeopatia e Herbologia

O poder das agulhas

Reprodução

ACUPUNTURA O uso de acupuntura e acropressura tem milhares de anos. Essas terapias foram desenvolvidas na antiga China e são baseadas na teoria do fluxo de energia através de um sistema de canais (chamados meridianos) que fluem através do corpo e são ligados a certos órgãos internos. A doença é vista em grande parte como a desarmonia neste fluxo interno de energia e o objetivo da acupuntura é restaurar o equilíbrio. Os acupunturistas podem fazer isso usando agulhas, pressão dos dedos, fontes de calor ou outros métodos para manipular certos pon-

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tos específicos (ou acupontos) ao longo dos meridianos. A pesquisa científica ocidental ainda está em débito para explicar por que a acupuntura funciona.

Algumas teorias sugerem que a inserção das agulhas aumenta a produção corporal de endorfinas (substâncias que fazem você se sentir melhor e mais con-

fortável) e bloqueia a transmissão dos sinais de dor da coluna vertebral até o cérebro. Quando a acupuntura foi amplamente introduzida no Ociden-

te na década de 70, a instituição médica não acreditava que funcionava. Desde então, a acupuntura gradualmente ganhou respeito como um tratamento viável em muitos casos. Na medicina veterinária, a acupuntura canina foi usada para tratar alergias, atrite, constipação, diabetes, doenças dos rins e doença hepática. Com direção de um acupunturista treinado, você pode fornecer assistência doméstica para algumas doenças manipulando os meridianos de seu cão com pressão dos dedos. A acupressura pode ser benéfica para cães com artrite, distúrbios digestivos e tensões musculares.

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Aquarismo

Computador é reutilizado como um aquário “high tech” Fotos: divulgação

Por Gabriela Machado Assim como os televisores antigos, monitores de computador são um problema sério quando jogados no lixo, assim, toda reciclagem de seus componentes é bem-vinda. Mas, segundo a ideia de Jake Harms, até a carcaça foi reaproveitada. O cara criou a marca MacQuarium, que reutiliza e transforma os monitores em perfeitos aquários! Harms recupera os componentes em centros de reciclagem e aplica um tratamento às peças com uma máquina polidora para diminuir a aparência de riscos e recuperar o brilho das estruturas plásticas. A adaptação providencia à estrutura do aquário um pequeno filtro de água e um sistema de luzes em miniatura para a tela do monitor, que gera um efeito de-

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corativo durante a noite. O inventor só pede que não se esqueçam da luz acessa durante toda a noite para não incomodar os bichinhos hospedados ali! O aquário é vedado para receber um litro e meio de água, quantidade suficiente para abrigar de um a três peixinhos Palhaço ou Beta, por exemplo. Os tanques estão disponíveis nas mesmas cores vibrantes originais dos iMac: azul, aqua, branco, smoke, vermelho, flower power e azul “dalmation”. A decoração do interior do aquário fica por conta do novo dono: pedrinhas coloridas ou plantas podem reforçar ainda mais o apelo decorativo da nova casinha de peixes.

A beleza dos peixes marinhos Se você pretende montar um aquário, mas não tem nenhuma experiência nisso, é aconselhável ter um de água-doce, pois é mais barato e mais fácil mantê-lo em equilíbrio. O aquário de água salgada é tentador por sua beleza, mas requer prática, gastos elevados e muita paciência até que as condições biológicas estejam ideais para a introdução de peixes. Antes de iniciar a montagem, pesquise quais os peixes você quer ter. Caso esta seja sua primeira experiência, procure criar peixes de manutenção mais simples como lebistes, néons, molynésias e platys. Escolha também o tamanho do aquário lembrando que o tamanho limita a quantidade de peixes. Não exagere na população de um aquário, os peixes necessitam de espaço para nadar. Depois de escolhido e comprado o aquário, lave-o apenas com água e sabão e não utilize produtos químicos. Escolha um tipo de filtragem adequado ao tamanho do aquário, em lojas especializadas. No fundo do aquário coloque uma camada de cascalho, que é importante para o bom agrupamento das colônias de bactérias que ajudam a equilibrar o pH da água. As plantas mais verdes necessitam de mais luz do que as outras. A Revista 4 patas dará mais dicas sobre este tema na próxima edição. Aguarde.

Fonte: http://style.greenvana.com/

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Aves pet

Periquito, a ave mais querida por todos Esta é uma ave que dispensa apresentações pois está presente na maioria dos lares de quem tem predileção por aves domésticas ornamentais. Diante disto, a Revista 4 patas pesquisou as dicas mais interessantes de como cuidar bem da sua ave.

Qualquer espécie de periquito pode ser domesticada. Algumas espécies chegam mesmo a imitar a voz humana, quando treinados desde a sua infância. Mas a capacidades destas aves não termina por aqui! São capazes de muitas habilidades, para além da excelente companhia que proporcionam. Os machos apresentam uma maior facilidade na aprendizagem.

- A alimentação de pássaros em gaiola deverá ser menos rica do que a dos periquitos de aviário - Uma boa alimentação consiste numa mistura de comida para canário, milho, alpiste e aveia - Verduras frescas (alface, folhas de couve), cenoura e frutas (maçã, banana, etc.), podem ser servidas em quantidades moderadas - Para periquitos novos a alimentação deve ser enriquecida com aveia descascada - Fornecer vitaminas à base de produtos de panificação, cereais, extratos de proteínas vegetais, leveduras, ovo, óleos e gorduras, mel, minerais - Outro elemento importante é o osso de choco, uma fonte rica em cálcio - Água fresca e limpa, renovada diariamente, não só para beberem, mas também para banho, especialmente no verão

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Doenças - No caso de pés ou asas partidas, mesmo que sejam apenas indícios, o periquito deve ser levado de imediato ao veterinário - Sintomas tais como: espirros ou ficarem encolhidos na gaiola é porque estão resfriados. Nesta situação devem ser mudados para uma gaiola menor, em um local aquecido.Após melhora não devem ser transferidos de imediato para a temperatura ambiente, para que não tenham recaídas) - No caso de feridas, especialmente resultantes de brincadeiras, brigas ou dos arames das gaiolas, o local deve ser desinfectado com um anti-séptico apropriado e o periquito deve ser mantido isolado até sua recuperação.

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Roedores

Topolino: um rato com nome italiano

O Topolino é um pequeno camundongo da espécie Mus musculus. Conhecido também mini-mouse, é um dos roedores mais desejados em lojas de pequenos animais. São animais muito inteligentes, usados em laboratórios de diversos tipos. Eles são ágeis, orientam-se com os bigodes, usam a cauda como ajuda no equilíbrio; trepam e saltam com grande facilidade e tem muita resistência à fadiga. São muito astutos e fogem com grande facilidade do cativeiro, em qualquer oportunidade, são excelentes escaladores.Possuem audição e olfato excelentes e visão razoável. Como a maioria dos roedores, são animais de hábitos noturnos. Encontrados nas cores

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branco e preto, principalmente, e poucas vezes nas cores marrom claro, marrom escuro e cinza. Pelas suas características de docilidade e graciosidade são muito procurados como animais de estimação. Aquisição Adquira seus animais em criadores conhecidos ou em lojas especializadas. Verifique as condições de higiene, o estado dos pelos e a atividade do animal. Habitação Possuir o alojamento adequado é muito importante antes de se adquirir um animal. Uma gaiola de aproximadamente 60 X 40cm pode alojar 1 ou 2 animais, tendo no fundo uma bandeja de plástico (o fundo de arame pode machucar as pati-

nhas). Os topolinos vivem em colônias com vários machos e fêmeas juntos, mas deve-se evitar a superpopulação, pois muitos animais em uma gaiola pequena podem pro­ vocar brigas e canibalismo. Preferencialmente mantenha um mí­­nimo de 2 animais na gaiola e apenas se houver muito espaço, coloque mais animais observando se ocorrem brigas por disputa de território ou de comida. Qualquer que seja o ambiente é fundamental um bebedouro apropriado (com bico, que são mais higiênicos e mais práticos do que o pote de água) e um comedouro (muitas gaiolas possuem um formato na grade que possibilita a colocação da ração). O fundo deve ser forrado com maravalha (pequenas lascas de madeira), que absorve os excrementos e evitam o mal cheiro. Alimentação O Topolino é onívoro, mas prefere cereal em grãos. Em cativeiro pode ser alimentado preferentemente com rações peletizadas próprias para roedores facilmente en-

contradas em lojas de pequenos animais. Aceitam também misturas, como girassol, ervilha, amendoim, canjica. Alimentam-se 15 a 20 vezes por dia. Acessórios Existem no mercado inúmeros acessórios: es-

cadas, rodas, túneis, casinhas, dormitórios, brinquedos diversos; mantém os animais ocupados, em forma, e dão mais graciosidade ao ambiente. O melhor material é o plástico (próprios para este tipo de pet). Fotos ilustrativas

O maior atrativo é o tamanho minúsculo deste roedor

Gaiolas são encontradas a partir de R$29,00 conforme o modelo e tamanho. Algumas aceitam a inserção de brinquedos e acessórios.

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Adestramento

imagens ilustrativas

O medo de cães

Kleber Oliveira adestrador Limeira-SP

A mídia contribui para o preconceito de algumas raças de cães

“Não é incomum encontrar pessoas que, por qual motivo, tenham receio, medo ou até mesmo fobia de se aproximar de um cão - não importando raça ou tamanho do cachorro. Antes de falar sobre os motivos que possam vir a desencadear esse tipo de sentimento, precisamos primeiro diferenciar o medo da fobia. Existe uma grande diferença entre o medo e a fobia a cães. A cinofobia, que vem do grego “cão” e “medo”, como é chamada, é o medo irracional a cães. Nesse caso é preciso que a pessoa seja diagnosticada com a ajuda de um profissional da saúde, como um psiquiatra ou um psicólogo. O medo de cães desenvolve-se nas pessoas por alguns motivos, dentre eles podemos citar a mídia que - como formadora de opinião - erroneamente expõe algumas raças (pastor alemão, pit bull, doberman e o rottweiler), como cães monstruosos e assassinos esquecendo-se de que os cães não são naturalmente violentos, pois se assim fossem, não teriam evoluído a tão alto nível de relação entre o homem e o cão testemunhada nos dias de hoje. O que realmente temos que analisar, são os donos que estão por trás desses cães que cometem atos violentos.

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Contatos: (19) 8873-0333 kpo.oliveira@hotmail.com

Podemos verificar melhor isso se analisarmos que na década de 70 a raça considerada violenta era o pastor alemão, na década de 80 era o doberman, na década de 90 era o rottweiler e a raça da vez é o pit bull. São diferentes raças , com características próprias e sendo o único fator comum entre as raças citadas é a presença do homem em seus cuidados. Outro fator que desencadeia o medo de cães são mordidas ou agressões que a pessoa sofreu direta ou indiretamente em algum momento de sua vida, principalmente na fase da infância. Esse medo se não for bem trabalhado, pode infelizmente evoluir para uma fobia na fase adulta. Para que isso não aconteça, no adestramento, utilizo duas técnicas de trabalho. A primeira é o esclarecimento, onde procuro desmistificar a ideia da raça e do cão violento. A segunda é a exposição da pessoa diante de cães adestrados e equilibrados de uma forma gradativa. No inicio a pessoa apenas se posiciona ao lado do cão, depois começa a tocá-lo até chegar ao ponto de brincar com ele. Dessa maneira a pessoa vai gradativamente perdendo seu medo.”

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Doenças

Programa sanitário para o seu cão

PARA QUE SERVE A VACINA Esta pergunta parece até um pouco infantil mas muitas pessoas acham que a vacinação é somente para a proteção do animal esquecendo que existe doenças como leptospirose (doenças que podem passar do animal para o homem) e que está presente nestas vacinas multiplas (v8 ou v10). A vacinação pode proteger não somente o animal mas também toda a família que está no convivio com ele. Também é o caso da vermifugação pois, o mais comum dos vermes intestinais de cães (toxocana) pode trazer problemas de visão em pessoas infectadas por ele . Como o assunto começou a ficar um pouco mais sério, vamos falar aqui sobre algumas doenças infecciosas mais comuns e seus sintomas: 1- Parvovirose: Esta quase todos conhecem e chega a dar arrepios quando o médico veterinário

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diz: “seu cão esta com suspeita de parvovirose” que é uma doença viral que causa gastroenterite (uma inflamação do estomago e intestino) provocando diarréia com sangue e vômito (com sangue muitas vezes), perda do apetite e desidratação. A doença acontece principalmente em filhotes até um ano e meio de idade e tem um alto índice de mortalidade . 2- Cinomose: esta é a mais complicada , geralmente o proprietário chega à clinica dizendo: “Doutor, meu cão não anda”. “Doutor, meu cão esta ‘descadeirado’”. A cinomose é uma doença causada por vírus sendo seus sintomas o vômito, diarreia com ou sem sangue, alterações na pele como ferimentos pelo corpo, rachadura nas plantas das patas e focinho , corrimento nasal e ocular e alterações neurológicas (andar cambaleando). Esta doença atinge cães de qualquer idade exigindo o reforço anual da vacinação. O indice de mortalidade da cinomose é de 50 a 90% e muitas vezes podem deixar sequelas em animais curados. 3- Coronavirose: causada também por vírus e tem os mesmos sintomas da parvovirose mas com menor intensidade. 4- Leptospirose: causada por bactéria bastante resistente que sobrevive por longo periodo em ambientes úmidos sendo o rato seu principal transmissor que elimina a bactéria através da urina. Na estação das chuvas, ela se dissemina com as inundações e os principais sintomas são: vômito, diarreia com sangue, falta de apetite, ictericia (olho, boca e pele amarelados), urina muito escura e com cheiro forte. Ela ataca principalmente os rins e figado com um alto indice de mortalidade . 5- Hepatite infecciosa canina: doença causada por vírus onde ocorrem sérias lesões no fígado provocando ictericia e muitas das vezes é fatal . 6- Raiva: é a mais grave das zoonose pois é fatal para o animal e o homem. Os principais responsáveis pela transmissão da raiva são o cão, o gato e o morcego hematófago (que se alimentam de sangue) além de alguns animais silvestres. A via de transmissão do vírus é a saliva.

Emerson Roberto Belisário Simões Médico veterinário formado pela FEOB (São João da Boa Vista, em 1999) Atuando há 12 anos em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.

Seguindo as orientações de um médico veterinário, seu cão reduzirá os riscos graves destas doenças e nunca se esqueça que a prevenção é a melhor solução

Quando se fala em programa sanitário, a primeira coisa que vem à cabeça é com a limpeza de animais, mas o tal programa não envolve somente isso e sim a vermifugação e vacinação do animal que é de grande importância principalmente nos primeiros meses de vida. Com o leite materno os filhotes recém-nascidos recebem anticorpos que combatem as enfermidades, mas duram de 6 a 16 semanas. Na sequência as vacinas aparecem. Antes de vacinar, aos 30 dias de idade, é necessario fazer a vermifugação do animal e repetir a dose após 15 e 21 dias. Os parasitas internos são comuns em filhotes e adultos e nem sempre são notados nas fezes dos animais. Aos 45 dias de idade, após previa vermifugação, o animal está pronto para receber a vacinação desde que esteja em perfeito estado de saúde. Para saber disto é necessario o processo de vacinação inclua as 3 ou 4 ( dependendo da raça ) doses de vacinas multiplas ( v10 ou v8 ) e à partir dos 4 meses, a vacina anti-rábica. Existem também vacinas que podem ser dadas com 30 dias de idade.

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Cinema / DVD

‘Roubando’ a cena dos humanos Uggie, o Jack Russell Terrier do filme “O Artista”, brilhou mais uma vez, durante a premiação que consagrou o filme francês

A categoria “Melhor atuação canina” não existe no Oscar, mas se existisse certamente iria para Uggie. O Jack Russell Terrier roubou a cena no filme “O Artista”, grande premiado da noite na Academia e esbanjou simpatia durante a premiação. Ele, que já é veterano no cinema, também participou do filme “Água para Elefantes”, também venceu o prêmio Coleira de Ouro (Golden Collar) - criado para reconhecer as melhores atuações caninas. Uggie deixou para trás os cães Cosmo, de “Toda Forma de Amor”, e Blackie, o doberman de “A Invenção de Hugo Cabret”.

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Nome Original: The Artist No Brasil: O Artista Duração: 100 minutos Ano: 2011 País: França / Bélgica Gêneros: Drama, Comédia dramática, Musical Direção: Michel Hazanavicius Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch, Ken Davitian, Malcolm McDowell

Sugestões ou comentários sobre este assunto contato@revista4patas.com.br Fonte e fotos: www.gazetadopovo.com.br

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Um click legal

Humor

Criatividade nas redes sociais A Revista 4 patas está diariamente presente no Facebook com link para o Twitter. É a partir destas redes que muita pauta é decidida, contatos com ex­ perts são feitos e prin­­­cipalmente, serve co­mo termômetro para avaliar o índice de aceitação da Revista (que já atingiu os 100%). Selecionamos algumas foto-piadas classificadas como ‘as mais criativas’ tendo como estrelas cães e gatos. Aos autores desconhecidos, nosso agradecimento por nos oferecer um material mbem bolado e engraçado. Divirta-se.

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História

Animais sagrados do Antigo Egito Imagens ilustrativas

Desde sempre os antigos egípcios tinham uma relação de proximidade e empatia com os animais, quer para os caçar, quer por os temer, quer pelo serviço nos campos ou o seu valor alimentar. Bovinos, caprinos, ovinos, muares, cavalos, porcos ou aves de criação estavam há muito domesticados e no universo e cotidiano egípcios, que estavam também familiarizados com os animais selvagens ou exóticos, como leões (e outros felinos, como leopardos e chitas), serpentes, babuínos, girafas, importados do sul, ou crocodilos, que abundavam ao longo de todo o Nilo. Os animais não eram vistos como deuses, não o eram teologicamente, diga-se, embora tardiamente tenham tendido para tal. Foram quase sempre, essencialmente, representações ou formas de manifestação de deuses. Daí a sua mumificação e preservação em santuários, onde existiam recintos fechados com alguns espécimes vivos, dada a sua sacralidade. Depois de 700 a. C., essa tendência de veneração das formas zoomórficas dos deuses acentuou-se. Répteis, mamíferos, peixes ou aves, como alguns insetos, passaram a ser reverenciados como manifestações zoomórficas de deuses.Os cultos dos animais sagrados eram tutelados e zelados por irmandades sacerdotais consagradas a cada um deles, cuidando dos vivos e procedendo à sua mumificação e rituais funerários. Já os íbis e falcões, por exemplo, eram doados como oferendas votivas, além de que muitas das suas mumificações eram colocadas em potes ou vasos de madeira ou cerâmica, devidamente selados. Os peregrinos compravam animais sagrados aos sacerdotes, nos seus santuários. Depois, pagavam-lhes pelo sacrifício, embalsamamento e cerimónia fúnebre, o que consideravam um ato de absoluta piedade, mas que conferia avultadas e crescentes rendas aos santuários e ao clero do deus. Estas cerimónias funerárias decorriam em galerias subterrâneas, em complexos funerários, como em Saqqara ou Tuna el-Gebel, por exemplo. Estes cultos a animais aumentaram de forma expressiva no Império Novo (c. 1560-1070 a. C.),

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atingindo o apogeu na Época Baixa (664-332 a. C.), quando as peregrinações, oferendas e votos com eles relacionados eram economicamente importantes. A Necrópole de Animais Sagrados a norte de Saqqara é um dos centros de culto mais importantes do Antigo Egito e tem sido sistematicamente escavada desde os anos 60 do século XX, com particular destaque na década de 90, quando se avançou na definição cronológica das galerias com urnas de animais e também nas pesquisas em história genética de certos animais, como primatas (babuínos, macacos), a partir das suas mumificações. Para além de Saqqara, também outros centros de culto ligados a animais sagrados existiram no Egito, de que se destacam Mendes, Herakleópolis Magna, Esna ou ilha Elefantina (culto ao carneiro, associado ao deus Khnum), os gatos sagrados em Tell Basta (Bubástis ou Per-Bastet) ou Beni Hassan, bois Bukhis em Iunu-Montu (ou Armant), a vaca sagrada Hathor em Dendera, além dos crocodilos em Medinet el-Fayum (Crocodilópolis) ou Kom Ombo.

Texto parcial de: Animais Sagrados do Antigo Egito In Infopédia Porto Editora, 2003-2012 Disponível na web: www.infopedia.pt/animais sagrados-do-antigo-egipto

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